#toda hora vindo me encher o saco
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My parents once again complaining because I don’t want to see the passion of Christ in new Jerusalem
I. AM. A. FUCKING. ATHEIST.
#sério mano que coisa chata isso#toda hora vindo me encher o saco#n quero ver essa merda n eu já conheço a porra da história de Cristo#e eu me chateio c essas coisas religiosa caralho#‘ain mas eu seu estado’ FODASE EU N SOU BAIRRISTA#MEU MAIOR SONHO EH SAIR DESSA MERDA DE PAÍS#‘ah pq vc faz teatro’ e eu sou obrigada a ver todas as peças de teatro na face da terra só pq eh teatro eh caralho#ora porra toda hora isso mermao vdf
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.if you want my love
Sinopse: onde hwang pisa feio na bola e sua namorada decide não aguentar mais todos esses desaforos e resolve lhe dar um recado.
Nota: Nada escrito aqui tem intenção de ferir a imagem do Hyunjin, é tudo apenas ficção de fã para fã! Inspirada em If You Want My Love do Little Mix. História também postada no Spirit Avisos: Menções a álcool, linguagem impropria e um pouquinho de angst (??). História não revisada, qualquer errinho ou qualquer outra coisinha que eu tenha esquecido me falem, por favorzinho. Boa leitura!
No começo era tudo um mar de rosas, éramos perfeitos um para o outro, você me amava e me respeitava, assim como eu te amava e te respeitava, mas pouco tempo depois você mudou de uma hora pra outra, e eu já estou cansada de ser tratada como um troféu feito para ser exibido pelos corredores da faculdade.
Naquele dia, em que depois da final do amistoso, onde o seu time venceu e eu fui até o vestiário para parabenizar você pela vitória e por ter sido a estrela do time - novamente -, ouvi coisas que eu não gostaria, “vai vir com a gente? sua namorada não se importa” um dos seus colegas disse, você deu uma risada e pelo reflexo do espelho pude ver você dando de ombros “não, não se importa, e mesmo que se importasse, eu não perderia uma comemoração no bar com vocês nunca.”
Não, eu não me importava porque respeitava você, porém, tudo não passou de um teatro pra você, não é, Hwang Hyunjin?
Tudo bem, eu vou seguir a minha vida e não vou ficar te esperando para sempre.
Agora dentro do uber com mais duas amigas pronta para mais um sábado de agito, a nova balada no centro da cidade estava inaugurando, e eu, no auge do meu relacionamento gelado e fracassado, não perdi tempo em me divertir mais um dia. Enquanto conversávamos sobre nossas expectativas, senti o celular vibrar dentro da pequena bolsa que carregava, suspirei já sabendo quem era, minhas amigas apenas deram risadinhas e continuaram a conversar.
— O que você quer agora, Hyunjin?
— Por favor, me escuta, podemos conversar, está em casa? — sua voz transparecia desespero.
— Não tô’ afim de falar com você, Hwang, e não, não estou em casa, e mesmo se estivesse, não é da sua conta.
Rachei a conta do uber com as meninas, e agradecemos o motorista antes de sair do carro, a fila já andava e já escutava o som alto vindo de dentro do recinto.
— Onde você está? Por favor, eu estou te implorando, vamos conversar!
Mostrei a identidade ao segurança, que permitiu a minha entrada e a das meninas.
— Não estou te ouvindo, Hyunjin! Por que não sai com seus amigos para eles pararem de encher a porra do meu saco perguntando o porquê de você estar tão estranho? Aproveita o seu sábado à noite e me deixa aproveitar o meu.
Falei um pouco mais alto por conta do som da balada e antes de desligar, escutei Hyunjin protestar, mas apenas apertei o botão vermelho, encerrando a chamada e indo ao bar com as meninas, eu estava na vibe e não era uma ligação que iria me fazer desistir de aproveitar o meu final de semana.
Era a terceira semana que havíamos dado um tempo, e ao que parece, Hyunjin estava disposto a fazer de tudo pra me ter de volta, porém, depois de tudo o que eu passei, nada do que ele fazia enchia os meus olhos, todas as declarações que me mandava por mensagem, as flores no capô do meu carro, as homenagens nos jogos em que ele pontuava, os sorrisos fáceis ou qualquer outra coisa, não era o suficiente para eu repensar o fato de romper nosso namoro.
Enquanto seguia para o estacionamento, após a minha última aula acabar, escutei meu nome ser chamado, novamente, suspirei antes de parar de andar e me virar para a pessoa que me chamava. Era Lee Felix, amigo do Hyunjin, esperei até ele me alcançar com um sorriso no rosto, ele era um doce.
— O Hwang pediu para que você esperasse por ele, na verdade ele implorou, mas acho que isso você já sabe — rimos e ele continuou — sei que ele pisou feio na bola e que você sofreu muito, eu concordo com tudo o que tá fazendo e não tiro sua razão, mas por favor conversa com esse cara logo, ninguém mais aguenta ele se lamentando a todo segundo pelos cantos.
Ri do seu pedido e assenti.
— Fala com ele que estou o esperando no meu carro.
Ele sorriu e assentiu, voltando aos seus outros amigos enquanto eu continuei o meu caminho.
Após alguns minutos sentada no capô do carro embaixo da árvore, ele chegou, estava acanhado e aparentemente envergonhado, mas eu também estaria assim se estivesse na pele dele.
Observei sua movimentação até parar na minha frente, enquanto apertava a alça da mochila, demonstrando nervosismo.
— E-eu... e-eu só... — ele suspirou, tentando se acalmar até conseguir falar novamente — eu sei que fui uma grande babaca, você não me deixa esquecer disso e nem os meninos, eu preciso conviver com as minhas cagadas a todo momento e isso tá me matando! Eu não sei mais o que fazer para te ter de volta, eu te quero de volta, mais que tudo, sei que palavras vão com o vento, mas eu não sei o que fazer! Já tentei de tudo, mas você continua tão... intocável. — Ele bagunçou os cabelos tentando se reorganizar. — Eu só preciso saber se eu vou poder te ter de volta, e se sim, como? Só preciso que me fale o que você quer que eu faça para te ter de volta, eu faço tudo!
Sorri e neguei.
— É bom ser ignorado, não é? É bom dar tudo de si para uma pessoa e ela não dar valor, não é? O que eu queria era que você visse e sentisse na pele tudo o que eu senti, o que você me fez passar todo esse tempo. Não sei se sou uma tola, mas ainda amo você, mas não vou me entregar de novo tão fácil. Você deveria saber que eu venho em primeiro lugar, deveria me dar tudo o que eu mereço, como eu dei tudo a você, e só tem um jeito de fazer o seu desejo de realizar.
Ele me encarou confuso antes de me perguntar o que, então eu apenas desci do carro e me aproximei dele, deixei um carinho breve em sua bochecha.
— Me trate do jeito que eu mereço ser tratada, como uma rainha, a única e possível na sua vida, cumpra e mantenha a sua promessa, que aí então, eu voltarei para você, meu amor.
Sorri ao deixar um leve selinho em seus lábios antes de entrar no carro e ir embora.
Se ele quisesse o meu amor, ele teria que trabalhar duro.
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Bitch - NoMin
Jaemin e Jeno se preparavam para mais um assalto, uma lojinha de conveniência em um posto na estrada, no meio do nada, diga-se de passagem.
O carro estava rumo ao ponto principal desta noite.
O Na estava animado, gostava dessa adrenalina toda correndo por suas veias.
Mas eles precisavam de dinheiro, então qualquer coisa contava.
— Nono… — o loiro chamou receoso.
— Hm?
— Você… me prometeu que iríamos ter uma noite longa, e, eu tô sentindo falta disso, fazem algumas semanas já... — o mais novo fez bico.
— Não é hora pra isso, e você sabe bem. — respondeu de maxilar trincado. Jaemin engoliu em seco, Jeno era tão intimidante. Juntou toda a coragem que tinha e rebateu;
— Está nervoso? Parece que é como se nunca tivéssemos feito isso antes, sei que é um assalto importante, mas acalma...
O Lee nada disse, sabia de toda essa pose de brat do menor. Apenas se manteve quieto enquanto ouvia os deboches vindos de um Jaemin sedento.
Ao chegarem ao local, colocaram as máscaras e saíram do carro, como se fossem abastecer, mas seguiram rumo à lojinha pequena.
Empurraram a porta, era um vidro pesado e resistente, mas nada que alguns chutes não resolvessem, estavam preparados para algo do tipo graças à academia semanal.
Fizeram seu serviço rapidamente, pegaram todo o dinheiro do caixa, aproximadamente 100 dólares e umas latinhas de energético.
— Neno, tem câmeras aqui.
— É exatamente por isso que estamos de máscara.
Jeno nunca esteve tão irritado antes, e o loirinho não estranhava o comportamento do loiro, ele havia acabado de encher o saco dele. Seguiram em direção ao carro, largando suas coisas lá.
Depois que largaram tudo, o mais velho chamou o garoto até uma parede próxima à loja.
Jeno fitou a câmera acima de si, não se importava nem um pouco, era um puta exibicionista, e seu garoto era ainda mais.
— Jeno… a gente não vai fazer isso num carro ou em um hotel?
— Que eu saiba você foi uma puta louca comigo há uns minutos atrás, tudo porque queria foder, então a gente vai, aqui e agora.
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CAPÍTULO I
- Olha como ele se acha, Chloe. - o desprezo era nítido em minha voz sendo destinado diretamente ao meu vizinho, o qual se exibia feito bobo do outro lado da rua.
- Quem? - perguntou minha amiga, vindo até mim, que estava parada na janela da sala de estar.
- O Zayn né, amiga! Quem mais seria?
- S/N, ele só está lavando o carro, como qualquer ser humano normal. - rebateu ao lançar uma risada fraca.
- Sem camisa, Chloe? Ele quer chamar atenção, isso sim! - falei fechando a cortina do cômodo e joguei-me no sofá, irritada.
- Para de implicar com o garoto, S/A. Vocês cresceram juntos, as mães dos dois são amigas desde a infância. Não entendo o porquê desse ódio todo por ele. - comentou sentando-se ao meu lado.
- A gente nunca se deu bem, e você presenciou isso. Zayn sempre foi insuportável e pegava no meu pé toda hora. Peguei raiva dele, simples assim. - dei de ombros.
- Você poderia deixar toda essa implicância de lado e ser a menina mais sortuda do bairro tendo ele como namorado. - Chloe lançou um olhar com segundas intenções para mim e eu revirei os olhos. - Ah, qual é! Ele é muito gato!
- Do que adianta ser lindo e continuar sendo extremamente idiota?
- Você é muito exagerada. - ela riu fraco e levantou-se do sofá. - Vamos dar uma volta no shopping? Estou entediada de te ouvir reclamado do Zayn pela quarta vez só no dia de hoje. - dei de ombros e aceitei sua proposta, indo até a saída de minha casa.
- Por favor, não permita que eu me estresse com esse cara. - disse baixinho enquanto trancava a porta e ouvi minha amiga rir.
- Pode deixar. - falou colocando seus óculos escuros, provavelmente para encarar Zayn todo molhado a poucos metros de nós.
Entramos em meu carro. Coloquei o cinto, liguei o carro e comecei a dar ré, saindo da garagem de casa.
- Cuidado para não atropelar seu amigo. - Chloe disse na intenção de me encher e eu reprovei seu comentário.
- Sou muito cuidadosa no trânsito. - assim que disse, escutei um barulho alto e fomos para frente, involuntariamente.
- MEU CARRO!
- Não acredito. - apoiei minhas mãos no volante, antes de sair do carro e escutá-lo gritar comigo.
- Agora eu quero ver. - disse rindo e eu a encarrei brava.
- Você ficou maluca, garota? - Zayn bateu de forma agressiva no vidro do meu carro, conseguindo visualizar sua expressão de raiva. Tirei meu cinto e abri a porta devagar, saindo do automóvel.
- Eu juro que não vi. - expliquei.
- Está cega? Olha o tamanho disso! - apontou para o carro vermelho. - Como você não enxergou?
- Acidentes acontecem, sabia?
- Isso não foi um acidente! Você fez de propósito! - acusou-me de algo que eu nunca faria, mexendo fortemente com meu ego.
- O quê? É claro que não! - Zayn riu cínico e colocou as mãos na cintura.
- Você não me engana, S/N. Eu sei dos seus esquemas.
- Eu realmente não estava prestando atenção na parte traseira do carro! Se enxerga, garoto!
-Tá, tá! Não interessa se foi ou não proposital, pouco importa. Só saiba que é você quem vai pagar pelo estrago no meu xodó. - concordei com o que disse e ele me olhou confuso. - Não vai começar com o seu surto psicótico?
- Assumo meu descuidado. Nada mais justo que eu arcar com as consequências.
- Acho que deixarei você quebrar minhas coisas mais vezes, do jeito que você é desligada vou ganhar vantagem em cima disso. - o moreno riu fraco e meu sangue ferveu.
- Olha aqui seu..
- S/N.. - Chloe repreendeu-me antes que o xingasse e respirei fundo, fechando meus olhos para que minha paciência voltasse.
- Me manda logo o or��amento dessa droga e vê se me deixa em paz. - falei irritada entrando no meu carro.
- Com prazer. - deu um sorriso debochado. Fechei a porta do carro com força e bufei zangada.
- Esse moleque me tira do sério! - Chloe riu e acariciou meu braço, fazendo com que me acalmasse.
Arranquei o carro e saí dali o mais rápido possível.
Zayn on:
Depois que S/N saiu cantando pneu, percebi que a batida nem foi tão intensa quanto pensava. Mas era divertido vê-la me queimando com os olhos.
Assim que terminei de lavar meu carro, entrei em casa e ouvi meu celular tocar. Caminhei até a estante e peguei meu smartphone, atendendo-o rapidamente.
*Ligação*
- Alô?
- E ai, cara, tudo bem?
- Oi, Liam! Tudo certo, e com você?
- Estou bem. Te liguei para saber se já falou com a sua mãe sobre o apartamento que tinha comentado com você.
- Putz, cara, nem falei. Não tive tempo de entrar nesse assunto com ela. Mas te prometo que de hoje não passa.
- Não queria te apressar, mas é que meu primo se interessou pelo apê e está louco para comprar. Sem contar que meus pais estão enchendo o saco para que eu venda para ele.
- Relaxa. Assim que a senhora Trisha chegar em casa eu falo com ela, não se preocupe. Esse apartamento já é meu.
- Beleza! Me manda mensagem qualquer coisa, tá bom?
- Obrigado pela força, Liam, de verdade.
- De nada, bro. - desliguei a chamada e fui tomar um banho, pensando em uma forma convincente para que minha mãe deixasse eu sair de casa.
{...}
Escutei a porta se abrir e a vi entrar com uma cara cansada de um dia cheio de trabalho.
- Oi, filho! - sua expressão mudou assim que me viu e sorri ao saber que ela faria tudo por mim.
- Oi! - fui até ela e dei-lhe um abraço forte. Incrível como depois de velho, ainda me sinto protegido em seus braços. - Como foi o trabalho?
- Puxado. Trabalhar no sábado requer coragem. - ela riu fraco e foi em direção à cozinha. - E você? O quê fez hoje? - minha mãe perguntou um pouco alto, então caminhei até o cômodo em que ela estava, para evitar gritos.
- Lavei o carro e organizei a casa. Meu quarto estava uma bagunça. - disse fazendo uma careta ao lembrar do estado do local aonde eu durmo.
- Quem diria que você permaneceria em casa um sábado inteiro. E ainda por cima sozinho. - falou rindo enquanto preparava um sanduíche. - Ou você não estava sozinho? - perguntou arqueando a sobrancelha, com um sorriso indecente no rosto.
- Não! Que isso mãe! Sou um homem de palavra. Não trago ninguém para casa, você sabe disso. - falei sem jeito. Odiava quando ela entrava nesse assunto.
- Tá aí uma coisa que eu não entendo. Você já tem 27 anos, filho. Está na hora de arrumar alguém, construir uma família, ser independente. Você não acha? - não poderia ter deixa melhor para encaixar a conversa que eu tanto queria ter com ela.
- Acho! Com toda certeza! E era sobre isso que eu queira falar com você. - iniciei meu plano. - Liam está vendendo o apartamento dele e eu juntei dinheiro para comprar. Não fica muito longe daqui e já está mobiliado. Perfeito para mim, não acha? - disse animado, mas minha mãe não demonstrou a mesma euforia que eu.
- Você vai morar sozinho?
- Sim! Ser independente. Preciso do meu próprio espaço para fazer as minhas coisas não é? - questionei sorrindo fraco.
- Filho.. - ela largou a faca em cima da tábua e me olhou séria. - Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Você é gay?
____________________
CONTINUA?
Ju
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Vamos falar um pouco mais de Ansiedade?
Eu acho bem interessante compartilhar com todos sobre ansiedade, no sentido de que algumas pessoas entendam, que isso não é estar ansioso pra ir no show domingo.
E não é porque sou psiquiatra/terapeuta, ao contrário, é pra falar na linguagem do povo mesmo, pra falar como eu, você e qualquer outro possa entender.
Estar ansioso é quase um parto de cócoras, e nem é no sentido da dor, é no sentido de, quando você olha um parto de cócoras, você pensa ISSO NÃO EXISTE, ISSO NÃO DÓI, EU JAMAIS PASSARIA POR ISSO, ou NUNCA OUVI FALAR. Ansiedade não é como a gripe, que manda um sinalzinho as vezes de que esta vindo, espirrei o corpo doeu, vishi vou gripar! A Ansiedade ela vem, ela vem senta no teu colo e te pergunta ONDE VOCÊ IA MESMO? É imobilização, é vulnerabilidade, é incerteza, é inconstante, é nebuloso, é sufocante. E com todas essas “qualidades” o seu corpo tem que responder não é? E então, vem a falta de ar, vem a palpitação no coração, vem a vontade de chorar porque você não vai conseguir passar por aquilo, vem a tremedeira, as mãos ficam frias, o coração aperta o olhos doem, e a sua alma já não está mais ali, porque realmente você tomado por uma segunda personalidade, que parece que não conhece nada de você, ela traz a tona todas as suas fraquezas, te enfraquece, e quando você se dá conta... você está frágil.. muito frágil. A Ansiedade é uma DOENÇA, psicologica que afeta diretamente o seu físico, e algumas pessoas (como eu), precisam de uma ajuda fisiológica e química para lidar com isso, porque é forte viu?
O mais interessante é que com o tempo você sabe que é ela que ta ali com você, quando você menos esperar, ela ta no teu colo, olhando pra você com muito carinho e esperando você surta, e ai, quando você ta com o quimico no corpo você olha pra ela e começa a dialogar, sabe? Do tipo, tá o que você quer comigo? Já fala logo que não tenho tempo pra você... e as vezes e muitas vezes, ela vai embora até chorando porque você da de tapa na cara dela... mas quando ela também tá preparada, bicho ela te derruba de uma forma que você nem sabe explicar.
Mas não existe melhor remédio que a compreensão, viu? É abraçar, é ouvir, é estar, é lembrar, é sorrir, é amar... atualmente estou muito controlado, e tem mais de 1 semana que ela não vem me encher o saco, mas atualmente também, eu tenho meu encosto de cabeça, que segura a onda como ninguém. Porque tem horas que da vontade de desistir, e é por isso que tanta gente comete as loucuras que vocês vêem na TV, não é porque ela é fraca, é porque ela está fraca, e nem cimento vazio para em pé em cima de graveto. Falta suporte!!! Nessa hora, você pode ter o melhor terapeuta do mundo, o melhor psiquiatra, mas se você não tiver um familiar, um amigo, um marido, esposa, primo, cunhado, tio.. alguém que você possa segurar na mão e sentir que, CARA VAI PASSAR! VAI FICAR TUDO BEM.... você é o saco de cimento, você vai desabar..
Eu tenho graças as Deus, os melhores amigos que a vida poderia me dar, a melhor família, e os melhores amigos!!!
A semana passou tão rápido que também não tive tempo pra conversar com a ansiedade, eu só tive tempo de aspirar a sala, arrumar os armários, lavar roupa, organizar as meias, assistir filmes, ler... estudar.. ocupar a alma e encher o coração de coisa boa. São 38 dias de isolamento completo e total, sem contato com pessoas, e nem coisas que não sejam devidamente afundadas no detergente ou na agua sanitária.
A mente ainda inquieta mas o coração está muito bem alimentado.
E olha, vou falar, essa semana eu provei ser o melhor marido do mundo... além de fazer almoço todo dia, sou obrigado a esperar o jogo acabar!
E aguardem, que vem notícia boa por ai viu? Muito boa!!!
Eu amo vocês tá?
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Capítulo 31 - Às vezes, as coisas mudam
Já estávamos quase chegando no Leblon e eu e Guilherme não tínhamos aberto a boca pra nada além de decidir que íamos comer sushi, a Jade ainda tava dormindo e eu tava quase também quando meu celular tocou. Era o Bryan.
Eu: Oi nenê.
Bryan: Caraca, onde tu se meteu? Liguei até pro Caio atrás de você, mas ele tava no aeroporto, acho que não sabia nem do que eu tava falando – ele riu.
Eu: Eu tava na Serra e o meu celular tava com o Guilherme, mas já tô quase chegando em casa, só vou comer, o que foi? Aconteceu algo?
Bryan: Tu pode vir aqui pra casa? Eu pago o uber, sei lá.
Eu: Quando deixar a Jade você pode me deixar no Bryan? – Eu olhei pro Guilherme.
Guilherme: Posso.
Eu: Só vou comer e vou. Acho que daqui 1 hora mais ou menos tô chegando aí.
Bryan: Tá bom, valeu Khloe.
Estranho no mínimo, mas aproveitei que já tava com o celular na mão e liguei pro Lucas.
Lucas: E aí, recuperou o celular só agora?
Eu: Não, é que eu tava na Serra, depois preciso te contar os b.o.
Lucas: Quer vir dormir aqui hoje?
Eu: Não sei se meu pai vai deixar, eu já tô por meio triz na escola, ontem a gente brigou, ele tava bem puto por isso apesar de hoje ele não ter falado nada e amanhã a Jade e a Laís vão pra casa.
Lucas: Então vocês voltaram a se falar?
Eu: Sim. Outra coisa que preciso te contar – eu ri e ele também. – Quer almoçar comigo segunda depois da aula? Aí a gente conversa e eu já te conto tudo que rolou.
Lucas: Beleza, até segunda então.
Eu: Até.
-
O Guilherme me deixou na casa do Bryan e antes mesmo de eu conseguir chegar na porta ele já abriu e eu corri pra abraçar ele. Ele tava com uma cara tão péssima que eu nem percebi que ele ainda tava de pijama quase sete da noite.
Bryan: Caraca, precisava muito disso – ele me soltou e me puxou pra dentro.
Eu: Aconteceu algo? Tu tá péssimo.
Bryan: Sim e não. Eu e a Jenny terminamos, mas tipo, eu já queria então sei lá, tô aliviado. Só que ela me falou várias coisas, que eu não tava nem aí e sei lá o que, sendo que eu só tô assim porque eu to tentando manter esse relacionamento desde quando ele começou, mas ela não vê assim.
Eu: Mas por que não tava dando certo?
Bryan: Ah, sabe como é né, não dava pra continuar com uma pessoa que não gosta do amor da minha vida – ele riu e passou o braço pelos meus ombros e eu me aconcheguei.
Eu: Realmente, eu sou boa demais pra não gostarem de mim.
Bryan: Pois é, não ia funcionar assim, HAHAH.
Eu: Quer falar sobre?
Bryan: É o que eu disse, a gente não dava certo, só ficamos adiando mesmo, tipo, eu e você percebemos que não ia rolar entre a gente e aceitamos tudo numa boa, com ela eu já tinha percebido e aceitado, mas ela não, então eu fui tentando sabe, mas eu tava me fodendo muito, até porque não dá pra consertar algo que nunca funcionou, mas ela queria porque queria que eu desse um jeito, só que como eu ia dar jeito nisso? Eu já tava tentando desde o começo e não rolava mais pra mim, é cansativo você ficar se afundando e afundando a pessoa em algo que você sabe que não tá funcionando e eu não queria machucar ela também. Ela já tava percebendo que não tava dando mais pra mim.
Eu: Então tu tá se sentindo melhor assim?
Bryan: Não, eu gosto dela e queria que desse certo, mas como eu já sabia que não ia, eu preferi terminar, pelo menos agora eu tô mais aliviado.
Eu: Pelo menos isso. Terminar namoro é um saco mesmo, mas pensa pelo lado bom, a gente pode voltar a ficar sem ser traição.
Bryan: E tu acha que eu não vi esse anel aí no seu dedo?
Eu: Foi só um presente.
Bryan: Tu passou o dia incomunicável, o Guilherme tava com vocês na Serra, veio te trazer aqui e você ainda tá usando um anel que pelo que eu conheço de vocês dois, foi ele que te deu e tu vem meter essa, HAHAH, num vai colar.
Eu: Não sei porque eu insisto, HAHAH – eu suspirei. – Então, ontem eu fugi da escola com o Felipe pra ver meu tio Liam.
Bryan: Felipe? Khloe...
Eu: Tá de boa, ele é meu primo, não dá pra evitar ele de qualquer forma e ele não fez nada comigo, a gente só foi ver meu tio, aí ok, nesse meio tempo a Lydia ligou pro meu pai porque ela percebeu que eu não tava na escola e aí quando eu cheguei em casa com o Felipe e meu tio, eu e meu pai brigamos, meu tio brigou com ele e eu fui pra praia e fiquei lá andando até a noite, quando eu tava indo pra casa, o Guilherme apareceu lá onde eu tava na praia e a gente se beijou.
Bryan: E aí começaram a namorar? – Eu encarei ele e fiz uma careta e ele riu – Seu pai me contou.
Eu: Eu sempre esqueço que vocês são amigos, mas enfim, não, foi só por causa do Landon essa história e também tu conhece meu pai né, ele ia encher o saco se não fosse – nós rimos. – Mas aí depois disso, a gente subiu e conversou e po, eu e Guilherme namorando um com o outro? Parece até piada mal contada.
Bryan: HAHAH, não dá nem pra negar. Mas, e o anel?
Eu: Como eu disse, foi só um presente. Olha o resto – eu peguei o saquinho com as fotos e entreguei pra ele.
Bryan: Não parece mais uma piada tão ruim assim – ele apontou pro Guilherme me olhando na foto que eu tava emburrada.
Eu: Como assim?
Bryan: Pelo jeito que ele te olha.
Eu: Mas ele sempre me olhou assim.
Bryan: Então eu acho que ele tá mais fodido do que eu pensava – ele riu.
Eu: Ah, qual é, eu não sou tão ruim assim.
Bryan: Não, você gosta dele também e vocês são bonitinhos juntos – ele me devolveu as fotos e levantou. – Eu vou tomar um banho rapidinho, quer dormir aí? A gente faz uma pipoca, um brigadeiro e fica vendo filme se tu quiser.
Eu: Ia amar, mas apesar de meu pai não ter tocado no assunto da escola, provavelmente ele ainda tá puto comigo e tá me esperando em casa pra conversar.
Bryan: Eu posso falar com ele se você quiser, aí amanhã quando eu for encontrar com ele, você já vai comigo.
Eu: Tá, pode ser então.
Bryan: Certo, vou ligar pra ele, tomar meu banho e já desço. Escolhe um filme aí, o controle tá do lado da TV.
-
Acordei com o Bryan me carregando, abri os olhos e vi que estávamos indo pro quarto dele.
Eu: Ué.
Bryan: Bom dia – ele riu.
Eu: E o filme?
Bryan: Eu assisti, mas você tava dormindo não quis te acordar, acabou agora e como eu tava vindo dormir, eu te trouxe, tu não é tão pesada assim – ele me deitou na cama e deitou do meu lado.
Eu: Pensei que ia dormir no outro quarto, mas já que você insiste, HAHAH.
Bryan: Tá cheio de provas espalhadas na cama, não devolvi as de antes das férias ainda.
Eu: Tá certo viu, onde tem toalha? Preciso tomar um banho pelo menos né – ele puxou uma toalha que tava na gaveta do criado mudo e jogou pra mim – Quem raios guarda toalha no criado mudo Bryan?
Bryan: É que não coube na gaveta do guarda-roupas aí eu adaptei HHAHA.
Eu ainda não to acreditando que demorei quase 15 minutos pra escolher um filme pra dormir antes de o Bryan terminar de tomar banho, pelo amor de Deus quem sou eu e o que fizeram com a verdadeira Khloe?
Tomei banho tão rápido que saí do banheiro pro quarto até com vergonha do Bryan mas por sorte ele não tava deitado lá, procurei uma camiseta e só achei camisa social mas vesti mesmo assim porque tinha trazido zero roupas e não ia dormir nua com o Bryan né, consciência.
Tava abotoando a camisa quando o Bryan entrou no quarto.
Bryan: Eu te deixo sozinha no meu quarto por 5 minutos e tu já tá até roubando minhas roupas, fala sério.
Eu: Você não quer que eu durma sem roupa contigo né querido?
Bryan: Olha, até que não seria má ideia hein? – Ele riu, me puxou pra cama e eu caí em cima dele.
Eu: Boa jogada, mas eu sei o que você tá fazendo viu – eu dei um selinho nele e rolei pro lado vazio da cama.
Bryan: E o que eu to fazendo? – Ele sorriu de lado e me encarou.
Eu: Isso aí mesmo – eu apontei pros lábios dele.
Bryan: Mas eu sempre faço isso Khloe – ele colocou meu cabelo atrás da orelha e ficou me fazendo carinho.
Eu: E sempre funciona, saco.
Beijei ele. Caraca. Sei lá, o que o Bryan tem, ele tem vários desses sorrisos, quando quer alguma coisa, quando tá chateado com outra, pra tudo ele tem um sorriso e eu não sei o que acontece que todos me atraem.
É claro que minha relação com o Bryan é estritamente amizade e sexo, não necessariamente nessa ordem, mas ele tem algo que me atrai TANTO, que eu não consigo explicar.
Ele veio me cativando desde o primeiro dia que a gente se encontrou e apesar de eu ser só “a filha mais nova do chefe/amigo dele”, a gente se aproximou muito e hoje ele é pra mim a mesma coisa que a Laís, a Jade e o Lucas sempre foram e isso não é nem de longe estranho, o que é estranho é que com a Laís, a Jade e o Lucas eu não quero transar 24 horas em qualquer lugar e ocasião que estejamos juntos.
Ele colocou desceu a mão esquerda do meu rosto pelo meus peitos e cintura até a coxa, me puxou pra mais perto e subiu a mão de novo pra desabotoar o único botão que eu tinha conseguido abotoar da camisa.
Eu puxei o rosto dele pra mim como se ele já não estivesse com a boca colada na minha e ele parou de me beijar. Eu já tava toda criando uma bronca na minha cabeça quando ele interrompeu meus pensamentos com a única pergunta que eu não queria que ele fizesse.
Bryan: Você tem certeza disso Khloe?
Droga.
Eu: E por que não teria?
Pelo único motivo que existia né Khloe.
Bryan: Então, eu não tô com ninguém mas tecnicamente você sim.
Eu: Tecnicamente eu tenho o mesmo tanto de compromisso com ele que você com ela. Tu não quer?
Bryan: Khloe, você sabe muito bem que a gente não “terminou” – ele fez aspas com as mãos já que não tínhamos nem chegado a oficializar nada quando decidimos terminar – porque eu ou você não queríamos transar a cada momento que estamos juntos, eu sempre vou querer e isso é bem evidente.
Eu: E eu também ué.
Bryan: Continuando. Porém, apesar de eu ter praticamente terminado meu namoro nesse instante, você tem algo com o Guilherme, eu sei que você tem, você e ele também sabem, não é atoa que vocês tiveram aquela certa conversa, e eu não quero te ajudar a estragar isso ou te deixar com dúvidas ou sei lá, em relação a ele – ele suspirou como se estivesse decepcionado com a frase que se seguia. – Até porque, apesar da nossa amizade, o que a gente tem a mais, é completamente sexual e você também sabe disso.
Sim. E é por isso que eu tava tentando ignorar tudo isso que você disse.
Eu: É, sei lá, tu tem razão – eu abotoei a camisa de novo.
Apesar de eu ser bem filha da puta muitas vezes, era por isso que eu tava tentando ignorar o fato de eu e o Guilherme termos algo além de amizade, eu sabia que no momento em que eu começasse a pensar nisso ou nele, eu desistiria de fazer qualquer coisa que pudesse estragar o que a gente tem. Eu sei que a gente não namora e nem nada e eu poderia até esconder isso dele ou contar como se fosse algo normal, mas eu não ia gostar que ele ficasse, por exemplo, com a Kirsten e viesse me dizer como se isso não fosse absolutamente nada, então decidi que não faria, porque pra mim poderia não significar nada, mas talvez pra ele significasse, ou talvez não, mas não quero ser filha da puta.
Bryan: Mas, não transar com você não vai me impedir de dormir de conchinha com você, né?
Eu: Jamais.
Eu dei um selinho nele, me virei e ele me aconchegou em uma conchinha tão gostosa que eu nem me incomodei com o fato de ele estar tão perto.
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Quando eu era criança minha avó tentou invocar um demônio.
Eu tinha 10 anos e fui passar o fim de semana na casa do interior dela, com meus irmãos e irmã. Somos cinco em total, o mais velho e a menina são do meu pai com a ex dele.
Eu e meus irmãos tivemos que dividir um quarto entre a gente enquanto nossa irmã teve um só dela. Reclamamos desse favoritismo pela garota mas a resposta dela foi que "uma mocinha não deve dormir com vários rapazes"
Na primeira noite lá meus pais saíram (provavelmente para passar um tempo sozinhos) e estávamos preparando o vídeo game em nosso quarto. Até que a velha apareceu e mandou minha irmã ir para o quarto dela. A menina reclamou mas obedeceu e a velha fechou a porta. Ela estava animada dizendo que íamos jogar um outro jogo.
Ela nos fez fazer um círculo em volta do tapete do quarto e se sentou conosco. Nos mandou fechar os olhos e avisou que ficaria de olho caso qualquer um quebrasse essa regra.
O engraçado é que ela já tinha feito essa "brincadeira" com a gente antes, pelo menos umas três vezes do que me recordo. Pensando melhor, tenho certeza de que ela devia estar nos preparando para aquela noite. Como nas outras vezes, ela escolheu um de nós para começar. Foi meu irmão mais velho. Ele começou a recitar as coisas que ele mais gostou e não gostou de fazer ou ver nos últimos sete dias, como ela nos havia ensinado anteriormente. Foi em ordem até o caçula, eu sendo o penúltimo.
Enquanto cada um dos meus irmãos desabafava suas insatisfações (A gente era pequeno então vocês devem imaginar do que a gente reclamou. Eu mesmo falei da raiva que tinha do meu irmão por encher meu saco com o videogame) e ela comentava carinhosamente de a história de cada um enquanto tirava o tapete que estava no meio.
Eu tive certeza disso pelo barulho e abri um pouco os olhos para ver. Mas o estranho veio depois.
Ela começou a falar umas palavras estranhas que eu não conhecia. Hoje em dia posso afirmar que era uma língua que nunca mais escutei e não me recordo de nenhuma palavra específica. Eu e o caçula perguntamos o que ela estava fazendo mas ela nos ignorou e continuou. O mais estranho foi que eu comecei a me sentir muito bem escutando ela e notei que meus irmãos também estavam ficando mais relaxados enquanto ela falava. Eu senti um calor bom me envolvendo, um arrepio que me lembro até hoje da sensação. E então ela começou a arrastar o que parecia uma caixa de madeira para perto da gente. Eu me lembro claramente de ter a vontade de espiar mas algo manteve meus olhos fechados porque eu simplesmente não conseguia abri-los.
Não sei o que diabos estava acontecendo mas eu estava gostando. Era uma sensação muito boa e aquilo pareceu durar uma eternidade, com todos os meus medos de infância indo embora e tudo parecendo ficar melhor. O mundo inteiro pareceu virar um abismo negro, meus irmãos e avó desaparecendo e sobrando apenas eu.
Estranhamente essa completa solidão me dava uma sensação boa e não de desespero, que é o que eu acho que deveria ser o natural para um moleque de sete anos. Minha vontade de abrir os olhos já havia evaporado completamente nesse ponto.
Até que ela começou a nos dar algo para beber enquanto continuava a recitar e a realidade me voltou pelo menos um pouco. Eu bebi sem nem ao menos perguntar o que era ou me preocupar. Todos nós bebemos sem falar nada. O que me recordo do gosto é que parecia um leite meio amargo e doce, mas não estava espesso. Depois de beber veio o sono e apaguei completamente. A única vez na minha vida em que passei por isso.
Enquanto dígito isso me recordo de como até aquele ponto não senti medo algum, tirando o estranhamento que tive quando a velha começou a falar aquelas coisas sem sentido algum. Considerando como ela podia estar nos envenenando eu ainda assim não sentia o terror, que deveria ser natural. Minha avó nunca pareceu louca para mim enquanto eu crescia. Passamos muitos dias na casa dela antes daquela noite. Hoje em dia a família já comentou muito sobre como ela tomava remédios e que tinha histórico psiquiátrico antes do ocorrido, mas ninguém nunca suspeitou algo daquele nível muito menos o perigo para os netos, já que sempre foi carinhosa com a gente. O terror chegou depois que acordei.
Estou começando a me arrepender de contar esse caso para vocês. Sabe quando você está super cansado e quase pegando no sono e sua mente começa a te fazer "escutar" pessoas te chamando bem vividamente? Pois bem, acordei com meu irmão caçula me chamando assustado. Me lembro como se fosse hoje da minha confusão e medo naquele momento. O segundo irmão mais velho estava chorando na frente da porta do quarto. Eu fiquei com o cu na mão ao vê-lo daquele jeito e vocês devem imaginar como o caçula. O mais velho não estava alí e a porta não queria abrir. Meu cu trancou mais ainda. Quando eu recobrei boa parte da realidade e comecei a perceber em volta, vi desenhos de círculos estranhos por todos os lugares, desde o chão até nas paredes.
Comecei a chamar pela velha enquanto atravessava o quarto em direção a janela fechada que dava para o quintal, aquelas de madeira da qual você não consegue ver quase nada pelas pequenas aberturas. Meus chamados não tiveram nenhuma resposta mas eu notei uma cantoria vindo de fora. Era a voz da minha avó cantando, só que ela não estava sozinha.
Eu sempre tive dificuldade em abrir aquilo mas com meus olhos lacrimejando ao ouvir meu irmão ofegar e soluçar daquele jeito, fiz um pouco mais de esforço. Com o caçula me ajudando conseguimos abrir a janela, naquele momento o clima no quarto ficou extremamente quente.
O quintal era bem espaçoso e sempre houve duas árvores pequenas ali no canto direito, uma ao lado da outra, as duas tinham cerca de cinco ou seis metros de altura.
Entre elas uma figura escura que tinha chifres que assemelhavam a de um cervo se estendia por detrás dos galhos e folhas com olhos brancos mas nenhuma boca. Era esguio e enorme mas não consegui ver nenhum braço ou perna. Só estava ali, existindo. Ou começando a existir naquele instante. Querendo sair da escuridão.
Eu fiquei paralisado e tenho certeza de que me mijei. Meu irmão mais novo começou a gritar dentro do quarto. Na grama antes das árvores e a alguns metros da janela, no canto esquerdo, estava minha avó com mais três mulheres, todas nuas, com símbolos pintados em seus corpos, dançando e cantando em círculos. Elas pareciam não escutar todo o barulho que meus irmãos estavam fazendo. No meio delas estava deitado no chão alguma coisa muito estranha que eu não consegui identificar naquele momento. Cantavam naquela língua estranha. Eu percebi iluminação ali e era vermelha, mas não tinha fonte de luz e a casa estava toda apagada. Faz tanto tempo e sinto o terror como se fosse hoje. Senti aquela criatura me encarando, como se fosse um buraco negro, sugando todo a minha atenção. Não consigo descrever como ele realmente era, mesmo querendo, ainda assim sua figura aparece em minha mente enquanto escrevo esse relato. Notei fogo e fumaça saindo dos galhos e as árvores começaram a queimar. Aquela coisa estava queimando.
E então finalmente eu consegui perceber ao redor do que elas estavam fazendo aquela dança macabra. Estavam a minha irmã e meu irmão mais velho, no meio daquela roda, deitados juntos e nus. No começo eu não sabia mas hoje percebo com mais clareza. Os dois estavam fazendo sexo.
Fechei a janela e correndo me escondi debaixo da cama junto com o meu outro irmão mais velho. Fechei meus olhos, comecei a rezar e meu irmão pegou minha mão se juntando a mim. Ouvimos o que parecia um animal grande agonizar e logo depois um estrondo tão grande que nos fez gritar. Rezamos e esperamos até a cantoria finalmente acabar. Depois de um tempo ele adormeceu mas eu não consegui, só esperei e ouvi. O mais novo tinha parado de gritar fazia um tempo e eu havia me esquecido dele. O chamei algumas vezes mas não parecia me ouvir. Pude escutar algumas vozes e risos altos vindo do lado de fora e o cheiro de fumaça já estava sobre todo o quarto. Logo depois veio o silêncio e o tempo pareceu parar. Eu senti que a escuridão havia me engolido novamente mas dessa vez eu não queria ela. Não conseguia mais sentir meu irmão do meu lado. Só havia eu. Eu só queria ir para casa, queria meus pais, minha irmã e irmãos. Por que ela faria aquilo?
Naquele momento eu desliguei.
Acordei em uma ambulância no lado de fora da casa, com meus pais e os dois irmãos ao meu lado. Eu aparentemente tive um choque tão grande que me fez apagar por algumas horas. Os médicos disseram que seja o que for que ela nos fez beber, devia ter algum tipo de droga alucinógena. Só que anos depois descobri que ouvi dizer que o exame não tinha indicado nada parecido.
Também fiquei sabendo que encontraram um boi degolado no quintal mas eu não me recordava de ter visto o animal. O fogo consumiu as duas árvores mas não se espalhou pelo quintal. Disseram que foram elas que atearam o fogo mas não vi elas fazendo isso. Talvez não tenha percebido. Fiquei dois dias sem ver meu irmão e irmã.
Duas das mulheres acusadas foram diagnosticadas com distúrbios mentais, minha avó inclusa. Ela passou o resto da vida no manicômio e morreu lá. Depois de um bom tempo depois do ocorrido, ouvi falar sobre as teorias que era ela era uma líder de um culto de bruxaria da região, mas ninguém sabe explicar direito o que aconteceu de verdade, tudo é bastante sigiloso.
Uma delas cometeu suicídio na cadeia faz muito tempo e não consegui ter mais notícias sobre o que houve com a outra mulher.
Meus pais colocaram meu irmão e irmã em terapia por alguns anos. Esse meu irmão mais velho sempre foi extrovertido e brincalhão virou uma pessoa completamente diferente depois daquela noite. Só depois de conhecer a mulher atual dele ele pareceu ter melhorado um pouco. Minha irmã teve dois filhos mas continua em medicamentos. O segundo mais velho conseguiu superar mas teve alguns problemas com bebida. O outro mais novo parece ter esquecido boa parte do que ocorreu e segue firme e forte.
Nunca mais falamos sobre o caso, os detalhes que eu contei aqui, somente eu e meus irmãos sabemos.
E eu evito falar sobre esses detalhes, pois sinto que vão dizer que eu tenho algum distúrbio mental, assim como a minha vó, mas eu precisava desabafar sobre essa experiencia horrível.
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Imagine com Niall Horan - COLABORAÇÃO
PEDIDO:
Eles estão em uma balada ai o Niall bebe demais e fala coisas que não deve da S/N e começa a ficar com ciúmes do pq ela está dançando com as meninas. O final você decide
Esse imagine foi feito pela fofx @amelievilleneuve, obrigada amor! Eu amei.. Digam o que acharam ^^
Aqui estou eu na festa de aniversário da minha melhor amiga tentando controlar o meu namorado pra ele não beber tanto, mas não tá adiantando muito.
-Vai com Calma, Niall. Você não acha que está começando a exagerar? -Eu perguntei preocupada de como seria a nossa volta pra casa.
-Eu nem comecei a beber e isso não é da sua conta, vai cuidar da sua vida e para de encher o meu saco pelo menos por um minuto! - Ele disse começando a enrolar a língua.
-Se você quer assim! -Eu disse saindo de perto dele e indo dançar com as minhas amigas.
Eu nunca bebo quando vou para festas assim, eu sempre prefiro aproveitar dançando, mas parece nem todos ficam felizes com isso. Depois de mais ou menos uma hora que eu estava dançando eu senti o meu braço ser puxado e depois tudo o que eu escuto são os gritos de Niall:
-Sua vadia do caralho, quem você pensa que é para ficar dançando como se estivesse no puteiro? Você se esqueceu que agora tem dono? -As palavras fortes saindo da boca do meu namorado que até então era um anjinho comigo me fizeram ficar sem reação, tudo o que eu conseguia era encara-lo. - Nós vamos para casa agora e você vai aprender como se comportar! -Quando vi que ele estava tentando me levar para fora da festa puxei o meu braço com força e consegui sair correndo do Horan que até tentou correr atrás de mim, mas estava bêbado de mais para isso.
Sabendo que eu não poderia ir para casa fiquei em um hotel simples que encontrei enquanto perambulava chorando pela cidade e pensando em como o meu namorado que me acordou com beijinhos e café da manhã na cama se transformou nesse monstro. Subi para o quarto e de tanto chorar acabei dormindo.
Acordei com uma dor de cabeça infernal não queria abrir os olhos e ter que encarar a realidade,eu tive um sonho tão lindo em que eu e o Niall tínhamos um filho e vivíamos felizes, mas a gente tem que voltar para a realidade.
Peguei o meu celular e vi que tinha 23 chamadas e 29 mensagens sendo 10 chamadas e 15 mensagens de Niall, 5 chamadas da minha mãe, 8 chamadas e 10 mensagens da minha melhor amiga e outras 4 mensagens da minha chefe. Fiquei assustada com o número de chamadas e mensagens, mas a minha dor de cabeça era forte demais para responder todos. Eu entrei em um site de compras de passagens, eu preciso de um concelho e as comidinhas da minha mãe.
Tomei um remédio e fiz o Check-out no hotel, querendo ou não uma hora ou outra eu teria que ir até a minha casa com o Niall. Quando cheguei eu entrei fazendo o mínimo de barulho possível e encontrei ele na sala sentado no sofá, eu pude perceber que ele parecia vermelho e encarava o celular sem parar, ele não tinha notado a minha presença até eu colocar a minha chave em cima da mesa de vidro fazendo barulho.
Assim que Niall pôs os seus olhos em mim eu pude ver que ele tinha chorado, a minha cara também não estava muito diferente disso.
-Senta aqui por favor. -Horan disse apontando para o lugar vago ao seu lado no sofá. -A gente precisa conversar.
-Eu não sei se quero conversar agora, acho melhor esperar até a raiva que eu estou sentindo de você passar, eu vou para casa dos meus pais ficar lá por um tempo. -Eu disse.
-No Brasil? -Ele disse assustado e receoso. -Eu sei que eu fiz merda, mas por favor não vai embora!
-Eu só vou passar um tempo! Mesmo com todas as merdas que você falou a gente precisa conversar, nem que seja pra colocar um ponto final em tudo isso, então não insista, por favor. -Eu disse e pude ver os olhos dele se enchendo de lágrimas e ele concordando com a cabeça.
Subi para o nosso quarto, peguei uma mala e coloquei roupas necessárias para pelo menos uma semana
-Eu já estou indo. -Eu disse é sai sem olhar para trás.
~~~~~~ duas semanas depois ~~~~~~
Eu sabia que não poderia mais adiar a conversa com Niall é isso estava me atormentando. Depois da minha vinda para o Brasil nós não conversamos mais e ele me deu o tem que eu precisava para pensar, mas mesmo assim todos os dias a minha mãe recebia uma ligação de uma pessoa “misteriosa” que sempre fazia com que ela saísse de perto de mim para atender.
Agora eu estou deitada no colo da minha mãe recebendo um cafuné e fingindo que eu estou prestando atenção em um filme qualquer.
- Pode falar o que está acontecendo, filha. -Minha mãe disse calma.
- Ah mãe, eu estou pensando em voltar para Londres e conversar com o Niall, essas duas semanas foram suficientes para que eu pensasse. -Respondi.
- E qual é a sua decisão? -Ela perguntou.
- As palavras que ele me disse me machucaram muito, mas eu não posso deixar que uma noite apague tudo o que tivemos. -Eu disse.
Quando a minha mãe abriu a boca para me falar alguma coisa o telefone dela tocou e aparentemente era uma daquelas ligações em que ela não podia atender perto de mim. A minha mãe estava demorando um pouco então eu decidi ir para o meu quarto pensar um pouco e acabei dormindo.
Acordei no dia seguinte e saí logo cedo para resolver algumas coisas sobre o meu trabalho, mesmo eu estando em outro país eu não deixei de trabalhar a minha empresa precisava de mim, e aproveitei para passar no aeroporto e comprar a minha passagem. Quando cheguei em casa eu escutei uma voz muito conhecida!
- Niall?? -eu perguntei deixando a minha bolsa em cima do sofá.
- Oi meu amor, eu senti tanto a sua falta. -Ele disse vindo me dar um beijo na testa que eu aceitei sem reclamar. - Olha, eu sei que eu fui um babaca e que você provavelmente só queria conversar comigo para terminar tudo, mas eu não vou aguentar ficar sem você. -Ele disse tudo de uma vez me deixando até um pouco confusa.
- Calma, a gente vai conversar. Onde está a minha mãe?? -Eu disse calmamente.
- Ela saiu. - Ele disse respirando fundo.
- Ok, então vamos para a cozinha que enquanto a gente conversa eu preparo um lanche. -Eu disse e fui andando em direção para a cozinha.
- Eu sei que o que eu disse foi horrível, mas eu estava bêbado e não sabia o que eu estava falando. -Ele disse enquanto eu pegava um suco na geladeira.
- Dizem que quando a bebida entra a verdade sai, era isso que você pensava de mim durante todo esse tempo que a gente estava junto? -Ele fechou os olhos e comprimiu os lábios entre os dentes negando. - Você tem noção do quanto doeu escutar aquelas palavras saindo da sua boca?? Elas me acertaram como uma facada direto meu coração, durante essas duas semanas eu fiquei remoendo essas palavras e pensando em que momento eu tive alguma atitude que te levaram a pensar aqui. - Eu disse e deixei algumas lágrimas escorrerem.
- Eu nunca pensei isso de você, eu me culpo todos os dias por te fazer chorar e pensar tudo isso sendo que você é a melhor pessoa que eu conheço. -Ele disse enquanto as lágrimas ainda escorriam.- Eu não mereço o seu perdão, você é tudo para mim e mesmo que você não me aceite de volta eu vou entender.
- Olha Niall, todas as palavras ditas por você me machucaram profundamente, mas eu não posso esquecer que você foi o melhor namorado e o meu melhor amigo durante todo esse tempo. Eu espero que o que aconteceu não se repita mais! -Eu disse me aproximando e selando os nossos lábios.
- Meu amor, eu prometo que não vou colocar uma gota de álcool na minha boca nunca mais! -Ele disse colocando os braços em volta da minha cintura.
- Eu não quero que você pare de beber, se você conseguir se controlar eu já ficaria feliz, meu Anjo. -Eu disse dando um beijo no rosto dele.
- Eu vou te fazer a mulher mais feliz do mundo, e nunca mais vou te deixar ir para longe de mim. -Ele disse sorrindo.
- Eu te amo! -Eu disse e beijei ele demonstrando toda a saudade e amor que eu estava sentindo.
- Eu te amo muito mais! -Ele disse entre o beijo.
- Posso te perguntar uma coisa? Aquelas ligações misteriosas que a minha mãe recebia eram suas? -Eu disse lembrando das ligações diárias.
- Sim, eu queria te dar o tempo que você pediu, mas precisava ter notícias suas. -ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha me fazendo dar uma pequena risada.
#imagine#imagine com niall horan#niall horan#niall#imagine com niall#imagines com niall#niall imagines#colaboração
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Estava no fim da sua rotina, os cactos sendo colocados ao beiral da janela e as flores sendo regadas pela casa. O incenso queimando com o cheiro suave da canela afastava momentaneamente todas as preocupações da loira. O relógio marcou 17h, soando o insistente alarme e ela sorriu, indo apressada ao lado externo da casa. Olhou para todas as folhas do seu canteiro, escolhendo a que mais se adequavam para aquela tarde outonal, o sol do fim do dia contra o rosto a fazia sorrir e sentir toda a energia gasta durante as horas voltarem ao corpo pequeno. Pegou folha por folha da melissa até ter o suficiente para preparar o chá e ao voltar para a entrada da varanda, checou todas as runas que estavam entalhadas na madeira da casa, respirou fundo antes de, calmamente, pegar a ponta da tesoura que usava parar cortar a erva e passar por um dos entalhes no batente da porta, desfazendo uma das proteções.
Cantarolou sua canção preferida enquanto adentrava a casa simples, a correnteza de ar fazendo com que os cômodos repletos de Sinos dos Ventos a acompanhassem na melodia. Myst riu consigo mesma, aproveitando de toda a calma que pudesse ter, sabia que seus dias tranquilos estavam prestes a acabar. Talvez realmente precisasse de alguma agitação na vida, fazia o que? Uns 20 anos que estava na mesma? Quieta e isolada da cidade, deixando de ver outras pessoas por meses... Sentia-se entediada. Amava sua calma e seu conforto, mas entediava.
Enquanto colocava a água para ferver, buscou sua melhor porcelana e serviu quatro xícaras ao redor da mesa pequena, algumas bolachas de castanhas ao centro e o mel para adoçar ao lado. Após tudo em seu devido lugar, foi até a estante de livros e pegou um que há muito não abria, a capa era preta e seus entalhes em prata e ouro, podia sentir todo o peso que o Grimório carregava consigo, o peso de todas as vidas que já foram tiradas com palavras descritas nas páginas de peles. Colocou-o sob a mesa e o abriu em uma página específica. Já fazia alguns dias desde que sentira o véu entre os mundos se desfazer e ouviu os sussurros dos espíritos comunicando-se entre si. Não chorou quando soube de Rowena. Por mais que tivesse grande carinho pela mentora, sabia que existia um outro lado - totalmente defasado e em caos, mas não demoraria muito mais para que as coisas mudassem. O inferno não era tão ruim e a bruxa era forte, sobreviveria a ele por algum tempo.
Ouviu os sussurros se agitando e suspirou ao ver ao longe a figura de três homens grandes. Contra o sol, podia identificar um mais alto, outro mais baixo e de ombros largos e mais um, que parecia deslocado perante a dupla. O anjo, com certeza. Sabia que tirar o entalhe de expulsão celestial era boa ideia. Ao fundo, a chaleira apitou e com toda a calma do mundo, Myst se levantou e acendeu as luzes para a noite que começara a desapontar. Estava pronta para acolher as mudanças.
O silêncio durante viagem se tornou perturbador, mas prefiria que fosse desse jeito. Além do ronco do motor e do vento cortando a estrada, nada mais se podia ouvir. Sam estava perdido na própria mente, e o olhar do Anjo caia sobre os irmãos, mas era ignorado de forma maçante pelo primogênito. Sua última esperança permaneceu intacta nas palavras de Rowena, um pouco antes do seu sacrifício. O endereço foi fácil de achar, mas a certeza de que teriam a mesma ajuda que recebia da bruxa, era quase nula. Em troca do que os ajudaria, afinal? Não que tivesse algum receio com trocas, convenhamos. Quantas vezes Dean trocou a própria alma para salvar seu irmão? O caminho longo fez com que se esticasse assim que saiu do Impala, e alguns segundos analisando a casa, fora o suficiente para que franzisse o cenho. Os passos até a porta foram apressados, sempre atentos com o que tinha em volta, e foi Castiel quem bateu na madeira escura. De braços cruzados, Dean se apoiou no batente, mas tinha plena consciência da onde mantinha o punhal. Nunca, nunca abriria guarda para o que estava os esperando, e conhecendo os outros dois, sabia que não estava sozinho nessa história.
Os fios dourados tomaram sua atenção, mas foram os olhos da mulher que roubaram parte do seu tempo. E da concentração, diga-se de passagem. Pode analisar a anfitriã minuciosamente, deixando os esverdeados correr pelo corpo curvilíneo, mas a tosse seca de Samuel, o trouxe de volta. Só então arqueou as sobrancelhas e ajeitou a postura. Dean foi o primeiro a entrar na casa, sem nem mesmo receber um convite, mas foi seguido pelo trio.
— A gente quer falar com a sua mãe, garota.
Era muita coisa espalhada, muita cor e muito, muito enfeite. O que tinha pendurado no teto roubou sua atenção, entregando de bandeja uma carranca e procurando o irmão mais novo em meio a tudo aquilo. "Que porra é essa?". Soltou num tom mudo, e outra vez, teve Samuel chamando sua atenção.
Quando pôde analisar cada um dos homens, percebeu que seus intuitos estavam certos. O anjo exalava sua energia particular, quebrada, mas ainda sim de luz. O mais alto... Nele existia algo triste e confuso - sentiu-se compadecida com aqueles sentimentos exaustos. Mas logo os azulados se encontraram com os esverdeados e foi como se ela pudesse sentir... Sentir toda a alma partida em milhões de pedaços, pôde ver toda a essência perdida e a esperança também. Não demonstrou, mas doeu em si. Deixou que entrasse, apesar da invasão do que parecia ser o mais velho dos irmãos, o mais quebrado. Os olhos se reviraram pelo ato bruto, uma resposta mal-educada apontou na ponta da língua, mas segurou-a.
Caminhou em direção a chaleira que fazia um som estridente indicando que a água já estava fervendo, dando as costas sem pudor para o trio. Apontou para a mesa com a cabeça e com sutileza, vendo que os homens não se moviam e esperavam uma resposta dela, finalmente se pronunciou enquanto servia o chá nas xicaras dispostas na mesa.
— Eu posso chamá-la se quiser. Minha mãe. – Elevou o olhar até o loiro de feições sérias. – Mas não acho que ela iria gostar de ser incomodada do outro lado do véu. – Um sorriso ladino nascera na face enquanto Myst se sentava na ponta da mesa, a xícara com o chá fumegante já presa entre os dedos. — Por favor, sentem-se. Vocês querem ter essa conversa de pé? Esperei tanto tempo para conhecer vocês... Chega a ser até um insulto.
Carstairs piscou na direção de Dean e a cadeira na frente do incrédulo fora puxada por nada em específico. Esperou que todos estivessem se sentado para então passar o prato de porcelana para o anjo ao seu lado, lhe oferecendo as bolachas recém assadas e fez sinal para que passasse adiante. Apontou o dedo em direção ao mais alto deles, o que mantinha a expressão mais confusa diante de toda aquela situação que ela mesma impunha, a mais baixa demonstrava toda a animação que sentia – e era realmente genuína.
— Você deve ser Samuel. Sam. Certo? E você, bom, eu te vejo, um Anjo do Senhor. Castiel. Seu Pai tem sido... Uma pedra no meu caminho, sente o mundo agitado do outra lado também? Está um saco. – Ela falava e falava sem realmente esperar uma resposta de nenhum deles. E enfim, sua atenção recaiu para o homem sério sentado a sua frente, não tinha o visto mover um músculo, encontrou repulsa nos esverdeados, mas ignorou completamente o fato ao encher a boca para falar dele — E você, o famoso Dean. Dean Winchester. O tanto que os espíritos ficam agitados somente diante de você... Ficaria impressionado, você é famoso do outro lado. Mas não foram eles que me entregaram o seu nome, foi a falta de sensibilidade e a piada sem humor. Ultrapassado. – Os olhos dançaram de um para o outro, pode ver as trocas de olhares também e os braços de ambos os irmãos tensionados, esperando uma oportunidade para atacar, suspirou. Caçadores. — A propósito, meu nome é Myst e sou quem vocês procuram.
Myst.
Revirou os olhos no mesmo instante em que as mãos foram para a mesa, tomando espaço para que pudesse sair, mas foi impedido por Samuel. As palavras não serviram como insulto, mas talvez, para inflar o ego do caçador - a outra parte ignorou sem remorso algum, ainda mais vindo de uma bruxa. Dean não levaria ao pé da letra.
— Dean, por favor. — A voz suave do irmão tentou apaziguar a situação, e por alguns minutos, teria a paz que exigiu. O semblante que o mais novo dos Winchester carregava era tensionado em direção a loira, igualmente Castiel, que havia relaxado os músculos. — Rowena pediu para te procurar, Myst. Creio que.. já saiba o motivo.
A seriedade ainda marcava os traços fortes de Dean, os olhos dançando entre a mulher e o líquido fumegante, que nem mesmo arriscou tocar. O cheiro era doce demais, e a cor estranha. Como é que as pessoas gostavam daquilo?
— Eu to dando o fora. Não tenho tempo pra tomar chá com a bonequinha hippie, qual é? Temos muitas coisas pra fazer.
— DEAN.
Foi a vez de Castiel entrar na conversa, e o Anjo se levantou junto do irmão mais velho, sendo ignorado pelo mesmo e voltando a se sentar. Sabia que Dean precisava daquele tempo, o quanto estava magoado. Já o primogênito deu as costas para o trio e saiu da casa, da mesma forma que entrou, sem dizer uma única palavra. A cabeça girava em torno de tudo o que havia acontecido nos últimos dias, desde a morte de Jack até.. sua mãe. Chuck. Não existia mais esperança dentro dele, todo o trabalho que tiveram em seus anos como caçadores, foi para o ralo. Ou para os ares, literalmente. Se encostou no Impala, cruzando os braços rente ao peito e se dispondo a esperar. Sabia que voltariam dali acompanhados.
Não é que ela gostava de brincar com os sentimentos alheios, não... Estava longe disso. Mas aquele homem fazia seus instintos mais primitivos darem as caras, simplesmente porque ela sabia que Dean não gostava de si, ter o preconceito da sua linhagem bruxa em suas costas já a lembrava muito o que teve que passar na vida e isso a fazia não o gostar igualmente, então quando ele a chamou de bonequinha hippie, apenas sorriu e fez o sinal de tchau enquanto o via sair, o riso debochado preso a face.
Ao se ver apenas com os dois que sobraram, manteve a seriedade do assunto de forma mais relaxada. Eles queriam barganhar, como se ela quisesse algo em troca do que pudesse fazer... Bom, se eles soubessem o que Myst realmente queria, nem estariam tendo essa conversa. Ela assentiu algumas vezes enquanto eles explicavam tudo o que a garota já sabia, mas não os interromperia. Seus olhos vagavam para a janela aberta vez ou outra, mirando o homem contra o sol, a silhueta marcante recostada em seu Impala. Não podia negar que até de longe, ele realmente era bonito.
— Eu entendo. E vou com vocês. Não preciso de nada em troca, só de... Silêncio. Quanto antes eu puder ensinar algo para você, Sam e guiar o caminho para que percorram atrás de todos os outros que escaparam, a agitação do outro lado vai amenizar. E precisamos cuidar de Deus, o céu precisa de ordem. – Suspirou pesadamente, faziam dias que estava com dores de cabeça, só queria paz, estava cansada. Não aguentava mais todas aquelas vozes. — Mas quando acabar, vou ter o silencio do outro lado e espero o mesmo de vocês, não quero mais levar essa vida, quero ser a última opção... Enfim, só vou pegar algumas coisas.
De maneira ágil, passou a recolher algumas coisas pela casa e encher uma bolsa velha com roupas e calçados, sua mente andando de um lado para o outro em todas as possibilidades existentes de como fazer aquilo dar certo. Pegou o Grimório de cima da mesa e na estante escolheu mais alguns de suas antepassadas. Feitiços antigos e próprios fariam bem. Parou no meio da sala para avaliar se não se esquecia de mais nada e foi quando olhou para Luna, a pelagem branca marcando todo o corpo pequeno, na região dos olhos uma parte branca e outra amarela brincavam com as cores da gata. Precisaria dela e de toda a sua energia se no local não houvesse tanta natureza. A pegou no colo.
— Vamos.
Deu sua bolsa para Samuel, para que pudesse carregar o gato com mais facilidade e ao estarem na varanda, com um vento forte trancou toda a casa. Foi caminhando na frente dos dois homens, indo em direção ao Impala 67. Atrás de si, Sam olhava para Dean como se pedisse desculpas e receoso, fazendo sinais com o rosto para ele não dizer nada, não prevendo a reação do irmão ao ver a bruxa entrar no banco de trás do carro junto ao gato.
O silêncio naquele meio tempo foi de grande serventia. Costumava se perder com frequência nos próprios pensamentos, mas raramente o fazia por querer, como estava acontecendo naqueles últimos dias. Não soube dizer ao certo quanto tempo levaram, mas quando se deu conta, os três estavam vindo em sua direção. O olhar marcante se prendeu no bicho que Myst carregava, e mais um vez, aderiu a mesma carranca de antes. Procurou por Samuel, mas não poderia esperar nada diferente dele e da paciência quase inabalável que mantinha.
— Não, não, não. A bola de pêlo fica!
— Dean, o gato vai. — O mais novo declarou, sem margens para erros. — Myst precisa dele.
Antes que pudesse rebater, viu que já estavam acomodando as coisas da bruxa dentro do carro, além da própria mulher, que tomou liberdade para SE acomodar dentro da sua bebê. Travou o maxilar ao abrir a porta e assumir a direção, e sem muito esperar, deu partida num ronco alto do motor.
— Não deixa o bichano fazer sujeira no meu carro ou eu vou ser o primeiro a fazer churrasquinho dele. E ainda sirvo numa bandeja pra você.
O alerta foi dado, e o caminho até o bunker ele tomou como sua rota. Os olhares de Sam eram direcionados ao irmão mais velho, e como de praxe, não conseguia esconder a preocupação. Sabia que colocava o irmão em cima do muro com suas atitudes, mas também não tinha como evitar, tampouco queria. Não confiava em bruxas, não gostava de gatos e não concordava em levar uma completa desconhecida para o que chamava de lar, mas não é como se fossem ouvir, nunca ouviam.
— Vamos preparar um quarto pra você assim que a gente chegar, espero que goste do bunker.
— É um lugar aconchegante. — Completou Castiel.
Ignorou completamente os protestos insistentes de Dean e continuou a adentrar o carro, em seu rosto carregava a expressão séria, mas apenas se deixou revirar os olhos em sinal claro de que não dava a mínima – ou talvez desse. Esperou o carro começar a andar para poder soltar Luna, que se acomodou sob o colo da loira e ao escutá-lo, não foi preciso muito para que Myst elevasse seus olhos até o retrovisor e o encarasse com cara de poucos amigos.
— Você não tem respeito nenhum pelos celestiais? Ela poderia servir VOCÊ numa bandeja. E eu não impediria.
Era fácil sentir toda a desconfiança que o loiro tinha por si, entendia os motivos ao mesmo tempo que não. O ar dentro carro estava pesado e apreciou quando Sam e Castiel começaram a falar, suspirando pesadamente ao ouvir a fala do mais alto. Um bunker? Ok. Um bunker não era um lugar ideal para ela, aço subterrâneo, longe de qualquer natureza... Apertou Luna em seu colo, iria precisar de sua familiar a cada lufada de ar. A única coisa que a deixava mais tranquila era que confiava naquelas pessoas, eles realmente energizavam isso... Até mesmo o Winchester mais velho. Ela apenas assentiu e voltou a apreciar a paisagem.
Demorou algumas horas de amenidades e de Sam tentando puxar algum assunto quando Myst agradeceu ao sentir o carro parando. Durante o trajeto, vez ou outra arriscava olhar para o retrovisor e encarar o homem sério, muita das vezes quase teve o impulso de mostrar a língua num ato puramente infantil e agora quando saía do carro a vontade não fora diferente ao esbarrar nele. Resmungou qualquer coisa baixa e soltou a Luna. A gata a seguiria para onde fosse.
Na garagem existiam diversos carros antigos, era um mais lindo que o outro. Carstairs pôde até reconhecer um dos primeiros modelos que andara na vida e riu com alguma lembrança boba que lhe viera à mente. Fazia anos. Sam acabou por notar o olhar longe da loira.
— É um bunker antigo... Bom, sabe como é. Só o ocupamos depois de um tempo.
A mais velha sorriu em doçura, imaginando que fizeram dali uma casa permanente por ser o mais cômodo e o transformaram em um lar. Bom... Da melhor maneira que puderam, mas um lar.
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Confesso que esse vai ser um post só de coisa chata mesmo... Mas eu meio que preciso muito falar sobre minha bestie, mano. E eu literalmente não sei mais onde eu poderia falar sobre isso, porque por qualquer outro meio ela descobriria (visto que ela tem acesso a praticamente tudo meu) e ficaria extremamente triste, e com razão mano. Mas eu não consigo simplesmente fingir que não ando chateada com ela, porque eu estou e muito. Afinal vai ter que ser aqui mesmo pra falar sobre isso.
Confesso que eu nunca tive muitos amigos mesmo, sabe. A maioria dos que eu tive, a amizade acabou praticamente por motivo nenhum, simplesmente puff, não nos falamos mais. Hoje em dia tenho, mas eu as always me fecho e, então, sofrem pra me ver de novo -q
Confesso que com essa bestie minha foi diferente, pela primeira vez. Ela não desistiu de mim, sabe? Eu sempre tive depressão, desde pequena. E mesmo me afastando, me fechando, ela sempre me esperava /real correndo atrás de mim mesmo qhhabawn
Tem mais de 6 anos já isso, uma amizade de irmãs mesmo.
Isso não mudou, claro. Quer dizer, acho. Não, não mudou. Só está... estranho mesmo.
Confesso que começou a ser diferente quando a rotina dela se transformou em algo pesado. Ela trabalha numa clínica de pessoas com deficiência mental, dando banho neles, servindo comida e tudo mais. Não preciso dizer que esse trabalho é estressante pra caralho, né. E então, para ajudar mais ainda, a sogra dela (que mora com ela) começou a diariamente encher o saco, dizendo que o trabalho não é desculpa para não manter a casa sempre limpa, não ajudar com a comida e tudo mais.
Tipo, caralho, né. A mina tá se estressando pouco.
Confesso que, real, eu entendo demais. Eu estou VENDO o quanto está estressante para ela. Mas é justamente por isso que eu gostaria que ao menos o tempo que ela passa comigo fosse algo tranquilo, apenas para nós duas nos descontrairmos juntas, como sempre foi.
Confesso que, quando ela começou a desabafar todas as reclamações dela comigo, eu super tentei ajudar. Eu dei milhões de conselhos, eu tentei distrair ela de todas as formas possíveis, acalmar ela, tudo.
Mas confesso que comecei a me sentir meio... deixada de lado?
Tem meses isso já, btw.
Literalmente a mesma rotina.
Ela entra no nosso chat. Manda trocentas mensagens enormes só de reclamações do dia dela. E então some.
Confesso que parece que ela passou a se lembrar de mim só pra poder reclamar. Como se eu tivesse virado o “diário” dela para poder simplesmente reclamar o quanto quiser e então largar depois.
Confesso que nossa relação sempre foi a mais próxima possível. Literalmente ficávamos o dia inteiro falando tudo o que fazíamos, compartilhando tudo, rindo juntas, e tudo mais.
Mas hoje em dia, eu mando uma mensagem e ela leva horas pra ver; e, quando vê, responde de forma curta e rápida, para então começar os textos gigantes reclamando de tudo de novo. E então some, já sem falar mais comigo, só aparecendo mesmo para isso.
Confesso que, de novo, eu ENTENDO. Ela tá se sentindo frustrada constantemente, mano. É óbvio que ela quer desabafar com alguém, e eu sou a melhor amiga dela. Claro que quer desabafar comigo então. Mas parece que nossa amizade se resume agora só nisso, em mim sendo uma fonte para ela reclamar livremente o quanto quiser, e só.
Confesso que eu já não tenho mais coragem de falar qualquer coisa sobre mim mesma para ela. Sempre que ela chega perguntando “tudo bem?”, eu simplesmente respondo “sim, e você?” de forma automática só. Porque sempre tenho agora a sensação de que ela só está perguntando mesmo por perguntar, mas o que ela quer realmente é falar apenas sobre si e sobre os próprios problemas. O que, sim, é normalmente o caso mesmo. Muito normalmente. Tipo, todos os dias mesmo, por meses já. Só ela vindo me procurar para isso e mais nada.
Confesso que ando me sentindo só super sozinha. E muito deprimida mesmo.
E cansada demais dessa vida já.
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A cada dia que passa me sinto mais completa ao seu lado, e talvez a pior parte disso Seja não estar verdadeiramente ao seu lado. Eu amo o sol, e as vezes sinto meu peito queimar antes de acordar, mas quando abro meus olhos e dou de cara com o céu nublado, eu tento não ficar tão triste e não deixar aquela sensação ir embora. Você é o sol dos meus sonhos, o sol do meu dia, e que me aquece ainda mais durante a noite. Você me mostra o que é amar, de fora para dentro e de dentro para fora. Eu recebo a sua melhor parte, mas talvez eu conheça a pior também, sei quão frio você pode ser, mas sei que até os seus próprios dias nublados eu posso suportar. Eu posso suportar tudo, desde que você esteja comigo. Eu sinto sua falta, com mais frequência que uma estação de rádio, não só uma, talvez todas existentes, até aquelas que não pegam sinal, e isso as vezes me incomoda, por não ter certeza se vou exagerar ao querer estar com você o tempo inteiro, e não simplesmente por querer, e sim por ficar me sentindo sufocada e querer dizer isso a você, e quando estamos juntos eu não quero te deixar ir, nem quero ter que te deixar, nem que sejam por algumas horas. Quero estar ao seu lado sempre que precisar, e quando você não quiser eu também vou querer estar por perto. Nos últimos meses o que mais tenho sonhado é que estou ao seu lado, talvez seja um dos meus maiores desejos. Deitar ao seu lado, e me sentir realizada por te ter comigo. Não sei quantas mulheres já passaram por sua vida, nem quantas ainda vão passar, e por mais que seja idiota essa forma de pensar, é a mais pura realidade, não sabemos o dia de amanhã, e se no amanhã você conhecer uma mulher maravilhosa e independente? Não me odeie por dizer isso, tendo em vista de que, eu já me sinto mal por pensar nisso. Você é uma das pessoas que mais tenho medo de magoar ou decepcionar.... Mas voltando ao assunto, mesmo que tais eventos ocorram, quero muito que você saiba que eu não vou parar de te encher o saco até dormir ao seu lado, nem que seja por um dia, isso é uma promessa. Eu desejo estar em seu Abraço, desejo fazer algo gostoso para você comer, desejo ser comida por você, desejo assistir filme ou série com você, desejo te olhar enquanto você lê (mesmo que seja um livro de terror), eu desejo você. E mesmo que seu futuro não seja ao meu lado, eu vou estar nele, e quero que saiba disso. De qualquer forma, estarei na sua vida. Essa noite, sonhei que estava com você, em um quarto que tinha vista para o mar, era tão bonito, a lua estava refletindo na água, e dentro do nosso quarto tinha luz negra, o que deixava aquilo mais sexy e romântico... Você colocava uma música, e pedia para eu dançar, no início eu ficava sem jeito, como você sempre me deixa, mas depois, eu ia sentindo a música, e me sentia desejada por você, e fechava os olhos e sorria, tentando provocar você, quando eu abria meus olhos, você estava levantando da cama e vindo na minha direção, eu corria e trocava a música, depois ia até você, e te fazia dançar comigo, em uma parte da música, você precionava seu corpo conta o meu, e eu sentia o volume por dentro da sua calça, eu te olhava e sorria, quando eu ia pensar em fazer algo, você me pegava no seu colo, e minhas pernas envolverão seu corpo, sua boca foi no meu pescoço e você dizia amar uma tatuagem que eu havia feito ali, eu sabia que tinha uma tatuagem ali, só não pude ver como era, e respondia: Só a tatuagem? E você me olhava com uma expressão que me fazia sorrir e em seguida você também sorriu. E eu acordei. Acordei com em um dia nublado, mas sentindo seu sol me aquecer. Acordei com falta de você. Acordei querendo te dizer o quanto eu amo você.
Taci. Sua Alice.
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Imagine niall horan Pedido:"oiiii faz um do niall em que eles são melhores amigos e os outros amigos deles (os meninos da banda, a lou, a gemma, a lottie) ficam falando q eles deviam ficar juntos e tals, dai um dia numa festa eles ficam e rola um hot dai depois eles se declaram e agradecem os amigos pq eles q ficaram insistindo pros dois dar certo "mari13xx Oi amor,olha desculpa se nao tiver do seu agrado pois n tava com mta ideia pra ele e acabou q n gostei mto do resultado mas o importante e vc gostar se vc n achar bom me conta q posso tentar mudar Pov S/n Estava no backstage esperando os meninos,mas precisamente niall,meu melhor amigo mais chato que eu amo hoje nós íamos em uma boate muito famosa que tem aqui em Acapulco,onde eles estao em turne agora,que eu fui convidada pelo niall a vir na turnê. Logo todos eles saíram do palco pra todos suados,mas mesmo assim eles continuam lindos e gostosos,niall tava tao gostoso pra mim esses ultimos dias nao sei o o que está acontecendo,mas meio que nao ligo pra isso. -s/n que saudade-ele disse vindo me abraçar todo suado ,o filho da puta fez de propósito,niall as vezes era um idiota. -ate que enfim se assumiram-disse o harry -fica na sua styles-niall fala constrangido,era sempre assim 1ue ele agia quando falava de nós,,que era quase o tempo todo. O negócio é que todos em volta de niall e eu "torcem" para a gente ficar juntos ou insistem em dizer que nós temos um caso e não nos assumirmos, claro que é uma mentira isso,mas esse boato é tao grande que até nossos pais acham isso e pior tem fans do niall que criam varias teorias com nós dois. Eu ao contrário de niall nao ligo muito para o que dizem,pois sei que gosto de niall apenas como amigo,apesar de eu ser o maior desastre para decifrar meus sentimentos,as vezes o confundo e não sei o que sinto,mas niall e eu temos uma grande e longa amizade.Nós nos conhecemos antes dele ganhar a fama mundialmente, no começo eu era super tímida nao tinha muitos amigos,estava com 13 anos na época,sentada em um banco na Praça quando o palhaço do niall tacou "sem querer"(que eu acredito até hoje que eu realmente era seu alvo)a bola na minha cabeça. Ele pediu desculpas e puxou papo comigo e hoje estamos aqui nunca nos separamos,acho que o que nos temos é para sempre,Eu amo esse magricelo. -Gente para de frescura que hoje eu não quero lembrar meu nome de tao bêbado que vou ficar -diz louis educado como sempre entrando na sala onde estavamos. -Entao vamos logo pro hotel-diz liam sério. Vamos para o hotel na van e eu vou ao lado do niall com seus braços nos meus ombros e lottie e os meninos vão zuando agente com frases do tipo "hoje tem hein niall" e niall ta todo vermelho ja eu so to rindo dele.Chegando ao hotel me separo de niall e vou junto a lottie pois ja estavamos prontas so esperando eles se arrumarem -Eai quando você vai contar o que sente de verdade pelo niall s/n.-lottie diz e sei que ela esta falando séria. -lottie eu e niall nunca teremos nada somos amigos e ponto final. -Mas... -nao ouviu ela lottie,Apenas amigos-niall fala bravo e chateado?como assim, parece que ele esta magoado.Deve ser apenas impressão minha. Os meninos descem e vamos a caminho da boate,niall não abriu a boca para nada no caminho e fico meio constrangida porque lottie nao sai do celular e os meninos tão conversando entre eles e parecem nao querer ser incomodado. Chegamos na boate e vou direto para o bar,preciso de álcool para depois falar com o niall,peço um vodka e vou atrás de niall,vejo ele dançando com uma loira,que mais parecia uma modelo,parece que nao vai ser agora minha conversa com ele.Então sento e fico o observando eles,harry está com uma morena linda conversando,liam e louis estão batendo papo e lottie esta com tomas que acabou de chegar e eu to aqui observando os passos de dança ridículos de niall,ele estava se esfregando muita naquela loira magricela,eu sei dançar melhor que ela,qual é niall voce arruma coisa melhor. Reparo niall olhando pra mim e dando um sorrisinho de lado,então o filho da puta ta me provocando,mexeu com a pessoa errada. Vou ate a pista e começo a dançar sensualmente,ate que sinto um cara sarrando em mim por trás e rebolo mais minha bunda nele e sinto o pau dele. Olho para o niall e ele esta vermelho e com raiva,conheço ele tao bem que sei que ele esta com ciúmes.Me esfrego mais no cara ate que sinto uma mao me puxar e bato no peito de alguem,sei quem é.Olho para niall e ele esta me olhando furioso. -você ta agindo igual uma vagabundo ele diz tremendo de raiva.ELE nao disse isso. -desculpa?voce nao e ninguém para falar como devo agir. -Ja chega S/n-ele me puxa ate a mesa dos meninos-estamos indo pro hotel gente. -Ok usem camisinha-harry diz rindo.Babaca Niall chama um taxi e vamos embora sem abrir a boca,niall esta nervoso suas mãos estão tremendo. Chegamos no hotel,entramos no elevador e niall fica longe de mim,naotenho coragem para perguntar o que está acontecendo entao fico quieta.Saimos do elevador juntos pois estamos no mesmo andar ia para meu quarto quando niall me para. -preciso falar com voce,pode me ouvir ?-apenas concordo com a cabeça.Vamos ate seu quarto,niall fecha a porta e fala. -eu te amo sn,não só como amigo te amo como mulher -ele diz rápido e vem em minha direção me beijando ate precisarmos de ar para parar,ele se afastar mas eu o puxo de novo. Começamos a tirar a roupa,vejo o tronco magro mas bonito do niall e me excito com isso,tiramos toda nossa roupa.Niall vem ate mim me jogando na cama. -Eu não vou aguentar tenho que ter foder logo esperei tanto por isso e preciso agora-ele fala e sem camisinha,que tudo bem pois estou com meu anticoncecional em dia,niall entra em minha buceta com força,ele mete em mim lento e forte mas nao vou deixá-lo no comando entao de um jeito me viro na cama ficando por cima e começo a quicar no seu pau. -rebola gostoso pra mim S/n-niall dizia gemendo eu nao conseguia dizer nada só gemia.Continuava a rebolar ate que sinto meu orgasmo chegando e rebolo mas rapido ainda e niall tambem estava proximo porque nao parava de gemer agora.Ate nós gozamos juntos.Foi demais,me deito ao lado de niall e ele me abraça. -niall?-o chamo baixo -o que? -eu acho que eu te amo também-falo lentamente -s/n eu gosto de você a muito tempo gostaria de ser mas que seu amigo. Eu quero tentar algo a mais. - Poderíamos tentar-não falamos mais nada e caio no sono. Acordo dando de cara com um niall sorridente me beijando,nós ficamos a manhã inteira no quarto ate q temos que descer porque niall tinha mais um show essa tarde.Entao descemos de maos dadas e demos de cara com os meninos.Eles logo nos olho com a cara maliciosa -a noite foi boa hein-disse louis -Se assumiram de vez?- perguntou liam -sim estamos juntos -eu digo sorrindo e olhando para o niall que sorri também. -até que enfim,ja tava na hora fico feliz por vocês,eu avisei que iam ficar juntos - disse harry. -Todos avisamos-disse louis. -Verdade vocês encheram o saco,mas valeu apena,obrigado gente.-digo -um dos meus varios dons é ser cupido-disse liam. -sim concordo com a minha namorada ,obrigado gente.-disse niall sorrindo. -ownn namorada,-disse louis tentando ser fofo mas falhando. -nao vejo niall sorrindo assim desde que tirou o aparelho,fez um bom trabalho s/n-disse liam Saimos do hotel e vamos para van e os meninos nao param de encher o saco ate lottie entrou nessa. -ainda bem que estao juntos fazem um lindo casal.-disse lottie - Vocês seguiram meu concelho?-pergunta harry. -sim harry ja estamos namorando- diz niall,mas harry sorri -não esse-nos olhamos confusos para ele-usaram camisinha?-caímos na gargalhada. Fim Tenho um monte de imagines e nem comecei,pois fiquei distraída essa semana por uma droga chamada penny dreadful pqp aquele dorian gray mexeu cmg.Enfim vai demorar mas eu vou fazer tds . Me falem na ask se gostaram
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Capítulo 106
– Luan
Susan: O que? – pergunta com cautela
Eu: Não deu pra entender, – minto. Loira praticamente chorou, disse que estava triste e deprimida, que sentia saudades do amigo e mesmo que eu esteja sendo um maravilhoso namorado ela precisa de um amigo, uma pessoa em quem ela pode confiar, uma pessoa que substitua o Pedro, ou pelo menos que a faça se sentir preenchida.
Claro que eu gostaria de ser essa pessoa, que ela procura quando fica deprimida, e que ela consideraria amigo. Susan tem muitos problemas que eu nunca vou conseguir ajudar a mudar, porém eu estou com ela o tempo todo, e gostaria de um pouco de consideração da parte da minha namorada.
Susan: Se não foi nada por que dessa cara? – questiona
Eu: Talvez eu tenha entendido alguma coisa, – olho para os olhos azuis mais penetrantes que eu já vi.
Susan: Fala, – pede com impaciência. — Eu falei algo que não te agradou né?
Eu: Por que você precisa de uma pessoa para “colocar” no lugar do Pedro? – a expressão dela me diz que esperava uma coisa menos direta.
Susan: Não é que eu precise, só sinto falta de um amigo. – termino nossos sanduíches e nos sentamos no balcão
Eu: E eu não sou seu amigo? – minha pergunta a pega de surpresa, o que faz loira respirar fundo e olhar para o líquido escuro na xícara branca.
Susan: Você é, e muito, mas sinto falta de um amigo gay, para eu poder me sentir completa. – a sinceridade na voz dela faz eu me sentir um pouco mal, pois estou sendo egoísta com o amigo dela que morreu.
Eu: Eu sei, desculpa, é que pareceu que você não estivesse satisfeita comigo, como se eu não fosse teu amigo também.
Susan: Ai amor, não é nada com você, nunca é na verdade. – solta o ar mais uma vez. — Eu que sou a problemática que não dorme direito e fica atormentando você, – da uma risadinha olhando nos meus olhos.
Eu: Cê não é problemática loira. – mordo um pedaço do meu sanduíche
Susan: Você fala isso porque me ama, – eu dou risada.
Eu: Falo isso porque acho que você tem de melhorar, cê sofreu um trauma, e não é fácil esquecer tudo e “seguir” em frente. – minha namorada sorri e morde o pão
Susan: Amanhã o Enzo vai ouvir, – muda o foco do nosso assunto olhando para a pia. — Que horror, na cozinha de casa. – faz careta
Eu: Você fala assim como se nunca tivéssemos feito isso.
Susan: Não aqui, e ninguém nunca pegou a gente.
Eu: Porque tivemos sorte, mas não será sempre assim.
Susan: Eu sei, é só a gente não dar bobeira.
Eu: Como se pensássemos nisso na hora. – ela ri
Susan: Sim, – exclama. — mas ele trouxe uma estranha cara, e provavelmente ela irá dormir aqui, e se amanhã ela estiver na mesa do café, eu a farei passar vergonha.
Eu: Você não vai fazer isso loira, para de ciúme do Enzo.
Susan: Não paro não. Saudades da Bel. – eu dou risada.
Eu: Só porque ela deixava teu irmão na linha, – afirmo olhando-a nos olhos
Susan: Também, mas ela era minha amiga.
Eu: Vou fazer um show perto de Lençóis no final da semana que vem, podemos ir ver ela.
Susan: Sério? – faço que sim, e então ela sorri.
De manhã, minha namorada numa agonia só me faz descer logo, e ao chegarmos na sala, Enzo abre a porta pra tal mulher sair, e claro que loira quer ir atrás deles. — Ele precisa me explicar quem é ela, me solta amor, – tenta puxar a mão
Eu: Cê me fez levantar cedo, então vamos logo tomar café. – ela vem resmungando.
Susan: Quem é aquela mulher que dormiu aqui?
Roberta: Bom dia, – diz olhando para a filha que senta
Susan: Bom dia, quem é aquela mulher que dormiu aqui?
Roberta: Provavelmente uma das que ele tem trazido todas as noites.
Susan: Você não fala nada?
Roberta: Falar o que? Enzo é um homem e essa casa é grande, eu não vendo nada ou ouvindo está tudo certo.
Susan: Nós vimos ontem mãe! – diz indignada
Enzo: Susan você nem mora mais aqui, para de encher o saco, – senta no lado oposto ao nosso.
Susan: Não paro, porque se eu desci aquela hora, qualquer, – da ênfase — pessoa poderia ter descido!
Roberta: Na minha cozinha Enzo? – ele não responde
Enzo: Não vou mais transar com ninguém no andar de baixo. – diz enquanto toma o café
Susan: Você tem que parar de bancar o novinho que começou a transar agora, – exclama minha namorada já nervosa. Continuo em silêncio tomando meu café, eu que não vou me meter nos assuntos deles. — Já que tá comendo todas, vai pro motel!
Roberta: Susan chega. – murmura com tom sério o que faz a filha parar de falar.
Enzo: Você tá um porre hoje viu. – ele e a irmã se encaram sem desviar o olhar por algum tempo.
Fabrízio: Buongiorn amore mio, – diz para esposa que responde dando-lhe um beijo, — Buongiorno mia principessa.
Susan: Bom dia pai, – sorri, mas sei que não é verdadeiro.
Fabrízio: Buon figlio mattina.
Enzo: Buon padre, – também força um sorriso
Fabrízio: Buongiorno mio genero, senta perto de nós.
Eu: Bom dia Fabrízio. – o clima fica estranho e claro que meu sogro saca na hora, pois a filha dele e o filho não param de se desafiar com o olhar, o que é engraçado e familiar, Bu e eu já fizemos tanto isso.
Fabrízio: Quem morreu?
Susan: Vai morrer ainda pai, – diz e olha para meu sogro.
Fabrízio: Não vou ajudar na ocultação de cadáver, – ele sorri e creio que sabe o porquê de sua filha já estar de mau humor à essa hora da manhã.
Susan: Nem precisa, eu mesma faço isso.
Enzo: Já deu né Susan? Só porque não deu certo com a Bel não significa que eu ia ficar trancado no quarto esperando os avós dela morrer pra que ela voltasse pra cá. – minha namorada faz cara de surpresa e choque ao mesmo tempo.
Susan: Vamos, – ela fala ficando de pé.
Roberta: Filha,
Susan: Tchau mãe, tchau pai, ligo mais tarde. Vem logo Luan. – me despeço deles.
Enzo: Susan para com isso vai.
Susan: Vai pra puta que pariu Enzo! Seu escroto. – nós só pegamos nossas coisas e saímos da casa dos pais dela. Eu nem ouso falar nada, porque só pela forma que ela está respirando sei que vai surtar com qualquer coisa que eu diga.
Ao entrarmos em casa ela vai pro quarto e bate a porta com força, enquanto eu deito no sofá e ligo a tevê. Percebo quando minha namorada precisa do tempo só pra ela, não é fácil decifrar ela, mas eu tento, e algumas coisas eu pego no ar.
Um tempão depois eu ouço quando ela sai do quarto e vem enrolada na coberta, com os cabelos bagunçados ela deita em cima de mim sem falar nada. — To com fome, – olha pra mim
Eu: Quando você não ta? – sorrio
Susan: Não sei, por que você não foi no quarto?
Eu: Pra você me expulsar?
Susan: Eu não iria fazer isso, – diz sorrindo
Eu: Você sabe que ia loira. – faço carinho no cabelo dela. — Vamos fazer o almoço?
Susan: Só se depois você fizer brigadeiro.
Eu: E aquelas coisas que cê comprou? Cheia das frescuras?
Susan: Preciso de doce de verdade. – murmura e sorri
Eu: Tá, eu faço, mas não garanto que ficará no ponto certo. Ou que ficará bom.
Susan: Tenho fé em você. – pisca e fica de pé. Minha namorada faz o almoço com a minha ajuda é claro, nós comemos e eu faço o brigadeiro, enquanto esfria no freezer deitamos de novo no sofá. — O que você estava assistindo?
Eu: Os últimos episódios de vikings.
Susan: E como foi? – volta olhar para mim
Eu: Muito massa, cê tem de ver.
Susan: Nem lembro em qual episódio eu parei. – ri de leve
Eu: Que foi? – pergunto ao ver um pouco de tristeza no olhar dela.
Susan: Nada, – desvia o olhar
Eu: Quando você quiser conversar, tô aqui. – fazendo que sim ela pega o controle da tevê e coloca um filme.
Duas semanas depois.
— Alô, – sento de volta na cadeira da varanda
Esther: Luan, é a Esther, você tem um tempinho?
Eu: Oi, tenho, – largo o violão. — Como conseguiu meu número? – questiono confuso
Esther: Você é o contato de emergência da Susan. – meu coração acelera
Eu: Emergência? Aconteceu alguma coisa com ela? – pergunto com medo da resposta
Esther: Não, – exclama percebendo minha preocupação — A cada três meses eu atualizo a lista de pessoas que eu devo ligar caso Susan não apareça aqui por mais de três sessões, e ela colocou teu número como o primeiro da lista. – respiro aliviado
Eu: Ela não têm ido nas sessões?
Esther: Não, e o que eu achei mais estranho, é que semanas atrás ela marcou duas sessões para a mesma semana, no entanto não apareceu e também não me atendeu…
Eu: Estranho, ela nunca falta, a não ser que não esteja se sentindo bem.
Esther: Sim, você notou se ela estava se sentindo doente?
Eu: Não, Susan está bem, só um pouco triste, mas bem.
Esther: Triste como?
Eu: Ela e o irmão brigaram e ainda não estão se falando, e a Susan ficou toda murcha depois da briga deles.
Esther: Hum, entendo. – faz uma pausa. — Você pode me contar mais? Acho que Susan está perturbada com algo mas não sabe como lidar.
Eu: Claro, mas isso já aconteceu antes?
Esther: Sim, ela sempre tem recaídas, sempre volta pro começo de tudo. Onde ela está agora? – olho no relógio
Eu: Na loja, provavelmente vindo para casa.
Esther: Vocês se falaram hoje?
Eu: Sim, quando ela saiu de manhã, e na hora do almoço.
Esther: Por mensagem ou por telefone?
Eu: Os dois.
Esther: Anham, e como ela estava?
Eu: Não sei dizer, porque no telefone eu percebi um pouco de desânimo, mas ela mudou quando eu perguntei.
Esther: Ok, acho que tenho tudo. – ouço-a sorrindo — Diz à ela que liguei e que espero ela hoje até as dez.
Eu: Tá bom.
Esther: Brigada Luan. – desliga. Não sei se eu ajudei Esther, mas pelo menos agora sei que minha namorada mentiu quando disse que estava indo ver a Esther. Só quero saber onde ela foi para ter de mentir para mim. A avó não foi, até porque loira me falaria, ela não precisa esconder que vai ver a avó, porém se ela mentiu nessas duas semanas, Susan foi se encontrar com alguém que eu provavelmente não gosto e para não brigarmos ela mentiu.
Ela foi ver o Bruno? Se minha namorada foi ver aquele cuzão ela vai ouvir. Ô e como vai.
Susan: Oi amor, – diz ao atender.
Eu: Onde você tá?
Susan: Indo pra casa agora, por que?
Eu: Não, nada, só para saber mesmo. – ficamos em silêncio por um tempo. — Você saiu com o Bruno?
Susan: Não! Por que eu sairia com ele?
Eu: Não sei, – murmuro controlando meu tom, para não parecer tanto que eu já estou puto.
Susan: Você acha que depois do que eu disse pra ele eu iria encontrá-lo?
Eu: Em casa a gente conversa. – desligo sem deixá-la falar.
Pessoalmente eu posso ver se ela está mentindo, porque os olhos dela sempre dizem a verdade.
Minha namorada chega vinte e quatro minutos depois, e bom eu contei porque quero saber de tudo, e quero que ela seja verdadeira comigo, que me diga a verdade.
Susan: Por que você desligou na minha cara? – põe a bolsa no sofá e cruza os braços
Eu: Vou te fazer uma pergunta, e quero que você fale a verdade.
Susan: Tá, fala. – respiro fundo
Eu: Você saiu com o Bruno?
Susan: Eu já disse que não, – exclama sem desviar o olhar, ela não parece me esconder algo à respeito dele, se não eu já teria percebido, né? — De onde você tirou isso?
Eu: Só veio na minha cabeça.
Susan: E por que?
Eu: Você mentiu pra mim Susan, como quer que eu não seja paranoico?
Susan: Eu menti? Quando? – minha loira já está ficando nervosa
Eu: Quando me disse que ia na Esther e não foi. – a surpresa é visível no rosto dela, então descruzando os braços ela respira fundo repetidas vezes
Susan: Ela te ligou?
Eu: Sim.
Susan: Falou o que?
Eu: Que estava preocupada porque você sumiu das sessões. Pra onde você foi Susan? – ela não responde, pega a bolsa e vai pro quarto. — Responde minha pergunta.
Susan: Não quero. – diz entre dentes
Eu: Não tem essa de não quero, cê tem que falar.
Susan: Não é da sua conta.
Eu: Ah não é? – ela fica em silêncio me encarando
Susan: Eu só não quero falar.
Eu: Foda-se, só quero que me fale onde estava.
Susan: Não vou falar! – olha para mim. — Ou você vai me obrigar? – solto o ar e faço que não
Eu: Cê sabe que não posso te obrigar a falar nada, mas esperava que você fosse sincera comigo. – loira não desvia o olhar, porém não fala mais nada. Ficamos nos encarando por vários instantes antes dela me dar as costas entrando no banheiro. — A nossa conversa não acabou Susan!
Susan: Acabou sim Luan, sai daqui! – quase grita e eu saio mesmo.
Gabizola 💜
Gabi, a loira têm ido aí?
Não pi, desde que ela veio do Rio não ficou aqui não. Na verdade nem a Bu. Por que?
Nada, é que ela não foi em algumas sessões da Esther e pensei que ela estivesse indo aí...
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Cap 12 - Round 1: Fight
-”Oi Sam, podemos ir?” digo rapidamente, e me viro para fechar a porta enquanto tento entender o que eu estava prestes a fazer “Ele chegou na hora certa” penso e me volto de frente para os dois, olho para o Bruno que estava com um olhar de reprovação para Sam
-”Quem é ele, Nat?” se vira para mim e levanta uma sobrancelha
-”Eu sou o Samuel. Moro no andar de cima. Er… Muito prazer” Ele se vira para o Sam e responde
-”Hm.. Prazer” e mostra um esboço de sorriso tentando parecer confortável com a situação
-”Bom Bruno, eu tinha combinado de sair com ele, então boa noite” dou uns passos a frente e sinto a mão do Bruno em meu braço direito, viro meu olhar para ele e digo:
-“Que foi? Me solta.”
-”Não acredito que você vai sair com ele e vai me deixar aqui”
-”Bruno, eu já tinha combinado de sair com ele e de qualquer forma, você veio aqui porque quis” ele tira sua mão bruscamente de meu braço e diz:
-”Eu acabei de abrir meu coração e você simplesmente vai embora sem me dar nenhuma resposta?”
-”Você não precisa de respostas, até porque não precisava ter vindo aqui só pra isso, segue sua vida, vai ser melhor assim. Na verdade, eu sinceramente acho que você está confuso, só isso” Me viro novamente de frente para o Sam e ouço o Bruno com uma voz triste
-”Não estou confuso, Nat”
-’’Bruno..” E antes que eu pudesse terminar a frase, sinto Sam me puxando pela cintura e me dando um beijo, fico atordoada e quando penso em me afastar dele, sinto uma mão quente me puxando para trás, acredito que seja o Bruno porque assim que me dei conta ouço o Bruno gritar
-”VOCÊ TA BEM LOUCO?” E em seguida dá um soco na cara de Sam “Meu Deus o que está acontecendo?” penso e vejo o Sam revidar com um soco na boca do estômago do Bruno, que se abaixa devido a dor
-”SAM NÃ..” e dá um outro soco, desta vez no rosto do Bruno, saio correndo em direção aos dois e paro na frente do Sam impedindo que fizesse mais alguma coisa contra o Bruno.
-”O QUE VOCÊ TA FAZENDO? Vai embora!” Digo para Sam que está com uma expressão de raiva que chega a me dar medo
-”Ele me deu um soco e você vai ter coragem de defendê-lo?”
-”E você deu dois socos nele! E outra, porque raios você me beijou??”
-”Eu só estava querendo que ele parasse de te encher o saco”
-”Você não sabe o que é certo e errado pra mim, e ainda mais fazer o que você fez, tudo isso foi por sua culpa. Agora ele está machucado por sua culpa. Vai embora… Só vai” Me viro para o Bruno e me assusto com a quantidade de sangue saindo de seu nariz, chegando até a manchar sua camiseta amarela “Bruno do céu, vem, entra aqui deixa eu dar um jeito nesse sangue”
Abro a porta e o conduzo até a cozinha para pegar um pano úmido e limpar o sangue, ele senta na cadeira e fixa o olhar em mim
-”Desculpa”
-”Ta tudo bem, Bruno. Mas você já reparou que ‘desculpa’ é uma das coisas que você mais fala pra mim? E olha que a gente nem se conhece há tanto tempo assim” dou de ombros
-”Sim… Bem… É, podemos mudar de assunto?”
Dou um sorriso sarcástico e começo a limpar o sangue de seu nariz, queixo e pescoço.
Ponto de vista: Bruno
Sinto o segundo soco na minha cara e vejo Nat correndo e ficando entre mim e esse tal de Samuel, achei por um momento que levaria um terceiro soco, só que dessa vez dela, mas estava enganado. A observei discutindo com ele e me defendendo, coisa essa que me deixou bastante feliz, e além de tudo pude sentir que talvez ela sinta alguma coisa por mim, até porque você defende a pessoa que você gosta, a fim de protegê-la, involuntariamente dou um sorriso de canto de boca que não dura nem 1 segundo pois ouço Samuel dizendo:
-”Eu só estava querendo que ele parasse de te encher o saco”
Eu enchendo o saco da Nat? Mas que cara folgado. Para começo de conversa ele nem deve saber quem eu sou. Querido, eu sou o Bruno Mars, eu hein, tenha mais respeito pela sua vida (disse o cara que acabou de levar dois socos). Dou uma revirada de olhos e Nat se vira para mim, ela me convida para entrar em sua casa para limpar o sangue. Para falar a verdade, eu tinha até me esquecido do primeiro soco que levei, e como num estalo meu estômago começa a doer novamente. Me sentei na cadeira da cozinha, acompanhei a Nat com meu olhar e disse:
-”Desculpa”
E ela devolve
-”Ta tudo bem, Bruno. Mas você já reparou que ‘desculpa’ é uma das coisas que você mais fala pra mim? E olha que a gente nem se conhece há tanto tempo assim”
Toma Bruno Mars, mais uma pra coleção do dia. Mas realmente, começamos a nos falar há tão pouco tempo e já cometi vários erros com ela, será que vale a pena tudo o que estou fazendo ela passar só para levá-la para cama? Quero dizer, ela é diferente de todas as que já peguei, tem um jeito todo encantador, ela é sexy na medida certa, sabe dos seus encantamentos e se aproveita disso. É inteligente, bem humorada, e excepcionalmente deslumbrante, talvez esteja na hora de admitir a mim mesmo que na verdade eu estou apaixonado por esta mulher.
Tento mudar o rumo da conversa e enquanto sinto o leve toque de seus dedos limpando minha pele, digo:
-”Acho que ainda não tive a oportunidade de dizer o quanto eu adorei sua apresentação na sexta passada. Quero dizer, foi tudo perfeito, aquilo que você fez no final então…” mordo meu lábio inferior, olho para o lado e começo a pensar qualquer outra coisa que não seja sexy ou eu fiquei bastante excitado.
Ela da um sorriso meio tímido e responde:
-”A primeira vez que ouvi sua música me deu essa inspiração, não queria fazer nos ensaios pois iria estragar a surpresa, e a sua reação não seria a mesma. Queria ver como você reagiria, e.. bem, a sua reação foi melhor do que eu esperava”
-”Eu simplesmente fiquei encantado com sua performance, foi uma das melhores que já presenciei. E olha que já vi várias de suas performances lá na La Jungla.” Dou um sorriso e continuo “isso me deixa bastante feliz, eu fiz parte de uma performance icônica, sabia que você não iria me desapontar. Esse também foi um dos motivos pelos quais te escolhi, você é uma das melhores dançarinas de lá..”
-”Ai Bruno não é pra tanto” ela se levanta e vai em direção a pia, molha uma outra parte do pano e vem em minha direção “Olha, por mais que eu tente limpar com o pano, a sua blusa precisa ser lavada, me empresta aqui, deixa que eu coloco na máquina”
-”Oi?”
-”Que foi, Bruno?”
-”Você acha que eu vou tirar minha blusa assim?”
-”E o que que tem? Não vai demorar muito, eu prometo”
-”Meus hooligans são doidos pra me ver sem camisa, eu vou lá saber se você não está infiltrada para tirar uma foto minha desprevenido e fazer com que a internet exploda com uma foto desse meu corpo másculo?” Sua expressão que até então estava de incógnita abre espaço para uma gargalhada alta, que acaba me contagiando. Ela senta e coloca a mão na barriga e diz entre risos:
-”Bruno você é ridículo”
-”O que eu posso fazer se todos me amam?” dou uma piscadela, e ela solta uma risada tão gostosa que ficaria ali ouvindo por horas a fio sem coragem de mover um músculo sequer.
#hooligans#hooligan#bruno mars#music#bruno mars gif#lady gaga#beyonce#justin bieber#love#lovely#fanfic#fanfiction
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Please you, parte um.
Não está legal, mas essa é uma daquelas idéias que ficam na cabeça até escrever. Ouçam get home, do Angus e Julia Stone, ou please you qualquer uma das duas serve.
O dia estava úmido daquele jeito que eu sempre odiei, como se você estivesse sendo pressionado para a Terra, como se ter gravidade fosse uma sentença de morte, você apenas quer flutuar e escapar para o Universo e fora deste mundo, mas a gravidade te mantém aqui para lembrar o quanto sua vida não está fazendo sentido. Eu tinha acabado a faculdade de Letras e Escrita Criativa (N/A: acreditem, não sei se aqui no Brasil tem isso, mas no USA eles tem uni de Escrita Criativa), e não conseguia levar meus livros para nenhuma editora, não conseguia vendê-los. E eu pensando que poderia sair de trás da tela do computador e ir diretamente para as livrarias. Não passa de um ciclo sádico, um machuca o outro, e o machucado vai atrás de mais um coitado. Comecei a pensar assim quando Harry me deixou, também não sei porque, talvez eu não fosse a menininha fofa que ele procura, talvez eu seja até mais masculina que ele (N/A: qualquer um é kk), e agora eu sentia vontade de gritar para todo mundo que amor era uma porcaria e que seis em dez pessoas são abandonadas, e isso nem é uma estatística, só estou especulando, ou seja, inventei igual fiz com toda a minha vida. O único amor de minha vida no momento era a cafeína, me mantinha de pé com todo tipo de açúcar, desde Coca Diet à café puro, café com creme, café com açúcar, e balas de café. Entrei no estabelecimento ouvindo o sininho em cima da porta vibrar como se minha entrada fosse algo anunciável. Sentei em uma mesa perto da janela já pronta para fazer meu pedido lotado de cafeína. O atendente jovem de olhos verdes me fizeram lembrar Harry, o que me fez passar a odiá-lo no mesmo instante, porque lembrar de Harry me levava a refletir sobre tudo o que tinha acontecido. Eu nem deveria ligar mais para ele, é passado. Mas não sei como esses idiotas tem coragem de nos pedir para esquecer o passado, é como pedir para você levantar da sua cama sem saber seu nome, profissão ou até o nome dos seus pais, mas tudo bem, o que importa é o futuro, não importa se você está confuso e não sabe mais quem é, olhar para a frente é a solução. Essa é a pior merda que eu já ouvi em toda minha vida. Mas mesmo assim eu deveria sorrir e fingir que sigo em frente para que meus amigos parem de encher meu saco, eu sei que amigo é para todas as horas, mas eu simplesmente odeio quando eles sentam, pegam minha mão e acham que eu vou chorar e contar tudo para eles. Se eu for contar algo para alguém seria para Jack. Jack Daniels. Não quero sorrir e mostrar para o mundo como eu sou uma vencedora por superar, porque eu não sou. Era tão bom, eu estava com Harry e achava tudo tão bom, tão bom que eu gostava até de cenouras, nunca gostei delas, tão bom que muito começou a ser bobo para explicar o quando eu estava feliz com ele, qualquer coisa parecida com eu te amo muito parecia pouco, eu queria dizer mais, mostrar mais, e queria ser correspondida nessa intensidade. Fui tirava abruptamente de meus pensamentos quando a garçonete de vestido rosa vintage colocou minha mega xícara de café na mesa. Virei minha cabeça olhando para a vitrine de bolinhos, eu queria um cupcake, mas não queria nada que me lembrasse Harry. E como se fosse só dizer o nome da coisa, lá estava ele em frente a vitrine com as pernas finas de meio metro de altura, mas para uma pessoa tão alta e magra Harry até que conseguia se equilibrar bem. Ele estava lindo, estava bem como sempre esteve. E quando ele me viu olhando sua expressão foi pura surpresa. Talvez eu não estivesse tão bonita quanto antes, ou vai ver ele não curtiu a nova cor de meu cabelo. Meu cabelo estava curto, porque me disseram que quando a mulher quer mudar, tem que começar pelo cabelo, não deu certo também. É culpa sua. Na verdade não é, a culpa é minha por ficar lendo aquelas matérias sobre términos de relacionamento. Mas ele foi embora, ele devia no mínimo sentir-se culpado. Harry veio andando em minha direção e eu queria sumir dali, amassar a mim mesma como uma folha de caderno defeituosa e jogar-me na lixeira. - S/N? - ele perguntou quando ficou em pé ao lado da minha mesa. Olhei para seu rosto e fiquei tentada a dizer 'Não, não te conheço, na verdade conheço, você não é o garotinho daquela boyband? Você parece um pouco sacana, do tipo que quebra corações por onde passa'. - Hey Harry - minha voz não estava fraca e patética, mas minhas mãos tremiam e eu tinha que as esconder em meu colo, deixando o café impecável em cima da mesa. - Hm, posso sentar com você? - ele apontou para a cadeira ao meu lado. - Claro - respondi automaticamente. Ele sentou ao meu lado com nossos ombros tocando-se, eu senti aquela eletricidade e foi como um viciado provando da droga depois de chegar quase ao fim do tratamento, foi delicioso o mínimo toque entre nós, mas ao mesmo tempo eu queria mais, esse pequeno toque não era nem perto de como nós éramos antes, era superficial, como dar um tapinha nas costas daquele conhecido que está triste. Eu queria empurrar ele da cadeira. - Como vai? - ele perguntou depois de duas mordidas no cupcake de glacê rosa claro. Harry virou o rosto e me pegou encarando, ele fez o mesmo e eu queria me afogar no mar verde que eram seus olhos escuros. Ficamos assim por uns instante até eu sentir meu coração derretendo, acabei suspirando e dando um sorriso frouxo. Tão menininha. Tão apaixonada. Eu estou fodida. - Eu vou bem - menti e Harry franziu a testa lambendo a cobertura que escapou da borda. - Você não parece bem, seu cabelo está estranho - ele deu um sorriso engraçado e olhou para a cor do meu cabelo. É só tinta, é temporário, que nem você e seu amor, tudo efêmero. - Foi mal, não consigo conversar - falei sentindo o choro formar dentro do meu peito. - Você está tão... - ele continuou me medindo de cima a baixo - diferente. Não fique assim - ele parecia culpado. Se ele tentasse dizer desculpas eu iria bater em Harry, e depois beijá-lo a força, para depois bater nele de novo e sair correndo desse estabelecimento. Eu imaginei toda a cena na minha cabeça, e depois levantei querendo sair dali. - Tenho que ir - falei em um tom que parecesse casual, despreocupada. Sai dali com as mãos coçando para grudar nos cabelos cacheados de Harry, ouvi ele me chamando e parei de andar por instinto, bati de costas em Harry quando ele parou atrás de mim, sai de perto dele e parei de frente a ele. Eu queria tanto ir para casa chorar e depois beber porque sou patética por chorar. Funguei sentindo meus olhos marejados, Deus, porque tão lindo Harry? - S/N, por favor - ele disse com a voz calma, mansa, parecendo ter forma física, saindo da boca de Harry como fios brilhantes e dourados parecendo sair diretamente da Grécia Antiga e das lendas de Deusas e ninfas, então iria infiltrar-se em você, em qualquer um que estivesse por perto, ele ia te ganhar pela voz, e a essência que nela guardava. - você pode me ouvir por alguns minutos? - Ouvir você? Mande uma carta, um lembrete no meu e-mail, ou deixe recado com o porteiro - falei sentindo as lágrimas secando, era assim agora, eu passava de tristeza para raiva em um estralo. - e não me olhe com pena, eu mereço um pouco mais do que isso vindo de você. - E-eu sei - ele disse surpreso e eu quis chacolhar ele, e pedir para ele formar uma frase com mais de cinco palavras, se eu parecia uma hipster idiota com o cabelo moderninho, ele parecia um adolescente virgem patético - eu ia te chamar para o meu aniversário - ele falou com as mãos dentro dos bolsos, encarei Harry erguendo as sobrancelhas e ele deu de ombros - eu vou deixar o convite na sua portaria - ele sorriu minimamente e eu mordi a bochecha por dentro para não fazer o mesmo. - Ah - eu disse com a boca aberta e olhando para todo lugar em volta de Harry, mas não para ele. Nós tínhamos nos conhecido assim, na festa de aniversário de dezenove anos dele. - bom, vai ser legal - eu falei por fim, agarrando a oportunidade que parecia estar ali, e se não fosse uma chance de reconciliação, eu ainda poderia escrever e beber cafeína, dos dois jeitos eu vou ficar bem. - Bom - ele disse sorrindo de lado mostrando as covinhas e eu suspirei - então tchau - ele falou andando até mim e ficando todo sem graça na hora de beijar o rosto. Nós ficamos ali nos encarando por uns instantes, eu estava quase fazendo uma saudação com os dedos na testa e indo embora quando ele apenas encostou levemente nossos lábios, ele ainda estava doce pela cobertura.
Just as long as you go get home, you get home (Angus and Julia Stone).
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13. O dia seguinte - Ana Clara
Essa noite foi... como posso dizer? Foi insana. Depois de tudo que aconteceu, ainda chamei o Victor pra subir e ele aceitou. Achei que passaríamos a noite juntinhos depois íamos pra escola, mas meu lindo papai tinha de acordar. O garoto dos meus sonhos corou e pulou pela janela. Eu precisava disfarçar, então não pude fazer nada.
- Você estava com alguém? - Perguntou meu pai, nada gentil.
- Não pai, estava falando pelo celular com a Laura, só isso.
- Ok, durma bem.
- Boa noite pai.
Mandei uma mensagem pro Victor, mas ele não respondeu. Fiquei deitada na cama esperando resposta e nada, depois acabei caindo no sono. No outro dia acordei às 9h, perdi a hora pra escola. Com uma noite intensa dessas, precisava recarregar as energias. Desci para tomar café, minha mãe me viu em casa e estranhou, mas logo saiu pra academia e me deixou lá. Fiquei imaginando se Victor foi ou não pra aula. Aliás, não sabia nem se ele tinha chegado em casa. Mas acho que não faltaria, ele continua sendo um nerd afinal de contas. De repente, recebo uma ligação. Quando o celular tocou fui correndo ver, pensando ser o meu Victor. Era a Laura, aproveitou o intervalo pra ligar toda preocupada me perguntando por que faltei. Parece que teve uma super revisão pra prova de história (outra matéria que não está rolando pra mim).
- Amiga, tá acontecendo alguma coisa que eu não sei?
- Laurinha meu amor, você sabe que eu te conto tudo! - Não sei como ela reagiria ao saber que eu estava apaixonada pelo cara mais improvável.
- Bem, os garotos que sentam no fundo, Leonardo (Bolota) e Hugo (Grama), estavam falando seu nome, mas não consegui ouvir direito. Sei que muita gente fala de você por aqui, mas foi estranho vindo deles.
- Ah amiga, devem só ter percebido que faltei, nada de mais. - Imaginei o que Victor devia ter contado a eles.
Ela precisava voltar pra aula, então desligou. Eu fiquei pensando, o que será que o Victor disse de mim? Recebo outra ligação, e também não era ele.
- Quem está mexendo com a minha gata?
- Daniel? Fala sério, quem te deu meu número? Sua gata? Aaahhh - Revirei os olhos.
- Ana, eu e você temos que ficar juntos. Você tem que ir torcer pra mim nos jogos, e eu te aplaudir nos shows da banda.
- Já disse que não quero nada com você! Vai procurar o que fazer garoto, algo que não seja me encher o saco.
- Você acha que não sei o que estão falando por aqui? Te viram ontem à noite perambulando com outro! Eu vou encontrar o garoto que roubou seu coração, e quando eu achá-lo, isso não vai ficar assim.
Desliguei na cara dele e engoli seco. Me viram mesmo? Bem, não importa se me viram, gosto do Victor e algum dia assumiria isso sem problemas. O real problema aqui é, o que o Daniel queria fazer? Não ia ficar assim, então ficaria como? Tomei um banho e me ajeitei pro ensaio da banda, que seria de tarde. A campainha tocou e como eu estava sozinha fui atender. Era o Victor, mas seu olho estava roxo e seu nariz sangrando.
- O que aconteceu com você?
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