#the real servie
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rivalsjoy · 2 years ago
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dream is like had a videographer follow me in LA cant wait to show what ive been upto... but i stay silly :3 with his adorable techno cat beanie the slayin service fr
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the-meme-monarch · 8 months ago
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ok I’ve wanted to talk abt it since i saw the video like two minutes after its upload and someone mentioned it in the tags of “my we’re just abnormal abhorrent men” post so:
lol. lmao
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hansolsticio · 2 months ago
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✦ — "pirralho". ᯓ p. jisung.
— park jisung × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: sugestivo. — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 3814. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: age gap curtinho (o ji tem 19 e a pp uns 24), linguagem imprópria, fluxo de consciência (?), insinuação de sexo, o hyuck e o nana aparecem, size difference, pegação & "noona". — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: essa fic é top #1 acontecimentos imprevisíveis
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Batidas distantes misturadas a algo que parecia ser o seu nome te fizeram despertar. Não sabe quando caiu no sono e muito menos o que fazia antes de adormecer, mas respondeu por puro reflexo.
"Hm?"
"Tá viva? 'Tô tentando te acordar faz tempo.", era abafado, mas a voz da sua colega de apartamento era inconfundível. "Não vai se arrumar? Não quero chegar atrasada."
"Me arrumar?"
"O evento da atlética, criatura. Já esqueceu?", a menção te acordou de vez, ainda que tenha levado um tempinho para processar uma resposta. Sendo simplista, eventos da atlética significavam um monte de universitários gostosos reunidos num lugar só. E por "universitário gostoso" sua cabecinha só processava uma coisa: Jisung.
É... péssima ideia.
"Não sei se quero ir..."
"Ah, não! 'Cê prometeu que ia comigo, poxa...", a mulher choramingou. "Os meninos vão também.", a observação tinha a única função de te convencer, porém ela não exergara ainda que esse era exatamente o problema. "Eu já servi de acompanhante até pro batizado da sua priminha, _____. Qual é...", e, novamente, você seria vencida pela culpa.
O dilema aqui era: você nunca havia questionado tanto os seus próprios valores como nos últimos dias. Se perguntava se considerar uma diferença de idade tão minúscula quanto a que existia entre você e Jisung um obstáculo era exagero da sua parte. A parte mais antiquada da sua personalidade não apreciava estar questionando isso, porém era o que mais fazia ultimamente. Não sabe dizer o momento exato no qual "a chave virou" na sua cabeça, mas misteriosamente o interesse explícito que o mais novo tem em você deixou de ser uma piadinha e virou uma pedra no seu sapato.
De repente, a diferença de altura notável entre vocês dois se tornou algo intimidador. De repente, a voz caracteristicamente grave começou a te dar arrepios e o jeito que sua mão ficava minúscula perto da dele te incitava a ter pensamentos sujos demais. De repente, você se via cada vez mais tentada a revisitar todos os stories que o homem postava — desde os recorrentes surtos pelo Real Madrid até as malditas selfies pós-treino.
Era um sofrimento que somente o século vinte e um seria capaz de te proporcionar. Você podia bloquear Jisung? Claro que sim! Mas como iria fazer cessar a coceira na sua pele toda vez que cogitava a possibilidade de dar de cara com mais uma foto do rostinho avermelhado e todo molhadinho de suor? Isso para não falar do inferno da camiseta que ele sempre deixava em um dos ombros — um lembrete sugestivo de que não havia mais nada impedindo a visão do próprio corpo.
Entretanto, não era tão masoquista assim. Tanto que há muito tempo evitava acompanhar sua colega de apartamento nos treinos só para não acabar esbarrando em um Jisung gostoso 'pra caralho correndo feito louco atrás de uma bola. Na realidade, sequer se viam pessoalmente, mas nas raras ocasiões em que tinha o (des)prazer de estar na companhia de Jisung você se sentia contra a parede.
O Park não era invasivo, não fazia o tipo dele. Porém nunca foi como se precisasse. Os olhinhos fofos demais para um homem daquele tamanho e todos os "Noona's" arrastadinhos te diziam tudo o que você precisava saber. De certa forma, te quebrava ter quer pisar na confiança dele em todas as ocasiões possíveis — na sua cabeça, era a única solução plausível para o "problema".
Só que havia algo errado: você não era capaz de identificar o porquê dele estar tão atrevido nos últimos tempos, a confiança dele parecia crescer de uma maneira estupidamente rápida a cada encontro entre vocês. Era complicado. Talvez fosse culpa sua. Talvez você estivesse deixando muito óbvio o seu nervosismo perto do mais novo — era o que você pensava.
Você poderia perguntar a opinião da sua colega de apartamento e aspirante à melhor amiga Maya? Sim. Mas, nesse caso... não. Por mais detestável que soasse, você já havia tentado. Inclusive, o tom de inconformidade com o fato de Jisung ser, na sua visão, um pirralho, não foi suficiente para fazê-la dar outra solução que não fosse: "Você quer. Então pega.". E isso era exatamente o que você não queria ouvir! Ou queria?
Quase arrancava os próprios cabelos por não achar ninguém que estivesse de acordo com as suas convicções e nada parecia fazer muito sentido. Você temia estar enlouquecendo, pois não sabia responder para si própria em que momento começou a ver Jisung como um homem.
[...]
Antes mesmo de sair de casa já havia planejado exatamente como agir. Irredutível, iria manter o teatrinho de rejeição. Considerava-se madura demais para deixar um moleque ficar ditando seus pensamentos, poxa... era isso. Precisava manter Jisung longe. Era o único jeito de dar fim a essa história.
E por um tempo funcionou. Funcionou de forma excepcional. Você arrisca que seja pelo fato de sequer ter cruzado com Jisung nas duas primeiras horas que ficou dentro do recinto. Na verdade, não sabia se sentia felicidade ou desapontamento. Se o homem não estava presente, significava que você não precisaria quebrar a cabeça com ele — mas, droga, queria vê-lo... mesmo odiando admitir.
Só que você tinha que ter cuidado com o que desejava. Acabou por encontrar Jisung e se arrependeu imediatamente de estar ali. Mas não pelos motivos que havia imaginado. Diferente do rostinho carente que implora por sua atenção sempre que você está por perto, Jisung parecia confortável até demais. O semblante animadinho deixava explícito que ele deveria ter tomado três ou quatro copos de alguma coisa.
A animação dele passou a contrastar com o seu desgosto ao perceber que o homem tinha companhia. Companhia essa que estava perto demais e se sentia muito habituada em sussurrar seja lá o que fosse perto da orelha do garoto. Você já havia a visto algumas vezes, sabia que ela era da mesma turma de Jisung ou algo do tipo. Cada detalhe da interação capturava os seus olhos de um jeito nada agradável. Mas, ei! Isso não era da sua conta, era?
Não havia problema nenhum. Era isso que você queria, não? Sim, sim. Era sim. Jisung tinha mesmo era que flertar com gente da idade dele. Claro. Claro que sim. Mas por quê você ainda 'tava olhando? Isso é coisa de gente esquisita. Deveria parar de encarar. Okay... Jaemin! Isso, Jaemin. Fazia tanto tempo que vocês não se divertiam juntos, certo? Calma, mas o quê ele acabou de sussurrar no ouvido dela? Porra, e esse sorrisinho? Espera... você ainda estava olhando?
"Nana...", ofegou como uma pobre donzela aos pés de seu salvador. O problema é que seu salvador possuía uma única latinha de cerveja como arma e parecia não ter a mínima pretensão de te resgatar dessa fera inominável — o 'ciúmes'. Jaemin precisou de uma olhadinha de canto para achar Jisung e cinco segundos de análise às suas feições para te dar um veredito:
"Ihh, nessa história eu não me meto, _____.", balançou o indicador no ar, rindo em completa descrença. "Tô fora de problema.", deu um gole generoso na bebida, como quem tenta remediar o próprio riso.
"Não tem história nenhuma, Nana. Só quero dançar contigo.", mentir já foi uma das suas maiores habilidades, mas no momento sentia-se uma amadora.
"Não se faz de sonsa, vai...", entortou o rosto. Foi o suficiente para te estressar, detestava ser contrariada.
"Porra, até você?!"
"Até eu sim! 'Cê não 'tá sendo meio babaca , não?", nada seria capaz de ferir tanto seu ego quanto a realidade.
"Tô sendo coisa nenhuma. Vocês que ficam colocando pressão.", desconversou, já tentava sair dessa conversa tão rápido quanto entrou. Estava exausta de ouvir sempre as mesmas coisas de todo mundo dentro do seu ciclo — a visão que seus amigos sustentavam da 'situação' entre você e Jisung parecia ser a mesma, um consenso.
"A gente?!", exclamou. A partir daqui você estava certa que havia procurado ajuda no pior lugar possível, Jaemin era especialista em levar as coisas pro pessoal. "Você que é indecisa 'pra caralho! Dá fora no garoto até não aguentar mais, mas também não sabe largar a porra do osso.", soou genuinamente bravo, seus ouvidos até zuniram. "Se decide, _____.", aqui foram esgotados seus argumentos.
Sequer esforçou-se para dar um fim ao debate com Nana, já sentia a cabeça doer. Simplesmente se virou, sumindo entre os demais — precisava pensar. Mas, poxa, havia algo a ser pensado? Mesmo você, que era orgulhosa demais para admitir estar errada, já enxergava toda a tempestade que estava fazendo em algo relativamente simples: era sim ou não.
Enfiou-se no primeiro cômodo vazio que encontrou. Era uma espécie de adega que armazenava todo tipo de bebida quente possível, parecia ser bem cuidado, mas a iluminação era pouca. Ficou feliz só de não ter esbarrado em nenhum casal se comendo dentro da salinha. Recostou-se numa das bancadas mais ao canto, aproveitando o silêncio para checar o celular. Porém, ainda que ignorasse o elefante no meio da sala, não conseguia evitar de pensar em Jisung e na estupidez que circundava toda essa situação.
Era difícil calcular quanto tempo você fingiu estar entretida no próprio telefone. Divagava. Voltava a Jisung e em como ele parecia malditamente próximo da garota. A boca amargava em pensar na maneira com a qual as mãos grandes ficaram perto demais da cintura feminina. Porra. Não, não, não... não era certo. Deveria ser você. Jisung te queria, não queria?
Droga, parecia uma criança. Cismava com um brinquedinho que sequer estava dando atenção só por ter visto outro alguém se interessar por ele. Infantil, muito infantil. Jaemin tinha razão, não tinha? Detestava admitir.
A porta se abriu.
Maya?
Era a única resposta plausível. Não precisava de nenhum estranho te enchendo o saco no momento, não queria ninguém piorando a situação. Mas o corpo esguio que surgiu por detrás da fresta te mostrou que a situação podia sim piorar.
Jisung.
Quis rir, era inacreditável — digno de cinema, não? Quer dizer, era tão óbvio que chegava a ser ridículo acontecer. Entretanto, fazia sentido que acontecesse. Não era como se Jisung não estivesse te seguindo com os olhos desde que você presenciou a ceninha dele com a garota.
"A gente pode conversar?", essa pergunta nunca poderia ter um bom desfecho. Sua primeira atitude foi adotar uma postura arrogante. Sempre era assim quando se tratava dele, não era?
"Sobre?"
"Nós dois.", murmurou cuidadoso. Você não ouviu de início, mas a afirmação te fez soltar uma risadinha em escárnio assim que assimilou o que ele havia dito.
"E desde quando existe um 'nós', Jisung?", rebateu amarga, assistindo-o se calar. Jisung te encarou em silêncio, parecia ensaiar muita coisa na própria cabeça — ainda que os olhos parecessem meio vazios. A tensão de estar acorrentada ao olhar dele sem ter onde se esconder fazia você tremer por dentro. O homem finalmente suspirou, coçando a própria nuca com impaciência. "Que foi? Volta 'pra sua namoradinha.", arrependeu-se antes mesmo de falar, a atitude era resultado do nervosismo que sentia.
"Quê?", o Park franziu a testa.
"Não sei. Me diz você. Cansou de uma e veio atrás da outra? É coisa de moleque, Jisung."
"Não tenho nada com mulher nenhuma. 'Cê sabe muito bem quem eu quero.", explicou-se, ainda que não devesse nada a você. Começava a se exaltar — detestava ser tratado como criança.
"Não sei porra nenhuma, Jisung.", cuspiu as palavras. Assistiu-o suspirar exasperado.
"Você 'tá me cansando, noona...", pontuou, os braços se cruzando.
"Você que continua nessa palhaçada sozinho.", não se lembra de nenhuma ocasião da sua vida na qual foi tão imediata com as respostas. "Já te falei que gosto de homem. Homem de verdade.", o acréscimo fez Jisung levantar as sobrancelhas, um sorriso ofendido despontando nos lábios.
"E eu sou o quê? Me diz.", afastou-se da porta, caminhando em passos vagarosos na sua direção. Ele não sabia, mas estava quebrando a confiança que só a distância era capaz de te oferecer. Com a proximidade aumentando, seu rostinho teve que se erguer para acompanhar as feições do homem. Você já apertava as bordas da madeira atrás do seu quadril, inerte com o aroma de perfume masculino que te roubou o ar.
"Você...", virou o rosto, buscando algum tipo de resposta nas garrafas de whisky da estante do canto.
"Não. Fala olhando 'pra mim.", aproximou-se mais, o suficiente para ser a única coisa no seu campo de visão — não importa para onde resolvesse olhar. A respiração quente te embriagou, tanto pela tensão quanto pelo notável cheiro do álcool.
"Você bebeu, Jisung.", a constatação saiu meio engasgada. Sentia a pele arder, o ventre se apertar.
"Você também. Isso é desculpa?", por um momento o homem pareceu roubar o seu papel. Era afiado, parecia ter total noção de como te desmontar — Jisung, em ocasião alguma, agia dessa maneira. "Diz, _____. Por que eu não sou homem o suficiente 'pra você?", cada questionamento esgotava mais seu repertório de respostas, ainda que você não usasse nenhuma das poucas disponíveis. As mãos dele se apoiaram em cada lado do móvel atrás do seu corpo, te encurralando. E era quente, porra, muito quente. "O que falta em mim, hm?", abaixou-se, o rostinho se inclinando para acompanhar cada movimento dos seus olhos. Te intimidava.
"Não faz assim, Ji...", balbuciou. A boca seca... onde havia deixado seu copo? Não se lembrava de mais nada.
"Deixa eu provar.", a mudança de energia que acompanhou o pedido te lançou numa espiral. Agora era enfraquecido, arrastava-se pela garganta. "Deixa eu ser seu homem, noona.", uma súplica dengosa até demais — te balançou, você mal foi capaz de esconder. Não impediu o narizinho roçando contra sua bochecha, preocupada em sanar o frio na barriga. Sentia o corpo inteiro amolecendo, o jeitinho devoto que Jisung te olhava só piorava a situação. "Por favor...", a expressão lamuriosa exterminou qualquer possibilidade de negá-lo — droga, ele parecia querer tanto... seria crueldade não dar uma chance.
Cedeu e nunca sentiu tanto alívio. Aceitar a boquinha gostosa contra a sua foi como tirar um peso enorme das suas costas, peso esse que, na verdade, foi substituído por muito maior: perceber o quão intensa era a vontade que você tinha de Jisung — ia mais longe do que o seu discernimento te deixava ver. Sentia seu corpo inteiro ferver pelo homem. O beijo lascivo e meio desesperado fazia sua carne tremer, puxava-o como se dependesse daquilo, como se precisasse do peso dele em cima de você.
Estavam febris, os estalinhos molhados faziam vocês buscarem por mais da sensação gostosa. O encaixe do beijo deixava suas pernas moles e o jeito que Jisung gemia contra sua boca te fazia ter certeza de que ele sentia o mesmo. A língua tímida resvalando na sua fez seus olhos revirarem por trás das pálpebras — delícia, droga, uma delícia. Tomou as rédeas, sugando o músculo quentinho para dentro da boca, o homem firmou-se ainda mais contra o seu corpo.
Jisung era sensível, se esticava inteiro só para ter tudo de você. Cansou-se, as palmas envolveram a parte traseira da sua coxa, te levando pro colo dele num solavanco. Nem percebeu quando foi colocada em cima da bancada, ocupada demais em enfeitar o pescoço leitoso. Sentia que precisava marcá-lo, queria evitar que sequer olhassem na direção dele pelo resto da noite. Era seu, podia marcar o quanto quisesse. Precisava disso.
O corpo inteiro escorria num calor infernal. O homem te bebia sem hesitar, também estava sedento. Havia se tornado uma batalha estranha, Jisung te agarrava pela nuca para conseguir sorver a boquinha inchada e você constantemente se afastava para lamber o pescoço cheirosinho. Estavam agindo de uma forma patética, mas quem poderia julgar? Passaram tanto tempo desejando isso, porra... sentiam um tesão do caralho um no outro, não dava para segurar.
As mãos fortes pela sua cintura faziam seu corpo reagir por conta própria, rebolava meio contida, desejando ter algo embaixo de você. O rostinho se movia dengoso, quase ronronava contra a boca de Jisung. Sentiria vergonha de admitir o quanto estava pulsando, mas não conseguia fazer cessar a sensação. Droga, precisava...
Os dedinhos ágeis acharam o caminho para a barra da calça de Jisung, brincou com o botão insinuando abri-lo. O homem ondulou o quadril contra as suas mãos, mas contraditoriamente te agarrou pelo pulso, impedindo a ação.
"Espera...", ofegava, o rosto vermelhinho era decorado por algumas gotas de suor. "Eu nunca...", hesitou. Ainda embriagada com o momento você demorou tempo demais para assimilar.
"Quer dizer... nunca mesmo?", tentou ser casual.
"Nunca."
"Nem...?", mas falhou.
"Não. Nada."
Isso mudava muita coisa. Claro que mudava. Você seria a primeira de Jisung? Cacete...
"Com outra pessoa não...", ele acrescentou, mas foi possível ver o arrependimento acertá-lo em cheio. "Espera, pra quê eu falei isso?", desesperou-se. Você quis rir do jeitinho fofo, mas não queria deixá-lo mais encabulado.
"Relaxa, não tem problema.", assegurou, selando a bochecha rubra. "A gente não precisa.", beijou o cantinho da boca, arrastando os carinhos até a orelha sensível.
"Mas eu quero...", a confissão te fez tremer. Não podia, não nessas circunstâncias. "Me ensina...", o sussurro saiu em tom de súplica, a respiração quente contra sua orelha não fez um bom trabalho em te deixar pensar. "Prometo que aprendo rápido.", assegurou. Os olhos minavam uma ingenuidade estupidamente excitante.
"Tá louco?! Aqui não, Ji.", tentou dispensar a proposta de um jeito casual, rindo meio nervosa.
"Me leva 'pra sua casa então...", ele rebateu quase que no mesmo instante, as palmas avantajadas fechando o aperto na sua cintura.
"O quanto você bebeu?"
"Eu quero você.", ele se curvou de um jeito meio desconfortável, o rosto vermelhinho se enfiou no seu pescoço. Porra, Jisung era adorável e isso te deixava tão quente. "Por favor, noona.", a voz grave agora era pura manha. Você precisou apertar os olhos e respirar muito fundo para ser capaz de raciocinar outra coisa que não o homem no meio das suas pernas de um jeito tão gostoso.
"Tem gente demais aqui, Jisung.", argumentou num fio de voz. Sentia-o te puxar para a borda do balcão, as perninhas se abrindo ainda mais por reflexo.
"Ninguém vai ver. Eu te escondo.", um tanto desesperado, pareceu querer demonstrar a ideia. Arrumou a postura, os braços te cercando enquanto usava o próprio tamanho para ocultar seu corpinho. Voltou a te olhar de cima, as orbes entrando no decote da sua blusinha sem pudor algum. "Cê é tão pequenininha, porra...", murmurou, admirando a diferença explícita entre vocês dois.
O ar ficou preso dentro dos pulmões quando ele agarrou um dos seus pulsos, a mãozinha tornando-se inofensiva perto da de Jisung. Guiou sua palma para debaixo da própria camiseta, a pele firme do abdômen esquentando sua mão. Não conseguiu resistir, arrastou as unhas por ali — ainda que meio receosa. A reação física foi imediata, o ventre do Park se apertou embaixo dos seus dedos. O rostinho sedento te deixou igualmente desorientada.
Cacete. Jisung fazia você se sentir doente.
O aperto que circundava seu pulso timidamente te levou mais baixo. Não conseguiu parar de encará-lo, mesmo quando a aspereza do cinto que ele usava arranhou a sua pele. Seu estômago repuxava em expectativa. Estava claramente passando dos limites, porém esse pensamento não te impediu de envolver o volume pesadinho com a palma da mão. A mente ferveu sob o olhar do mais novo que te apertou com mais força, empurrando o próprio quadril contra sua palma.
"Porra..."
"É tão grande, Sungie...", arfou, deixando-o usar aquela parte do seu corpo como bem quisesse. Foi inevitável perder-se em todo tipo de pensamento sujo envolvendo Jisung e sobre como ele tinha a total capacidade de te arruinar, mas mal parecia ter noção disso. "E esse é o problema.", pontuou, rindo da expressão confusa do homem acima de você. "Você vai entender.", tentou assegurar. "Mas é por isso que a gente não pode fazer nada aqui, Ji...", o tom condescendente que você fez uso foi insuficiente para impedir o biquinho dengoso nas feições do homem. A característica adorável contrastava muito bem com o jeitinho imoral com o qual ele ainda estocava contra sua mão.
"Eu não aguento mais esperar, noona...", choramingou em tom de confissão. Sendo sincera, você admitia que já havia castigado Jisung por tempo demais. Porém, estava prestes a ser malvada com ele só mais um pouquinho.
"Volta pra lá, vai...", afastou a mão do íntimo do homem, ganhando um grunhido desapontado. "Se ficar quietinho até mais tarde, eu dou um jeito de te levar pro meu carro.", era o melhor que você conseguia oferecer no momento. E a proposta era tentadora, tanto que foi capaz de enxergar a expectativa no fundo dos olhinhos masculinos — Jisung era adorável.
"Mas vai demorar?", bufou impaciente.
"Você sobrevive."
"A gente não pode nem brincar um pouquinho?", acompanhando a sugestão os dedos que serpentearam até o interior das suas coxas te fizeram soltar um risinho contrariado. Quis abrir mais as perninhas, se insinuar contra as mãos dele... mas se conteve.
"Brincar?", o questionamento era pura ironia. Jisung paraceu não se importar, concordando com a cabeça e te roubando um selinho carente. "E você por acaso sabe fazer isso?"
"Não...", balbuciou, a baixa luz ainda te permitia ver o rostinho alvo enrubrescendo. "Mas eu-"
"Jisung?", o timbre soou atrás da porta e foi como se você já esperasse por isso, tanto que a primeira reação foi rir baixinho.
"Te falei.", você sussurrou, dando de ombros.
"Já saio!", ele esbravejou virando o rosto em direção à porta, os dedos pressionaram suas coxas por reflexo. A testa franzida e o maxilar proeminente demonstravam o quão irritado ele havia ficado com a interrupção. "Noona...", choramingou baixinho, o semblante mudando como mágica. As sobrancelhas agora apertavam-se de um jeitinho manhoso, a testa colando contra a sua. Sentiu suas pernas ficarem fracas novamente — queria explodir esse garoto.
"Espera mais um pouco, Sungie...", tentou consolá-lo num beijinho de esquimó lentinho. Jisung te apertou contra o próprio corpo, você mais uma vez sumiu dentro do abraço dele. "Comportadinho." sussurrou, selando o biquinho do homem que parecia não querer te soltar.
[...]
"Puta merda, apanhou lá dentro?", a questão veio em tom de zombaria e referia-se a todas as marcas avermelhadas nos braços e pescoço do Park.
Ainda dava para ouvir os dois conversando enquanto você esperava dentro da adega — coisa que, inclusive, só fez para não tornar tudo esquisito saindo junto com Jisung.
"Sossega, Hyuck.", ele rebateu, enfezado.
"Tá até falando mais grosso. Meu Deus, eles crescem tão rápido...", o homem mais velho dramatizou, até mesmo fingiu um choro falso. "Quem vê não diz que você era dessa altura uns dois anos atrás.", demonstrou esticando um dos braços lá em cima de um jeito comicamente elevado. "Nem vou contar pro hyung que 'cê finalmente perdeu o cabaço, é capaz dele cho- Ai, porra!", o som estalado antes da exclamação poderia ser interpretado como um tapa. "Eu nem falei alto..."
— 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀²: sim, vai ter uma parte dois.
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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shuavez · 23 days ago
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MORE THAN ENOUGH — nicholas a. chavez
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masterlist | awkward
summary — three years on from your fated summer reunion with nicholas in lake como, you’ve almost got it all—your man, a sweet condo in manhattan, probably a benz. but there is just one small thing missing. inspired by more than enough by alina baraz.
tags/warnings — wine consumption. nic is a simp.
a/n — this is sort of an epilogue to awkward, cause i really love these two. if you’re new here and discovered this through tags, it’s not necessary to read awkward first but it will help give this some context, and it’s a fun (long) read about nic as well. feel free to check it out, linked above!! kisses <3
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THREE YEARS LATER
The evening began in a quiet, understated wine bar tucked away in Manhattan—one of those places Josh and Dae insisted on for their regular meetups with you and Nic. The atmosphere was cozy, intimate, with low lighting and the kind of jazz playing softly in the background that made the whole world feel miles away.
Three years had passed since that life-changing week in Lake Como, and so much had happened. You and Nic returned to New York feeling like the slate between you had finally been wiped clean. Nic worked tirelessly to rebuild your trust, showing you in countless small ways that he was fully committed—not just to you but to the life you could have together. After about a year, he’d surprised you by suggesting you look for a place together, a space that would be entirely yours.
Now, you were settled into a light-filled Manhattan apartment with just the right mix of modern elegance and comfort. Nic’s long hours as a prosecutor often meant late nights, but he was never too busy to ask about your day or bring you coffee just the way you liked it. You’d transitioned back into working part-time in the public sector, performing oral surgery for underserved communities. It was demanding work, but it made you feel grounded, like you were making a real difference.
The four of you had fallen into a natural rhythm—dinners like this one, easy group texts full of jokes and updates, and the kind of camaraderie that made New York feel a little smaller.
You sat across from Dae now, swirling the last of your wine in its glass as she and Josh shared a look—one of those silent exchanges that made you certain they were plotting something. Nic leaned back in his chair beside you, his hand resting casually on the table, his fingers brushing yours just enough to feel his presence.
Josh cleared his throat dramatically, earning a playful eye roll from Dae before he announced, “So… we’ve been talking.”
Your brow furrowed as you glanced between them, curiosity flickering. “About?”
Josh leaned forward, his grin widening. “About starting a family.”
The words landed with an almost tangible weight, followed by a beat of silence as the revelation sank in.
“Wait—seriously?” you asked, a smile breaking across your face.
Dae nodded, her confidence tempered by an endearing flicker of vulnerability. “It’s something we’ve been talking about for a while, and now… it just feels right.”
Nic straightened in his chair, his expression softening as he broke into a warm smile. “That’s incredible. You guys are going to be amazing parents.”
“Unbelievable parents,” you echoed, reaching across the table to clasp Dae’s hand. “I’m so happy for you.”
Josh, ever the joker, smirked. “You’re just excited to be the cool aunt and uncle, admit it.”
You laughed, already imagining it—Nic teaching their hypothetical kid about baseball while you supplied an endless stream of snacks. “Obviously. The coolest.”
Nic chuckled, the sound low and easy. “I call dibs on corrupting them with sweets.”
Josh groaned, though his grin betrayed his amusement. “We’re doomed already.”
You laughed, shaking your head as you leaned into the playful banter. “Great. Just don’t come crying to me when I have to be the one filling their cavities later.”
Dae straightened, clapping her hands in amusement. “Perfect. Built-in dental services. You’re definitely on babysitting duty.”
“Oh, no,” you teased, holding up your hands in mock surrender. “I’ll spoil them rotten, but I draw the line at pediatric extractions.”
The conversation shifted after that, full of laughter and teasing—Josh insisting he’d be the “fun dad” while Dae rolled her eyes and said they’d be lucky if the kid didn’t end up with his dramatics. It was light and easy, but beneath it was something deeper. A sense of growth, of possibility.
For a moment, as you watched the four of you talking, drinking, sharing pieces of your lives, it struck you: this wasn’t just nostalgia. This wasn’t trying to recreate the past. This was better. You’d all grown older, wiser, and in many ways closer.
By the time you made your way upstairs to the rooftop bar, the night was bathed in the warm, ambient glow of string lights, the kind that blurred softly against the glittering skyline. You leaned into the railing, watching the city stretch endlessly before you, alive with its steady pulse. It was the kind of view that usually made you feel small, the kind that reminded you of the relentless chaos waiting just beyond these walls.
But tonight? It felt different.
Dae stood beside you, her shoulder brushing yours in that casual, familiar way she always had. She was rambling about the kind of stroller she and Josh might need one day, though the idea of her being a mom still felt surreal. You glanced over at her and smiled—your chaotic, vibrant best friend who had somehow grown into someone ready to raise a whole human. The thought made your chest swell with a strange mix of awe and affection.
Behind you, Josh and Nic were still at the bar. You could hear Josh teasing Nic about something, his laugh loud and unrestrained in that way only Josh’s could be. Nic’s voice rumbled in response, low and steady, and though you couldn’t hear the words, you could picture the slight smirk that always came when he was holding his ground.
These were your people.
You let your gaze drift back to the skyline, a soft smile tugging at your lips. For so long, you’d felt like you were constantly chasing something—your career, your ambitions, the life you thought you were supposed to live. And it had been good. Fulfilling, even. But in this moment, it hit you just how much you’d been missing.
Here, surrounded by the people you loved most in the world, everything felt... right. The noise, the stress, the endless demands of life outside these moments didn’t matter. You weren’t worried about your next surgery or Nic’s next trial. You weren’t thinking about deadlines or schedules or the million other things that filled your days.
Right here, it was perfect.
It was like home.
The sound of footsteps behind you pulled you from your thoughts. You turned just as Nic reached your side, his expression softening when his eyes met yours. “Hey,” he said, his voice warm, his hand brushing yours like a quiet promise.
“Hey,” you replied, a small smile tugging at your lips.
Josh and Dae hovered a few steps away, exchanging a glance that looked suspiciously like they were in on something. You barely had time to register it before Nic stepped closer, his hand still lightly holding yours.
He cleared his throat, and suddenly, the air shifted. The easy banter faded, replaced by something deeper.
“I need to say something,” he began, his voice low but steady. You blinked up at him, caught off guard by the sudden change in tone.
His words came slowly, deliberately. “These past few years have been... everything I didn’t know I needed. Coming back here, building a life with you—it’s more than I ever thought I’d have. More than I deserve.”
You opened your mouth to protest, but he squeezed your hand, silencing you gently.
“Let me finish,” he said, a slight smile playing on his lips. “Because as much as I love what we have now, I want more. I want it all.”
And then he was pulling something from his pocket, his movements careful, almost reverent. The sight of the small velvet box made your breath catch.
“Marry me,” he said, his voice thick with emotion. “Because this? Right here, with you, with them—it’s everything. It’s home. And I want to spend the rest of my life making sure you know how much you mean to me.”
The world blurred for a moment, your focus narrowing on him—his earnest expression, the way his hand trembled slightly as he held the ring, the hope in his eyes.
“Yes,” you said, your voice breaking on the word as tears spilled over your cheeks. “Yes, of course.”
The grin that spread across Nic’s face was breathtaking, like the sun breaking through a storm. He slid the ring onto your finger, and then he was pulling you into his arms, holding you as though he’d never let go.
You barely noticed Josh and Dae until they were barreling into you both, cheering loud enough to draw stares from the rest of the rooftop. Josh clapped Nic on the back while Dae hugged you tightly, her voice shaking with laughter and excitement as she whispered, “I told you this would happen someday.”
And as you stood there, surrounded by laughter and love and the sparkling city below, you felt it again—that quiet, undeniable certainty.
This was home.
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thatscarletflycatcher · 1 year ago
Note
I am extremely interested in your draft/post about Downton Abbey and the timeline 👀
Important disclaimer: I was never in the fandom of the series, so I'm completely ignorant as to word of god and fanon, and might have forgotten some details of the plot as the years have passed since I watched.
*video essay voice* (bear with me) in 1980, British playwright Peter Flannery, while watching rehearsals for Henry IV, felt inspired to write his own historical epic, a Shakespearean sort of short History of his native Newcastle from the 60s to the present, interweaving the personal History of 4 "friends" with the big historical events of Britain through those years, to create a strong political narrative through them, but that was life-like enough in its everyday life details and turns as to feel real. The characters deal with their desire to change the world, achieve success, recognition, or even just survive, and experience hope and hopelessness by turns*
This theater play, called Our Friends in the North, caught the eye of the BBC, and after several back-and-forths it was adapted into 9 episodes in 1996. It was a big bet (it cost 8 million pounds to produce) and a big hit, and I do get the gut feeling that in some corner, the first season of Downton is inspired in OFITN as a concept, a sort of Our Freenemies in Yorkshire, but that its own success derailed it into a different direction, and made it Edwardian-Roaring 20s Aristofairytaleland, the same way Regency Romance tends to take place on a Regency Fairytale land full of dukes and none of the social, economical and political problems of the time.
S1 of DA hinges around the "Death of the old world" theme: it opens with its first marker (the sinking of the Titanic) and closes with the last marker (the beginning of the Great War). The central plot is that of the survival of Downton as a place and an institution -the kickstart is the death of James and Patrick aboard the Titanic, and the next heir presumptive being a middle class lawyer, an outsider to the aristocracy. The old, dying aristocracy, managed to patch up their situation by marrying rich American heiresses, like Cora, but it doesn't have any vitality for the future: the heir (Robert and Cora's son) is born dead. The question then is "can the aristocracy make a bridge with the raising professional middle class, merge with it in order to gain new life?" that's what Matthew's plotline this season is all about, specially in his growing and changing relationship with Robert and Mary (who are the epitome representatives of the aristocracy, with lady Violet): there is a small seed of aspiration that grows through the season, but gets quashed once he realizes that as much as he has grown to care for the Crowleys, they haven't really grown to care for him as anything but an uncomfortable necessity. And so he leaves. And the Great War begins. No compromise can be reached, the old world is dead.
I don't think I say anything controversial when I say that Fellowes and Downton as a series loves Mary with undying devotion; she gets a second chance at Matthew in s2 that she wouldn't have gotten IRL, and she would have kept Matthew forever if the actor didn't want out. And I think Dan Stevens wanting out (and Jessica Brown's to a certain extent), and as much as he can say within the bounds of politeness, has a lot to do with a sense that the series he signed up for was not the series he ended up being in on the follow up seasons. Matthew, who was a central character to the main plot of the series in s1, now gravitates Mary's storylines, because that pressing conflict of the inheritance is solved, and he can be disposed of as soon as he produces a male heir without causing any plot-ripples. A story about Downton the house as anchoring to class conflicts and point of connection with big events becomes a story of Mary and her relatives with Downton as a mainly aesthetic backdrop as s2 progresses (yes, yes, every once in a while some lip service is given to "money troubles" and having to downsize, but it's just... that).
As seasons progress, as well, the historical markers to open and close a season disappear, and so do... general historical events at all. The story gets atomized and more and more separated from History, and "the old world is dying" theme vanishes.
So, now, on this premise (that Downton S1 and Downton s2-6 are different animals, with different core themes and structures) where do I think a true continuation of S1 would have gone?
Mind you, I haven't plotted five series to detail, because I'm not that invested. But also it feels like DA the series itself started running out of plot after s4 anyways, so, in general lines:
The same way OFITN did (episodes were each set on a different year: 64, 66, 67, 70, 74, 79, 84, 87, 95) every series would have a time skip that would tie in with bigger scale events in Britain and the world (the end of the Great War, the Spanish Flu, the crack of 29', etc), and in my mind I would have it cover until the late 1940s: the series begins with a middle aged Robert and Cora, and ends with a middle-aged next generation.
Matthew does actually marry Lavinia, and takes William with him as they bonded in the war, and goes back to his job. They try to keep their distance from Downton, but, of course they keep getting drawn in because of the inheritance.
Matthew's marriage to Lavinia means a vital wake-up call for Mary: she -and by extension the aristocracy- cannot always get what she wants, even though her name and status carry a lot of importance. But she also experiences new freedom because her choice of husband has now no influence on the fate of the estate. I think she'd choose to travel a lot, in ways that would widen her mental horizons and change her feelings and perspective about her family. I even feel like her marrying Henry Talbot in the end makes sense; she remains ever the aristocrat (although I'd think she'd marry later, probably past her mid-30s, a spirit of the new times).
Sybil's storyline remains the same, minus death (in this scheme, the core characters that thread the timeline are the Crawley sisters AND Matthew), but she never returns to Downton to stay, and it is through her and her visits that we do get the perspectives and storylines of the process of independence for Ireland, and her complicated position as wife of an Irish man but daughter of a British earl. You can even get stories in the later years storylines like Marygold trying to run to Ireland and her aunt after WWII breaks.
A similar thing goes for Edith; if Mary is and makes the choice of aristocracy, and Sybil makes the choice of a working class life, then Edith embodies a commercial-professional upper middle class aspiration (in fact, I do think that her punching-bag status in the series has a lot to do with Fellowes derision of that class), so it makes sense for her to do most of the things she does towards her place in life; just cut some of the drama and no sudden marquess nonsense in the end. Edith and Bertie marry and remain successful editors/printers/periodical owners.
As for the house itself, of course Matthew inherits (you could set Robert's death for 1929, and then have a Lavinia inheritance save the estate after Robert's failed investments like it goes in s1). I do think this lends itself to interesting dynamics, specially with the servants, considering the aristocratic head is gone and the Great War significantly changed the self-image of the serving class, plus the return of William now in a much more privileged place; but also with Cora as the new Dowager and Lavinia as the new Lady Grantham. How do the children adapt to their new home and status? How did their parents conduct their upbringing? I think you can do a lot there (I'd assume just two children, a boy and a girl).
I do also think it'd be interesting to contrast the rising tensions in the 30s as Mary perceives them through her continental travels -I can imagine Henry Talbot joining the foreign service and getting at least obliquely involved in spy shenanigans- and Edith through her very localized work.
The Kingsmen movies play with this idea of WWI creating a generation of fathers who buried their sons and had to take their places. The Crawleys escape this by having only daughters, so I think it is fitting for Matthew and Lavinia's son to die in WWII, and for the daughter to become a war bride and move to the US, as the centre of power moves from the UK to the US.
Downton, more and more difficult to maintain as the years pass, cannot survive the economic blow of WWII, and Mathew and Lavinia, now middle aged, don't have the energy and vitality to begin again; and so they make an arrangement with the just-founded National Trust after the war ends: the main part of the house becomes a museum, but they still get a part of it to live in. I think, after a family reunion tea/party to wrap things up, you can have as a symbolic last shot, a close up of Matthew's hand as he turns over the keys to the Downton gates to the National Trust agent, CUT TO BLACK AND THE DOWNTON ABBEY THEME.
So, hm, that's pretty much it. Please do not maul me to death XD
*While I think the series was very well written, I'd hesitate to recommend it here as there was too much explicit nudity and sexual content for my taste and that of many people here. The 2022 radio adaptation seems to be faithful to the original tv series and avoid that problem, but of course you lose on the other visuals that are quite impressive (and believe me, besides some awkward wigs and make up, they really did blow up that 8 million pound budget in many ways).
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anchesetuttinoino · 6 months ago
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E Orban vola anche a Pechino. Nel giro di pochi giorni, il presidente ungherese ha parlato sia con Putin che con Xi Jinping. Fottendosene delle grida isteriche dei servi europei, che concepiscono la diplomazia nella stessa maniera con cui pensano alla democrazia: una cerimonia ipocrita e autoreferenziale in cui non esiste reale dibattito. E invece Budapest sta dimostrando come la politica estera la si faccia, guarda un po', ascoltando l'altro. E difendendo i propri interessi.
Insomma, quello che da noi è considerato tabù.
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krunalsojitrablog · 4 months ago
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What is Enterprise Fleet Management?
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As is revealed in today’s world business environment, any organization must manage its resources appropriately. Thus, for companies and firms having major operations related to transportation and logistics, it becomes even more essential to manage their fleets.
Now, let’s start with the basics: what does enterprise fleet management mean? Now let’s discuss this idea and figure out how it can be of great benefit to the business processes.
Understanding what is Enterprise Fleet Management
Fleet management within an enterprise could be described as a strategic approach to managing and supervising such a company's vehicle fleet. The areas include its acquisition and maintenance, driver and vehicle management, and laws governing the automobile industry. Fleet management is prospective to optimize the operating costs and enhance the safety and productivity of both fleets and their drivers.
In an enterprise environment, fleet management goes beyond tracking the vehicles; it is more about getting improved ways of running organizations. Fleet management is important irrespective of whether it involves delivery vans, trucks, or even corporate cars if the business owns a set of cars for business use.
The outcome highlights the fundamental issues of fleet management.
Vehicle Acquisition and Disposal: Picking the correct car for your fleet, beginning from procurement to the time of disposal.
Maintenance and Repair: Managing to schedule vehicles for maintenance and repairs regularly to make sure that they are in good working condition to reduce time loss.
Fuel Management: Fuel efficiency management by controlling consumption and considering these to minimize fuel expenses by using fuel-efficient driving techniques and other energy resources.
Driver Management: Incorporating training and supervision of drivers as well as planning meals nt to support safety, compliance, and efficiency among the drivers.
Compliance and Risk Management: The safety of all the used vehicles as well as the used drivers with brutal and international requirements and managing of risk exposures of operating fleets.
Here we will discuss the concept of Fleet Management Software. Inefficiently managing all these components, many businesses turn to the use of fleet management software. This is because it acts as a platform for accessing any information regarding the fleet, including real-time data and automated operations of the fleet.
Key Features of Fleet Management Software
GPS Tracking: Precise vehicle location in real-time to increase efficiency and controllers. 
Maintenance Scheduling: Schedule reminders in case of preventive maintenance and repairs to avoid ‘bottlenecks Management: Proper equipment that tracks fuel usage and gives an indication of wasteful activities. 
Compliance Management: Material properties garages need to comply with set safety measures as well as regulatory requirements.
Driver Performance Monitoring: Measures to monitor and measure drivers’s performance, detect their training requirements, and incentivize them over safe behavior on roads. 
Why Enterprise Fleet Management is So Important
To large companies, fleet management is not only limited to planning on how to ensure that vehicles are running. It’s about being able to harness data and technology in a way that will put you ahead of the competition. Effective management of fleets is known to have numerous benefits, such as cutting costs, satisfying customers, and reducing risks involving drivers and cars, among others. 
However, due to emerging issues such as global warming, companies are now focusing on the use of fleets to be environmentally friendly. This is done through the optimization of routes, timely maintenance of vehicles, and training of the drivers to ensure they are conscious of the impact they make on the environment. 
Being a web-based service, the most advantageous aspect related to an FMS or a Fleet Management Software Development Service is that it can be easily and effectively utilized across the corporate fleet range.
This has led to the increasing need for the development of fleet management software to be able to meet the expanding market need. Custom software, as the name suggests, is designed to improve organizational operations to suit a company’s needs, making it more flexible than packaged software.
A fleet management software development service typically includes
Consultation and Needs Assessment: Ah, awareness of the particular requirements and objectives of your fleet. You need to hire a professional fleet management software development company.
Custom Software Development: Constructing a custom fit that incorporates into the complex structures of the organization and fits the needs of the organization perfectly.
Integration with IoT Devices: The use of Internet of Things (IoT) devices such as GPS trackers or sensors to input real-time information and data.
Ongoing Support and Maintenance: Needed to make sure the software will continue to include all the features and incorporate the latest technologies and that it will cover all current needs of the business.
Conclusion
Okay, then, Fleet management is a system that encompasses all activities that involve control of a company’s fleet of vehicles with the use of the latest technologies in software and quality practices. Fleet management is not only a good idea but a necessity for any business that depends on transportation, where proper management of the company’s fleet is critical to achieving success.
Let it be a handful of vehicles or a multitude, the appropriate strategy in fleet management as enhanced by software changes the equation, provides steps towards optimizing your operations, lowers costs, and enhances the performance of an organization. The fast advancement of technology means that the means and ways used in the implementation of the strategies by the f managers are ever-changing and therefore a very promising industry to follow.
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temerestercore · 5 months ago
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WE COULD HAVE BEEN A REAL NATION
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fleshwerks · 5 months ago
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hell, and while im here, going back to the dragon age OC ask game: Arbor Blessing for Spiridon?
AND (just to make things complicated) it's not part of the original game, but what about Felandaris? What kind of spirit or demon would your character be? for whomever sounds most fun to write about
Arbor Blessing :: What is the happiest ending you can think of for your character?
He gets it, in his own way. His greatest stunt was leaving Divine Victoria, Leliana in her lay name, without her iron fist. She was this close to successfully waging a smear campaign (not entirely unfair or unfounded) against Spiridon so she could seize the Inquisition's manpower, war chest and real estate for herself as a military force dedicated to see her edicts and decrees through. Sure, some argue she did it for the greater good, but power's power, and Spiridon never trusted her with it, he, as an elf, always had a sense that Leliana always viewed the historically oppressed as a bit of a 'pet project'. Maybe she didn't, he doesn't know, but it sure felt like it.
So, when Leliana sent her representatives to take control of the Inquisition, Skyhold, and even more importantly, Caer Bronach, she found them empty. Spiridon had straight up paid the people and told them to go take a hike, the Inquisition has seen what it had to see through, and then promptly disappeared underground with a small band of loyalists and a lot of money. Thus, he had effectively crippled the Faith without disrupting the stability of the fragile South, and set himself and his successors up for the coming fight against Solas.
He didn't get to lead it for long, though, and handed over the reins about seven years into his efforts against the return of the Creators and all their ugly horses too. Now he spends his time in Ferelden, in the Southron Hills, in a huge apple orchard estate, and has established his own cider brewery. His health is failing, but he keeps an eye on current events, his estate is financially immensely successful, reinvigorating the economy of Southern Ferelden, with Ferelden still being technologically backwards feudalistic, war-torn state, and a lot of that money goes towards unearthing ancient ruins and artifacts, especially along the Southern Coast of Free Marches, rushing ahead to amass as much cultural wealth as possible, and holding it hostage against both the Divine and Solas, often handing it back to its original cultural inheritors as a way to garner goodwill, but also to keep people's options open: it doesn't have to be the Maker or the Creators. It's cynical, but such is politics, and such is the cost of seeing your long-term plans through, even when others would try to supplant you.
By that point he's made up with Crassius Servis, and though he spends most of his time on excavation sites and researching new magic, he often finds his way to [filthy fucking Ferelden] to enjoy the golden boughs of Spiridon's great apple orchards.
Life's good. He's old, he's crippled, but he is more adept and capable of doing what he feels like needs to be done than he ever was as the active Inquisitor, ever in the spotlight. He can die in relative peace, only mourning the fact that his sub-race of elf is so fucking short-lived. Who the fuck dies of old age at the grand age of 54???
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my-deer-history · 2 years ago
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Vicomte de Noailles to John Laurens, 10 October 1780
Here's a letter written in French by Louis-Marie Antoine, the vicomte de Noailles, to John Laurens. Noailles was Lafayette’s brother-in-law and a French officer who came to America to fight in the revolutionary war. He fought with Laurens at the siege of Savannah, and again at Yorktown, where Noailles was appointed as the French representative to the surrender negotiations alongside Laurens, who represented the Americans. Noailles is writing to Laurens while he's on parole as a prisoner of war, which is what he is referring to with regard to Laurens' exchange.
---
Here is my translation, followed by a transcription - as usual, all corrections and suggestions are warmly welcomed! And a thank you to @frenchiefraise for helping me work out some of the words, and @echo-bleu for suggesting some edits that I've made below.
Note - this man did not use punctuation. I have written out the translation with added punctuation and sentence breaks that made sense to me, but if you have a better suggestion, let me know!
Translation
I know your military character well enough, my dear Laurens, not to doubt the pain that you felt at the surrender of Charlestown. To the virtues of your profession you join those of the citizen and the man; you feel the misfortune of your homeland as real pain. I witnessed your efforts at Savannah, and formed such an opinion of you at the siege of that place and the attack that we made from its entrenchments, that I thought Charlestown must be impossible to defend when I was told that you had signed the capitulation. I have kept the promise that I gave you last year to return to America as soon as possible; you may even recall that I wanted to lock myself up in Charlestown with a few Frenchmen, but unhappily our troops have come to your country only to have meagre success or, what is perhaps more frustrating, to do nothing at all. They say the next campaign, but the future is so far from the present that I do not dare hope. Why were we not permitted to attack the English, even if fortune itself had been against us? We would have been better served than by confining ourselves to Newport.
I deeply desire your exchange, my dear Laurens; I will regard it as a happy time for America, during which I hope that occasions to serve with you will present themselves. At all times of my life, it will be a great pleasure to give you marks of my tender friendship.
Le vicomte de Noailles
10th October Newport
the colonel Fleury charges me to present his tender compliments to you.
Transcription
(Below the cut!)
Je connois assez votre caractère militaire mon cher Laurens pour ne pas douter de la peine que vous avez eprouvé lors de la reddition de charlestown_ vous joignés aux vertus de votre metier celles de citoyen et l’homme Le malheur de votre patrie devient une peine veritable pour vous. je suis temoins de vos efforts a Savannah, et je pris une telle opinion de vous au Siege de cette place et à l’attaque qui nous fimes de ses retranchements que j’ay cru charlestown impossible a deffendre Lorsque l’on ma dit que vous aviez Signé la Capitulation. j’ay tenu la parole que je vous avois donné l’année derniere de [retourner] en amerique le plustot possible, vous pouves vous rapeller meme que je voulus m’enfermer avec quelques Francois dans charlestown malheureusement nos troupes ne sont encore venues dans votre pays que pour y avoir de mauvais Sucès ou cequi est peut être plus facheux pour ne rien faire. on dit la campagne prochaine mais l’avenir est si loin du present que je n’ose esperer, pourquoi ne nous a t’il pas été permis d’entreprendre sur les Anglois la fortune nous eut elle meme été contraire nous eurions mieux servi qu’en nous renferna a newport.
je desire vivement votre échange mon cher Laurens je le regarde comme une epoque heureuse pour l’amerique, j’espere qu’il se presentera des occasions de servir avec vous dans tous les tems de ma vie j’aurai un bien grand plaisir a vous donner des marques de ma tendre amitié
Le vicomte de Noailles
le 10. 8bre Newport
the colonel Fleury charges me to present his tender compliments to you.
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pigeonwhumps · 2 years ago
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Diaries of Eloise and Agatha Stanbury and Ira Waterhouse
Taglist: @painful-pooch (also @octopus-reactivated and @maracujatangerine since your actor pet post sparked this idea I'm tagging you too! Even though there isn't much acting whump actually in this, only the characters...)
Recently digitised diary entries of former pets Eloise and Agatha Stanbury, and their guardian Ira Waterhouse. All three were British pet liberation activists in the early to mid 20th century. These entries are from before they set up the Dockside Boarding House, commonly regarded as the first and longest-running safehouse in Britain.
[note from Calixte Văduva, Assistant Archivist to Raphael Fiori, Apprentice Digital Assistant: take out longest-running, you idiot. You want people to know where they live?]
1.7k
CWs: BBU, pet whump, film whump, recovery whump, broken jaw mention, non-con nudity (non-sexual) mention, PTSD, whipping mention, gagged mention, kidnapping mention, beating mention
Diary of Eloise Stanbury, January 1927 - August 1928
Related topics: Eloise Stanbury, Agatha Stanbury, Ira Waterhouse, Pet Liberation History, World Pet History, 1920s Britain, Social History, British Diaries
Transcribed by Calixte Văduva, Assistant Archivist at Rising Sun Bay Archive, Rising Sun Bay, ON
1st of January 1927
Dear Diary,
Agatha is teaching me to rede and rite, and as it is a new year I am of a mind to rite down sum of my thorts. I am asured this is entirely privat. We shall see.
Master's film studio went bankrupt last month. I cannot express how relieved I am. Surely now they will stop serching for us. I hope so. If we ar found we ar ded, I no this. The collaps has, however, stirred up my memories and the titeness in my gut again.
One of my strongest memories of the studio is wen we filmed propaganda during the Great War. It was the only time Agatha and I wer involved in filming for the war effort, but it was time enuf. Agatha and I spent ar time not filming counting the ways the film munishons factory treated pets differently to ar real one. And Agatha sumhow laffed so hard, she disrupted the paid crew and snorted thin gruel out her nose.
Then the camera operator broke her jaw so she culd not disturb them agen. It was okay, cos she did not need to talk and they only needed to film her back anyway, but then Master bete her later for showing him up, until she culd barely work. That part was wors.
My dremes ar confusing, full of fire and drowning even tho I was never in the fire. Ira ses it's cos I am so scared of fire. Agatha ses it's cos I almost drowned. I am not so sure of either. Maybe it is a punishment, for burning down the studio. Maybe I should not hav dun that. I am a free pet but a pet nonetheless, and arson is a crime.
Agatha's braver than me. She makes me braver too. I would never have dared laff before she was rented to Master, let alone run. I'm not sure the defians was always good for her tho. She has many scars, inside and out. I luv her, scars and all, but I don't no how she can be so brave.
There was a servis on Christmas for the local heros of the Great War. Mr Foster was mentioned. That scares me. He scares me, and I do not understand how Agatha is not scared. He was her owner for over a decade, after all.
She scoffed at that, wen I asked. She sed that there's no reason for her to be afrade, and she wuld like to find and thank the soldier who killed Mr Foster. She also sed he's not a hero. I think she should be careful. We didn't see the body. Wat if he comes back?
It's stupid. I no it's stupid. Even if he was still alive he'd hav better things to do than come after Agatha. He'd hav to, right? And I am grateful that he's ded. If he wasn't, I may not hav been abl to stay with Agatha after the Great War ended. It just feels wrong to celebrate so much wen we never saw a body.
Ira's talking about buying a bording hous, away from here. We're so close to the site of the new National Pet Training Centre, and it feels like there ar inspectors around every corner now. Also I do not understand half of wat Ira says about lacking in the gud food and spase, cos this is the best I hav ever eaten and I can live on far less, but I think that is also a reason. I do not no why a bording hous tho. I am scared to move, this is the safest I hav ever felt, but I will hav Agatha and Ira, and I will not go back to being a pet.
My name is Eloise Stanbury, sister, possibly, to Agatha Stanbury, ward of Ira Waterhouse, and I am a free woman.
Eloise Stanbury
_
Diary of Agatha Stanbury, October 1926 - February 1927
Related topics: Agatha Stanbury, Eloise Stanbury, Ira Waterhouse, Pet Liberation History, World Pet History, 1920s Britain, Social History, British Diaries
Transcribed by Calixte Văduva, Assistant Archivist at Rising Sun Bay Archive, Rising Sun Bay, ON
26th of December, 1926
Dear Diary,
Eloise asked me yesterday whether I am still afraid of Mr Foster. I think I managed to convince her that I am not, but we shall see. She has enough on her plate without worrying about me too. She's terrified already, and if she knows I am scared it will make her worse.
I am scared, though. So scared. Mr Foster is dead but I cannot forget everything he did to me. The decade when clothes were an extremely rare occurrence, when I almost forgot my own name. He once claimed that training was half the fun in owning a pet, and it showed. I came to London for the season and was kidnapped to be his pet instead. The scars are never going to leave me.
I cannot sleep alone in the dark anymore. I used to love it, until Mr Foster, but now it's like I cannot get my mind out of his house. Even after being owned by Mr Hayes instead for over ten years I cannot do it. How can it be legal to leave a person in your will, anyway? I confess that the lack of pet owning in my parents' circles has left me rather ignorant in the matter, but it still seems wrong.
Mr Foster was terrifying. He still is. I see him in half the faces on the streets, when I am brave enough to leave the house. Eloise says I'm brave, but I am not so sure. If I was so brave, surely Mr Foster's rules and sadism would not still be so affecting?
Ira does not agree with me. She says it is perfectly reasonable, that soldiers still have shell shock so why shouldn't I be affected by being scarred? I am unsure what to do with that.
I have fought, but it was not a war. Soldiers are not caged naked and gagged with horrible experimental gags, or whipped and beaten by sadists. They are not scarred on film simply because the starring pet is too valuable to be damaged herself.
That sounds like I blame Eloise. I do not. None of this was her fault. I hope, if I had ever become an actor as a person, I would have paid attention to the pets forced to perform, but most likely I wouldn't. I try not to think about that.
Mr Foster still haunts me, awake and asleep. Eloise does not know. She cannot know. She has enough nightmares of her own, and I do not want to wake her up from mine. I am so, so glad Mr Foster is dead, and I think (I hope) that Eloise thinks that is all I am. I told her the truth, just not the whole truth. I really would like to thank the soldier who killed Mr Foster. But I also wish I was not constantly so scared.
With love
Agatha Stanbury
_
Diary of Ira Waterhouse, December 1926 - October 1927
Related topics: Ira Waterhouse, Agatha Stanbury, Eloise Stanbury, Pet Liberation History, World Pet History, 1920s Britain, Social History, British Diaries
Transcribed by Calixte Văduva, Assistant Archivist at Rising Sun Bay Archive, Rising Sun Bay, ON
Wednesday, December 8th, 1926
Not content with having a London office, the WRU are now building a large training centre nearby. It's too close. Far too close. The numbers of inspectors and recapture officers are increasing daily it seems like now work has started, and my girls haven't left the house for days. Even when they do, they come back spooked, especially Eloise. If she was a cat, her hair would stand on end constantly.
The supporters of this new 'pet' class claim that it's entirely voluntary. Maybe for some it is. Maybe they really believe that. But if you're signing a lifetime contract, and being given a drug that's supposed to induce amnesia, making you more compliant and reliant on your owners, I'm not sure that it counts.
It is not always voluntary, anyway. A few weeks ago, Agatha told me her story of being kidnapped into it. How she tried to show an inspector her lack of a seller's mark and number, and he had her tattooed for a bribe. There must be others like her. As bad as the pet trade is, it feels even worse without even the pretence of volunteering.
We need to move. We are so close to the training centre, and one day our house is sure to be inspected. The girls will certainly be taken and killed, with no regard to even Agatha's kidnapping (I have my suspicions about her upbringing but I cannot find any living relatives in the society pages). And I won't come out of it well either.
I have been thinking of starting a boarding house. There must be others like my girls in need of a kind hand and an escape from the wretched pet system. I had to stop giving Agatha cleaning chores because she'd tremble in fear until I declared the house spotless, and Eloise sometimes stays in one spot for hours, forgetting that she is allowed and able to move. Even, maybe especially, if she's uncomfortable. They are both scarred, inside and out, and I'm sure there are others who could use a safe place to stay, at the very least.
I haven't brought my idea up to either of the girls yet, although I feel certain that neither would object to it. They're both kind people, although Eloise wouldn't like me calling her that. She gets prickly when anyone except Agatha says nice things about her.
If Eloise was an animal, she would definitely be a cat.
Ira Waterhouse
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xolilith · 2 years ago
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Dreamer - Renjun
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Ele sabe que é loucura.
Mas Renjun não pode evitar sentir as pálpebras pesarem depois de algumas boas noites reprimindo o sono. Recorreu a muitos inibidores: café, energético, aqueles chás amargos que Jaemin vivia bebendo e dizendo que era uma opção mais saudável e natural que os outros dois primeiros.
Porém nada pode evitar que Renjun dormisse naquele fim de tarde. Nem mesmo ele se deu conta quando o corpo tenso e cansado tombou sobre o sofá da república. Quando as pálpebras pesadas lentamente o levaram a mais uma vez aquele devaneio.
Os olhos dele ardem com o excesso de luz, por isso ele tem que cobri-los parcialmente. O paisagem verde e florida do jardim enche as íris quando devidamente acostumadas. Mas o que chama a atenção dele é a risada afetuosa.
– Eu achei que você não vinhesse mais.
É o que você diz ao aparecer na frente dele, sorrindo arteira. Seus dedos fecham-se contra o pulso do homem e o puxam em direção a toalha estendida sobre a grama.
– Eu preparei um piquenique, Injunnie...
Os pés descalços seguem no seu encalço. E Renjun estremece a cada toque no chão frio, disfarça o arrepio com o toque dos seus dedos na pele dele.
Sentam-se, então, e o olhar dele recai sobre sua figura, nos seus movimentos em servi-lo com suco, ele desconfia.
– Você não pode deixar de me olhar, uh?
– Eu não entendo porque eu continuo vindo aqui... eu nem sei se você é mesmo real
Você fecha o sorriso, abaixa os olhos, decepcionada e receosa.
– Você não quer vir mais aqui?
– Eu quero entender o que são esses sonhos...
– Se nem você consegue se entender como eu poderia, Renjun?
Sua voz sai um pouco irritadiça. Renjun suspira, fita suas sobrancelhas franzidas. Vencido, o coração palpita sincero.
– Eu senti sua falta.
– Eu também senti sua falta, Injunnie. Tanto. – Reforça. Desvia olhar. – Eu fico tão sozinha quando você não aparece. Me fez sentir medo, porque é tão solitário quando você não está aqui.
Os dedos do Huang seguram seu queixo. Aproxima o rosto do seu para beijar sua bochecha.
– Eu sinto muito. Prometo que eu vou tentar vir mais vezes... – Promete, beijando seus lábios diversas vezes. – Mas você sabe, a realidade...
Assente com a cabeça, afastando-se para servi-lo.
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bonsoirs37 · 2 years ago
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16/05 étape 42. Terradillos de los Templarios - Calzadilla de los Hermanillos. Désolé, y a pas plus court en Espagne.
Journée particulière pour moi, je bascule au-delà de la soixantaine... hier c'était l'anniversaire de Jean Paul pour qui la soixantaine est largement dépassée. Ce matin fleurs sur le sac à dos sur tout le chemin. Nous partons après le petit déjeuner servi à 6h00... Yes, mais vraiment petit déjeuner.
Le parcours ne change pas beaucoup, nous avons les chemins qui bordent une route, mais en toute sécurité. Sahagun qui me paraissait être une grande ville est plutôt en deçà de ce que j'attendais, peut être que je deviens plus exigeant ! Soit, nous continuons et arrivés à Calzada del Coto : 2 options s'ouvrent à nous : la voie romaine ou el Camino Real ? Nous avons choisi la voie Romaine pour son silence (loin des routes), pour les chemins (apparemment route sur l'autre voie), pour la solitude (voie peu fréquentée). Sur ce large chemin nous allons rencontrer 2 autres pèlerins et surtout un chevreuil et son petit qui traversent à 50 m devant nous. Nous marchons de front mais de chaque côté du chemin sur 9 km sans dire un mot, instant magique sur cette partie.
J'espérais payer la première "cerveza" dans le patelin de Calzada del Coto mais les deux bars étaient fermés et donc nous devrons attendre la fin de l'étape pour arroser "mi cumpleanos" (avec la tilde sur le n).
Rencontre de Kevin (22 ans) Toulousain qui est parti du Puy-en-Velay début avril, il campe sous une simple toile là où il peut et fait des étapes de 30 km de moyenne, donc on va certainement être appelé à se revoir au regard des étapes similaires que JP et moi faisons.
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reciitando · 2 years ago
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teus afetos vazios frustram meu olhar cheio de luz. me empenho no espetáculo de luzes e sombras tentando atrair sua atenção para fora de si, para dentro de mim, enquanto observo este olhar vazio percorrer o cômodo. me percebo forçando a memória para resgatar tempos em que éramos como unha e carne. unidos milagrosamente por qualquer divindade que nos tenha criado, abençoados pelo universo. num lapso ansioso, um escape patológico, começou a me arrancar de forma inofensiva até começarmos a sangrar. o que será de nós, feitos para viver juntos, sendo separados a força? enfeitei nossas janelas para te ver chegar, te fiz um lar cheio do que pudesse te fazer ficar, me pintei com as cores das suas bandeiras, esperei na porta como se fosse apenas uma criança. porém, como um pai ausente que promete e nunca chega, seu amor não veio mais aos nossos jantares. apagando os olhares ternos e transformando em pequenos acenos de confirmação. servi meu amor a mesa, enfeitei-o com meus desejos de eternidade. te vi sair sem tocar nada, sem apetite. recolhi nossos pratos, nossos talheres e me imaginei longe desse afeto morno. imaginei você se dando conta de que fui embora enquanto dormia, que agora não estaria mais disponível a suas rejeições suavizadas. será que algo sentiria minha falta quando partisse? acredite, eu conseguiria. sem sinais de salvação, me pergunto se imaginei ou se é real a morte previsível da chama entre nossos dedos. te sirvo o melhor de mim dia após dia e recebo em retorno sua presença indiferente, quase ausente, entre palavras vazias e olhares esquivos.
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ninaemsaopaulo · 1 year ago
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Barbie: para o filme do ano, uma análise afetiva
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Em setembro de 2019, eu trabalhava em uma loja de roupas femininas e tinha tudo para ser um dia perfeito: era o evento de lançamento da primavera-verão, meu uniforme era composto por peças da coleção (escolhidas por mim) e eu me entupiria de doces, pois as clientes estavam sempre de dieta e a empresa encomendava doces para servi-las. Cheguei pouco antes do início do expediente, por volta do meio-dia. Mas, às três da tarde, quando subi para almoçar, peguei o garfo, arrastei a comida nele e não consegui colocar na boca. Comecei a chorar, desenfreadamente. Uma sensação terrível de que estava prestes a morrer, pois de uma coisa eu tinha certeza: aquilo era um infarto. Eu não conseguia falar, estava sufocando e parecia ter uma sombra muito alta atrás de mim, me abraçando e me puxando para baixo. A gerente nunca viu aquilo acontecer. A supervisora saiu às pressas de uma reunião para me socorrer. Toda a situação era inédita para mim. Fui levada ao hospital, e na frente da médica aconteceu novamente. Ela conseguiu me acalmar com um exercício respiratório. E quando terminamos, perguntou: “você já teve uma crise de pânico antes?”. Aquela foi a primeira de muitas.
E é exatamente assim que o filme Barbie começa: Margot Robbie é a Barbie típica, estereotipada. Ela é loira, sorridente, magra e veste cor de rosa. Foi a primeira Barbie criada. Vive na Barbielândia, com as outras Barbies e os Kens. Em um dia perfeito, Barbie acorda em sua casa sem paredes, cumprimenta suas vizinhas Barbies, escolhe o que vestir, toma café da manhã de mentirinha e voa do telhado direto para o seu carro (um Corvette 1956 customizado em rosa, obviamente), rumo à praia. O dia da Barbie só é atrapalhado pelo Ken de Ryan Gosling que, para impressionar a companheira, tenta performar como surfista e falha miseravelmente. Ken pede para visitar Barbie em sua casa mais tarde, no que ela o convida para uma festa com dança coreografada e muitas outras Barbies ao redor. Ele concorda e comparece. No entanto, durante uma dança, Barbie comemora com suas amigas sobre o quanto esse dia foi perfeito, assim como o dia de ontem e o de amanhã, que também será perfeito. E no fim, ela questiona: “vocês já pensaram em m0rr3r?”
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Na manhã seguinte, o dia da Barbie não é perfeito: ela acorda com mau hálito, o leite está vencido, o pão queimou na sanduicheira e ela cai do telhado. Chegando na praia e tirando o salto alto (sim, a Barbie usa salto até na praia e a areia é cor de rosa), percebe que seus pés tocam no chão e é a primeira vez que isso acontece. Conversando com outras Barbies, a Barbie é convencida a buscar conselhos sobre tudo que está acontecendo com a Barbie estranha. A Barbie estranha, uma das personagens mais surpreendentes e cativantes desse filme (interpretada por Kate McKinnon e descrita por Margot Robbie como “uma mistura de David Bowie com gato sem pêlos”), é uma Barbie underground: reza a lenda que ela ficou daquele jeito, toda suja de canetinha, com o cabelo curto e irregular e fazendo espacate o tempo todo, depois que uma criança do Mundo Real brincou demais com ela. Ela é a mais feia e destruída das Barbies, por isso mesmo responsável pela manutenção da beleza e comportamento das bonecas. Barbie estereotipada procura a Barbie estranha, que lhe conduz ao Mundo Real, onde ela deve encontrar a menina que brinca com ela, que está triste, para que o portal entre os dois mundos seja fechado. Pois a humanidade da menina está afetando na bonequice da boneca. Barbie parte com Ken em sua jornada de heroína, na qual ambos viverão aventuras inusitadas: descobrirão que o Mundo Real, diferente da Barbielândia, é governado por homens. A Mattel tentará capturar a Barbie. E Barbie encontrará a menina que brinca com ela, mas terá uma surpresa muito desagradável ao retornar para a Barbielândia.
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Em 2020, com as crises de pânico frequentes e toda a mudança brusca que a pandemia proporcionou, senti que perdi o controle da minha vida e procurei um psiquiatra. Depois de quinze minutos chorando ininterruptamente, consegui explicar o que sentia, tudo que aconteceu desde a primeira crise de pânico. Recebi um diagnóstico e três remédios: um antidepressivo para o dia, um comprimido para a noite e outro para as crises. Deveria tentar por três meses, junto com acompanhamento psicológico. Me afastei do trabalho para os primeiros quinze dias de tratamento. Telefonei para os meus pais e “contei a novidade”.
Foram os três piores meses da minha vida. Comecei com a sertralina, o mais comum dos antidepressivos, o mais indicado para quem inicia o tratamento-combo de pânico-ansiedade-depressão. Meu médico era ótimo, fez questão de me afastar pelo máximo de tempo permitido para não ter que enfrentar o INSS, e ainda me explicou os efeitos colaterais e benefícios da medicação. O problema é que tive todos os efeitos colaterais. Todos. Incluindo os mais raros. Experimentei a enxaqueca pela primeira vez na vida e nunca mais escapei dela. O sono e cansaço me consumiram, ainda que eu não fizesse esforço algum. Eu não sentia fome, mas me sentia tonta. Minhas mãos tremiam e meus olhos viviam vermelhos e lacrimejando. Eu vomitava e odeio vomitar. Mas nada vai superar a fase do esquecimento. Nada mesmo, pois os três meses de sertralina afetaram meu cérebro para sempre no campo da memória, tenho certeza. Eu não sabia como tinha chegado aos lugares, uma vez desmaiei na frente do trabalho. No momento mais humilhante, telefonei para um ex-namorado perguntando qual era meu endereço, pois não sabia voltar para casa. Minha cabeça, em termos de recordações, nunca mais foi a mesma.
Resultado: fui demitida. Na mesma semana, voltei ao psiquiatra, que alterou minha medicação para a fluoxetina. Depois de quinze dias, eu era outra pessoa. A mesma Nina, só que melhor: produtiva, alegre, capaz de acordar pela manhã sem reclamar. Cinco meses depois, no início de 2021, minha mãe faleceu de infarto fulminante aos 54 anos de idade.
No início de 2022, perdi meu pai para a doença degenerativa que ele enfrentava há anos. Nessa época, eu já não fazia terapia com uma das pessoas mais legais que já conheci (obrigada por tudo, Rafael). Mas entrei em um emprego dos sonhos, que eu amava muito. A m0rt3 do meu pai, que já era esperada, me desestabilizou demais e meu corpo reagiu: adoeci muitas vezes, por consequência faltei ao trabalho muitas vezes. Em dezembro, veio outra demissão e essa doeu mais que tudo. A fluoxetina parou de fazer efeito e eu não exatamente percebia que estava, outra vez, perdendo a vontade de viver. Em janeiro de 2023, troquei a fluoxetina pelo escitalopram que, apesar do nome, não me excitava em nada. Continuei sem vontade de viver, mas pensei que estivesse bem porque isso não transparecia externamente: eu não chorava assistindo filmes dramáticos, por exemplo. Eu não me apaixonava mais quando me relacionava com alguém, eu não sorria se estivesse sozinha e visse algo engraçado. Eu não tinha reação para coisa alguma, nada me comovia. E, na minha cabeça, eu estava ótima.
Nesses três anos de tratamento, tentando acertar a medicação, perdendo pessoas e colecionando diagnósticos (recentemente mudei de psiquiatra e ganhei “depressão recorrente” enquanto a química do meu corpo se equilibra na base de desvenlafaxina, até que ela também pare de fazer efeito), conheci o meu novo terapeuta. Eu o chamo de “terapeuta-gato” porque ele é muito bonito mesmo. E tenho certeza que sou o amor da sua vida, mas ele se encontra em estado de negação, coisa que precisa resolver em sua própria terapia, não comigo. Falando sério, o terapeuta-gato está me salvando, sem necessariamente ser um desses terapeutas de série americana, que se envolvem demais e chegam a abraçar o paciente. Mas também, se fosse assim, eu iria gostar. Ele conversa comigo. Como se eu fosse uma pessoa muito interessante e eu não me sinto esmagada e subestimada como me sinto perto de todo mundo. Nem sempre sou o assunto, prefiro quando o assunto é ele. O que ele fez durante a semana, como foi ter sido criado por pais terapeutas, ou sobre sua estranha adolescência como metaleiro-carnavalesco. Às vezes ele lê para mim e eu choro. Comprei alguns livros por indicação dele. Não gosto quando meus pais são o assunto, por sentir que já esgotei esse assunto. Ele ri. Meus pais sempre serão os antagonistas na minha terapia — as pessoas que odiei, amei e perdoei; ainda que estejam m0rt4s e que tenham me prejudicado tanto que hoje minha autoestima foi destruída, considero-a irrecuperável e costumo me sabotar como uma viciada em drogas. E o terapeuta-gato é freudiano, imagino que demonizar nossos pais na frente de um freudiano seja algo comum.
Nesses três anos, além dos meus pais, também sofri outras perdas: uma amiga com pouco mais de trinta anos foi contaminada pela água na Índia e o sonho dela era viver lá, tudo foi muito rápido. Outro amigo, após todas as vacinas, faleceu de covid. Tive um grande amor e deixei ele ir embora porque a minha doença, então desconhecida, prejudicava nosso relacionamento. Eu não queria que alguém quatro anos mais jovem e que nunca tinha namorado na vida carregasse esse trauma. Depois, traí alguém que me amou muito e isso tem a ver com a auto-sabotagem citada no parágrafo anterior. Então prometi que nunca mais namoraria enquanto fosse uma pessoa mentalmente instável. Depois caí na real de que provavelmente não tenho cura, mas consegui passar um ano sem me comprometer. De maio para cá, conheci alguns homens, graças ao advento dos aplicativos de relacionamento. Fiquei próxima de três, mas com um deles tenho maior e melhor convivência. Ele comprou um bolo de aniversário para mim, no que fiquei bastante comovida. E, recentemente, me fez chorar em uma das conversas mais importantes que tive com alguém, me fazendo enxergar que estou viva apesar de tudo que passei e o que existe é olhar para a frente ao invés de ser uma versão pior de mim e cheia de lamentações. É muito importante ouvir as pessoas mais velhas, elas realmente sabem de tudo.
Depois de unir mãe e filha e salvar a Barbielândia do domínio dos Kens que instauraram o patriarcado no mundo das bonecas, Barbie conclui que talvez ela não deva ter um final, como se tivesse que segurar a mão de um Ken arrependido, perdoá-lo e viver feliz para sempre. Quando a criatura encontra sua criadora, Barbie percebe que não quer ser uma ideia, ainda que os humanos tenha só um destino (a m0rt3), enquanto ideias vivem para sempre. Ela quer fazer parte das pessoas que pensam e executam ideias. Barbie quer ser humana. E ela consegue.
Barbie é exatamente a comédia que eu escreveria sobre uma mulher com depressão. No X (ex-Twitter), o usuário @ababeladomundo escreveu: “eu fui ver Barbie semana passada com uma amiga que toma antidepressivos e ansiolíticos há muito tempo, e o melhor comentário dela foi que o filme é basicamente a história de uma mulher que de repente parou de tomar sertralina”. Em julho, a revista Galileu publicou em seu site um artigo cujo título é “5 temas sobre saúde mental retratados no filme”. Barbie contém uma história muito própria de sua geração: Greta Gerwig, a diretora, é uma típica millennial. Os millennials viram seus sonhos despedaçados pelo capitalismo e avanço tecnológico, mas parcialmente reconstruídos por esperança de dias melhores e muita nostalgia. Estamos revivendo o passado anos 90/2000, algo evidente também no figurino de Barbie. Após uma pandemia, em que a saúde mental de todos nós foi arrasada (sou apenas um entre tantos exemplos estatísticos), um evento como Barbie, a nível mundial, quebrando recordes em bilheteria e levando famílias ao cinema vestindo rosa — era exatamente o que precisávamos. Com roteiro de Gerwig e seu marido, Noah Baumbach, Barbie é sagaz inclusive quando aborda transtornos mentais. Há uma cena inteira dedicada a isso, pois o que acontece na Barbielândia começa a afetar o Mundo Real e, enquanto a Barbie de Margot Robbie sofre uma crise existencial com a mudança de seu próprio universo, no Mundo Real a Barbie que passou o dia inteiro vendo fotos do noivado da ex-melhor amiga no Instagram enquanto assistia Orgulho & Preconceito (meu filme favorito, detalhe, só que na versão de 2005. Me senti MUITO contemplada) é ofertada às meninas. Ansiedade e crises de pânico vendidos separadamente.
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Barbie proporcionou cenas belíssimas, talvez inesquecíveis para o cinema. Como quando ela encontra, na rua, uma mulher idosa e diz: “você é tão bonita!”, essa cena diz tanto… já revela o quanto Barbie admira a humanidade. Admiração que se transforma em desejo, posteriormente. Nenhuma outra atriz faria melhor esse papel do que Margot Robbie. Ela só queria produzir o filme, mas foi a melhor protagonista possível. Pois Margot é Barbie e Barbie é Margot; depois desse ponto, ficou impossível desassociá-las. Margot tem o sorriso da Barbie e, mesmo quando chora, ainda é a Barbie. Uma Barbie que é pura beldade, mas nada sexualizada. Margot tem a mesma qualidade de Audrey Hepburn no auge de sua beleza (o que durou sua vida inteira, praticamente): ela também tem o rosto de um anjo. Margot tem 6 letras, Barbie tem 6 letras. Coincidência? Acho que não.
Da mesma forma, outra grande surpresa do filme foi a dedicação de Ryan Gosling em contar a história do Ken. Na vida de todo mundo que foi criança e brincava de Barbie, Ken nunca teve relevância, era só um acessório da Barbie e, como todo acessório, também era opcional. Todos os comentários fazem jus a atuação de Gosling: de fato, é o papel da vida dele. Gosling nunca esteve tão expressivo, fez o Ken ser bobão e companheiro enquanto sombra da Barbie, mas também ambicioso para liderar sua revolta. Quem assistiu em IMAX teve a oportunidade de vê-lo nos bastidores e é notável o quanto ele se divertiu e divertiu a equipe.
Outra ótima cena é quando Barbie acredita não ser boa o suficiente em nada, no que o discurso de America Ferrera é forte o bastante para fazer dela ao menos candidata ao Oscar de atriz coadjuvante. Barbie deve ganhar todos os prêmios da próxima temporada. E se não, valeu pelo evento, a espera, todos os looks que preparei um ano antes do filme e a superação de expectativas. Eu sabia que seria bom, mas não esperava que fosse TÃO bom. Barbie tocou em feridas atuais e impressionantes. Nenhuma pessoa envolvida na produção desse filme acreditava que ele sairia do papel, afinal, a história do filme tem cara de algo só permitido após se tornar domínio público, mas a Mattel aprovou a zombaria até com ela mesma. A autocrítica está lá, servindo para vender bonecas ou não. O lucro do hype do filme da Barbie não está apenas no cinema: milhares de produtos licenciados foram criados, assim como bonecas inspiradas no filme. Aqui em São Paulo, uma casa da Barbie em tamanho real foi montada, também uma loja da Barbie e estive nesses eventos. Se eu sobreviver a tudo isso e tiver filhos um dia, gosto de pensar que mostrarei minhas fotos vestindo rosa aos trinta e um anos de idade sem me importar com o quão ridículo isso parecia na época, não me arrependo. Barbie foi meu hiperfoco de 2023, que me levou ao cinema oito vezes. Fui uma criança privilegiada e tive muitas bonecas Barbie, então, esperei por esse live-action desde que nasci — que bom viver em um momento em que isso foi possível. Mas espero que Barbie fique datado em breve, com relação aos seus temas. É sim um filme feminista, que fala sobre como a opressão em cima das mulheres afeta nossa saúde mental. Nenhum outro blockbuster ou série da Netflix conseguiu abordar tão bem esse assunto e de forma tão leve, capaz de arrancar risadas. Sendo otimista: em vinte anos, espero que as próximas gerações não vejam sentido em Barbie tanto quanto a minha vê agora. Também é importante dizer que Barbie não é um filme para crianças — é um filme para mulheres de trinta anos ou mais, bem-sucedidas ou não, à beira de um ataque de nervos, tentando tocar suas vidas, fazendo o melhor que conseguem. Barbie é uma declaração de amor feminina e feminista, uma bandeira hasteada cheia de ressignificação. Barbie is everything.
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satanismorealpage · 1 year ago
Note
Saudações e honra Mestre Agnes, já faz um tempo que venho acompanhando suas ideias e o satanismo real, eu estou disposto a dar um passo para começar uma vida espiritual e material com Satã, e os princípes infernais de acordo com o satanismo real pregado no Satanismo real!!
Admiro você e lhe agradeço bastante por nos guiar com a verdadeira palavras de Satã !!
Minha dúvida é como eu posso dar o primeiro passo…
Eu considero os ensinamentos e procuro m' evoluir neles, Eu preciso PACTO com Satã para ter uma vida espiritual/ material com ele.. Eu preciso servi-lo e ter qualquer mínima parte de meus desejos..
Se leuate aqui saiba que a honra é todo minha por ter vossa atenção!! Chemhamforash….
Saudações
Grato por suas palavras
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Luz e paz
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