#um hczinho extremamente angst da nossa missão pra gente mirabolar

[aguillar]

i'm real. touch my hands. i'm right here.

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ⚲ Caverna de Phobos e Deimos, 2014. ㅤ Aquele era um convite perigoso, e não confiava em si mesmo para o acatar–não quando o pânico de quase a ter perdido ainda fervia em suas veias, só fazendo anuviar suas ideias. Se tocasse suas mãos, havia muito mais a que queria tocar–e se o fizesse, talvez não fosse capaz de parar. Era terrível que pensasse sobre ela daquela maneira quando sabia que o motivo de não poder se entregar ao impulso de dizer as três palavrinhas mágicas em voz alta era sua mãe, e só a ideia de pensar em contar-lhe era suficiente para enrijecer cada fibra dos músculos de seu coraç��o. A maldição o açoitava já fazia dois anos e, à sua maneira, por fim a havia aprendido a aceitar. Ainda assim, naquele lugar onde o terror e o pavor vinham à tona, era impossível não temer a ideia de uma vida inteira sem ser amado quando o que mais queria era amar. Na descida sinuosa até o epicentro da caverna, pontilhada de alucinações tão convincentes que começava a questionar a própria sanidade, quase a havia testemunhado escorregar antes que Kitty a agarrasse pelo braço–por um segundo, pensou se tratar de mais um truque dos deuses que ali reinavam, calculado para o fazer vacilar. Sacudiu a cabeça, deixando a respiração que não notara estar prendendo escapar. Anastasia era real mas, de maneira irônica, facilmente poderia ter sido conjurada por sua imaginação, tamanha a reverência com que a costumava olhar. Levou ambas as mãos ao rosto, o esfregando como se quisesse espantar a própria expressão embasbacada antes de correr os dedos pelo cabelo, cada gesto carregado de exasperação. Só o que queria era a abraçar mas, tomado pelo peso das emoções afloradas durante a missão, o que fez foi se afastar. ʿ Let's keep going. ʾ Pediu ao retomar suas passadas cuidadosas. Mesmo que as palavras demonstrassem indiferença, ela o flagraria ao notar que suas mãos tremiam, como se contendo o medo de a perder e a vontade de a tocar.

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