Salazar Ignotus Arkauss, 32 years old, king's advisor but not for too long. He is the future king of Ishtar
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"I'm better when I'm with you." — Arkauss, Salazar
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I became good at pretending. I became so good that after a while the lines blurred between my truth and fiction. And sometimes, when I did a really good job of pretending, I even fooled myself.
Ruta Sepetys, Salt to the Sea (via wordsnquotes)
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@lionhe4rt a serenidade no olhar de quem mata os outros homens que já se deitaram com a esposa HAUSHAUSHA
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De certo a reação de Eillela não fora, de longe, a que ele esperava. Envolvido pelo véu daquelas provocações, suas atuais intenções eram irrita-la como já o fazia, pela simples diversão de tê-la daquela forma, quando não podia tê-la nua. Aquele sorriso que ela lhe direcionou, entretanto, indicava que algo estava muito errado; e então, levando as semelhanças às suas lembranças mais uma vez naquela tarde, ele a viu na torre, minutos antes de ser deixado para trás com sua excitação evidente, seu corpo clamando por algo que ele não teria ali novamente. Parecia, afinal, que ele não era o único a gostar de jogar; daquela vez, no entanto, ele não a deixaria sair vitoriosa.
O maior erro de Salazar fora esperar muito das atitudes, mas nada das palavras, sendo precisamente estas últimas a deixa-lo sem reação por preciosos instantes que fariam toda a diferença para o curso que aquilo estava tomando. “Como meu cavalo de equitação particular”; ele não podia acreditar que a mesma garota que fazia birra sobre suas atitudes segundos antes era a mesma que proferia tais palavras. Como se o incendiasse, a frase percorria por suas veias, causando nele aquela raiva característica, sempre acompanhada pelo desejo dissonante que ele sentia pela princesa. Se Eillela achava que ele era dela de qualquer forma que fosse, estava muito enganada; pelo menos, era isso o que ele dizia a si mesmo.
Um passo involuntário foi dado quando ela o puxou consigo, os olhos observando brevemente as mãos dela se movendo sendo apenas mais um elemento na expressão impassível. Controlando precariamente seus instintos, ele apoiou suas mãos na mesa, uma de cada lado do corpo dela, esperando o que viria a seguir. Seus dedos apertaram-se na madeira maciça ao ter a pele arrepiada por aqueles beijos que ele gostaria de desprezar, mas desejava mais do que se permitia admitir. Sabendo que ela não poderia vê-lo, seus olhos se fecharam quando os dedos finos entraram em contrato com seu coro cabeludo, as unhas arranhando o local sensível, fazendo ele mexer sutilmente a cabeça em aprovação, sem que saísse de sua postura defensiva. Contudo, nada havia sido mais difícil de controlar do que o que ele sentiu quando ela voltou a falar.
Os músculos do corpo másculo se retesaram, as juntas dos dedos esbranquiçaram-se tamanha a força que ele exercia sobre o objeto que segurava, os olhos abriram-se de súbito, a íris queimando em fúria. Salazar nunca gemia para uma mulher; independente do prazer, sua honra como homem era muito mais importante. No dia da torre, entretanto, sua cabeça estava tão cheia de problemas, seu corpo estava tão farto de todo aquele estresse e a mulher com quem se deitava era tão... diferente, que ele deixou-se levar, como sempre fazia quando estava com ela. Se arrependera naquele mesmo momento, segurando-se para levar seu plano – de esperar até que ela acabasse – adiante.
Não podia negar que era extremamente difícil concentrar-se em sua raiva enquanto ela disferia carícias por seu corpo, a mão no abdômen preparando-o para o que ele sabia que viria a seguir; e ela não o decepcionou. Os dedos delicados fecharam-se sobre seu membro rígido envolto pela calça, levando uma carga elétrica por todos os outros músculos do Conselheiro. Tentando manter a calma, mordeu levemente os próprios lábios, os olhos fechando-se por breves segundos, grato por ela não ser capaz de ver sua expressão. “Garotinha insolente...” seus pensamentos permeavam entre a irritação e a diversão que ele sentia, enquanto seus braços caíam ao lado de seu corpo, dando espaço para ela fugir, o que ele sabia que a princesa faria. Mais uma vez Eillela não quebrou suas expectativas; agora era a sua vez de jogar.
Virando lentamente na direção onde ela se encontrava, parou apenas quando seus olhos encontraram os dela, tão castanhos quanto os seus, tão característicos da família Arkauss. Tão confiante, tão prepotente, sua sobrinha parecia se divertir excepcionalmente com a mesma estratégia que usara no dia da torre, provavelmente imaginando que conseguiria o mesmo fim. Pensando nisso, Salazar sorriu; um sorriso sujo, perverso. Sem nada dizer, caminhou a passos lentos até estar frente à princesa, fazendo-a recuar até a parede que fazia o intervalo entre duas estantes, uma delas inibindo a visão para a porta de entrada. Ao tê-la com as costas contra a pedra fria, ele parou; mediu-a então com os olhos de cima a baixo, até parar novamente em seus gêmeos, encarando-os. – Vossa alteza não acha que eu a deixarei repetir os feitos daquele fatídico dia, acha? – A voz baixa arrastava-se da mesma forma como a dela havia feito minutos atrás, os rostos a centímetros de distância. Uma das mãos grandes pousou-se no quadril, escorregando sorrateiramente para a coxa de Eillela, enquanto a outra tirava os cabelos do pescoço delicado, liberando-o para que ele arrastasse os lábios por sua extensão. – Eu creio que não. – Sussurrou quando sua boca estava próxima a orelha da morena, a barba por fazer roçando no maxilar frágil, a mão antes ocupada agora pousada sobre a cintura fina. Arrastando lentamente sua bochecha sobre a dela, ele finalmente pôde encara-la nos olhos novamente, os lábios próximos, os narizes não se tocando por milímetros. – Pois sabes que não cometerei o mesmo erro, e não te deixarei sair daqui até que peça por favor para que eu te faça gozar enquanto te fodo da forma como eu sei que você gosta. – E então, com apenas um pequeno puxão, levou uma das coxas da sobrinha até seu quadril, encaixando os corpos.
“Leela?”. Uma voz aguda chamou quando a porta da biblioteca foi aberta, fazendo Salazar congelar no lugar. Atordoado, o ex-príncipe encarou a princesa com o cenho franzido por alguns segundos, até escutar passos se aproximando. Não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Sabendo que deveria tomar alguma atitude, socou a parede ao lado da cabeça de Eillela com raiva, desvencilhando-se dela e dando as costas para poder sair daquele lugar. Passou por sua sobrinha caçula sem ser capaz de direcionar a ela sequer um cumprimento, batendo a porta do cômodo ao passar. Mais uma vez deixava um local agraciado pela presença da morena com as calças desconfortavelmente apertadas, e nada naquele dia poderia deixa-lo mais irritado que aquilo. Mais uma vez, as coisas não seguiram como o planejado; estava tornando-se um hábito quando perto de Eillela.
A ousadia dele de se aproximar mesmo quando ela praticamente o rejeitava só contribuiu para que sua raiva aumentasse, dando a Eillela a certeza de que se Salazar não estivesse segurando seus pulsos naquele instante, ela teria acertado-lhe a face com um tapa, tamanha era sua indignação. Seu querido tio afirmava as coisas com tanta propriedade que acabava a induzindo a questionar-se, levantar questões quais antes ela nem ao menos fazia questão de responder e constatar isso depois de ser pressionada por ele certamente a tirava do sério. Contudo, mesmo que por dentro estivesse fervendo de raiva, já havia entendido onde ele queria chegar; além de observadora, Eillela não era burra e tampouco idiota e, por este motivo, conseguia enxergar claramente o quanto ele se divertia por colocá-la em situações como aquela, a satisfação que brincava naqueles lábios por provar que estava certo. Pelos Ares, ela não sabia mais separar o desejo do ódio que sentiu dele naquele momento mesmo que, por fora, sua expressão estivesse impassível. Não daria a ele motivos para vangloriar-se a respeito dela, não mais; não depois de ser traída pelo próprio corpo.
Longos segundos se passaram até que ela absorvesse as palavras finais dele, minutos estes que foram usados para que ela decidisse qual era a melhor atitude para ser tomada. Poderia muito bem empurrá-lo novamente e deixá-lo ali sozinho. Poderia também lhe acertar a face e gritar que exigia respeito, que ele não tinha direito de trazer a tona aquela noite em que permitiu que ele a tivesse como quisesse, mas não; Leela optou por entrar na dele, envolvê-lo novamente naquele jogo de sedução qual ela já se via acostumada a jogar. Encarando-o diretamente nos olhos, Eillela sorriu. Diferente de qualquer outro sorriso que ela havia oferecido a ele durante o tempo em que partilhavam aquela biblioteca, este transbordava segundas intenções e lembranças da noite que haviam passado juntos na torre.
— Não pareceu importar-se com isso quando era você que eu montava, uh? Como meu cavalo de equitação particular. — Sem dar tempo para uma reação imediata, foi sem esforço que ela soltou os pulsos das mãos masculinas e o trouxe para mais perto de si, consequentemente deixando-se encostar na mesa.
Nas pontas nos pés, fez com que as mãos delicadas percorressem o peitoral largo, sentindo no tato o tecido caro que compunha as vestes dele quando na verdade almejava sentir sua pele. Alcançando seus ombros, a princesa inclinou o rosto de modo que os lábios róseos alcançassem o maxilar marcado; a barba por fazer roçando neles. Um, dois, três, quatro beijos languidos foram o necessário para que sua boca alcançasse o que podia do pescoço tristemente coberto; os dedos da mão destra se perdendo entre os cabelos castanhos, as unhas se arrastando suavemente no couro cabeludo. A outra mão, por sua vez, aventurava-se no tronco forte; sua imaginação fértil a levando a recordar-se de como era bom sentir aquela parte do corpo dele em sua boca e a calma que ela agia só contribuía para que ela desejasse cada vez mais um contato maior com ele. Eillela suspirou. — Porque se isso fosse relevante, meu tio, você teria reclamado, não? E não me recordo de ouvi-lo reclamar… Só de ouvi-lo gemer. — Ao pé do ouvido dele, a voz meliflua era suave, arrastada, quase que sussurrada; propositalmente provocativa, ela diria. Sabia que era jogo baixo, mas se ele podia… Por quê não? — E até onde eu sei, gemidos são um sinal de prazer nesse caso em especial, certo? Parece que não é o único que sabe reconhecer quando o outro está sentindo prazer… — Sorrateiramente, a mão que o acariciava no abdômen escorregou mais abaixo, permitindo que ela sentisse em seus dedos a rigidez da parte mais íntima do corpo masculino. Imaginar maneiras que poderia tirar proveito disso levou-a a morder o lábio. — E parece-me que não sou a única aqui a senti-lo, não é mesmo? — Sarcástica, mas nem por isso desprovida de malícia, ela finalizou. Arrastando os dentes no lóbulo de Salazar, Eillela usou como benefício a aparente falta de reação do homem para afastar-se e foi para perto da poltrona que ele antes ocupava; nos lábios um sorriso divertido e prepotente ameaçando dar o ar das graças. Aquela “brincadeira” de fato não tinha efeito só nele e iflingir uma distância segura era necessário.
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O gosto da mulher a sua frente era muito mais apurado em seu paladar do que qualquer outro que ele já havia provado; não podia dizer o porquê, apenas era. Dançando em sua boca, o sabor da excitação da princesa o fazia sentir vontade de beija-la, de possuí-la ali mesmo de maneira selvagem, castigando-a por ser tão teimosa, por irrita-lo como ela o fazia. Tinha que evitar, no entanto, sair mais do controle do que ele já havia se permitido sair.
Ele já esperava que a reação de Eillela não fosse das melhores; sabia que havia passado dos limites. Não podia, entretanto, controlar aquele instinto de provar que sim, estava certo; sim, ela estava mentindo; mas, principalmente, sim, ela o desejava. Era mais do que claro que Salazar estava satisfeito com tal constatação, afinal, aquela era a primeira vez que alguém o negava tão descaradamente, e mesmo estando longe de ser um homem que se gabava por seus feitos, estava acostumado à receptividade feminina, coisa que sua sobrinha insistia em negar-lhe verbalmente.
Abaixou os olhos para as mãos espalmadas em seu peito, o sorriso petulante, insolente, permeando seus lábios, a irritação da morena sendo combustível para seu âmago; mas não apenas isto. Dentre todas as coisas, o ex-príncipe havia aprendido a apreciar as feições de sua não-tão-adorável sobrinha, e estas pareciam tornar-se ainda mais atrativas para o homem quando tomadas pela raiva e ultraje que ele a causava.
As palavras proferidas pela voz melíflua o fizeram olha-la nos olhos, o divertimento tomando conta de si, ainda que a raiva permanecesse ali. Dando um passo na direção de Eillela, Salazar segurou seus pulsos, sem poder evitar relembrar do momento muito parecido na torre abandonada, mesmo que seu aperto desta vez fosse suave. — Se bem sei, uma dama não sai por ai montando em homens como se fossem seu cavalo de equitação. — As palavras fluíram ácidas, o tom baixo em evidência enquanto ele mantinha seus corpos próximos. A provocação era clara, já a ereção que se fazia presente dentro de suas calças permanecia em segredo.
Sair de seus planos estava se tornando mais constante do que ele gostaria de admitir; no entanto, sempre que percebia que as coisas estavam fora de controle, já era tarde demais. Aquele momento era um bom exemplo; quando a viu entrando naquela biblioteca, sua intenção era deixa-la irritada, fazê-la sentir um pouco da vergonha que ele mesmo sentiu no dia da torre, sem que parasse de agir como deveria: um príncipe envolto pela cordialidade. Ao contrário disto, lá estava ele, debruçado sobre o corpo voluptuoso, prendendo-o contra uma mesa de maneira totalmente desrespeitosa se considerados os fatos: ela era uma dama, além de ser a futura rainha de Ishtar. Não podia ser hipócrita e dizer que se importava com aquilo exatamente; o que o atormentaria mais tarde – como sempre acontecia depois de estar na presença da mulher – era a forma impulsiva como ele se portava quando estava junto a ela.
— Não seja tola, Eillela; nem você sabia o que exigir deles até o dia de hoje. — Ele continuou usando o mesmo tom, desta vez olhando para o perfil do rosto levemente corado, seu nariz quase encostando na bochecha dela. Não podia negar que aquelas palavras o irritavam; ele, como homem, sentia-se ultrajado por ela estar citando outros em sua presença, quando eles na verdade não deveriam nem mesmo ter existido na vida de uma princesa. Eillela, no entanto, não era nada convencional, muito menos razoável, e ele sabia que ela escolhia as exatas palavras para atingi-lo de alguma forma. Por este motivo se conteve, continuando precariamente aquele jogo perigoso que ele mesmo havia começado.
Salazar percebeu, infelizmente tarde demais, que seu controle não estava nos melhores dias; quando sua audição foi capaz de absorver a última frase solta pelos lábios rosados, ele soube. Seu corpo tensionou, seu maxilar travou e suas mãos pressionaram levemente as que estavam abaixo, antes de desvenciliar-se. Após aquilo, ele não pensou, apenas agiu.
Sua mão grosseira apanhou rapidamente a parte mais baixa da saia do vestido que podia alcançar, erguendo-a até que seus dedos pudessem ter livre acesso pela região que ele desejava. E então, sem nada dizer, ele a tocou entre as pernas; delicadamente, contrastando com a forma como se sentia. Notou instantaneamente a umidade íntima, e um sorriso perverso surgiu em seu rosto após tal constatação. — Eu também sei. — Sussurrou, sério, antes de recolher a mão, levando os dedos aos lábios, limpando-os enquanto endireitava a postura, sem mover-se mais que o necessário.
#c#eillela arkauss#sallela's chat#closed#chat mais ou menos né mas tudo bem a gente se entende haushausuaus
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Sair de seus planos estava se tornando mais constante do que ele gostaria de admitir; no entanto, sempre que percebia que as coisas estavam fora de controle, já era tarde demais. Aquele momento era um bom exemplo; quando a viu entrando naquela biblioteca, sua intenção era deixa-la irritada, fazê-la sentir um pouco da vergonha que ele mesmo sentiu no dia da torre, sem que parasse de agir como deveria: um príncipe envolto pela cordialidade. Ao contrário disto, lá estava ele, debruçado sobre o corpo voluptuoso, prendendo-o contra uma mesa de maneira totalmente desrespeitosa se considerados os fatos: ela era uma dama, além de ser a futura rainha de Ishtar. Não podia ser hipócrita e dizer que se importava com aquilo exatamente; o que o atormentaria mais tarde – como sempre acontecia depois de estar na presença da mulher – era a forma impulsiva como ele se portava quando estava junto a ela.
— Não seja tola, Eillela; nem você sabia o que exigir deles até o dia de hoje. — Ele continuou usando o mesmo tom, desta vez olhando para o perfil do rosto levemente corado, seu nariz quase encostando na bochecha dela. Não podia negar que aquelas palavras o irritavam; ele, como homem, sentia-se ultrajado por ela estar citando outros em sua presença, quando eles na verdade não deveriam nem mesmo ter existido na vida de uma princesa. Eillela, no entanto, não era nada convencional, muito menos razoável, e ele sabia que ela escolhia as exatas palavras para atingi-lo de alguma forma. Por este motivo se conteve, continuando precariamente aquele jogo perigoso que ele mesmo havia começado.
Salazar percebeu, infelizmente tarde demais, que seu controle não estava nos melhores dias; quando sua audição foi capaz de absorver a última frase solta pelos lábios rosados, ele soube. Seu corpo tensionou, seu maxilar travou e suas mãos pressionaram levemente as que estavam abaixo, antes de desvenciliar-se. Após aquilo, ele não pensou, apenas agiu.
Sua mão grosseira apanhou rapidamente a parte mais baixa da saia do vestido que podia alcançar, erguendo-a até que seus dedos pudessem ter livre acesso pela região que ele desejava. E então, sem nada dizer, ele a tocou entre as pernas; delicadamente, contrastando com a forma como se sentia. Notou instantaneamente a umidade íntima, e um sorriso perverso surgiu em seu rosto após tal constatação. — Eu também sei. — Sussurrou, sério, antes de recolher a mão, levando os dedos aos lábios, limpando-os enquanto endireitava a postura, sem mover-se mais que o necessário.
Não é preciso dizer que a reação que teve como resposta da sobrinha não fora como ele esperava; pelo menos, não a parte em que ela o tocava. No mesmo instante em que teve as mãos dela sobre suas vestes, seus músculos tensionaram, desta vez de uma maneira desagradável; como Salazar gostava de dizer, Eillela era previsível demais, ao passo que saber que aquela atitude dela não lhe renderia bons frutos era inevitável. Nada fez, no entanto; apenas esperou, escutando atentamente as palavras de tom cínico da morena, sua expressão controlada impassível até que ela tocasse a pele descoberta de sua nuca. Arrepiou-se, agradecendo suas vestes longas por ela não poder notar aquilo.
A sensação desconfortavelmente agradável, no entanto, durou pouco.
Primeiro, veio a raiva; irracional e crua, que queimou em seus olhos. Esta, no entanto, não tinha motivos para estar ali se não pelo ego do ex-príncipe, ou por aquele instinto possessivo que era seu de natureza. Desta forma, logo se foi, influenciada pelo controle precário que ele preparara para aquela conversa. Depois, então, o desconforto: como ela ousava confirmar aquilo que ele já sabia em palavras? Verbalizar, mesmo que sutilmente, que já deitara-se com outros homem senão ele? Enfim o sentimento vingativo retornou, fazendo-o sorrir de maneira cruel assim que ela se afastou.
— Tão cômico quanto vossa alteza insinuando que outros já fizeram seu corpo estremecer como estremeceu quando me abrigou em si, enquanto certamente deitara-se, antes de mim, com homens que sequer sabiam ler, quem dirá fazer uma mulher chegar ao seu máximo. — Ao contrário do que suas palavras indicavam, não existia presunção em sua voz; apenas o desprezo presente em sua referência a homens de classes mais baixas. Enquanto falava – o tom leve, contido, dissimulado – novamente aproximava-se da princesa, parando exatamente atrás desta ao final de suas palavras.
Sem esperar que ela reagisse ao que havia dito, rapidamente levou suas mãos rudes para sobre as pequenas e delicadas, fazendo-as parar de folhear aquele livro. Como consequência, inclinou seu corpo sobre o dela, o tronco colado nas costas, os quadris separados apenas pelas peças de roupas. Não podia negar o quão erótico aquilo era para si; no entanto, para que cumprisse seu objetivo, encostou os lábios na orelha esquerda, ignorando seus sentimentos vís. — Mulheres que temem o prazer. — As palavras arrastadas pela voz sussurrada, rouca, foram seguidas pelos dentes do homem, que arrastaram-se lenta e sutilmente pelo lóbulo sensível da mulher a sua frente. Não havia planejado toca-la; entretanto ela, como sempre, o fazia sair dos eixos.
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Não é preciso dizer que a reação que teve como resposta da sobrinha não fora como ele esperava; pelo menos, não a parte em que ela o tocava. No mesmo instante em que teve as mãos dela sobre suas vestes, seus músculos tensionaram, desta vez de uma maneira desagradável; como Salazar gostava de dizer, Eillela era previsível demais, ao passo que saber que aquela atitude dela não lhe renderia bons frutos era inevitável. Nada fez, no entanto; apenas esperou, escutando atentamente as palavras de tom cínico da morena, sua expressão controlada impassível até que ela tocasse a pele descoberta de sua nuca. Arrepiou-se, agradecendo suas vestes longas por ela não poder notar aquilo.
A sensação desconfortavelmente agradável, no entanto, durou pouco.
Primeiro, veio a raiva; irracional e crua, que queimou em seus olhos. Esta, no entanto, não tinha motivos para estar ali se não pelo ego do ex-príncipe, ou por aquele instinto possessivo que era seu de natureza. Desta forma, logo se foi, influenciada pelo controle precário que ele preparara para aquela conversa. Depois, então, o desconforto: como ela ousava confirmar aquilo que ele já sabia em palavras? Verbalizar, mesmo que sutilmente, que já deitara-se com outros homem senão ele? Enfim o sentimento vingativo retornou, fazendo-o sorrir de maneira cruel assim que ela se afastou.
— Tão cômico quanto vossa alteza insinuando que outros já fizeram seu corpo estremecer como estremeceu quando me abrigou em si, enquanto certamente deitara-se, antes de mim, com homens que sequer sabiam ler, quem dirá fazer uma mulher chegar ao seu máximo. — Ao contrário do que suas palavras indicavam, não existia presunção em sua voz; apenas o desprezo presente em sua referência a homens de classes mais baixas. Enquanto falava – o tom leve, contido, dissimulado – novamente aproximava-se da princesa, parando exatamente atrás desta ao final de suas palavras.
Sem esperar que ela reagisse ao que havia dito, rapidamente levou suas mãos rudes para sobre as pequenas e delicadas, fazendo-as parar de folhear aquele livro. Como consequência, inclinou seu corpo sobre o dela, o tronco colado nas costas, os quadris separados apenas pelas peças de roupas. Não podia negar o quão erótico aquilo era para si; no entanto, para que cumprisse seu objetivo, encostou os lábios na orelha esquerda, ignorando seus sentimentos vís. — Mulheres que temem o prazer. — As palavras arrastadas pela voz sussurrada, rouca, foram seguidas pelos dentes do homem, que arrastaram-se lenta e sutilmente pelo lóbulo sensível da mulher a sua frente. Não havia planejado toca-la; entretanto ela, como sempre, o fazia sair dos eixos.
Nada poderia estimular mais sua diversão se não aquele sorriso impertinente sumindo dos lábios rosados, demonstrando claramente que ela não esperava pelas palavras que Salazar pronunciara; ainda que Eillela se recusasse a agir como uma dama comum, havia sido criada como tal, e uma resposta como a que ele lhe dera obviamente a deixaria ultrajada. Ele sabia de tudo isso. Por este motivo continuou com seu próprio sorriso insinuante, enquanto a observava disfarçar o máximo que podia, pegando o objeto de seu interesse.
Esperou calmamente o fim da leitura da morena, deleitando-se com as formas que a face delicada assumia ao passo que a explicação para o que sentira com ele na noite da torre lhe era exposta. Salazar poderia, sim, tê-la deixado no escuro sobre aquilo, tê-la deixado achar que ele era capaz de fazer o inexplicável, mas acima de tudo, prezava pelo conhecimento; além de, é claro, não poder perder a oportunidade de fazê-la sair dos eixos depois do ela fizera consigo naquele começo de manhã frio.
Eillela certamente nascera na posição correta; mal conseguiria alimentar-se se dependesse da interpretação para isso. A mudança nas feições da princesa foram claras: as bochechas rubras transformaram-se no mais puro fingimento. Mesmo preparado para aquela reação, não pôde deixar de irritar-se; a teimosia dela o tirava do sério, fazendo-o querer cala-la da forma que mais o beneficiasse. Ainda assim, riu; riu descaradamente, a cabeça sendo inclinada levemente para trás e voltando ao lugar pouco depois. — Ah, querida sobrinha… Seu esforço é notável, de fato. — A voz suavizada nada combinava com a risada que terminara pouco antes, os olhos castanhos queimando sobre os outros da mesma cor. Lentamente levantou-se de sua poltrona, ficando frente a frente com a mulher dona de sua atenção. — No entanto, posso lhe garantir uma coisa: mulheres que nunca sentiram o que está aí escrito, não andam com esse seu sorrisinho insolente. Mas não é algo que você queria repetir, não é mesmo? Afinal, quando você tem a chance de se sentir assim novamente, você foge, eu suponho. — Àquela altura, seus corpos já estavam extremamente próximos, a expressão de Salazar não mais tomada pela diversão. Sério, ele a encarava enquanto a voz mantinha-se contida. — Muito comum mulheres como você terem medo do prazer. — Finalizou com um sussurro próximo a orelha dela, um quê de desdém tomando conta de seu tom, afastando o rosto logo em seguida. Esperava ansiosamente pela próxima reação da princesa e se ela - assim como as outras - seria manipulada.
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Nada poderia estimular mais sua diversão se não aquele sorriso impertinente sumindo dos lábios rosados, demonstrando claramente que ela não esperava pelas palavras que Salazar pronunciara; ainda que Eillela se recusasse a agir como uma dama comum, havia sido criada como tal, e uma resposta como a que ele lhe dera obviamente a deixaria ultrajada. Ele sabia de tudo isso. Por este motivo continuou com seu próprio sorriso insinuante, enquanto a observava disfarçar o máximo que podia, pegando o objeto de seu interesse.
Esperou calmamente o fim da leitura da morena, deleitando-se com as formas que a face delicada assumia ao passo que a explicação para o que sentira com ele na noite da torre lhe era exposta. Salazar poderia, sim, tê-la deixado no escuro sobre aquilo, tê-la deixado achar que ele era capaz de fazer o inexplicável, mas acima de tudo, prezava pelo conhecimento; além de, é claro, não poder perder a oportunidade de fazê-la sair dos eixos depois do ela fizera consigo naquele começo de manhã frio.
Eillela certamente nascera na posição correta; mal conseguiria alimentar-se se dependesse da interpretação para isso. A mudança nas feições da princesa foram claras: as bochechas rubras transformaram-se no mais puro fingimento. Mesmo preparado para aquela reação, não pôde deixar de irritar-se; a teimosia dela o tirava do sério, fazendo-o querer cala-la da forma que mais o beneficiasse. Ainda assim, riu; riu descaradamente, a cabeça sendo inclinada levemente para trás e voltando ao lugar pouco depois. — Ah, querida sobrinha… Seu esforço é notável, de fato. — A voz suavizada nada combinava com a risada que terminara pouco antes, os olhos castanhos queimando sobre os outros da mesma cor. Lentamente levantou-se de sua poltrona, ficando frente a frente com a mulher dona de sua atenção. — No entanto, posso lhe garantir uma coisa: mulheres que nunca sentiram o que está aí escrito, não andam com esse seu sorrisinho insolente. Mas não é algo que você queria repetir, não é mesmo? Afinal, quando você tem a chance de se sentir assim novamente, você foge, eu suponho. — Àquela altura, seus corpos já estavam extremamente próximos, a expressão de Salazar não mais tomada pela diversão. Sério, ele a encarava enquanto a voz mantinha-se contida. — Muito comum mulheres como você terem medo do prazer. — Finalizou com um sussurro próximo a orelha dela, um quê de desdém tomando conta de seu tom, afastando o rosto logo em seguida. Esperava ansiosamente pela próxima reação da princesa e se ela - assim como as outras - seria manipulada.
Salazar não poderia negar que algo fora de seus planos havia acontecido. Era verdade que sempre soube que Eillela se tornara uma bela mulher, mas jamais imaginou que a olharia da forma como a olhava naquele momento. Por baixo de toda aquela raiva que alimentava pelas atitudes ousadas da princesa, o ex-príncipe a desejava, no sentido mais cru da palavra. Depois daquele primeiro beijo, ele começou a notar: a silhueta desenhada em suas curvaturas, os seios avantajados evidenciados pelos decotes que ela insistia em usar, os lábios rosados… Tudo parecia chama-lo para mais perto. Em sua atual situação, no entanto, ele não podia dar o braço a torcer e se deixar influenciar por estes detalhes.
Ele sabia que ela não o responderia de primeira – o que apenas deixava-o ainda mais irritado – por isso esperou, observando-a manter os olhos fixos no pergaminho. Revirou os seus próprios para tamanha previsibilidade, ajeitando a postura na poltrona, cruzando as pernas de forma que o tornozelo ficasse sobre o joelho oposto. As mãos grosseiras tamborilavam tranquilamente os dedos nos braços do móvel quando Eillela finalmente cedeu, caminhando em direção a ele, que não fazia a mínima questão de esconder a expressão suja que tinha no rosto. — Certamente vossa alteza carrega isto consigo; não costuma, afinal, negar-se quando eu tenho o carinho de conectar algo a você. — as palavras ambíguas pingavam sarcasmo enquanto os olhos soberbos encaravam os da mesma cor, as sobrancelhas erguidas juntamente com um sorrisinho certamente irritante que ele a lançava, ao passo que suas mãos empurraram o livro mais pro lado na mesa - para facilitar a leitura da mais nova - pouco antes de fechar o que estava sob este.
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Diferente da maioria dos residentes daquele lugar, o copo de Salazar estava sempre cheio; ninguém, entretanto, sequer notava. Tinha o costume de degustar lentamente sua bebida, tendo sempre o controle de sua própria sobriedade quando estava em público, guardando momentos de embriaguez para seu quarto quando - raríssimas vezes - algo saía de seu controle. Naquele dia, não estava sendo diferente. — Tenho certeza que o fará, sir. — Assentiu para o homem a sua frente, o pequeno sorriso no canto dos lábios confirmando o que dizia. Obviamente - devido à posição de Arthas - era do conhecimento de Salazar que talvez aquele pronome de tratamento não fosse o mais indicado; todavia, a presença do moreno o divertia, fazendo com que o tratasse de forma agradável. — Muito poético de vossa parte, devo admitir. — As sobrancelhas erguidas e o sorriso maroto demonstravam sua diversão. — No entanto, não é de meu interesse o que carregam no coração. Se quer saber, minha companhia paga a elas muito mais do que ouro; e, acredite, não estou me gabando da simples foda como fazem os demais. — O meneio de cabeça adornou o tom sempre tão misterioso, enquanto os olhos desviavam-se para a bebida que serviu-lhe os lábios antes de voltarem ao seu companheiro. — É inegável que o prazer que uma messalina proporciona é superior ao de uma jarra de vinho; cada uma serve para um propósito diferente, em determinadas situações, todavia ambas existem por apenas um motivo: servir a quem paga.
Suas íris azuladas seguiam cada movimento do homem a sua frente, com cautela exacerbada e uma atenção expressiva. Se Arthas era uma cobra, Salazar era a águia. Contudo, estar ao lado dele, atestava ser divertido. Havia algo em sua atmosfera que levava-o a uma sensação de tranquilidade e equilíbrio e tal fato era provavelmente o fator ilusório que o levava a manipular as pessoas com extrema facilidade. Um flautista de Hamelin usuário de palavras. Palavras por vezes rudes e intimidadoras, mas capazes de criar um laço de superioridade e confiança. A questão nunca foi o material ou as técnicas utilizadas na formação do vaso, apenas o quão belo ele aparenta aos olhos. Todavia, Wheatley em muito deleitava-se com a sua companhia, por mais rara que pudesse ser. – Em muito me apetece tal gosto pelas artes, Vossa Alteza. Farei sempre o possível para garantir ao senhor e ao meu rei, os melhores eventos. – comentou polidamente, fazendo uma reverência curta, ainda sentado. Ergueu seu copo de cerveja e molhou a garganta, saboreando o gosto a bebida. – De fato, ambos compram-se pela mesma moeda, senhor, contudo, terei de discordar quanto as similaridades, pois elas encerram-se por aí. Enquanto o vinho tira-lhe a racionalidade, das messalinas, tiram-lhe a alma. – refletiu, convicto de suas crenças. – Estão dispostas a trocar sua própria felicidade pelo prazer dos outros, renegam as moralidades e jogos das nobres damas. Sabem mais sobre a vida que qualquer ancião e entre suas pernas podemos encontrar a cura de nossos problemas. Senhor, asseguro-lhe que após terminada uma jarra de vinho, a jogo fora. Mas após terminado o serviço de uma meretriz, posso até achar que a dispenso, mas seus corações são de pedra e nunca se quebrarão como o vidro da garrafa antes usada.
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Salazar não poderia negar que algo fora de seus planos havia acontecido. Era verdade que sempre soube que Eillela se tornara uma bela mulher, mas jamais imaginou que a olharia da forma como a olhava naquele momento. Por baixo de toda aquela raiva que alimentava pelas atitudes ousadas da princesa, o ex-príncipe a desejava, no sentido mais cru da palavra. Depois daquele primeiro beijo, ele começou a notar: a silhueta desenhada em suas curvaturas, os seios avantajados evidenciados pelos decotes que ela insistia em usar, os lábios rosados… Tudo parecia chama-lo para mais perto. Em sua atual situação, no entanto, ele não podia dar o braço a torcer e se deixar influenciar por estes detalhes.
Ele sabia que ela não o responderia de primeira – o que apenas deixava-o ainda mais irritado – por isso esperou, observando-a manter os olhos fixos no pergaminho. Revirou os seus próprios para tamanha previsibilidade, ajeitando a postura na poltrona, cruzando as pernas de forma que o tornozelo ficasse sobre o joelho oposto. As mãos grosseiras tamborilavam tranquilamente os dedos nos braços do móvel quando Eillela finalmente cedeu, caminhando em direção a ele, que não fazia a mínima questão de esconder a expressão suja que tinha no rosto. — Certamente vossa alteza carrega isto consigo; não costuma, afinal, negar-se quando eu tenho o carinho de conectar algo a você. — as palavras ambíguas pingavam sarcasmo enquanto os olhos soberbos encaravam os da mesma cor, as sobrancelhas erguidas juntamente com um sorrisinho certamente irritante que ele a lançava, ao passo que suas mãos empurraram o livro mais pro lado na mesa - para facilitar a leitura da mais nova - pouco antes de fechar o que estava sob este.
Não demorou para que, muito concentrada no que fazia, se visse submersa naquelas palavras perfeitamente desenhadas em caligrafia impecável. Também pudera, com o esforço que estava fazendo era quase que impossível não estar; obrigava seu cérebro a absorver cada palavra contida ali. Ignorá-lo se provou então não ser uma tarefa difícil como ela imaginou que seria. Muito pelo contrário; por mais que a tensão entre eles fosse quase palpável, enquanto se mantivesse ocupada com suas pesquisas ela ficaria bem. Afinal, ela teria que aprender a comportar-se normalmente na presença dele cedo ou tarde, certo? Pois por mais que ela parecesse fazer questão de esquecer o laço sanguíneo que partilhavam, Salazar Arkauss era família e de alguma forma sempre estaria presente na vida da mulher. Porém, como era de costume, sua paz acabou não durando muito. Arrancada de sua fonte de distração pela voz masculina, Eillela nada fez além de erguer os olhos e encarar os dele, o castanho no castanho; uma sobrancelha sendo arqueada. Ela tinha certeza de que por trás daquele sorrisinho que a deixava assustadora e irritantemente dividida entre as vontades de socá-lo ou beijá-lo, existia alguma trama. Era mais do que óbvio e ele deveria lembrar de disfarçar melhor quando tivesse a intenção de aprontar alguma coisa. Portanto, da mesma maneira que o olhou, ela voltou seus olhos para o pergaminho e tentou focar-se ali novamente, ignorar o desejo de saber o que era assim de tanto interesse dela. Será que ele havia lido suas anotações enquanto estivera fora? A simples ideia irritava Eillela num nível completamente novo. Não, seria uma total invasão de privacidade e limites precisariam ser estabelecidos urgentemente. Porém, ao mesmo tempo em que ela acreditava que ele não seria capaz de invadir assim sua privacidade, sua curiosidade era cada vez mais atiçada enquanto ela, em sua mente, tentava deduzir o que é que poderia ser assim de seu interesse. E foi por isso que, dando-se por vencida, a princesa calmamente enrolou o pergaminho e o depositou sobre a mesa, alisando a saia do vestido perolado que usava. — Devo admitir que não fui capaz de vencer minha curiosidade. — Pela primeira vez desde que havia posto seus pés ali a voz feminina foi ouvida. Com uma calma e compostura que contrastavam com seu comportamento na torre, a herdeira foi até ele. — Não seria de bom tom negar-me a ver algo que meu adorado titio certamente teve o carinho de conectar a mim, não é mesmo? — Com um pequeno sorriso no mínimo insolente, Eillela estendeu uma das mãos para Salazar, esperando que ele entregasse a ela o livro.
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A biblioteca dos Kasnier estava longe de ter o que ele precisava para suas pesquisas; aquele tipo de coisa deveria ser do conhecimento da realeza, e apenas dela. Com sorte, no entanto, carregara alguns livros relacionados ao tema de seu interesse, e seu caderno de anotações, para a residência em que, agora, era hóspede. Não teria problemas - assim como no castelo - de bisbilhotarem seus pertences; Salazar tinha a completa ciência de que sua fama entre os criados não se limitava às muralhas do local onde vivia.
Seus olhos não se levantaram para Eillela em nenhum momento durante o trajeto da mesma pelo cômodo que agora compartilhavam. Sua mente maquinava sem parar sobre a utilidade que o livro sob seu olhar teria naquele momento de reencontro tão evitado pelo homem durante aqueles dias. Estar na presença da princesa novamente - depois do que ela havia feito com ele naquela torre suja - fazia com que seu corpo formigasse; não de uma forma boa, no entanto. A raiva que sentia da morena não poderia ser medida em escalas e se esta não montasse tão bem como o fazia, ele certamente teria perdido toda e qualquer vontade em tê-la mais uma vez. Todavia, este não era o caso, e ele evitaria pensar nas habilidades mal-adquiridas da sobrinha enquanto estivesse no mesmo cômodo que ela.
Após um tempo em silêncio, fingindo que estava extremamente interessado naquele livro tão descartável para os conhecimentos que possuía, e esperando até que Eillela estivesse entretida demais em sua própria leitura, Salazar se pronunciou. — Com licença, querida sobrinha. Sinto muito atrapalhar-lhe a leitura, mas creio que tem algo neste livro que seria de seu interesse. — O tom dissimulado brincava em suas palavras, os olhos castanhos brilhando com malícia na direção da princesa, o canto dos lábios repuxando-se sutilmente. Se esta achava que os jogos haviam terminado no momento em que ela, de maneira covarde, o deixara sozinho no dia do baile, estava muito enganada.
@theevil-arkauss
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De cabeça baixa e abraçando um livro ao peito, a princesa seguia a passos apressados ao seu destino. A estadia no castelo dos Kasnier estava durando mais do que ela desejava, porém, não podia reclamar do tratamento que lhe era oferecido. Era como se tudo o que Aldith Kasnier fizesse fosse em prol da alegria do Rei e de sua família, todas as suas vontades eram realizadas por mais difíceis e absurdas que fossem, assim como a festa desnecessária realizada dias antes. Ela ainda sentia o sangue ferver toda vez que pensava na raiva que sentira naquela noite. É claro que, surpreendentemente ou não, as coisas acabaram de forma inesperada e ela ainda não sabia dizer se isso era bom ou ruim. De qualquer forma, procurava não gastar tempo pensando sobre aquilo e se torturando quando sabia que a noite passada com Salazar ficaria lá, trancada naquela torre e escondida entre as paredes de pedra fria. Era uma experiência de uma vez só e já estava mais do que na hora de conformar-se com aquilo.
A irritação veio depressa quando, distraidamente, flagrou-se deixando seus pensamentos vagarem por aquele lugar perigoso de sua mente. Eillela repreendeu-se mentalmente e continuou seu caminho até a biblioteca dos Kasnier que, embora não tão extensa como a que existia no palácio real, era dona de um bom acervo de livros e pergaminhos. Às vezes tinha sorte de encontrar coisas que não havia achado no castelo dos Arkauss, e talvez por isso estava se dedicando com tanto afinco a explorar a maior quantidade de livros que podia, a fim de expandir o conhecimento que tinha acerca de seu reino. Quando não estava em seu quarto era lá que passava a maior parte dos seus dias, armazenando informações que no futuro viriam a ser úteis. Seu foco agora era estudar a fundo Tyrania, sua cultura, seus costumes, informações colhidas através do tempo sobre a Família Real e sobre sua postura no começo de tudo aquilo, anos e anos atrás, quando a guerra entre os dois países se iniciou. A herdeira de Ishtar mantinha eu seu quarto todas as suas anotações, e as protegia como se fossem o tesouro mais valioso, entretanto, ao organizá-las naquela tarde ela notou que uma faltava, e esse era o motivo de seu retorno à biblioteca naquele horário tão fora do comum para ela. Só não esperava que fosse ter companhia.
Abrir a porta e deparar-se com Salazar fez com que Eillela cogitasse seriamente dar meia volta e sair. Vinham se evitando desde aquela manhã, onde ela deliberadamente brincou com fogo quando deixou-o sozinho naquela torre. O que poderia fazer, afinal? Não se arrependia, e sabia que não existia maneira de prosseguirem com aquilo sem que algo desse errado no meio do caminho. Não que ela quisesse, claro. Ou ao menos era o que dizia para si mesma… Mas não podiam culpá-la por querer sentir-se daquela maneira de novo, podiam? Não era tão errado assim. Contudo, os segundos que ela gastou demonstrando sua surpresa não duraram muito, pois ela logo tratou de consertar sua postura e cruzou a sala, sendo obrigada a passar na frente dele para chegar onde queria. Do lado oposto de onde estava o homem, encontrava-se uma mesa grande, esculpida no mais majestoso mogno. Sobre ela, jaziam alguns livros, estes antigos em sua grande maioria, e pedaços de papiro enrolados. Foi para lá que seguiu a princesa sem dar sequer uma palavra, colocando o livro que carregava nos braços sobre o tampo bem polido da mesa para logo depois ocupar o assento de uma poltrona, que por infeliz coincidência do destino ou não, dava a ela a visão direta de Salazar e vice versa, se os dois levantassem a cabeça. Tentou não se atentar àquilo enquanto desenrolava nas mãos um pergaminho, esforçando-se para ignorar a presença dele e a tensão que de repente se instalara no ambiente.
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@lionhe4rt
“(…)Astrid Destrang afirmou avistar tais criaturas, descrevendo-as como cruéis e inumanas. (Banida).” O cenho franzido acompanhava seus pensamentos, girando como loucos no cérebro sempre cheio de conhecimento que Salazar possuía. Tais conhecimentos, no entanto, não eram exatamente bem vindos quando se tratavam de assuntos que nem mesmo o rei se atrevia pensar. Era mais forte que ele, entretanto; depois de seu fatídico fim de noite com Eillela cinco dias antes daquele, procurava os assuntos mais variados para manter sua atenção - e presença - longe da princesa, evitando uma possível surra que ele certamente seria capaz de lhe dar, tamanha a sua raiva. Aquele tema cheio de mistérios tinha sua atenção primordial como forma de entretenimento por dois motivos: um, ninguém se importava; dois, ele tinha um péssimo pressentimento sobre aquilo. Salazar não fazia o tipo de homem que acreditava naquele tipo de coisa; todavia, ao analisar uma quantidade considerável de registros sobre “criaturas inumanas”, algo lhe dizia que não era uma particularidade que ele deveria ignorar, como todo o resto fazia.
Assustou-se quando a porta da biblioteca se abriu, levantando rapidamente seus olhos para sua nova companhia, escondendo o que lia com outro livro que tivera sua atenção horas antes por cima. Quando avistou Eillela, sua vontade fora de enxota-la do lugar; sabia, no entanto, que aquilo não era bom para seus próprios interesses. Ateve-se, então, ao novo livro abaixo de si, sorrindo internamente ao ler as palavras contidas ali, enquanto a expressão concentrada era mantida em sua face.
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F L A S H B A C K
Ele não teria percebido; seu cérebro não teria mandado um sinal de alerta para todo o seu corpo se ela não houvesse dito aquelas palavras. “(…)E também por ajudar-me a vestir a roupa, sabe, eu não conseguiria sozinha.” estava longe de ser uma frase que Eillela Arkauss pronunciaria. Algo estava muito errado naquilo, e ele deveria ter parado quando percebeu isto. Continuou, no entanto, observando-a intimamente maravilhado, o contato do tecido daquele vestido contra seu membro sendo irritantemente provocante, aqueles lábios rosados de extrema tentação. Mascarada, a desconfiança brilhava em seus olhos como curiosidade.
A sensação incômoda não o deixou quando ela se levantou; muito pelo contrário. Quando Eillela deu aqueles breves passos, sua voz soou com um tom misterioso, como se aquilo tivesse sido meticulosamente ensaiado. Não era difícil para ele perceber, afinal, fazia aquilo todos os dias de sua vida. Principalmente quando ela virou-se novamente, caminhando para si como uma leoa, suas entranhas gritaram por perigo; infelizmente para Salazar, ele decidira ignorar a si mesmo aquele dia. Permaneceu com os olhos fixos nela enquanto ela se movia de maneira sedutora, enquanto segurava seu rosto de forma irritantemente controladora, enquanto ela - atrevidamente - dizia o que ele precisava ouvir para ter a guarda baixa. Ah, se Eillela soubesse o sucesso que obteve.
Raras coisas faziam Salazar sair dos eixos; escutar uma mulher - Eillela, para ser mais exato - dizendo que apenas sua forma nua modificava planos concretos, era uma destas. Suas pupilas se dilataram, seus músculos do abdômen se contraíram, sua boca salivou - sedenta pela dela - e lamentou quando recebeu apenas uma mordida. Desviou aquele olhar puramente carnal quando notou a movimentação do vestido da princesa, revelando a coxa que possuía marcas suas. E então ela simplesmente sentou em seu colo; sem rodeios, se hesitação. Suas mãos inconscientemente foram parar no quadril coberto, suas íris fixas nas outras idênticas a elas mostravam confusão; se era pelos quadris muito próximos, pelas palavras que lhe seduziam como o diabo, pelos beijos que ele oficialmente venerava ou pela mão ousada sobre seus músculos tensos que sua ereção se fez presente, ele não podia dizer. Só sabia que desejava joga-la mais uma vez naquele colchão duro, para fodê-la até que esquecesse o próprio nome.
Deitou-se como a mão delicada mandava, desconfiando que naquele momento faria qualquer pedido daquele corpo tornar-se realidade. Seu olhar estava grudado no dela como um imã quando seus lábios foram mordidos por seus próprios dentes, segurando um suspiro alto por ter a intimidade dela - tão molhada, tão pronta para si - latejando contra seu membro. Seu cenho franzido e seus olhos em fendas indicavam uma dor que ele desejava sentir até o fim dos tempos, suas mãos pressionando com propriedade os ossos que seguravam. Quando o movimento de fricção se iniciou com o rebolado sensual da morena, então, Salazar sentiu como se estivesse queimando. Teria gemido baixo - por aquela atmosfera de prazer, por ter seu membro estimulado daquela forma - se aqueles lábios que ele já tão bem conhecia não tivessem lhe requisitado para um beijo. Beijou-a com desejo, fervor, prazer, e quando estava pronto para penetra-la, algo fora de seu conhecimento aconteceu.
Foi como se ela o tivesse empurrado do mais alto penhasco, a sensação de queda o invadindo no momento em que as palavras venenosas na voz melíflua soavam. A confusão o tomou de tal maneira que era nítida em sua expressão. Quando a compreensão a tomou, no entanto, um predador selvagem apareceu. Então ele sentiu ódio; ódio dela, ódio de si mesmo. Seu sangue fervia, seu corpo tremia, assimilando que ela havia ido embora depois de tudo o que ele fez para benéfico dela. O grito que saiu de sua garganta não parecia pertencer a ele; soava como um animal. Não se lembrava de como vestira sua roupa; apenas o fez, no automático, seu cérebro borbulhando de maldade, maquinando mil e uma formas de se vingar daquela mulher que pensava ter cacife para ganhar aquele jogo dele. Salazar, diferente dela, sabia que vingança é um prato que se come frio.
Com a expressão impassível e o interior como lava, expressou sua crueldade como pôde; na criada estapeada para que saísse de seu caminho, na escultura estilhaçada em seu quarto. Podia muito bem ter ido descontar sua frustração numa puta qualquer - de aparência perfeita, corpo perfeito - como a maioria fazia. Guardaria, no entanto, toda aquela frustração para Eillela; e então, quando chegasse a hora, a faria implorar para que ele explodisse dentro dela.
Make me forget ♕ Eillela & Salazar
F L A S H B A C K
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F L A S H B A C K
Seu cérebro gritava para que ele parasse com suas provocações, seus jogos egoístas, mas como sempre acontecia desde a noite do ataque, ele não o escutava. Estar na presença dela era o maior entretenimento que se lembrava de ter em anos; diferente da maioria das pessoas com as quais ele lidava, ela era intensa, cheia de sentimentos, e aparentemente verdadeira em suas reações. Eillela era como um de seus livros de estratégias; extremamente fácil de ler para aqueles que a disferissem a atenção que merecia. Enquanto ele estava sempre coberto por suas máscaras, suas mentiras, ela era sempre aquilo que demonstrava ser; aquilo que, pelo menos ele, conseguia enxergar. Salazar bem podia ver a ironia naquilo.
Seus olhos encararam o perfil do rosto da princesa, seus lábios sérios conteram o sorriso convencido que ameaçou tomar-lhes ao escutar o tom praticamente indiferente dela, como se nada tivesse acontecido; a teimosia exposta apenas o incentivava a continuar. Dessa forma, observou-a seguir o caminho até o vestido, apoiando-se em suas mãos ao mesmo tempo que seu tronco formava um ângulo de 90 graus com seus braços, esticando seus músculos cansados, desviando momentaneamente seu olhar do corpo nu para analisar o local onde estavam, agora à luz do dia. Abandonado, sujo, destinado a simples criados, pessoas de classe baixa;definitivamente não era um local apropriado para a realeza, menos ainda para uma princesa. Sorriu com a constatação.
Assim que voltou sua atenção a Eillela, pôde vislumbra-la diante de si, vestindo-se enquanto seus seios eram acariciados pelos tímidos raios solares daquele inverno. Esperou que ela viesse até si novamente para endireitar sua postura, a coluna perfeitamente ereta. Sem dizer nada, levou suas mãos até os quadris desenhados, puxando-a gentilmente para mais perto, de forma que ele não precisasse levantar-se para auxilia-la. Escorregou, então, uma de suas palmas para a coluna ainda desnuda, deslizando-a lentamente por toda extensão que podia alcançar, até voltar para a abotuadura mais baixa da peça de roupa. Da mesma forma que as havia aberto, fechava-as com pesar, sua pele sempre entrando em contato com a dela, gerando pequenas faíscas em seus dedos. Chegava a ser irritante.
Ao abotoar a última peça, pousou uma de suas mãos na cintura pequena, ao mesmo tempo que a outra tomava o colar dos dedos finos. — Sente-se. — Ele sabia que tinha que usar um tom mais brando, evitar que sua voz habitualmente baixa soasse em uma “ordem gentil”, como fazia com as demais pessoas, por conta do gênio arredio da princesa, mas era simplesmente mais forte que ele; estava desfocado demais em si mesmo para se importar com aquilo. Deslizando a mão da cintura para a barriga lisa - agora, infelizmente, coberta pelo vestido - Salazar pressionou-a sutilmente contra si, fazendo-a sentar novamente entre suas pernas. A mão que ainda segurava o colar de diamantes pousou numa das coxas dela, enquanto a outra - agora livre - acariciava a lateral do pescoço alvo. — A jóia é deveras bela; quem lhe deu, no entanto, provavelmente não sabe como seu colo fica bem mais atraente sem ela para adorna-lo. — Comentou casualmente, sem nenhuma brincadeira em suas palavras, apenas um elogio tão íntimo quanto aquela situação era. A contra-gosto, então, envolveu o pescoço dela com o objeto, tirando o cabelo castanho entre este assim que prendeu o fecho. Com um pesar que ele jamais admitiria, colocou suas palmas nos próprios joelhos. — Apenas arrume o cabelo e estará pronta para ir.
Make me forget ♕ Eillela & Salazar
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