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There will be anxiety
various disasters
a shortage of hope
except the longing
for a sudden quiet termination
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Black Widow (2021) dir. Cate Shortland
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Arte
Faça meu corpo de tela e me pinte com as mãos. Use as cores mais vivas e me mostre o que você vê. Desenhe castelos, estrelas, corais, pedras preciosas ou o pôr do sol em minhas costas.
E se você não quiser desenhar, me deixe ouvir sua voz. Recite poemas, revele seus segredos, cante suas músicas preferidas ou diga que me ama sob minha pele.
Eu tenho toda a eternidade pra você, amor.
Porque treze bilhões de anos parecem pouco e eu juro, nesse momento eu entraria em uma cabine azul sem pensar duas vezes.
Pra assistir estrelas queimarem e se apagarem, pra voltar em 1868 ou avançar até 5.000.000.000, pra ouvir você falar de qualquer coisa ou só pra te beijar no escuro.
A verdade é que eu só tenho 24 e não sei nada, mas sei como te ler e quero passar os olhos, demoradamente, por cada palavra e por cada página. Prometo sempre olhar com carinho, independente do final da história, e ser sempre um livro aberto.
Então use as mãos para escrever em mim. Escolha as palavras mais bonitas e me mostre o que você vê. Aventura, romance, drama, ficção científica, suspense, todas os contos do mundo cabem em meu peito.
Se faltar inspiração, se veja através do meu olhar. E se você deixar eu posso contar, em um sussurro, todas as suas cicatrizes só pra te provar que não são muitas. Posso segurar sua mão pra te lembrar que você nunca esteve só. Posso tocar cada linha de expressão em seu rosto pra te mostrar sua beleza. Posso olhar no fundo dos seus olhos, sorrir e te beijar lentamente, só pra te fazer acreditar no amor.
Eu tenho toda a eternidade pra você e posso ser obra de arte, canção, viajante, livro, espelho. Pra você eu posso ser eu, então seja você.
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Mergulho
Você estava certa.
Você é tudo o que prometeu que seria e a luz que eu via estava apenas em meus olhos.
Talvez agora eu aprenda a lição: “ninguém se importa”, muito menos você, e eu devia ter dado ouvidos.
Não foi por falta de aviso, afinal, você me disse mais de uma, duas, três… na terceira eu estava começando a acreditar, mas não foi o bastante, você teve que provar.
E eu provei sua boca, eu provei seu gosto, amargo e solitário. Eu provei sua dor e fui errado em querer curar.
Você estava certa.
A vida é como o mar, e eu enchi meus pulmões de ar antes de mergulhar em você, mas me afoguei em águas profundas.
No final você não foi para a guerra, e eu, sempre a favor da paz, defendi uma causa perdida até o último segundo.
Como você disse, o corpo sente o coração partido, e o meu dói. Por outro lado, eu me coloquei na frente da faca. Deixei você me abrir, me escancarar e me olhar. Deixei você saborear o que havia de melhor em mim.
Eu provei sua boca, sim, mas você provou a minha também. Sentiu o gosto doce e solitário. Você provou minha dor e foi errada em querer se aproveitar.
Você estava certa.
Nós estamos sempre, o tempo todo, enfrentando desafios, mas eu pensei que você não fosse tão difícil. Quando você conhece as regras você sabe como jogar, por isso eu te dei meu manual, em troca recebi páginas manchadas.
Você estava certa, é você quem sempre perde apostas, mas hoje eu sou o perdedor.
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Queimando
Me conte quem pôs fogo em você?
As mãos deles estão sujas de cinzas e suas roupas cheiram a gasolina. Eu vejo o brilho das chamas em seus olhos e sinto o calor de longe.
O fogo é invisível, mas eu reconheço porque já queimei algumas vezes. O que antes era vida hoje é um bosque de enxofre, mas você se acostuma com o cheiro.
Imagine você em chamas que ninguém pode ver, e você tem que continuar vivendo. Você tem que acordar e ir trabalhar. Em alguns dias o fogo arde mais, mas não há mais nada que ele possa consumir.
Então você diz que a morte é como um sono profundo, mas eu me pergunto como você sabe se você não está morto.
Algumas pessoas são inflamáveis, como você e eu, e nada além de destruição vem das chamas.
Me conte quem pôs fogo em você? Eu vejo o brilho das chamas em seus olhos e sinto o calor de longe.
As sirenes não significam que vai acabar, afinal, os outros não conseguem ver. Então eu me pergunto quanto combustível ainda resta e quanto tempo isso vai durar, porque o calor está me deixando sonolenta e se eu dormir eu não acordarei nunca mais, afinal a morte é como um sono profundo.
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Escarlate
Meu coração bate fora do peito e eu o vejo sangrar. Nunca vi um vermelho tão vivo, escarlate. Eu assisti escorrer e não consegui conter o sangramento.
Agora está por toda parte, por toda a casa, por todo meu corpo e cicatrizes e manchas na minha pele, e eu não consigo esconder um vermelho tão vivo. Qualquer um que tenha olhos conseguirá ver minha cor, escarlate.
É o que acontece quando você se coloca na frente da faca, não é? Mas pelo menos agora que eu sangro eu tenho a certeza de que estou vivA.
Meu peito está aberto e fui eu que o abri. Tirei meu coração, beijei minhas mãos e o entreguei para um estranho.
Eu não estou pensando quando pinto todas as paredes dessa cor, fingindo que sou inocente e me sujando de tinta.
É uma cirurgia de peito aberto e eu posso passar dias e perder noites te mostrando cada artéria. Cada sangramento escarlate. Cada pedaço de mim e também aqueles que faltam.
Meu coração bate fora do peito e eu o vejo sangrar. Nunca vi um vermelho tão vivo, escarlate. E eu achava que conhecia todas as cores do mundo, até ver meu sangue escorrer.
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Puta e louca
Puta e louca, é do que eles a chamam.
A gargalhada reverbera seu peito e o som nada mais é que gutural. Selvagem. Um animal que marcha por ruas tortas e escuras, ladeira abaixo.
Do riso escapa um soluço.
Vontade de gritar, de secar as lágrimas com as unhas e tirar a pele junto. Selvagem.
Cada passo em direção à casa parece um passo em direção à morte. Ao nunca mais.
Uma cidade desconhecida e feia, como o animal que agora se senta na praça e encara a própria vergonha: ser puta e louca. É essa cidade que a separa do fim e é essa cidade que ecoa o que todo mundo já diz.
É cômico que cada esquina guarde um perigo que faça seu coração pular de medo, mesmo sabendo que seria misericórdia já que o verdadeiro monstro a espera no final da rua.
Ela não quer ir pra casa. Ela não quer ficar na praça. Ela não quer perambular pela noite e esbarrar em fanáticos religiosos, viciados, farejadores ou trabalhadores cansados.
Ela queria poder gargalhar, gritar, chorar, abraçar, questionar, lutar, beijar, desejar, negar, dar e não ser chamada de puta e louca por isso. Ela queria ir embora, mas ela não tem mais pra quem voltar, porque ela também quis ser livre. E esse é o fardo da liberdade.
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Zéfiro
Está escuro e eu estou sozinho, mas não é assim o mundo? Grandes montanhas, céu infinito, milhares de vidas e solidões pequenas.
De alguma forma eu me sinto completo quando olho para você no escuro, mesmo que esteja de dia. Eu consigo sentir o sol no meu rosto, a chuva na minha pele e o sal na minha boca. E olhar para você faz tudo isso fazer sentido.
Eu estou calmo como nunca estive, mas meu coração bate tão rápido que me lembra como é estar vivo. Eu viajei por todas essas montanhas em busca de você, mas você esteve aqui o tempo inteiro, e eu só vi quando parei de procurar.
No mar infinito não há tempestades, mas ainda assim você se afoga. A vida é só questão de tempo. A solidão não existe se você sempre esteve sozinho. Mas o que você não sabe é que eu sempre estive aqui, procurando.
O sol cegou minha vista, a chuva congelou meus ossos e o sal queimou minha boca, mas eu ainda estou aqui, olhando, porque finalmente te sinto.
Tudo está tão calmo agora, e por incrível que pareça meu coração bate mais rápido.
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