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Pio Lobato e Lucas Estrelas: entre o orgânico e a tecnologia. Flui a evolução da guitarrada. #tecnoguitarradas #piolobato #lucasestrela #musicaparaense #embaixadoresspotify #spotify #spotifybr (em MúsicaParaense.Org)
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ENTREVISTA #2 - LUCAS ESTRELA
Depois de uma pequena grande pausa, o blog retorna com seu quadro de entrevistas com um gostinho de tucupi e jambu! Quem tá escrevendo pra vocês é o Matheus, e já vou logo dizendo, te senta que lá vem pisa!
Eu conheci o Lucas Estrela através de um amigo na época em que o primeiro álbum tinha acabado de sair, intitulado “Sal ou Moscou”, uma clara referência aos nossos refúgios paraenses, onde a galera vai pra dar aquela relaxada, justamente o que o álbum se propõe a fazer. Em algum dia de Setembro ouvi no rádio uma música do lançamento do seu segundo álbum “Farol”, que referencia a outro local de lazer da nossa amada bucólica, na ilha do mosqueiro. Foi aí então que eu resolvi ir atrás daquele artista que fazia aquele som tão singular e que ainda sim reunia toda a galera.
A expertise que o Lucas passa é estupenda, como toda boa sinergia musical, daquelas que, quando você vê, já está te fazendo dançar e apreciar a vibe com um sorrisão no rosto. Lambada, tecnobrega e carimbó se unem ao synth pop diretamente dos anos 80 transformando-se em uma sonoridade única.
Tive a oportunidade de curtir o som do rapaz ao vivo e me senti na feira do açaí sentindo aquela brisa da maré ao redor da rapaziada que considero demais.
Foto: Luan Rodrigues
O Lucas Estrela lançou seu primeiro trampo em meados de 2015, aos 23 anos, “Sal ou Moscou”, já mandando a real, misturando a tradicional guitarrada com o tecnobrega. O apoio de músicos de outrora, como Pio Lobato, Felipe e Manoel Cordeiro influenciou muito sua obra, bem como as sonoridades mescladas que se mostraram uma grata surpresa ao cenário musical paraense. O álbum foi produzido quase todo sozinho, por ele mesmo, em um home studio, de maneira independente, em cerca de 1 ano, com ajuda de Waldo Squash (ex-Gang do Eletro) nas bases, Assis Figueiredo na masterização, e parceria de Pio Lobato em uma das músicas.
Já o segundo álbum, “Farol”, saiu em 2017, mostrando que o jovem ainda busca experimentações musicais e claramente é bem sucedido nelas. Neste álbum, houve muitas parcerias com artistas do cenário paraense, como Will Love, Lucas Santtana, Luê, Félix Robatto, além de Felipe e Manoel Cordeiro. A produção desse álbum foi mais curta, durando cerca de 3 meses.
Numa noite quente de sexta-feira, 13 de outubro de 2017, na companhia de outro grande broder, que idealizou este blog por onde vos falo (Murilão), me encontrei com o Lucas após seu show de estreia do novo álbum Farol, numa casa de shows aqui em Belém, e, durante alguns minutos batendo um papo, rolou uma mini entrevista que vai aparecer aqui, logo abaixo. Desde já, deixo de antemão meu agradecimento pela oportunidade.
Da onde surgiu o interesse em misturar guitarrada, synth pop e lambada?
Lucas: Há Alguns anos eu conheci um cara chamado Pio Lobato que me influenciou e influencia até hoje e ele foi o grande responsável pelo meu interesse na música regional experimental, posso dizer assim, talvez, misturar toda essa questão da música tradicional com esses elementos mais modernos.
Na Era do Rádio, era mais fácil captar as músicas da América Central do que do resto do brasil... E tal impacto moldou as influências das músicas feitas no Pará à época, de modo que, até hoje, a sonoridade caribenha ainda possui forte influência nas produções daqui. As misturas musicais contemporâneas como a “tecnoguitarrada” vêm se mostrando uma modernização da música paraense, sem perder a essência. Você se considera inserido nessa nova gama? Se sim ou se não, fala pra gente um pouco mais sobre isso.
Lucas: É claro que a gente recebe muita influência disso, caribenha, e não só disso, acho que de toda essa questão mais ancestral da música paraense, como a guitarrada e o carimbó. No meu trabalho tem muito disso, essa pesquisa dos ritmos tradicionais... A gente vai pro estúdio, grava banjo, milheiro, curimbó, instrumentos tradicionais do carimbó, e depois eu trago isso tudo pro computador, pra produzir música eletrônica, para experimentar em cima disso... Então eu acho esse processo muito bacana porque, além de descobrir coisas novas, a gente acaba entrando e conhecendo a nossa história, da nossa música, e isso é muito importante. Acredito que todo produtor musical daqui do Pará deveria explorar um pouco mais essa questão ancestral que a gente carrega no nosso som, que é tão rico e bonito, que muitas vezes passa despercebido. Então, é muito legal quando a gente tem oportunidade de experimentar, trazer os mestres do carimbó pro estúdio pra gravar e depois pegar todos esses sons e processar no computador e colocar essa pegada digital que a gente faz. Então é um processo bem legal, prazeroso, essa mistura do tradicional com o experimental. Acho que é isso que move meu trabalho.
Como se deu o processo criativo do álbum “Farol”?
Lucas: Cara, foi bem diferente do primeiro, “Sal ou Moscou”, porque, no primeiro disco, eu passei uns 2 anos produzindo, gravando, tudo em casa, contei com a ajuda do DJ Waldo Squash, mas na maior parte do tempo eu estava produzindo sozinho e foi de maneira bem independente. Já no “Farol”, segundo disco, a gente foi pro estúdio, chamei várias pessoas, passamos uns 3 meses gravando o disco e no 4º mês o disco já tava pronto, mixado, masterizado. Então foi um processo muito diferente, muito rápido. No primeiro disco foram 2 anos e no segundo apenas 3 meses... Esse disco é bem diferente do primeiro não só pelo tempo de produção mas também porque é um trabalho muito colaborativo, com a participação coletiva. Esse disco não é só meu, é de todo mundo que gravou, e eu agradeço muito a eles por terem participado desse projeto muito importante pra mim.
O que você conseguiu levar do primeiro pro segundo álbum?
Lucas: Bom, além das parcerias, como o Waldo Squash, Pio Lobato, acho que foi uma evolução, pois eu busquei isso, me esforcei muito pra que o segundo disco fosse um passo adiante... Não querendo parecer pretensioso nem nada, mas eu queria que a sonoridade fosse diferente, que o repertório fosse diferente, que o som do disco fosse diferente. Então é isso, o que eu trouxe do “Sal ou Moscou” foi isso... Essa experimentação, de chegar na frente do computador e fazer acontecer.
O que mudou no Lucas Estrela do “Sal ou Moscou” para o Lucas Estrela do “Farol”?
Lucas: Ah, cara, não mudou nada... Eu sou a mesma pessoa, meu cabelo cresceu... (risos) E eu tô evitando usar óculos no show, porque meus óculos são muito pesados. Eu tenho 5 graus, então a lente pesa muito, e meu nariz fica todo vermelho depois que eu toco... Isso que mudou (risos).
Como tu vê o cenário musical paraense hoje e quais as perspectivas futuras?
Lucas: Cara, é incrível ver tanta gente foda produzindo música hoje aqui e é curioso isso porque às vezes a gente tem oportunidade de viajar pra outros lugares e conhecer outras pessoas, outras cidades e a gente sente como é bem recebido em outras cidades, sabe, acho que muita gente daqui não tem essa noção porque ainda não teve essa oportunidade de levar o seu trabalho para lugares mais distantes, então, de certa forma, não tem essa noção de que a gente é sempre muito bem recebido em outras cidades. Isso é muito bacana porque a gente percebe o poder que a nossa música tem de atingir outras pessoas que não conhecem a nossa cultura, que não estão muito ligadas ao que tá rolando aqui em Belém, querendo ou não, é tudo muito distante do centro, né... O eixo Rio-são Paulo... Então é muito bonito ver muita gente produzindo aqui de maneira independente trabalhos incríveis, eu realmente espero que todo mundo tenha oportunidades de levar seu trabalho pra outros lugares, tocar em festivais em outras cidades, porque isso é o mais legal, de ser músico, artista. O mais legal é tu subir no palco e ter essa troca com o público, todo mundo com aquela energia, a gente se doando 100% pro público, recebendo essa energia em troca. Então isso que é o mais bonito da gente.
Tens um carinho muito grande pela música paraense, isso é presente nos teus shows. Meu pai foi percussionista do Arraial do Pavulagem e eu trago isso muito comigo também... Então, eu gostaria de saber: o que te inspira fora disso, fora da música do Pará?
Lucas: Égua, muita coisa, cara, muita coisa... Acho que tem uma coisa muito ligada no meu trabalho, assim, além da música... essa parte estética, do visual, das projeções, uma coisa que a gente trabalha muito... de capa, design, cores, está tudo ligado, saca? Porque eu era editor de vídeo, trabalhava com cinema antes, há alguns anos, antes de começar a tocar profissionalmente, então eu acabei adquirindo toda essa pegada, sabe, de vídeo, e eu gosto pra caralho também, e tento trazer um pouco disso pro trabalho, essa parte audiovisual, então essa é a outra grande influência do meu trabalho.
Uma coisa muito comum entre os artistas é escreverem músicas para pessoas em especial. Daí, a gente queria saber o seguinte: “Você é tudo pra mim” foi escrita para alguma certa pessoa?
Lucas: Porra, sim, claro... Não tenho vergonha nenhuma de falar isso... É a coisa mais bonita, mais bacana tu dedicar o teu trabalho a alguém... Foi feita para uma pessoa muito querida, muito amada que eu tenho na minha vida, muito especial, que esteve presente desde o início da produção desse disco.
Pra finalizar a entrevista, de maneira mais suave e descontraída, a seguinte pergunta... Tu preferes Salinas ou Mosqueiro?
Lucas: Cara, eu amo os dois, não tenho uma preferência... Os dois lugares são muito especiais, sempre que eu vou a Salinas, sempre que eu vou a Mosqueiro é uma sensação diferente, são dois lugares que marcaram a minha vida, então eu não tenho como escolher um ou outro, os dois são muito especiais e fazem parte da minha música, minha vida, tudo.
Deixo aqui um registro em vídeo da noite de lançamento desse grande álbum, gravado por Joelle Mesquita, e que mostra a boa vibe na qual a galera se encontrava!
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No mais, obrigado a todos os envolvidos (rs), em especial meu grande amigo João Pedro Aranha e Cabron Studios, que ajudaram a proporcionar essa entrevista.
Foto: Divulgação
Não preciso nem dizer que este rapaz vai longe, pois ele já alçou seu voo... Valeu!!
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Sabadão estarei com a musa @ananindeusa aquecendo a pista pro moleke das tecnoguitarradas @lucas.estrela no ZIGGYRIDUM do @ziggyhostelclub a partir das 22h. #musicaparaense #ananindeusa #lucasestrela #ziggyridum #ziggyhostelclub #ibluefie (em Belém, Brazil)
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