#tw álcool
Explore tagged Tumblr posts
Text
WHERE : próximo ao riacho. WHEN : após o jantar. WHO : closed + @misshcrror.
a oração de quíron ainda ressoava ao âmago de sua mente , reverberando aos confins negregosos e amargos , onde pensamentos retorcidos e atrozes teciam-se . hypatia sempre depositou credo que , se os mantivesse enclausurados em algum laivo obliterado da própria psique , poderia prosseguir com a própria existência , ludibriando-se quando sobre eles . no entanto , ela simplesmente não conseguia impedir a reprodução daquelas palavras ; ‛ vocês estão seguros novamente ’ , uma porcaria de baboseira , ela sabia . quiçá por isso tenha erguido-se em movimentos rudimentares e saído . precisava de qualquer coisa que não mais falsárias fantasias , prendendo-se a elas apenas para vê-las ruir no próximo golpe . o cantil de bronze escondido em sua sturdy boots refugiou-se em um dos palmos , em celeridade teve a contenção removida e sorveu um gole farto de seu uísque caseiro . ao terceiro gole , ateve-se a proximidade alheia . os pelos da nunca eriçavam-se e através dos anos em que manteve-se ao acampamento , sabia que apenas uma pessoa poderia evocar-lhe isso . ❝ ele mente , yas . ❞ estalou , a boca pairando a centímetros do bocal . ❝ a guerra está chegando a todo o acampamento . ❞
3 notes
·
View notes
Text
⸻ ❝ 𝒍𝒐𝒐𝒌 𝒘𝒉𝒂𝒕 𝒚𝒐𝒖 𝒎𝒂𝒅𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒐 ❞
felipe otaño ₓ f.reader
wc: 6,8k
prompt: você começa a perceber coincidências muito estranhas entre 3 assassinatos e o barista bonitinho da cafeteria que você frequenta
TW.: SMUT, DUBCON, violência gráfica, manipulação, perseguição, gaslighting, menção à s.h (abuso), menção à suicídio, menção à vômito, menção à catolicismo, consumo de álcool, stockholm syndrome?👀 if u squint, sexo oral, rimming (muito ligeiro), nipple play, worship, p in v, SIZE KINK, MANHANDLING, BULGE KINK, sexo desprotegido (não façam), creampie, love bombing. tudo nessa história é TÓXICO, a reader ainda tá passando por TEPT e tem ataques de pânico (mas eu n dei nome aos bois, só escrevi os sintomas dentro do contexto). o felipe é um sociopata e stalker, se você é sensível com qualquer um desses tópicos NÃO LEIA. mdni
obs.: optei por deixar os avisos antes porque mais do que nunca preciso que vocês estejam informadas sobre o que vão ler, amigas🤒👍 não é e nunca será de forma alguma minha intenção denegrir a imagem do pipe, é uma história original que usa pouquíssimos traços da personalidade que ele demonstra! eu ouvi let the world burn do chris grey e animals do maroon 5 enquanto escrevia! revisei muitas vezes, mas por estar enorme provavelmente ainda tem erros, então me perdoem! no mais, espero do fundo do meu coração que vocês gostem 💐🎀🎁😚❣️boa leiturinhaaaa!
o primeiro assassinato havia sido televisionado, mas sem grande impacto. o rapaz era incapaz de ser identificado devido aos vários ferimentos no rosto - que o deixaram deformado para as fotografias da perícia - mas, para você, não restava dúvidas de quem era. a pulseira fina no braço esquerdo e a tatuagem na mesma região. cristian tinha sido quem te atraíra naquela noite depois da festa, com uma boa aparência e boa lábia, se aproveitando do seu estado embriagado, e te levando de carro para um galpão abandonado afastado de qualquer bairro residencial.
o terceiro e último tinha sido considerado o mais brutal. o vídeo se espalhara numa velocidade absurda, saindo do fórum onde havia sido publicado por uma conta anônima e indo para as grandes plataformas. os quatro minutos de gravação contavam com o garoto lendo uma carta onde ele se desculpava. se desculpava por todos os crimes e pela índole horrível qual ele tinha, se desculpava com os pais que não mereciam a vergonha de ter um filho como tal, e por fim, se enforcava com uma corrente presa no apoio de cortina no alto da parede. wilson fora o rapaz quem filmara enquanto os outros dois te violavam, os insultos que ele te direcionava no ato eram podres e por várias noites ecoaram em sua cabeça te impedindo de dormir.
o segundo assassinato tinha sido maior em proporções, diferente do primeiro, não seguindo qualquer padrão para a infelicidade dos policiais responsáveis pela investigação. o corpo esquartejado tinha sido espalhado aos arredores de um colégio público da pequena província onde você morava. o cheiro fétido e o horror que os jovens passaram quando o cadáver, ou os pedaços cadavéricos, melhor dizendo, foram encontrados deixou os moradores e pais revoltados. este, por conseguinte, teve o nome revelado em rede nacional. depois que cristian te conduziu forçosamente para o galpão quem te "recepcionou" fora henri. ainda conseguia sentir o toque bruto dele enquanto o rapaz rasgava suas roupas e te forçava contra o colchão antes de te prender com cordas - essas quais a fibra tinha deixado sua pele em carne viva -, restringindo seus movimentos de maneira que ele conseguisse fazer o que quisesse, mesmo com você lutando.
porém, a cidade era pequena, então as notícias corriam como o vento, tornando sua busca exaustiva e praticamente impossível.
faziam cinco meses, e apesar da sua terapeuta não recomendar que você ficasse indo atrás e procurando mais materiais sobre os casos, revivendo o trauma, era intrigante demais e você não se enquadrava no grupo de pessoas que acreditava em coincidências. todas as evidências te levavam a apostar que as mortes tinham sido cometidas por uma mesma pessoa, e uma que era próxima o suficiente para saber o que você havia passado na mão dos três indivíduos naquela madrugada infernal.
no primeiro assassinato haviam achado algumas pegadas masculinas, de tamanho 42-43 aproximadamente; um homem alto. já no segundo, o relatório emitido pela delegacia contava com uma descrição detalhada dos restos mortais que haviam sido cortados com uma precisão assustadora. "exigiria uma força muscular nos braços e no tronco todo realizar um desmembramento limpo, além de certo conhecimento anatômico". já no terceiro, o ip rastreado não dava em lugar algum, como se o aparelho de onde tivesse sido enviado não existisse mais - e muito provavelmente havia sido destruído mesmo. o fórum em si fora criado uma semana antes e o mais incomum era que o url da página havia sido modificado para "ni-una-sola-línea-que-no-cruzaría-por-ti".
o que te fez começar a ter aulas de espanhol com uma professora particular; uma senhorinha muito simpática que, apesar de dizer ter dois filhos, morava com seu gato frajola apenas. as aulas eram todas as quartas, você ia e voltava a pé ouvindo música nos fones.
muitas coisas haviam mudado desde o episódio, evitava algumas ruas, não ia mais ao cinema e por muito tempo ficara sem visitar a cafeteria que sempre frequentava aos sábados. não conseguia dizer se era por ter vergonha - já que aquelas pessoas provavelmente tinham ouvido sobre -, ou se porque tentava urgentemente se esquecer da rotina que tinha antes, já que não se sentia mais como sua antiga persona. a violência fora tão grande e tão injusta, quem poderia te culpar?
quando passou pela porta, ouviu o sininho soar nostalgicamente. uma das atendentes se virava e sorria cumprimentando "seja bem vinda". ah sim, se recordava numa onda melancólica do cheiro do café - que eles mesmos moíam já que o estabelecimento tinha uma tradição de vários anos -, do jazz suave e bem baixinho que preenchia os ambientes da locação, e de como o ar condicionado era sempre agradável, nem frio e nem calor, só aconchegante.
se sentava numa das mesas próximas à parede, ainda não se sentindo pronta para se sentar no mezanino ou perto das janelas como tinha costume. e antes que terminasse de folhear o cardápio um rapaz alto se aproximava para tomar seu pedido. você se lembrava dele também, mas quando seus olhos se encontravam, uma estranheza grande mexia com seu âmago te fazendo retesar na cadeira.
— não te vi mais aqui. — ele comentou com um sorriso singelo te fazendo notar que apertava os próprios dedos nas páginas do papel firme do menu, parando em seguida. — pensei que tinha se mudado.
felipe gonzalez otaño era neto do primeiro dono da cafeteria el dulce camino, um rapaz que beirava a mesma idade que você, alto, de ombros largos e olhos que te remetiam a imensidão do oceano - mesmo tendo ido à praia uma vez só quando ainda era pequena. olhos que ao te reconhecerem ali haviam se iluminado ainda mais. mas, diferente de quando você era cliente assídua, agora ele tinha uma cicatriz numa das mãos e outra no rosto - e a julgar pela coloração ainda rosada, deviam ser recentes.
— não... — você retribuía o sorriso pequeno e então recolhia as mãos para o colo, ainda sentindo-se desassossegada. — se eu tivesse me mudado, acho difícil que você não ficasse sabendo... — desconversou, tentando brincar.
— entonces encontraste un café mejor? — ouviu a resposta e o fitou dali debaixo. apesar do tom provocativo, felipe, ou "pipe" como o chamavam lá, não parecia brincar quando perguntava.
— não. isso nunca. — soprou sem jeito antes de colocar uma mecha do cabelo atrás da orelha. — e você, como se machucou? — arriscou.
— acidente. — ele respondia rápido, quase ensaiado. — posso anotar o de sempre?
— nossa, você ainda lembra? — indagou divertida.
café com leite gelado, sem açúcar e uma fatia de bolo de cenoura com cobertura, era o seu favorito, o que você pedia sempre, e exatamente o que felipe te respondera. o lisonjeio não perdurava mais graças ao sentimento ruim que agora comia suas entranhas te fazendo sentir as palmas e a nuca suarem frio. ainda assim, havia sido capaz de finalizar a bebida, pedindo que embalassem o bolo para a viagem.
"acho que você pode estar um pouco impressionada com o sentimento de voltar a fazer algo da sua antiga rotina. e estou muito orgulhosa de ter conseguido! vamos conversar mais sobre isso na sessão desta semana. abraço!"
o caminho para seu apartamento tinha sido completamente dissociado, num piscar de olhos você estava na sala de casa, se sentando no sofá com o corpo pesado e uma sensação de incompletude que te fez mandar uma mensagem para sua psicóloga. não seria a primeira vez que a chamaria num final de semana, e pelo valor mensal que seus pais desembolsavam era mais do que justo que ela te respondesse.
não era o suficiente pra você. passou o jantar todo beliscando a comida que sua mãe preparara e na missa do dia seguinte era incapaz de acompanhar as músicas tocadas. estudar para o pequeno seminário que teria na faculdade segunda-feira então?... fora de cogitação.
seu domingo acabava com você enfurnada no quarto revirando a caixa onde guardava as matérias impressas, os jornais com notícias e fotos dos assassinatos, apurações públicas do corpo policial local e boletins que a imprensa nacional tinha feito. relia tudo e bufava frustrada quando seu alarme para acordar tocava, te tirando do frenesi e avisando que havia passado a noite em claro, sem qualquer resolução.
na faculdade, suas olheiras espantavam todas as amigas que perguntavam com preocupação o motivo. não tinha porquê mentir, todas eram bem próximas desde o primeiro semestre e haviam sido peça chave para sua recuperação.
— como é mesmo o nome do barista? — julie questionava antes de puxar o celular depois de te ouvir contar suas percepções.
— aqui! eu sabia que não me era estranho! — a garota dizia de súbito e virava a tela do aparelho para compartilhar. — ele se matriculou aqui na facul faz um mês mais ou menos... depois do meio do ano.
— felipe. felipe otaño. — respondeu desanimada, se esforçando para copiar as anotações de marcela em seu caderno já que o sono tinha sido tanto nas primeiras aulas que tirar um cochilo havia sido inevitável.
você esbugalhava os olhos e segurava o pulso da amiga, confirmando ao ler o nome na lista pdf que ela mostrava. estava matriculado em fisioterapia, no período noturno... então como nunca tinham o visto? ou sequer topado com ele?
— mas não é tão estranho assim, 'miga... pensa, a cidade de vocês é um sopro e aqui é a universidade mais próxima. — mar tocava seu ombro fazendo um afago cuidadoso. — pode ser só uma má impressão.
— sabe o que eu acho? que você precisa se distrair mais dessas coisas. — foi a vez de rebecca, que estava quietinha até então, falar. — vamos com a gente numa festinha do curso, por favooor... a gente não bebe, ficamos juntinhas... — a ruiva sugeria e esticava as mãos para segurar as suas. — eu sinto sua falta! todas nós sentimos! vai ser bom se divertir! — e todas te olhavam com carinhas pidonas, te deixando numa saia justa.
"vou pensar", foi o que disse com uma expressão sem graça não querendo magoá-las. mas, era bem verdade. você sentia saudades tanto quanto elas e no fim, todas aquelas coisas podiam ser só acasos do destino. não poderia deixar que o resto de sua vida fosse consumido pelos fantasmas de sua ferida emocional. por isso, mais tarde naquela semana conversou com as colegas e combinou que iriam na próxima comemoração da atlética ou qualquer coisa assim, que fosse num lugar mais fechado e limitado só para os estudantes.
na quarta decidia ir até a biblioteca que ficava no subterrâneo da faculdade, ocupando quase o andar todo, com uma infinitude de armários e estantes com os mais diversos gêneros de livros, desde manuais de administração e coletâneas de herpetologia até romances e fantasias - tudo o que você precisasse eles tinham, e se não tivessem, mandavam encomendar se o aluno levasse uma solicitação por escrito.
lá também tinham salas de estudos, individuais e grupais além de algumas mesas de madeira espalhadas onde vez ou outra alguém se sentava para ler.
era assim que via a silhueta conhecida, mas tão rapidamente e tão de relance enquanto olhava por entre as brechinhas da prateleira de romances policiais que por alguns segundos duvidava que estava só sonhando acordada.
continuando em sua busca, sequer notava a pequena escadinha no caminho, onde alguns exemplares estavam colocados no primeiro degrau - provavelmente esperando que o bibliotecário viesse devolvê-los às suas respectivas seções -, se atrapalhando toda quando se esbarrava e tropeçava fazendo o móvel tombar e os livros em cima se espalharem no chão com um barulho seco.
— merda... — sussurrava nervosamente, se agachando rápido e vendo se nada tinha estragado, seria o fim se algum dos de capa dura tivesse avariado.
— quer ajuda? — a voz te fez congelar.
seu corpo pequeno diante da figura se petrificava. assistindo o otaño aparecer no corredor e se juntar a ti, apanhando todos os livros com as mãos grandes que alcançavam dois de uma só vez, os empilhando entre ambos. este te encarava com uma expressão que passava de neutra para confusa reparando no seu estado catatônico. sibilava algo, mas você não ouvia, apenas olhando para os lábios carnudos mexendo e no cenho dele franzindo.
— hola?! — o moreno estalava os dedos em frente ao seu rosto. — chamando para a terra? — ele soprava um riso. — 'cê me ouviu antes? se machucou com o tropeção?
negou devagar e apertou os lábios quando ele colocava os livros no colo e arrumava a escada antes de te estender a mão oferecendo ajuda para que ficasse de pé. nunca tinha reparado em como ele era alto. obviamente sabia, mas sempre que estavam próximos era no café com você sentada então nunca tendo a real noção da diferença acentuada.
o sentimento de ansiedade voltava com tudo na boca do seu estômago - borbulhando a bile -, te fazendo ignorar grande parte das coisas que ele dizia.
— você tem certeza que tá bem? — o maior insistia. — se precisar que eu ligue pra alguém... algum familiar ou amigo que você confie? — e então alcançava o próprio bolso da calça tirando de lá um celular antigo, estilo flip.
— seu celular... — falava baixo e pausada, pega de surpresa por não ver um daqueles há quase quinze anos.
— ah, é. o meu antigo quebrou, então tô usando essa relíquia aqui. — ele mostrava mais de perto, te deixando abrir e ver a telinha pequena se acendendo numa cor alaranjada. — es practico, fora que a bateria dura dias.
ergueu os olhos até estarem se entreolhando e viu pipe parar de balbuciar e dar um suspiro afável.
— acho que tô falando muito, né? — ele coçava a nuca e olhava em volta como quem quer te dar espaço para pensar no que responder.
— por quê escolheu fazer faculdade aqui? — perguntou depois de um tempinho ainda processando.
— e por quê tão de repente? — continuou.
— hm... — ele voltava a focar e então dava de ombros. — não sei, acho que é cômodo pra mim. é perto de casa... perto de quem eu conheço. e o curso que eu faço tem uma nota boa também. creo que eso es todo. — mas ao fim da explicação os olhos azuis pousavam em ti, te medindo com aquele brilho que lhe despertava uma necessidade intensa de fugir.
— você ia preferir que eu dissesse algo poético? do tipo, finalmente decidi seguir meus sonhos? — ele ralhava e passava os dedos por entre os fios compridinhos. — no soy tan interesante, nena... — concluía. — mas acho que posso dizer que meu propósito tá aqui.
antes que pudessem continuar com a conversa - que mais parecia um interrogatório -, seu celular tocava. seu pai falava sobre conseguir ir te buscar daquela vez, e você não sabia se agradecia ou se o amaldiçoava. apesar de tudo, queria perguntar mais coisas ao latino. precisava acabar com as dúvidas.
"meu propósito tá aqui", não era um jeito incomum de parafrasear que ele gostaria de se formar como fisioterapeuta? ou talvez fosse uma divergência de línguas... uma falha sua, na sua interpretação.
sua obsessão estava tão latente que a terapeuta tinha achado melhor aumentar as sessões para duas vezes na semana. enquanto isso, quanto mais tentava ignorar, mais vezes se encontrava com felipe, fosse na biblioteca ou no pátio da instituição, ou ainda indo numa farmácia ou fazendo compras na tendinha de frutas e vegetais do seu bairro - ele sempre te tratando cordialmente, sem ultrapassar os limites de uma conversa pequena.
quanto mais percebia, mais o enxergava, chegando a sonhar vividamente que havia recebido uma ligação cujo o timbre do outro lado da linha era idêntico ao dele. mas, seria improvável já que nunca tinham trocado números de telefone.
o ápice era quando visitava a casa de uma tia por parte de mãe. recordando algumas fotos da infância, encontrava uma imagem curiosa de sua turminha de pré-escola. você estava na frente, trajando o uniforme de conjunto e um penteado alto com marias-chiquinhas, sentada com as pernas cruzadas, junto das outras garotas, enquanto na fileira de traz os meninos eram ordenados de forma crescente. o do canto direito lhe chamando a atenção. era igual... o nariz, a cor dos olhos e visivelmente mais troncudo que os outros.
não... você devia estar enlouquecendo. seu fim, mofando em algum hospital psiquiátrico, parecia cada vez mais perto de se realizar.
— e aí, gatinhas melindrosas. — rebecca soltava já chegando na mesa durante o intervalo. você reagia sem levantar a cabeça do caderno, apenas dando um jóinha. — caraca, que clima de enterro. não sei se vai mudar algo, masss... confirmei os nossos nomes num rolêzinho. eles vão fechar um barzinho e tudo, a gente tem desconto.
— nossa, que chique. vamos, não vamos? — marcela indagou, e mesmo sendo no plural, dava para saber que era direcionado a você - depois de passar meses furando com elas ou só não respondendo, você não se incomodava mais.
— honestamente... qualquer coisa que me faça esquecer de pensar um pouco. — disse vencida e riu com a comemoração geral da mesinha.
— meu deus, o que é isso? vai chover!!! — julie se debruçava sobre seu corpo e deixava um selar no topo da sua cabeça.
— não esqueçam de mandar o lookinho no grupo. não quero ser a única que vai desarrumada. — rebecca pontuou contribuindo para o clima de risadas.
ficar planejando a saída realmente tinha te tirado do foco. depois da aula de espanhol com a sra. perez tinha feito questão de passar num dos pontos comerciais para ver algumas lojas de roupa. tinha poucos vestidos e estava querendo um novo, e por quê não aproveitar-se da ocasião para gastar suas economias? como era um barzinho não teria problema se usasse algo mais solto... mas como era de noite ficava presa nas cores neutras já que dispensava os brilhos.
assim, quando o dia chegava tudo o que precisava era separar sua roupa e torcer para que não tivesse nenhuma crise de ansiedade e desmarcasse em cima da hora.
foi então que, parecendo ler sua mente, uma das atendentes te mostrava um vestido curtinho com manguinhas românticas e um tecido de viscose, super leve, num branco perolado. você poderia vestir com uma sapatilha e acessórios que já possuía, então não teve dúvidas ao escolher e mandar uma foto no provador para o chat "girlies", recebendo diversos elogios e até mesmo algumas figurinhas engraçadas de becca.
não, definitivamente iria até o fim, seria uma mulher de páginas viradas! deixaria este capítulo assombroso para trás e resgataria um pouco da alegria e delicadeza da sua personalidade.
o táxi te deixava na porta do bar que parecia animado. alguns canhões de luz atravessavam o ar e o céu escuro com os fachos abertos, e a fila se formava sobre um tapete roxo aveludado. checavam nomes e identidades com o segurança e estavam dentro.
a iluminação negra fazia seu vestido se destacar um bocado enquanto procuravam uma mesa para ficarem. e, mesmo que a ideia principal fosse não beber e só aproveitar o seu "comeback" à vida universitária, pediu que nenhuma delas se segurasse por você, que estava se sentindo bem e que se algo incomodasse pediria outro táxi pra casa.
e era desse jeito que em duas horas, marcela se encontrava se engraçando com o barman - muitos anos mais velho -, julie dançava com outras duas colegas na pista de dança improvisada e rebecca flertava com uma mulher numa das mesas perto dos fundos - fingindo não ver a aliança grossa na mão direita da outra.
você bebericava uma batidinha, aproveitando a música que era uma mistura de anos 2000 com as mais atuais. a bebida estava fraca o suficiente pra que ainda conseguisse sentir o gosto do suco de morango. tudo corria numa boa.
mas, por algum motivo se sentia observada. a agonia da sensação te levava a descascar o esmalte de um dos polegares enquanto olhava para os lados apreensiva. o que só fez sentido quando um rapaz se aproximou todo simpático para conversar, te tirando da espiral que se iniciava...
— acho que nunca te encontrei, que curso você faz? juro, você é a coisinha mais linda que eu já vi, queria muito te pagar uma bebida. — não era muito alto e parecia desinibido apoiando o cotovelo na mesinha, brincando com a manga do seu vestido enquanto disfarçava o fato de te comer com os olhos.
não se importou, não era tão invasivo, embora não sentisse qualquer atração de volta. apenas aceitava conversar e a bebida - qual você se certificava de que passaria da garçonete para ti, sem ficar na mão de mais ninguém.
o tal santi era bem humorado, te tirava alguns risinhos, mesmo que não escondesse as intenções; mas odiaria tomar uma carinha bonita por tudo que uma pessoa pode ser.
subitamente o clima pesava.
"você é burra ou o quê?"
sentia um arrepio percorrer sua espinha e não mais conseguia olhar nos olhos do garoto que tagarelava sobre algum interesse particular. seu celular vibrava emitindo um "beep-beep" de sms e você pedia licença para ver o que era.
"por quê veio?"
"uma vez não foi o suficiente?"
engolia seco e olhava os arredores mais uma vez, atenta. algo pinçava sua testa lendo as letras miúdas no visor, uma dor de cabeça instantânea acompanhada de uma náusea tonteante causada pelos órgãos internos revirando.
— qual foi, gatinha, tá com algum problema? quer ir pra um lugar mais calmo? — santiago fazia menção de te tocar o queixo e você o estapeava para longe.
— não. — respondia seca e se levantava no ímpeto, deixando-o para trás e procurando um banheiro próximo.
"vai embora"
se prostrava e jogava a água gelada no rosto com abundância sem se importar se a maquiagem borraria em algum canto. não podia estar acontecendo uma merda daquela, justo naquela noite. a porra do celular não parava mais de apitar e tremelicar na sua bolsa te deixando frustrada e com vontade de descartá-lo na primeira lixeira que visse.
"você não consegue se proteger sozinha"
"esse cara não conseguiria te proteger se precisasse."
se agachou no chão largando o smartphone na pia fazendo com que toda a superfície de granito vibrasse a cada nova notificação. quis chorar, engolindo o nó que se formava na garganta e sentindo o corpo pulsar, ora com força ora fraquejando as pernas que se sustentavam vacilantes.
saindo do cubículo, o loiro te perseguia, querendo saber se estava tudo bem, te acompanhando até o lado de fora.
chegavam na calçada e você se virava com a expressão espantada, completamente diferente de meia hora atrás, forçando um sorriso torto a ele.
— escuta, não precisa mesmo. eu me lembrei de algo que tenho que fazer e vou embora...
— impossível, 'cê tava de boa até agora e do nada isso? poxa, se não quisesse nada comigo pelo menos avisasse antes de eu te pagar um drink. — ele cruzava os braços, claramente incomodado e com o ego ferido. — não quer nem ir pra outro lugar? eu moro umas três quadras daqui, sei lá.
— não, você não entende... — ria de nervoso — eu preciso ir de verdade. — abria o aplicativo de corridas e se esforçava muito para conseguir digitar o endereço com os dedos tremendo.
— a gente pode conversar e tomar um vinho lá... — ele se aproximava de novo, envolvendo seus ombros por trás e tentando afastar seu cabelo que caía teimosamente sobre suas bochechas.
seus pés se arrastavam, inábeis de acompanhar o ritmo das passadas longas que as pernas do argentino davam.
contudo, antes que você pudesse se esquivar o corpo de outrem era agarrado e arremessado para longe caindo perto de alguns arbustos. seus olhos arregalavam notando a figura grande tomar seu campo de visão e segurar firme um de seus pulsos. "ela disse que não quer, não ouviu, puto?", felipe cuspia ríspido e no segundo seguinte te puxava com ele.
te colocava dentro de um carro e dava a volta para entrar no banco do motorista, se virando para lhe passar o cinto antes de dar partida e segurar o volante. seu corpo ficava completamente estacado, sua mente freezada, mesmo que todos os seus poros se dilatassem e seus bronquíolos abrissem para puxar mais fôlego, te indicando que você deveria fugir.
então porquê não conseguia? olhando para a frente e não enxergando nada, não memorizando nenhum caminho que ele fazia, não pegando nenhuma referência para saber como voltar...
ele, por sua vez também não falava, se atentava ao trânsito e vez ou outra te observava com o canto dos olhos. o brilho azul sendo o único ponto de destaque no interior lúgubre do veículo. estacionava em frente a um conjunto de apartamentos e descia, indo te buscar. o cavalheirismo era tão boçal e estúpido com a maneira que ele te manejava sem poupar força que qualquer um teria reações adversas assistindo.
quando sua voz finalmente saía, já era tarde, o otaño te passava para dentro da quitinete alugada, trancando a porta atrás dele. o ambiente estava um breu, nem mesmo a luz dos postes que entrava por entre as frestas da persiana conseguiam te nortear.
— as m-mensagens... foi você, não foi?
— e quem mais seria? — ele perguntava olhando para baixo antes de te fitar. a áurea do maior ainda mais robusta que ele mesmo, te fazendo cambalear para trás quando este avançava um passo na sua direção. — quem é que estaria lá pra te proteger se não fosse eu, chiquita?
— eu não preciso... da sua ajuda. — soprava hesitante tateando o sofá que batia contra suas costas e negava com a cabeça.
— como? — pipe soprava nasalado, achando graça. — você ia preferir sofrer tudo aquilo de novo? que eles ainda estivessem andando por aí... escolhendo a próxima vítima? — estreitava os olhos.
— como assim?
e rapidamente ele batia o dedo nos interruptores do cômodo, acendendo as lâmpadas claras que te queimavam a vista nos primeiros segundos. quando se adaptava, a primeira coisa que notava - e seria impossível de não fazê-lo - era uma parede grande, com um quadro de madeira processada, várias fotos pregadas com alfinetes coloridos, papéis e linhas tracejadas conectando uma coisa na outra. os retratos de cristian, henri e wilson com um x marcado em cima de cada.
— tudo que eu fiz por você... pra você dizer que não precisa de mim? — felipe sussurrava aproveitando-se do seu espanto, te encarando de cima quando se aproximava pelas suas costas. o remorso palpável fazendo as sobrancelhas dele caírem, mas a raiva alternando erraticamente o semblante de uma emoção para outra.
— o quê...? — suas pupilas dobravam em tamanho, o coração parecia parar quando as coisas se encaixavam para fazer sentido.
— olha o que você me fez fazer... — felipe segurava seu dedo indicador com cuidado e firmeza te guiando pelo mural. — eles estavam te observando fazia tempo... te caçando... pobrecita... — a tristeza na voz era real, parecia tão frágil. — não podia ficar assim. então... tudo o que tornava atraente, eu arranquei... — ele te fazia contornar o rosto do primeiro menino marcado - todas as informações, horários, todo o planejamento escrito na mesma caligrafia com que seu pedido na cafeteria era anotado -, antes de arrastar seu dígito para o segundo. — quebrei e despedacei... — os sussurros eram praticamente rosnados e você podia sentir uma lágrima quente cair sobre seu ombro desnudo. — fiz com que se odiassem... — ele pressionava sua digital contra o último. — pra que você pudesse ter paz e ficasse segura, mi amor... — te segurava os ombros e virava seu corpo franzino, colando suas testas. — tudo por você... qualquer coisa por você...
sobressaltou, desequilibrando para trás, mas ele já estava te bloqueando.
quando o bolo de restos chegava em seu esôfago sem aviso prévio tudo o que podia fazer era empurrar o outro e despejar o líquido no chão de tacos, começando a chorar; aterrorizada.
— você... matou... matou três pessoas! — soluçava lutando contra a ânsia que continuava. — desconfigurou, esquartejou, e assombrou... você... o q-uê é vo-cê?! — perguntava entre soluços.
— ssshhh... você tá assustada. mas, não precisa. tá segura agora. — os braços grandes te puxavam para um abraço sem se importar com suas roupas sujas e com sua boca babada de vômito.
— não!! não..! — se debatia e erguia uma das mãos tentando manter distância dele. — você é um assassino!
desde a primeira vez que tinha o visto na cafeteria, o rosto de felipe era o mesmo. não era uma pessoa que demonstrava emoções que não fossem agradáveis, sempre estava com os olhos calmos, apaziguados e a boca nunca se retorcia.
era lindo, tão lindo que a maioria das mulheres se sentia intimidada quando ele as atendia - você gostava de observar então tinha notado tudo isso. entretanto, o homem que estava à sua frente agora era algo completamente diferente. as veias saltadas na testa e no pescoço contrastavam tanto com o que ele dizia, como se fosse um animal violento condicionado a se comportar. e ele não havia gostado nada de escutar a acusação... não porque ele se recusava a ver a verdade, e sim porque você deveria ser grata. afinal, tinha dado muito trabalho.
— eu sou tudo o que você precisa. — retrucou indiferente e sóbrio enfim, as lágrimas que outrora caíam, completamente secas.
— você nem me conhece! é um maluco! meu deus, meu d-deus do céu...!! — gritava. uma das mãos agarrando o tecido do vestido na altura do abdômen que ardia de tanto se contrair, curvando o corpo e respirando com dificuldade.
sua cabeça girava, o instinto de correr para uma das janelas e tentar abrir te consumia e você fazia, sem sucesso porém, correndo e ultrapassando-o, indo até a porta da entrada, esmurrando e virando a maçaneta sem parar enquanto se desesperava gritando para que alguém viesse ajudar.
— eu sei tudo sobre você. — a calma com que a frase saía era delirante. — desde os seus quatro anos de idade. sei todas as suas vontades, gostos, sonhos. todas as suas amizades, cada idiota com quem você quis se envolver. todas as suas redes sociais, seus históricos de notas, todas as fotos, mesmo aquelas que você só aparece um pouco. as comidas que gosta, as que desgosta. sua catequese, crisma, as aulas de espanhol que você vêm tendo porque... querendo ou não — e então ele sorria soberbo e orgulhoso. — você gostou do que leu, não gostou, nenita? não existe una sola línea que no cruzaria por tí...
— ay, me duele asi... mas, não adianta, amor... todo mundo sabe que eu fui feito pra você e você foi feita pra mim... ninguém vai atrapalhar a gente. — ele soprava condescendente, caminhando até você e te pegando no colo, jogando seu peso sobre o ombro e recebendo de bom grado os golpes que você desferia enquanto tentava escapar. sua força sendo a mesma que a de uma criancinha.
ao entrar no quarto, separado por uma divisória, você parava mais uma vez - pensando que o cenário não podia piorar... - de repente... sua face estampava quase tudo a sua volta.
fotos e mais fotos coladas nas paredes e no teto, algumas que você sabia da existência e outras que nem sonhava - de longe, pixealizadas devido ao zoom. num quadro emoldurado sobre a cômoda estava um cachecol que você há muito tinha perdido no colégio e nunca conseguido recuperar porque nunca fora parar nos achados e perdidos.
ele te colocava na cama, sentada, assistindo seu rosto estarrecido com a decoração e se agachava a sua frente passando as mãos por suas bochechinhas suadas e coradas do choro.
— se você pudesse só entender o quanto eu te amo... o quanto eu esperei... — segredava e você finalmente o olhava, parando de chorar lentamente, piscando morosa e prestando atenção. seu cérebrozinho atrofiando as engrenagens como mecanismo de defesa pra que você não elaborasse o que acontecia. — eu nunca vou deixar que te machuquem de novo. eu posso te fazer feliz... tão feliz que você nunca se lembraria do que aconteceu naquele galpão... mas, eu não quero ser o vilão, cariño... — trazia suas mãos juntas e beijava seus dedinhos miúdos que espasmavam.
estava tão consumida que uma parte de si finalmente se sentia plena por saber da verdade, por não precisar mais ter de fazer aquelas associações com cada nova informação que aparecia.
uma outra parte, se sentia extremamente perdida e encurralada, aos poucos aceitando que não havia acordo - e que era natural da cadeia alimentar que o mais forte vencesse.
por último, uma fração crescente queria agradecer felipe pelo o que ele tinha feito. nenhum policial, da cidade ou do estado, fora solicito em dar continuidade com as investigações, e no segundo mês toda a papelada fora arquivada e nunca mais citada, fosse sobre o abuso ou os homicídios.
por isso, quando ele repetia que ninguém mais seria suficiente pra você, que ninguém te merecia como ele, não te restava outra escolha que não fosse acreditar.
meses de incontáveis sessões terapêuticas que iam pelo ralo, te convencendo muito facilmente de que ninguém a não ser ele aceitaria uma pessoa tão quebrada e inconsequente...
deitou a cabeça na palma grande que te acariciava a maçã do rosto e descansou as pálpebras, suspirando e sentindo o corpo doer devido toda força que usara antes. e assim que sentiu os lábios grandes pousarem nos teus, rachados e trêmulos, não resistiu.
— me deixa cuidar de você... — pipe silvou contra o selar.
a mão dele deslizava para sua nuca te segurando por ali enquanto a outra livre descia para uma de suas coxas, fazendo um carinho manso, querendo que você relaxasse. ele tinha um cheiro bom, - tinha estudado minuciosamente para escolher as notas do perfume que mais te agradariam. pedia passagem com a língua sem dar importância para o gosto amargo na sua boca e aos poucos você derretia sobre os lençóis.
o corpo era pesado e estava emanando um calor reconfortante. pressionando sua estrutura pequena enquanto o ósculo se tornava mais necessitado.
te soltava os pulsos permitindo que você o tocasse os fios castanhos sedosos, emaranhando-se ali enquanto suas línguas dançavam, girando e enrolando uma na outra. quando se afastavam, um fiozinho de saliva ainda os conectava. tinha tanto tempo desde que não era tocada assim que tudo ficava mais intenso.
arfou quando os lábios rosados do maior selavam suas clavículas, beijando e lambendo todo o seu colo, e não parando, apenas descendo um pouco do decote do vestido e colocando um dos biquinhos arrebitados na boca. mascava o mamilo, chupando com força antes de abrir a boca e colocar o máximo do seio dentro para mamar, fungando manhoso.
era horrível que fosse tão bom... se sentia suja, mas queria mais, forçando a cabeça dele até o outro lado para dar a mesma atenção ao biquinho que era negligenciado.
— eres tan buena, tan mia... — ele soprava contra sua pele.
o via se colocar de joelhos e tirar a camisa que vestia expondo o tronco forte e trabalhado. o abdômen desenhado e o peitoral largo... levou a ponta do pé até lá, vendo como parecia minúscula - todas as suas partes eram - perto dele, deslizando pelos gominhos torneados antes que ele sorrisse e puxasse para cima, envolvendo alguns dedinhos com a boca para chupar e soltar estalado.
tirou seu vestido em sequência adentrando as mãos enormes por baixo e subindo até que passasse a peça por sua cabeça, jogando longe, logo mais se curvando e beijando sua barriguinha. mordiscava algumas vezes em volta do umbigo te fazendo eriçar. aos poucos a lubrificação que melava seu canal ia se acumulando e umedecendo a calcinha, te deixando afetada.
pipe te virava de bruços e puxava um travesseiro para colocar debaixo do seu quadril, só pra te ter empinada. enchia as mãos com seus glúteos e apertava, afastando as bandas e soltando; vendo a carne balançar. você era tão gostosa, tão linda, tão dele... mordia de levinho ali também antes de descer a calcinha e ver sua bucetinha estreita reluzindo. apertava as laterais fazendo os labiozinhos se espremerem mais um contra o outro e entreabria a boca antes de vergar-se e inspirar o cheiro do seu sexo, revirando os olhos e levando a mão até o próprio falo coberto para se apertar por cima da calça.
ia se condenar mentalmente por estar tão excitada já, mas não teve tempo quando felipe começava a te devorar naquela posição. ele enfiava o rosto entre as suas pernas abocanhando sua buceta e sugando despudorado. lambia animalesco arrastando o músculo quente do grelinho até a entradinha traseira onde forçava para encaixar a ponta e mexer te tirando choramingos sôfregos.
quando você estava toda babada ele se distanciava observando a obra. chutava o próprio jeans para se livrar da roupa e sentava na cama, te trazendo para o colo, com você de costas. o membro duro na cueca te espetava a lombar enquanto ele amassava seus seios e beijava seu pescoço.
— tá vendo, nena? só você me deixa assim duro... não quero mais ninguém. tem que ser você. — sussurrava arrastado na sua orelhinha antes de mordiscar o lóbulo.
descia a mão até sua rachinha e dava tapinhas sobre a púbis melecada, rindo seco atrás de ti notando como você reagia a cada ação. segurou seus quadris e te ergueu o suficiente para que pudesse retirar o membro do aperto e ajeitá-lo na sua entrada. no mesmo instante seus olhos corriam para ver o tamanho avantajado. ele era grosso e a glande estava inchada vazando pré-gozo.
— n-não vai caber. — negou subitamente apertando um dos antebraços do maior tentando se levantar, se frustrando já que com apenas um braço ele te mantinha no lugar.
— lógico que vai. você não entendeu ainda? nós fomos feitos um pro outro... — dizia antes de te deslizar para baixo fazendo o cacete penetrar até o fim.
você puxava o ar com a sensação sufocante. era grande demais, preenchia todos os cantinhos possíveis e alargava suas paredes que se esforçavam para fazê-lo acomodar. sua barriguinha estufava automaticamente e o clitóris ficava todo expostinho por conta da pele esticada enquanto felipe por muito pouco não te partia ao meio. suas perninhas inquietavam e você chorava baixinho com a ardência, pedindo que ele fosse devagar como se recitasse um mantra.
começava te guiando, apertando seu quadril para te fazer subir e descer e soltava a respiração falhadamente "muito apertada, porra...", sussurrava sozinho enquanto te fodia. queria ter um espelho para ver você de frente, mas conseguia imaginar como estava. a cada vez que colocava até o talo um som molhadinho ressoava; era a cabecinha dele beijando o colo do seu útero, te fazendo arrepiar inteira.
ele era paciente, não aumentava o ritmo, mas o seu aperto intenso estava fazendo todo o trabalho para ele, apertando toda a extensão como se quisesse expulsá-lo enquanto você mesma babava e balbuciava algo apoiada no ombro dele.
quando já estava treinadinha, o garoto te deixava subir e descer como queria, cheia de dificuldade já que era empaladinha por ele. sentia-te rebolando e ouvia as lamúrias dizendo que era demais para si.
te puxava para ficar com as costas coladinhas no peitoral e descia os dedos de novo para sua xotinha, massageando em círculos o pontinho que pulsava antes de subir um pouco a mão e pressionar o baixo ventre inchado com ele dentro; sua reação era espernear e colocar a mãozinha pequena sobre a dele.
— assim, hm? olha como você me tem bem, amor... bem fundinho, atolado em você... — a palma botava mais força e você conseguia sentir internamente os centímetros deslizando no vai e vem. — e quando eu gozar você vai ficar toda buchudinha, não vai? vai tomar a minha porra e guardar aqui, sí?
nenhum pensamento coerente se formava no seu consciente mais, nenhuma frase saía, e toda a estimulação fazia seu corpo ficar inflamadinho, cada vez mais perto de gozar.
ele não estava diferente, o membro pulsava, as veias salientes que massageavam sua cavidade nas estocadas denunciavam o quanto ele estava perto latejando de forma dolorosa naquela bucetinha tão justa sua. ficando pertinho do ápice felipe usava as duas mãos para te guiar de novo, ouvindo o plap plap das suas coxas chocando contra o colo dele e o barulhinho encharcado que a mistura da sua lubrificação com a porra dele começavam a fazer.
mas, se segurava, esperando que você arqueasse e desse um gemido alto e penurioso enquanto atingia seu orgasmo para poder se desfazer junto. o leitinho dele te lotando.
pipe arfava com a cabeça apoiada na sua enquanto a boca entreaberta buscava ar para se recuperar e as mãos te percorriam, sentindo todas as curvas e a pele morna e macia abaixo. virava seu rosto e tomava seus lábios outra vez. "te amo, te amo tanto", segredando amolecido.
e de fato amava.
amava loucamente e de uma forma que você nunca poderia compreender por completo. viraria o mundo de cabeça pra baixo por você, moveria mares e montanhas se fosse possível e não deixaria que ninguém te perturbasse, não permitiria que qualquer coisa ou pessoa ficasse no seu caminho e te faria entender que só ele poderia proporcionar aquilo tudo.
e era por isso que você devia amá-lo de volta. além do mais, você já estava ali... não era como se ele fosse te deixar escapar.
#lsdln smut#la sociedad de la nieve#felipe otaño reader#felipe otaño smut#pipe otaño reader#pipe otaño smut#pipe otaño#deus me proteja veyr
155 notes
·
View notes
Note
xexyyyy pode fazer uns headcannons de primeira vez com eles por favor ? 🥺 pode ser só primeira vez com eles ou se possível primeira vez da leitora num geral ass.: uma grande virjona que ama seu trabalho <3
wn: siiiim! <3 espero que você goste - fiz com carinho. ah!!! juntei com mais dois anonimos que pediram primeiras vezes também.
meninos do cast x primeira vez da leitora.
fem!reader headcanon
tw: conteúdo sexual! +18! uso de drogas ilícitas e lícitas.
enzo:
é muito importante pra ele que sua primeira vez seja especial, então vai te convidar pra um date muito romântico antes (talvez um jantar?), te tratar como uma princesa durante toda a noite e só não vai espalhar pétalas na cama porque acha tosco.
extremamente jeitoso e cuidadoso com você.
uma pegada até mesmo didática: te explica direitinho tudo que vai fazer, como vai fazer, onde você pode ter um desconforto, como comunicar esse desconforto.
quer que você fique a vontade, que se sinta bem e que guarde a experiência com carinho.
vai te perguntar o tempo todo se você está bem, se precisa de algo, se quer parar, se quer continuar.
agustin:
acha a primeira transa uma responsabilidade enorme independente do contexto - seja para tirar a virgindade ou não. vai propor um rolê legal, tranquilo, sem maconha mas com álcool e muita conversa. acha intimidade necessário.
não fica retraído e nem nervoso, vai tentar te dar um norte de como ele gosta de ser tocado e de como ele gosta de tocar.
vai te deixar muito a vontade pra seguí-lo ou não, só pede que você se comunique e comunique principalmente qualquer dor.
vai dar uma dica ou outra, principalmente no que se refere a oral.
não é de falar, mas vai comunicar também toda vez que você fizer ele se sentir bem. até gemer ele vai.
fran:
apesar de se sentir muito feliz e extremamente honrado, vai evitar falar muito sobre.
não quer ficar esfregando na sua cara que você é inexperiente, ou tomando um papel de professor, ou assumindo que você não sabe as coisas. sabe que você tem acesso a internet e que você se explora o suficiente, então vai deixando você conduzir.
prefere date em casa, até pra não aumentar a ansiedade.
combina com você safe words, explica um pouquinho sobre o conceito caso você não conheça, e é bem aberto sobre o que ele gosta em relação a kinks.
mesmo que seja sua primeira vez, ele não vai ser vanilla não, viu? vai falar palavrão, te chamar de puta, te dar um tapinha (mais fraco) na bunda.
matias:
primeira vez de cu, é rola.
brincadeirinha - ele sabe que é um momento super especial, mas acha superestimado e vai comentar isso com você.
já se masturbou? já colocou um dedo? então pronto, não é mais virgem e não precisa ficar com toda essa expectativa.
(mesmo que fique com essa pose, ele vai ser muito carinhoso fisicamente e atencioso - tomar cuidado pra não te machucar, não te estimular demais, ir sentindo a sua reação em relação as carícias dele, tudo com muito respeito).
ele vai falar, viu? vai te chamar de virgenzinha, vai perguntar como é ter um pau pela primeira vez dentro da sua buceta, baixar o nível total. e ainda vai gozar rindo.
kuku:
a paciência em pessoa do começo ao fim. sabe que a noite é mais sobre você do que ele, então vai te deixar à vontade pra conduzir tudo da forma como você preferir.
vai fazer um romancezinho sim - te buscar em casa de carro, com buquê de flores, jantar marcado em um restaurante legal, voltar pra casa, taça de vinho. musiquinha, morango, champanhe e tudo.
no entanto, na hora da transa, vai deixar tudo muito íntimo e tranquilo. muito bom humor, sorriso no rosto e uma tranquilidade enorme.
deixa você explorar tudo que quiser do jeito que quiser e tirar todas as suas dúvidas.
será que o canguru perneta de cabeça pra baixo é legal? e lá vai esteban, com um sorriso no rosto, tentar te encaixar na posição.
pipe:
com toda certeza está mais nervoso que você.
fica muito tenso e com muito medo das expectativas - afinal, é sua primeira vez né? ele quer que tudo saia perfeito, não só porque gosta de você, mas porque quer que você goste dele.
vai planejar todo um rolê romântico que vai falhar miseravelmente por conta do nervosismo. mas vai rir, se divertir e tentar deixar pra lá. no final, sabe que o mais importante é fazer você se sentir bem.
se solta na medida que vocês vão começando a se agarrar. as mãos vão ficando mais bobas (suas e dele), os suspiros mais longos, os beijos mais quentes.
goza e corre pra te encher de beijo, perguntando o que você achou, se gostou, se foi ruim, se gozou mesmo. fofo.
#enzo vogrincic#enzo vogrincic x reader#agustin pardella x reader#agustin pardella#fran romero x reader#fran romero#matias recalt#matias recalt x reader#esteban kukuriczka x reader#esteban kukuriczka#pipe otaño#pipe otaño x reader#lsdln cast#lsdln#hc
138 notes
·
View notes
Text
dreams come true | joel 'de volta aos 15' x reader
contexto: a irmã mais nova de camila e fabrício tem uma paixonite secreta por joel, e em uma das festas na república, ela acaba o beijando.
wordcount: 3k tw: menção de álcool
sonhos são apenas uma manifestação do seu inconsciente, desvendando seus maiores medos, desejos e perversões enquanto tudo que você pode fazer é ser um mero espectador. é o que eu sei sobre sonhos.
e já estava mais do que acostumada a ter noites assim, onde tudo o que passa pela minha cabeça durante meu sono inquieto é: joel, o melhor amigo do meu irmão.
mas dessa vez, havia algo diferente, uma sensação tão vivida que eu podia lembrar o gosto amargo da cerveja barata em seu beijo quando sua boca veio de encontro a minha, nos sonhos, é claro. se eu tocar meus lábios consigo ainda experimentar a sensação dos seus. e suas mãos…juro que a pressão de seus dedos em volta de minha cintura pareceu tão real que tenho medo de ter soltado alguns sons enquanto dormia.
apenas quando saio daquele transe adormecido que percebo ao me olhar no espelho, ainda estou com o mesmo vestido da festa de ontem e o gosto amargo de cerveja permeia em minha boca, assim como o borrão do batom vermelho.
e de repente, aquele sonho começa a insinuar na verdade mais uma lembrança. meu deus, eu realmente beijei o joel?
ao meu redor no quarto, anita ainda dorme pacificamente e rafa está laçada nos braços de whisky em um sono profundo demais para perceber que eu estou em absoluto surto no meio do quarto, tentando puxar todas as memórias da noite anterior enquanto meu estômago revira com a súbita realização.
aquilo era completamente normal, não era? todo mundo se pega em festas e a vida segue, mas não quando você, bêbada e passível de dizer atrocidades, beija o cara que tem uma paixonite secreta por anos.
é isso, me trancaria no quarto pelo resto do dia e evitaria a luz do sol tal qual um vampiro debaixo das cobertas, envergonhada demais para lidar com quaisquer que sejam as besteiras ou consequências daquela festa.
e se ele tivesse odiado? e se agora ele me desse um fora? e se ele nem lembrasse? e se de fato, tudo aquilo não passasse de fato de uma projeção no meu sonho e eu estivesse alucinando e nunca mais conseguisse olhar para cara de joel da mesma forma?
tenho que puxar o ar em uma lufada só pra voltar a respirar normalmente até que a linha de raciocínio em minha mente volte a funcionar, mas tudo volta para o jeito que estava me beijando ao som de poker face.
sério, eu estava ferrada. além do beijo, tudo que há em minha mente são borrões embriagados, uma dor de cabeça tremenda e já não me recordo de mais nada.
— amiga, tá tudo bem? — é carol que pergunta, por debaixo da sua cortina da beliche.
ela me olha com uma expressão preocupada, e eu pisco algumas vezes antes de responder.
— tá sim, é só…ressaca. — digo, como se tentasse acreditar em mim mesma e dou um joinha para ela, antes de agarrar minhas coisas no quarto e ir zonza rumo a um banho.
meus pensamentos ruminam a todo momento para aquele acontecimento, e minha barriga gela toda vez que penso no instante que me depararia com ele. quando tiro meu vestido, consigo sentir o cheiro dele impregnado no tecido assim como o odor da bebida, e rio como uma piada de mal gosto comigo mesma. não poderia ter sido tão ruim assim, podia?
sem dúvidas não poderia ter sido tão ruim, constato isso quando vejo a marca avermelhada se tornando roxa no meu pescoço quando prendo o cabelo.
depois do banho, aproveito o raro momento de tranquilidade e silêncio na república. passo meu café, jogo algumas latinhas de cerveja de cima da pia fora, arrumo uma coisa e outra, e vou descansar.
sinto meu celular vibrar quando me jogo no sofá, empurrando os copos vazios de cima do estofado, e desinteressadamente desbloqueio a tela, esperando uma mensagem de meu pai, me desejando um “bom dia” ou algo do tipo, mas então meus olhos quase saltam para fora.
*sms:* joel: ei, você tá melhor? :p
quase cuspo meu gole de café quando leio a notificação, instantaneamente sentindo meu coração acelerar de tal forma que me sinto tonta. bloqueio a tela do celular rapidamente como se dali ele pudesse me ver, e coloco minha xícara dramaticamente de lado, forçando uma calmaria que não me pertencia naquele momento. quando olho para o lado, vejo a república dos meninos através da janela da sala, e num pulo levanto para fechar as cortinas, num ato de completa paranoia.
melhor? como assim, do que eu estaria melhor? eu tive um pt? ah não, me mataria se descobrir que vomitei na sua frente. não respondo a mensagem, na verdade, coloco meu celular bem longe, escolhendo fugir daquela situação, pelo menos por agora, como se ignorar seu sms mudasse o fato que joel mora a uma travessia de distância.
meu plano de fuga estava dando certo. já eram 4 dias desde a festa e joel parecia uma figura quase fantasmagórica, mantida à distância graças à minha meticulosa e detalhada estratégia de evitar qualquer possibilidade de esbarrar com ele, o que me fazia andar pelo menos duas vezes a mais pelo campus em vias alternativas e até mesmo almoçar fora do bandejão. estava suando e me exercitando como nunca, com certeza. até ser, inevitavelmente, confrontada.
— espera aí, onde você vai? — camila segurou meu ombro antes que eu pudesse desviar dela e de dom no corredor, sentido contrário ao bandejão. — não vai almoçar com a gente?
— é que eu preciso resolver um negócio lá na xerox e…— desenrolei a falar, sem pensar muito, tentando soar convincente.
— é, já faz uns 3 dias que você tá resolvendo um negócio lá na xerox. — ela rebateu, soando acusatória. engoli em seco.
— meu deus, você não tá ficando com o cabra, né? — dom arregalou os olhos, parecendo espantado com a própria suposição.
minha irmã reagiu da mesma forma, logo mudando a feição para um sorriso malicioso.
— não! pelo amor, não…— intervi de imediato, balançando a cabeça. abracei com um pouco mais de força os cadernos contra meu peito, morrendo para poder compartilhar o que estava me corroendo a dias. — o cabra até que é gatinho, mas não tem nada a ver…e ele já ficou com metade da faculdade!
meu rosto se contorceu em uma expressão de desgosto, reprovando completamente a ideia. bufei, agora sem mais saída, e puxei camila comigo para o final do corredor.
— é que… — ponderei as palavras antes de dizer, receosa em soar tão idiota quanto estava me sentindo — eu tô fugindo do joel.
— do joel? — camila franziu o cenho, claramente surpresa. — o que ele te fez? mas por que você…
— a gente se beijou na festa e eu tava muito bêbada e agora eu não sei o que fazer — as palavras saíram atropeladas, meu nervosismo se tornando escandaloso — e se o pessoal souber, meu deus, se o fabrício souber...
antes que eu pudesse terminar, minha irmã soltou uma gargalhada.
— cara, todo mundo viu você beijando o joel! — a partir do momento que ela diz essas palavras eu sinto meu rosto absolutamente pegar fogo. — tá de brincadeira? inclusive a hora que…
sua voz parece desaparecer no momento em que meu olhar é magnetizado para atrás dos ombros dela, mais precisamente, para joel que desce a rampa em nossa direção. o mundo ao redor parece entrar em mudo, um mero zunindo no meu ouvido, e em como um filme da sessão da tarde, tudo se move vagarosamente até o garoto estar à nossa frente, olhando em meus olhos, com o cenho franzido. ele com certeza ouviu o que camila estava dizendo e agora podia jurar que seu rosto estava corado como o meu. timing perfeito!
depressa, minha irmã deu um passo para trás, agarrando dom e descendo rampa abaixo para longe de nós, me deixando completamente em choque e desconcertada com aquelas informações, com a pessoa que eu menos tinha coragem de encarar neste momento.
— ahm…— cocei a cabeça, nervosa. minha boca abriu e fechou diversas vezes, mas nada parecia certo a se dizer, e novamente eu era apenas uma pré adolescente na frente do cara que nunca me daria bola.
nos conhecemos desde sempre. crescemos na mesma rua, frequentamos as mesmas festas de família e éramos próximos o suficiente para ter piadas internas e conversar horas a fio sobre música, mas distantes o suficiente para que meus sentimentos ficassem escondidos.
joel sempre seria o engraçadinho, nerd e irresistível melhor amigo do meu irmão, o garoto que eu admirava em silêncio. e, por anos, aquele carinho havia se transformado em algo mais intenso, algo que mal tinha coragem de admitir para mim mesma.
— oi… — ele disse, com a voz tímida e me olhando de um jeito curioso, quase como se ansioso. — vai ficar fugindo de mim mesmo?
uma risada nervosa escapa antes que eu possa processar qualquer coisa, e eu bato no ombro dele de leve, embarcando naquela péssima mentira que tentava desenrolar a dias novamente.
— fugir? como assim? eu não tô fugindo de você, joel. — respondi, com um sorriso que começava a doer minhas bochechas.
— eu posso tá ficando louco mas acabei de ouvir você dizer isso pra camila. — ele refuta de imediato minha alegação, com os olhos semicerrados e uma risadinha sem graça. — você nem respondeu minha mensagem. fiquei preocupado, depois que você bateu a cabeça…
— que? eu bati a cabeça?
joel acenou afirmativamente, o leve rubor se intensificando em suas bochechas enquanto ele coçava a nuca, visivelmente desconfortável. eu, por outro lado, sentia o chão escapar sob meus pés.
— você não lembra? — ele perguntou, a voz suavizando com uma preocupação palpável. joel passou a mão pelos cabelos, um tique nervoso que eu já conhecia muito bem. — a gente tava dançando e…hm, se beijamos. e aí você tropeçou e…
claro que eu tinha caído. não bastava apenas beijar o joel bêbada, eu também tinha que me esborrachar no chão logo depois. perfeito. eu estava paralisada a alguns segundos, notando o padrão de decoração do piso do chão, constrangida demais sobre tudo. por onde começaria?
— olha, sobre… — o mais velho começou a dizer novamente, e eu gelei, pressentindo as próximas palavras que sairiam de sua boca.
ele ia me dizer que o beijo tinha sido um erro, que estava tudo bem, que não significava nada. exatamente como eu temia.
— não precisa... — interrompi rapidamente, levantando a mão, tentando salvar o pouco de dignidade que ainda me restava, se é que havia alguma. — a gente tava bêbado, né? isso acontece, e... e... podemos fingir que nunca aconteceu.
eu estava tentando ser direta e racional, engolindo aqueles sentimentos e matando sufocada a pequena fagulha de esperança de que aquele beijo pudesse ter significado algo a mais para ele também, não poderia ficar me enganando com essa quedinha — paixão — para sempre, mas lá no fundo eu queria tanto que joel me provasse o contrário.
seu olhar baixo me fitou confuso, como se não compreendesse o que eu dizia, como se tentasse juntar palavra por palavra. poderia dizer que até houve um vislumbre de decepção em sua expressão, a qual ele se desfez ligeiramente.
— na verdade, eu ia dizer que não rolou mais nada, sabe…quando eu te levei pra cama. — o garoto disse apressadamente, desviando seus enormes globos castanhos da minha direção. — mas você também não lembra disso, né? eu só fiquei te assistindo, tentando não deixar você dormir na primeira meia hora depois do tombo e…fingir que não aconteceu?
repentinamente, ele repetiu minhas palavras, como se não fizessem o menor sentido, como se estivesse as processando com mais cuidado do que eu havia previsto. ele havia cuidado de mim até dormir, isso ecoa em minha mente como um sino alto e persistente.
um silêncio estranho se instalou entre nós, fazendo cada segundo parecer uma eternidade, os dois desorientados demais para chegar a uma conclusão.
— é... — minha voz saiu baixa e trêmula. eu estava perdendo o controle da situação, e isso me aterrorizava. — sabe, é o que as pessoas fazem nessas situações, né? bebidas, festas... ninguém realmente lembra no dia seguinte.
seus olhos subitamente me encararam com certa determinação, e eu podia sentir a mudança no ar entre nós. joel deu um passo à frente, diminuindo a distância, e de repente, sua presença parecia imensa, quase esmagadora. com o queixo ligeiramente inclinado, ele me olhava com uma intensidade que me desarmava por completo. ele estava ali, tão próximo, tão real, e ao mesmo tempo tão distante de qualquer expectativa que eu pudesse ter.
— mas eu lembro. — suas palavras saíram firmes, diretas, como uma confissão inesperada. — e eu não tô nem um pouco a fim de esquecer.
o calor de meu rosto desceu por todo meu corpo, me esquentando por inteira numa sensação febril. meus músculos não respondiam mais, inúteis como se feitos de gelatina, e eu apenas conseguia observar por baixo dos cílios, incrédula e intimidada com aquela atitude que nunca havia presenciado antes.
— o que? — balbuciei, sentindo minha pressão se desvanecer.
joel deu mais um passo, perigosamente tão perto que eu podia sentir o calor que emanava de seu corpo.
— não foi só a bebida, não foi só o momento. eu te beijei porque eu queria te beijar.
minha mente levou um tempo para processar. a confusão, o medo e o desejo se misturavam em uma tempestade dentro de mim. o que ele dizia não fazia parte do roteiro que eu tinha escrito na minha cabeça. não sabia como reagir sentindo meu coração batendo tão forte contra minhas costelas que temia que ele pudesse ouvir.
— é sério? — o questionei, sentindo a ruga cravar em meio minhas sobrancelhas. o campus parecia vazio agora, como se tudo e todos parassem apenas para aquele minuto. — joel…o que você quer com isso?
eu estava desconfiada, com medo de que fosse abrir os olhos a qualquer momento e descobrir que aquilo também não se passava de outro devaneio. ele tinha um sorrisinho de canto nos lábios, quase tímido, mas como se soubesse de algo que eu não fazia ideia.
delicadamente, joel levou a mecha de cabelo em meu rosto para trás da orelha, roçando seu dedo por minha maçã do rosto. me senti hiperconsciente de sua presença à minha frente, e agora estava tão perto que a frente dos nossos tênis encontravam-se. a corrente de eletricidade que percorria meu corpo agora poderia acender uma cidade inteira, e eu temia que se o tocasse, talvez lhe causasse um choque. mordi os lábios, resistindo em levar meus dedos até seu rosto apertando ainda mais o caderno em meus braços.
— achei que já estivesse óbvio. — o moreno deu de ombros, sustentando seu olhar no meu. apenas notei que estava sem ar quando tive de respirar fundo, ansiosa por seja lá o que estava acontecendo e seu próximo movimento. meu nome soou como mel em sua boca quando ele o disse antes de prosseguir, grudento e doce. — tô querendo dizer que gosto de você, e há um tempão.
cortem as câmeras, apaguem as luzes. isso era uma pegadinha? não, não era. e eu? eu estava parada ali feito uma idiota esperando as palavras surgirem em minha mente, que soassem a altura do que ele estava me dizendo, mas no roteiro original tudo isso acabava em mágoas e um pote de sorvete assistindo uma comédia romântica qualquer.
— e você só me diz isso agora? — é a indignação que toma conta da minha linha de raciocínio, depois de toda aquela tensão. ele me olha surpreso, rindo, quebrando aquela sua pose de sedutor. — e eu tô aqui morrendo de medo de levar um fora. porra, joel!
— isso é um…”bom, eu também gosto de você, maravilhoso e incrível joel”? — ele arqueou uma sobrancelha, a voz carregada de uma provocação leve.
o encaro como se estivesse sendo desafiada, e solto uma lufada de ar. malditos sejam os homens engraçadinhos.
— não, mas isso aqui é — eu digo sem pensar duas vezes, agarrando a gola de sua camisa entre meus dedos e o puxando para um beijo.
nossas bocas se encontram de uma vez, e seus lábios são macios e suaves contra os meus, assim como me lembrava daquela noite, apenas um pouco mais gentis. joel parece surpreso de início, mas logo uma de suas mãos faz seu percurso até meu quadril e a outra afaga meu rosto, removendo qualquer vestígio de confusão em minha mente, e eu me entrego a sensação, deixando meu caderno cair entre nós. joel faz menção de abaixar para pegar, mas eu envolvo seus ombros em meus braços, o segurando ali, lhe fazendo sorrir bobo contra meus lábios. havia esperado tanto, tanto tempo para isso.
o gosto de cerveja amarga de antes agora dá lugar ao hálito agradável com sabor de fresh drops de melão, e é um beijo tão gostoso e doce quanto a bala que joel tinha sempre na boca. eu me pego rendida a suas mãos e o jeitinho que sabe me segurar tão bem, movendo o rosto e explorando o beijo com tanta confiança e desejo que quase me sinto entorpecida, me detendo em suspirar seu nome entre seus lábios.
respirávamos ofegantes um contra o outro, as testas coladas, recuperando o ar quando se fez necessário. me sentia tonta, um misto de alívio e euforia me dominando, tão apaziguada quanto joel parecia, com o olhar sereno e perdido, percorrendo todo meu rosto. foi como acordar de um sono logo, sentia meus olhos pesados, a mente em névoas e completamente revigorada.
— e o que que a gente faz agora? — foi a primeira coisa que ele me disse, com os lábios rosados e o peito descendo e subindo acelerado.
um sorriso escapuliu dos meus lábios, acompanhado por uma risadinha baixa, carregada de expectativa pela ideia que fervia na minha mente. levo minha mão a sua, entrelaçando nossos dedos e deixo um selinho em seus lábios, carinhosamente.
olho para um lado e o outro no corredor, notando agora as pouquíssimas pessoas a passarem ali, rumo ao bandejão, e sem perder o calor do momento, não hesito em o puxar comigo em direção a uma das salas vazias no corredor.
— a gente descobre.
estou completamente apaixonada pelo joel e vocês vão ter que se apaixonar por este homem nerdola engraçadinho também!
me arriscando com personagem novo por aqui! espero que tenham gostado <3
27 notes
·
View notes
Text
↝ I cannot bear my sorrow, I hate who I was before and fear I won't live to see the day tomorrow, someone tell me if this is hell? p.o.v. achlys
@silencehq trilha sonorahow can i escape this endless labyrinth of suffering?tw: ptsd/tept, flashbacks, luto, perda, morte.
A noite era um inimigo íntimo de Achlys, um tempo que ele preferia evitar, mas que inevitavelmente o alcançava. O vazio do teto acima dele parecia refletir o abismo que sentia por dentro. Mesmo estando sóbrio, ajudando no acampamento, e treinando até a exaustão, a dor persistia. Ela se infiltrava em seus pensamentos, corroendo-o de dentro para fora.
O álcool era uma antiga companheira, uma fuga temporária que ele conhecia bem, mas sabia que nunca seria suficiente para escapar verdadeiramente. O alívio que trazia era fugaz, e quando a embriaguez passava, a dor parecia ainda mais afiada.
Fechando os olhos, ele não encontrava a paz, mas sim o rosto de Penny, uma lembrança que se recusava a desvanecer. Mais de uma década havia se passado, mas os detalhes permaneciam tão vívidos quanto antes. Penny, a filha de Afrodite, era a única que conhecera o verdadeiro Achlys, o garoto que escondia seu maior segredo, aquele que cometera atos impensáveis para salvar sua mãe. E, ao contrário do que ele sempre temeu, ela não o rejeitou. Ao contrário, ela o acolheu.
A lembrança de seus braços ao redor dele, das mãos dela acariciando seu rosto, e daquelas palavras simples, mas devastadoras, "você é bom, Achlys, eu sei que é" o assombravam. Nunca antes alguém o fizera sentir-se digno, e aquela aceitação foi tanto um bálsamo quanto uma maldição. Penny o conheceu, o viu por inteiro, e mesmo assim o aceitou, o que só tornava a perda mais dolorosa.
Ele sentia falta dela, da forma como os cabelos loiros e indomáveis emolduravam o rosto, dos olhos expressivos escondidos atrás dos óculos, da risada que iluminava até os dias mais sombrios, e dos beijos que carregavam uma ternura que ele nunca mais encontrou. Achlys olhava para as próprias mãos, que tremiam ligeiramente. Como podia ele, acabar destruindo tudo e todos que amava?
In a little while i'll be gone, the moment's already passed, yeah, it's gone and I'm not here.
A culpa e a dor eram companhias constantes para Achlys, sombras que se arrastavam com ele em cada passo. Enquanto estava sentado na cama do chalé, o desespero o tomou por completo, o choro silencioso escapando sem permissão. Seu pé batia nervosamente no chão, uma tentativa inútil de manter o controle sobre uma mente que estava à beira do colapso. A visão turva o levava de volta ao passado, para o dia em que o destino, cruel e impiedoso, arrancou Penny de sua vida de forma brutal.
As palavras que ecoavam em sua mente eram uma maldição. "Eu te amo." Penny morreu logo após dizê-las, e ele, em sua própria loucura, professou seu amor para um corpo sem vida. Aquele dia o havia marcado de forma irreparável, e desde então, as palavras que uma vez carregavam tanto significado foram pronunciadas apenas uma vez mais, para outra pessoa. Mas a culpa, como um parasita, não o deixava esquecer que foi sua própria incapacidade de controlar seus poderes que levou à morte de Penny.
Achlys havia tentado explicar a Quíron o que aconteceu, mas como poderia? Como poderia descrever o horror de sentir a vida da mulher ser drenada pelas próprias mãos, mesmo que acidentalmente? Ele havia tirado a vida de alguém que amava, e isso o perseguiria até o dia de sua morte. Cada vez que tentava se convencer de que poderia ser bom, de que poderia ser diferente, a realidade o lembrava de que ele era um ceifador, que trazia morte onde quer que fosse.
A respiração acelerada, o peito ardendo em dor, eram sensações familiares. Mas o que realmente o aterrorizava era o inevitável retorno àquela noite, quando ele segurou o corpo sem vida de Penny e soluçou em desespero. A lembrança era tão vívida que, por um momento, ele quase acreditava que estava vivendo tudo novamente. Foi Aleksei, seu melhor amigo, que o trouxe de volta à realidade naquele dia. Mas Achlys se perguntava se Aleksei o via como o monstro que ele acreditava ser. Anne, sua mãe, sempre dizia que ele era igual ao pai, e ele começava a acreditar nisso. Talvez sua sina fosse realmente a destruição, a morte.
Tentou trabalhar na respiração, contando de um a dez e de dez a zero, mas nada parecia funcionar. O rosto molhado pelas lágrimas era um lembrete da dor que ele carregava. Sentia-se impotente, preso em um ciclo de autossabotagem do qual não conseguia escapar. O peso da maldição de Afrodite, que parecia apenas confirmar o que ele sempre soube no fundo: seu amor era amaldiçoado, e ele estava condenado a trazer destruição para aqueles que se aproximavam.
Em um esforço desesperado para escapar daquela dor, Achlys decidiu fazer alguns push-ups. Precisava sentir algo, qualquer coisa, que não fosse aquela angústia sufocante. Cada movimento era uma tentativa de focar em algo físico, algo que ele pudesse controlar, algo que não o lembrasse do monstro que acreditava ser. Enquanto seus músculos queimavam com o esforço, ele se concentrava na dor física, uma bem-vinda distração do caos que se desenrolava em sua mente. Mas, mesmo enquanto fazia isso, sabia que a dor emocional estava apenas temporariamente adormecida, pronta para ressurgir assim que ele parasse.
#parece que eu escrevi um monte de coisa desnecessária mas vai ser necessário pra entender a task 3 dele#pov.#quantos mais povs eu consigo escrever até eu deixar ele lelé da cuca?
16 notes
·
View notes
Text
jaemin!vampiro
tw: linguagem inapropriada, dirty talk (bem leve), menção a sangue, menção a assassinato, nana louco e meio psicótico porque eu tô assim dazidéia
sinopse: você só nota que se encantou com a pessoa errada quando é tarde de mais.
🕸️Espero que você tenha a pior leitura de toda sua vida!🕸️ 1,1 k de palavras
𝐋𝐨𝐬t 𝐈𝐧 𝐂𝐡𝐚𝐫𝐦𝐬
Podia dizer que a boate se encontrava cheia, não tanto como as outras da cidade, mas mesmo assim não podia negar que tinha bastante gente alí dentro.
Umas amigas haviam a chamado para se divertir um pouco depois da semana de provas que acabara de acontecer na faculdade.
Foi em busca de uma bebida, tentou andar até o bar em busca de algo gelado para relaxá-la mais na noite descontraída.
E no meio desse monte de pessoas dançando, cantando, bebendo e fumando loucamente, você trombou nele.
Sim, de todas as pessoas, seus ombros tocaram agressivamente os do Na.
Pediu desculpas e seguiria em frente se não fosse os olhos de certa forma hipnotizantes, que estranhamente te deixaram com a sensação que deveria ficar ali ao lado dele, o observando e apreciando a beleza tão diferente em meio aos rostos ocidentais.
O sorriso que crescia dos lábios grandes e brilhantes era lindo e você gostou de ser a razão daquele sorriso.
Um "precisa de ajuda, princesa?" E você quase — pois as mãos dele te rodearam a tempo — se desmanchou no chão. Pensou que fosse o álcool mas nem havia bebido assim, estava se sentindo completamente "sã" antes de olhar para o homem em sua frente.
Suas mãos fortes segurando em sua cintura, você se sentindo tonta pelo aperto e ele satisfeito com seu cheiro.
Pela aproximação ele sentia seu cheiro super forte, o perfume que transmitia elegância e poder ao mesmo tempo havia o deixado atordoado.
Mas o que ele realmente havia amado era seu cheiro, não o do perfume, o da sua pele.
Ele passou o nariz pela região, esfregou e inspirou seu aroma narina a dentro.
Você quase derreteu com a ação, ficou perdidinha.
"Você é tão cheirosa, amor." Você se arrepiou e ele riu levemente.
O som alto da música parecia desaparecer de seus ouvidos, sua respiração ficava acelerada assim como os batimentos de seu coração.
Jaemin notava tudo isso, achava engraçado como seu coração estava rápido até de mais por um 'simples' elogio.
"Posso saber seu nome?"
Você ainda meio receosa, decidiu lhe dizer o seu nome, não teria mal nenhum, certo?
Você ficou quieta em seguida, esperando que ele dissesse o nome dele também.
"Na Jaemin."
Ele deslizou e apertou mais as mãos em sua cintura e você enlouqueceu de vez. Não se controlou e o Na pôde jurar que não se controlaria também quando ouviu o leve gemido que saiu soltinho de seus lábios.
"Posso te beijar, princesa?" Ele soltou charminho, e quando ouviu um "Deve" certeiro saindo da sua boca carnuda e brilhante, ele não perdeu tempo e atacou seus beiços em um beijo lento, sentia sua língua tocando na dele, as mãos que passeavam pelo seu corpo. Não quis apenas ficar parada, pousou as suas mãos na cintura dele e deu um puxão de leve, pelo ato repentino Jaemin ficou surpreso, porém, derreteu com a ação. Ele separou o beijo, olhando em seus olhos, de seguida no beiço inchadinho e vermelho. Voltou a te beijar, agora um pouco mais desesperado.
Começava a ficar frustrada, nem conhecia ele, mas o queria mais que tudo naquele momento e sabia que não o poderia ter naquele local.
"Vamos para algum lugar sem pessoas."
E ele sorriu, vitorioso.
"Precisa que alguém soque nessa bucetinha logo, não é, meu amor?" Você sentiu suas bochechas esquentarem fortemente e sentiu Jaemin te tirando do local gentilmente.
É...
Você certamente não pensava que estaria na situação de agora.
Você sentia seus cabelos entrarem no meio da sua visão e se desesperava a cada segundo que passava, seus passos pareciam ficar mais embolados cada vez que os tentava acelerar. A figura atrás de ti continuava te perseguindo, se saboreando de tamanho medo e insegurança.
Você chorava, implorava para que ele parasse.
Porque aceitou sair com um total estranho?
"Ah princesa... Você não precisa ficar com medo, eu só preciso de um pouco de sangue, meu amor."
"Para de me chamar assim!" Você dava tudo de si para gritar o mais alto possível, mas as lágrimas e soluços impediam isso de acontecer. Jaemin sorria grande, se sentia quase cheio de tanta angústia que você soltava. Sua imagem, sua voz, repletos de desespero.
Ele amava isso.
Você tropeçou quando acelerou mais os passos, caiu torcendo o tornozelo. Gritou pela dor e pelo sufoco de saber que ele se aproximava cada vez mais.
"Ah, querida... Você se machucou?" A voz carregada de ironia chegava a te irritar. "Vem aqui p'ro Nana cuidar de você, vem."
"Sai de perto de mim!" Você gritou mais alto, tentou despistar ele que caminhava em passos lentos enquanto você corria. Virou no meio do passeio entrando num beco comprido, andou entre o local escuro, tentou achar uma saída. Sem sucesso.
Era um beco sem saída.
"Não... Não, não, não, NÃO!" Olhou em volta, procurou uma saída, tinha que ter uma!
Mas a única coisa que encontrou foi Jaemin encostado na parede do beco escuro e frio.
Quis chorar mais, quis gritar como nunca antes. Lembrava-se de todas as vezes que ouviu de sua mãe como não confiar em estranhos quando criança, ou quando via filmes, desenhos e livros que tentavam transmitir essa mensagem.
Como era burra.
"Parece que você realmente não tem como fugir de mim, não é mesmo, princesa?"
Você o olhou com medo, raiva.
"Hum... Não vai me responder, amor?" E o silêncio de sua parte permanece. "Que rude da sua parte."
Ele se aproximou e você encolheu na parede gelada. Não tinha mais o que fazer.
"Você... Vai me matar?"
Ele sorriu e soltou um leve ar pelo nariz.
Ele observou bem seus olhinhos inchados, o nariz vermelhinho pelo choro e também pelo frio. Ele tocou rapidamente na ponta do seu nariz com o indicador.
"Plim!" Ele se inclinou em sua direção, agachando um pouco a cabeça pela diferença de tamanho. "É claro que vou meu amor, como te deixaria viva depois de saber que você está assim tristonha por minha causa?"
Você chorou mais, e mais.
Não estava preparada para morrer tão jovem.
Iria até tentar implorar por sua vida, mas os caninos afiados já haviam drenado maior parte do seu corpo.
No dia seguinte você já se dava como desaparecida. Seus amigos e familiares preocupados pelo sumiço repentino.
Na observava a televisão com certo interesse, vendo a cara dos policiais dizendo como estavam confusos pois não havia nenhuma prova, nenhuma pista deixada para trás.
Jaemin segurava seu anel dado por sua mãe nas mãos e se recordava do sabor do seu sangue fresco descendo pela garganta.
Ele olhou para o lado, vendo seu cadáver ali, na grande caixa transparente.
Via seus lábios sem cor, sua pele pálida, e reparava como você foi feita para estar alí, com ele.
Afinal, desde que ele pousou os olhos sobre você quando estava na cafetaria comprando um frapuccino, a umas semanas atrás, ele sabia que te queria para ele e só ele. Desde esse dia ele sabia que ele seria a causa da sua morte.
E então ele sorriu bem abertamente, reparando em como você era perfeita.
Mesmo quando estava completamente sem vida.
Você era a certa para estar junto de Na Jaemin.
#nct#nct dream#na jaemin#jaemin x reader#horror fiction#hallowen#vampire fiction#fem reader#sexybombom
44 notes
·
View notes
Text
in a world of boys, he's a gentleman
francisco romero x leitora
tw: álcool e beijocas
"mas isso é uma coisa meio idiota, não?"
Rulia disse e você apenas concordou com a cabeça antes de beber mais um gole do drink. aquele era o quarto puxão de orelha que você recebia de uma de suas amigas sobre ter tido uma recaída com seu ex-namorado na semana passada.
elas queriam o seu bem, lógico, mas por mais sensatas e solicidas que elas fossem jamais poderiam entender como era se desfazer de um relacionamento longo em um país estrangeiro. seu ex-namorado era o último pedaço do brasil que você havia trazido consigo, e por mais babaca que ele fosse, ainda era sua melhor lembrança de casa.
"vamos, acho que você já entendeu a mensagem" francisco falou te puxando para fora da mesa. o bar estava lotado naquela noite, tão cheio que os garçons tiveram que colocar mesas extras na calçada numa tentativa de acomodar a demanda de pessoas que estavam por ali.
"não precisa levar elas tão a sério. ela não sabem pelo o que você está passando." ele puxou um cigarro de dentro do bolso. fran estava parecendo algum dos bêbados que você encontra em qualquer boteco no brasil com aquele maço de cigarro no bolso da camisa. isso te fez rir, o primeiro sorriso real dos últimos quarenta minutos.
"quer?"
você torceu o nariz. odiava o cheiro de nicotina mas a forma com que fran tragava a fumaça fazia aquilo parecer a melhor coisa do mundo. devagar você tocou os dedos na a ponta do cigarro, equilibrando ele nos lábios posteriormente. fran sacou do bolso mais um cigarro e um isqueiro, ele aproximou-se do seu rosto calmamente, riscando a pederneira fazendo a chama subir, assim acendendo o seu cigarro e o dele.
na primeira tragada você já de arrependeu. sua garganta ardia e seu pulmão parecia estar queimando. ele riu da sua cara quando você teve mais um ataque de tosse depois de tragar.
"acho melhor você parar ou seu pulmão vai sair do lugar." vocês riram brevemente e você deu mais uma tragada feia antes de jogar o cigarro na calçada e pisotear.
"acho que preciso de um copo de água" você falou depois de tossir "tipo, agora mesmo. vou em casa e já volto".
você não esperou uma resposta de fran antes de sair de perto da muvuca. o bar ficava a menos de vinte passos do seu prédio.
no elevador, vendo o estado da sua maquiagem, o jeito que seu cabelo estava fedendo a nicotina, trident de melancia e maconha e em como aquelas botas de cowboy não tinham absolutamente nada a ver com o vestido branco que você usava, a vontade de descer de volta para o bar diminuiu drasticamente.
depois de beber um copo de água você foi para o banheiro, sentia que iria vomitar todos os seus órgãos a qualquer instante. você se sentou no chão ao lado da privada e ficou ali por um tempo. tudo que você mais queria era tomar um banho e cair na cama, e quem sabe, amanhã esse sentimento de melancolia terá sumido.
não sabe-se ao certo por quanto tempo você ficou ali, mas você voltou a si quando ouviu a voz de fran chamando seu nome.
"aqui" você respondeu.
quando ele chegou na porta do banheiro não conseguiu segurar a risada ao ver seu estado, muito deplorável diga-se de passagem.
"você tá péssima" ele riu.
"no elevador tinha espelho" você retrucou rindo "caso você não tenha percebido."
ele estendeu a mão mas você simplesmente fez que não com a cabeça.
"acho que nem um guindaste me tira daqui hoje".
fran revirou os olhos e te puxou pelos braços, te colocando de pé, mesmo que você estivesse cambaleando feito uma gelatina.
francisco colocou um dos seus braços sobre o ombro dele e pela bruta diferença de altura de vocês dois, a curta caminhada do banheiro até o quarto foi mais difícil e desengonçada do que deveria.
ele te soltou na cama e você caiu pra trás. olhando para o teto você sentia o mundo a sua volta rodar.
"se você for morrer me avisa pra eu sair daqui antes." fran disse sentando ao seu lado na cama.
"muito cavalheiro da sua parte francisco romero"
francisco romero.
falar o nome dele sempre deixava um quê açucarado na sua boca. eram o tipo de palavra que você particularmente gostava de dizer em voz alta, mesmo sem saber ao certo o motivo.
"eu não te deixaria nem se você pedisse"
nesse momento você, que estava de olhos fechados sentindo as ondulações do álcool no seu cérebro, abriu os olhos abruptamente. você se sentou na cama, mesmo com o peso do seu corpo parecer ter triplicado.
seu olhos fitaram os dele, você estava esperando ele rir, como sempre fazia quando falava esse tipo de coisa, mas o riso nunca veio. fran estava sério.
você viu o rosto dele ficando maior conforme ele foi se aproximando do seu, e aquele momento rolou em câmeras lenta enquanto um verdadeiro turbilhão de pensamento passavam pela sua cabeça, mas você simplesmente deixou eles de lado e inclinou-se para frente, extinguindo qualquer espaço entre vocês.
o beijo dele tinha gosto de cigarro e cerveja barata, mas não era ruim, justamente pelo contrário. era maravilhoso.
o selinho virou um beijo sem língua que evoluiu para uma pegação fervorosa entre vocês. e, em algum momento dela você foi tombada de volta na cama, com fran em cima do seu corpo, beijando a sua boca como se a vida dele dependesse disso.
os beijos foram desceram pelo seu pescoço, te fazendo rir baixinho contra o cabelo dele quando fran mordiscava a pele sensível daquela área, mas não demorava muito pra te fazer voltar a ficar o ofegante quando ele apertava a sua cintura.
"por favor" você pediu quando ele fez a primeira menção de se afastar. seus dedos se entrelaçaram entre o cabelo dele, o puxando para perto.
ele voltava a te beijar mas logo depois se afastava de novo.
"você tá muito bêbada pra isso" ele disse encostando a testa na sua. "outra hora, ok?"
"mas eu te quero" a sua voz saiu mansa feito a de uma criança pedindo doce. fran novamente riu do seu estado de carência, beijando seus lábios e mais uma vez se afastando. e dessa vez saindo da cama e te olhando no colchão.
"se você me quer agora, também vai me querer outra hora."
dito isso ele saiu do apartamento, com a promessa de dizer para sua amigas que você não estava se sentindo bem e que sua noite tinha acabado ali.
#fran romero x reader#francisco romero smut#la sociedad de la nieve#lsdln#imagina#fanfic#francisco romero#francisco romero x reader#fran romero#fran romero smut
36 notes
·
View notes
Text
VICTORIA PEDRETTI? não! é apenas NICOLA RUBY HARLAND, ela é filha de MELINOE do chalé 27 e tem 26 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL I por estar no acampamento há TREZE ANOS (não consecutivos), sabia? e se lá estiver certo, NIKA é bastante CARISMÁTICA mas também dizem que ela é AUTODESTRUTIVA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA:
tw: álcool, vício em drogas e tortura psicológica (apenas menção)
Agatha Harland, conhecida como Sense Agatha, é uma renomada médium e clarividente. Ganhou notoriedade em 1975, através de aparições frequentes em programas de televisão e rádio, onde oferecia consultas espirituais e previsões. Sua fama aumentou com a publicação de vários livros sobre espiritualidade e mediunidade, combinando sua personalidade carismática e habilidades sensoriais. Além das consultas privadas, Agatha realiza shows ao vivo, workshops, seminários e, nos tempos atuais, vídeos na internet e entrevistas em podcasts, consolidando-se como uma figura proeminente no cenário espiritual. No entanto, a mulher não passava de uma charlatã com muita lábia.
Seu filho, Vincent Harland, era fascinado por espíritos e fenômenos paranormais. Paralelo à sua carreira de escritor, ele liderava um negócio de caçadores de fantasmas. Durante uma investigação em uma cidade pequena e repleta de lendas urbanas, Vincent conheceu a deusa Melinoe, que se disfarçou de Melina, uma mulher misteriosa com grande interesse e conhecimento pelo oculto. Eles rapidamente desenvolveram um forte vínculo, tanto pelo interesse comum no sobrenatural quanto pela crescente atração mútua. Melinoe admirava a paixão e a curiosidade dele, enquanto Vincent se encantava pela sabedoria e o mistério que Melina trazia. Depois de algum tempo juntos, Melinoe sentiu que podia confiar nele e revelou sua verdadeira identidade como a deusa dos fantasmas. Inicialmente chocado, Vincent acabou aceitando a verdade, fascinado pela ideia de ter um relacionamento com uma deusa. Dessa união nasceu Nicola, uma criança que ele esperava que herdasse os dons especiais de sua mãe divina para ajudar nos negócios da família.
Nicola cresceu em uma família obcecada pelo sobrenatural. Quando a menina tinha cinco anos e ainda não apresentava habilidades, seu pai tentou despertar seus dons paranormais de maneiras extremas. Inspirado por métodos cruéis, ele a submetia a situações assustadoras, como trancá-la em lugares escuros e isolados ou deixá-la sozinha à noite em um cemitério, na esperança de que o medo ativasse seus poderes.
Após um ano de ameaças e torturas, aos seis anos, Nika finalmente começou a ver espíritos. Inicialmente, era uma experiência tranquila; ela conversava com parentes falecidos e ajudava a avó a atender clientes, conectando-os com entes queridos mortos. Nika gostava de ajudar as pessoas com seu dom, sentindo uma profunda satisfação ao proporcionar conforto às famílias enlutadas. Sentia uma presença constante de espíritos, mesmo quando não podia vê-los ou ouvi-los.
Com o tempo, os espíritos começaram a aparecer sem serem chamados, perturbando Nicola em todos os lugares: na escola, no parque, no dentista, e na casa de colegas. Ela os via ou ouvia o tempo inteiro. Espíritos malignos começaram a persegui-la, especialmente à noite e na escola, deixando-a aterrorizada. Quando tentou falar com seu pai e sua avó sobre isso, ambos desconsideraram seus medos, dizendo que ela precisava lidar com seu dom. Aos onze anos, um colega de classe ofereceu drogas e álcool a ela, acreditando que aquilo poderia inibir as visões e vozes. E funcionou, levando-a a usar substâncias com frequência.
Aos treze anos, Nika estava profundamente envolvida com drogas e álcool, incapaz de ajudar na atividade da família. Seu pai e avó a culpavam pelo declínio dos negócios. Desesperada, foi levada ao Acampamento Meio-Sangue por um sátiro enviado pela própria Melinoe, após perceber a situação de vício da filha. No acampamento, encontrou um lugar seguro para recomeçar e se recuperar.
Adaptar-se ao acampamento foi um desafio, especialmente devido ao seu vício. No primeiro ano, passou por tratamentos com poções e visitas aos curandeiros. Embora tentasse aprender a controlar seus poderes, os espíritos malignos continuavam a atormentá-la. Assim, aos catorze anos, Nika começou a fugir do acampamento para conseguir drogas novamente, tentando inibir o contato com os espíritos perturbadores.
Dos treze aos dezoito anos, Nika dividiu seu tempo entre treinar no acampamento para aperfeiçoar e controlar seus poderes e fugir do local para buscar alívio nos entorpecentes. Por nunca conseguir dar continuidade ao treinamento, nunca havia sido enviada em nenhuma missão e também não havia avançado além do nível um de treinamento. Numa dessas escapadas, recebeu o chamado de Dionísio para retornar ao acampamento, onde agora está presa pela barreira invisível e forçada a lutar contra seus vícios e usar suas habilidades para ajudar na nova ameaça que todos enfrentam.
PODERES: Necromancia
A filha de Melinoe possui o poder da necromancia, permitindo-lhe invocar e comunicar-se com espíritos. No entanto, esses poderes têm limitações, como energia e tempo limitados, e requerem alta concentração. Além disso, seu uso frequente pode levar a exaustão física e mental, envelhecimento prematuro, perturbações psicológicas, emissão de auras de frio e cicatrizes espirituais, que podem atrair espíritos inquietos.
Seu poder fica mais eficaz em lugares que possuam ligação com a morte, como campos de batalhas, cemitérios ou lugares onde muitas pessoas morreram.
HABILIDADES:
força sobre-humana & previsão.
ARMA:
"Tenebra": uma foice forjada em ferro estígio, com aparência de um metal negro brilhante. Sua lâmina é longa e curva, com um brilho sombrio, parecendo ser imbuída com as energias do submundo. O cabo é adornado com runas antigas que brilham em um tom espectral, reagindo ao toque de Nika. A extremidade do cabo possui uma pequena caveira que parece seguir os movimentos de quem a empunha com seus olhos vazios. Quando não está em uso, Tenebra se transforma em um anel de prata com uma pequena caveira na frente. Para invocá-la, a semideusa precisa apenas sussurrar "Veni" e o anel se transforma instantaneamente na foice. Para revertê-la ao anel, basta dizer "Abdico".
MALDIÇÃO OU BENÇÃO:
Não.
ATIVIDADES
membro da equipe azul de canoagem
membro da equipe azul de esgrima
11 notes
·
View notes
Text
O declínio de uma mente exausta
⚠️Tw: descrição de gore (nada pesado ou gráfico)
Dia 1
—Que dia é o hoje? Nem sequer sei. Tudo é tão igual, nada muda, não importa meus (poucos) esforços. Sinto que mesmo que saia para caminhar, se troco o caminho, se experimento algo novo. Nada muda.
Dia 2
—Mais uma vez, de novo e de novo, mas nada realmente "de novo", nada interessante, só uma constante rotina cansativa e desesperadora, sufocante. Espero que um dia passe.
Dia 4
—Ontem não existi. Mal saí do meu quarto sequer. Recusei convites de pessoas que convivo com, para "reuniões mais alegres que o normal", como carinhosamente apelidei.
Dia 7
—Que resto de semana patético, igual e tediante. Nada de interessante que se mencionar. Nada mesmo.
Dia 9
—Hoje algo estranho aconteceu, como de costume, mudei meu caminho, e enquanto passava por um bosque que nunca tinha ido antes, ou pelo menos não me lembro de ter ido, uma senhora me parou e me disse "você parece tão exausto, jovem, previsa de algo para te revitalizar! Porquê não pega este colar? Seu cordão é de um material resistente, é ajustável. Seu pingente, feito de ferro e banhado em verniz, para não oxidar, eu mesma o moldei."
—Aceitei o colar, sei que é uma decisão nada lógica, contraditória e estúpida. Mas já fiz tantas dessas decisões, que me convenci de que nada irá mudar minha vida monótona.
—Mas ainda sim, ainda segyindo o caminho, enviei uma mensagem para uma das pessoas com quem convivo, expliquei toda a situação, e perguntei se haveria algum problema vestir o colar. A resposta foi que não haveria problemas, não parecia haver nada de errado com ele, então, o coloquei. Ajustei-o para como melhor me cabia, e segui, novamente, meu caminho.
—Agora já estou em casa, por isso relato o acontecimento, nada de diferente me aconteceu até então, depois que vesti o colar. Atualizarei caso algo mude.
Dia 10
—Hoje acordei com uma leve coceira no pescoço, não me perturbou o resto do dia. Não é algo que pareça valer a pena comentar, mas a questão é que nunca sinto coceira, em lugar algum, uma condição médica de algum tipo. Essa mudança no habitual me intrigou, mas nada de diferente aconteceu o resto do dia todo.
Dia 11 - Narrador terceira pessoa
Um novo dia, nada novo, a princípio. Mas assim que se lê a nota da cama, a coceira no pescoço, se olhando no espelho, o pescoço vermelho, com marcas de coceira, e para ainda estar vermelho, sao recentes, mas não as que acabará de fazer. A preocupação te leva ao médico, que analisa, e, devido a condição médica previamente mencionada, define que mais alguns exames são necessários, felizmente, todos podem ser realizados hoje.
A mudança total no dia de hoje assusta, nada de diferente parece ter acontecido há anos.
Os exames não chegam a resultados claros. O médico diz que a condição pode apenas ter perdido seu efeito, poucos casos disso foram relatados, mas já aconteceram previamente. Isso alivia um pouco a preocupação, mas não totalmente.
A coceira, se manteve ao longo do dia. Não tão forte, mas definitivamente irritante. Não atualizou hoje, não teve tempo, depois dos exames, chegou em casa e dormiu.
Dia 13
—A coceira ficou pior, nada parece funcionar. Passei álcool, cremes, hidratantes, nada. Fui a médicos, ninguém sabe explicar, nada parece funcionar.
Dia 15
—Coceira. Toda hora. Rotina. Coceira. Nada muda. Agora tudo é coceira. Pescoço em carne viva. Coceira.
Dia 16
—Dor. Sangue. Coceira. Rotina. Nada ajuda. Médicos inúteis. Nada funciona. Arranquei colar. Não parou. Velha estúpida. Maldição.
Dia 20
—Como ainda vivo. Carne viva. Tudo vermelho. A coceira que não para. NÃO AGUENTO MAIS.
Dia 23
—ACABE COM A DOR. NADA ADIANTA. COÇAR. COCEIRA. SANGUE. CARNE VIVA. MALDIÇÃO. COLAR Ì̴̷̴̵̷̸̶̸̢̧̭̼̘̜̗͚͔̗̣̞̜̑̐̈́͋͐̀̃̌̂̏̄̿̄͜͝͠ͅN̴̸̸̶̴̸̸͔͈̞̤̺̠̗͍͈̤̬͚̘͇͕̤̄̂̾̉́̋̋͌͊̓̐́̈́͑̄͜F̶̷̷̴̵̷̸̵̷̢̡̛̳̟̩̰͖̬̰͓̩͚͍̹͙͖̹̜̥̤̊͐̂́̓͐͛͋̑͛̍͂̀̌͘͝Ȅ̸̷̴̴̸̸̶̢̢̮̬͎̭̻̱̫̭̮͈̋̉͗̾̀̌͘͝ͅŔ̷̷̷̸̸̵̷̨̭̳̼̪̦̪̻̪̘͙̟̩̍́̌͌̏̈́̊̔͊̇̌́͜N̸̷̴̴̴̸̸̶̶̸̸͚͙̥̩̘̼̖̯̘͎͈͇͇̘̪̭͕͇͊̽̒͐̉̿̐̈̊̀̍͆̀̿͋̊̾̇̏̓̀̾̕͜͝A̸̵̶̸̷̷̛͓̬̜̱͚͓̦̮͔̳͛̎̋͑̓͗͆͆͌͘̚̚L̷̵̵̶̸̴̴̸̨̢̝̻̻̟̳̯̭̫̱̦̘͚͖̹͕̺̓̔̓͋͊̀̈͆̑̅͗͒͗̎̏̅̿
Dia ??? - Notícia
"Hoje pela manhã, foi encontrado um corpo com o pescoço em carne viva, em uma casa, no bairro xxxxx, a autópsia concluiu que o pescoço foi coçado inúmeras vezes com uma agressividade impensável. É possível ver sangue seco e pequenos pedaços grudados a parte de baixo da unha. Os vizinhos relatam que a vítima não saia de casa havia dias, mas não notaram ninguém novo saindo ou entrando, disseram que a rotina do indivíduo era extremamente repetitiva, e não parecia haver esperança de mudança, mas quando não saia mais de casa, os vizinhos começaram a suspeitar que algo havia acontecido. Junto do corpo, havia um bilhete com algo escrito, pouco do que era legível dizia: "V LHA. MA IÇÃ , COLAR. COCEI ". Por enquanto, essas são todas as informações que possuímos, caso haja alguma nova atualização no caso. Atualizaremos em nosso site!
Eu sou Jaine Lides, e esse foi Jornal do Hoje."
Dia ??? - Narrador??
—E no fim, a mudança foi o fim. A morte e o desespero. Quando algo "de novo" aconteceu, nada aconteceu de novo.
--------
Oi! Me chamo Kai! Escrevo por diversão, e posto raramente! Se você leu até aqui, gostaria de agradecer pela sua atenção! Se puder curtir e reblogar o post, me ajuda muito! Espero que tenha gostado!
#history#fantasy#horror#short history#one shot#creative writing#writing#writers on tumblr#pt br#escrita#fantasia#história#escritores
5 notes
·
View notes
Text
headcannons ✸ connections ✸ timeline ✸ pov's ✸ tasks ✸ playlist ✸ pinterest.
COURTNEY EATON? não! é apenas EMILY Z. HOLT, ela é filha de MELINOE do chalé VINTE E SETE e tem VINTE E SEIS anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL II por estar no acampamento há NOVE ANOS, sabia? e se lá estiver certo, LILY é bastante DILIGENTE mas também dizem que ela é INFLEXÍVEL. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
inspos&references: danielle moonstar (marvel); there, there (tommy orange); elora danan (reservation dogs).
BIOGRAFIA:
tw: citações sobre, violência doméstica, abuso de drogas e álcool e suicídio.
nascida em oakland, na califórnia. a maior parte das influências de sua vida vêm das linhagens de seu pai, filho de mãe arapaho e pai chinês. seu pai, também migrante, se instalou na cidade onde lily nasceu e cresceu quando ainda era muito jovem, se mantendo vizinhos a uma das reservas indígenas da cidade desde então. a escolha enfática de sua avó de manter-se perto de outros povos indígenas foi decisiva para a criação de emily, até mesmo, para sua origem. seus pais deram a luz a emily numa viagem noturna à praia de oakland, quando tinham apenas 19 anos - ao menos, especula-se o mesmo de sua mãe, mia holt, uma jovem mirrada, tão pálida, quebradiça, que sequer acreditavam que poderia sustentar uma gravidez completa, inda mais tão jovem, contudo, o fez.*
lily não possui muitas memórias de sua mãe, antes de tudo, especulava-se que ela havia desaparecido quando a menina havia completado, mais ou menos, 03 anos. o assunto não tardou muito a virar, não somente uma chaga, mas um tabu, dentro da família. mia havia os deixando diversas vezes antes, de forma esporádica e sempre sem razão aparente. apesar de seu eterno semblante de naturalidade e calmaria perante as circunstâncias e consequências deste comportamento - algo que, em contraponto, tornava o pai de lily cada vez mais instável - não era esperado que ela de fato o fizesse: desaparecer completamente, mas o fez. do dia para a noite, sem estopins, chacoalhos ou sinais aparentes. mia se desfez no ar e nunca mais tornou a fazer-se de novo.
houveram dois caminhos os quais a comunidade em que viviam e sua própria família tomaram após este acontecimento, eram como linhas paralelas que encontravam-se novamente numa trama que formava sua vida num traçado próprio, assim como os que aprendeu bordar desde a tenra infância. por um lado, havia a nódoa da mágoa de uma traição, a quebra, do vazio do desaparecimento de sua mãe, e às especulações que isso suscitava: havia se perdido nas tentações ilicitas? havia sido levada, como eram levadas todas as meninas? ou havia somente cansado de brincar de “misturar-se com os índios”, e deu no pé, assim como os outros brancos? do outro, havia uma parcela de dever e de compaixão pela própria inocência de emily dentro desta situação e do desamparo de seu pai, o medo que isso logo logo se tornasse um fardo pesado e inflamável. na reserva, lily viveu e desenvolveu-se até seus 16 anos.
um dos pontos essenciais de sua vida era seu grupo de amigos da reserva, sendo eles em cinco, o quinteto era inseparável desde seus 08 anos de idade, contanto com as variações da idade dos demais. lily já apresentava algumas das características que viriam a perturba-lá e taxá-la onde fosse, para além do tdah, havia a linha tênue entre o que seu pai acreditava ser algum tipo de psicose e sua avó tinha certeza ser um chamado ancestral. seu instinto primal era ignorar a ambos e ignorar sua própria natureza, uma das razões as quais eram tão próximos e apegados uns aos outros, especialmente ao mais velho do grupo, que considerava como um irmão: bear mcclarnon. bear era dois anos mais velho que lily e havia acabado de se formar no ensino médio, o restante do grupo variava de um ano a meses de diferença, ele desbravara o mundo por eles primeiro, mas não voltava com boas novas. todos, a seu modo, sofriam das consequências do ambiente que viviam, isolados e acossados, tocados por uma forte violência e em especial, pelo abuso de drogas e álcool. lily sabia, pois em casa sofria os augouros da tensão dos flertes esporádicos de seu pai com o próprio abuso de álcool, mas que era remediado pela presença de ambos seus avós, a situação com seus amigos, contudo, muitas vezes era critica e este era o caso de bear. a noticia de que a mãe de seu amigo havia falecido de overdose era, infelizmente, de se causar pouca surpresa, ainda que uma dor intensa e latente. não muito tempo depois, eles se viam responsáveis em manter bear nos eixos, ainda que ele houvesse deixado seus objetivos anteriores de lado e se apegado ao álcool.
não tardou para que a profecia torna-se a se repetir, bear havia tirado a habilitação naquele mesmo ano, lily tinha 16, na mecânica onde trabalhava, foi presenteado com uma harley sprint recondicionada, parecia um suspiro de alegria e de liberdade após uma série de problemas e recaídas que ele havia apresentado ao grupo, tinham os planos de, ao se formarem dali poucos meses, arrumar suas próprias formas de viajarem para fora da reserva e quem sabe, a deixarem para sempre. menos de 72 horas depois, no entanto, bear teria ligado para lily após uma das discussões com um de seus outros amigos e seria encontrado por ela ao fim da estrada que levava à reserva.
o impacto da morte de bear levou a sensibilidade de lily ao extremo, aquilo que a acompanhava e que não sabiam que era, ao menos por parte, influência da sua relação olimpiana, agora a perturbava intensamente e de todas as formas. sofria recorrentemente de terrores noturnos, espasmos, e mesmo acordada, principalmente a noite, tinha visões e outras alucinações sensoriais. o que a princípio foi tratado como uma doença espiritual, depois, ganhou menos tolerância e fomentou boatos de que, por fim, lily também teria cedido ao alcóol e às drogas. seu estopim para deixá-los foi uma discussão onde, seu pai, sem saber, também atormentado por ela, a queria fazer confessar que na verdade estava sob a influência das substâncias que os demais jovens faziam uso. mesmo com lily provocando-lhes alucinações, de forma inconsciente, durante sua briga, foi ao ser agredida por ele pela primeira e única vez na vida que decidiu-se: precisava, também, sumir.
os meses que passou nas ruas foram os mais conturbados de sua vida, mas também, os mais esclarecedores. sua aparência ambígua, quando bem trabalhada, em especial, quando distanciada da ideia de que ela era indígenas, para os outros, podia causar um impacto ameno e protegê-la, ainda assim, nada a protegia completamente do seu maior perigo: os homens. um em específico tratou de perseguí-la por meses, o qual por acidente, acabou morto no primeiro encontro com um monstro o qual de fato chegaria nos finalmentes de acabar, também, com ela. lily teve a sorte de muitos semideuses que é ter seguido um caminho comum para aqueles como ela, foi salva por um par dos seus, os quais a elucidaram e acompanharam na empreitada de seguir em direção ao acampamento meio-sangue, ao qual chegaria com seus recém-feitos 17 anos.
um ano após uma promissora e, apesar de árdua, de certa forma, recompensadora experiência no acampamento, lily tinha uma missão: ajudar a recuperar um artefato de um deus. o problema é que lily foi tomada pela ambição e queria o artefato para si, a falta de sua mãe, ainda mais agora de forma consciente sobre quem ela era e o que isso significava, era apenas um dos problemas não-resolvidos da vida de emily dos quais ela não conseguia ignorar, e não podia, ainda mas neste momento. contudo, não se faz nenhum trabalho sozinho, e apesar do uso astuto de suas habilidades no processo, os semideuses consigo em missão perceberam suas intenções e tiraram sua chance. ao invés de receber louros e glória, emily voltou pro acampamento recebendo olhares de traição, de desconfiança. desde então, bloqueios pessoais ressurgiram e não foram resolvidos, um deles, sendo o desenvolvimento, uso e entendimento de suas habilidades.
*disclaimer: courtney eaton tem origens chinesa, inglesa e maori, justificativa pela qual foi feita a escolha para a personagem, pensando nos acordos sobre as representações inter e intra-étnicas entre povos indígenas internacionalmente, como pro exemplo, lily gladstone que tem herança européia e blackfeet, ao interpretar uma personagem navajo. é entendido que é necessário respeito e estudo ao representar a um povo, mas que é possível um indígena de outra etnia fazê-lo, se convencionado.
PODERES: ilusionismo - melinoe, na mitologia grega, pode ser considerada a deusa dos fantasmas e também das oferendas e cerimônias fúnebres. todas as noites essa deusa vagava pela terra com uma legião de fantasmas, assustando todos que passassem por seu caminho. este seria umas das razões pelos quais os cães ladram sem motivo algum durante a noite. melinoe também, em parte do conto, usa suas habilidades para se metamorfosear. o poder de ilusionsmo em lily se expressa em como o véu entre a vida e com a vinda da noite, ela também traz consigo o prenúncio dos pesadelos e dos medos, assim como sua alcunha significa algo que se aproxima dos "pensamentos sombrios".
o ilusionismo é o poder de criar e manipular ilusões para alterar a percepção de outros indivíduos. o usuário pode criar, moldar e manipular ilusões, fazendo alvos verem, ouvirem, tocarem e cheirarem ou provarem coisas que realmente não existem, ou levá-los a perceber as coisas de forma diferente do que elas realmente são. alguns usuários podem criar mundos complexos e detalhados, enquanto outros podem ser capazes de apenas alterar a forma como eles ou o alvo são percebidos. em sua base, os usuários podem distorcer a forma e o tamanho de um objeto ou área. aplicações mais complexas incluem fazer com que os alvos interpretem mal a distância ou o número de um objeto, fazendo com que objetos ou paisagens inteiras apareçam ou desapareçam, distorcendo as experiências sensoriais dos alvos, etc. Com seu potencial quase ilimitado, o usuário pode obter uma infinidade de efeitos, como ser extremamente furtivo, desconcertar e confundir alvos, esconder e mascarar objetos ou lugares, fazer com que os alvos machuquem uns aos outros sem saber, e assim por diante.
lembrando que no caso de emily, suas habilidades são sempre ampliadas pela noite e podem sofrer intervenções ao dia.
HABILIDADES: previsão & sentidos aguçados.
ARMA: lily possui uma dupla de armas complementares que podem ser usadas em conjunto ou separadamente, mas que foram feitas para ela como um par: uma faca de mão e uma machadinha, ambas de ferro estígio. estas armas geralmente estão em posse dela no formato de dois braceletes ao estilo arapaho, que agarram ambos seus pulsos paralelamente. - o artefato tem sua origem num presente deixado por melinoe para ela, foi forjado pela deus e pela avó de lily em conjunto, enquanto ela ainda estava grávida.
MALDIÇÃO OU BENÇÃO: por enquanto, não
7 notes
·
View notes
Text
WHERE : luau. WHEN : desenrolar do luau. WHO : closed + @deathpoiscn.
hypatia ainda possuía reminiscências de sua puerícia ao lado da mãe , o fascínio por mitos e estórias de crianças que , tal como ela , tornaram-se heróis . quiçá era pela ciência de tantos testemunhos ao longo das eras , que não pudera ver-se contra josh . recordava-se das falácias sobre ser uma tola , que havia provas , que ele era um assassino e , ainda que muitos ali tivessem as mãos manchadas por sangue , ele era pior ; josh era um traidor . conquanto , um dos ensinamentos básicos , quando na floresta em que nasceu e viveu , foi sempre ser fiel aos instintos . e os dela auliam que o semideus era tão inocente quanto outros que injustamente foram acusados e sentenciados . podia sentir o distanciamento dos outros para com ele , olhares de soslaios e o burburinho . e , ainda , sim , extinguiu a distância e assumiu adjacência ao lado dele , o cantil de bronze em mãos ao sorver pequenos goles do âmbar caseiro e fortemente alcoólico . ❝ não importa mais se conseguirá ou não provar-se um inocente , josh . ❞ assegurou , a voz rouca e estranha ante o pouco uso da fala . ❝ a história irá pintar você como um vilão . ❞
1 note
·
View note
Text
yeah, i'm into it.
( tw: uso de drogas ilícitas e breve consumo de álcool, sugestivo, angst e fluff(?), um pouco de unilatearismo )
wc: 2,43k
n/a: primeiro vez que eu posto aqui no tumblr e caso alguém esteja lendo isso, me perdoem qualquer erro, beijinho.
Ajeita o corpo sobre a cadeira do escritório da casa, os dedos apertando o estofado cinza enquanto espera ansiosamente. Sente o gosto metálico do sangue nos lábios pela frequência em que os prende entre os dentes, os olhos sem abandonar a tela do computador de tubo por um segundo sequer.
Espia rapidamente o relógio grudado na parede e a porta atrás de si, atenta à qualquer barulho que viesse de fora daquele cômodo. E é nesse momento que ouve a chamada via Skype ser atendida. Sorri, radiante.
— Neno, oi! — sauda empolgada o garoto que aperta os olhos do outro lado da tela — Demorou para atender.
Assiste ele se remexer sobre a cama e aguarda que ele responda, as unhas agora arranhando o forro da cadeira.
— É que eu estava meio agarrado aqui com a galera da fraternidade. Desculpa, flor — a voz rouca e grave dele finalmente soa pelo autofalante. O apelido carinhoso faz cócegas em seu ouvido, manda calor diretamente para as maçãs de seu rosto — Mas agora sou todo ouvidos, como você está?
Respira fundo e olha para as mãos abaixo da mesa, mas logo volta sua atenção para ele. Apoia o cotovelo direito no joelho.
— Bem. Voltei da escola tem meia hora e deveria estar estudando. Tenho vestibular mês que vem, você sabe — conta a Jeno, observa ele assentir, compreensivo — Minha mãe não sai do meu pé por causa disso.
— É, eu sei. Ela me ligou na semana passada e me pediu para te ajudar a estudar — ele segreda, um risinho soprado ao dizer logo em seguida: — Como se você realmente precisasse de ajuda. É a garota mais inteligente que eu conheço.
Sente seu coração acelerar por baixo da farda do colégio. Desvia a atenção dele outra vez, sem saber muito como deveria responder ou reagir. Passa as mãos pelo rosto e ouve ele voltar a falar:
— Pintou as unhas de azul? É a minha cor favorita.
— Eu sei, Neno.
Jeno se ajeita sobre a cama causando alguns ruídos na chamada, talvez pelo fone de ouvido que ele usava. Consegue ver quando ele pega uma garrafa sob o edredom quadriculado da mesma cor que suas unhas e bebe direto do gargalo. Observa atentamente o movimento que o pomo de adão dele faz enquanto ingere o líquido, muito provavelmente, alcoólico dali. Ele faz uma careta assim que termina de beber. Sorri para você.
— Você vem 'pro meu aniversário, não é? Mamãe disse que você pode ficar aqui em casa — pergunta baixinho, as pernas balançando com sua inquietação.
— Não quero ser um estorvo para vocês, não. Posso ficar na casa do Jaemin sem problemas.
Você nega com cabeça.
— Sabe que é da família, para com isso.
Jeno então dá de ombros, os olhos enrugadinhos te dando aquele sorriso que faz seus pés estagnarem no porcelanato do escritório.
— Sendo assim eu nunca perderia seus dezoito anos por nada nesse mundo, flor.
( ••• )
Quando recebe a notificação do aplicativo de mensagens com um emoji de um braço estendido num bonequinho vestido de azul, sente seu peito se aquecer automaticamente, como se um fósforo fosse aceso rente a sua gravata escolar. Não tarda em correr para casa o mais rápido possível e destrancar o portão com as mãos ansiosas e geladas.
Passa a tarde inteira ao lado dele, comendo o ramen que sua mãe cozinhou especialmente para ele que gostava tanto da comida e ouvindo todas as novidades e maravilhas que ele conheceu na faculdade que fazia em outra cidade. Fora atualizada sobre tudo da vida dele desde que foram separados um do outro. Desde que ele te deixou sozinha e foi atrás da sua tão desejada vida adulta.
— Flor, você vai adorar Yonsei, é a sua cara — Jeno diz quando estão na cozinha de sua casa, o relógio já marcava para lá das onze da noite e falavam baixo para não acordar sua mãe que dormia no fim do corredor.
— Tomara que eu consiga a bolsa, então. Assim nós vamos ficar juntos outra vez — você se ajeita sobre o balcão de mármore enquanto assiste ele picar os morangos para colocar no seu iogurte — Qual é mesmo o nome do lugar onde você mora lá?
— A fraternidade — responde ele — Mas você não vai morar numa dessas, não.
— E por quê? — quer saber.
— Esses lugares não são muito convidativos para uma garota como você – Jeno se aproxima com a tigela em uma mão e a colher em outra. O cheiro de shampoo dele se mistura com o aroma das frutas quando está perto o suficiente — Mas não precisa se preocupar com isso, vou fazer questão de te deixar no dormitório todos os dias.
Assente sem tirar os olhos do garoto, a meia luz que iluminava a cozinha quase não deixava que enxergasse os traços bonitos e másculos do rosto dele. A atmosfera da noite e o volume das vozes contribuia com o calafrio que percorreu toda sua espinha quando tentou pegar a tigela da mão de Jeno e ele a puxou para trás, fazendo com que seus rostos ficassem ainda mais próximos. Engoliu em seco e ele riu soprado, o ar resvalando diretamente em seus lábios comprimidos.
— Quanto tempo falta 'pro seu aniversário, linda? — Jeno perguntou e sua voz soou grave como ela realmente era, tremendo seus cílios uma vez que ainda estavam praticamente colados.
Você desvia os olhos para o relógio digital atrás dele, aperta mais as mãos no balcão antes de voltar a olhar na direção do rapaz que estava na sua frente. Em toda sua glória e masculinidade natural que tanto te atraía.
— Vinte e dois minutos — verbaliza.
Lee Jeno assente brevemente e coloca a tigela de porcelana branca e gelada sobre suas coxas nuas pelo pijama curtinho que usava naquela noite em especial. Ele descansa uma das mãos robustas em seu joelho e assiste seus pelos se arrepiarem pela temperatura. Logo ele se afasta outra vez.
— Termina de comer que eu vou te mostrar uma coisa.
( ••• )
Sempre fantasiou muito sobre como passaria seu tão esperado aniversário em que completaria, finalmente, sua maior idade. No fundo, sempre soube que estaria ao lado de Jeno, afinal, você só tinha a ele. Se agarraria a ele em todas as mínimas situações da sua vida. Num geral não sentia que fazia tanta diferença que tivessem quatro anos de diferença, ou que ele construísse a vida dele longe de você. Você sempre seria toda dele.
Ele conhecia todos o cantos da sua casa como se fossem sua própria, conseguia andar e se encontrar nela mesmo no breu da quase madrugada e ainda te guiava pela mão que segurava a sua enquanto saíam pela janela do seu quarto e subiam para o telhado, tudo isso na maior confiança e segurança que você podia sentir em alguém. Se sentam perto da beirada e quando sente seus pés vacilarem, sente o braço musculoso de seu Jeno ao redor da sua cintura, e então, está segura outra vez.
— O que quer me mostrar, Neno? — pergunta quando finalmente estão parados.
— Ainda não. Espera só o despertador tocar.
Você segura o ar na garganta na mesma hora, se enchendo de expectativa. Fantasia mais um pouco sobre um mundo de cenários que poderiam sair daquilo. De repente sente como se o tempo passasse mais lento do que nunca. Prende o lábio entre os dentes e balança a cabeça em concordância.
— Está frio aqui em cima — muda de assunto quando sente uma rajada de vento soprar vocês dois, os braços abraçando a si mesma para se proteger da baixa temperatura que fazia sobre o telhado.
— Aqui — Jeno tira o próprio casaco e se inclina para colocá-lo sobre seus ombros descobertos e o cheiro tão característico dele invade suas narinas e nubla todas as suas ideias, quase não consegue responder quando ele pergunta: — Melhor?
— Sim, sim. Melhor — afirma freneticamente arrancando uma risada dele, que ri como se você fosse a pessoa mais engraçada do mundo. Ele sorri como se você fosse a coisa mais preciosa do mundo dele. Ele te instiga a rir também, te instiga a rir até que suas bochechas doessem — O que é tão engraçado, Neno?
Aos poucos as gargalhadas masculinas vão diminuindo até sumiram completamente, só resta espaço para uma expressão de esmero e carinho no rosto do garoto. Jeno tira uma mecha do cabelo que estava na frente de seus olhos e olha profundamente para eles. Faz com que você se sinta despida e faz com que você queime por dentro, um calor que começa nos pés descalços, que passa pelo ventre e pela barriga borbulhando e estaciona no coração batendo freneticamente no peito. Tem certeza que ele vê seus olhos brilhando porquê Jeno encaixa a mão abaixo de sua orelha e sobre sua bochecha quente.
— Ficar longe de você é muito difícil, minha flor.
— Mesmo? — ele vê suas orbes dobrarem de tamanho quando pergunta.
— Você não sabe o quanto — a cabeça do rapaz tomba para o lado sem parar de te observar atentamente — E quer saber de mais uma coisa?
Você faz que sim.
— Eu não me aguento mais de saudade de você. Todos os dias eu penso em como te deixei sozinha aqui, me desculpa, flor.
Agora você faz que não.
— Está comigo agora. É o suficiente.
São interrompidos pelo toque do despertador que toca baixinho para não acordar nem sua mãe e muito menos os vizinhos. Meia noite. Isso significa que você, oficialmente, está fazendo aniversário.
Assim que o celular volta a ser silenciado, sente os braços de Jeno rodeando seu corpo pequeno comparado ao dele. Sente quando ele descansa a bochecha sobre sua cabeça e logo trata de abraçá-lo também. Ouve quando ele ri.
— Feliz aniversário — ele diz — Eu amo você.
— Te amo também, Neno.
Se afastam e Jeno tira um pacotinho de plástico, uma compreensa de papel colorido e um isqueiro do bolso do casaco que te deu para usar. Seu cenho se franziu imediatamente, olhou dos objetos na mão dele para o rosto concentrado diversas vezes. Não tinha certeza do que exatamente ele estava fazendo.
— Não precisa usar se não quiser — ele anuncia enquanto despeja o conteúdo do pacote na seda que tirou da compreensa de papel, começando a enrolar.
— Ah, ok, mas o que... hum... o que exatamente você está fazendo, Neno? Não sei se eu 'tô entendendo — começou a falar, uma confusão adorável adornando seu rosto. Jeno sorriu quando voltou a sua posição de antes, colocando o rolo entre os lábios e acendendo.
Você arregalou os olhos. O seu Jeno estava fumando. Não sabia se tinha conseguido conter a surpresa.
Viu quando ele expulsou toda aquela fumaça e enrugou o nariz com o cheiro que vinha dela. E quando o baseado lhe foi estendido, seus dedos tremeram sem saber se aceitava, mesmo que o rosto do garoto estivesse a apenas alguns centímetros do seu.
— É maconha. Sei que nunca fumou. Você me perguntou o que mais eu vinha fazendo na fraternidade e aí está a sua resposta — ele explica — Estou te oferecendo agora para você não fica espantada quando for 'pra faculdade comigo. Mas você pode recusar.
Olhou dele para a droga entre seus dedos diversas vezes. Respirou fundo e levantou a mão que ainda tremia.
— E como faz? — segurou o bolado na frente do rosto e sentiu a respiração quente de Jeno no pé de sua orelha. Sua barriga se revirou em ansiedade, o ventre em chamas como aquilo que estava prestes a usar.
— Só puxar um pouco. Aí você segura e aí você pode soltar — ele instruiu, o rosto compreensivo e carinhoso pertinho do seu — Tem certeza?
Levando até os lábios, você faz exatamente o que ele disse. Sente quando a substância entra para sua garganta e faz uma careta antes de soltar a fumaça pela boca, igual Jeno havia feito minutos antes. O devolve o baseado negando com a outra mão, ouve a risada vindo dele.
— Misericórdia, isso é horrível — tosse um pouco, batendo no peito — Como você consegue fumar isso, Neno? Que coisa horrorosa.
— Espera uns minutos — é o que ele diz — Mas respondendo sua pergunta, algumas coisas mudam com o tempo.
Assentiu quando percebeu que ele não prolongaria o assunto. Ficaram um tempo em silêncio apenas ouvindo a seda queimar de pouquinho em pouquinho. Você apertou os olhos quando sua cabeça começou a ficar nublada. Sentiu seus músculos relaxarem e olhou na direção de Jeno, um sorriso fácil começando a crescer. E quando ele se virou para você, também sorriu com os olhos bonitos e agora vermelhos. Outra vez, daquele jeito que fazia seu coração acelerar.
Moveu sua mão até que ela parasse sobre a livre dele. Subiu os dedos pelo antebraço e parou no bicepis grande dele. Apoiou o queixo no ombro de Jeno e soltou o que deveria ser o princípio de um suspiro.
— Eu amo você, Neno.
Levantou os cílios na direção do garoto. Gravou cada detalhe do exato momento em que ele concordou com você. Passaria cada movimento em câmera lenta na sua cabeça quando estivesse deitada em sua cama, pronta para dormir. Passaria e reviveria como foi, finalmente, sentir o macio dos lábios de Lee Jeno nos seus. Passaria e lembraria da sensação das mãos tão grandes dele te firmando pelos ombros quando seu corpo amoleceu demais, em como ele parecia receoso e em como a língua dele acalmava a sua no meio de todo aquele turbilhão de sentimentos. Não precisava segredar a ele que aquele era seu primeiro beijo, muito menos precisaria avisá-lo para ter paciência contigo. Ele sabia. Lee Jeno sabia de tudo. Sabia que você estava se guardando para ele porque ele sempre soube que era sua maior e mais pura paixão. Que seria o único que enroscaria os dedos no seu cabelo e apertaria sua lombar tão forte daquela maneira, que faria sua respiração pesar e deixaria seu corpo quente como ele estava. Ele sabia porquê no dia em que te recusou da primeira vez porque era nova demais, você jurou que ele seria o único na sua vida. Para sempre e sempre.
E quando vocês se afastaram, seus lábios molhados e as mãos suando, ele sussurrou para você, o baseado já esquecido e apagado entre as telhas:
— Te amo mais, minha flor.
62 notes
·
View notes
Text
⸻ ❝ % 𝒔𝒂𝒍𝒆 % ❞
felipe otaño ₓ f.reader ₓ simón hempe
wc.: 3,5k
prompt: quando você e sua amiga marcam de fazer um quatro é par durante sua passagem na argentina, mas ela acaba te dando bolo meia hora antes
obs.: oi meus bombonzinhos, mais uma vez, eu falo que vou escrever com calma e escrevo em dois dias, preciso de intervenção seríssima (vulgo carteira assinada), mas depois dessa prometo que vou desacelerar e ficar aqui uns dias só de resenha!!! peço que leiam com atenção e encontrem o cameo que o esteban faz nessa aqui🤣🤣🤣 além disso... eu ia colocar rimming porém não sabia se tinha público pra tal, então caso vocês gostem eu coloco numa próxima (se vcs n sabem oq é n adianta perguntar pois eu fico com vergonha de explicar bjss💋)
obs.²: eu senti muito ciuminho das coisas que incitei no pipe nesta rajada aqui, mas também dei muitas risadinhas, espero que gostem, lobitas <3
tw.: smut, linguagem chula, consumo de álcool e drogas, nipple play, sexo oral (f e m), masturbação (f e m, mas é bem rapidinho), light spanking, dumbfication (desculpa colocar isso em quase tudo, eu sou maluca), manhandling (essa tb k), p in v, sexo vaginal, sexo desprotegido (se protejam, gatinhas), creampie se você ler de ponta cabeça, portunhol duvidoso, e se tiver algo mais me avisem pfvr! MDNI
— não, você só pode ter enlouquecido. — você reclamou enquanto desfilava pelo quarto de hotel com a toalha enrolada no corpo.
— por quê? na verdade, eu já confirmei então você vai sim, bonita. — sua melhor amiga, cris, dizia dando de ombros e rolando na cama para ficar de bruços.
— você O QUÊ? — ergueu a sobrancelha olhando para a garota que não te respondeu mais. — não, não, não, acho que 'cê não tá entendendo. nós não conhecemos esses caras. — você ia até lá cruzando os braços.
— eu conheci um deles anteontem na balada, a gente deu uma rapidinha no banheiro e depois trocamos nome e telefone. — ao passo que cristina dizia seus olhos esbugalhavam, mas era tanta informação que você se limitou a estalar a língua e se sentar na beira da cama com ela.
— se eles nos doparem pra gente virar aquelas mulas de traficante, eu nunca que te perdoo, ouviu? — bufou.
— vai ser ótimo, relaxa e confia na mãe. vai querer ajuda pra se depilar?
você fez um beicinho e então assentiu logo voltando para o banheiro arrastada pela loira que contava os detalhes mais sórdidos sobre a foda com o tal de simón enquanto te arrancava cada mínimo pelinho das áreas indesejadas.
o "quatro é par" que sua amiga tinha te enfiado era no dia seguinte, sexta-feira, ou como eles falavam lá, e você particularmente achava um luxo, viernes. e como de costume, quando vocês duas queriam fazer coisas diferentes, normalmente saíam para cantos diferentes e se encontravam no fim do dia.
o que não mudou daquela vez, cris ia fazer uma rota culinária e você ia bater perna nos shoppings e galerias antes de ir se encontrar no endereço que marcaram. tinham muitas maquiagens e roupas lá que você não encontrava no brasil, ainda que sua grana estivesse curta, pretendia levar uma blusinha pelo menos.
quando o relógio já marcava cinco e vinte da tarde, você achou melhor ir pro ponto de encontro, tomando um táxi já que não saberia chegar de metrô e sozinha.
era um prédio alto, algumas varandas nos ultimos andares, acabamentos espelhados, bem chiquezinho até, isso porque você tinha ido com roupas casuais de bar/balada. suspirou se recostando numa muretinha de pedras e pegou o celular para ligar para a loira.
— cadê você? — foi direta.
— ooii!!! — uma barulheira danada te fazia tampar o outro ouvido para conseguir entender o que acontecia na linha e o que ela falava. — eu tô pra chegar ai! trinta minutinhos! mas vai indo com eles quando eles chegarem! — você franzia o cenho.
— como assim? achei que você tava vindo! — e a ligação caía. — filha da! — rangeu os dentes e então guardou o aparelho na bolsinha de ombro de novo, cruzando os braços.
se você tivesse que contar quantas vezes cristina tinha sido impulsiva naquela viagem e feito loucuras você teria que usar os dedos dos pés também.
— ali, acho que é ela. — ouviu uma conversa atrás de ti.
em segundos dois rapazes se aproximavam de onde você estava, um tinha a pele bronzeadinha, bigode e barba, e um sorriso hiper convidativo, o outro vinha mais atrás, acanhado, a pele clarinha combinando com os olhos verdes, ambos parecendo duas torres surgindo no seu campo de visão e assim que você notava os brincos na orelha do primeiro sabia que se tratava do garoto que sua amiga tinha falado.
— você é a amiga da cris, não é? prazer, simón. — ele estendia a mão e você sorria, se levantando. — esse aqui é o pipe.
o outro dava um passo para frente e se curvava para te cumprimentar com um beijinho no rosto e você não deixava de notar o quão cheiroso ele tava. quando se afastavam você alternava o olhar entre ambos, e talvez tivesse que dar os créditos para aquela desnaturada depois, porque eram muito gatos.
— e onde ela tá? — simón perguntou e olhou o celular brevemente, provavelmente pra checar as mensagens.
— acabei de falar com ela, disse que tá vindo. — embora você não acreditasse.
— ahh, beleza, vamos entrar então. a gente alugou um quarto aqui. — o mesmo respondeu fazendo com que você franzisse a testa, mas não tardasse a seguí-los.
você estaria mentindo se disesse que não estava apreensiva, na verdade, não era nem mais o medo de te doparem e fazerem algo ruim, porque eles definitivamente não tinham jeito, mas o hotel caro e o fato de estar com dois homens enormes e lindos te fazia ficar fraca das pernas. normalmente, você era mais seletiva, não se deixava impressionar fácil e era tida como metida porque raramente aceitava ficadas aleatórias, mas as olhadinhas involuntárias e curiosas que você vinha dando neles indicava que não seria assim.
o quarto de escolha ficava no último andar, a vista era linda, assim que entravam pela porta eram agraciados pela janela panorâmica aberta para a piscina do lado de fora e para o centro da capital com os prédios e torres de comunicação, tudo começando a se acender.
no mini bar, uma infinidade de bebidas, sucos e água para escolher, além de alguns salgadinhos e petiscos, bem diferente do airbnb barateza que você vinha dormindo. sem se conter, você colocava suas coisas no canto do sofá e ia até a parte aberta, brisa soprando seus cabelos no mesmo segundo. andava até a grade e olhava para baixo, soprando um risinho.
— te gusta? — se virou e viu pipe ali paradinho com os braços pra trás. tão lindo...
— você não? dá uma sensação boa, de ver as coisas de cima. — contava antes de voltar a atenção para a paisagem.
quando simón aparecia por lá também perguntava se não queriam pegar umas bebidas e ligar a água quente da piscina para ficarem relaxando. não passava por sua cabeça negar algo assim, mas quando você precisava tirar suas roupas para entrar só de calcinha enquanto felipe e simón te olhavam de longe, e você sabia que eles o faziam, suas bochechas coravam num rosinha bebê e seu coração errava uma batida.
deixou o celular perto da borda e agradeceu quando felipe te passava uma latinha, abrindo o lacre e golando devagar enquanto observava os dois se desfazerem de suas camisas e calças para entrarem só de cueca.
— entãoo... — limpou a garganta. — quantos anos vocês tem mesmo?
— eu vou fazer 26 esse ano, o pipe faz...
— 25, final do ano.
— e se conheceram como? — você perguntava, querendo urgentemente quebrar o gelo.
— a gente se conheceu num curso de teatro, na real, depois disso viramos amigos. — felipe respondeu. — e vocês?
— cursinho preparatório. já faz uns cinco anos. — e então o toque do seu celular se fazia presente. — falando nela... — dava um sorrisinho e atendia o telefone. — e aí, chegou?
— amiga...
naquele momento, você já sabia que cristina não estaria no saguão esperando, sabia que ela não estaria num táxi presa no congestionamento à rumo do lugar também, sabia que ela sequer tinha cogitado ir de verdade, mas, ainda assim ouviu até o final.
— amiga, eu vim no centro, vim pra conhecer os restaurantes e barraquinhas, mas amiga... tinha um mimico aqui, ele todo bonitinho assim, loirinho, cara de nerd bonzinho, um narigão, alto... acho que conheci o futuro pai dos meus filhos, por favor não fica brava! — a ligação não tinha nenhum ruído agora, o que significava que ela estava num ambiente mais calmo, o que já era algo, mas porra. — tá na linha? amiga? ó, tenho que ir, desculpa, você sabe que te amo né? aproveita por mim. — e o famoso "tu tu tu" de ligação encerrada.
sua cara de paisagem seria cômica se não fosse trágica. apertou os lábios e largou o celular de novo sobre a toalha perto da borda, antes de olhar para simón, que não precisava que você falasse para entender o que tinha acontecido.
— sinto muito. — você dizia por fim quando ele apenas dava um riso de escárnio, quase desacreditado.
— tranquila. acontece, né?
— olha, se vocês quiserem que eu vá embora pra vocês poderem curtir como quiserem, não tem problema pra mim. mesmo.
— não. — felipe se adiantava. — nada a ver isso. — ele olhava para o amigo que virava uma lata inteira e já abria outra. — acho que a gente pode fazer bom proveito, só nós três mesmo.
você ouvia e trocava olhares com o moreno antes de se voltarem ao mais novo outra vez. era engraçado como seres humanos faziam tantos rodeios para transar, diferente do restante dos animais que tinham o sexo como ferramenta de sobrevivência, foder era bem mais do que isso, era conquista, era envolvimento, troca, show, e desde o momento em que você tinha levantado naquela manhã você tinha plena consciência de que terminaria a noite com dois homens no mesmo quarto, claro que, você não podia contar com sua amiga sendo uma bomba relógio, mas você sabia que não ia ter muitas horas de sono.
o que ficava implícito ali era óbvio e começava a ficar bastante palpável se você levasse em consideração que a fala de felipe tinha feito você sentir umas borboletas no seu baixo ventre, mas resolveu se fazer de sonsa, segurando a cerveja com ambas as mãos e desviando os olhos pra qualquer canto.
— só se ela quiser... — simón disse simples, se apoiando nas bordas com os braços esticados.
— e aí, linda... qué va a ser? — o otaño se virava pra ti.
você mordeu o lábio e soltou num estalido
— preciso beber um pouquinho mais.
sua resistência pra álcool era grande, tinha aprendido a beber desde os quinze anos de idade, o que podia ser bem ruim quando tudo que você queria era ficar bêbada, mas naquelas situações onde você só precisava ficar mais leve, era perfeito, o que te levava automaticamente pro que acontecia depois da terceira lata esvaziada.
engatinhando pela piscina, que tinha o diâmetro de uma banheira grande, você se aproximava de pipe, se apoiando nos ombros largos e fortes para se sentar no colo do garoto. deslizou os dedinhos pela pele molhada e suave e o observou o rostinho lindo, um pseudo bigodinho começando a se formar, nariz perfeito, e uma boca carnuda.
— posso te tocar? — ele perguntou, ainda sem mover as mãos.
— pode... — sorriu e então se virou para o que assistia antes de chamar ele com o dedinho.
felipe era lento, pousou as mãos em suas coxas, apertando, deslizando até sua cintura e acariciando sua barriguinha que se contraía. subia mais um pouco, segurando seus peitos por baixo e então envolvendo os dois e os juntando. simón chegava por trás, tirando seu cabelo do pescoço e depositando alguns selares enquanto observava o que acontecia na parte da frente do seu corpo e em como o amigo parecia vidrado nas suas expressões.
— não vai se apaixonar na primeira foda, pipecito. — provocou tirando um "tsc" do garoto.
— fácil falar, olha a carinha dela. — você encarava os olhos verdes, mas ele te segurava o queixo e te forçava olhar para trás, soltinha de tudo já.
o primeiro a te beijar era o hempe, que parecia descontar a frustração de não ter sua amiga ali só pra ele, e você não se importava de ser quem iria "pagar o pato", uma mãozinha apoiada no peitoral de felipe e a outra na nuca de simón, arranhando os dois e puxando-os mais para si. arfou na boca do mais velho quando sentiu a língua quente do outro começar a lamber e beijar seu colo sensível.
estava se sentindo uma cadela no cio, nem sabia se aguentava dois, completamente gulosa, e eles, pobres meninos tapeados, tendo que dividir.
— deixa... — desfazia o beijo assim que uma ideia surgia. — deixa eu te chupar. — pediu a simón, que rapidamente subiu os olhos de avelã aos do colega
felipe confirmou cúmplice. quando você menos esperava era erguida pelo rapaz, se agarrando nele com um gritinho, envolvendo o pescoço grosso com os braços para não cair. o vento gelado fora da água fazendo você se arrepiar e estremecer, roçando os bicos rijos no peito dele. te levava para o sofá largo do quarto, a cama podia esperar. indicou que você deitasse com a cabeça no braço do móvel e deslizou a mão por entre seus seios até o umbigo, só para aflorar mais as sensações que estava tendo da repetina mudança de temperatura.
— tem certeza que aguenta assim, cariño? — simón perguntou tocando seu cabelo.
a vista que você tinha era quase hipnótica, o volume evidente na boxer vermelha do argentino, por pouco não roçando na sua bochecha, e você confirmava, tirando um risinho baixo dele. com as mãos curiosas, abaixava o cós da cueca, fazendo o membro teso escapar.
— encaixa na minha boca. — pediu o vendo erguer as sobrancelhas surpreso.
— ouviu isso, pipe? tô começando a achar que ela desmarcou com a amiga de propósito, con ganas de tener dos a la vez, sí?
revirou os olhos e segurou a base do pau, começando a fazer um vai e vem lento, sentindo ele terminando de crescer com o toque e colocando a linguinha pra fora tentando alcançá-lo, mas simón negava. os olhos ficando afiados e sedentos. o moreno segurou seus pulsos, te fazendo largar ele, mas você não tinha tempo de se emburrar já que quase instantâneamente os dedos de pipe se entrelaçavam nos seus, só então percebendo que o garoto estava entre as suas pernas, e agora te mantendo bem presa rente ao estofado.
— mudei de ideia, flor, eu vou foder sua boca. e ele vai te mamar. — simón detalhou, falando devagar pra você entender, se curvava sobre ti e cuspia sobre a sua boquinha antes de espalhar a baba com o polegar por seus lábios. — fique sabendo que o nosso garoto aqui foi eleito o melhor oral do curso de teatro. vai te cuidar direitinho.
balançou a cabeça positivamente e deu uma última olhadinha pra baixo. conforme o hempe segurava o pau, roçando a glande inchada na sua boca, o otaño te soltava uma das mãos para colocar sua perna apoiada sobre o encosto e afastar o tecido da calcinha. gemia com a primeira lambida sobre sua rachinha, dando a oportunidade perfeita para que o outro adentrasse a cavidade abafada e úmida.
simón puxou o ar soltando um "ssss" e fechou os olhos começando a mexer o quadril pra frente e para trás, mas sem colocar tudo, só até a metade.
e felipe olhava a cena de camarote, com uma ponta de inveja que ele compensava quando socava o rosto na sua buceta. a ponte reta do nariz roçando seu clitóris teso quando ele movia o rosto de um lado pro outro como um animal selvagem com sua presa. ouvia um gemido manhoso seu e se afastava só para poder rir soprado com o amigo. continuando a lamber, usando os polegares para afastar teus labiozinhos, expondo a carne rosada e macia.
você ficava inquieta, a mistura de sensações fazendo seu cérebro borbulhar. os olhos lacrimejavam quando o pau em sua boca escorregava um pouco mais fundo, batendo em sua garganta te fazendo esperniar e descontar levando os dedos livres até um dos seios, apertando e beliscando o próprio biquinho. a mão de simón ia até a sua te incentivando antes de subir pelo seu pescoço envolvendo ali e sentindo o contorno do membro.
— porra... vai ficar com o meu formato por alguns dias, princesa... — ele sacaneava, apertando a região para que você ficasse com o espaço ainda mais estreito, fazendo suas iris desaparecerem por alguns segundos com os olhos semi-cerrados.
o som típico do vai e vem babado com os sons lascivos de quando pipe te chupava forte, mastigando a carne molinha, fazendo esticar para soltar e repetir tudo de novo. ele até fechava os olhos, concentrado, e não conseguia evitar de roçar o quadril no sofá, com a ereção que começava a doer e pedir por atenção.
sua mente terminava de virar purê quando simón se curvava de novo, metendo o pau até ficar com a base grudada no teu rosto, esticando o braço para poder dedar seu grelinho enquanto o mais novo usava a língua para explorar sua entradinha, colocando o músculo quase todo dentro, fazendo o triplo de força para segurar suas coxas no lugar.
— hmm! — "reclamava" de boca cheia dando um tapa ardido em sua virilha.
simón gozava sem aviso prévio, isso se as veias e as bolas dele pulsando não tivessem sido suficiente pra te alertar. enchia tua garganta e saía rápido vendo você engasgar e babar porra lambusando-se toda.
— para, pipe. — ele soprava ofegante, vendo o garoto levantar o olhar com as bochechas, o nariz e o queixo lustrosos de lubrificação.
— quê foi? — perguntava puxando ar.
o hempe o fitava com uma expressão de "ahn?", não tava na cara? simón segurava seu cabelo perto da raíz e levantava quase brusco mostrando seu estado completamente bagunçado e deplorável ainda tentando engolir todo o gozo que tinha sido despejado em si.
— vai perder a chance de ver uma mina burrinha de levar pica, quicando pra você? ah para né, senta ai. — ele indicava.
você era levada para o colo do maior, sem culhões de admitir que eles estavam te tratando como você gostava. ver o semblante de felipe apenas aumentou teu fogo, ele não parecia muito diferente, os olhos embaçados de tesão e vontade, a boca inchada de te chupar... tudo nele implorando por você. o beijava de forma desengoçada enquanto ele te erguia o quadril com um dos braços, dando algumas pinceladinhas com o membro antes de te soltar e fazer você encaçapar ele todo, gemendo um na boca do outro.
simón ia até as roupas que havia largado nuna cadeira de sol e tateava a calça procurando um baseado, acendendo e indo se sentar na poltrona do lado do sofá para observar. já tinham saído com a mesma garota por umas semanas, mas nunca tinham dividido uma no mesmo dia. as mãos grandes do amigo te seguravam a bunda ajudando nas quicadas e ele tinha colado suas testas para não perder nenhum gemidinho e expressão de deleite sua. em minutos, o pau do hempe voltava a endurecer.
você sentia a buceta piscar, o orgasmo tão pertinho que era impossível não gemer como uma cadelinha, choramingando quando as púbis se chocavam.
— m-mais... mais... por favor...
ele sorria de canto, afetado, tão perto quanto você, mas tinha há muito aprendido com simón que era melhor quando as garotas imploravam pra gozar.
— quer mais, nena? — sussurrou antes de morder seu inferior e te dar uma palmada, fazendo você subitamente parar de se mover com o falo enterradinho em si. — explica... fala comigo, quer mais o quê? — perguntou com uma falsa preocupação te fazendo lamuriar e mordiscar um dos ombros dele.
— mais forte... — pedia e o fitava. — me come mais forte.
— xiiii, falou que você é soca fofo. — simón alfinetou antes de rir alto, ainda mais quando o outro o mostrava o dedo do meio.
felipe fechava a expressão e te encarava, e apesar de você estar bem acabadinha já, não quis desmentir o hempe, porque sabia que homens ficavam um milhão de vezes mais tesudos quando faziam as coisas na base do ódio. sorriu bobinha e ele passou a língua pelo interno da bochecha pensando por exatos dez segundos no que fazer com você antes de te fazer sair de cima para levantar.
agarrava seu braço e te arrastava de volta lá pra fora, te apoiando na grade de proteção da cobertura. pouco ligando se o ar frio te seria incômodo ou se você ficaria mais retraída para ele entrar de novo, ou ainda se alguém visse, apenas curvando suas costas e empinando sua bunda para voltar a meter, naquele ângulo e com mais autoridade conseguindo ir muito mais fundo em ti.
— e eu me controlando contigo, só pra você ser uma putinha igual todas... — ele soprava um arzinho pelo nariz. — perra. repete, fala pra mim o que você é. — descia a boca até sua orelhinha.
— h-mm... eu... — pipe negava e mordia seu lóbulo antes de descer a mão até seu abdômen, fazendo pressão ali. suas pernas chegavam a vacilar e ele ria rouco. — p-puta... eu sou uma puta, e... — fazendo um esforço descomunal pra se lembrar como juntar uma sílaba na outra. — e uma cachorra...
quando finalmente podia ter seu orgasmo se abraçava no braço torneadinho do garoto que te segurava e gemia sem parar sentindo seus fluídos com o dele se mesclando já que seu aperto era a gota d'água para o maior. você gotejava a mistura quando ele deixava seu interior maltratado.
não tinha tempo de voltar a ser um ser humano pensante normal antes que simón fosse até você e te jogasse sobre o ombro, dando tapinhas nas costas do melhor amigo.
— minha vez chega nunca? seu comilão. — ele brincava, te levando pra cama desta vez.
pelo resto da noite, você tinha fodido em cada mínimo canto daquele quarto, de pé, de quatro, apoiada na janela de vidro com os peitos amassados e a bel prazer de quem estivesse nos outros prédios ao redor, no chão, sem absolutamente nenhuma parte do corpo ser esquecida por eles. o quatro é par tinha sido furada, mas a promoção de pague um, leve dois até que tinha sido muito boa.
#lsdln smut#la sociedad de la nieve#pipe otaño reader#pipe otaño smut#simon hempe reader#simon hempe smut#2 for 1 today
162 notes
·
View notes
Note
xexy, agora URGE um hc do cast em FESTA BRASILEIRA. Agustin, fran e pipe botando ate shortinho pra dançar funk e passando mal de tanto comer churrasco. Enzo acho que só ficaria olhando e kuku ia arriscar no forró
wn: preciso dançar forró coladinha com esteban ou a vida não vai mais valer a pena... (eu pensei em uma festa brasileira tipo churrascão de comemoração de aniversário daquele seu primo mais galera)
meninos do cast x festa brasileira
fem!reader headcanon
tw: +18!! menção de drogas lícitas, ilícitas, baderna, confusão e caos brasileiro. hehehe
enzo:
ele não é da festa, isso a gente já sabe. se possível, vai fazer de tudo pra evitar. mas não vai conseguir evitar festa de família ou festa de amiga que você insistiu por mais de uma semana pra ele ir, então o jeito foi ir mesmo.
enche a cara da bebida mais fina que tiver (provavelmente um whisky da mais baixa qualidade que o tio mais velho de alguém esqueceu) pra conseguir sustentar melhor a situação.
o enzo bêbado fica só um pouquinho mais solto e simpático que o enzo original. isso significa que ele vai, sim, olhar na direção da pista de dança. e pronto.
bate palma, canta as músicas que sabe, ri horrores com o espanhol torto do pessoal quando toca shakira.
mas não vai dançar, de jeito nenhum.
agustín:
é o rei da festa. de verdade.
animado ao extremo, vai terminar a noite com todo mundo pedindo que ele seja figurinha carimbada em todas as festas dali pra frente.
some tal hora pra dar uma voltinha no fumódromo e volta de olho vermelho e a cintura mais solta que antes.
inclusive, um mago na pista de dança: vai descer até o chão, te animar e animar todas as pessoas ao seu redor pra fazer o mesmo. e cantar todas as músicas! mesmo que ele não tenha noção do que está dizendo!
se tiver piscina, vai pular de roupa e tudo.
fran:
ele a-d-o-r-a festas! ainda mais festas brasileiras - diz que sabem se animar como ninguém.
no começo fica um pouquinho retraído, mas na medida que o álcool vai entrando e as divas pop entrando na playlist ele vai se soltando.
dá um show ao som de arregaçada da banda uó que ficou gravada na memória de todo mundo como melhor performance da noite. quiçá do ano.
fica indo na mesa dos docinhos e salgadinhos com frequência pra enfiar na boca de todo mundo que está bebendo, inclusive na sua.
leva o dresscode à sério. e por sério ele quer dizer o mais curto que conseguir sem dar muita pinta (ele dá muita pinta mesmo assim e não é por conta do short, mas por conta do gritinho fino que ele solta no primeiro mashup de funk que toca).
matí:
vai beber mais que um opala e você vai encontrar ele no final da noite junto dos tiozões fumando um cigarro e fazendo uma defesa muito séria de algo com o pior portunhol do mundo.
ele vai dançar, vai. com muita dificuldade e com muita vergonha, mas o álcool e os "por favor, gringo!" de todo mundo convencem ele.
rebola bem bonitinho, tá?
o cigarro ele pegou com aquela sua tia fumante que virou grande amiga dele e compartilharam isqueiros a noite toda.
atacou os brigadeiros, faltou tirar doce da boca de criança e engoliu o bolo bem dizer sozinho.
kuku:
vibe tiozão tímido, retraído mas com um sorriso gigantesco que conveceu todo mundo. foi de óculos de grau.
portunhol quebradíssimo, mas tentou conversar e socializar com todo mundo pelo menos um pouquinho.
ficou perto do churrasqueiro dando uma força no manejo e tempero das carnes. essa parte culinária o interessa muito - pra além de se sentir responsável de garantir que todo mundo vai comer direitinho.
principalmente os bêbados.
ah! bebeu várias cervejinhas, arriscou um forró dois-pra-lá-dois-pra-cá e ficou muito feliz com o rolê como um todo.
pipe:
se tiver jogo passando, ficou do lado dos héteros com camisa de futebol acompanhando mesmo que fosse num time rival do river. quase que não dava pra perceber que ele era argentino.
é fantástico no churrasco e se ofereceu pra assar as carnes no momento que chegou.
depois de algumas muitas cervejinhas long neck e bebidinhas coloridas com alto teor de álcool, saiu da churrasqueira e dos papos de hétero top pra pista de dança.
diga-se de passagem, aprendeu todas as coreografias. desengonçado? todo esquisito e torto? sim. mas aprendeu todas.
vai chegar em casa dançando desenrola, bate, joga de ladinho. e vai ficar dançando por pelo menos uma semana.
#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic#agustin pardella x reader#agustin pardella#matias recalt x reader#matias recalt#esteban kukuriczka x reader#esteban kukuriczka#fran romero x reader#fran romero#pipe otaño x reader#pipe otaño#lsdln cast#lsdln#hc
95 notes
·
View notes
Text
Oh, I could be anything you need as long as you don't leave. p.o.v. achlys.
@silencehq
sugestão de música para leitura.
tw: alucinação, flashback ptsd, ansiedade, ataque de pânico, self-harm, menção de tentativa de suicidio materno, menção de vômito.
"But even though you're killing me I, I need you like the air I breathe I need, I need you more than me I need you more than anything Please, please"
Com a noite, parecia que todos os demônios de Achlys vinham à tona. A escuridão, que antes era seu refúgio, agora parecia engoli-lo e rasgá-lo em pedaços tão pequenos que, às vezes, ele sequer sabia quem era. Seus olhos fundos e o olhar sem rumo pareciam ser seu novo eu, e ele odiava aquilo profundamente. Estava sem dormir há quatro dias seguidos; em alguns momentos, sentia que momentaneamente perdia a consciência, mas voltava a si em questão de dois ou três minutos, o suficiente para tentar disfarçar sua completa exaustão. Sua fala lenta e o raciocínio turvo podiam ser confundidos com sua habitual embriaguez, mas na verdade eram apenas sinais de que seu corpo estava à beira do colapso.
Algo em sua cabeça havia mudado. Nem mesmo o álcool conseguia silenciar as vozes dentro de sua mente, aquelas que o perseguiam incessantemente. Ele só precisava de um momento de silêncio, de alguma paz, mesmo que passageira. Mas todas as vezes que suas pálpebras cansadas se fechavam, ele via vividamente os rostos das vidas que havia ceifado, o terror preso neles, que agora parecia estar gravado em seu próprio olhar.
A sensação de ser consumido pela escuridão o deixava à beira do desespero. Antes, a noite era seu aliado, o manto que o escondia e acalmava, mas agora era um abismo que o sugava, tornando seus pensamentos mais sombrios e desesperadores. Ele se encontrava preso em um ciclo interminável de culpa e remorso, incapaz de escapar das lembranças dolorosas que assombravam seus sonhos e atormentavam sua mente desperta. A escuridão que o envolvia era densa e sufocante, e ele se sentia como um náufrago em um mar de desespero, lutando para manter a cabeça acima da superfície. Cada segundo sem dormir, cada momento passado na penumbra de sua mente, era uma luta contra os fantasmas que ele próprio havia criado. E enquanto o mundo continuava a girar, indiferente ao seu sofrimento, Achlys se via cada vez mais perdido, buscando desesperadamente um refúgio que talvez nunca encontrasse.
O Whitlock suava frio, encarando a parede de seu chalé. A agonia em seu peito era tão profunda que ele podia sentir o coração doer, uma dor tão real que o deixava completamente paralisado.
"Achlys?" A voz chamou seu nome, fazendo a cor desaparecer de sua pele. Era como se o ar houvesse sido arrancado de seus pulmões.
"Penny?" O choque era tão grande quanto a dor ao pronunciar o nome que ele não se achava digno de dizer.
Os cabelos louros desgrenhados, com pequenos cachos, davam à filha de Afrodite uma aparência angelical. Penny era seu primeiro amor e sua primeira grande perda. Ele a havia conhecido em seu primeiro dia no acampamento, quase onze anos atrás. Ela lhe mostrara tudo, como funcionava cada coisa. Seus olhos azuis eram doces e cheios de vida, ao menos até o dia em que Achlys acidentalmente ceifara sua vida. Ainda não tinha controle completo sobre suas habilidades mágicas, e talvez numa tentativa de nunca mais cometer tal ato, por alguns anos ele se aplicou aos estudos para ter maestria sobre seu dom. No primeiro ano após a perda de Penny, ele sequer se permitira tocar em alguém, temendo que acidentalmente fosse consumir outra alma.
Finalmente, tomou coragem para olhar para ela, focando toda sua atenção na figura que sabia não ser real. Ele não se atreveu a tocá-la com medo de que se dissipasse. Se aquela ilusão era tudo o que ele teria, ele se agarraria a cada segundo da imagem da pessoa que um dia havia amado.
"Oh, Penny, nunca serei capaz de colocar em palavras o quanto sinto muito." A culpa o consumia vivo. Embora soubesse que ela não era real, a piedade no rosto tão familiar lhe proporcionava algum alívio.
"Eu sei, querido, eu sei." A figura se aproximou de Achlys, que ao tentar se levantar, colapsou de joelhos. Seu corpo parecia tão enfraquecido quanto sua mente. "Seria diferente, Achlys? Se odiaria menos se não houvesse me matado?" A palavra proferida o levou a prantos imediatos. Ele havia ceifado a vida dela, era verdade. Talvez Afrodite tivesse razão em lhe amaldiçoar. Ele merecia uma vida sem amor, pois destruía tudo o que tocava e, mesmo agora, se perguntava o porquê.
"Eu nunca vou saber." Ele balbuciou, cobrindo o rosto com as mãos sentindo uma vergonha esmagadora. Sua próxima memória veio quase duas horas depois. Sabia que era duas horas porque, abruptamente, o relógio que antes marcava duas da manhã agora indicava quase quatro. Aquela era a realidade, não a bagunça de sua mente. Olhou ao redor mas não a encontrou, o fantasma de Penny não estava mais ali. Achlys sentiu o coração pesar antes de disparar. Ótimo, era tudo que precisava: outro infarto. Tentou respirar, mas até aquilo parecia difícil demais. Suas mãos trêmulas pareciam saber o que lhe aguardava. Sua visão se tornava quase um túnel, e paralisado em seu medo, ele se viu fora de seu corpo, não como o homem que era agora, mas como o menino de treze anos que não conseguia entender o que estava acontecendo.
TW: tentativa de suicídio e indução de vômito.
Quase num estado catatônico, Achlys se via na ilusão que se desenrolava diante de seus olhos. Na cena, ele arrastava sua mãe até o banheiro, sabendo que ela havia tomado mais pílulas do que devia, mais do que era seguro. O pré-adolescente chorava freneticamente, tentando acordar a única pessoa que tinha. Sacudia a mulher repetidamente, mas não era o suficiente; ela não conseguia se manter acordada. Aquela fora a primeira vez que ele se sentira em pânico porque não queria estar sozinho.
"Please, mommy, wake up." Não importava o quanto crescesse, sempre se referia à mãe da mesma forma. Molhava o rosto da progenitora, tentando trazê-la de volta, e suplicava ao pai com todo o coração que ele não a levasse. Ele não poderia perdê-la, não agora, não estava pronto. "please mommy, I need you, you can't leave me, mommy please."
Achlys assistia ao próprio tormento, enfiando os dedos na garganta de sua mãe e rezando para todos os deuses que não a deixassem ir. Devia ter percebido naquela manhã que ela não estava bem. Todas as manhãs, ela comia um waffle, mas naquela manhã ela não havia comido nada. Ele devia ter prestado mais atenção, não devia ter saído para brincar, deixá-la sozinha consigo mesma. Agora, isso poderia lhe custar a vida.
FIM TW
O Whitlock sacudiu a cabeça fortemente. "Não… não!" Cerrou os punhos, gritando para o nada. "Não!" Seu coração batia tão forte que o mundo ao seu redor parecia girar, deixando-o completamente desnorteado. A náusea era tão grande que ele não conseguia mais respirar, seu corpo tenso pela guerra que parecia acontecer dentro de sua cabeça. Ele se agarrou à cama, se puxando e se obrigando a ficar de pé. Cambaleante, usou as paredes para se guiar até o banheiro.
TW: self-harm.
A imagem no espelho era deplorável. Após alguns segundos longos de contemplação, o filho de Thanatos não conseguiu evitar desferir um golpe contra a própria imagem. A dor do vidro rasgando sua pele não pareceu ser suficiente, então ele desferiu outros dois golpes. O sacrifício da mão trêmula que agora sangrava pareceu ser o bastante. Só então Achlys se sentiu mais uma vez conectado ao próprio corpo. Anestesiado pela dor física, permitiu-se olhar novamente no espelho, que agora estava em parte tão quebrado quanto o próprio semideus.
FIM TW
Era o bastante; aquilo precisava de um fim ou seria, de fato, o fim dele. Abriu o armário, pegou dois sedativos e os ingeriu. Ele precisava dormir. Pegou sua máquina de cortar cabelo e a passou pela cabeça até finalmente não reconhecer a imagem no espelho. Talvez ali fosse o início de algo novo; os deuses sabiam que ele precisava que fosse.
#achlys deu a britney de 2007#pov.#pov; i could be anything you need as long as you dont leave#gente ficou monstruoso me perdoa
12 notes
·
View notes