Existem perigos silenciosos, como o rastejar de uma cobra ou a ação de um veneno. Tal qual, existem pessoas silenciosas. Dessas que observam antes do bote, dessas que diluem algo na sua taça de vinho sem que você perceba. E também existe Calíope — Uma tempestade que se vê ao longe, dessas que nebulam e trovoam, que se transmutam em tornado diante dos seus olhos sem que você possa fazer qualquer coisa para impedir. Catástrofes anunciadas ainda são catástrofes.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Conversation
Sobre monstros e rainhas
Calíope: Eu adoro quando você me faz juras de exclusividade e poder, eu me sinto uma tirana em potencial. Você está criando um monstro, espero que esteja ciente disso.
Arathorn: Juras? Você já não percebeu que é tudo seu? Eu não estou criando um monstro. Eu estou criando uma rainha, lembre-se disso.
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writing is not always as easy as I would like. 🥀
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Pare de dizer obrigado por tudo. O mundo é seu e tudo que há nele lhe pertence. Eu sou seu, não há obrigação na minha presença. Na verdade, há uma enorme reverência. Eu deveria me ajoelhar e dizer obrigado por estar aqui comigo?
Arathorn, a luz incandescente.
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Era quase engraçado
De um jeito irônico, que não combinava com Calíope, mas ainda sim engraçado
Como ela ainda conseguia buscar explicações e razões
Para além do fato de que
As pessoas a machucavam porque queriam fazer aquilo. Era o tipo de coisa que estava além da sua compreensão. E, talvez, fosse de certo modo uma dádiva que ela fosse de maneira tão sensível capaz de perdoar até quem ainda não lhe tinha pedido desculpas. Ou quem talvez jamais viria a pedir.
Mas ali estava ela, chorando diante do piano, procurando mil explicações para o inexplicável — se nem ela gostava de si, como podia esperar que mais alguém gostasse?
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Canções e Premonições
Restava apenas Calíope no Espelho de Vênus. Ember tinha acabado de partir, após ajudá-la a organizar o espaço do salão depois da leitura dos Destaques do Ano. Estavam ambas orgulhosas pela inauguração do empreendimento que tanto planejaram, e boas risadas e drinks tinham sido servidos por ali. Tudo parecia bem. Ou quase isso.
Calí estava em um daqueles momentos de contemplação solitária. Ali, sentada na beira daquele palanque, vestida como algum tipo de princesa celestial, a fada do som refletia sobre si. Do que era feita. A resposta biológica, obviamente, ela sabia — Células, ossos, alguns órgãos e um coração que servia para bombear sangue através de suas veias. Mas, bem, Calíope não era tida a ideias literais. A garota era composta de metáforas e alusões poéticas, e para si, seu coração tinha perdido o propósito figurativo. E ela não sabia a quem recorrer sem parecer uma tola. Ela amava, claro, muitas pessoas — sempre amaria. Calí era um poço sempre transbordando afeto, desesperada em ceder o carinho que tanto lhe faltou enquanto crescia. Mas... E além da superfície? O que se escondia no fundo desse poço, nas profundezas escuras de seu ser?
'And I don't believe you when you say I did nothing wrong.
Sua música de maior sucesso, Drivers License, foi modificada muitas vezes antes da versão final ser incluída em seu álbum de estreia. E, mesmo tantos meses desde o lançamento daquela canção, Calíope ainda pensava naquela linha. Aquele trecho original, a primeira que compôs, diante de seu piano com nada além de lágrimas lhe fazendo companhia. Por quem chorava, naquela ocasião? Não conseguia se lembrar. Cedric, talvez, após uma das brigas entre os dois? Por si mesma e pela relação conturbada com a família que sempre a rejeitou, mas por quem ainda sim, ela conseguia nutrir um sentimento deturpado de gratidão? Calíope não se lembrava exatamente o porquê de ter escrito aquele verso, mas a verdade é que ele a marcou de tal forma que a fada do som obrigou a si mesma a reescrever aquele pedaço da música, substituindo-o por qualquer baboseira romântica. Não poderia cantar em voz alta, para dezenas de pessoas, algo tão íntimo como aquela frase original. E mesmo assim, tanto tempo depois, aquela verdade escondida continuava martelando em seu peito. Como se, em uma espécie de ironia do destino, a fada do som estivesse proferindo mais uma de suas premonições acidentais.
Quando Arathorn partiu, ela se sentiu da mesma forma. Nenhuma das palavras solidárias e doces de suas amigas foram suficientes para convencê-la de que não tinha sido sua culpa. Porque, na verdade, tinha sido sim. Ela o negou, no fim das contas. Deixou seu senso de autodestruição arruinar a coisa mais linda que já vivenciou. Ouviu a voz da sua maldita insegurança, e deixou que aquilo abafasse o pedido matrimonial do amor de sua vida. A fada sabia que remoeria aquilo até o último de seus dias. Inclusive, este pensamento a fez lembrar de outro verso que descartou no processo de escrita de Drivers License.
'Cause I couldn't fathom loving no one else.
Maldita premonição.
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Conversation
Banshee?
Gonter: Que tipo de maldição se abate sobre você?
Calí: Eu sou... Uma espécie, pode se dizer assim. Uma subespécie de fada. Eu sou a banshee. Eu consigo prever o futuro, ouvir os mortos e pressentir quando alguém vai morrer.
Gonter: Nossa Cali, isso é tão terrível quanto incrível ... Não deve ser fácil ver o que você deve ver, mas é fascinante possuir tal conhecimento. Nem sou capaz de imaginar como deve ser angustiante... Mas acontece com algum controle seu ou sem padrão? Tem como quebrar essa maldição?
Calí: Na verdade, não. É uma maldição de sangue. Em outras palavras, é quem eu sou. Calíope Banshee. A mensageira dos mortos. Uma fofoqueira mais do que profissional — espiritual, literalmente.
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Audio
Cause, honey, I'll come get my things, but I can't let go
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Calíope ria para a tela do celular. Era, de certo modo, divertido — o estado caótico. Não era segredo para ninguém que a fada não tinha ressalvas e que seu pensamento fluía livre, deixando claro todos os seus pensamentos para quem quisesse ouvir. Calí era um espelho, um livro aberto. Sua verdade era sua verdade, e ela não tinha razões para esconder o que sentia ou aquilo que acreditava atrás de falsas simpatias ou perfis anônimos. Por isso, brigas e tudo mais não a afetavam além da superfície, sobretudo quando se tratavam de picuinhas cotidianas. Ela fazia piada quando a ofendiam, encontrava graça nos contrargumentos. Este era seu espírito, sua essência.
Algumas coisas, sim, a tiravam desse estado de contemplação do caos. Principalmente quando feriam, de algum modo, o seu senso de lealdade. Ela defendia suas amizades com unhas e dentes, a todo custo, e não se arrependia nem um pouco disso. Era quem ela era, afinal. Por que deveria agir de maneira contrária à sua verdadeira natureza?
Além, claro, das deturpações sobre aquele assunto em específico. O coração de Calí ainda estava na posse de Arathorn. E, na última vez que conversaram, ele também admitiu o mesmo. Toda tempestade vista e ouvida pelos outros alunos de Alfea não expressava a grandiosidade das emoções que compartilhavam quando ambos estavam frente a frente, a sós, naquele dormitório. Uma parte de Calíope queria ser mesquinha ao ponto de provar, contra todas aquelas especulações, que as coisas não tinham sido como ela deixou parecer que foram. Todos os surtos, choros e berros eram apenas confete, se no fim do dia, ela ainda escrevia cartas de amor para ele e sentia sua pele quente tão perto. Era dolorido ver as pessoas remexendo naquele assunto, cutucando uma ferida que ainda estava completamente aberta, exposta, gangrenando. Não por si mesma — mas por não poder gritar ao mundo toda a verdade e beleza do amor que ela conquistou para si, contra todas as probabilidades. Para todo o sempre, ele tinha dito. E ela sabia que ainda era verdade para ele, tal como era para ela. Será que, onde quer que estivesse em Magix, ele estava dando gargalhadas por vê-la discutir sobre o assunto? Rindo de seu jeitinho explosivo e enciumado? Calí conseguiu sorrir com a ideia.
É. Valia a pena, no fim das contas, guardar apenas para si a imensidão daquele sentimento. Deixar que apenas o seu coração fosse o templo daquela sagrada emoção, e que sua mente fosse para sempre a morada das lembranças mais íntimas que construíram quando mais ninguém estava olhando.
Alfea inteira poderia considerá-la uma histérica, desesperada e... Gueluda? Enfim, que seja. Não importava. Sua reputação não era nada. Sua moral não era nada. Dignidade, então? Muito menos. Nenhum ego era comparável à intuição que lhe fazia levantar todas as manhãs e abrir os braços em direção ao sol, sentindo mais uma vez a manifestação daquele calor santo em sua pele.
E, então, só isso importava.
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Borboletas
“A borboleta é considerada o símbolo da transformação. Entre outros, simboliza felicidade, liberdade, beleza, inconstância, efemeridade da natureza e da renovação. Os estágios desse inseto (lagarta, crisálida e borboleta) significam respectivamente vida, morte e ressurreição, ou seja, a metamorfose do ser.”
Dentre as poucas companhias da infância de Calíope, estavam alguns livros antigos e documentos que pertenceram às suas ancestrais. Aparentemente, uma das banshees — Mnemósine, provavelmente — que vieram antes de Calí era uma catalogadora, amante da natureza. Ou, ao menos, do pouco contato que conseguia ter com o meio ambiente externo, sendo sua vista limitada à janela do sótão em que, tal como Calí fazia agora, todas as outras amaldiçoadas também ocuparam. Sendo assim, não era de se estranhar que a maioria dos registros fossem, em suma, sobre pássaros e insetos voadores. Afinal, era o tipo de fauna com o qual a banshee conseguia ter contato dali.
Mas, claro que uma vidente não se contentaria em apenas documentar características biológicas de um ser vivo. Desde que descobriu a real extensão de seus dons, Calíope passou a se questionar como a vidência poderia ter se manifestado para suas ancestrais, e percebeu que mesmo sem ter noção disso, já tinha tido contato com a manifestação do sensível dom de Mnemósine, através das leituras que fez de seus relatos.
Mnemósine conseguia enxergar a aura dos seres. E um poder tão puro, quando aliado a um olhar atento e vulnerável como o da banshee, não podia ser contido. Não podia ser simplesmente ignorado, abafado ou esquecido. Algo que todas as crianças amaldiçoadas da família Harmony compartilhavam era, justamente, a necessidade por expressar a grandiosidade de suas emoções.
Quando Mnemósine escreveu aquela descrição sobre as borboletas que observava pairar no céu, ela não fazia ideia do tamanho do significado que seu registro teria para Calíope, tantos séculos depois. A pequena Calí também recebia a visita de borboletas no sótão, e graças ao que aprendera lendo os registros místicos de Mnemósine, o animal logo se tornou muito além do que somente o favorito de Calí. A pequena fada do som passou a se identificar com o inseto — metamorfose, era como sua ancestral tinha escrito. E para Calíope, a ideia de estar em um processo era muito melhor do que não ter esperança nenhuma e se conformar de que sua vida seria para sempre aquele ciclo de rejeição. Não, não podia aceitar. Ainda pequena, Calí já queria mais para si mesma. Queria a ascensão de suas asas, o seu vôo. Ser adorada, admirada e querida, como todas as mais lindas, coloridas e únicas borboletas.
Vida, morte e ressurreição. Calíope, finalmente, era a borboleta que sempre quis ser (e que, de alguma forma, sempre foi).
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Diálogos pequenos, grandes significados
— E como se faz isso, Calí? Superar um grande amor?
— Não sei. Nunca me ocorreu.
— Se apaixonar?
— Não. Superar.
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