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#variações linguísticas
hwares · 3 months
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#002 | AS VOZES DA SUA CABEÇA: um guia para vozes de personagem ✦ ⁎
Hala, hala forasteiros! Tempos atrás recebi a seguinte mensagem:
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Demorei para responder porque não somente precisava pensar e elaborar com cuidado, mas a vida fora da internet entrou no caminho. Mas consegui tirar um tempinho para pensar sobre e escrever um guia. 
Admito que esse é um assunto curioso pra mim, também! Já tentei de muitas maneiras mudar as vozes dos meus personagens e não sei dizer se sucedi em alguma. Então, irei fazer um compilado de dicas que coletei ao longo dos anos e adicionar algumas observações! Vou tentar trazer alguns exemplos, também. Antes de começarmos com o guia, precisamos esclarecer dois pontos muito importantes.
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DISCLAIMER | Essas são somente as minhas opiniões. Não estou tentando ditar regras sobre como as pessoas devem escrever ou jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)! 
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01. O QUE É VOZ DE PERSONAGEM, HWA?
De maneira básica, a voz da personagem é a personalidade dela. É como aquela personagem se apresenta e se define dentro duma obra ou, no nosso caso, um turno. 
Pensa que você está em um cômodo com um seus amigos, as luzes estão apagadas e uma bruxa enfeitiçou todo mundo para ficar com aquela voz distorcida de testemunha na televisão: como você distinguiria cada um? 
Provavelmente através dos vícios de linguagem (né, hum, tipo…); o uso ou não uso de determinadas palavras e gírias; a entonação; por vezes até a respiração! Tudo isso e tantos outros definem a ‘voz’ das pessoas e, também, das personagens!
Mas é preciso que saibamos a diferença entre a nossa voz enquanto autor da voz da nossa personagem. 
A voz de autor está ligada a estrutura das sentenças, se você é mais descritivo(a/e) ou não, se escreve turnos longos ou pequenos, etc. Cada autor possui sua própria voz — ou, como chamamos comumente, estilo. 
A voz da personagem está ligada com as características de fala e comportamento de cada personagem. Ou seja, se a personagem usa gírias ou não, palavras sofisticadas ou não, se gesticula enquanto fala, etc. Essas coisas são definidas conforme você desenvolve a personagem, estando intrinsecamente conectadas com a história/personalidade dela.
02. PROSSIGA COM CUIDADO, OS ESTERIÓTIPOS!
O segundo ponto importante é o seguinte: quando falamos de voz de personagem, precisamos nos atentar aos estereótipos. 
Há uma linha finíssima entre fazermos associações comuns e inocentes devido a certos detalhes que nossas personagens possuem e cometermos um crime de ódio. Por isso, é necessário atentar-se ao que você escolhe atribuir e pensar no porquê — e principalmente, se é necessário. 
Eu recomendaria afastar-se de estereótipos, contudo, eles não são necessariamente ruins; mas você precisa ter sensibilidade e cuidado ao usá-los. Como assim? 
O Chico Bento, por exemplo. Sendo um personagem da zona rural, ele possui uma fala bem característica / estereotipada de alguém que você associaria ao interior (meu r é igualzinho ao dele, a famosa poRRta). Isso é ruim? Não! O Chico é um ótimo personagem para se ensinar sobre as variações linguísticas brasileiras. E, no caso, ele aparece como uma representação de um tipo de família e criança interiorana — mas é importante destacar que somente funciona pelo Chico Bento ser um personagem bem escrito, e há toda uma sensibilidade na construção dele. Não somente faz sentido ele falar como fala, mas em nenhum momento a sua pessoa é tratada com desrespeito em sua caracterização. Nós não rimos do Chico por ser caipira, nós rimos das situações, da história. E mais de uma vez, o Maurício usou os quadrinhos para dar lições importantíssimas sobre o preconceito linguístico.
Isso não é uma desculpa, porém, para você abusar de esteriótipos ou irá criar uma caricatura. Nem tudo o que você atribuir ao seu personagem precisa de uma razão ou justificativa; mas isso vale para coisas como gostar de chocolate ou desgostar do cheiro de peônias. Se estamos nos referindo a características que podem ser interpretadas como estereótipos, especialmente estereótipos ruins, nós precisamos sim de uma boa razão: se não houvesse uma construção de personagem por trás do Chico Bento, ele poderia muito facilmente ter se tornado uma caricatura. Quando criamos personagens — e principalmente, que são diferentes de nós — precisamos ir atrás de pesquisar o que é ou não considerado um esteriótipo ruim, entender questões culturais e sociais antes de sairmos emprestando coisas. 
Lembre-se: criação de personagem e voz de personagem andam de mãos dadas. Não dá para ter um, sem o outro. Por isso, é necessário prestarmos atenção e fazermos uma boa pesquisa antes de sairmos associando comportamentos porque pode, sim, resultar em algo ofensivo. 
Cientes disso, por fim, vamos às dicas!
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VOZ DE PERSONAGEM
Agora, vamos desmistificar o maior mito: 
Voz de personagem não é diálogo. 
Tudo o que escrevemos como o personagem é a voz dele — é por isso que a voz da personagem está intrinsecamente relacionado com a construção e desenvolvimento dela. E, por isso, precisamos ter uma boa noção de quem a personagem é enquanto a estamos escrevendo. 
Uma boa comparação é pensarmos em atores: os melhores são aqueles que não só mudam a sua voz ou jeito de falar quando estão atuando, mas que se transformam numa outra pessoa. Não dizemos, de vez em quando, algo como “nossa, eu nem reconheci esse ator daquela série! Está tão diferente!”? Ou, outras vezes, “ai, esse ator é sempre a mesma coisa em todo papel!”? Pois bem, a voz de personagem é a mesma coisa. 
Precisamos lembrar que escrita é interpretação — da nossa parte, como escritores, e da parte de nossos partners que irão ler. Não podemos subtrair a maneira como as pessoas vão ler e compreender nossos turnos de como escrevemos eles: e é por isso que voz de personagem, para funcionar, tem que ir além do diálogo. Precisamos deixar descrições, informações… coisas que irão compor a imagem e personalidade da nossa personagem na cabeça de nossos partners. 
Sendo assim, a voz da personagem requer um esforço e atenção maior na escrita. Às vezes escrevemos coisas em turnos e histórias sem pensarmos muito; ou pelo contrário, passamos várias horas procurando algo em específico para colocar quando não ter uma especifidade poderia ser muito mais interessante. Mas como assim? 
Quando pensamos em voz de personagem, precisamos nos atentar na nossa escrita como um todo: precisamos enxergar nosso turno, por inteiro, como a visão da personagem. 
Não adianta meu personagem x e meu personagem y terem diálogos bem distintos, mas escrever o resto igualzinho! 
Pense que nós, como seres humanos, possuímos vivências diferentes. Mesmo irmãos sob o mesmo teto podem ter experiências únicas com seus pais — nós pensamos diferentes uns dos outros, possuímos valores e crenças diferentes. Que, claro, podemos compartilhar uns com os outros, mas o ponto é que temos individualidade. E como mostramos isso? Através de como nos vestimos, como gesticulamos, como falamos, o que postamos ou não nas nossas redes sociais, o que pensamos etc. 
E é isso que compõe a nossa voz — ou, em outras palavras, a personalidade. 
Lembrem-se: a personagem só existe na página. Mesmo que exista um faceclaim, páginas de inspiração e coisas assim, a personagem só existe, de fato, no turno. Na escrita. Se nós não atribuirmos personalidade para ela enquanto escrevemos, ela não tem como ter uma voz. 
Nós, como seres humanos, temos a vantagem que existimos indepdendente de alguém estar nos vendo ou não. E, quando encontramos outras pessoas, elas estão nos assistindo e observando cada detalhe de como agimos; e o mesmo serve para nós, vendo outro ser humano.
Personagens em um turno não possuem essa vantagem. Se nós não escrevermos o que estão fazendo, observando, sentindo ou percebendo, simplesmente não há como saber.
Mas eu acho mais fácil explicar por exemplos!
Então vamos lá atrás do grupo de forasteiros que habitam esse blog! Hoje serão dois exemplos! O primeiro contará com 02 personagens (Hoyun e Nas) e o segundo com outros 02 (Young e Sang). 
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(*) Novamente, esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia! Dessa maneira, perdão se não estiverem super bem escritos! O meu foco com esses trechos é sempre tentar exemplificar o máximo possível, mais do que “qualidade”. Mas a gente vai tentando, né?
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EXEMPLO #001
Primeiro, vou dar uma breve descrição das personagens para essa cena (que se passará na Coreia Antiga/um período não especificado da dinastia Joseon): 
Hoyun, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Ninguém sabe, ao certo, sobre seu passado, mas rumores dizem que serviu ao Rei como seu guarda pessoal por anos antes de ser demitido e colocado numa lista de procurados. 
Nas, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Filho de um açougueiro, cresceu como um “intocável” (baekjeong) num vilarejo ao sul da capital. Entretanto, no começo de sua adolescência, caiu nas graças de nobres devido à sua boa aparência e serviços de mercenário, conseguindo sair do vilarejo após a execução de seu pai. 
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Os portões da residência ainda estavam escancarados quando chegaram. Ótimo, não chamaremos atenção. Naquele horário, criados deixavam as propriedades de seus senhores para enviar mensagens, despejar excretos de latrinas ou limpar os enormes pátios. Se precisassem chamar pela criadagem dos Choi para abrirem os portões, certamente olhos curiosos apareceriam por entre frestas das pedras dos muros vizinhos para observá-los — e, naquela tarde, era melhor que não houvesse rastros de sua visita.  Hoyun olhou por cima do ombro, se assegurando que estavam sozinhos na rua. Esperou duas garotinhas sumirem na esquina antes de direcionar sua atenção para Nas, parado ao seu lado. “Vamos,” desamarrou o leque de sua cintura e o abriu num único balançar de mão, “Nosso ganso dos ovos de ouro nos aguarda.”  De nariz erguido, cruzou um braço atrás das costas e passou pelo portão. Criados se moviam pelo pátio acendendo os candeeiros e varrendo as varandas. Do fundo da propriedade, o cheiro de temperos e carne adentrou suas narinas, causando seu estômago a roncar. Sua última refeição havia sido nas primeiras horas do dia, quando ainda estava na estalagem: um mingau melequento, aguado e desprovido de sabor. Fora o suficiente para sustentá-los durante a ‘aventura’ daquela manhã, mas uma ofensa para seu paladar. Passou a língua pelas gengivas em reflexo à memória, tentando afastar a sensação de que ainda havia arroz enfiado por entre os dentes.  Hoyun caminhou pelo pátio vagarosamente, admirando o canteiro colorido enquanto se abanava, aguardando alguém vir atendê-lo — era como os nobres se comportavam. Nunca oferecendo explicações ou justificativas; sempre aguardando que os viessem atender, que estivessem ao seu dispor. ‘É isso o que servos fazem, não é?’. Aquela voz debochada ressoou em sua mente, e sua mão se fechou num punho em suas costas. ‘Você morreria por mim, Hoyun?’. Não mais. “Como posso ajudá-los?” A súbita voz grossa e monótona do guarda pessoal de Hojong — Kyumin, se lembrou — o retirou de sua mente, as memórias se dispersando com a mesma rapidez que haviam aparecido.  Respirou fundo, então se virou para o guarda. “Estamos aqui para ver o Sr. Choi.” Hoyun ofereceu seu melhor sorriso para Kyumin, levantando seu gat para que o homem pudesse ver seu rosto. “Temos horário marcado.” Piscou.  Kyumin permaneceu com a mesma expressão de bosta, apenas assentindo com a cabeça antes de retornar para dentro da residência. O horário, em questão, era duas horas antes, mas sabia que Hojong não reclamaria uma vez que o passasse a informação que obtivera na estalagem: seria sua moeda de troca para conseguir o patrocínio que precisavam para quitar a escritura de servidão de Sang. Então estaremos livres. Por fim, deixariam o passado para trás, e toda aquela porcaria de títulos e status. Uma vez em Jeju, começariam do zero. “Você gosta de laranjas, Nas?” Reabriu o leque, abanando-o contra a própria face. “Ouvi dizer que Jeju é cheio delas.”
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Quanto mais se aproximavam da casa de Hojong, mais guardas caminhavam pelas ruas. Em pares e sozinhos, a mão firme em suas bainhas e os olhos atentos. Ali, estavam mais próximos do palácio, o que significava que qualquer perturbação ocasionaria em dez ou mais guardas se aglomerando para investigar. Precisavam ser cuidadosos, não levantar suspeitas. Nas os cumprimentava com um breve aceno de cabeça e um sorriso, as mãos caídas ao lado de seu corpo, pronto para sacar sua adaga se precisasse. Ou sua pistola, se muito necessário.   Parou ao lado de Hoyun, rapidamente inspecionando a área com os olhos. Duas garotinhas caminhavam em direção ao bosque, cada uma segurando um balde de madeira. Pelas roupas, eram filhas de criados indo buscar água para o jantar. Não conseguiu conter um pequeno sorriso, lembrando de sua própria infância indo à beira do rio buscar água para as sopas de coelho de sua mãe. Retornou sua atenção a Hoyun quando esse falou, assentindo com a cabeça antes de segui-lo para dentro.  Assim que pisaram no pátio, o denso aroma da carne bovina cozida com molho de soja e gergelim o envolveu num morno abraço. Uma carninha para o jantar cairia bem, uma vez que haviam ficado sem almoço. Umedeceu os lábios, e estava prestes a sussurrar para Hoyun sugestões para a refeição daquela noite quando notou a figura de Kyumin se aproximando.   Nas imitou a postura do amigo, cruzando os braços atrás das costa. Embora mais desajeitadamente, precisando de duas tentativas para dobrar adequadamente os braços sem enroscar as mangas do dopo no galho atrás de si. Odiava usar aquelas roupas. As longas mangas de seda eram leves demais, o fazendo sentir como se estivesse com os braços pelado. Por outro lado, o gat com aquele cordão de contas era pesado demais; preferia os chapéus de palha que costumava usar na infância. Mas, obviamente, nunca poderia se vestir como um intócavel num lugar como aquele.  Suspirou, esfregando as contas coloridas entre seu polegar e indicador, sentindo a frieza do marfim enquanto Hoyun conversava com Kyumin. Quando o guarda se afastou, Nas olhou para o amigo, admirando como a seda enquadrava os ombros largos e retos; como caminhava com o peito estufado e queixo erguido usando aquelas roupas que custavam mais que sua escritura de servidão. Ao contrário dele, Hoyun nascera naquele meio, mesmo que não mais pertencesse nele. Fazia sentido, então, o amigo caminhar por aí cheio de confiança usando tecidos e acessórios caríssimos. Nas não era o mesmo.  Se sentia usando uma fantasia como os palhaços que performavam nos mercados, usando máscaras pintadas e imitando comicamente os trejeitos mesquinhos dos yangbans. Um mímico. Um impostor.  Balançou a cabeça, soltando o cordão.  “Tangerinas. Jeju é cheia de tangerinas.” Jeju, a ilha dos exilados. A conhecia bem. Todas as pessoas de seu vilarejo, cercada pelo mar, conheciam. Seu pai costumava trocar as carnes e ervas por lulas e baiacus com os pescadores, que o contavam histórias sobre como Jeju era tão diferente deles. Sobre como pessoas como eles não eram tão diferentes dos outros. “Mas é… gosto.” Disse, distraidamente, mexendo no cordão de seu dopo.   “Hoyun.” O chamou, incerto.  “Você acha mesmo que…” Franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o amigo. “Não sei se deveríamos contar sobre ele pro Hojong.” Pensara sobre aquilo o dia inteiro. Sabia que aquela informação era valiosa, que era o que precisavam para sumirem daquele lugar. Mas não parecia certo. Nas não era o mais inteligente do grupo, sabia disso. Era os músculos, o que mantinha todos seguros. Mas não conseguia parar de pensar que havia algo errado naquilo tudo. “‘Cê não acha melhor esperar um pouco? Só até… não sei.”
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Escrevi um pouquinho mais para deixar mais visível algumas diferenças nas vozes. Vamos retormar: voz de personagem é sobre interpretação. Precisamos pensar na voz do personagem como a maneira que a gente quer que essa personagem seja interpretada. 
Como o Hoyun é alguém cujas pessoas não sabem muito, quis dar um ar mais misterioso para ele. Alguém confiante, um pouco descontraído, mas que guarda um segredo angustiante. O Nas, por outro lado, é um cara simples. 
Será que eu consegui? A verdade é que só vocês podem me dizer. 
Porque, no fim do dia, a gente não consegue controlar a interpretação que as pessoas vão ter de nossos personagens; a gente só pode apresentar elementos e tentar constituir uma cena que transpira essas percepções. Então vamos quebrar em partes:
Para o Hoyun, que cresceu entre a nobreza e serviu ao príncipe herdeiro (com quem tem um passado complicado), o fiz perceber os criados e os afazeres que ocorrem dentro de uma residência nobre. Para o Nas, que cresceu como um intocável (para aqueles que não sabem: a Coreia costumava funcionar num sistema de castas, os intocáveis era a última casta e eram compostas, entre outras coisas, por açougueiros, que viviam separados do resto da sociedade), não há qualquer razão para perceber os afazeres dos criados, ou sequer usar essa nomenclatura: distinguir as pessoas entre títulos é mais uma coisa de quem cresceu entre eles, na minha opinião. Para o Nas, que cuida da segurança de todo mundo no grupo, o mais importante eram os guardas. 
O Hoyun não consegue distinguir a comida específica que está sendo preparada, mas o Nas, filho de um açougueiro, obviamente o consegue. Além disso, enquanto Hoyun pensa na comida sem graça que comeu que, para ele, foi algo “marcante” e ruim sobre seu dia, Nas sequer se importou — somente pensou no que comeria depois. Nas cresceu com pouco, nem sempre comendo as melhores comidas; Hoyun, por outro lado, cresceu provando do melhor. 
O Hoyun não repara em como a vestimenta está, nem como ela cai em si, está acostumado a usá-las; Nas, por outro lado, fica incomodado com o simbolismo daquelas roupas, assim como o modo como elas ficam em si. 
Na lembrança de Hoyun sobre o príncipe, o monarca usa o termo “servo” em contraste com o “criado” de Hoyun. Foi uma maneira de destacar como o príncipe era arrogante; e mostrar como essa arrogância é um ponto de ressentimento de Hoyun. A conversa sobre títulos, sobre como os nobres demandam e esperam coisas — foram escolhas que fiz para mostrar que o Hoyun não se enxerga mais naquele meio, mesmo tendo crescido como um. 
Outro detalhe: Hoyun, que tem um conhecimento limitado de Jeju, usa o termo laranja enquanto Nas, que conhece muitíssimo bem sobre a ilha que é distante deles, sabe que são tangerinas a especialidade de Jeju. Eu, como quem escreve, poderia ter simplesmente deixado Hoyun dizer tangerina ou, até mesmo, bergamota. Mas… ele como personagem saber dizer não faria sentido.
Tentei, também, usar um linguajar mais simples durante o turno do Nas; para o Hoyun, contudo, fui um pouco mais metódico. 
São escolhas sutis. Mas cada coisa que escrevemos importa.
Lembre-se: a voz da personagem não é somente como ela fala. O que notamos ou não em um cômodo ou lugar, quais falas ou objetos nos remetem ao quê, nossas habilidades… tudo está relacionado com quem somos, nossa personalidade, nossa voz.
Se me colocarem num quarto cheio de itens de futebol, fotografias de jogadores e similares, só iria saber reconhecer os jogadores de +10 anos atrás — e, claro, saber o que é uma bola e um gol. Não gosto de futebol. O meu conhecimento é de quando minha mãe era ligadona nos times, e ficava me falando bastante do Kaká (eu tinha uma crush nele), Pato, Ronaldinho… enfim. Então, se eu fosse descrever um cômodo cheio de itens de futebol, sairia algo assim: 
“O cômodo estava cheio de retratos expondo os rostos sorridentes de jogadores os quais não reconhecia. João me disse que as decorações, exclusivas em azul e branco, eram a representação do time o qual aquele estádio pertencia, o qual também não sabia o nome; alguma coisa com G? Ou talvez um F.” 
Vamos ver o segundo exemplo. Dessa vez serão mais curtos, com mais dinamismo:
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EXEMPLO #002
Young, antes de sua mãe abrir um restaurante no pequeno vilarejo em que moravam, eram criados de uma família proeminente da região. Cresceu como qualquer outra criança pobre, servindo as vontades de seus senhores; e quando sua mãe adoeceu e faleceu, poucos anos após abrir o restaurante, se juntou a uma trupe.
Sang, o filho bastardo de um Lorde, o garoto cresceu numa casa de gisaengs — profissão que, em sua adolescência, foi obrigado a exercer. Atualmente, contudo, convive com o bando de mercenários que o salvaram de sua situação.
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Com um longo e alto suspiro, Young esticou os braços acima da cabeça. “Que tédio! Não aguento mais esperar.” Fungou. Apoiou os cotovelos no peitoral de madeira da enorme janela atrás de si, deitando a cabeça para trás. A vista de ponta cabeça era tão entediante quanto a normal. “Se eu fosse um nobre, plantaria várias azaleias no meu jardim. As roxas.” Juntou os lábios num bico, então, deixou a cabeça cair de volta para frente, olhando Sang do outro lado do cômodo. “Não vejo graça nessas plantinhas de lago.” 
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Fazendo uma breve reverência, Sang ofereceu um sorriso para a atendente ao deslizar a porta do cubículo no restaurante onde aguardavam por seus amigos. A mocinha deu uma breve olhada para Young atrás de si, mas retornou a olhá-lo quando, gentilmente, colocou as mãos sobre as dela. “Muito obrigado.” Disse pegando a bandeja das mãos delicadas dela, ignorando as reclamações e barulhos de Young — as bochechas dela enrubesceram e ela rapidamente fez uma reverência, permanecendo com a testa colada ao chão até Sang retornar a fechar a porta de hanji.  “Chū yū ní ér bù rǎn.” Recitou em mandarim conforme colocava a bandeja sobre a mesa, se recordando do ditado que aprendera anos antes. “São flores de lótus.” Prosseguiu a se sentar ao lado de Young, ajustando seu dopo para cair sobre seus joelhos em vez de dobrar sobre seu colo. “Eu gosto delas.”
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Quando as bochechas da atendente avermelharam, Young revirou os olhos, divertido. “Sempre o charmoso e irresistível.” Sorriu, enchendo o saco do amigo. “Me diga, Sang-ah. É difícil ser bonito assim? Hum? Constantemente cercado de garotas que não conseguem esconder a vergonha quando você as toca tão gentilmente.” Com as palavras, deslizou um dedo pelo braço de outrem, parando um pouco antes de atingir a manga do magnífico dopo de seda rosa. Então, o deu um leve peteleco no nariz. “Só lembre que não vou ajudar a cuidar de nenhum bebê.”  Levantou as sobrancelhas com as palavras dele. “Que porra você acabou de me chamar?” O deu um cutucão com o joelho, fingindo estar ofendido. “Yah, Sang. Você acha que pode me xingar em outra língua só porque eu não entendo?” Desencostando da parede, o mostrou a língua. “Acabo com você.” Murmurou com um bico. Young se encostou em Sang, apoiando seu peso contra o braço dele para poder olhar os doces que estavam na bandeja.   
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Tentou fingir que não estava prestando atenção no que Young dizia, se atentando a encher as xícaras com chá e dispondo os pratinhos com biscoitos e doces caramelizados de pêssego sobre a mesa. Se encolheu inteiro com os arrepios que lhe subiram o corpo com o toque do amigo. “Não vai mesmo, porque não vai ter nenhum bebê.” Revirou os olhos, bem-humorado, empurrando-o para longe de si.  Mordeu a língua, segurando o riso. “Crescer da lama imaculado. É um ditado, Young-ah.” Disse a última parte com o tom de quem consola uma criança, o canto de seus lábios se alargando num sorriso. “Lotus florescem na lama e continuam brancas, por isso representam nobreza. Resiliência. Pureza.” Explicou, balançando a cabeça positivamente para dar ênfase às palavras.  Você é tão bonito quanto essas flores, Sang. As palavras do general ressoaram em sua mente, e seus dedos tremeram vagamente com o fantasma do toque dele em sua nuca. “Por que azaleias?” Se apressou a perguntar, espantando as memórias. “Digo, são lindas. E bem perfumadas. Mas parece uma escolha específica.” 
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“Não sei, parecem caros.” Disse, dando de ombros. A madame Kim sempre usava roxo. Young se recordava de como o hanbok da mulher brilhava quando a luz do sol se debruçava sobre ele.  Quando finalmente quitaram o contrato de servitude e deixaram a residência dos Kim, um pouco após abrirem o restaurante, sua mãe comprara um tecido naquela mesma cor de azaleia. Não era tão brilhante quanto o da madame (o tecido não era o mesmo, ou algo assim), mas, em sua opinião, o sorriso da mãe quando o usava a deixava muito mais vezes mais radiante que madame Kim. Pegou um dos docinhos e enfiou na boca, murmurando um hmm com o sabor adocicado do recheio. “Porra, isso é muito bom.” 
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Dessa vez, meu foco estava em criar um constraste entre Young e Sang:
O primeiro, que cresceu pobre e como um criado, é muito mais despojado e solto. É afeituoso e gosta de brincar com seu amigo, não possuindo problema nenhum em cosntantemente tocá-lo. Também é simples, e gosta das coisas meramente porque elas o lembram outras — queria mostrar uma imagem de alguém que é carinhoso, um pouco bricalhão.
O segundo, que cresceu numa casa de gisaengs (cortesãs) e atuou como um por anos, é muito mais contido e refinado. Sang sabe mandarim, a língua dos nobres e grandes homens de Joseon; quais os tipos de doces que estão os sendo servidos. Ele, também, naturalmente começa a servi-los e é sensível ao contato constante de seu amigo — meu intuíto era mostrar alguém mais delicado e educado.
Novamente, somente vocês podem me dizer o quão efetivo foi. As características estão inscritas ali em diferentes maneiras. Talvez, se tivesse mais tempo para elaborar e escrever mais e mais "respostas" desses turnos, talvez conseguisse ir adicionando mais detalhes e pegando o jeito de cada um: porque, de verdade, não existe fórmula mágica para imediatamente termos a voz de uma personagem. Nós a desenvolvemos com o tempo, de pouquinho em pouquinho, a cada nova vez que escrevemos como ela.
Por isso precisamos ter uma boa noção de quem nossas personagem são e usarmos o turno inteiro para montar sua personalidade, sua voz. Somente assim seremos capazes de efetivamente interpretá-las — e, consequentemente, tê-las sendo interpretadas da maneira de queremos.
RESUMINDO…
A verdade é que não há uma fórmula para fazermos a voz da personagem. Entretanto, como vimos, há algumas coisas que podemos nos atentar quando as escrevemos para dar uma ajudada a compor a voz dela.
(1) Dê uma característica chave para sua personagem.
Sang, por exemplo, é um gisaeng.
Gisaengs passavam por treinamentos e, num geral, viviam vidas muito diferentes dos outros cidadãos de Joseon. Apesar de serem da casta dos intocáveis, as mais populares eram tratadas muito bem pelos nobres e viviam confortavelmente.
Sendo assim, há muitas características que posso atribuir a Sang para destacar sua voz e seu desenvolvimento: ele sabe outros idiomas, teve acesso a educação (coisa que só os nobres tinham), sabe sobre o comércio, como servir, dançar e cantar etc. Além disso, é o filho bastardo de um nobre, o que também adiciona uma outra camada que pode ser explorada e definidora da personalidade ele.
(2) Explore essa característica.
Obviamente, não dá para mostrar absolutamente tudo num único turno e, por isso, precisamos ir de pouquinho em pouquinho, sempre prestando atenção em nossos turnos e no que colocamos ou não neles.
Perceba que, em vez de tentar dizer que o Young é despojado, simplesmente acrescentei ações que mostram que ele é despojado. Ele não segue uma etiqueta, está sentado de qualquer jeito, botando defeito nas coisas dos outros etc.
Voz de personagem está muito próxima do conceito de mostrar não dizer, mas não vou me aprofundar sobre isso nesse guia porque é algo muito complicado e delicado (quem sabe num futuro). Mas o importante a se atentar é: nós precisamos botar em nossos turnos o que dizemos sobre a personagem. Se eu quero o Young seja despojado, então ele precisa agir dessa maneira através das ações dele — e isso vai, consequentemente, montando a personalidade / voz dele.
(3) Adicione ações que marcam a personalidade.
Adicionar maneirismos e comportamentos é uma parte muito importante. Muitas vezes acabamos adicionando um monte de coisa em nossos turnos que mostram os pensamentos e sentimentos das nossas personagens… mas nada que mostre como eles se comportam ou como são. E isso é um erro.
Lembrem-se: personagens tem corpo. Dentro do turno são criaturas vivas e, por isso, tem manias e trejeitos.
Gaguejar, colocar as mãos nos bolsos, suspirar, bufar, falar baixo, gritar, olhar nos olhos da outra pessoa, brincar com a barra da camisa, usar gírias, usar palavras mais sofisticadas… tudo isso são pequenos detalhes que fazem a diferença na caracterização / voz da personagem. Explore esses detalhes! Dê coisas diferentes para seus personagens!
Quer saber, vamos brincar novamente!
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EXEMPLO #003
Se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Boa sorte." Disse.
Acabei de inventar esse trecho para que possamos mexer nele um pouco — propositalmente o deixei sem nenhuma marca para que possamos brincar bastante! Já aprendemos que voz não é somente diálogo, e por isso vamos mexer nela adicionando mais corporalidade. Vou tentar adaptá-la para alguns dos personagens que usei nesse guia:
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Abaixando seu gat, Hoyun se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estivera observando a comoção há alguns minutos, mas esperara os guardas reais se afastarem antes de se juntar aos curiosos a lerem o anúncio fixado — as chances de serem algum dos oficiais que conheciam seu rosto era grande, e preferia evitar encrencas depois do almoço. Não fazia bem para a digestão. Deu uma última olhada ao redor, se certificando que ninguém do palácio estava por perto. Não precisou se aproximar muito para conseguir ler, o decreto oficial pintado em grandes letras nos dois idiomas da nação — o que o levou a levantar uma sobrancelha. Anúncios reais sempre vinham em desenhos para a população geral, analfabeta, pudesse compreendê-los; eram raros aqueles que vinham escritos e, principalmente, na língua dos eruditos e nobres que, como todos sabiam, estavam acima da lei. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Os cantos de seu lábio se alargaram num sorriso, e Hoyun não conseguiu segurar um bufo debochado. "Boa sorte." Disse baixinho por entre seu riso, os olhos fixos no nome de Joong. "Estarei ansiosamente esperando por você, ó vossa majestade." Fez uma breve reverência com a cabeça, se virando em seus tornozelos para se retirar do meio da multidão. Juntou as mãos atrás das costas, caminhando pela rua principal com o sorriso ainda em seus lábios. Então era assim que o homem queria brincar. Apesar de toda a oficialidade do decreto, não era nada além de uma ameaça, um aviso. Joong estava procurando por ele — e Hoyun se certificaria de ficar em um lugar onde pudesse encontrá-lo.
EXPLICAÇÃO | Como pré-estabelecido, o Hoyun tem um passado com o Rei. É uma relação complicada, os famosos amigos que se tornam inimigos jurados. Para ele, a situação é um desafio. Além disso, Hoyun é um mercenário confiante em suas habilidades, o ponto, então, é escrever de uma maneira que exponha como tudo é cínico para ele. E, novamente, o uso de certos termos (como analfabeta) para expor que ele um dia já foi parte dos nobres, e ainda tem uma visão marcada por tal: eu, como autor, preferia ter escrito 'desprovida de educação' mas usar o termo analfabeto soou algo muito mais mesquinho e mais em conta com alguém que tem o passado dele.
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Nas não se considerava alguém curioso, mas se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estava a caminho de comprar alguns tanghulus, mas a situação chamou sua atenção. Se enfiou por entre as pessoas, ficando na ponta dos pés para tentar enxergar melhor. Para sua surpresa, porém, em vez dos desenhos detalhados, o papel estava lotado de grandes letras. Sang estivera tentando ensiná-lo a ler, mas as formas ainda eram muito confusas para ele. Assim, cutucou uma das pessoas em sua frente, que afobadamente dava opiniões sobre o escrito. "Hey, uh, você pode me dizer o que está escrito?" Gesticulou com o queixo para o papel amarelado. "O que é que 'tá todo mundo querendo saber?" Limpando a garganta, o homem leu em voz alta: O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Oh." Coçou a nuca com a mão, olhando para o papel. Então o rei estava buscando informações sobre eles? Interessante. Ora, se precisava pendurar um decreto, das duas uma: ou estava desesperado ou aquilo era uma mensagem. Mas o palácio e a agência de investigação eram arrogantes demais para admitir que precisavam de ajuda e pendurar um decreto na praça principal em busca de informações, de uma maneira que somente quem soubesse ler conseguiria entender… é, aquilo era uma mensagem. Afinal, seus patrocinadores e clientes eram apenas nobres, não havia motivo para desenharem para a compreensão geral. Tinham um alvo para aquelas palavras. Balançou a cabeça, rindo baixinho. "Boa sorte." Duvidava que alguém fosse abrir a boca, especialmente para os homens do rei. Talvez devesse ficar preocupado, afinal, o monarca nunca parecera se importar com as ações deles, não dessa maneira. Mesmo que, no passado, tivessem tido alguns conflitos muito mais diretos. Levou a mão para a lapela de seu dopo, onde sua adaga estava escondida: se viessem atrás dele, Nas os mostraria do que era feito.
EXPLICAÇÃO | Nas pode não ser o cérebro do grupinho, como ele mesmo disse antes, mas ele é o lado tático, não é burro e sabe fazer suas associações: obviamente, compreenderia de primeira que é uma ameaça! Não há cinismo aqui, apenas as observações de um homem confiante e simplista.
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"Yah, o que é aquilo?" Apontou para a praça, tentando afastar a atenção do senhor Shim do livro de contas. Eu acho que a guarda pregou um anúncio. O homem explicou, se afastando do balcão para olhar na direção onde havia apontado. Young rapidamente enfiou o objeto no bolso. Iria devolvê-lo em breve, somente precisava alterar algumas coisinhas em seu nome. "Vamos lá ver, então!" Juntos, se aproximaram da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Young juntou as sobrancelhas, abaixando a cabeça enquanto pensava. Sabia que tinham feito um trabalho impecável… não havia como o rei ter descoberto em dois dias que haviam roubado as escrituras. Não, alguém abriu a boca sobre algo. Mordeu o lábio inferior, as mãos se fechando em punhos enquanto repassava os detalhes das últimas noites em sua cabeça. Hojong? Não, ele não falaria nada… seria o mais prejudicado de todos. Mas as cópias eram perfeitas, não havia como o rei saber. 'Ora, pois se estamos falando de recompensa, eu tenho uma informação!'. A voz aguda do senhor Shim chamou sua atenção, quebrando seus pensamentos ao meio. Young levantou a cabeça para olhá-lo atrás de si, deixando um sorriso aparecer no canto de sua boca. "Boa sorte!" Disse, dando um tapinha no ombro do dono do restaurante. "Não se esqueça dos pobres pilantras que enchiam seu bolso quando ficar rico, hein! Há." Deu uma gargalhada e o senhor Shim o acompanhou, dizendo repetidamente 'claro claro' conforme se separavam da multidão de volta a entrada do restaurante. Que tentem. Pensou, colocando a mão sobre o peito, onde a pistola estava escondida debaixo de seu dopo. Não eram um grupo de bandidinhos qualquer — se o rei pensava que podia capturá-los, estava terrivelmente enganado. "Mas, sabe, hein. Parece perigoso… e se você conseguir informações e eles te capturarem?" Arqueou as sobrancelhas, passando o braço por volta do ombro do homem. "Aconteceu com um amigo meu uma vez! Ele foi dar informações e…" Gesticulou na frente do pescoço, imitando uma faca. O homem fez uma expressão de espanto e, então, cuspiu no chão, espantando os mau agouros. "Pois é… eu teria cuidado. Mas viu, e se eu pagassa amanhã a minha conta?"
EXPLICAÇÃO | O Young é um pilantrinha, não tenho mais o que dizer. Ele é o ladrãozinho do grupo e foi o responsável pelo roubo. Apesar de sua aparência toda brincalhona, lá no fundo, ele tem muitas dúvidas sobre si e tem medo de desapontar seus amigos — ou, pior, ser a razão pela qual eles sejam pegos: por isso, a primeira reação dele é a dúvida.
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E aí? Deu para notar algumas diferenças entre as versões de cada um? Como eu disse, só vocês podem me dizer se eu consegui dar personalidade para cada um deles: vocês são os leitores, meu público, as pessoas que estão consumindo o que estou escrevendo. Eu só posso tentar.
Mas espero que entandam que o importante é que você encontre a sua própria maneira de adicionar voz aos personagens, se baseando nessas dicas (e em outras que você encontrar sobre o assunto!)
Acho que isso é tudo que posso oferecer por hoje!
A verdade é que voz de personagem é um conceito mais complexo do que parece: ele realmente exige muito mais de nós como escritores ou jogadores. Mas é uma coisa muito divertida de explorar!
E, honestamente, enquanto elaborava esse guia, percebi que há muitas outras coisas que posso tentar explicar para compreender melhor o conceito e, também, sobre a criação de personagem. Se houver interesse, os farei quando possuir tempo novamente!
Sem mais delongas,
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discernimentos · 1 year
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Como melhorar a dicção?
Melhorar a dicção e usar a entonação a seu favor podem ser conquistados com prática e consistência. Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a aprimorar essas habilidades:
Pratique a articulação das palavras: dedique algum tempo todos os dias para exercitar e fortalecer os músculos envolvidos na articulação das palavras. Isso pode ser feito por meio de exercícios vocais, como pronunciar claramente os sons de cada letra e praticar a repetição de palavras e frases com clareza. Isso ajuda a relaxar e preparar os músculos da fala, permitindo uma melhor dicção e controle da entonação.
Leia em voz alta regularmente: a leitura em voz alta é uma maneira de aprimorar a dicção e a entonação. Escolha textos variados, como notícias, literatura, poesia ou roteiros, e leia-os em voz alta, prestando atenção à pronúncia das palavras e à ênfase nas frases.
Assista a vídeos de oradores proficientes: observe com atenção a forma como utilizam a dicção, expressões faciais e a entonação em seus discursos. Observe a maneira como eles enfatizam certas palavras, usam pausas e variam a velocidade e o volume da fala. Aprender com exemplos de entonação utilizada expressar diferentes emoções, como alegria, tristeza, surpresa ou ênfase. Isso pode ajudá-lo a desenvolver uma entonação mais natural e expressiva.
Leia e consuma mais conteúdos audiovisuais para entender as variações linguísticas: são as diferentes formas de uma língua que surgem devido a fatores como região, contexto social, idade, gênero e educação. Elas se manifestam em aspectos como pronúncia, vocabulário e gramática, resultando em dialetos, sotaques e expressões idiomáticas distintas. Essas variações são válidas e refletem a diversidade cultural, devendo ser respeitadas, mas é importante considerar o contexto ao utilizar a linguagem.
Expressa suas ideias de maneira concisa, organizada e fácil de entender: evite jargões complicados, gírias, muitas figuras de linguagem ou linguagem excessivamente técnica, a menos que esteja se comunicando com um público específico que compreenda esses termos.
Pratique: pratique regularmente, seja participando de grupos de teatro, apresentando-se em seminários ou usando aplicativos para gravar a voz, por exemplo.
Caso precise se apresentar, planeje com antecedência o que deseja comunicar: organize suas ideias em uma estrutura lógica e coerente, de modo que sua mensagem seja clara e fácil de entender.
A melhoria da dicção e da entonação exigirá tempo, paciência e consistência. A linguagem corporal, expressões faciais, tom de voz e postura desempenham um papel fundamental na transmissão de mensagens. Esteja ciente da sua linguagem não verbal. Com o tempo, você se sentirá mais confiante e suas habilidades de comunicação e oratória se aprimorarão.
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talkandchalkidiomas · 2 months
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Diferença entre Hebraico Moderno e Bíblico
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Diferença entre Hebraico Moderno e Bíblico Diferença entre Hebraico Moderno e Hebraico Bíblico Introdução Quando se fala em aprender hebraico, é comum surgirem dúvidas sobre a diferença entre o hebraico moderno e o bíblico. Embora compartilhem raízes comuns, esses dois estágios da língua hebraica possuem diferenças significativas em termos de vocabulário, gramática e uso. Neste artigo, vamos explorar essas diferenças e fornecer um guia claro para ajudar você a entender melhor esses dois aspectos fascinantes da língua hebraica. Origem e História Hebraico Bíblico: O hebraico bíblico, também conhecido como hebraico clássico, é a língua do Tanach (Antigo Testamento). Era usado entre os séculos 10 a.C. e 4 a.C. Este período engloba os textos sagrados da tradição judaica, incluindo a Torá, os Profetas e os Escritos. Hebraico Moderno: O hebraico moderno é a língua oficial do Estado de Israel e começou a ser revivido no final do século 19 e início do século 20. Eliezer Ben-Yehuda foi uma figura central no renascimento do hebraico como língua falada, adaptando-o às necessidades da vida moderna. Diferenças no Vocabulário O vocabulário do hebraico bíblico é limitado comparado ao hebraico moderno. Muitos termos modernos, especialmente aqueles relacionados a tecnologia, ciência e vida cotidiana, não existiam na antiguidade. Por exemplo: - Computador: מחשב (machshev) no hebraico moderno, não tem equivalente no hebraico bíblico. - Carro: מכונית (mechonit) é outro termo moderno sem correspondente no hebraico bíblico. Diferenças na Gramática Hebraico Bíblico: - Usa um sistema de verbos com modos (indicativo, subjuntivo, etc.) mais complexos. - A conjugação dos verbos no hebraico bíblico pode ser mais variada e irregular. - Utiliza sufixos e prefixos para indicar posse e objetos diretos. Hebraico Moderno: - Simplificou muitas das complexidades gramaticais do hebraico bíblico. - Adotou estruturas gramaticais de outras línguas, como o inglês e o russo, para facilitar a comunicação moderna. - Muitas formas verbais e substantivas foram regularizadas. Pronúncia e Ortografia Hebraico Bíblico: - A pronúncia é baseada em tradições religiosas, com variações significativas entre comunidades sefarditas, asquenazitas e outras. - O uso de sinais massoréticos (niqqud) é essencial para a correta leitura e pronúncia dos textos. Hebraico Moderno: - A pronúncia é padronizada em Israel, baseada principalmente na tradição sefardita. - Os sinais massoréticos são raramente usados no dia a dia, exceto em textos religiosos e educacionais. Uso e Contexto Hebraico Bíblico: - Predominantemente usado em contextos religiosos e acadêmicos. - Estudado por teólogos, historiadores e estudiosos da Bíblia. Hebraico Moderno: - Língua viva e em constante evolução, utilizada em todos os aspectos da vida diária em Israel. - Falada por milhões de pessoas, tanto em Israel quanto nas comunidades judaicas ao redor do mundo. Conclusão Diferença entre Hebraico Moderno e Bíblico Entender a diferença entre o hebraico moderno e o bíblico é essencial para qualquer pessoa interessada em estudar a língua hebraica. Enquanto o hebraico bíblico nos conecta com a história e a tradição religiosa, o hebraico moderno é a chave para a comunicação no Israel contemporâneo. Ambas as formas têm seu valor e importância únicos, proporcionando uma visão completa da rica herança linguística do hebraico. Chamada para Ação Quer aprender mais sobre o hebraico e outras línguas? Inscreva-se em nossos cursos na Talk and Chalk e mergulhe no fascinante mundo das línguas antigas e modernas. Nosso corpo docente especializado está pronto para guiá-lo em sua jornada de aprendizado. France - USA - Brasil - Viagem Read the full article
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santaluciafc · 5 months
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Qual é o significado de 'Betânia' em termos de apostas e jogos de azar?
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Qual é o significado de 'Betânia' em termos de apostas e jogos de azar?
Definição de "Betânia" no contexto de apostas e jogos de azar
No contexto de apostas e jogos de azar, "Betânia" é um termo utilizado para se referir a uma estratégia de apostas que envolve a divisão do valor total a ser apostado em diferentes opções ou resultados possíveis. Essa abordagem é frequentemente empregada por jogadores que buscam minimizar riscos ou maximizar ganhos potenciais, distribuindo suas apostas de forma estratégica.
A essência da técnica Betânia reside na alocação de recursos de forma a cobrir múltiplas possibilidades, em vez de concentrar todo o investimento em uma única aposta. Isso permite que os jogadores reduzam a exposição a perdas significativas e aumentem suas chances de obter retornos positivos.
Ao aplicar a estratégia de Betânia, os jogadores geralmente dividem seu capital entre diferentes opções de apostas, levando em consideração fatores como probabilidades, potenciais retornos e níveis de risco associados a cada alternativa. Essa diversificação das apostas pode ser realizada em diversos tipos de jogos de azar, como apostas esportivas, jogos de cassino e loterias.
É importante ressaltar que a eficácia da estratégia de Betânia depende da análise cuidadosa das condições do jogo e da seleção criteriosa das opções de apostas. Além disso, os jogadores devem estar cientes de que não há garantias de sucesso absoluto ao utilizar essa abordagem, pois os resultados dos jogos de azar são sempre influenciados por fatores aleatórios e imprevisíveis.
Em resumo, a "Betânia" representa uma técnica de apostas que visa aumentar as chances de lucro e minimizar os riscos por meio da distribuição estratégica do capital entre diferentes opções de apostas em jogos de azar. Ao aplicar essa estratégia de forma consciente e informada, os jogadores podem buscar otimizar seus resultados e tornar a experiência de apostas mais gratificante.
Origem e história do termo "Betânia" nas apostas
O termo "Betânia" tem uma origem curiosa e interessante no contexto das apostas. Ele remonta aos tempos antigos, onde as apostas eram uma prática comum entre as pessoas, especialmente em eventos esportivos e jogos de azar.
A origem do termo "Betânia" está ligada à história bíblica, mais especificamente ao relato do Novo Testamento sobre a ressurreição de Lázaro. Betânia era uma cidade na região da Judeia, perto de Jerusalém, onde Lázaro e suas irmãs, Maria e Marta, moravam. Segundo os Evangelhos, Jesus Cristo ressuscitou Lázaro dos mortos em Betânia, um milagre que atraiu muita atenção e devoção na época.
Com o passar do tempo, o nome "Betânia" tornou-se associado a situações em que algo considerado improvável acontecia, especialmente em eventos esportivos. Por exemplo, quando um time ou jogador considerado azarão vence uma partida contra um adversário muito mais forte, as pessoas dizem que foi uma "Betânia", em referência ao milagre ocorrido na cidade bíblica.
Na linguagem das apostas, o termo "Betânia" é usado para descrever uma situação em que as probabilidades são surpreendentemente superadas, resultando em um grande pagamento para aqueles que apostaram no resultado improvável. É como se a vitória inesperada fosse um verdadeiro milagre, assim como a ressurreição de Lázaro.
Portanto, quando alguém fala em uma "Betânia" nas apostas, estão se referindo a uma reviravolta impressionante e inesperada que desafia todas as probabilidades. É uma maneira divertida e cativante de descrever o emocionante mundo das apostas esportivas e do jogo, usando uma referência histórica e religiosa.
Variações regionais de uso do termo "Betânia" em jogos de azar
As variações regionais do uso do termo "Betânia" em jogos de azar revelam uma riqueza cultural e linguística que permeia diferentes comunidades ao redor do mundo lusófono. Este termo, que tem origens religiosas e geográficas, ganhou significados diversos em contextos relacionados ao jogo, demonstrando como a linguagem se adapta e se transforma conforme o ambiente em que está inserida.
Em algumas regiões, "Betânia" é utilizado como uma gíria para se referir a um local de apostas ou estabelecimento de jogos de azar, muitas vezes associado a casas de bingo ou salões de jogos. Essa associação pode remontar à ideia de que Betânia, uma cidade bíblica onde Jesus Cristo teria ressuscitado Lázaro, representa um lugar de renascimento ou esperança para aqueles que buscam fortuna nos jogos.
No entanto, as nuances do termo podem variar consideravelmente de acordo com a região e até mesmo com o contexto social em que é utilizado. Em alguns lugares, "Betânia" pode ser associada a práticas ilegais de jogos de azar, enquanto em outros pode ser apenas uma referência informal e inofensiva a locais de entretenimento.
Essa diversidade linguística reflete a complexidade das interações humanas e a forma como a linguagem evolui de acordo com as experiências e valores de cada comunidade. Além disso, evidencia a capacidade de adaptação e ressignificação que as palavras possuem, tornando-se veículos não apenas de comunicação, mas também de expressão cultural e identidade regional. Assim, as variações regionais do uso do termo "Betânia" em jogos de azar não apenas enriquecem o vocabulário relacionado a essa prática, mas também nos convidam a refletir sobre as múltiplas facetas da linguagem e da sociedade.
Interpretações e significados simbólicos de "Betânia" em apostas
Betânia é um termo que pode despertar curiosidade e interesse em diferentes contextos, inclusive no mundo das apostas. A palavra "Betânia" tem origem grega e é conhecida por seu significado simbólico relacionado a um lugar de descanso e renovação. Na Bíblia, Betânia é o local onde Jesus realizou milagres, como a ressurreição de Lázaro, o que adiciona uma camada espiritual à sua interpretação.
Quando aplicado ao cenário das apostas, o nome Betânia pode ser associado a uma atmosfera de esperança e renovação para os jogadores. Para muitos, apostar é mais do que uma simples atividade de entretenimento; é uma busca por oportunidades de transformação e crescimento financeiro.
Além disso, Betânia também pode evocar a ideia de um refúgio, um lugar seguro onde os jogadores podem encontrar conforto e relaxamento, longe das pressões do mundo exterior. Nesse sentido, as apostas podem ser vistas como uma forma de escapismo, oferecendo momentos de diversão e descontração.
No entanto, é importante lembrar que, assim como em qualquer forma de entretenimento, as apostas devem ser praticadas com responsabilidade. Embora Betânia possa representar um local de esperança e renovação, é essencial ter em mente os limites financeiros e emocionais ao se envolver nessa atividade.
Em resumo, as interpretações e significados simbólicos de "Betânia" em apostas podem variar de acordo com a perspectiva de cada indivíduo. Para alguns, representa uma chance de transformação e renovação, enquanto para outros, é um refúgio de diversão e relaxamento. Independentemente da interpretação, é fundamental abordar as apostas com responsabilidade e moderação.
Importância cultural e social de "Betânia" nos jogos de azar
Os jogos de azar têm desempenhado um papel significativo na cultura e na sociedade há séculos, e "Betânia" emerge como uma das formas mais populares e culturalmente relevantes desses jogos. Esta atividade, que envolve apostas em eventos incertos, tem sido parte integrante de diversas sociedades ao redor do mundo, desempenhando papéis variados e complexos em diferentes contextos culturais.
Em muitas culturas, os jogos de azar são mais do que simples entretenimento; eles representam tradições profundamente enraizadas e rituais sociais importantes. "Betânia", em particular, tem sido celebrada como uma forma de entretenimento e sociabilização, reunindo pessoas de diferentes origens e classes sociais em torno da emoção do jogo. Em feiras, festas populares e até mesmo em ambientes mais formais, como cassinos, a presença de "Betânia" é notável, influenciando dinâmicas sociais e interações entre os participantes.
Além disso, "Betânia" também possui uma dimensão cultural marcante. Muitas vezes, suas regras e estratégias são transmitidas oralmente de geração em geração, fazendo parte do folclore e da identidade cultural de determinadas comunidades. Muitos artistas e escritores foram inspirados pela atmosfera única dos jogos de azar, retratando "Betânia" em obras de arte, literatura e cinema, o que contribui para sua importância cultural mais ampla.
No entanto, é importante reconhecer que, embora os jogos de azar possam ter aspectos positivos, também podem trazer consequências negativas, como vício, problemas financeiros e divisões sociais. Portanto, é essencial abordar essas questões de forma equilibrada, promovendo o jogo responsável e a conscientização sobre os potenciais riscos associados a ele.
Em resumo, a "Betânia" desempenha um papel significativo na cultura e na sociedade, sendo valorizada por sua capacidade de entreter, sociabilizar e refletir aspectos da identidade cultural. No entanto, é fundamental abordar tanto seus aspectos positivos quanto negativos para garantir que seu impacto seja compreendido e gerenciado de maneira adequada.
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baccaratgaming · 5 months
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Qual é o significado de 'bete' em jogos de azar e apostas?
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Qual é o significado de 'bete' em jogos de azar e apostas?
Definição de "bete" em jogos de azar
O termo "bete" é frequentemente utilizado em jogos de azar, especialmente em ambientes informais e entre jogadores experientes. Essa palavra tem origem na linguagem coloquial e pode variar de significado dependendo do contexto e do jogo em questão.
Em geral, "bete" é utilizado para se referir a uma aposta feita por um jogador em um determinado evento ou resultado dentro de um jogo de azar. Pode ser uma aposta simples, como escolher um número em um jogo de roleta, ou mais complexa, como prever o resultado de uma partida esportiva.
Em alguns casos, "bete" também pode ser usado para descrever uma aposta lateral ou uma aposta adicional feita além das regras padrão do jogo. Por exemplo, em um jogo de pôquer, os jogadores podem fazer "betes" extras para aumentar o valor do pote e tentar intimidar seus oponentes.
É importante notar que o termo "bete" pode ter conotações diferentes em diferentes regiões e entre diferentes grupos de jogadores. Em alguns lugares, pode ser considerado gíria ou jargão específico do jogo, enquanto em outros pode ser amplamente reconhecido e utilizado.
Em resumo, "bete" é uma palavra comumente empregada em jogos de azar para denotar uma aposta feita por um jogador. Seja em um cassino elegante ou em uma mesa de bar, esse termo faz parte do vocabulário dos entusiastas de jogos de azar em todo o mundo.
Origem e história do termo "bete"
O termo "bete" tem sua origem incerta, mas é amplamente utilizado na linguagem informal brasileira, especialmente entre os jovens e em ambientes descontraídos. Embora não haja uma origem oficialmente reconhecida, há algumas teorias sobre sua proveniência e evolução ao longo do tempo.
Uma das teorias sugere que "bete" surgiu como uma gíria entre grupos de amigos, sendo uma abreviação ou adaptação de outras palavras. Algumas fontes apontam que "bete" pode ser uma variação de "betão", que por sua vez vem de "batom". Nesse contexto, "bete" poderia ter sido inicialmente utilizado para se referir a algo chamativo, exagerado ou mesmo uma pessoa que usa muito batom.
Outra teoria sugere que o termo pode ter origens nas comunidades LGBTQ+, onde é comum o uso de linguagem própria e o surgimento de novos termos e expressões. Nesse caso, "bete" poderia ter sido adotado como uma forma de identificação ou autodeclaração dentro desses grupos.
Independentemente de sua origem precisa, o termo "bete" ganhou popularidade e se tornou parte do vocabulário informal brasileiro, sendo usado para descrever algo extravagante, exagerado, chamativo ou até mesmo alguém que se destaca de alguma forma, seja pela personalidade, estilo ou comportamento.
No entanto, é importante ressaltar que o significado e o uso de "bete" podem variar de acordo com o contexto e a região do país, refletindo a diversidade linguística e cultural do Brasil.
Variações e usos regionais de "bete" em apostas
Claro, aqui está o artigo solicitado:
A palavra "bete" é amplamente utilizada em diferentes regiões do Brasil, especialmente quando se trata de apostas e jogos de azar. No entanto, é importante ressaltar que o significado e os usos desse termo podem variar consideravelmente dependendo da região em que é utilizado.
Em algumas áreas do país, "bete" é comumente empregado para se referir a uma aposta ou um palpite em um jogo de cartas ou de dados. Por exemplo, em uma partida de pôquer entre amigos, alguém pode dizer: "Vou fazer uma bete alta nesta rodada", indicando sua intenção de aumentar a aposta.
Em outras regiões, especialmente no Nordeste brasileiro, "bete" pode ser utilizado de forma mais genérica para se referir a qualquer tipo de aposta ou acordo feito entre pessoas. Por exemplo, em uma conversa informal entre amigos sobre o resultado de um jogo de futebol, alguém pode dizer: "Faço uma bete de que o meu time vai vencer", expressando sua confiança no resultado.
Além disso, é interessante observar que, em algumas comunidades, "bete" também pode ser utilizado como sinônimo de desafio ou provocação. Por exemplo, em um contexto competitivo, um jogador pode desafiar seu oponente dizendo: "Aceito a sua bete, vamos ver quem é o melhor".
Essas variações e usos regionais de "bete" demonstram como a linguagem pode ser dinâmica e se adaptar às diferentes culturas e contextos sociais. Portanto, ao utilizar essa palavra em apostas ou jogos, é importante considerar o contexto específico em que está sendo empregada para evitar mal-entendidos e garantir uma comunicação clara entre os participantes.
Significado contextual de "bete" em diferentes modalidades de jogo
O termo "bete" possui significados contextuais variados em diferentes modalidades de jogo, sendo utilizado de maneira específica em cada contexto. Na modalidade de jogo de cartas, como truco ou pôquer, "bete" pode se referir a uma jogada estratégica na qual um jogador faz uma aposta inicial para iniciar o jogo ou para aumentar o valor da aposta. Nesse contexto, "bete" está relacionado à iniciativa e à disposição para assumir riscos calculados durante a partida.
Já em jogos de tabuleiro, como xadrez ou damas, "bete" pode ser utilizado para descrever uma jogada ofensiva ou defensiva que visa ganhar vantagem sobre o adversário, muitas vezes sacrificando uma peça em troca de uma posição estratégica mais favorável. Essa interpretação de "bete" está associada à astúcia e à habilidade tática do jogador em antecipar as jogadas do oponente e tomar decisões que levem à vitória.
Além disso, em jogos esportivos, como futebol ou basquete, o termo "bete" pode ser empregado para indicar uma jogada individual de destaque, na qual um jogador dribla habilmente os adversários e marca um gol ou cesta. Nesse contexto, "bete" reflete a habilidade técnica e a criatividade do jogador em superar a defesa adversária e contribuir para o sucesso da equipe.
Em suma, o significado contextual de "bete" varia de acordo com a modalidade de jogo em questão, mas em todos os casos está associado à iniciativa, à habilidade estratégica e ao desejo de alcançar a vitória.
Impacto cultural e social do termo "bete" nos jogos de azar
O termo "bete" é frequentemente utilizado nos jogos de azar, como pôquer, roleta e outros jogos de cassino. Sua origem remonta ao inglês "bet", que significa aposta, e ao longo do tempo, foi incorporado ao vocabulário dos jogadores e entusiastas de jogos de azar no Brasil.
O impacto cultural e social do termo "bete" nos jogos de azar é significativo. Culturalmente, ele se tornou uma parte intrínseca da linguagem e da atmosfera dos cassinos e salões de jogos. É usado para descrever uma aposta ou uma jogada, e sua presença nos jogos de azar cria uma sensação de familiaridade e comunidade entre os jogadores.
Além disso, o termo "bete" também tem um impacto social, especialmente entre os jogadores e aqueles que frequentam ambientes de jogos de azar. Ele se torna uma forma de comunicação entre os participantes, criando um senso de pertencimento e camaradagem. As discussões sobre as melhores "betes" ou estratégias de aposta são comuns entre os jogadores, e o termo se torna uma parte importante da interação social nesses ambientes.
No entanto, é importante reconhecer que os jogos de azar podem ter consequências sociais e individuais negativas, incluindo o vício em jogos. Embora o termo "bete" possa ter um impacto cultural e social positivo dentro da comunidade de jogos de azar, é essencial promover práticas de jogo responsáveis e conscientizar sobre os potenciais riscos associados aos jogos de azar.
Em resumo, o termo "bete" desempenha um papel significativo na cultura e na interação social dos jogos de azar, contribuindo para a identidade e a linguagem desses ambientes. No entanto, é importante equilibrar a apreciação cultural do termo com a conscientização sobre os possíveis impactos negativos dos jogos de azar.
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selecoesliterarias · 8 months
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Chamada Revista Contos de Samsara 11 (Gratuito, E-book) - Até 30/09/2024
#SeleçõesLiterárias — Vai até 30/09/2024 a seleção de contos para a Revista Contos de Samsara 11, a ser publicada pela Revista Contos de Samsara. Proposta/Sinopse: “Para participar, você precisa enviar seu conto com a palavra ASAS. O conto deve ser inédito e estar escrito em língua portuguesa, sendo bem-vinda a sua diversidade de variações linguísticas. Não serão aceitos em hipótese alguma contos…
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laura-a-bordo · 10 months
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.˚˖ 07/11, introdução aos estudos da linguagem ˚₊‧
O processo de neutralização na linguística ocorre quando, em certas posições, dois fonemas perdem a sua função distintiva. Por exemplo, quando o /r/ está em uma palavra, ele pode apresentar diversas variações fonéticas, como [R] vibrante múltipla, [r] vibrante simples, [h] uvular e [ɹ] retroflexa. Porém, quando esses fonemas aparecem no final da palavra e vierem antes de uma vogal, eles se neutralizam, isto é, perdem suas características distintivas. Ex.: Ser amado; Ler avisos; Amor a Deus; Roer unha. O que fica desses fonemas quando em posição final é apenas o traço genérico de vibrante, sem o contraste entre “simples” e “múltiplo”.
Assim como os alofones são variações de um fonema, visto na aula anterior, os alomorfes são variações do morfema. Eles podem existi quando:
O verbo sobre alteração no radical quando conjugado. Ex: FAZER (radical faz-) -> faço, fiz, fez, fizera, farei, feito...
O prefixo tem duas representações, mas significam a mesma coisa. Ex: prefixo grego a-, por vezes muda para an-, tendo sentido de "privação", "negação". -> ateu, analfabeto, anestesia, anarquia, acéfalo, anônimo...
O sufixo tem duas representações, mas também significam a mesma coisa. Ex: sufixo de grau aumentativo masculino ão e zão -> lobão, bonitão, amarelão, bonzão, malzão...
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Da fala para a escrita: atividades de retextualização (MARCUSCHI, 2010) - cap. I, itens 4-7.
Há nessa postagem os principais pontos, dos itens 4 à 7 do 1º capítulo, que chamaram a minha atenção de alguma forma (seja por sua relevância ou por se tratar de algo curioso para mim).
A visão pedagógica que perdurou por anos nas escolas não levava em conta os usos discursivos da língua ou a produção textual.
Não é incorreto dizer que colocar a escrita e o estudo rigoroso da gramática, descartando a análise sócio-cultural, é algo ultrapassado; apesar de ainda haver linguistas que seguem essa linha de estudo.
Estudiosos como Walter Ong, Jack Goody, Sylvia Scribner e David Olson, desenvolveram uma perspectiva epistemológica visando identificar as mudanças nas sociedades em que o sistema da escrita foi introduzido (cultura oral versus cultura letrada), em que a conclusão foi que nas sociedades letradas há um maior avanço tecnológico e cognitivo. Obviamente, houveram contestações. Mas, mesmo assim, essa é uma visão bem comum até os dias de hoje.
Para Gnerre (1985), há 3 pontos que explicam as constatações como as citada acima: etnocentrismo, a supervalorização da escrita e tratamento globalizante.
A perspectiva variacionista aponta as variações de uso da língua sob sua forma dialetal e socioletal, ou seja, não há uma hierarquia entre fala e escrita. O que se observa são as variedades linguísticas, não excluindo a existência e importância da norma padrão ou a devida importância da fala e da escrita, e suas respectivas questões práticas. É essa visão que se encontra nos currículos escolares nos dias atuais.
Na perspectiva sociointeracionista as relações entre fala e escrita são vistas de forma dialógica, tendo a língua como um fenômeno interativo e dinâmico, analisando o discurso e investigando etnograficamente as questões do letramento e da oralidade como prática social.
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leituranlouisecruz · 2 years
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Minhas reflexões sobre O texto na sala de aula de João Wanderley Geraldi
Grande parte dos estudantes brasileiros não consegue transformar pensamentos e ideias em um texto concatenado e gramaticalmente correto. Esse baixo nível de desempenho linguístico ─ quer seja oral, quer seja escrito ─ é destacada causa da crise que vivencia o sistema educacional do país. Devemos ter maturidade suficiente para admitir que o problema fundamenta-se ─ de forma precípua, mas não exclusiva ─, no fracasso da escola. Responsabilidade por esse fracasso não deve incidir sobre os professores, uma vez que muitas são as causas externas aos estabelecimentos de ensino, entre elas: a inércia administrativa, a má remuneração dos professores e a escassez de verbas para o setor. Nada obstante, acreditamos que a maior das motivações seja a tácita opção política das classes dominantes em desvalorizar o ensino, com a finalidade de manter ignorante parcela substancial da população socialmente desfavorecida, mantendo-a imersa na ignorância dos oprimidos e sem conquistar o fundamental e indispensável instrumento para superação das desigualdades que separam dominados de dominantes. Em síntese, entendemos inexistir uma política educacional de Estado (i.e, uma política perene, duradoura; que não seja apenas uma política de Governo, essa limitada ao período para o qual nossos governantes são de fato eleitos pelo povo) que valorize o ensino no país. Política esta que fixe macro-objetivos para o sistema nacional de ensino e, a partir desses, órgãos responsáveis estabeleçam ações estratégicas para atingi-los. Adicionemos a esse cadinho no qual se amalgamam problemas do sistema educacional discussões sobre: (a) dominar que forma de falar em face da existência de variações linguísticas populares e da norma culta preconizada pelas classes dominantes? (b) como difundir uma variação linguística escolhida sem desprestigiar as demais em uso? Por fim, mas não em menor importância, como pode ocorrer o ensino de uma metalinguagem de análise dessas variedades linguísticas para alunos de escolas de primeiro grau uma vez que sequer dominam a norma culta? Sobre isso, entendemos que deva ser dada importância ao ensino da língua portuguesa; sendo a metalinguagem uma prioridade secundária.
OBSERVAÇÃO: Amigos leitores, peço-lhes gentilmente que respeitem os direitos autorais. Caso queiram utilizar algumas passagens de quaisquer textos meus aqui postados no Tumblr, por favor, referenciem meu nome e minha página nessa e em outra(s) redes sociais. LEITURAN® agradece! ❤️
Lei de direitos autorais n° 9610/1998
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myenglishexpertise · 2 years
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O My English Expertise também será lugar de discutir a consciência linguística social e cultural durante o aprendizado de língua inglesa. Você sabe o que é isso? É a capacidade de reconhecer e valorizar as diferentes formas de usar a língua, de acordo com o contexto, o propósito e os interlocutores da comunicação. A língua não é um sistema fechado e imutável, mas sim uma prática viva e dinâmica, que se adapta às necessidades e às identidades dos falantes. Por isso, existem as variações linguísticas, que são as diferenças que encontramos na fala e na escrita de pessoas de diferentes regiões, grupos sociais, faixas etárias, níveis de escolaridade etc. Essas variações não são erros ou defeitos, mas sim expressões legítimas da diversidade cultural e linguística do nosso país. 💬
Para desenvolver a consciência linguística social, cultural e educacional, é preciso ter contato com diferentes textos e gêneros discursivos, que circulam em diferentes esferas da sociedade. É preciso também aprender a analisar esses textos de forma crítica e reflexiva, observando como eles usam os recursos da língua para atingir seus objetivos comunicativos. Além disso, é preciso saber adequar o uso da língua às diferentes situações de comunicação, respeitando as normas cultas ou coloquiais conforme o contexto. 🗣️
A leitura é uma das principais atividades para desenvolver a consciência linguística. Por meio da leitura, podemos ampliar nosso repertório vocabular e textual, conhecer novas formas de expressão e compreender melhor o mundo em que vivemos. A leitura também nos ajuda a desenvolver outras habilidades linguísticas importantes: a escrita (que nos permite produzir textos coerentes e coesos), a oralidade (que nos permite interagir com os outros por meio da fala) e a análise linguística (que nos permite entender como funciona o sistema da língua). 📖
E você? Como você tem desenvolvido sua consciência linguística? Você costuma ler textos variados? Você sabe adequar seu uso da língua aos diferentes contextos? Você respeita as variações linguísticas dos outros? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião conosco!
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talkandchalkidiomas · 2 years
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Aulas de português para estrangeiros
Aulas de Português Para Estrangeiros Para quem quer fluir de forma natural na língua portuguesa, temos diferentes níveis de aulas online para facilitar o seu aprendizado. Saiba mais sobre as nossas Aulas De Português Para Estrangeiros e comece agora mesmo o seu treinamento para melhorar o vocabulário! Explorar Aulas De Português Geral. Tenha acesso às nossas aulas de português geral, desenvolvidas para que você possa aprender de forma natural as principais palavras e frases. Além disso, aproveite o conteúdo atualizado das nossas atividades interativas para melhorar o seu vocabulário em diversos níveis de dificuldade! Algumas das aulas abordam tópicos básicos que são importantes para todo mundo, independentemente do nível de conhecimento com língua portuguesa. Você vai estar pronto para falar sobre os famosos costumes brasileiros, além de poder se preparar para as variações regionais da língua. Com muitas horas de conteúdo dinâmico e prático, você passará rapidamente pelo nível básico de português para estrangeiro e à frente! Desenvolver Compreensão Auditiva. Para que você possa praticar a sua compreensão auditiva do português, oferecemos vídeos curtos em contexto real com diálogos entre falantes nativos. Nossas atividades de escuta tem o objetivo de melhorar a sua percepção das nuances da pronúncia e permitam que você destaque e entenda as palavras chave do diálogo em questão. Para melhorar a sua compreensão auditiva, as atividades também possuem exercícios de reconhecimento de palavras-chave. Acrescentamos também imagens e contextos lúdicos para você ganher prática psicológica na escuta. Aprenda de forma divertida com vídeos curto em que farão com que você seja capaz de entender o diálogo, o novo vocabulário e as expressões comuns em português. Adicionar Gramática E Vocabulário Em Contexto. Você pode simplificar o processo de aprendizagem do português aumentando o seu vocabulário e entendimento de gramática em contexto. Nossas atividades incluem frases e expressões úteis para lhe ensinar como usar as palavras certas nas situações adequadas, enquanto você destaca faixas auditivas esclarecedoras que mostram a diferença entre erros e acertos na pronúncia. Na aula de português para estrangeiros da Língua Portuguesa Guru, você explorará gramáticas básicas, como verbos regulares e frases comparativas, bem como vocabulário. Por exemplo, os alunos terão oportunidades para usar palavras-chave excelentes em diversas situações comuns aqui no Brasil. Além disso, nossos professores lhe instruirão sobre as nuances e idiomas típicos do português brasileiro. Todas as aulas são projetadas para lhe dar um maior conhecimento do português que você pode colocar em prática imediatamente! Participar De Atividades Interativas Com Elaboração Direta. Aprimorar seu conhecimento do português estrangeiro é fácil com nossas atividades interativas! Aprenda a elaborar textos, conversar em situações da vida real, responder a questões típicas e muito mais. Compartilhe alguns dos seus trabalhos feitos em casa para receber feedback direto enquanto você cresce no caminho para fluência total. Nossas aulas de português para estrangeiros são projetadas para ajudar você a desenvolver sua capacidade de ouvir, falar, leitura e compreensão em português. Aprenda algumas regras importantes do idioma para structurar seus argumentos enquanto melhora as habilidades na fala e escrita. Você terá um professor dedicado que lhe oferecerá feedback constante com base nos seus métodos de aprendizado individual. Além disso, você pode ganhar experiência através de atividades interativas envolvendo role-play direcionado, trabalho em grupo e discursos elaborados. Criar Práticas Para Uso Imediato Das Habilidades Linguísticas No Mundo Real. Agora que você já conhece alguns detalhes sobre português estrangeiro, por que não colocar seus conhecimentos à prova? Crie atividades práticas e aprenda a um ritmo mais acelerado! Pratique encontrar pessoas para conversar, assistindo filmes, lendo livros ou nos noticiários. Assim, você vai treinar seu português com textos reais. Além disso, para usar seus novos conhecimentos imediatamente, procure participar de atividades culturais relacionadas ao idioma para mergulhar na realidade nacional. Incentive-se a frequentar restaurantes ou conversar com nativos bravio! Procure ouvir podcasts, além de assistir aulas e programas em português, focando em descobrir um vocabulário diversificado para que o vocabulário se torne cada vez mais natural. Leia tudo o que puder em português e recorde-se que não é necessário se desenvolver completamente numa língua para obter resultados satisfatórios. Aulas de português para estrangeiros France - USA - Brasil - Viagem Read the full article
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helloiamkaru · 6 years
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[...] Para um linguista é muito mais interessante uma passagem do tipo: |Cumé qui é? a outra: |Como é que é? pois as variações linguísticas e seus motivos socio-culturais são, cientificamente, muito mais relevantes do que a norma padrão da língua, isto é, o jeito “correto” de falar. [...]
Professor André Gazola, (em Lendo.org “O que é Linguística?”)
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antonioarchangelo · 3 years
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Língua, Linguagem, Cognição e Sociedade
Língua, Linguagem, Cognição e Sociedade
OBJETIVO DE APRENDIZADO · apreender os conceitos de Língua e Linguagem Verbal em contextos de uso e os conceitos-chave que respaldam os estudos da língua materna na disciplina: modalidades, variações linguísticas, texto e gênero; · contexto; · produtor e leitor;· situação comunicativa A Língua em Uso Imagem extraída de<https://media.tghn.org/medialibrary/2020/05/Mundo_CPLP.png> A linguagem…
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GRAMÁTICA - Aspectos iniciais
Olá, como todos? Hoje começaremos uma série de posts sobre a gramática brasileira.
Então... eu não ia soltar esse post agora, mas... já que a pergunta surgiu daqui, decidi dar esse bônus. O motivo? Eu, sinceramente, pensava que todo escritor se dedicaria a essa parte da escrita sem precisar de motivação, porque, afinal, um escritor sem conhecimento não é nada, sendo que a gramática na minha cabeça sempre esteve no centro disso. Sim, eu sei, assumi ser algo obvio e certo para todo mundo. Se você escreve, logo você sabe o português normativo dos pés a cabeça, sim? Nesse caso é um enorme NÃO, se for pela quantidade de curtidas que a ask sobre por onde começar estudar a gramática ganhou no tumblr. Então, aqui estamos nós.
Esses primeiros posts explicarão o que a gramática é, quais são seus benefícios, algumas indicações de cursos gratuitos se você estiver muio apressado e as regras gramaticas e ortográficas.
O que é a gramática?
A gramática é um sistema de regras e convenções que nos permite padronizar os símbolos e significadas dentro de uma certa língua e cultura, de forma escrita e falada; primeiro, através da fala e depois sendo transcrita para o papel. Graças à Gramática, a língua pode ser analisada e preservada, apresentando unidades e estruturas que permitem o bom uso da língua portuguesa.
Como estamos interessados na gramática por um posto de vista mais padronizado e escrito, não abordaremos todas as suas variantes, porém iremos cita-las abaixo para s fim de curiosidade.
Ela se divide em:
Gramática Normativa
É o tipo mais comum de gramática, busca padronizar a língua, construída através de regras pre-estabelecidas de como devemos falar e escrever corretamente. Aborda apenas a descrição de regras que devem ser seguidas, desconsiderando quaisquer fatores sociais, culturais ou históricos. Essa é a gramática que aprendemos na escola e que mais será útil para nós como escritores.
Gramática Descritiva
É uma gramática transformativa. É através dela que se analisa os conjuntos de regras que demos continuar seguindo, considerando as variações linguísticas da língua ao investigar seus fatos, reanalisando os conceitos que definem o que é certo e errado em nosso sistema linguístico.
Gramática Histórica
Investiga a origem, evolução e progressão de uma língua, usando representando os estudos diacrônicos, isto é, analisando as transformações pelas quais ela passa durante as eras de acordo com o que se tem documentado.
Gramática Comparativa
A gramática comparativa estuda a gramática fazendo uma comparação com as gramáticas pertencentes às mesmas famílias linguísticas. O português pertence à família das línguas indo-europeias, em que se inclui as línguas itálicas. São exemplos as línguas espanhola e francesa.
Para concluir, não se deve confundir a gramática normativa, o que se baseia em regras pre-estabelecidas, e a gramática falada, aquela que usamos para nos comunicar diariamente. Ambas são importantes, mas não são a mesma coisa; a forma que falamos nunca será igual à escrita, pois a escrita é uma forma de documentar a evolução da linguagem e de se ter maneiras mais fáceis para que todos possamos entender o que está escrito. Entretanto, quando se trata da linguagem falada, nos baseamos em comunicar e ser entendido do modo mais simples possível.
Imagine assim, uma pessoa decide criar uma linguagem que só ela sabe, feita de gestos, símbolos e suas próprias convenções. Essa língua poderia ser considerada uma linguagem valida? Seria pouco provável já que o principal objetivo de uma linguá é se comunicar e se fazer entender, sendo que os aspectos cultural e social sempre serão levados em conta para que uma linguagem seja comunicada da forma certa e efetiva. Outro exemplo simples é uma pessoa que nunca teve contato cultural ou gramatical com aquela lingua ou povo. Como essa comunicação acontece? Precisamos entender ao menos as leis que regem tal gramatica para que haja o mínimo de comunicação. Da mesma forma, o que acontece no texto falado também pode acontecer aqui; se nós não soubemos as regras que regem nossa escrita, como podemos esperar que outras pessoas a interceptem da forma correta?
Esse é um pensamento para uma interessante reflexão. Vocês concordam? Tem outro ponto de vista? Deixem sua opinião nos comentários e obrigada por ler! Não se esqueçam de nos apoiar, curtir e compartilhar!
FONTE
https://xerpay.com.br/blog/cursos-de-gramatica/
https://www.portugues.com.br/gramatica
https://www.todamateria.com.br/gramatica/
https://www.todamateria.com.br/gramatica/
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beletrista-uepb · 3 years
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Os principais aspectos históricos da Linguística
Para iniciar, precisa-se conceituar a Linguística e apresentar o seu objeto de estudo. A linguística é a ciência que estuda a linguagem humana, no que se refere aos aspectos fonéticos, morfológicos, sintáticos, semânticos, sociais e psicológicos. Em outras palavras, a Linguística busca entender como se dá a linguagem humana de diversas formas, desde sua origem, até a sua produção, transmissão e seus significados. A Linguística, como uma ciência, é considerada nova, apesar da linguagem humana ser analisada há bastante tempo, e ela só veio ser reconhecida e estudada com mais profundidade há pouco tempo, pois antes estava sempre ligada a outras áreas, como a filosofia, por exemplo.
1.Estágios pré-linguística Assim como em outros campos, foram os filósofos que deram início ao estudo da linguagem humana, desde o começo, sempre foi bastante questionado como se dá a origem da língua. Nessa perspectiva, na Grécia Antiga onde se deu as
maiores contribuições para a Linguística, tendo em vista a gramática tradicional que era parte da filosofia. Os filósofos da Grécia entraram em discussão a respeito de duas grandes teorias: Uns acreditavam que a língua era guiada pela natureza, e outros que acreditavam que era pela “convenção”. Retomando os tempos antigos, vale lembrar que um dos mais antigos relatos de estudo veio de um grande gramático hindu chamado Pāṇini (séc. IV a.C). Os hindus tiveram grande influência na gramática graças a uma necessidade de preservar a língua dos textos sagrados. Nesse sentido, isso ocorria por causa das variações na hora de pronunciar suas orações, então, foi criado um guia para que todos pudessem pronunciar de uma forma única. Ademais, eles classificaram e detalharam a língua se baseando fielmente de maneira empírica. Já na Grécia antiga, foi através de Platão (429 - 347 a.C.) e Aristóteles (384 – 322 a.C.), que fizeram um estudo sobre a língua. Platão estudava o vínculo entre a palavra e o seu significado, a forma e o conteúdo, o que se fala, o som é uma coisa, e o significado é outra. Todavia, o estudo da linguagem estava ligado à filosofia. Platão foi o primeiro a estudar um pouco sobre as categorias gramaticais, como substantivo e verbo, mas de uma forma diferente da que conhecemos hoje. O mesmo foi analisando as relações que as palavras faziam entre si, e foi classificando essas ligações. Também, o pensador influenciou no que tange às categorias da linguagem. Sua contribuição foi trazer uma forma mais culta de se falar que iria influenciar gerações seguidas.
2. A linguística Comparativa A linguística Comparativa ou Linguística Comparada, nasceu-se no início do século XIX, e foi por meio do estudo da mesma que surgiram os entendimentos de letra e fonema, entendimentos esses que foram citados pela primeira vez por Dufriche Desgenettes. Porém, a Linguística Comparada assume o ramo de fazer comparações entre diferentes línguas, estudando o progresso das mesmas e a familiaridade entre elas. À vista disso, se tem o entendimento que as línguas podem ter suas semelhanças em dois aspectos: semelhanças de vocabulário e semelhanças
gramaticais, ou seja, as línguas possuem o que os linguistas chamam de “parentesco”. Por conseguinte, os estudiosos das línguas afirmaram que à língua evoluíram de uma outra, havendo a formação de famílias linguísticas. Dessa maneira, deixando de lado a ideia de uma língua isolada, sem interligações entre si.
3. Linguística Geral e Linguística Comparativa Sendo um ramo da Linguística Geral, a Linguística Comparativa é uma ciência explicativa, que busca explicar a transformação das línguas e seus diferentes graus. Entretanto, essas transformações não ocorrem somente em decorrência do tempo, dentre outros fatores, são causadas também pelas condições sociais e geográficas. Para entender essas mudanças, um bom exemplo são os dialetos; que a partir do séc. XIX, sucedeu-se um entendimento maior sobre as relações das línguas e dialetos, o que proporcionou entender que os dialetos regionais possuem uma estrutura gramatical própria, tanto na pronúncia como no vocabulário, e sua importância para o surgimento das línguas padrões de vários países. Sendo assim, não é possível que as línguas possuam uma mesma estrutura gramatical, pois todas as línguas estão sujeitas a mudanças, de acordo com o tempo e o contato de diferentes povos com diferentes culturas e dialetos.
4. A chegada da Linguística Moderna A Linguística Moderna iniciou-se no final do século XIX para o século XX, com a publicação do livro Curso de Linguística Geral em 1916. A obra pós-morte CLG, foi lapidado por dois alunos de Ferdinand de Saussure, o pai da Linguística Moderna. É por meio dessa obra que os estudos linguísticos obtêm autonomia, abrindo-se mãos das outras ciências que pairavam na época. Nesse sentido, aos poucos ganha sua fundamentação investigativa por meio dos fatos da linguagem/língua, além de alicerçar o corpo teórico linguístico. Também, o mestre genebrino focará nos aspectos da fala. Diferente dos pensadores anteriores que baseavam-se apenas na língua escrita, Saussure
enfatiza-se na língua falada humana. Desde seus aspectos históricos (diacrônicos), até a maneira de como a língua é usada no meio presente (sincrônico). Por outro lado, o linguista Saussure denominou a Linguística como uma disciplina que não busca prescrever e sim, descrever a veracidade dos fatos linguísticos do homem. Mas também, anos depois, outros linguistas iram criar a corrente teórica, classificada como Estruturalismo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LYONS, John.  A linguística: estudo científico da língua.In:______. (org.). Introdução à Lingüística Teórica. São Paulo: Nacional, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1979. p. 01- 55. PETTER, Margarida.“Linguagem, língua, lingüística”. In: Introdução à lingüística. FIORIN, José Luiz (org.). 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 12 - 23.
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artigogeografico · 3 years
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Aula 7 Línguas do Brasil
A língua oficial do Brasil é o português brasileiro, cuja é a variante mais falada da língua portuguesa, seguida da angolana. Ela foi instituída no Brasil pelo Marquês de Pombal em 1758 na era colonial, antes disso, a língua mais falada era a Geral. Outros países que falam português são: Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor- Leste, Macau, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Guiné-Bissau.
Antes do português chegar, o Brasil tinha mais de mil línguas indígenas, hoje tem por volta de 100 línguas, como o Nheengatu (ou Tupi moderno). Elas têm menos de 100 mil falantes, logo, são consideradas ameaçadas de extinção. A colonização significou a exploração da cultura desses povos. 
Sobre as variações linguísticas, que são as diferentes formas de falar o idioma de uma nação, no Brasil, essas variantes são percebidas nos diversos dialetos existentes, que cada grupo social, de diferentes ocupações, faixas etárias e regiões criam o seu próprio dialeto, que é a sua forma de comunicação coloquial. A língua é viva e dessa forma, o português brasileiro é composto por dialetos regionais, o que possibilita que substantivos recebam outros nomes  dependendo da localidade em que são ditos.
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