#vale da estranheza

[tioxao]

O vale da estranheza: quando os robôs parecem humanos, mas ainda não convencem

Descubra o que é o vale da estranheza, como ele afeta nossa percepção e emoções em relação a objetos que imitam a aparência humana, e sua relação com áreas como a robótica, a computação gráfica e o cinema. Confira o artigo.

Você já sentiu uma sensação de desconforto ou repulsa ao ver um robô, um boneco ou um personagem de animação que se parece muito com um ser humano, mas não é? Se sim, você provavelmente experimentou o que se chama de “vale da estranheza”, um conceito que tenta explicar por que algumas imitações da aparência humana nos causam estranhamento. Neste artigo, vamos explorar o que é o vale da…

[lisaalmeida]

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E, desse modo, encontramos o refúgio da intimidade, de almas que entendem que só é possível estar e sentir verdadeiramente alguém permitindo que ele seja o seu eu por completo, sem fugas ou restrições. Com todas as loucuras, esquisitices e sonhos, já que sem eles somos tão somente a penumbra da vida. Não vale a pena, assim, se esconder em padrões para agradar quem não aprecia as suas idiossincrasias, sabemos que isso só traz mais vazio. É necessário estar desperto para ouvir aqueles que entendem das melodias da alma, já que são nestas que as nossas estranhezas mostram o seu encanto. Precisamos de pessoas que saibam interpretá-las................................❤️❤️❤️

[sobreiromecanico]

Track Changes

Ou, se preferirmos, "No Correio (34)", já que o livro chegou hoje.

Nunca tive especial simpatia por livros de blogues. Sempre me pareceram um exercício algo irrelevante: o blogue, formato que de resto muito aprecio (ou não fosse eu blogger, de forma mais ou menos intermitente, há pouco mais de 20 anos), possui coordenadas muito específicas, na intersecção entre o seu tempo muito próprio e o seu habitat digital natural, tanto em registo solitário como em diálogo na blogosfera. Retirar o blogue dessas coordenadas próprias para o reproduzir nas páginas de um livro poderá ter um vago interesse de preservação - o mundo digital é efémero, e cada vez mais -, mas nem por isso deixou de me causar alguma estranheza. Nos anos de ouro da blogosfera portuguesa houve vários blogues que acompanhei com gosto, mas cujos eventuais livros nunca me passou pela cabeça comprar.

Dito isto, no momento em que foi anunciado este Track Changes, na prática o livro do excelente blogue Asking the Wrong Questions, de Abigail Nussbaum, fiz a pré-compra de imediato.

Em primeiro lugar, porque acompanho o blogue há mais anos do que me lembro, e as críticas - a Abigail Nussbaum faz mais do que reviews; escreve críticas no mais nobre sentido da palavra - da autora são sempre pertinentes, e mesmo quando passa pelos aspectos menos positivos do objecto que analisa fá-lo sem precisar de recorrer ao sarcasmo ou à ironia amarga que atravessa e diminui tanto discurso online. Os seus textos estão sempre cuidados, bem fundamentados, com as referências necessárias; já perdi a conta aos livros que comprei e li após as recomendações no blogue, mas confirmo que nenhuma delas me deixou ficar mal.

E também porque Track Changes é mais do que o mero livro de um blogue: é um documento fundamental para traçar o panorama dos últimos 20 anos de fantasia e ficção científica, em livro mas também em televisão e cinema, e compreendermos as tendências, as referências incontornáveis, e algumas obras que mereciam ser mais conhecidas do que são (com a autora partilho um gosto especial pelos livros de Simon Jimenez, um dos dois autores que surgem duas vezes na selecção de textos deste livro; a segunda é Sofia Samatar, que ainda não li mas que conto descobrir em breve). E nesse sentido, sim, faz todo o sentido regressar ao blogue, seleccionar alguns dos seus textos e compilá-los numa nova organização, com um novo propósito, e em alguns casos com algum enquadramento adicional. Foram estes 57 posts (se a conta não me falhou) que Abigail Nussbaum seleccionou para esta edição, mas poderiam ser vários outros 57.

Como leitor assíduo do Asking the Wrong Questions, já terei lido vários destes textos; a alguns regressei mais do que uma vez. Outros não li por opção, decerto por querer evitar ler uma crítica a um livro que ainda não tinha lido à data da publicação (e que talvez ainda não tenha lido); talvez lá chegue entretanto, ou adie mais um pouco. E haverá um outro que só agora irei encontrar, e que lerei com o prazer que leio sempre os artigos de Abigail Nussbaum. Track Changes, nesta excelente edição da Briardene Books, é leitura imprescindível para quem gosta de fantasia e ficção científica. Se não puderem ler o livro, vão ao blogue; verão que vale bem a pena.

[imperatrizdachina]

[ni ni] alto, quem vem lá? oh, é 𝐲𝐚𝐧 𝐬𝐮𝐚𝐧𝐳𝐢, a 𝐢𝐦𝐩𝐞𝐫𝐚𝐭𝐫𝐢𝐳 da 𝐜𝐡𝐢𝐧𝐚 de 𝐭𝐫𝐢𝐧𝐭𝐚 𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬 anos, como é bom recebê-la! está gostando da frança? tenho certeza que será muitíssimo bem tratada por nós aqui, sendo tão 𝐦𝐞𝐭𝐢𝐜𝐮𝐥𝐨𝐬𝐚 e 𝐫𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮𝐭𝐚. só não deixe transparecer ser 𝐚𝐫𝐝𝐢𝐥𝐨𝐬𝐚 e 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐧𝐬𝐢́𝐯𝐞𝐥 que sua estadia será excelente. por favor, por aqui, estão todos lhe esperando!

𝐀 𝐎𝐑𝐈𝐆𝐄𝐌 𝐃𝐄 𝐘𝐀𝐍 𝐒𝐔𝐀𝐍𝐙𝐈.

Yan Suanzi, a filha mais velha de Yan Xianyuan, nasceu para cumprir com o seu dever divino. Era ainda uma criança quando decidiu que a mãe era fraca demais para estar no poder e o pai, assim como todos os seus ancestrais do gênero masculino, um imprestável. A irmã mais nova não apresentava qualquer ameaça para a soberania de Suanzi quando parecia mais preocupada em falar sobre garotos com outras nobres e usufruir dos luxos do palácio e do status como princesa.

Suanzi sentia que a responsabilidade de manter a China com toda a sua glória dependeria apenas dela. Então, ela se dedicou aos estudos políticos, econômicos e militares, à arte, à religião e, acima de tudo, à China.

A imperatriz Xianyuan veio a falecer quando Suanzi tinha apenas dezessete anos e uma vez que o pai não tinha qualquer preparo político e, àquela altura, a China acreditava que um homem no poder era sinônimo de mau presságio, não esperaram que Suanzi atingisse a maioridade para datarem a sua coroação.

A imperatriz abriu as portas do Palácio Imperial para o público e recebeu a coroa com o queixo levantado e um sorriso no rosto durante as majestosas festividades do Ano Novo Lunar. Em seu discurso, após realizar todos os rituais, jurou manter a glória da China até o seu último dia de vida e finalizou a cerimônia com um espetáculo próprio. Um dragão feito de drones sobrevoou os grandes blocos de calcário da Grande Muralha da China em Pequim, passando pela cidade até aterrizar no topo do Palácio Imperial da Dinastia Yang, onde abriu as asas e cuspiu fogo.

Naquele momento, todos entenderam a mensagem de Suanzi.

𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒.

Suanzi é conhecida por ser uma imperatriz extremamente meticulosa e estrategista. Desde que assumiu o poder, a China alavancou ainda mais no setor econômico e militar, o que trouxe o respeito do povo mas também o seu medo. Diz-se por aí que conquistar uma aliança com Suanzi é como escavar por pedras preciosas: todos os países querem a China como uma amiga, mas o processo de fechar qualquer tratado com Suanzi é laborioso. A Imperatriz testa cada um dos seus futuros aliados e não abre mão para qualquer acordo simples.

Durante os seus quinze anos no poder, Suanzi negou todas as propostas de casamento que recebeu de possíveis príncipes consortes, mesmo por melhores e mais bem sucedidas que poderiam ser.

Não precisou gerar uma herdeira. Três anos depois da sua coroação, a irmã mais nova de Suanzi deu a luz à uma menina saudável, mas não resistiu ao parto. Sendo assim, a sobrinha se tornou a sua responsabilidade e a garota, Yan Xiaoting, é a próxima na linha de sucessão.

A corte de Sanzi é inteiramente composta de mulheres, com exceção dos funcionários do Palácio Imperial. Para a China e a crença de que homens no poder trazem mau presságio desde a origem da Dinastia Yan, não há nenhuma estranheza na situação, muito menos tentativas de voltar o país para uma espécie de patriarcado. Nesse aspecto, para os chineses, a crença sempre falará mais alto.

A vinda até a Seleção francesa se deu por mais uma estratégia de Suanzi. Claro, a presença da Imperatriz da China era altamente requerida, mas para ela, a ideia era tão estúpida quanto o país do qual originava (vale ressaltar: os chineses nunca compareceram a uma Seleção de Illéa). Ainda assim, encontrou-se entre os convidados de Versailles com um único intuito: mover as peças francesas a favor da China naquele tabuleiro monárquico e, com isso, conquistar informações importantes sobre a Inglaterra, uma de suas rivais.

Suanzi possui uma tatuagem de dragão por toda a extensão das costas.

��� 𝐃𝐈𝐍𝐀𝐒𝐓𝐈𝐀 𝐘𝐀𝐍.

Em meio às crises econômicas e sociais e as guerras que se alastravam pelo globo, com a solução russa se mostrando a mais eficiente, a China teve uma visão de salvação.

O acordo com os Estados Unidos trouxe prejuízos para todo o mundo, mas entre os dois países que serviam como potências na época, a China não foi a mais afetada. Verdade fosse dita, sempre houvera o intuito de derrubarem um ao outro por trás dos tratados que faziam — e a China conseguiu, enfim, arrastar os Estados Unidos em direção ao precipício. Mas vale lembrar que para derrubar o outro país, a China teve que pisar na beirada do precipício.

A democracia foi prejudicada do seu jeito. O povo não mais acreditava naqueles que conduziam a China. Havia fome, miséria, medo, e um desejo generalizado de mudança e transparência para com a população. Os chineses clamavam por uma salvação, um novo líder que não permitiria que a China se afundasse junto aos outros países — alguém que tivesse força para alçar a China para longe do precipício que fora colocada.

Então, surgiu o profeta, o seu sonho e a mulher marcada por Nuwa.

Chovia forte no dia em que Tang Kun, um monge conhecido pelas suas previsões sempre certeiras a cada novo Ano Novo Lunar, teve um sonho sobre a era de prosperidade da China. A deusa mãe que dera vida à humanidade teria se comunicado com Tang Kun através do seu sono. Nuwa temia pela China tanto quanto o seu povo e sentia que precisava intervir. Uma mulher seria marcada por ela; e essa mulher, independente da sua idade, deveria governar a China, assim como todas as mulheres que descendessem a partir dela.

Mesmo os mais céticos ficaram surpresos com o simbolismo daquela revelação. Desde a chuva até o surgimento de uma garota da província de Hunan que clamava ter sido mordida por uma serpente e sobrevivido ao ataque, assim como o monge havia sonhado: marcada por Nuwa. Os chineses se viram rendidos pela crença, e mais do que isso, alimentados pela esperança de que a China recuperaria toda a sua glória. A garota, Yan Meiqi, foi recebida na capital chinesa por milhares de devotos que se ajoelharam diante da enviada de Nuwa, reclamando-a como a imperatriz da China e salvadora da pátria.

A chegada de Yan Meiqi à Pequim marcou o início da dinastia Yan e a sua longa linhagem de imperatrizes. Uma dinastia de glória, soberania e vitórias que trouxeram a China de volta ao status de potência econômica mundial.

𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐎𝐍𝐒 𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝐎 𝐈𝐌𝐏𝐄́𝐑𝐈𝐎 𝐂𝐇𝐈𝐍𝐄̂𝐒.

em breve.

[fireworkwar]

Eternamente incomum

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A minha meta é viver muito e morrer.

Eu não nasci para viver uma vida comum em que eu me caso, tenho o emprego dos sonhos e me aposento. Eu sou uma daquelas pessoas desassossegadas e constantemente atravessadas por sentimentos. Honestamente, eu finalmente entendi como eu quero viver e me desculpem se vivo em um vale da estranheza, eu acho que a vida me pede muito ao passo que também me tira muito.

[odhl]

Sinto que estou gritando com toda a minha força, uma força suficiente pra meio mundo me ouvir, mas de nada vale, pois é como se eu tivesse completamente amarrado e amordaçado. Tudo que consigo é ficar no mesmo lugar me esforçando para me mexer e ser ouvido sem nunca ter nenhum dos dois. E isso é tão irônico porque é justamente por causa disso que eu estou me sentindo assim.

Como pode um desejo tão simples se tornar o maior tormento de uma pessoa? Algo que a maioria tem na maior facilidade, sem nem notar haver dificuldade ou estranheza só no fato de pensar, para mim é como a coisa mais valiosa e difícil da vida. São pelo menos 30 anos desejando isso. Eu só não enlouqueci porque a minha mente é minha aliada. Até quando, não sei.

Minha vida toda eu sempre achei que sabia o que era importante e valia apena gritar. Mas as lágrimas nos meus olhos provam o quanto fui bobo

É que se eu gritar do jeito que preciso gritar o mundo seria pequeno e até o vácuo estremeceria. Com o peso da minha consciência esmagando minha alma

[daily-anna]

life update

aconteceu várias coisas desde que postei aqui esse blog estava virando minha obsessão porque eu não tava indo bem no meu relacionamento. eu realmente queria que déssemos certo, por mais que ele fale que as coisas estão bem, existe um sentimento em mim de estranheza, de que algo está errado. eu sinceramente não sei o que é. após o tempo ele me pediu para que eu desse mais liberdade a ele e não ficasse jogando na cara seus erros. eu me comportei essa semana, engoli vários "não" quando chamei ele para fazer coisas juntos. ele não sente vontade de fazer nada comigo e isso é muito duro de ouvir. eu não suporto que ele gaste mais tempo com os amigos dele do que comigo. uma coisa que eu sempre pontuei é que eu não era prioridade na vida dele. ele pode falar o que quiser, que me ama que sou a coisa mais importante na vida dele, mas na hora de demonstrar nada disso vale. como pode ele acordar cedo pra ir pescar com os amigos e não querer fazer o mesmo pra tomar café comigo? eu calculei o tempo que ele gastou comigo essa semana 3h (isso por muita insistência da minha parte, porque por ele nem iria), com os amigos ele chamou pra fazer churrasco na casa dele e ficou mais de 4h lá se divertindo. parece que comigo é uma obrigação, uma penitência, ficar comigo deixou de ser prazeroso e passou a ser nada. eu me pergunto o que aconteceu. aconteceram várias coisas que não foram discutidas. tem coisas que eu faço e ele não gosta e ele não me fala, simplesmente aceita e fica irritado comigo, muda de personalidade. isso estraga o relacionamento. amor é lealdade, você escolhe permanecer ao lado dessa pessoa, mesmo nos dias ruins. o diálogo existe para ser falado. a gente mal conversa, eu nunca sei pra onde ele tá indo, só quando ele já ta lá. ele não me fala como ta se sentindo sem eu perguntar, nem se interessa como eu to. me agarro aos dias bons que a gente teve um dia, na esperança de as coisas melhorarem (eu sei que não vai ser igual). penso que essa é so uma fase ruim que vamos superar.

[cronicasdeumdisplicente]

Sobre Romper Laços

Há certas coisas na vida que eu não entendo e aposto que, caso eu venha a entender, dificilmente aceitarei. Não por birra, a possibilidade de eu ser uma pessoa mimada ou o que quer que seja, mas apenas uma questão de princípios que eu luto para carregar comigo até o fim de minha vida.

Dentre essas coisas está o rompimento de laços. Não o ato de se cortar o contato em si pois, ás vezes, se torna inevitável e sabemos que há coisas nessa vida que não duram para sempre — por mais que desejássemos que sim.

O meu problema — e não sei se há termo melhor para descrever minha relação com o tema — é justamente o modo como as coisas se dão.

Laços não são meros contatos que temos com estranhos ao longo da vida: para podermos dizer que criamos laços com alguém, deve se levar em consideração o processo ao qual nos submetemos —conscientemente ou não — para que um vínculo sólido possa se formar. Tendo isso em vista, como as pessoas negligenciam tanto assim esse trabalho e, se chega ao ponto em que infelizmente temos de rompê-los, como o fazemos de modo tão frio, cruel e bizarro?

Eu sempre acreditei que, para qualquer eventual fim, devesse haver um diálogo, evitando todo aquele vale de estranheza que se dá quando as coisas não ficam claras e nos sobram mais questionamentos do que respostas. O laço gera pertencimento, algo fundamental para a vida humana. Se nos é tão importante assim, por que o tratamos com tanta negligência em seu leito de morte, sem uma última conversa, sem as palavras finais?

Chega a ser bizarro: em um momento, conversas e mais conversas. Não importa a distância, o horário e tudo o mais. Priorizamos aquelas pessoas como se não houvesse nada mais importante para fazermos, buscamos transformá-los em algo mais do que amigos, em uma Ohana, nossa família; em um piscar de olhos, há um abismo entre todos. Você pode estar a centímetros da pessoa e sentir uma densa parede de gelo que, de tão fria, resta apenas a certeza de que ela não mais derreterá. Abraços calorosos, sorrisos luminosos e vozes doces e amáveis se transformam em gelo, água salgada e escuridão.

De que valeu o esforço? De que valeu as memórias, se só servirão de combustível para a melancolia?

Eu nunca vou entender como as pessoas se conformam com isso e, se eu chegar a entender, nunca vou aceitar.

Me recuso e me conformar com um estilo de vida tão conformista e covarde.

Eu estou cansado de romper laços.

[imemoraveismemorias]

SOTAQUES NA TELEVISÃO - BRUNO GARCIA | EMBRULHA SEM ROTEIRO

Olha só que conversa interessante. Bruno Garcia comenta os sotaques inventados da Globo e traz uma reflexão.

A Globo, em suas produções, criou um sotaque único para o Nordeste, anulando a existência de 9 estados distintos. Dentro de cada estado ainda existem as peculiaridades de sotaques, as riquezas sonoras da nossa fala. Aqui no Ceará, por exemplo, temos divergências. Quem mora na capital fala de um jeito e quem mora ao sul, no Cariri, fala de outra forma.

Se a gente inverte, eles bugam. Já pensou um sotaque único pro sudeste? A quantidade de estados é bem menor, mas, nem por isso, deixa de existir diversidade. E as particularidades dentro de cada estado.

A língua é viva e é rica. Somos diversos. Não existe sotaque neutro. Existe forçar os outros a seguir o sotaque de São Paulo (capital) como sendo a única forma correta de falar. Não dá pra admitir mais esse tipo de pensamento. Surreal. Mas ainda há muito a evoluir. A xenofobia ainda é forte.

Eu venho tentando me desconstruir sonoramente. De tanto ouvir um sotaque X na TV, nunca habituei a ouvir alguém do sul. Me causava uma estranheza e um incômodo. Quando eu era adolescente, eu até ria quando ouvia alguém com sotaque diferente.

Taí um ponto positivo da Internet: conseguiu ampliar vozes diversas. Estou tendo contato com sotaques distintos e é lindo.

Obs.: Vale ver todo o conteúdo da Jana Viscardi sobre isso.

[procura-seoquefazer]

⫍ GUIREN, JOSEPHINE E KRYSTAL • MOONLIGHT • ROUPA ⫎                          Ainda sentada em uma mesa, balançou a cabeça ao ritmo da música que tocava ao fundo. Não esperava menos de Ma-Ri, queria ao menos uma festa para estar no final da noite. A bruxa não parava de dar goles no drink, até perder todos os sentidos que a obrigavam a se sentir mal. Seu peito já não sentia nenhum sintoma de ansiedade, assim como as vozes e presenças não lhes incomodava. Dá-lhe drink de manga. Seus olhos estavam lentos, e assim que jogou os braços em cima da mesa, notou algo estranho. Suas mãos não tinham mais a aparência jovem, podia ver as veias ressaltadas assim como algumas rugas. Daiyu franziu o cenho, dando uma segunda conferida em seus membros, até ser puxada bruscamente por um bonecão vermelho gigante. Guiren, o bonecão, a levou até a porta do bar desesperado. O rapaz estava pálido, e ao ver o rosto do irmão Daiyu arregalou os olhos, mas não conseguiu abrir a boca para falar sequer uma palavra. Podia perceber a agonia de Guiren, mas para ela o sentimento era outro. Daiyu não ouvia mais nenhuma voz. Ao seu redor, somente as criaturas que comemoravam o Halloween. A bruxa soltou uma gargalhada alta, satisfatória e levemente insana.                           ———— Isso é maravilhoso.———— comentou com um sorriso de orelha a orelha. Guiren olhava a irmã com estranheza, eufórico e não conseguindo decifrar a reação da irmã, embora fosse clara. ———— É perfeito. Eles sumiram.———— continuou, olhando para suas mãos com o riso frouxo. Daiyu não notava qualquer aproximação suspeita, vozes em sua cabeça ou qualquer perturbação. ———— Você não deve estar entendendo.———— o bruxo tentou contornar a situação, temendo o que pudesse vir em seguida. Conhecendo sua irmã, era provável que Daiyu simplesmente decidisse não fazer nada.———— É claro que eu estou, Gui. Você que não entende. Eu finalmente posso descansar. O silencio é muito bom.———— a alegria de Daiyu era genuína. Quem passava por ela podia pensar que a garota estava alcoolizada de algum modo por suas expressões e entonação. ———— Isso é terrível. Nós precisamos achar a matriz disso, eu não posso envelhecer agora, eu estava no caminho certo. Eu não posso morrer.                            ————  Vá em frente, mas dessa vez eu não vou fazer nada.                        ———— Não, eu preciso da sua ajuda. ———— Guiren segurou seu pulso em uma tentativa de puxar Daiyu para irem atrás do que pudesse ter feito aqui. Mas a bruxa não reagiu, seus pés estavam fincados no chão.                          ————  Eu não vou.                          ————  Dai, para de egoísmo.                          ————  Egoísmo? Eu? Eu tenho vivido longos anos no inferno só pra te manter vivo também, realizando seja lá o que você esteja fazendo. Eu sou egoísta? Você está muito bem, irmão. O que você vê não é nem vinte por cento do que eu vejo e escuto todos os dias. Você está feliz com seu trabalho, que ótimo!. Mas eu não estou feliz, é desgastante.———— o tom de voz da bruxa foi aumentando conforme avançava na direção do irmão, apontando o dedo em sua direção onde sua vontade era batê-lo com força. Guiren andava para trás, e sua expressão era de confusão e apreensão ao mesmo tempo, já que sabia sobre o que Daiyu falava.                           ————  Eu te prometi achar alguma solução, não te prometi?                          ————  Sua palavra não vale bosta nenhuma. Até hoje você não fez nada.———— ao ponto que o clima ficava cada vez mais tenso, Josephine se aproximou de ambos. Ela que demorou um tempo para entender o que acontecia, parecia feliz ao descobrir o envelhecimento. Daiyu soltou o ar pelo nariz em um riso de desdém para o irmão. Guiren, por sua vez olhou para Josephine e Daiyu, compreendendo que ali não encontraria nenhuma ajuda.————  É algum efeito do Halloween, será Josephine? Será que fomos abençoados por algum poder maior?———— perguntava otimista à bruxa. A aparência envelhecida pouco a importava, Daiyu não estava com medo.

⦁ PERSONAGEM PRINCIPAL ⦁

[marianeaparecidareis]

O QUE ESTAIS PREPARANDO COMO OFERENDA PARA ESSE MEU DIA??....💔

MEU NASCIMENTO!... (!!!)

“O Natal deveria ser um ato de Misericórdia e Amor; nascimento de sentimentos nobres e libertadores, assim como fui ao nascer para a Humanidade... Nasci na pobreza, no escuro da noite, no isolamento, ond...e apenas Meus pais Me cercavam e os animais que pressentiram Minha Majestade. Animais irracionais que muitas vezes valem bem mais que humanos. Vim ao Mundo na calada da noite e poucos perceberam Meu Sinal no céu. Apenas pastores pobres e simples sentiram que algo acontecia de grandioso!... Pastores (de almas) que escolhi como Apóstolos, semeadores da Palavra, guardiões do Meu Povo. Gente sem estudo, mas com integridade e coração puro longe da arrogância do saber."

"Apercebei-vos de que o que vos peço são obras, não discursos!!... Encurtai as palavras, aumentai as obras! Falai menos, rezai mais!... Sacrificai o bem estar de vossas casas e saí como pastores à noite em busca de ovelhas perdidas... Não vos acomodeis. Desligai-vos das amarras modernas, aparelhos avançados que desviam atenção; voltai a vos encontrar mutuamente em vossos lares, conversai mais. Olhai-vos nos olhos, mesmo sem palavras; transmiti amor, fraternidade, aconchego, principalmente esperança. Um depende do outro; quando um cai o outro ampara como numa gangorra... É preciso que sempre um tenha força suficiente para amparar os demais quando estiverem exauridos e fracos. Alternai-vos! Percebei quando é a vez de estarem sustentando o peso, e quando é hora de serem sustentados... Não sedes egoístas a ponto de nunca oferecerdes ajuda... Percebei a vez de arregaçar vossas mangas e usar de vossas forças.”

“Enquanto pequeno fui cuidado por Minha Mãe. Recebi seu carinho e acredito que Ela recebeu o Meu... Tive um pai honrado e bom que soube manter a família com seu trabalho. Cumpriu seu papel, assim como Minha Mãe e Eu. Quando foi chegada a hora parti para que se cumprisse o Plano de Deus em Mim..."

"Desde o princípio causei espanto aos que Me aguardavam como um rei... Cheguei como indigente humilde e pobre... Tinha a Majestade na alma, exatamente como muitos de vós, que tão pouco possuis, porém revelais tamanha grandeza de espírito que chegais a causar estranheza e dúvida..."

Seriam eles pessoas menos capazes?... São Francisco seria por acaso uma pessoa sem estudo e sem recursos?... Tantos outros santos e santas, conhecidos ou não, canonizados ou não, teriam sido pessoas diplomadas em Teologia?... Ou teriam elas justamente se entregado de tal maneira ao Espírito Santo, que suas vidas foram conduzidas exatamente como Ele desejou?... O Espírito Santo desenvolveu neles exatamente o dom que mais convinha. Não foi, nem nunca será, mérito próprio a Santidade ou as grandes obras! Sois e sereis unicamente instrumentos nas Mãos do PAI!.. Portanto, não penseis em agregar, humanamente falando, dons, sabedoria, carismas ou qualidades que não vierem revestidas pelo Poder do Espírito Santo!...”

(*Sinto-me estarrecida enquanto digito, pois não me lembro de nada disso... Tudo é muito claro e sem erros! Me emociono ao perceber a Ação do E.S. numa criatura tão pouco instruída como eu. Louvado seja Jesus!... Que um dia tudo isso sirva a muitas outras pessoas.)

“Não é vossa vontade o que vale, mas os Chamamentos que vos são enviados e percebidos por todos os que estão em Sintonia! Nossos Planos não são para doutores; nossas Metas não incluem mestrados ou currículo teológico!... Entendei que a Palavra é sentida; não estudada!!... O coração puro consegue 'sentir' o Amor de Deus em sua plenitude, mesmo não sabendo ler! Se fosse assim, pobres dos analfabetos, gente humilde e tão amada por Deus Pai."

"Não querei vos vangloriar por terdes conhecimentos apenas. Desejai sentir o que Deus espera de vós. Pode ser um simples e único ato de amor! Um gesto apenas; um desejo expresso de amar acima de tudo e de forma generosa, plena de misericórdia e bondade, sem nunca terdes pego um livro ou caneta nas mãos calejadas..."

"Enganam-se os que evangelizam de forma ditatorial, como se estivessem à frente de alunos ignorantes, e por isso, seres inferiores. O que deve ser ensinado (se há alguma coisa a ensinar) é o Caminho a se chegar a Deus!.. Isso às pessoas que ainda não descobriram sozinhas um outro caminho, ou outra forma de amar. Quem cuida de um enfermo, com certeza ama a Deus! Quem cozinha uma sopa rala e miserável para alimentar seus filhos, com resignação e carinho protetor, ama a Deus intensamente. Cada um que realiza suas obrigações com fidelidade e dedicação, está amando a Deus. Quem sente que pode ir um pouco além, inspirado pelo E.S, com certeza ama a Deus Pai!!...”

“O Banquete oferecido ao Criador reúne não só pessoas que idealizaram o feito, como também os que se encarregaram em fazê-lo; os que foram usados para servi-lo... os que trabalharam no anonimato... os que embora nem estivessem sabendo, cultivaram e colheram os alimentos que foram usados.... e ainda todos aqueles que se fizeram de mensageiros... os que trouxeram suprimentos... sem esquecer de todas as mãos sensíveis que decoraram, enfeitaram e até tocaram nessa ocasião de grande Louvor e oferecimento à Deus Pai. No banquete da Santa Missa o padre não pode ser mais importante que aquele que toca o sininho....(?)

(Bloqueio o pensamento)

“Que vossa Ceia de Natal exista somente em celebração ao Meu Nascimento! Uma festa em oferecimento a Deus Pai por ter Me enviado à vós... Não permiti que emoções terrenas e o espírito comercial estrague o que originalmente seria uma manifestação de Louvor e agradecimento. Sedes mais contidos nos gastos; não é necessário se presentear dessa maneira. O aniversariante SOU EU e o que ireis ME dar?... O que estais preparando como oferenda para esse Meu dia??..."

"Gostaria de ganhar almas transformadas, almas que se esvaziaram dos apegos e orgulhos; almas que se achegaram mais a Mim da forma que sempre desejei. Almas dóceis e infantis deixando-se ser amadas sem resistência, sem resguardo... Deem-me almas!!... É tudo o que peço. Não Me contento com poucos; quero-vos todos!!... O Grande Banquete está longe. A participação de todos um dia vai se realizar. Faltam muitos ainda. Continuai convidando, cercando, cuidando... Desenhai lhes o mapa com o Caminho certo; não os deixeis se perderem no meio do caminho... Sinalizai direito as alamedas, as avenidas e todos os atalhos que os tragam até Mim. Não os deixeis sem água no trajeto. Oferecei ajuda, dai-lhes carona se acaso faltar forças; não os abandoneis pelo caminho!..."

"A Grande Festa não poderá começar com a ausência sequer de um dos convidados! Anunciai o convite a todos. Levai através dos veículos de Comunicação modernos, que podem muito bem serem úteis e de extremo valor. Mandai cartas, mensageiros por terra, mar e ar. Quero todos avisados!! Todos devem ser chamados; devem receber o convite. Se resolverem não aceitar, tudo bem! Dou-vos o livre arbítrio, não posso impor Minha Vontade. Fico triste com a recusa, porém entendo e respeito a decisão de cada um. A cada filho aguardo ansiosamente para que venha à Grande Festa!!... Me farão muita falta cada um que não comparecer. Filhos tão amados!! Somente um Amor de Pai poderia reunir e aguardar por tantas vidas!.....”

(JESUS a Marjorie Dawe Dez 2000)

[ourvidesouverdes]

ESTRANHEZA

nunca tive muitos amigos.

sempre me senti diferente, deslocada, um et.

como se eu estivesse em uma outra frequência em relação ao mundo e as pessoas.

apesar de me divertir sozinha com as minhas esquisitices, sempre senti falta de amigos.

via as pessoas em grupos, se divertindo, rindo de piadas, de coisas ''do momento'', músicas que haviam saído, séries e filmes novos. eu não entendia nada. parecia um universo inacessível pra mim, esse das pessoas normais.

sempre vivi em outro planeta.

com meu próprio senso de humor que ninguém entendia (e ainda hoje é difícil de entenderem). meus próprios gostos, hábitos, gestos e horários.

felizmente há algo em nós que chama. identificações são possíveis, até mesmo as mais improváveis.

improváveis falando de uma superfície. pois tudo o que se chama mutuamente compartilha um local em comum dentro de si.

e encontrei ao longo dos anos quem me chamasse e quem me chamou. encontrei quem se identificasse com minha esquisitisse, e o mesmo para mim.

frente às exigências normalizantes e normatizantes do mundo.

e sempre esses encontros vieram em forma de uma dupla.

na infância foi o scooby, ele me acompanhava e me entendia nos momentos que ninguém mais era capaz.

no ensino fundamental foi a laisa. inventávamos músicas, piadas internas, histórias mirabolantes, cenas de filmes. nossa estranheza se complementava, apesar das inúmeras diferenças.

no ensino médio foi a luciana. que é alguém extremamente diferente de mim: organizada, focada, disciplinada. eu, que sou esse caos. mas éramos uma dupla imbatível.

por que é isso que quero que entenda: não é sobre fazer ou sobre parecer, é sobre Ser.

não importa as performances sociais e construídas.

nosso Ser se entendia. e não tem a ver com aparências ou exigências mundanas.

tem mais a ver com alma. e potência criativa.

percebo que meus melhores encontros, sejam eles duradouros ou não, nasceu e se desenvolvem de uma potência criativa em comum. e de uma alma que se identifica.

nenhuma dessas pessoas que citei fazem mais parte da minha vida rotineira. mas os frutos de nossa potência criativa compartilhada vivem em mim e me impulsionam a Ser.

e venho encontrando mais estranhos em comum. em que há conexões por meio da arte, música, palavra.

venho encontrando identificações para além do que é visível.

há coisas que só podem ser sentidas. não explicadas.

o Ser é a verdade que vale a pena ser buscada.

e encontros que o estranho está presente.

[sistemasque]

sistemas que é normal ter a sensação de vale da estranheza quando se olha no espelho?

[10tamurada]

Trinca-espinhas

Os ouvidos ficaram-se-me pasmos, agredidos com tão clara declarativa insinuação ... de “trinca-espinhas” me ajustaram o termo ao recorte que o decote estava sisudo como convém por fúrias do vento norte.

Se suspeitei do título? Creio que não. 

O que me abespinhou foi a estranheza de que tal pessoa, nunca antes por mim apessoada, conhecesse com tamanha agudeza o meu gosto por repasto de jaquinzinhos fritos, comidos com tudo incluído, da farinha de milho ao espinhaço por inteiro, sem descontos de iva nem taxas de marinheiro. 

Já as nossas intimidades andam por aí num aijesus que deusmelivre! 

Não saltei das tamancas, não trepei, mas bem podia!... 

A coisa foi expelida assim como quem não agarra o sopro na mascarilha e bota fora. Nada que exigisse reação, nada que impedisse encolher de ombros, nada que evitasse interjeição “que se dane a doninha!”

Fui-me; berma além multiplicava, repartia excessos e diferenças, juros - demora acrescentar. Recolhida nesta infração de forçosa cogitação, palmilhando todo o percurso do pensamento à existência, concluí que opiniões e calcanhares são favas aos molhos e os molhos não servem todos paladares.

Palavras como cervejas, ideias como desejas...

Dei por mim a ter saudades dos risos destrancados, fora de portas, fora de bordas de arreios, da fala das nesgas, dos acentos que elas trazem, dos beiços que distorcem e troçam sem falarem, do nariz que pontua, de toda a mímica que a cara destapada não sabe esconder a quem lê, a quem vê; tantas vezes guarda e não reponta! 

Dei por mim a pensar que troquei essas subtis artimanhas por desvio do foco para distintos chamarizes. Insisto e resisto no olhar, no andar, nos trejeitos, na estatura, no volume..., tipo bola saltitona daqui para ali, agarra o que lhe aparece e depois a ver se adivinha e merece!

Não vale a pena irem aos meios digitais, às redes associais, ver se eu lá estou assim ou assada, frita ou cozinhada – a minha amiga de Bizeu, Amélia de-ditos bem sibilados, diria: “ó maria, estás cosida, sua derrancada!” 

Esta nem sou eu, sou qualquer uma, posso ser nenhuma...a liberdade de nem ser, apenas apetecer!

(Viva o Sto António, as sardinhas, os festejos e os demais. Arraiais dos que nasceram, casaram, amanteigaram, estão ou que partiram e os que decidiram ler-me o relambório).

Esta vontade desmiolada de escrever sem guião dispersa, deixa pontas descaídas, desmembradas pelo chão. Não as (d)atem, deixem-nas como estão.

Graciela Neves

13 de junho de 2020

[eighteen-going-under]

june 6

não é estranho estar cansada da vida aos 21 anos? achar tudo um saco, um tédio com t maiúsculo? me sinto assim. tento encontrar motivações aqui e ali, crio pequena obsessões para suprimir o vazio e a estranheza que eu sinto comigo mesma. no fundo, acho que sempre conviverei com essa sensação esquisita porque nada para mim faz sentido ou vale a pena.

[sulan1809]

Final Fantasy Pixel Remaster - Remasterização de um clássico imperdível

Para preservar o legado que Final Fantasy deixou nos consoles de 8 e 16 bits da Nintendo, a Square Enix anunciou Final Fantasy Pixel Remaster para PC em 2021. Essa é uma escolha muito estranha, uma vez que inicialmente os títulos da hexalogia principal foram lançados para consoles, a primeira trilogia no NES, e a segunda no SNES, com Final Fantasy IV e VI sendo intitulados como Final Fantasy II e III no Ocidente, respectivamente, o que causou estranheza nos fãs, enquanto que Final Fantasy V, por ter uma dificuldade bastante elevada, permaneceu apenas no Japão(Provavelmente naquela época a Squaresoft estava desenvolvendo Secret of Mana). Em 1997, Final Fantasy V recebeu uma tradução não oficial para o inglês feita pela RPGe Translations. Agora, a Square Enix busca trazer a hexalogia principal da franquia pré-Final Fantasy VII para a geração atual, para atrair tanto jogadores da velha guarda quanto os novos.

No entanto, vale ressaltar que Final Fantasy Pixel Remaster não é um remake, você estará jogando os mesmos títulos de décadas atrás, com melhor qualidade gráfica em relação aos originais. Toda a trilha sonora da hexalogia original foi elaborada pelo lendário Nobuo Uematsu, que fez um verdadeiro trabalho de mestre, mas também há a opção de usar a trilha sonora antiga das eras de 8 e16 bits, com direito a um music player... Em termos de gameplay, houve certas mudanças, como por exemplo o aumento de experiência após o término de uma batalha, e desativar os encontros aleatórios quando se cruza o mapa, deixar as batalhas em modo automático e criar um save state. Há também uma galeria de artes com scans de alta qualidade de peças-chave e artes conceituais, além do bestiário, que vai se preenchendo conforme você enfrenta as criaturas que aparecem em cada game. Vale a pena?! Depende de você...