#vento ferido
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manoelt-finisterrae · 1 month ago
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A marea das palabras
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Chamo amor ao lume que se alza en cada alento, ás redes que trenzamos para soster un ceo que sempre pesa demasiado.
Ti chamas amor á tenra palabra que flota, ao mar en calma que nunca rompe ondas, ao rumoreo que se esconde entre os ramos do silencio.
Quero celebrar as palabras, esas que arden como soles na boca, esas que devoran o baleiro e constrúen camiños de escuma e vento.
Meu amor vivimos de palabras, das que sangran e das que curan, das que caen como pingas e acenden en vento os nosos pasos feridos buscándo sentido entre as ondas.
© Manoel T, 2025
Do meu poemario en proceso (work in progress): O eco da sombra
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projetovelhopoema · 15 days ago
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Sempre me disseram que ser bom era uma virtude, mas nunca me explicaram que, sem limites, a bondade poderia se tornar um fardo. Passei anos acreditando que ajudar os outros era a minha obrigação, que entender os erros dos outros era um dever e que oferecer um ombro amigo, mesmo quando o meu próprio corpo estava cansado, fazia parte de quem eu era. Eu já fui tão bom a ponto de ser trouxa, mas hoje em dia aprendi a dosar a minha bondade. O tempo e as cicatrizes me ensinaram que nem toda mão estendida merece ser segurada e que algumas pessoas só se aproximam quando precisam de algo que você pode doar naquele momento. Por muito tempo confundi paciência com submissão e compaixão com permissão para ser ferido e magoado. Mas um dia algo mudou, talvez tenha sido o olhar vazio e triste que vi no espelho ou a exaustão de carregar pesos que não eram meus, mesmo os meus já sendo pesados demais. Foi então que percebi: coragem não é apenas enfrentar o mundo, mas também saber dizer “basta” quando necessário, quando o sapato começa a apertar o calo que dói. Eu não sou ruim, não faço mal para as pessoas, mas também não abaixo a cabeça e nem aceito que me pisem, me usem ou me tratem de qualquer jeito só por ser bom. E eu sempre procurava uma desculpa para justificar as atitudes alheias, mesmo quando as próprias me feriam e me causavam dores, eu sempre tentava entender o lado dos outros. Mas eu finalmente criei coragem e coloquei limites nas coisas que eu aceito receber mesmo quando não foi aquilo que eu dei. Isso me torna inacessível para pessoas que só querem me usar ou me procurar quando sou útil. Porque no fim das contas, ser bom nunca significou ser cego ou estar sempre passivo a tudo e todos. Minha bondade continua aqui, mas agora tem raízes firmes, não mais lançadas ao vento à espera de aceitação e se isso me faz parecer distante para alguns, que seja. Prefiro ser um porto seguro para poucos do que um abrigo fácil e frágil para aqueles que só aparecem quando precisam. Hoje meu coração continua aberto, mas as minhas portas e janelas não são mais escancaradas. Quem quiser entrar, que venha com respeito, porque a chave para acessar o melhor de mim não é a conveniência, é a reciprocidade.
— Diego em Relicário dos poetas.
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kathelovecatsandfeminism · 7 months ago
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It's never over - Rhaenyra Targaryen x reader
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disclaimer these gifs are not mine, they belong to @targaryensource and divider @dingusfreakhxrrington
Resumo: Rhaenyra Targaryen x fem reader; Lover, You Should've Come Over; a rainha simplesmente vai buscar a mulher dela; angst and happy ending; não revisado ainda.
This story can be read alone but it is also a continuation of my other three works, but especially Place where I belong
So take a look if you want!
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"So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn? Oh-oh, lover, you should've come over 'Cause it's not too late"
A Rainha Negra e Syrax cruzaram o céu nebuloso do vale, se forçando contra o vento gelado que vinha de longe e lhe queimava a face. Era seguro afirmar a tormenta no peito de ambas, voavam de forma agressiva e imponente, e embora não fosse possível ouvir sempre que Syrax bradava ao alto era acompanhada por Rhaenyra, um grito alto e raivoso por liberdade das malezas que a cercavam. Daemon causara uma baixa significativa nos verdes, mas sua própria queda era bem mais custosa. Jacaerys era um bom menino, um bom homem agora e viria a se tornar um bom rei, mas estava ferido e como mãe não conseguia não poupar a cria, ele era o seu futuro também. Seus homens a enxergavam como suas mães e filhas, não como regente, se amargurava do pai por não ter à criado com um rei. O pior? temia perder a guerra e com ela a cabeça.
Eram todos bons motivos e boas desculpas para buscar Maryssa, mesmo que a ideia não lhe trouxesse alegria, mas uma velha melancolia abafada pela urgência de possuir ao seu lado uma estrategista de guerra a qual confiaria a própria vida
Não podia causar uma grande comoção com sua chegada e não poderia correr o risco de ver suas crianças, apenas inflaria o medo e dor em seu peito, muitas perdas. Sobrevoando próximo ao ninho da águia começou a silenciosamente, agora, rondar os transeuntes. De fato, era um recanto de paz e pouco demorou para do alto reconhecer um ponto em movimento na paisagem, vinha das colinas a cavalo, ao se aproximar mais o fantasma de um sorriso surgiu em seu rosto, conhecia o balançar daqueles cabelos de longe....Maryssa.
Com a aproximação da grande criatura nos céus, Maryssa percebeu e olhou para cima, por um segundo temeu a invasão, mas mesmo ao longe reconhecia aquele dragão, voara nele há muito tempo abraçada a cintura de sua rainha, parecia ter sido em outra vida e talvez fora.
Maryssa desceu de seu cavalo, o amarrou em uma grande pedra, deu mais alguns grandes passos e esperou o pouso.
So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn?
Rhaenyra pousou a certa distancia e caminhou em sua direção em passos largos. Agora, frente a frente, apenas com uma pequena distância entre elas, Maryssa não sabia como reagir, o que poderia trazer a rainha aqui? A derrota e a busca por fugir com seus filhos? Pois ela não parecia a mesma, mais triste e cansada, abatida.
O silencio não durou muito. Abruptamente a rainha fechou a distância, tomou seu rosot confuso nas mãos e com os olhos mais suplicantes e voz tremula pediu
“eu pre-ci-so de você ao meu lado mais do que nunca” Maryssa juntou suas mãos às dela. Isso era sério.
“o que lhe aflige, minha rainha?”
“sinto que vamos perder-“ foi cortada
“Não diga isso” pôs seus dedos sobre os lábios machucados de frio da Targaryen “possui um exército e homens leais”
“nós duas sabemos que nem sempre isso é o bastante” disse afastando a mão “todos os dias tenho lembrar a todos, inclusive a alguns dos meus de me temerem, é cansativo ser a rainha que não querem mas que precisam e eu nunca estive tão só, Maryssa, preciso de minha mão direita, de uma senhora de armas, de uma amiga para me apoiar quando eu ameaçar a ruir, que me faça enxergar a coroa acima da minha dor.....eu preciso de você de volta.....mesmo que eu já não possua um lugar em seu coração”
Rhaenyra com olhos altivos varria o rosto de Maryssa, que agora segurava as mãos, atenciosamente. Está estava confusa, o tom utilizado foi forte, de governante, ela havia de fato endurecido durante esse tempo, sabia que jamais recusaria uma ordem de sua rainha, mas mesmo assim não sabia como responder à sua Rhaenyra, cuja a voz vacilou em meio a tanta firmeza.
Notando a hesitação, a rainha largou as mãos e deu as costas suspirando “não se preocupe, não voei até aqui esperando sua pena ou que pudéssemos voltar ao que éramos, pois que se dane se esse amor se assim quiser, lady Maryssa “a firmeza se tornou grave e as palavras quase cuspidas “preciso de lealdade e força para se juntar a minha e não há outra pessoa mais apta para isso”
Virando-se novamente em busca de resposta se deparou com sua lady de joelhos com sua velha lamina sobre cabeça, aquela que carregava na cintura, seus olhos fitavam a o chão enquanto falava “já lhe ofereci minha espada em sinal de lealdade uma vez, hoje sob esse céu e sobre essa terra eu faço melhor” confusa Rhaenyra lhe ofereceu ajuda para levantar e sem que ao menos percebesse ela lhe cortou a palma da mão esquerda, rapidamente Maryssa afastou a retaliação fazendo um corte gêmeo em sua palma direita e tomou a esquerda da rainha em um aperto forte “lhe ofereço em sinal de lealdade meu sangue, a minha vida”
A rainha havia encontrado o que tinha vindo buscar, quis sorrir, mas não era o momento, se conteve em apenas se oferecer para fazer uma bandagem em ambas as mãos feridas. Duas marcas que atravessariam o tempo as unindo, queria sonhar com as implicações disso
“alguém sabe da vinda de vossa alteza?” perguntou enquanto a outra lhe enfaixava a mão
“cuidei para que não” a interação parecia artificial ainda, como se pisasse em gelo fino
“e quem irá assumir a responsabilidade pelas crianças?” se permitiu sorrir de leve “a cada dia se parecem mais com a mãe”
A rainha dragão se permitiu ao mesmo, porém de forma mais tímida, sentia tantas saudades delas “princesa Rhaena, mandarei uma carta quando voltarmos. Precisa pegar algo no castelo? Pois se for comigo partimos agora”
Havia tanta pressa e agitação, apesar dos motivos de sua partida, queria abraçar e beijar aquela mulher, expulsar a dor que via em seus olhos, mas não havia tempo para isso durante a guerra, apenas as lembranças servem de acalento.
A Targaryen se pôs a frente andando em direção a Syrax, vez ou outra olhando para trás de soslaio, temia ser um sonho, uma vontade gritando do inconsciente, mas ela estava lá lhe lançando um olhar de reconhecimento.
Subindo com ajuda de Rhaenyra, Maryssa se colocou atras dela e suavemente envolveu com os braços a cintura da rainha, se aproximando e apertando forte. Nada foi dito, mas a rainha suspirou alto e soltou o som de uma risada sufocada. Possuía muitas esperanças para o fim da guerra.....uma delas com certeza era reconquistar aquela que a abraça com tanta ternura.
"It's never over My kingdom for a kiss upon her shoulder It's never over All my riches for her smiles When I've slept so soft against her
It's never over All my blood for the sweetness of her laughter It's never over She is the tear that hangs inside my soul forever"
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Please let me know if you liked it!!!
xoxo!!
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totallysentimentalgirl · 2 months ago
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A Mulher e o Amor Único
Era ela, um jardim em flor,
coração repleto de puro fervor.
Um dia, o destino trouxe-lhe um olhar,
e nele, encontrou-se a sonhar.
Um homem, apenas, cruzou-lhe o caminho,
fez-se luz, fez-se vinho.
Mas o seu coração, tão frio e fechado,
nunca viu o amor que ela tinha guardado.
Ela, então, esperou o impossível,
fez do silêncio seu fado invisível.
Regava lembranças, plantava emoção,
mas ele jamais lhe estendeu a mão.
Os anos passaram, o tempo cruel,
pintou-lhe os cabelos com fios de mel.
Mas o peito guardava, intacto e fiel,
o amor que um dia julgou ser tão real.
Nenhum outro olhar a fez suspirar,
nenhum outro toque pôde lhe acalmar.
Pois seu coração, marcado e ferido,
fechou-se para sempre num sonho perdido.
Agora, nos dias que o vento desfia,
caminha sozinha, mas cheia de poesia.
Pois, embora não tenha colhido o amor,
ainda vive no eco de seu fulgor.
E assim, ela segue, com olhos serenos,
a mulher que amou como poucos ao menos.
Um amor só, eterno, sublime, sofrido,
que a fez viver e morrer em sentido.
-TotallySentimentalGirl
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rowenahaynes · 2 months ago
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀CORE MEMORIES — THE HARVEST.
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Uma densa neblina se formava no ar, fazendo uma fumaça gélida sair dos lábios de Rowena sempre que expirava. Estava mais frio do que deveria naquela época do ano. Ao olhar ao redor, ela tentava localizar onde estava, mas tudo parecia ganhar um tom a mais na escala de cinza, levemente embaçado, como se tivesse uma película sobre os olhos. Tinha adormecido realmente e estava no lugar onde sempre sonhou por tantos e tantos anos da infância. Finalmente conheceria seu dragão, era só nisso que conseguia pensar. Sua paisagem era um bosque, ou mata, ainda não conseguia distinguir exatamente, mas existiam muitas arvores frondosas e formações rochosas ao seu redor. Ela observava tudo, procurando por sinais que lhe mostrassem o caminho a ser seguido, até que algo passou muito rápido por trás de si. Virou-se imediatamente na direção do vulto, observando apenas o movimento das folhas, como se um vento tivesse passado e nada além. Enquanto se perdia nessa observação, sentia pela segunda vez, uma presença nas suas costas. Nesse instante, um arrepio percorreu toda a extensão do corpo de Rowena.
Algo sibilava aos seus ouvidos, deixando-a em estado de alerta. Por um instante, desejou que estivesse empunhado sua espada, ou um chicote, qualquer coisa que fosse. Olhou ao redor, buscando por um bastão pelo chão, um galho de árvore que fosse, algo que servisse para se proteger, afinal, não sabia exatamente o que esperar de seu possível dragão. Não muito longe, avistou seu objeto de desejo e caminhou em passos cautelosos até o mesmo, curvando-se levemente para o pegar. Foi quando sentiu a rasteira que a fez cair em direção ao solo e virou-se de imediato, apontando o bastão na direção do nada. Teria sido um vento outra vez? Era muito improvável. Colocou-se de pé, agora apoiada no bastão, com os olhos atentos em qualquer movimentação ao seu redor. O que não esperava, no entanto, era que o chão começasse a tremer sob seus pés.
O chão começou a rachar, abrindo-se em uma linha que vinha exatamente na direção da changeling que não teve qualquer outra alternativa a não ser pular para um dos dois lados, afim de evita a fenda que se abria a baixo dos seus pés. O salto desajeitado, rendeu-lhe uma leve torção do tornozelo, mas não não iria impedi-la de cumprir com sua missão. De forma desajeitada, e extremamente dolorosa, Rowena colocou-se de pé outra vez, empunhado o bastão na direção daquele nada que parecia querer liquidá-la de qualquer forma. Se fosse contar, tinha sofrido inúmeras investidas em um curto espaço de tempo. Desde o ar que parecia sacudi-la de um lado para o outro, jogando seu corpo contra as pedras e árvores, até o chão que sempre se dissolvia em seus pés, logo depois de abalar suas estruturas.
Tinha chegado ao ponto de não conseguir mais colocar-se de pé. O corpo cansado e fraco demais, tremia sempre que impulsionava-se para cima. Foi então, que a agitação deu espaço a calmaria e uma aura se formou em tom de barro vermelho diante dos seus olhos, tão grande que fazia sombra para além de onde a visão de Rowena conseguia alcançar. Essa mesma aura majestosa, foi diminuindo, um pouco de cada vez, até que ganhasse uma forma pequena o suficiente para caber sobre as pernas da Haynes e ali se fez presente, morna e tão reconfortante, que seu corpo antes dolorido, parecia estar em perfeito estado. O calor alastrou-se pelo corpo da changeling, preenchendo os espaços feridos, curando coisas que ela nem sabia que estavam machucadas, até que se sentisse completamente fundida com aquela aura.
Num suspiro cansado, mas, estranhamente cheio de vigor, Rowena despertou em meio aos colegas ainda adormecidos. Era metade da madrugada e os outros ainda tinham tempo.
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demigodscurse-hq · 6 months ago
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Apenas mais um dia chegava ao seu fim. Os campistas de ambos os Acampamentos treinavam e faziam suas funções diárias, alguns já haviam sido selecionados para a vigia, outros cautelosamente traçavam sua rota em patrulhas, e apesar de Semideuses serem seres bastante corajosos por natureza - uns mais que outros -, a incerteza era algo em comum entre todos. Já era o fim da primeira semana desde que foram afetados pelos poderes da Titânide Mnemosine, agora foragida, ainda não localizada pelos Olimpianos, e nada havia acontecido. Nem monstros haviam surgido, nem semideuses haviam se ferido, tudo parecia tranquilo, como havia sido até então, e, na mente dos mais esperançosos, aquilo dava luz à ideia de que talvez tudo aquilo tivesse sido um grande exagero. Talvez os Deuses sozinhos pudessem dar conta daquela ameaça... Ah, a inocência da juventude...
Apesar de ser fim de tarde, o Sol ainda iluminava o Meio-Sangue, os raios alaranjados tingindo os céus e oferecendo leve calor ao que o Outono se aproximava na América do Norte. No entanto, a brisa aquecida deu lugar a ventos gélidos ao que nuvens negras cobriram o céu, como fumaça; Thomas Wentworth e Hector Reyes, que estavam responsáveis por vigiar a entrada principal do Acampamento, viram em primeira mão ao que a luz pareceu desaparecer de toda a floresta que rodeava o Acampamento, como se fosse coberta por um manto negro. O som dos animais foi silenciado, como se todas as criaturas tivessem fugido e se escondido com a presença de algo.
A névoa espessa começou a se dispersas do interior da floresta até próximo dos limites do Acampamento Grego e um a um os semideuses foram percebendo que algo acontecia. As trombetas soaram em emergência, Harpias, Ninfas e os Semideuses correndo de um lado a outro para preparar as linhas de defesa. Até mesmo Quíron e Dionísio prepararam-se para o combate, sabendo muito bem que o poder dos campistas havia diminuído a centésimos do que um dia fora. Pela primeira vez em muito tempo, Dionísio foi visto utilizando suas vestes de guerra com uma expressão séria, o que apenas contribuiu para aumentar o suspense que se alastrava entre os Semideuses.
Silêncio reinou por alguns instantes que mais pareceram horas até que passadas pesadas foram escutadas de dentro da névoa, os olhos vermelhos sendo avistados como faroletes em meio à escuridão. A figura imponente do Guardião do Mundo Inferior, Cérberus, surgiu perante os portões, fumaça exalando por entre seus dentes, e, por um instante, confusão e medo brigaram nos corações dos campistas, até que, enfim, o cão de três cabeças cambaleou, a névoa escura se juntando como se o envolvesse em um véu e, desse véu, saindo dali um rapaz machucado que prontamente caiu a seus joelhos e imediatamente perdeu a consciência. Em meio ao som de sussurros que logo quebraram o silêncio, Quíron trotou adiante.
─ Apressem-se! Levem o Protetor do Submundo para dentro! Não há tempo a perder. ─
Alguns Semideuses tomaram a frente - dentre eles, Anna Van der Veen se apressou a liderar o resgate -, trazendo consigo uma maca para transporte com o que carregaram o rapaz para a Enfermaria, onde ele está sob os cuidados da equipe de campistas responsável.
Informações OOC.
Com isso, o RP está finalmente aberto para interações!
Cérberus está atualmente acordado, mas muito frágil, e pode fornecer respostas a perguntas direcionadas a ele no Discord do RP.
Campistas do Acampamento Júpiter terão ouvido sobre o ocorrido através de um comunicado de Quíron a Lupa e têm a opção de iniciar o jogo no Júpiter ou no Meio-Sangue, tendo vindo junto com a caravana representativa para auxiliar no tratamento da criatura.
Divirtam-se!
Semideuses citados: @thomaswtwt, @hectxr & @thesunnyanne
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paidedragao · 10 months ago
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𝐮𝐦 𝐦𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨́𝐥𝐞𝐫𝐚; 𝐮𝐦 𝐟𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 .
soluço ficou em silêncio por um longo tempo, olhando para o rosto pálido de astrid enquanto ela dormia. seu coração estava em pedaços, mas algo mais pulsava dentro dele: raiva, uma raiva imensa que transbordava de suas veias como lava fervente. o aborto espontâneo havia destruído os sonhos que ele e astrid tinham para o futuro, e ele sabia que a culpa era dos deuses, especialmente de merlin, aquele bruxo traiçoeiro. soluço jurou que pagariam por isso. ele moveria céus e infernos para vingar o sorriso perdido de sua amada. ele deixou a cabana onde astrid descansava, indo para um lugar alto, onde o vento soprava com força e o mar batia furiosamente nas rochas. ali, no topo do penhasco, ele gritou para o céu, uma súplica que ecoou como trovão. "eu os odeio!" ele clamou, com o peito ardendo de fúria. "merlin! odin! todos vocês! como ousam tirar o nosso futuro? como ousam machucar astrid? eu juro, vou fazer vocês pagarem!"
os dragões começaram a aparecer, atraídos pela força do seu chamado e pela intensidade de sua emoção. soluço não conseguia conter a raiva que crescia cada vez mais. ele reuniu todos os dragões que pôde encontrar, suas asas negras cortando o ar como sombras vingativas. "vamos movê-los!" ele gritou para eles, cada palavra repleta de dor e vingança. "vamos mover céus e infernos até encontrarmos merlin e todos os outros responsáveis! eles vão pagar por isso!" banguela estava ao seu lado, o grande fúria da noite, seus olhos brilhando com a mesma raiva que soluço sentia. o dragão rugiu alto, um som que fez a terra tremer e as nuvens se moverem. soluço sabia que ele não estava sozinho nessa busca por vingança. os outros dragões se reuniram ao redor, prontos para seguir seu líder em uma busca sem retorno. soluço prometeu a todos que essa seria a maior batalha que já tiveram.
ele olhou para o céu, onde as nuvens se acumulavam como um presságio do que estava por vir. soluço sabia que estava prestes a enfrentar forças poderosas, mas ele não tinha medo. a dor de astrid era agora sua dor, e ele não descansaria até que a justiça fosse feita. o som das asas dos dragões criava um rugido ensurdecedor, um som que falava de guerra e vingança. soluço sentiu seu espírito inflamar-se com a certeza de que ele não pararia até encontrar merlin e todos os outros deuses que tinham ferido sua amada. e ele os faria pagar, um por um.
soluço virou-se para a multidão de dragões que agora se aglomeravam ao seu redor, formando um círculo cada vez mais apertado. os olhos brilhantes e as escamas reluzentes eram um sinal de que eles estavam prontos para lutar, mas soluço precisava saber se estavam dispostos a lutar por ele, para trazer justiça por astrid. "vocês vão comigo?" ele perguntou, sua voz ecoando pelas montanhas ao redor. "vão lutar para que astrid nunca mais sofra? vão comigo até o fim?" 
o silêncio caiu por um breve momento, como se os dragões precisassem de um segundo para compreender o peso da pergunta. então, como se tivessem uma única voz, todos os dragões rugiram juntos, um som ensurdecedor que abalou o céu e fez as árvores balançarem violentamente. as chamas irromperam de várias bocas, iluminando a noite com um brilho vermelho e dourado. a resposta era clara: eles estavam prontos para lutar por soluço e por astrid. soluço sentiu um arrepio de emoção e levantou sua espada para o alto, gritando junto com eles. ele sabia que agora tinha um exército de dragões ao seu lado, e nenhum deus, bruxo ou qualquer outra força seria capaz de detê-los. eles estavam indo em busca de vingança, e nada os pararia.
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juliovicari · 22 days ago
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O pedido de perdão e o ato de perdoar - por Julio Vicari Jan/25
Era uma tarde calma com a promessa de um fim de dia tranquilo, César e José sentavam-se na varanda, em silêncio. Ambos eram amigos desde a infância, mas naquele momento, o peso de uma discussão recente pairava entre eles, como uma nuvem que se recusa a ir embora, mesmo com o vento soprando firme.
Tudo começou com uma tolice, uma palavra atravessada, uma atitude mal interpretada, um objeto quebrado e terminou com vozes elevadas e portas que se fechavam com estrondo. Agora, ali estavam, frente a frente, mas distantes, como se a amizade tivesse sido arranhada por aquele instante de descontrole.
- Sabe, Cesar, disse José, depois de um longo silêncio. - Eu não devia ter falado daquele jeito. Não devia ter invadido o espaço que você estava usando. Não devia ter quebrado uma coisa que você amava. Exagerei. Peço desculpa! Você me perdoa?
Cesar suspirou, ainda com a expressão fechada. Sentia o orgulho ferido, mas ao mesmo tempo, sabia que a raiva que carregava apenas o fazia sentir-se pior.
- Eu também exagerei, José. Acho que ficamos presos a essa mania de querer estar sempre certos, não é mesmo?, respondeu Cesar, com um sorriso leve, ainda que contido. José sorriu de volta, aliviado. Não era fácil admitir o erro, mas fazia um bem danado ao coração.
Naquele instante, ambos entenderam que pedir perdão não era apenas uma questão de quem errou primeiro, mas de quem estava disposto a reconstruir a ponte que o orgulho havia derrubado. E perdoar, por outro lado, era libertar-se do peso do rancor, permitindo que a paz voltasse a ocupar seu lugar.
Na simplicidade daquele gesto, o pedido de desculpa e o ato de perdoar, José e Cesar perceberam que, mais importante do que estar certo, é estar em paz. Porque não há fim de tarde mais bonito do que aquele em que o coração, leve, pode contemplar o entardecer ao lado de um amigo.
Mas se não for possível tomar essa atitude cara a cara, mesmo por longos tempos e em grandes distâncias, devemos lembrar que o sol surge e adormece no horizonte, sempre tingindo o céu de tons quentes. E assim, como a luz do dia cede espaço à serenidade da noite, a tensão entre amigos pode dissipar-se, pelo pensamento, dando lugar ao amor e a razão.
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mattivray · 1 year ago
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                   💀 ✶ ― 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐄𝐒𝐓 𝐇𝐎𝐔𝐑 : 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖 ( PARTE 002 ) .
         𝖙𝖗𝖎𝖌𝖌𝖊𝖗 𝖜𝖆𝖗𝖓𝖎𝖓𝖌. a leitura a seguir acompanha os acontecimentos da festa clandestina, tendo como base a narração elaborada através da parte um do pov, referente ao plot drop de número dois; neste caso, será mencionado sangue e morte. menciona-se também o personagem will solace ( npc ) e fica em aberto a participação de quem desejar nas lacunas interativas ao longo do pov.
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         time to wake up, songbird — we gotta go. era típico de matilda cochilar sempre que se sentia confortável demais em um espaço. ela simplesmente apagava, sem perceber; e aquilo era pouco comum levando em consideração que normalmente ela demorava muito para dormir. os pensamentos sempre a deixavam desperta na cama até altas horas da noite, até estar tarde o suficiente para ela se obrigar a convencer o corpo de que precisava descansar ou na manhã seguinte estaria um trapo.          bom, esse tipo de problema nunca acontecia quando ele estava por perto, com as mãos pacientes fazendo círculos no couro cabeludo da menina. os resmungos do que parecia uma canção, " i'm sexy and i know it ", em um tom de ninar. a grama fofa e o ar limpo da colina. era o lugar preferido deles, nas escapadas após o fim dos treinos do dia, quando queriam apenas relaxar. era como um solo sagrado, estabelecido desde que matilda chegou assustada ao acampamento e ele a encontrou se isolando de todos, deitada na grama, como se esperasse uma carona que nunca passava por ali. ele se preocupou em passar sempre desde a primeira vez que a achou ali. então dali em diante, era sempre eles, o céu, o verde infinito, o ar fresco, uma canção controversa de ninar ― e toda vez que mattie abria os olhos, ela via como uma infinidade de cordas trançadas caindo em sua direção; balançando com o vento, quase escondendo o sorriso deliciosamente convencido que convidava os outros a sorrirem junto.
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         ٫ ໋ 𓂃 𝖚𝖒𝖆 alma por outra alma, era o que ecoava no consciente da filha de apolo, na medida em que ela despertava para a realidade. ela havia se enganado com o silêncio e a escuridão, agarrando-se a esperança de que quando abrisse os olhos tudo teria desaparecido, mas, antes mesmo disso, ouvira vozes agitadas, ordens jogadas no ar e passadas pesadas para todos os lados. matilda ainda estava se reconectando com a vida real. ela via tudo, mas não construía uma linha de raciocínio; estava calada, olhando para todos os lados e, julgando pelo seu estado atordoado, a figura que lhe sustentava de pé resmungava insistentemente que ela deveria ir à enfermaria ― ela havia batido a cabeça e havia um corte no alto da testa.
         quis dizer que estava bem, mas, não estava. se sentia pesada e confusa. e como uma boneca de pano, era arrastada em passos apressados, segurada pela cintura e braço direito, atravessando o caminho revirado de galhos caídos, árvores tombadas e chão irregular. achou que aquela visão era preocupante, mas pior que ela estava o centro do acampamento. os olhos castanhos se arregalam para a visão de uma promissora ruína. pessoas demais transitavam as pressas, um turbilhão de conversas paralelas e o ar de pânico generalizado. matilda notou que nas idas e vindas dos campistas que lhe atravessavam o caminho, o número de semideuses mais novos feridos só crescia e a noção disso lhe deu um choque súbito de atenção. ela travou os pés, parando abruptamente a caminhada supervisionada. precisava assumir o controle. precisava ir para a enfermaria, mas não por si. pelos outros feridos. a cabeça dela doía, estava nauseada, mas, tudo aquilo caiu em seu desinteresse enquanto acompanhava mais vítimas seguindo o caminho para o socorro.
         “ vou ficar b― ” cedo demais? ela não teve a chance de finalizar o que pretendia, quando notou que havia um aglomeração maior de curandeiros carregando alguém, já muito adiantados no caminho para a enfermaria. ela teve um mal pressentimento. fosse pela urgência em que passaram, por jurar ter notado algo de muito esquisito no semblante do chefe da enfermaria, will solace, quando ele ordenou que os deixassem ir. e não durou muito mais que alguns minutos quando o grupo desapareceu para dentro da enfermaria até um grito irromper a área externa do acampamento.
         foi como se um raio caísse do céu para o alto da cabeça da filha de apolo. ela sentiu o corpo congelar, numa onda anestésica abrupta, então disparou correndo em direção a enfermaria. curiosos formavam barreiras no caminho, tentando descobrir qual era a nova fonte de tamanha agonia; ela os empurrava e penetrava qualquer pequeno espaço entre corpos, só para tropeçar de passo em passo até o santuário de cura e conseguir atravessar a porta.
lá dentro foi como se o mundo exterior tivesse ficado isolado, por trás de uma barreira de som. ela encontrou os rostos familiares dos meio irmãos, divididos entre a seriedade e um tormento incomum. num dos corredores, se ouvia um choro abafado. os leitos ocupados atraiam os curandeiros inquietos para os semideuses que precisavam de assistência, mas havia uma reunião maior de pessoas em um deles. will saiu daquela direção e encontrou matilda no caminho. os olhos azuis dele pareciam um pouco mais escuro; a tensão em sua mandíbula deixava o semblante dele longe da típica serenidade. era como se prendesse o grito que a pouco alguém havia libertado.
         não vá, ele sussurrou para ela quando lhe tomou os cotovelos com as mãos e encarou direto nos olhos. aquilo a assustou um pouco mais. mas também, alimentou o impulso de desviar do loiro corpulento e cruzar os passos que lhe afastavam daquilo que um grupo de campistas encaravam desacreditados. primeiro ela viu o corpo na cama. a cor carmesim já havia coberto qualquer ponto de tecido e pele visível, como uma camuflagem grotesca. o corpo era magro e visivelmente sem vida e, dado ao estrago no rosto, a primeira reação de matilda foi desviar o olhar assim que esbarrou os olhos nos rasgos sobre o que outrora foi uma face. ela quase não pôde dizer quem era. quase deu meia volta e saiu, agoniada em ver tamanha brutalidade, quando um arrepio lhe subiu a nuca e o coração apertou.
olhando de volta, ela notou que a cabeça tombada no travesseiro carregava um aglomerado de dreads castanhos, sujos de sangue, mas que não disfarçavam a familiaridade. eram como cordas; uma infinidade de cordas trançadas, espalhadas no travesseiro. e olhando bem agora, a pele por trás do sangue tinha aquele tom que lembrava caramelo quando exposta ao sol. e os dedos das mãos grandes eram finos e longos; e em um dos braços tinha o que por anos representava um filtro dos sonhos tatuado, mas agora, lhe faltavam os traços perfeitos.
         “ aid . . . ” a voz travou na garganta. pontos escuros começaram a tomar a visão de rosenthal. o golpe insensível da realidade lhe tirou o ar, então o equilíbrio. sentiu as pernas vacilarem, mas não foi ao chão, porque alguém a sustentou pela cintura. os olhos congelados na imagem do meio-irmão morto. aidan moore. um perfeito curandeiro. um ótimo artista. uma influência. um porto seguro. uma grande interrogação.
por que aquilo havia acontecido com ele? e ali, no acampamento. onde estavam os deuses agora que tudo estava desmoronando, literalmente? por que tanta desgraça estava acontecendo com eles? era um castigo?
         uma alma,
         por outra alma.
                  e que bela alma haviam recolhido.
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         tão querido como fora em vida, a despedida do filho de apolo foi carinhosamente arquitetada, ainda que todo o acampamento estivesse longe de ser o ambiente mais agradável para se ter um descanso final. matilda não havia conseguido falar nada, desde o momento que o encontrou na enfermaria. não achava que seria capaz de dizer adeus para um bom amigo, para um ótimo irmão. eles estavam de voltado a estágio inicial, onde a garotinha de pouca idade, tirada da normalidade de uma vida mortal encontra um pouco do que devia ser confortabilidade em alguém a quem podia chamar de irmão, ainda que tivesse sido criada como filha única.
no início ela não falava muito, no acampamento. depois de reclamada ao chalé sete, aidan fora uma das pessoas que tentaram penetrar aquela gaiola dourada na qual ela havia se trancado. ele disse as vezes é difícil falar ― talvez você devesse escrever.
         então ela escreveu para ele.
         e endereçou a carta para o fogo, logo após o fim da cerimônia dedicada ao repousar daquele sol.
nos campos dourados onde o sol repousa, ecoa a melodia, a tristeza que carrega, pois aidan moore agora repousa, nas asas divinas que o destino entrega. aidan, filho da luz, agora além dos céus, teus passos, como raios de sol, brilharão eternos, tu és a essência da música que aquece os corações, em cada acorde, tua presença é sentida. sentirei sua falta como uma roda em uma fogueira sente a falta de um violão e uma boa canção, para sempre escutarei sua voz, passarinho.                   com amor, songbird.
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⠀ ⠀  ⋆ tag.
⠀ ⠀   @silencehq
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rebuiltproject · 2 years ago
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Catsimon
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Nível Criança / Seichouki / Rookie  Atributo Vacina  Tipo Fera Encantada  Campo Destruidores de Vírus (VB) / Espíritos da Natureza (NSp)  Significado do Nome Cat Si de Cat-Sìth, uma fada com aparência de um gato da Mitologia Celta. 
Descrição 
A Região de Salem é conhecida por ser uma terra onde a Magia floresceu no Mundo Digital: Rebuilt, tendo conexão direta com Witchelny, e é berço das Feitiçarias da Luz e das Trevas. Zelando pelos bosques encantados e seus habitantes está Catsimon, uma fadinha com forte senso de dever e bom humor inabalável. 
Pequena Jardineira é um título que ela ganhou por cuidar muito bem das plantas, tratando suas doenças com a Magia da Luz e espalhando sementes e esporos com a Magia do Vento. Essa conexão com a natureza lhe rendeu uma grande amizade com Combomon. 
Ela também não mede esforços para ajudar os outros, sendo muitas vezes vista curando algum Digimon ferido, brincando com alguns bebês que ficam fascinados com sua cauda, ou mesmo contando piadas e fazendo alguma graça para alguém triste poder sorrir um pouco. 
Catsimon utiliza as pontas de seu cachecol como asas para poder voar por entre as árvores, mas, se for preciso lutar, ela as manipula de modo que se tornem um novo par de braços, ao mesmo tempo que conjura magias através da bola de cristal na ponta de sua cauda, pois tal artefato é um catalisador mágico poderoso que a faz ser respeitada até entre alguns magos de Salem. 
Técnicas 
Dardos Velozes (Lightspeed Darts) Usa as Magias do Vento e da Luz para criar vários projéteis em forma de penas e os atira contra oponente. 
Luzinha (Little Light) Faz brilhar sua bola de cristal para poder curar feridas onde ela se aproximar. Concentrando mais energia, é possível curar uma área maior (no caso de Digimons grandes), mas o processo é um pouco mais lento. 
Cachecol de Gato (Cat Scarf) Usa as pontas do cachecol para arranhar o adversário com cortes de vento. 
Punho Radiante (Shining Fist) Ataque em conjunto com Combomon. Catsimon transfere seu poder para a luva de sua parceira, que lança uma rajada ofuscante através de um soco. 
Linha Evolutiva 
Pré-Evolução  Plushmon 
Artista Jonas Carlota  Digidex Empírea 
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manoelt-finisterrae · 1 month ago
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Corpos de auga
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pingas que se disolven en océanos infinitos, sempre disputando as formas que nos definen, sempre temendo a evaporación.
Os nosos ollos cargan mapas de rexións perdidas, camiños que o lume xa esqueceu. As nosas mans, ás veces fortes, ás veces crebadas, tecen redes para soster un ceo que pesa demasiado.
Amamos con bocas cheas de vento, falamos con linguas que probaron o sal do desexo. E aínda así, entre a fame e a sede, seguimos buscando un río que nos ensine a ser auga en calma.
O amor non é máis que unha disputa contra o tempo, unha guerra na que os escudos sempre caen. Pero a pesar da vertixe, a pesar da fame, camiñamos, cantando cos pés feridos, co alento en chamas que devora o baleiro.
© Manoel T, 2025
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bouvierine · 7 months ago
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[ dramatics ] as sender and receiver argue back and forth, sender launches forward and kisses receiver to stop the fight
dessa vez, ir até o escritório dele não fora um ato de sua natureza infernizante e provocativa – por incrível que parecesse. aslan não queria que ela estivesse lá (ou tivesse qualquer coisa a ver com ele, pelo visto), e isso o mais novo já havia deixado bem claro, mas apesar do orgulho ferido e da raiva aparente, sentia-se obrigada a ser a pessoa que deveria abrir os olhos do koray. não era a intenção de retratar-se de alguma forma – ele não a veria com bons olhos por tentar ajudá-lo independentemente do que fizesse, e disso érine tinha plena convicção –, mas sim um certo tipo de zelo, o qual ela guardava para poucos. e mesmo assim, não a livrava das discussões, fosse pelas alegações de aslan sobre sua falta de noção, suas mentiras e seus jogos quanto pelo fato de que ela apenas não deveria meter o bedelho. mas ela estava, e estava muito. berrando aos quatro ventos que se ele quisesse ver o próprio negócio ruir, era só se meter com investidores bem específicos que haviam aparecido na última noite, e que ela percebera movimentarem-se para uma sala vip com o moreno. se aquele tempo todo não era uma tentativa de firmar um negócio, então ela não era érine bouvier. "você não diz que eu sou uma golpista? pois bem, eu reconheço meus pares! me escuta pelo menos uma vez hoje. não fecha nada com eles. você vai perder dinheiro e vai se comprometer!" a discussão se mantinha, enquanto érine tentava manter o próprio ponto. estava quase desesperada, e cansada de ser desvalidada pela opinião do mais alto. "aslan, para de ser trouxa! acredita em mim! custa não ser um imbecil? se eu não estivesse fazendo isso pra te ajudar eu não estaria aqui ouvindo desaforo seu de graça, seu idiota! burro, estúpid-..."
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foi tudo muito rápido. érine nem mesmo teve tempo de reagir ao ímpeto do koray, mas isso acordou tanto seus sentidos e fez seu corpo formigar de tal maneira que correspondê-lo na mesma intensidade foi uma resposta automática da sua própria memória. era como se houvesse acabado de voltar no tempo. o gosto dele, as mãos, o cheiro, o corpo firme. tudo era como antes, e como nunca mais fora desde então. e, por pelo menos alguns segundos, ela se permitiu não querer mais sair dali.
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maryprincess88 · 9 months ago
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Foi por uma fresta, um descuido não-intencional, semente que se desprendeu das mãos sem senso de direção, lançando-se à própria sorte para a terra, queria ser uma linda rosa, mais do que isso, ir ao encontro do seu devoto beija-flor. Embriagou-se dessa ideia tão deleitosa, mas já não havia como trazê-la de volta à realidade, o desejo criava raízes. A interpretação sofre graves prejuízos na ausência de discernimento, doses moderadas de falsas esperanças aceleram o florescer.
O beija-flor sequer disfarçou o olhar deleitoso ao botão de rosa, sempre preterida pelas margaridas, azaleias e tulipas. O gesto — interprete como bem desejar, não nos cabe julgar — despertou nela uma ânsia de longas datas, em busca da peça que a tornaria, por fim, desejável. Havia olhos interessados em contemplar o desabrochar, não era uma florzinha jogada ao vento. No entanto, já tinha uma rosa, no entanto, não tirava os olhos da redoma, o menino que não desgrudava do videogame novo e deixava de dar atenção ao resto. A perspectiva de diversão insuflou as mesuras, ao que o beija-flor esfregou as mãos e contou os dias para a “primavera”, que chegou bem ao gosto do dono do jogo, habituado a dar as cartas. Distante de ser poeta, mostrava-se hábil em dizer muito usando poucas linhas e, claro, deixar no ar que a via era de mão dupla… afinal de contas, o beija-flor havia se declarado e dito, sim, tudo que ela sonhava, que mulher no lugar dela não aceitaria ir ao céu?
A rosa teria toda paciência do mundo para esperá-lo terminar com a outra rosa e ficar só com ela. Seria doloroso, um sacrifício que poucos estariam dispostos a fazer. Tinha-o como amigo, um sentimento que poderia ficar guardadinho pelo resto da vida, sem incomodar ninguém, sem sequer exigir reciprocidade, se a consideração de uma amizade assim prevalecesse, porém, ele cometeu o erro de despertar nela essa esperança de que seriam eles contra o mundo, contra as convenções, contra os obstáculos. Ele não era bonito nem charmoso, não tinha conversas profundas, mas era o que estava disponível.
 Encontros sempre a deixavam apavorada, fugia deles, achava uma perda de tempo encarnar uma personagem falando frivolidades na mesinha quadrada da praça de alimentação do shopping, investindo em parcerias sem futuro. Queria ser paciente e deixar tudo acontecer naturalmente, entretanto, aqueles pensamentos intrusivos a assombravam, sem falar na comparação com outras moças, a pressão para deixar de ser ímpar, o medo de passar por esta vida em vão. 
Pela primeira vez havia aguardado o grande dia, era uma sensação diferente, a de descer cada degrau da escada rumo a uma felicidade incomparável. Havia chegado o momento de ser amada, o momento o qual esperava desde que se entendia por gente. Escolhera o vestido de poá preto para que o beija-flor a notasse, mas ele estava mais interessado em arrancá-lo dela para satisfazer certos desejos ego��stas que ignoravam uma palavrinha que começa com a letra “c” e termina com “mento”. 
Dava para sentir que um copo de cristal se partiu em milhares de pedacinhos quando os bicos afiados do beija-flor despetalaram-na toda e a máscara caiu. Ele parecia outro, desprezava o que restou daquela sementinha de amor, queria se livrar logo dela, partir pra outra, por isso foi muito mais cômodo sumir sem nem sequer dar um ponto final, sumiu e a deixou nutrindo uma culpa tão grande que alcançou o gigante do pé de feijão. 
Toda manhã era a mesma luta contra as lágrimas, a angústia de a caixa de mensagens estar sempre vazia, espaço aberto para o desenvolvimento de suposições. Se de coração partido não se padece, como explicar aquela dor que rasgava o peito dia após dia? Da inocência sobraram as ruínas, da alegria, só os retratos antigos, a inspiração foi obsediada pelo desejo de arrancar aquela dor. Dos versos se despejava a amargura, a loucura, a sede por reparação do orgulho ferido, não do amor, porque ela entendeu que amava a ideia de ser amada por alguém.
Enquanto isso, a outra rosa ostentava o conto de farsas, a maldita escolhida, critérios que a rosinha abandonada jamais entenderá, por que tinha de ser logo com ela? Ele já era bem grandinho para brincar de boneca, vamos combinar. Para a rosa, a desculpa era de que “disse sim para uma, não podia dizer sim para duas”, todavia, anos depois, deixou a rosinha sem mais nem menos, talvez porque não consiga amar ninguém além de si próprio, sem dar muita importância para os corações destroçados que foram ficando pela estrada da vida, tendo de se refazer porque não existe essa de ficar parada no tempo, esperar o perdão, porque caras que agem movidos pelo ego não vão racionalizar a situação, colocar a mão na consciência e lamentar a falta de caráter, de maturidade, de responsabilidade afetiva.
Ela nunca se esquecerá da energia empenhada naquela carta aberta redigida oito meses após a tragédia, somente assim o beija-flor pegou a dignidade de algum calabouço da alma e entrou em contato, relativizando o sofrimento da rosa para discorrer sobre as supostas lágrimas de crocodilo derrubadas, para sobrevir o “fora” que serviu de ponto final para ela entender de uma vez por todas que ele tinha todos os atributos que a sociedade aclama, exceto um, de todos o mais valioso, um coração.
Foram tempos difíceis na terra das joaninhas, reza a lenda que o sol desapareceu por tanto tempo que, quando voltou a brilhar, a rosa já não era mais a mesma de outrora, já conseguia falar daquele assunto sem chorar, porém, ela construiu um enorme cercado à sua volta, à prova de falsos beija-flores, enquanto voltava a florescer no outono, julgava melhor assim, precisava se defender, já não conseguia mais acreditar no amor, como poderia outro beija-flor amá-la depois de ter sido despetalada por um bruto insensível? E se fosse de novo enganada, maltratada e preterida? O beija-flor, lá no comecinho, estava acima de quaisquer suspeitas.
Cara rosa, ninguém nasce sabendo.
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arkynhaddock · 1 year ago
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                                    ৻ 𝒇𝒆𝒂𝒓 𝘪𝘴 𝘵𝘩𝘦 𝘱𝘢𝘵𝘩 𝘵𝘰 𝘵𝘩𝘦 𝘥𝘢𝘳𝘬 𝘴𝘪𝘥𝘦___   𝘍𝘦𝘢𝘳 𝘭𝘦𝘢𝘥𝘴 𝘵𝘰 𝒂𝒏𝒈𝒆𝒓, 𝘢𝘯𝘨𝘦𝘳 𝘭𝘦𝘢𝘥𝘴 𝘵𝘰 𝒉𝒂𝒕𝒆, 𝘩𝘢𝘵𝘦 𝘭𝘦𝘢𝘥𝘴 𝘵𝘰 𝒔𝒖𝒇𝒇𝒆𝒓𝒊𝒏𝒈 ‹
ℎ𝑜𝑤 𝑖𝑡 𝑎𝑙𝑙 𝑏𝑒𝑔𝑎𝑛_ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
Berk: um ano e três meses atrás.
O clima era tranquilo e fresco naquela tarde. Fazia algum tempo que Arkyn desejava voltar para casa, tinha saudades de seus pais, seus parentes e seus amigos, precisava matar aquela saudade antes que ela fizesse isso consigo. Além disso, gostava de como Safira interagia com os daemons selvagens do pai, como ela se sentia a vontade e completamente feliz entre os seus, desfrutando de um espaço aberto e acolhedor. Humano e daemon estavam sempre em sintonia, felizes por regressar ao seu lar. Sua chegada tinha sido bem recebida pelos pais que, como sempre, encheram Arkyn de tarefas em casa antes que ele fugisse para desfrutar um momento de quietude com Safira entre as colinas das ilhas que circulavam o centro de Berk. Essa era a maior beleza do lugar, uma grande ilha com varias outras ao seu redor. Poderia fugir, poderia ficar ali, tudo era literalmente possível.
Depois de atender as suas atividades, ajudando Hiccup com algumas novas invenções e Astrid no trato com os animais, finalmente chegara o momento de montar Safira e partir para o cantinho que era único deles, uma ilha mais ao sul, afastada e reservada. Sentado aos pés de um frondosa árvore, Haddock rabiscava em seu caderno de desenho, uma gravura de Safira deitada e completamente quieta não muito distante dele. Apagava e rabiscava os detalhes de suas escamas, querendo retratá-la a perfeição, mas jamais conseguiria fazê-lo, pois a criatura era magnifica e ele não era o melhor desenhista que já existiu. Mesmo que fosse, duvidava muito que seria capaz de retratar fielmente a sua companheira. Seguiu assim, distraído por tanto tempo que nem se lembrava exatamente o quanto, quando sentiu um arrepio gélido em sua espinha, acompanhando da sensação de que algo estava errado.
Arkyn entrou em seu estado de alerta, largando o caderno e o lápis ao seu lado, ele se ergueu ainda nas proximidades da árvore para olhar ao redor. Tudo parecia estranhamente quieto, nem mesmo uma brisa passava por eles, o que era tão atípico considerando a altitude que se encontravam e o fato de estarem numa ilha, se litorais já tinham ventos fortes, imagine uma ilha. Foi repentino que que aconteceu a seguir, e Arkyn não teria conseguido desviar nem mesmo se tivesse visto a criatura se aproximar. O golpe atingindo em cheio suas costas, trazendo uma sensação de queimação a região e uma sensação úmida que ele sabia o que poderia significar, mas não teve coragem de olhar.
Levantou-se com muito esforço, virando no sentido do golpe e seus olhos não puderam acreditar no que via, uma hydra de três cabeças vindo com tudo em sua direção. Maldito fosse o Haddock por ter saído de casa sem seus machados, Berk costumava ser um lugar tranquilo, seu lar, não existiam monstros ali e ele sempre se sentiu seguro, mas agora um pavor tomava conta de seu corpo, fazendo o coração bater mais acelerado. A criatura seguia se aproximando, enquanto Arkyn procurava a sua volta algo para usar, qualquer coisa que pudesse o proteger. Foi quando repentinamente, Safira apareceu entre os dois, lançando chamas em direção ao monstro que parecia não se intimidar e continuar avançando ao ponto das duas se atracarem diante dos olhos do Haddock. Seu desespero desconheceu tamanhos com a cena de seu daemon sendo ferido, garras e bocas rasgando a carne do dragão, transpassando as escamas que costumavam ser tão fortes contra armas brancas e de fogo. Safira perecia diante de seus olhos e ele precisava fazer alguma coisa para evitar.
Tudo começou como uma cosquinha, um pequeno choque na ponta dos dedos dos pés e das mãos, se alastrando para o restante do corpo. Já tinha manifestado o poder outras vezes, dentro dos limites de Tremerra, mas daquela era diferente, ele sentia diferente como se o medo tivesse o tornado mais forte, incrementado e turbinado seu poder. Em questão de segundos, a eletricidade tomou conta de seu corpo, os olhos brilhavam em um azul incandescentes e a partir desse momento, Arkyn perdeu completamente a consciência de seus atos. Direcionou os primeiros raios para a hydra, e pareceu ter o efeito desejado. Suas garras e cabeças ignoraram e se distanciaram de Safira, mas isso não era o bastante, não queria fazê-la correr, queria matá-la, queria que sofresse como tinha feito seu daemon sofrer. Ele avançou, alguns raios saindo de seu corpo sem controle, encontravam a grama sob seus pés e num instante a transformava em cinzas.
A fúria tinha tomado conta de seu ser, deixando o poder mais instável e incontrolável. No momento em que estava perto o suficiente da criatura, Haddock canalizou toda a energia para seus braços, como se fundasse ali um disparo de raios que iria pulverizá-la completamente, o corpo chegou a levitar nesse momento e a única coisa que via era seu alvo. Entretanto, o que ele era incapaz de perceber no momento, era que tal ato também acabaria com ele, esgotando suas forças e energia completamente. Se Arkyn matasse aquela hydra daquela maneira, ele também mataria a si. Esse era o risco de seu poder, a falta de consciência durante seu uso, o fazia ter ações imprudentes. Mas Safira, em toda sua consciência compartilhada, sentia a mudança no humano, o risco de vida iminente que passava a ser ele mesmo.
Juntando suas forças, a daemon voou em direção ao Haddock para tentar evitar o pior e conter seu ato impulsivo. Suas patas agarraram o corpo de Arkyn, envolvendo-o e acolhendo dentro de si, as asas fecharam envolta dele, como um casulo de proteção, mas era tarde demais e ele não conseguiu reconhecer o daemon envolta do seu corpo. Arkyn explodiu, lançando os raios para fora de si, atingindo Safira que já estava vulnerável e debilitada. Sua intenção, era matar a hydra, mas no fim das contas tinha levado aquela que mais amava, sua companheira, Safira. O sacrifício da daemon, no entanto, não passou despercebido. Sua contenção tivera o efeito de limitar a dispersão de energia, poupando assim a vida de Arkyn, enquanto ela perdia a sua. Mas para a criatura, isso era um dever cumprido. "Está tudo bem querido, você ficará bem. Lembre-se de mim.", fora o último pensamento transmitido entre dragão e humano.
Arkyn caiu em meio as cinzas de grama e resquícios de Safira. A explosão foi tão clara e grande, que chamou atenção dos moradores da ilha, Hiccup sendo o primeiro a chegar no lugar, encontrou o corpo do filho desacordado com algumas escamas a sua volta. Seu coração se partiu naquele momento, pois ele sabia que ali estavam as cinzas de Safira. Isso quebraria seu menino, e de fato o fez, quando Arkyn acordou três dias depois, sem qualquer lembrança do acontecido, do que tinha feito, apenas com algumas cicatrizes do ataque pelo corpo. Ele estava sozinho, desolado, partido e vazio. Ele jamais seria o mesmo.
A estrada começa aqui...
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acotarads · 7 months ago
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⧼ ·  hey,  ávidos  desenvolvedores  de  personagem,  como  vão  ?   vim  aqui  humildemente  pedir  por  dois  plots  1x1  que  se  passam  no  mesmo  universo:  a  cidade  fictícia  de  𝔰𝔢𝔩𝔢𝔫𝔢'𝔰  𝔯𝔢𝔰𝔱.  aqui  seguem  algumas  informações  para  complementar  as  ideias  do  plot,  então  quem  se  interessar,  pode  ficar  a  vontade  para  ler  !!  
leia mais sobre o enrendo.
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PLOT    #1     ━━  ft. vampiros da crimson dawn !!
nas vielas sombrias e encantadas de selene's rest, onde a lua prateada lançava seu brilho etéreo sobre pedras antigas e musgo encantado, um evento fatídico estava prestes a mudar o destino de muitos. em uma noite marcada por brumas espessas e o sussurro do vento, muse #1, filha de um dos temidos líderes dos vigilantes de ébano, sofreu um acidente terrível. ela estava a beira da morte, seu corpo ferido e fragilizado após uma queda dramática durante uma perseguição. o destino parecia selado, e as esperanças de sua recuperação eram tão tênues quanto a luz de uma vela em uma tempestade. mas o destino tinha outros planos.
muse #2, um vampiro ancestral do clã crimson dawn, vagava pela cidade com sua aura de mistério e uma sensação quase palpável de inquietude. em meio às sombras, seu instinto o guiou até o local do acidente. ao encontrar muse #1 à beira da morte, uma força interna e irresistível se apoderou dele. sem saber quem ela era, e movido por um impulso inesperado e um desejo quase desesperado de salvar aquela alma em sofrimento, muse #2 tomou uma decisão drástica. ele a transformou em uma vampira, dando-lhe uma nova vida além da morte que se aproximava. o ato foi marcado por uma mistura de dor e êxtase, um vínculo criado em um momento de desespero e compaixão. a transformação, enquanto salvava muse #1 da morte, também selava seu destino em um novo e complexo caminho [...] .
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PLOT    #2     ━━  ft. bruxo da covil das sombras sussurrantes & bruxa do círculo da lua crescente !!
muse #3, membro do temido covil das sombras sussurrantes, e muse #4, do venerado círculo da lua crescente, são forçados a unir forças em uma missão que pode definir o destino da cidade e, talvez, do mundo. muse #3, conhecido por sua maestria na magia de sangue e das sombras, é uma figura envolta em mistério e temor. sua habilidade em manipular o sangue e as trevas para conjurar feitiçarias poderosas faz dele um aliado temido e, ao mesmo tempo, um adversário perigoso. sua presença é marcada por uma aura de melancolia e poder sombrio, e ele é conhecido por sua aversão à companhia alheia. o isolamento de muse #3, é um reflexo de sua natureza e das práticas ocultas que ele domina, tornando-o um enigma para aqueles que se encontram à sua volta. muse #4, por outro lado, é uma bruxa luminosa e cheia de vida, cuja magia está profundamente ligada às fases da lua e à energia da natureza. ela é uma devota do círculo da lua crescente, uma ordem que cultiva a luz e a harmonia, e sua magia reflete um equilíbrio entre o místico e o natural. seraphine tem um respeito profundo pela sabedoria antiga e um desejo sincero de proteger e preservar a cidade e seus habitantes. no entanto, seu fascínio por kael é palpável; a escuridão que ele carrega exerce sobre ela uma curiosidade irresistível, misturada com um medo primordial.
o enredo começa quando sinais de que a sombra devastadora está prestes a emergir começam a se manifestar, perturbando a já delicada paz de selene's rest. ambos os covens percebem que a ameaça que se aproxima é além de qualquer coisa que eles já enfrentaram. a necessidade de unir forças torna-se imperativa, e, contra todas as expectativas e preconceitos, muse #3 e muse #4 são convocados para investigar mais profundamente o que a sombra devastadora realmente é e como ela pode ser detida. a dinâmica entre muse #3 e muse #4 é uma mistura de tensão e atração. muse #4, apesar de sua aversão ao lado sombrio de muse #3, não pode deixar de sentir um fascínio pelo poder e pela complexidade que ele representa. sua própria magia, que floresce sob a luz da lua, contrasta com a escuridão que muse #3 manipula, criando uma interação intrigante e carregada de conflitos internos. muse #3, por sua vez, vê muse #4 como uma intrusa em seu mundo de sombras, uma presença que desafia sua solidão e que ele resiste a aceitar, apesar de seu próprio desejo inconsciente de conexão [...] .
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algumas observações . . .
tenho preferência pelos muses 1 e 4, mas sou flexível quanto a escolha dos personagens.
para quem tiver interesse, basta me chamar pela dm ou pelo discord, yeagvrist_
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cartogramas · 8 months ago
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É um dia chuvoso, meia-tarde e os cães. A infinita sessão de análise toma posse de mim. Abro a tampa da máquina. Ronda-me o exercício da escrita, esse ofício. Ronda-me outra vez como tantas vezes a Lupicínio. Junto dele um banzo longo que ouso agora romper em chances assim, quando nasce frondoso um tempo livre entre a urgência do trabalho dos outros. Sobre essa volta, pensei em um título relacionado ao saguão e talvez ele seja mesmo o melhor lugar para que tudo aconteça. Um saguão, não o título. Optei pelas datas por praticidade ou pressa de ocasião. Trago amarrada uma palavra há quase catorze anos - ou mais. Promessa demasiadamente prometida apodrece, é tempo do longe demais. O treze é de sorte e infortúnio, o catorze será qual ou de quem? Nada se faz por si neste mundo tão chulo. Digitar é trabalho braçal, coisa de porte e estado físico, talvez de golpe ou açoite. Sinto que ando fraco e silente, tenho dores às costas, no ombro e ciático. Vez ou outra me toca deitar. Dizem que poetas têm saúde frágil e o ofício exige o tempo e do tempo. Vou ficando velho, ando rápido, mas sinto que tenho chegado em lugar nenhum. Todo sinal se desvia da rota que traço, são fortes demais os convites de fora e precárias demais as condições pra sentar. Já pouco importa se é um ou se é oito, se é dois ou vinte e três, mesmo dois mil e vinte três ou vinte e quatro - depois do quatro já não? Sentar-se a interpelar o tempo, menos a contagem, mais do vivido. Eis. Prospectar sua generosidade volvendo argumento, acatar quando o que toca são silêncios, hiatos. Não pressionar. Busco aqui algo do que a colega chamou belamente de diário no meio de uma reunião qualquer, ou algo do que o amigo hoje distante sugeriu fragmento ou passagem. Busco algo que batizei cartograma bem antes do nome ter sido furtado enquanto eu estava de férias - fiquei ferido como quem leva um tapa na cara que nos atinge de longe. Poderá a palavra ordinária falar do extraordinário? Senão do extraordinário, pelo menos do contingente porque singular? Há coisas que só uma vida pode dizer e não há problema nenhum nisso. Veja: o termo ordinária, aqui, de forma alguma a reputa vulgar - a palavra é sempre nobre no que acalenta e corta, quando chega como aquela que acolhe ou troveja, gentil como palavra-casa ou mordaz palavra-espada que passa fio na superfície da pele e alcança até dentro da carne. Como nas coisas que atravessam a chamada ordem do dia, porém, torna-se ordinária porque determina mais rito que ritual, participa do processo que encaminha e não raro encastela, que sedentariza, fala da e pela ordem, investe na proclamação da norma e seca o vento que surge do Sul em mais outra entrada de inverno. Estou cansado dessas, as que me convidam a fazer brotar por razão. Aqui chamada de ordinária, então, é palavra desencantada e sem magia, palavra que não soa ou serve para ser lida em voz alta, que registra sem cindir, que emperra, soterra, proscreve e determina aquilo que alguém, enfim, só consegue saber. A palavra ordinária é aquela que empilha e empecilha. Tão somente inventaria. A cidade precisa dela como a um tira que protege a porta do inferno, mas que o protege como mecanismo e não máquina. O sexo dos anjos. A palavra ordinária desconhece os abismos, os prados, os charcos e cordilheiras. Desconhece Glissant. Nunca atravessou mares ou conheceu aquilo que passa entre as coisas, os sopros mais que questões. Nunca sondou a beira de qualquer precipício ou abriu olhares de pupila aberta para o vertical das ribanceiras. A palavra extraordinária não delimita: ela abre espaço. Ela faz povo e clareira. Procria. Sugere. Ela é testemunho ou barbárie.
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