Tumgik
#trolha
carnival-phantasm · 11 months
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É com pesar que comunico que vi a trolha gigante da magalu
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lkmhmkh · 1 month
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Que inferno pq tem q demorar tanto? Só queria usar uma roupa sem parecer uma trolha. Será q um dia eu vou ser feliz mds?
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soubaim · 10 days
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Atrasado, mas aqui estão as trolhas, digo, aqui está o texto.
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carpentalks · 2 months
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Sabrinoca, venho como ex-mod da tag perguntar: OKIKI ESSE POVO TÁ FAZENDO EM ABERTURA, GENTE?
Moderei 3 comunidades no # passado, mas vou falar de 2 só porque uma durou um tempo que hoje não dura mais e com aceitação basicamente todo dia LOUCURA PRA ÉPOCA e a outra acabou comigo sendo a única responsável por um período já que quem tava comigo teve 1 pequeno imprevisto já alí na reta final.
Fechamento não se discute, nunca vou julgar ninguém, seja porque o periquito tá doente, porque a faculdade tirou o couro ou simplesmente pq perdeu o tesão (acontece com mod de perder o musing também e acho totalmente lógico não querer segurar essa pica sem se divertir, neahm), mas abertura é justamente aquele período que a gente tá (idealmente) EM PAZ. Ainda não recebeu 500 ask de ódio, não foi mencionada em talker por uns FUDIDO MAL INTENCIONADO (respectfully), é só abrir e fé. Na minha época, ainda existia o hábito de postar ficha no tumblr, ALÉM das reservas/cadastros serem feitas pela DM, que era um cu por si só já que às vezes não se recebia, às vezes bloqueava, às vezes alguém mandava 2 mensagens e saía da fila, A TREVA; mesmo assim, isso nunca foi um problema. 100 reservas de Joy pra responder que não rolou? Jogando ALTO, gastamos 1 horinha nessa brincadeira. Menos de 2 horas depois td mundo tava respondido, confirmado e já lá no Tumblr. Mesmo dia: recebimento de ficha. Eu na leitura, a outra mod fazendo o appcount, td joia
Então como player hoje eu não posso deixar de perguntar COMO que com 3+ cabeça no controle, sem postar ficha, muitas vezes fazendo 1 mês de cmm sem masterlist, recebendo ficha mastigada e reserva em forms as mods da tag são PÉSSIMASSSSSS em abrir
Carpy, você não acha que tá sendo injusta?
NÃO ACHOOOOO, NÃO ACHO. Literalmente qualquer desculpa pode ser solucionada. "Abrimos dia de semana e aí deu ruim pq trabalho" não abre dia de semana. "A família de todas as moderadoras misteriosamente adoeceu" adia. "Ah mas é muita coisa pra fazer" divide as tarefas. "Estamos morrendo de tão ocupades e não recebemos pra isso" NÃO ESCOLHAM MODERAR, MORES? MUITO se fala sobre ser mod não ser trabalho remunerado, mas também não é algo que ninguém nasce pra ser; é uma escolha. Como assim cês tão escolhendo fazer uma gracinha e sendo incapazes de sustentar essa trolha, monas?
Foi male pelo rant, mor, mas é de foder o cu do tw: paiaço, vou é ficar pelo 1x1 mesmo enquanto esse pessoal não fizer algo além de usar de forms como forma de # transparência como se as primeiras reservas não fossem sempre adulteradas pra mod 🕊️
Oi, Carpy!
Li seu desabafo quase caindo da cadeira! Foi uma verdadeira jornada, obrigada por compartilhar. Sempre quis saber como era essa loucura de reservas por DM, e você confirmou minhas suspeitas: era mesmo uma rotina maluca.
Hoje em dia, vejo tudo muito extremo. Tem moderação solo que entrega tudo rapidinho e equipes grandes que demoram uma eternidade. Não acho que ter muita gente ajudando seja sempre uma vantagem. Acho que o segredo está no planejamento. Sem isso, seja sozinho ou com uma equipe enorme, ninguém consegue seguir um cronograma direito.
Sobre o final… Polêmico, mas é algo que já passou por muitas cabecinhas por aqui.
Agora, respira fundo e toma uma água!
Bons 1x1 pra você, Carpy ex-mod.
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sentesedefora · 2 months
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Profecia - Onde eles gastam o dinheiro - Blogada
Quando eu era mais novo, era escritor de poesia, uma poesia fraca que fui melhorando ao longo da vida mas que ficou para traz no meio blogueiro... As pessoas já não se ligavam á poesia e eu tinha pouca capacidade de chamar a atenção como poeta, era amador, escrevia todos os dias e nem tempo tive para me aperfeiçoar antes de desistir. Mas o que o dinheiro não compra? Já vi blogueiros de poesia bem bestas sendo visitados devido ao fato de terem um domínio e gastarem dinheiro em publicidades... Hoje é assim, já não há blogueiros de ensinar as pessoas a melhorar os seus blogs de modo a serem rendáveis, tal como os outros blogs que antigamente eram bem visitados estes, por serem fonte de renda, a pagar, desistiram e não tiveram mais blogueiros a seguí-los e a observar se há algum post ainda que ajude outro blogueiro a ser bom no mundo dos blogs. Agora o mundo dos blogueiros tem outras vantagens e desvantagens, outra alcunha, já não é o mundo em que o seu talento e a sua habilidade de marketing faz o seu blog render quanto você quiser na internet, com um bom template e total capacidade de ser o seu próprio promotor, agora o que serve para tudo no meio dos blogs é o dinheiro, o dinheiro compra as suas visitas, e o pior é que são poucas visitas por muito dinheiro, e as pessoas da rede social já não estão totalmente ligadas a receberem mensagens suas e ficarem curiosas para verem o seu blog. Você está liso??? O seu blog está liso tanto como sua carteira, ou melhor, mais ainda, enquanto outros blogueiros cheios de dinheiro apelidados por mim (Blogueiros trolha sendo tratados como majestade), são muito visitados falando em carros para vender, falando em música!!!! Meu deus!!! Musica??? Até para música amadora e nova no mundo da música, eles gastam dinheiro para que tais sites musicais sejam mais evoluídos na rede social, não como talento mas sim, quanto mais pessoas verem um talento que eu não tenho devido ao dinheiro, melhor. Essas são as azias que guardo do mundo dos blogs que está aderindo cada vez mais a publicidades e domínios que acabam rápido nos primeiros lugares do google enquanto que eu estou escrevendo de um assunto não ligado á maioria e sem paga e não tenho caracteristica de blog prodigioso
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considerandos · 3 months
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Velhice: Import-Export
Portugal é já o quinto país mais envelhecido do mundo e as previsões apontam para um progressivo agravamento da situação. Segundo as Nações Unidas, dentro de cinco anos, estaremos em terceiro lugar, muito perto de destronar os pouco invejáveis líderes crónicos da velhice, os japoneses.
Mas há uma diferença fundamental entre os japoneses e os países do sul da Europa, como Portugal, é que os nipónicos têm, há muito, as portas fechadas à imigração, enquanto Portugal, a Espanha, a Itália ou a Grécia, não só têm recebido milhões de imigrantes, como deles dependem quase totalmente, em vários setores da atividade económica, para além da frágil subsistência dos sistemas de segurança social.
Há algumas décadas atrás, o problema colocava-se às sociedades do norte da Europa, as primeiras a sofrer os efeitos do envelhecimento generalizado da população. Hoje, no Báltico, a questão subsiste apenas na Estónia, Letónia e Lituânia, países que chegaram mais tarde à velhice crónica.
Os suecos, dinamarqueses e noruegueses aplicaram um misto de abertura à imigração e de incentivos à natalidade, para minimizarem os efeitos da longevidade, com resultados muito positivos, que estão a ser copiados por outros, como a Alemanha e a Finlândia.
Por cá, para não variar, opta-se pelo caminho mais fácil, a abertura à imigração e mesmo assim, sem uma política clara e assumida. É a política do faz de conta. As portas abertas no discurso e fechadas na prática administrativa. Os consulados encerrados, com o pretexto do COVID, ou com anos de listas de espera para vistos que não são concedidos. Os serviços de imigração nacionais totalmente inoperacionais, visando deliberadamente afastar os imigrantes pelo cansaço, pelo mar burocrático em que são lançados, sem bóia de salvação à vista.
Não pensem que é por acaso. Fica bem aos políticos exibir essa pose de humanismo, de abertura ao acolhimento de estrangeiros, como compensação dos muitos milhões de emigrantes que o país exportou para o mundo, ao longo da sua história. Mas é pura retórica. Os serviços não funcionam propositadamente, para desincentivar a permanência de imigrantes. Eles que vão para outros países, onde há dinheiro para os integrar. Aqui só servem enquanto puderem ser explorados e ajudarem a equilibrar o défice da segurança social. Quando começarem a reivindicar direitos e regalias sociais, já não prestam. Tomaram os nossos governos ter dinheiro para pagar as pensões e subsídios dos que aqui nasceram, quanto mais dos imigrantes. Que vão pedir subsídios aos outros.
Quanto a políticas de incentivo à natalidade, esqueçam. Há quem aprove descontos aos jovens nas viagens de comboio ou até no IMT (lá para Outubro, se Deus quiser). Eu nunca tive sequer abono de família para os meus filhos e cada vez há menos casais a dele beneficiarem, mesmo de valor miserável.
O ensino pré-escolar é caro e privado e como a quase totalidade dos jovens tem hoje formação superior, são geralmente confrontados perante duas hipóteses, ou criam o próprio emprego, como freelancers, sem descontos e sem direito a reforma, ou vão trabalhar para o estrangeiro, porque em Portugal não há lugar para tantos bacharéis, mestres e doutores. Ainda se fossem trolhas ou padeiros...
A isto acresce a cobiça pelo dinheiro dos velhos lá de fora, a quem se atrai com vistos dourados e isenções fiscais. Como se não tivéssemos já velhos que bastasse, ainda nos pomos a importar os dos outros.
As pessoas vivem até aos noventas, depois de se terem reformado antes dos sessenta. Recebem, em reformas, dez vezes mais do que descontaram ao longo da vida, distorcendo em absoluto a pirâmide de rendimentos da família. Antigamente tinham-se filhos para assegurar a velhice, agora feliz do que tem pais vivos! Metade da minha geração vive à conta das pensões dos velhos, porque nem tem rendimentos (grande parte está ou já esteve insolvente) nem qualquer perspectiva de reforma. Se lá chegar, e com o aumento da esperança de vida é muito provável que a maioria chegue, iremos receber menos que o salário mínimo nacional. Os mais felizardos, porque o que mais há para aí são trabalhadores independentes que nunca fizeram descontos na vida. Para esses é trabalhar até morrer e candidatar-se à pensão social, como a minha avó.
Voltámos à geração dos mendigos do Estado, porque os velhos hábitos tardam em desaparecer. Tanto quiseram construir um estado social exemplar que mataram a galinha dos ovos de ouro. Mas vá lá dizer-se aos velhos que ganham demais... Isso é falta de consciência social. Já enviar os filhos para o estrangeiro, porque em Portugal não têm futuro, a não ser que queiram trabalhar nas obras, isso é humanismo progressista.
Venham os imigrantes pôr ordem na casa, porque os portugueses, decididamente, não o sabem fazer. E quanto a mim, com pouco me contento. Com o produto da venda de algum património herdado e a minha reforma miserável, posso sempre viver tranquilamente nos trópicos, fugido definitivamente desta nave de loucos que afunda a ritmo acelerado, perante a passividade da maioria, que luta encarniçada por mais algumas esmolas do estado, antes que esgotem de vez.
Está na altura de juntar uma nova política para o rejuvenescimento da população portuguesa, a exportação de velhos.
Eu sou o primeiro a inscrever-me, tão rápido quanto me deixem.
30 de Junho de 2024
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tratadista · 7 months
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Júlio Pomar, O Almoço do Trolha (1946)
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gossipoems · 1 year
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Conheci-o no primeiro dia
Chamou-me logo a atenção
Não acreditava no que via
Não aguentava do coração
Tornamo-nos próximo
Amigos e depois algo mais
Mas tu apareceste de fininho
E roubasto-mo rápido demais
Não importa quantos tenha
Ele será sempre o número um
Por mais quantos que venham
Não quero mais nenhum
Mas isso não importa
Ele já fez a sua escolha
Apesar de eu não concordar
Não posso competir com uma trolha
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yayotty · 2 years
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minha mae esqueceu di mim dar o dinheiro pra mim compra marmita i tive qi comer um pao mais seco do q uma trolha pqp coisa horrivel oh seu soubesse o basico di cozinha num taria passando por essa humilhaçao
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smegmacomix · 4 years
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Fui convidado pra fazer um desenho pro calendário @laveoditocujo ! Deixe sua trolha bem limpinha pra ela nunca ficar doentinha! 8==D 💦 #laveoditocujo #ilustracao #illustration #trolha https://www.instagram.com/p/CC9VWKBHA2S/?igshid=1ss07ng48v2ld
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luiscosta13 · 6 years
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parisjohanna · 6 years
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Júlio Pomar
O Almoço do Trolha
1951, litografia
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oblogquenuncative · 2 years
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é hora de almoço nas obras da pedreira e os três trolhas dividem a sombra de uma única árvore raquítica. deitados no chão, dormem abafados entre toalhas de praia e os capacetes mesmo à mão de alcançar quando der o meio dia e meia. comove-me esta intimidade calada entre homens cansados, que partilham o sono curto e pesado no meio da dureza de uma jornada de trabalho.
no carro da frente, uma mão de mulher fora da janela a replicar um gesto que repito tantas vezes. conduzir com uma mão ao vento. a apalpar o ar que passa por ela. um bailado tão belo, a contrariar a resistência da matéria. há um mundo no corpo que vai dentro do carro e outro na mão que atravessa o vento lá fora. e são diferentes as pessoas que escolhem experimentar um ou ficar só no outro.
depois de fodermos, viras-te sempre de costas, a mexer no telemóvel. alheado, deslizas pelo ecrã com a mesma avidez com que percorreste o corpo que agora esqueces ainda morno, a acertar a respiração e que ainda não parou de te querer. jamais te amaldiçoaria mas, para dentro, peço ardentemente que um dia te pesem todos os minutos que não usaste para me contemplar. estou absolutamente certa que lá chegarás.
é feita de gestos, a puta da vida. os que escolhemos conscientemente e aqueles que, sem darmos conta, é como se mexessem no eixo da terra, o mesmo que nos atravessa e muda. e mais do que aqueles que, responsabilidade nossa, concretizamos, faz-se daqueles que temos a clareza de observar.
🤎
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vozdodeserto · 4 years
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UMA DOENÇA CHAMADA PROTESTANTISMO II
Um Anti-Católico Primário Assume-se
Gosto de pensar que este texto não é para quem desejar brilhar com tiradas que nos põem nos tops das redes sociais. Exige alguma concentração e isso tende a ser custoso para quem anda a caçar likes. Nestes parágrafos ponho o coração na boca para vos confessar a minha condição cardíaca de cada vez que tenho de reflectir sobre documentos da Igreja Católica Romana. Ainda não é agora que avalio mais simples e analiticamente o “Fratelli Tutti” (está quase!). Aqui continuo apenas à porta, tentando da melhor forma que consigo assumir os meus preconceitos, conceitos, e pós-conceitos, até porque, como já vos tentei explicar assumindo que sou uma criatura do Génesis 3 num mundo que quer parar no 2, não acredito em leituras neutras.
Quero começar por reconhecer que não sou indiferente aos evangélicos que hoje em dia querem dar uma de sofisticação intelectual alinhando com o que o Papa Francisco diz (tendo a odiá-los), e quero reconhecer que não sou indiferente aos católicos romanos que me tratam com generosidade e inspiram a minha fé (tendo a amá-los e tentei fazer-lhes alguma justiça no texto anterior). Estes dois tipos de pessoas interferem com a paz de espírito de que careço para ler “Fratelli Tutti” e, por isso, não tenho como negar a existência de um conflito interno. Bem-vindos à minha leprosa leitura do Papa, sempre caindo aos pedaços ao mesmo tempo que crê que uma limpeza maior tem de ser possível.
Comecemos pelo que sou: um “anti-católico primário”. A palavra “primário” é-nos hoje especialmente ofensiva. Quando é colocada depois de alguma classificação, tem o poder de nos reduzir a bestas. Quando sou chamado de “anti-católico primário”, ou eu mesmo assumo que o sou, é provável que se torne moralmente aceitável que o que quer que diga acerca do catolicismo não mereça ser tratado com seriedade. Se, sendo o tal “anti-católico primário”, me tornar parecido com uma besta, a única seriedade que podem ter comigo é a de não reconhecerem humanidade à minha posição—fico fora do jogo, algures no universo dos primários, ou mesmo dos primatas. A melhor interacção que existirá será eu poder ser contemplado por seres humanos, dignos dessa humanidade, que me poderão ver a mim, dentro de uma jaula adequada para a minha condição primata. Resumindo: ser um “anti-católico primário” torna-me bicho do zoo. Cá estou eu, semi-enjaulado neste texto para o proveito da vossa observação.
Mas sabem, não me interessa contestar que usem a palavra “primário” para mim porque acredito que ela me elogia. O meu anti-catolicismo primário não é apenas um instinto animal, ainda que reconheça que também há muito de irracional nele. Sim, reconheço que, por ser Protestante num país de maioria Católica, é fácil (muito fácil mesmo) reduzir os erros do mundo ao Catolicismo. E reduzir os erros do mundo ao Catolicismo não mostra grande inteligência, reconheço. No entanto, há no meu anti-catolicismo um carácter primário que resulta de crer que ser anti-católico é uma consequência de compreender as coisas principais—daí a palavra “primário”. Onde quero chegar é a esta afirmação: com toda a aparência de burrice, creio que há alguma inteligência em assumir-me como “anti-católico primário”.
Há alguma inteligência em assumir-me como “anti-católico primário” porque o Catolicismo, como qualquer religião, ao fazer afirmações de tendência absoluta acerca da existência, trata de assuntos principais ou primários. Não é possível não exercermos algum tipo de comportamento primário em relação à religião quando a religião exerce um tipo de comportamento primário em relação a todas as pessoas. Independentemente do credo específico de qualquer religião, cabe-lhe pronunciar um juízo principal sobre a existência, juízo esse que inevitavelmente integra o universo das crenças principais na vida do que crê. É por isso que as pessoas que, reivindicando algum tipo de adesão religiosa, fazem-no relativizando o alcance dogmático das suas crenças, são o pior tipo de trafulhas. Até o relativismo é uma forma de dogma. E ser relativista em relação a uma religião que supostamente se confessa é afirmar dogmaticamente que nada é dogmático (podemos fazê-lo por sermos burros ao ponto de não compreendermos a falácia em causa, ou porque simplesmente queremos mesmo endrominar os outros, entre outras hipóteses).
Logo, assumir-me “anti-católico primário” é apenas tomar como principais as coisas que digo em relação ao que o Catolicismo toma como coisas principais. Ser um primário em assuntos de religião não é apenas o reflexo possível de ser uma besta (possibilidade essa que, em relação a mim, continuo a não descartar); é também em função daquilo que pode ser o melhor em mim, ao distinguir as coisas mais importantes das outras (esta ideia expressa em inglês é que resultava mesmo: being primary about religion is not only about what may be beastly in you; it may be about what you indeed know best). Chamarem-me “anti-católico primário” pode ser o melhor elogio que recebo vindo de pessoas que apenas queriam insultar-me. E, sabem, sentir-se elogiado pela tentativa de insulto dos outros é, para mim, uma religião—também é isso que me torna Protestante e assumidamente “anti-católico primário”.
Em função da lógica muito estreita que quero estabelecer neste texto (porque, como já devem ter entendido até aqui, sou todo acerca de lógicas estreitas), resumiria o Catolicismo a um insulto na tentativa de um elogio. É isso mesmo: é assim que quero resumir os milénios de discussão dentro da Cristandade. Por que considero o Catolicismo errado? Porque o Catolicismo insulta-nos enquanto nos tenta elogiar. Porque considero o Protestantismo certo? Porque, se na vida há algum elogio possível, será certamente e apenas através do insulto. Nas crenças religiosas não há grande hipótese de nos esquivarmos de paradoxos, por isso, escolha o seu (os anti-religiosos hão-de chamar-lhes pura e simplesmente contradições).
De cada vez que leio um documento oficial da Igreja Católica Romana, e da pena do Papa Francisco em particular, não consigo evitar convulsões salivantes, próprias de quem se toma como reencarnação rústica de Lutero num país que nunca o respeitou. Como me costuma dizer um colega pastor, num português evangélico e cuidado, “até me bolso todo”. Sabem, parte do problema é o esquema heróico que o Protestantismo infantilmente concede a qualquer Gru, o mal disposto (no Brasil, “Meu Malvado Favorito”). Onde o Catolicismo adora a acção certa para atingir o bem, os Protestantes adoram fazer coisas que parecem erradas para se livrarem do mal. São duas religiões opostas, neste sentido. Reconheço que o excesso Protestante é o do trolha entornado: a leitura literal da Bíblia já lhe serviu de bagaço no mata-bicho matinal e, com a marreta na mão, rebentar tudo é apenas vocação divina. Mas estes excessos revelam entendimentos sobre a existência realmente antagónicos e que nos melhoram a vida quando compreendidos.
Como vos disse, não é neste texto que vou entrar na leitura crítica de “Fratelli Tutti” do Papa Francisco. Isso, se Deus quiser, ficará para o seguinte. Para o efeito pretendido destas linhas, tudo isto é prolegomena. Mas é um ponto de partida necessário da viagem. Há algumas coisas que elogiarei no texto sobre o que escreveu o Papa Francisco. Como calculam, as coisas que não acho elogiáveis serão aquelas onde me exprimirei com mais exuberância. No entanto, tomei como necessário o reconhecimento formal destas tais duas visões contrastantes e totais que separam Protestantismo e Catolicismo (não me posso ocupar neste texto das margens existentes em ambos, de Católicos que operam sob lógica Protestante, e de Protestantes que operam sob lógica Católica—a vida é tramada e o pessoal tem de aprender a orientar-se nela e, por isso, give me a break). E o fundamental, quando leio o Papa, é lamentar que ele me ofenda tanto enquanto me julga elogiar. O pior nesta ofensa, nem é a dor por me sentir mal-tratado; é o que calculo ser a alegria dentro do Papa por estar convencido de que me ama mesmo. Estes romanos são loucos… Como é que o Vaticano pode estar tão certo do que diz só porque o que diz parece bonito?
Não me parece ser justo culpar um Católico por ser coerentemente Católico. Mas, por outro lado, também não me parece justo tomar como Católico o que um Católico toma como essencial à sua fé em 2020, só porque ele assim julga. Ou seja, para se ser realmente Católico não basta afirmar-se (daí que a piada se constrói acerca da certeza que um Protestante assume em seguramente ser mais Católico do que os Católicos Romanos). Portanto, uma das minhas reclamações fundamentais em relação ao “Fratelli Tutti” será, não apenas da ordem mais filosófica que até aqui tenho tentado apontar, mas de ordem histórica. E esse continua a ser dos pontos mais fracos da história do Catolicismo contemporâneo: a ânsia de universalidade (sendo a Igreja de todos os tempos em todos os lugares e para todas as pessoas) tende a verter-se na típica abstracção que não lida muito bem com a chatice dos factos históricos. O Catolicismo contemporâneo exige uma releitura histórica altamente selectiva para poder mostrar-se inclusivo.
Como é que funciona esta releitura histórica selectiva para efeitos de inclusividade total? Usando de omissões brutais e de simplificações ainda maiores. Dou agora um breve exemplo do “Fratelli Tutti”, que explorarei posteriormente nos próximos textos: a tradição franciscana (de Francisco de Assis) é usada como lógica global da encíclica, ignorando qualquer outra tradição dentro da Igreja, como se a história se fizesse de superação simples em superação simples (aliás, esta questão da “superação simples” dava pano para mangas porque traduziria a influência hegeliana no Catolicismo contemporâneo, mas agora vocês não estão com pachorra para este rumo da conversa—nem eu!). A pessoa não precisa de ter um doutoramento em Idade Média para saber que a Cristandade sempre reconheceu dentro de si debates que eram reflexo de entendimentos contrastantes: basta ter visto o “Nome da Rosa” em filme, e nem sequer ter tido a fortuna de ler o romance do Umberto Eco, para recordar as acessas discussões acerca da personalidade de Jesus (neste caso, se ele e os discípulos riam ou não). Simplificando: a postura de Francisco de Assis, que se colocava como irmão universal de todas as criaturas (animais incluídos), é uma tradição dentro de inúmeras na historia da Igreja. Repito: uma entre inúmeras. No entanto, o Papa assume-a como se história de divergências não existisse. Chapa-a na introdução e a partir daí é piloto automático. Será que, se alguém disser que no cristianismo há espaço para não concordar com a ideia de irmandade universal, nesse sentido, está errado? Aos olhos de uma interpretação histórica rigorosa, não. A prova é que, no geral, o Protestantismo, como fenómeno histórico consequente dos debates que existiam dentro da Igreja, e não fenómeno histórico consequente da imposição deles, continua a não assumir o que o Papa toma como óbvio.
Por isso, o Catolicismo insulta-me quando julga me elogiar. O Catolicismo tem vindo a aperfeiçoar o dom incrível de reclamar para si pessoas que, com alguma razoabilidade, não querem nada com ele. Esta última encíclica é especialmente insuportável porque parte do princípio que chamar todas as pessoas de irmãos é o segredo para ninguém cometer o sacrilégio de julgar que pode não pertencer à família. Em várias expressões da cristandade não se assume que, por todos termos sido criados por Deus, somos filhos dele—assim é na tradição à qual pertenço (muito sucintamente, filhos de Deus são os que através da fé em Cristo são tornados seus filhos adoptivos). Não nego a necessidade de reconhecermos semelhança entre todos os seres humanos: é isso que está em causa doutrina verdadeiramente universal entre todas as tradições cristãs de considerarmos que todo o ser humano é feito à imagem e semelhança de Deus. Não nego a necessidade de reconhecermos a amizade como o melhor caminho entre todos e tornar isso uma preferência nas sociedades que desejamos. Todas estas são preocupações que partilho com o melhor que o Papa escreve nesta encíclica. Mas, como anti-católico primário que sou, quero apenas defender um mundo em que, por triste que pareça, me assista a liberdade de sair da casa do Papá, que é a palavra que está por trás de Papa. Até para ser um Filho Pródigo que regressa, talvez seja útil não partir do princípio que qualquer casa é de família.
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momo-de-avis · 5 years
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Guerras de Midgard, Cap. 1: Maré de Trevas
No ano passado, vendi a minha dignidade ao diabo fazendo uma análise capítulo a capítulo do monte de esterco que é a primeiríssima obra literária de João Zuzarte Reis Piedade, também conhecido como Zuzas. Para quem é novo aqui, e esta coisa de eu andar a ler merda e a fazer análises é nova, o índice completo d’O Filho de Odin encontra-se aqui (ou podem pesquisar a tag Ana Le o Filho de Odin, ou ainda as siglas FDO seguido do número do capítulo, tipo: FDO3).
Para grande infelicidade da raça humana, e ainda mais infortúnio dos portugueses, Zuzarte não ficou satisfeito com a sua primeira empreitada no universo literário, e depois de encher o ego não sei bem como porque se pesquisarem no google este livro é genuinamente o livro tuga mais mal falado pela blogoesfera, ele decidiu publicar a sequela, chamada Guerras de Midgard.
E eu, porque não tenho amor próprio, decidi prosseguir no martírio e fazer o mesmo. Alerta: este livro é maior que o anterior. Aceito envio de álcool para recobro.
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Rezem por mim.
Antes de entrar no capítulo, quero apenas deixar-vos com a delícia que é 1) a dedicatória do Zuzas, e 2) a nota do autor.
Dedicatória:
Dedicado àqueles que na escuridão amam e, que de volta, são amados.
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E quanto à nota de autor, vou apenas deixá-la aqui para vossa apreciação:
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Recosto-me na minha cadeira IKEA e rio-me. Zuzarte, com todo o meu mais íntimo respeito e admiração, vai-te foder. Com toda a minha admirável persistência e respeitando ainda a tua perserverança, peço-te que enfies a tua falsa modéstia bem pelo cu acima, e faz dela um clister de sabedoria, porque me recuso---absolutamente RECUSO---a acreditar que tu 1) escreveste esta merda aos 12 anos, 2) não foste plagiar, seja WoW seja o que for, e olha que eu, da última vez, apanhei-te com a boca na botija contra os Wizards of the Coast.
Não me vou dar ao trabalho de pesquisar porque caralhos me fodam, mas isto é super inconsistente: eu lembro-me de várias entrevistas onde todos se gabavam do menino ter escrito isto aos 14 anos. Inclusive, na contra-capa do original, esse facto é gabado por não menos que o Pedro Granger. E eu sei que tu tinhas 14 anos em 2004 e não 2002 porque, tal como eu, nasceste em 1989. Aliás, o livro foi publicado em 2006, o que se entrepusermos o período de edição (que de certeza absoluta não existiu) e paginação, que eu vou reduzir para 6 meses ao invés do processo natural de um MÍNIMO de um ano, já que o livro deve ter sido revisto por um macaco epiléptico a bater com a testa num teclado, não há qualquer chance deste estrume ter sido escrito na sua forma final antes de 2004. E sim, o livro dá todas as provas de ter sido apressado (relembrem-se que apanhei mais do que um erro).
Se calhar queres dizer que o first draft é de 2002, ou que tiveste a ideia em 2002. Mas convenientemente, jogaste umas coisinhas porreiras, das quais te gabas agora por seres nível 70 e o caralho, mas continuas a nível 2 na escrita, n00b. 
“As empresas de videojogos não se inspirem tanto no meu trabalho! He!He!!”
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Quanta insegurança não acrescentaste aí nessa falta de coluna dorsal a que tu chamas ego de Cascais para te dares ao trabalho de escrever este colhão, e mandar logo gralhas horripilantes NA PRIMEIR PÁGINA, ANTES SEQUER DA HISTÓRIA COMEÇAR. 
Como é que foi, Zuzarte? Como é que foi os teus papás comprarem a tua publicação na Gailivro, financiarem por meio de cunha o teu sonho molhado de adolescente, ter a Caras e a VIP e o caralho a fazerem passadeira vermelha para ti enquanto os amigos do papá te afagam o piço---só para, de repente, dares por ti e seres a punchline da literatura portuguesa?
Quantas noites choraste tu nos peitos da mamã apresentadora de TV porque foste alvo de chacota de virtualmente toda a gente? Como é que é ainda hoje ires ao goodreads e não encontrares uma única crítica positiva do cagalhão coalhado que tu chamas livro que os teus pais publicaram por cunha? Quão traumatizante foi para ti perceber que o dinheiro não compra talento, mas sim uma oportunidade de te pôr na ribalta, que por sua vez apenas proporciona às pessoas uma oportunidade de te fazerem ver que além de escritor de merda, és também pessoa de merda, para teres de escrever esta infeliz abertura onde inclusive mentes com todos os teus dentes?
Pelo menos respondeste à pergunta que eu tinha no primeiro livro, e vejo que eu não estava enganada: escreveste um guião, não livro, só que não para filme. Para jogo. O que tipo
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pqp
Cá vamos...
A história começa em 1914, 52 anos depois de Drácula ir com o boda, e o autor diz-nos que foi “um período conturbado e negro” mas “essa paz parece não durar muito tempo” porque “paira no ar uma sombra de mudança”.
Em Skeidharársandur, na Islândia, humanos e anões são amigos até que os dragões das neves começam arrear neles e quando a coisa fica mesmo feia, a aliança começa a fraquejar. A solução é construir uma torre de vigia. Só, nem tipo melhor estruturas ou ir às cidades vizinhas pedir auxílio. Só construir uma puta duma torre, e anda com ela. Os anões, que são os obreiros da mitologia, partem pedra, enquanto os humanos defendem a cidade.
O problema é que o tempo passa e eu sinceramente não percebi se a obra nunca foi começada ou se se está a arrastar por demasiado tempo, mas seja como for, os anões vão ao sindicato e pedem aos humanos que os ajudem para despachar esta merda. E encontramos a primeira pérola:
A Aliança encontrava-se numa situação crítica: sem os artesãos necessários para o fabrico de armas, os Islandeses falharam, mais parecendo um grupo de crianças a atacar um tanque de guerra com bolas de neve.
Se isto vos parece confuso porque, embora explicado o problema do tempo, até agora não houve menção de armas, é porque o Zuzarte, nos 2 ou 4 anos que teve para crescer de um livro para o outro, aprendeu 0, e deu-nos zero de explicação.
A informação é largada aqui sem um contexto, e compete a nós desfragmentá-la, basicamente. Segundo: porque é que os islandeses falharam? Só existe uma cidade na Islândia? E atenção, isto é 1914. Metam-se na puta dum avião, um barco a vapor, uma prancha de surf, e vão à Irlanda, ou à Noruega, ou ao caralho, pedir auxílio.
Sentindo-se como que inútil, Jarl ordenou que todos os artesãos largassem o seu ofício e se concentrassem somente na construção da torre.
1. Somos forçados a subentender que o que isto quer dizer é: a aliança encontra um momento crítico porque os artesãos OU trabalham nas armas OU na construção da torre, embora o Zuzas não tenha dito isso.
2. 4 anos após o Filho de Odin, e o Zuzarte encontrou “como que” para substituição da sua expressão favorita: espécie de, lmao
3. Para quem não sabe, “Jarl” é um título, tipo lorde de chefia militar, comummente líder da cidade/freguesia/sei lá. Logo, deveria ser “o Jarl” e não “Jarl” sem artigo definido. Isto induz quem não sabe em erro: pensa que Jarl é um nome.
Os anos passam e a puta da torre não pára de construir, tanto assim que o pessoal começa a ter problemas a levar calhau lá para cima.
Quando parecia não haver mais esperança, um grupo de seres muito pequenos, envoltos em capas, ofereceu a sua ajuda.
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Tenho a certeza que não são nada sketchy.
Os bichos estranhos pedem apenas uma coisa que o narrador afirma ser considerada por humanos e anões como “tão insignificante que a Aliança acedeu ao pedido, sem hesitações”.
O pedido?
Construir um altar a um deus que eles desconhecem com runas na puta da torre.
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“O que é que eles querem?”
“Desenhar uns hieróglifos esquisitos nas nossas paredes e erguer uma estátua em honra de um deus qualquer, acho que não é nada de mais.”
“Mas Jarl, não está estabelecido neste universo que a magia é um dado adquirido, e que a possibilidade de ela ser extraída de forças divinas torna-a ainda mais poderosa, quiçá mesmo perigosa?”
“Está sim.”
“Então não achas isso um bocado trolha?”
“Claro que não, aposto que isto é tipo Quinta da Regaleira, toda a gente diz que é místico mas é porque nunca viu um poço na vida!”
A torre é construída bué da rápido e um dia as nuvens “destaparam os céus” (SIM, a inconsistência de tempos verbais do livro anterior mantém-se, o Zuzas aprendeu zero em 4 anos) e revelaram a torre que “parecia uma lança inquebrável que quase tocava o céu”, já terminada.
Mas o que ninguém sabia era que o verdadeiro pesadelo estava para vir...
GARANTO-TE QUE EU SEI, CARALHO. JÁ PASSEI POR ISTO UMA VEZ, JÁ TENHO ESTOFO.
Eu tenho para mim que construir UMA (1) torre para defender de dragões é um bocado estúpido, mas enfim.
Graças ao Falo Anti-Dragões, este local passa a ser conhecido como “Eterna Sentinela” e, atenção, os bichos estranhos pediram ainda que se instalasse um sino para alertar a população sempre que viesse aí merda, o que está certo.
mal os seus homens chegaram junto da porta, o sino gigante começou a tocar. Uma...duas... três vezes. Lentamente, o som propagou-se pela cidade. Quatro... cinco... seis vezes tocou o sino como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro. Sete... oito... nove, a intensidade aumentava a cada a badalada (sic) e os membros da Aliança afastavam-se cada vez mais da porta da torre, tapando os ouvidos com as mãos. Dez... onze... doze. À décima segunda badalada, desencadeou-se uma forte tempestade de relâmpagos e a porta abriu-se.
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Vamos já adereçar o elefante na sala: sim, o Zuzarte melhorou a sua capacidade descritiva. É publishing material? Não para mim. É bom, bom? Não acho. Mas está melhor, acima de tudo num aspecto que foi, para mim, daqueles em que ele mais cagou n’O Filho de Odin: não é tanto uma questão de a linguagem estar bonita ou não, mas que está claramente pensada para público alvo. Ya, “como se fosse o batimento cardíaco de um gigante de ferro” é foleiro, mas também é exactamente o tipo de comparações que encontramos em literatura infanto-juvenil.
Segundo, props à intenção de criar ritmo por fim a gerar suspense. A contagem crescente é uma coisa que costuma funcionar muito bem em literatura infanto-juvenil, por isso, embora eu não goste, não se trata do meu gosto pessoal, mas que funciona.
Estou para ver se esta merda descarrila.
Numa raríssima e totalmente inovadora tentativa de de facto DEIXAR A NARRATIVA PROGREDIR AO SEU RITMO EM VEZ DE APRESSAR, Zuzarte indica que os homens entram.... lentamente... para dentro da torre, e de lá saem “uma hora de ratazanas em decomposição” que ele chama de “pequenos vis roedores” (lol) e depois, “surgiu algo pior: pareciam vários ratos gigantes, bípedes com a altura de dois homens” e já caímos nas contradições porque um bípede é um animal que se apoia em 2 patas---que não é bem o que um rato é, a menos que os ratos de Cascais sejam uma estirpe à parte, MAS é precisamente o que vem a seguir: “homens-ratazanas (...) guinchando e rosnando”.
O narrador diz-nos, então, que isto revela a verdadeira natureza destes bichos que construíram a torre (mas não deixa claro se o povo percebeu): não são nem anões nem gnomos, mas sim “Skorfs” que a nota de roda-pé (TINHAM SAUDADES?) indica ser um nome oriundo de “scorfa, duendes em latim” e DING DING o meu pedantismo volta porque 1) verifiquei em 2 dicionários de latim, e scorfa não existe, e 2) “duende” é na realidade de origem galaico-portuguesa (E NÃO IRLANDESA), é uma contracção evolutiva de duen de casa (”dono de casa”) por isso tipo. Why. Se inventas um nome pra uma merda, não tens de dar explicações a ninguém A MENOS que seja relevante. É relevante quando, por exemplo, involve uma língua nova---neste caso é latim, caralho. Deixa o pedantismo bem no fundo do esfíncter e dedica-te à pesca, meu.
Mas acham que o Zuzas perdeu o hábito de verborreia educativa??? CLARO QUE NÃO:
Skorfs, uma espécie híbrida, metade duende, metade roedores, cheios de verminoses, vindos do quinto dos nove Círculos do Inferno.
CHEIOS DE VERMINOSES
A nota de roda-pé para o Círculo dos Infernos é de cagar a rir porque está QUASE como trabalho académico:
Vide A Divina Comédia -- Dante Alighieri.
Suponho que o Zuzas tenha escolhido a sua nova obra clássica preferida para plagiar depois de passar a sua fase Van Helsing/Bram Stoker.
Estas criaturas, que mais parecem ratazanas raivosas e em decomposição, medem pouco mais de um metro e a sua pele, por vezes revestida com penugem, mostra cicatrizes provenientes dos vários combates tidos com Anões, Gnomos, Duendes ou mesmo os da sua própria espécie [?]. Alguns possuem pelagem cinzenta, preta ou castanha, mas os mais horrendos são os que não apresentam pelagem. Têm dentes afiados, amarelos. Um skorf orgulha-se dos seus dentes, pois a sua horrenda cor e o seu formato são sinais de superioridade em relação a outros skorfs. Os dentes, além de prestígio que conferem, são importantes armas mortíferas ao transmitirem vírus letais a quem é mordido.
Literalmente não mudaste nada em 4 anos. Metade desta informação é-me inútil, a menos que a cor do pêlo se torne relevante por que razão for. Já para não falar que temos o habituar: o tempo verbal muda drasticamente para falarmos no presente só para o narrador nos dar uma chapada de pedantismo.
Chupa, plebeu.
Este bandalho de ratazanas é tão fodido que não deixa UM SOBRIVIVENTE
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UM!
...excepto Hugin, “o Primeiro, um dos Corvos de Odin” que andava por lá a passear portanto nem sequer tem nada a ver com esta merda, e dá as más novas aos deuses, e portanto chega a Midgard a notícia de que a Islândia INTEIRA foi com o boda.
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INTEIRA, MANOS!
E depois de um parágrafo largo para dar a ideia de que agora estamos a fala de outra coisa:
o mesmo se começou a verificar na Alemanha: alterações sociais contribuíram para que o seu período de paz parecesse chegar ao fim.
Isto é uma maneira muito interessante de se referir ao absurdo da origem da primeira guerra mundial e toda a situação do Franz Ferdinand.
Na zona Sul deste país, na Floresta Negra, domínio dos Elfos Negros ou Drows,
eu vou ser sincera: achei muito estranho n’O Filho de Odin o Zuzas não ter chamado aos elfos negros Drows, já que ele plagious merdas de DnD à cara podre, mas estou a ver que em 4 anos ele perdeu a vergonha. E acrescento ainda que Drow tem uma nota de roda pé que diz “Palavra utilizada pelas outras raças de Elfos para designar os Elfos Negros, que os vêem mais como demónios e que se recusam a considerá-los como autênticos Elfos”. Hmm, bom racismo mitológico.
E é claro que os drows vivem na floresta negra, não podiam viver na baviera ou o caralho, a floresta negra nem tem nada de negro, só mesmo o bolo
...e, foda-se, resto da frase é literalmente impronunciável:
o reino de Dëren’Thürn é governado pelo sucessor do Rei Nürnen Durthang I, o príncipe Kaleth “Angïll” Durthangs II.
O apelido, portanto, mudou de pai para filho. 
Eu detesto esta merda de morte em fantasia. Não sei porque é que os autores de fantasia acham perfeitamente aceitável deixar o gato passear pelo teclado e clicar no trema umas quantas vezes porque dois pontinhos ficam fixes ali, e depois bota uns apóstrofos porque é assim que se faz, né? Eu sei que querem inventar línguas, mas ao menos ajudem-me na pronúncia, e se estamos na alemanha, eu vou puxar da leitura alemã. Mas isto é pet peeve meu.
Agora, deliro ali com o “Angïll” porque se está entre aspas significa que é ou um cognome, ou uma alcunha, que nunca nos é explicada. Fixe.
Enfim, este Kaleth sobre ao trono com 750 anos (”que equivale a dezassete anos nos Humanos” lol) e é considerado um dos “monarcas mais influentes”. E porque é que é influente? Porque comete genocídio contra os não-drows, através de umas “escassas dezenas de guerreiros” e alguns pózinhos de “magia negra”! Uma ideia casualmente reforçada no parágrafo seguinte depois de laudar este méne:
A maldade e os crimes hediondos não tinha limites.
Um bocado a contradizer ali o epitáfio de “gajos mais influente e respeitado”. Ao menos podias ter esclarecido “PELOS DA SUA RAÇA”.
Este monarca costumava liquidar os prisioneiros
caralho tou me a rir, “liquidar” é uma palavra tão bizarra para usar neste contexto porque parece que o man fez liquidação total nos prisioneiros de guerra durante a rebaixa de verão 
Enfim, ele gosta de torturar mans, usando um artefacto bonitamente chamado de “Luva de Loki” que consiste numa 
luva metálica forjada nas fornalhas de Dëren’Thür com o único objectivo de matar a sangue frio e perfurar as armaduras dos seus inimigos, arrancando-lhes o corações e outros órgãos internos.
depende do dia da semana, às vezes é um rim, outras um pulmão, é como lhe apetecer. Aliás, diz o narrador que às vezes lhe arranca o cérebro para oferecer de refeição ao seu dragão negro de estimação, Kkaelar “Karath” Haelörst.
voltamos à linguagem infanto-juvenil habitual, portanto LMAO
Este gajo vive debaixo da terra, e a cidade dele tem 10 níveis. Os primeiros 9 são cidadãos e soldados e o último é do rei e a sua corte, e é também onde está o templo para os necromantes “invocarem os poderes demoníacos que ajudaram os seus soldados em váras campanhas pela sua magnífica cidade de ónix” ok.
Eu queria evitar isto mas tem de ser:
Embora a disciplina seja constante e os Elfos, curiosamente, sejam educados e extremamente sedutores [LOL], a maldade paira pesadamente no ar como fumo de um incêndio junto às chamas. Os homens [envergam] armaduras de escamas negras, exibindo alabardas, semelhantes a foices com uma espécie de gancho grande e afiado o suficiente para que além de trespassar armaduras agarrava pela parte de trás os capacetes e perfurava-os.
Que puta de atrocidade que vai nesta última frase, isto é tipo fazer necromancia para reerguer o Camões e o D. Dinis só para lhes espetar um chuto no escroto tão forte que os mata outra vez. E mais fascinante de tudo é que ele fala tanto e diz nada.
Já tinha saudades dos semelhantes a e espécies de, seguidos de uma descrição que faz puto de sentido. Façam só como eu, e vão ao google. Isto são alabardas:
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pronto.
As mulheres pertencem ao “Culto de Hel”, uma organização de bruxas com o único objectivo de adorar Hel e sacrificar seres vivos em sua honra.
Segue-se uma puta duma descrição do quanto nEgRo tudo é, o quanto MáZoNAs estas pessoas são, e o primeiro nome pseudo-latino (metal Niddhog, que é Dracos Nifelheimus, que nem sequer faz sentido caralho, que aneurisma andas tu a ter). É tudo horrível. A estátua está no meio de um caldeirão. Todas as mulheres compulsivamente veneram “fanaticamente” Hel. Se a traírem, são sacrificadas por meio de desmembramento e estripamento, ok. coisa pouca. Ah e o coração é arrancado e oferecido a Hel na dita roda onde fica o caldeirão que é tipo o local onde... se faz metal...? Sei lá caralho. Isto é ritual de purificação, diz ele. Ya.
Por mais demoníaca que a descrição dos Elfos Negros seja, esta não é a pior parte.
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Porque é que não é a pior parte? Porque tudo é negro, bem negro. A sociedade está “envolvida num tumulto de eterna e imensa escuridão”. As crianças “brincam às guerras e à destruição”. Os rapazes fingem ser Krig’Logh que a nota de rodapé diz ser “Guerreiro, em Elfo Negro, derivado do alemão “Krieg” e de Logh de Loge, o nome germânico de Loki” (krieg em alemão é guerra, não guerreiro, quando muito seria kriegerin), e é o gajo que nos vai escravizar a todos em nome de Kaleth. As raparigas “abrem as suas bonecas, dizendo que, no futuro, oferecerão um verdadeiro coração a Hel” (quem nunca praticou o ocasional ritual satânico, meninas, vá lá). Os pais acham isto educativo e “por vezes, trazem prisioneiros de guerra para casa para que jovens treinem todas as atrocidades”.
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“JOÃOZINHO, TROUXE-TE UM ESPANHOL P’RA ESVENTRARES, VAI LÁ MOSTRAR À TUA IRMÃ COMO É QUE O GIRALDO SEM MEDO FAZIA, MAS NÃO ME ESTRAGUES A SEGURELHA”
Opa isto é tão COMICAMENTE VILÃO caralho FODA-SE. Todas as teclas que o miúdo não bateu n’O Filho de Odin, é tipo o chaval aumentou o nível de vilania e deu-nos esta MERDA. QUE MAIS, ZUZARTE? TAMBÉM SE VESTE EM CABEDAL NEGRO E BOTAS DE CHUMBO? FAZEM ORGIAS BANHADOS EM SANGUE? NÃO CONHECES OUTRO ESPECTRO MORAL QUE NÃO MAU = NEGRO, BOM = BRANCO, A SÉRIO?
Este império élfico encontra-se no seu auge. A única coisa que se opõe a estes seres imortais do mal é o Império Austro-Húngaro, governado pelo Arquiduque Francisco Fernando, e a Alemanha governada pelo Kaiser Wilhelm.
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O plano é simples, e aposto que vocês já sabem o que é: causar fricção. Ora Zuzarte, que quer MESMO esporrar sabedoria por todos nós, leigos energúmenos, explica que o monarca drow faz uma série de magia para fazer whiteface ao seu melhor assassino, leva-o ao cabeleireiro, e quando sai ninguém é capaz de dizer que o bicho não é humano, e ganha a aparência “dos humanos originários da Sérvia: bigode, cabelo castanho, jaqueta e boina de couro.”
Não é por nada, Zuzas, mas ele soa mais a um transmontano.
Depois de dissimulado, o assassino foi enviado para a capital do império Austro-Húngaro e matou o Arquiduque no dia 28 de Junho.
...se ao menos tivesse sido tão eficaz assim e não uma autêntica trapalhada que parece saído directo dos Batanetes.
E boom, deu-se a primeira guerra mundial, inconsciente de que foi tudo um plano arquitectado por um Drow sofredor de reserve-racism e superioridade mitológico-racial, que se aliou aos alemãos só para arrear nos bifes.
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O plano do rei é basicamente deixar o pessoal à bulha e quando estiverem fragilizados “os Elfos Negros planeavam virar-se contra os antigos aliados, traindo o Kaizer, e atacavam uma Europa exausta e fragilizada”.
O que me deixa duas questões:
1) Os alemães sabem da sua existência? E coadunam com esta merda? O Kaiser sabe que existem elfos negros a viver debaixo dos pés com criancinhas a esventrar pessoal no pátio da escola e rituais satânicos de gajas colectivamente a defenestrar corações e está perfeitamente tranquilo com isto?
2) Estes idiotas vão combater numa guerra na qual não têm interesse só para ver os humanos a desgastarem-se e depois aproveitarem-se disso?
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Soa tudo muito bem mas parece-me que não têm gente suficiente. Tipo, não é uma merda à Hitler que convenceu brancos aquém e além mar que eram superiores e estendeu-se até outras penínsulas, além de ter um considerável  número de gente sob sua alçada. Isto é literalmente tipo, uma mão cheia de milhares de drows que o narrador já referiu como sendo apenas “umas escassas dezenas”---e querem impôr superioridade racial?
...oh diabo. Oh filho da puta. Tu... tu queres ver que vais fazer um reverse-Hitler?
Os primeiros disparos deram-se em Sarajevo, mas onde seriam os últimos?
No meu cérebro.
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nowlessgang · 4 years
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Queria estar feliz feito pinto no lixo, mas na verdade eu to um lixo e a vida manda uma trolha do caralho pra ficar me revirando
- Eu mesmo
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