#vidacaralhenta_mas_so_por_enquanto

[12kl23]

Relutei muito em escrever isso porque não é todos os dias que temos coragem de perceber nossas mazelas interiores e exteriores. E, sinceramente? Está tudo uma merda, apesar de ter saúde (eu acho, até porquê vi hoje, pela tarde, que minhas amígdalas estão inchadas e estou sentindo muita fraqueza corporal. Não estamos tão bem de saúde por aqui...). Bem, hoje faz exatamente um mês que fui demitida de um serviço muito bom e salário legal, ele era home-office e eu estava super animada com a ideia de ter mais flexibilidade e oportunidades na minha vida, que o trabalho em home-office pode proporcionar. E era em minha área, o que também deixa tudo pior, porque estou vendo uma dificuldade crescente na minha área profissional. Não sou aceita em muitas processos seletivos, e quando sou, é para telemarketing. O quê é (me perdoem aqueles que trabalham com isso ou me achem uma folgada) horrível, não gosto nenhum pouco de trabalhar com call center. Enfim, trabalho não é sobre o que gostamos, certo? Não quando se nasce em um ambiente onde não se tem o privilégio de escolher. Acredito muito no enriquecimento espiritual que o trabalho pode nos proporcionar, mas queria algo na minha área e não estou tendo oportunidades, vindo a me questionar se escolhi o certo, se estou no caminho de algo horrível. Bem, eu estava na minha área a uma semana atrás e fui desligada. Acho que o problema sou eu.

Também faz exatamete uma semana que vi o cara que gostava na adolescencia (confesso que ainda estava com esperanças, mas, não depois dessa), no meu explorar do instagram mostrando seu novo apartamento na planta, localizado na Oscar Freire. Juntamente com sua namorada/ agora noiva/ sua futura esposa (uhul!). Para quem não sabe, Oscar Freire é como uma Los Angeles ou uma Tokyo versão menos gostosa, mas uma verdadeira It Girl. Entende? É onde todo brasileiro (paulista) deseja morar, mas geralmente realiza isso enquanto dorme. É pessímo. Eu quero dizer, as pessoas podem morar por lá dando duro em suas vidas, mas o custo é muito alto. Há presidentes e deputados que moram por ali, então dá para entender, certo? Enfim. Ele comprou um apartamento por ali e eu confesso, mano, gostaria muito de rasgar o peito de felicidade, rir até rasgar a boca, mas eu chorei. Como uma cena de filme abracei meus joelhos, sentada na cama, encontei a cabeça neles e chorei. Sério, cara, foi como cena de Hollywood, uma copia de dar nojo. Faz pouco tempo que assumi para mim mesma que gostava dele até passamos por muitas desavenças na adolescencia. Ele era um chute no dedo mindinho, uma pedra no sapato, um chiclete que gruda no dente. Ele era chato pra caralho. Nunca nos demos bem. Ele me ofendia horrores. Eu contava para os pais dele só para ver ele tomar um castigo. Vocês entendem a quase síndrome de estocolmo? Pois bem. Sempre carreguei em minha mente jovial que ele era uma pessoa pessíma e que preferia morrer do que assumir que gostava dele. Hoje em dia atravesso olhando para os dois lados da rua. Não sei quando exatamente comecei a gostar dele, talvez sempre tive um interesse, apesar de ele ser horroroso (ele não é), chato e esquisito. Ele parecia que vivia sob efeito de trembolona o tempo inteiro, e isso se confirmou mais quando entrou para academia. Tive certeza. Ele era louco pra caralho. Mas... acabei gostando dele (???) - será que gosto dele mesmo ou me viciei nos gatilhos mentais que ele possívelmente ativa em mim? Bom se questionar. Isso ficou um pouco mais claro quando percebi que 1) quando ele pedia o número das minhas amigas para conversar; 2) quando percebi que ele ficava de interesse com minhas amigas e me peguei questionando "por que não eu?".

SÉRIO!!!

Tão pessímo que gostaria de sair correndo e me esconder nas montanhas do Himalaia.

A parte mais difícil de gostar de alguém, algumas vezes, é assumi para si mesmo que você gosta desse alguém, mesmo sabendo de todos os defeitos sinistros que ela tem. Quero dizer, depende do defeito também 🤨.

Mas, em resumo (que não é um resumo, é uma carta) é isso. Dois baques em um dia só e eu estou tentando me recuperar. Ainda.

Se ainda tiver alguém lendo isso, saiba que tenho mais reclamações a fazer. Estou com 80kg. Isso me deprime. Na sexta, no sábado, no domingo e na segunda passei o dia comendo comida industrializadas e doces, enquanto mandava currículos. Não fui para academia, e fiz apenas um cárdio em casa, ontem. Quero mudar isso. Não aguento mais o mesmo peso de anos que tento baixar, não sigo minhas dietas e treinos com diciplina. Em minha faculdade, reprovei em quatro matérias e fiquei de recuperação em uma. Tipo, está tudo caindo em minha volta e a única coisa que parece me segurar é a fé em Deus. Não quero mais viver essa vida, não quero morrer, quero mudar. Quero ter vitórias também, quero ter meu corpo dos sonhos, quero me formar bem e fazer minha segunda faculdade, quero fazer mais duas línguas e amar Deus acima de tudo isso. Eu, realmente, estou incomodada com minhas próprias atitudes, isso machuca. Cara, machuca mais do que ver o cara que eu gosto entrando numa igreja com outra. Amor a gente supera, alma ferida é mais complicado de curar. Bem, dito isso, vou mudar e serei a versão que sequer imaginei, mas vai ser bom, entende? Eu acredito tanto no processo, por mais que doa cada pedacinho do meu corpo e coração, tem algo lá na frente, sim!

Tracei algumas metas, e deixando claro o que preciso priorizar:

1- Arrumar um emprego que ganhe bem

2- Focar na minha faculdade

3- Perder 10kg

4- Ir para igreja frequentemente

5- Rezar o terço todos os dias

6- Voltar para terapia

Bem, acho que, para o resto do ano, é isso. Parece muito, mas no dia a dia é pouco. Faço isso, mas me falta diciplina.

Certo, se tem alguém lendo isso ou se alguém chegou até aqui, obrigada por me ouvir (uma desconhecida com uma foto da Ghoulia - eu amo ela 💙). E desculpe os erros, não reli porque sei que se fizer isso, irei apagar daqui 3 minutos.