#w. sickfreak koa
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Gabriel inclinou ligeiramente a cabeça, o olhar calmo e quase curioso enquanto avaliava Koa da cabeça aos pés. Era óbvio que o lobisomem tinha algo a esconder — o sangue, a lama e os galhos em suas roupas eram testemunhas eloquentes, mesmo que ele se recusasse a falar. O arcanjo cruzou os braços lentamente, permanecendo no lugar, desconsiderando por completo o tom defensivo do alfa. "Não vim aqui para dar sermões, Koa," disse, sua voz serena, mas firme. "Se tivesse, já teria começado." Ele deu um passo à frente, mantendo a distância respeitosa, mas diminuindo o espaço entre eles o suficiente para transmitir que não sairia dali tão cedo. "Não é de minha natureza ignorar quando vejo alguém claramente... abalado," completou, fazendo um gesto quase imperceptível na direção do estado deplorável das roupas do lobisomem. "Então vou perguntar de novo, mas de um jeito diferente: você está bem?" Havia algo genuíno em seu tom, algo que Koa provavelmente não esperava. Gabriel não estava ali para repreendê-lo, e sim para entender — ou pelo menos, era o que parecia. "Seja o que for, não é do meu interesse te julgar. Só quero garantir que você não está prestes a piorar ainda mais o seu dia... ou o de mais ninguém." Ele fez uma pausa breve, inclinando levemente a cabeça, os olhos cheios de uma paciência que parecia infinita. "Mas se preferir manter seus segredos, que seja."
@archbriel : "how much trouble are you in?"
Por de cima do ombro, Koa esgueirou os olhos para trás, procurando o dono e a origem daquela voz. Ao tratar-se de Gabriel, mais um daquela "espécie" a quem ele havia começado a nutrir pouca fé, o homem revirou os olhos, cruzando os braços em frente ao peito, assumindo mais uma vez a postura de minutos antes, quando estava a sós e em paz com os próprios pensamentos. "Não sei do que você está falando." Bom, as roupas sujas de lama, sangue (que não sabia se pertencia a si), pequenos galhos e folhas mortas poderiam denunciá-lo ao contrário. Mas, o alfa teria uma boa explicação: momentos antes havia aniquilado mais um dos tantos sanguessugas que viviam em Arcanum, ousado o suficiente para testar sua superioridade e comando naquele pequeno espaço em que se encontravam. A forma animalesca não havia sido requisitada, usando da própria força bruta na forma humana para realizar todo o trabalho. Não havia sido fácil — suas roupas eram prova daquilo que seria muito em breve contado — mas efetivo. Sem mais riscos as pessoas que importavam e eram sua responsabilidade. Menos um para dar e causar mais dores de cabeça. "Se veio me dar alguma lição de moral sobre alguma coisa, por favor, dê meia volta e retorne por onde veio, Gabriel. Não estou com muita paciência para sermões divinos ou qualquer outra besteira que esteja disposto a tecer tão perto de mim."
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