#taotgay
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laparosdivinos · 2 years ago
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Indicação e Review: Queering The Tarot - Cassandra Snow
Representatividade Importa!
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Escrito muito recentemente, esse livro traz aspectos importantes influenciados por tempos de preconceito e conservadorismo exacerbado. Logo, uma das coisas mais interessantes é ver algumas cartas dialogando diretamente com nossa confusa realidade contemporânea.
Contudo, ao menos para mim, essa não é a cereja do bolo. O melhor do livro é poder se identificar com ciclos e fases da vida comuns a qualquer LGBTQ+. Não só a de sair do armário e coisas assim. Somos mais complexos que isso. Há, no 4 de copas e outras cartas, uma discussão, por exemplo, sobre a desconexão com o entretenimento e com o mainstream no geral. A angústia de não se ver devidamente representado em qualquer área da arte, da religiosidade, do entretenimento, da história, da filosofia, etc. O maior tesouro deste livro certamente é a identificação que ele gera e o incentivo a estarmos muito mais com pessoas como nós.
Embora eu não concorde com algumas interpretações (o que é normal), como, por exemplo, ocorre com um certo "trauma" com os arquétipos masculinos (infelizmente super comum e já tedioso para mim, embora eu entenda os motivos) e também com o próprio naipe de espadas, ainda assim esse livro é um tesouro empoderador. Fico ainda mais inclinado a investir somente em decks inclusivos (como o novo Waite do Claudiney Prieto) ou mesmo inteiramente Gays (como o St Jinx Gay do Sagrado Masculino ou o Gay Tarot). Nós LGBT+ somos grandes consumidores de conteúdo esotérico e artístico. Temos o direito de demandar que sejamos devidamente representados e que tenhamos diversos produtos representativos. Sejam livros, cursos, elementos de altar, tarots, figuras, músicas, series, etc. Ao meu humilde ver, também devemos focar mais em pessoas como nós que produzem para nós, ao invés de sempre priorizar e endeusar os produtos e lógicas heteronormativas.
Queering The Tarot mostra onde somos como o Todo e onde somos únicos. Mostra onde ser quem somos faz toda a diferença que a heteronormatividade JAMAIS entenderá completamente. Reafirma nossos poderes, capacidades, especificidades e convida-nos a entrar de verdade nessa dimensão de poder só nossa.
Sirius Cor Leonis
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laparosdivinos · 2 years ago
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Eu me achava louco e isolado, mas eu li.
Eu me achava louco e chato de ficar reclamando dessa heteronormatividade tratada como Lei Mágica Universal no maistream da Magia. Mas, depois que eu li algumas coisinhas e continuei a buscar ainda mais, vi que não sou tão maluco assim. O que eu aprendi lendo? O que cada livro me mostrou?
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Queering The Tarot da Cassandra Snow me mostrou que esse meu incômodo com os decks, as simbologias, os jogos, os modelos de tiragem e as interpretações não eram "mimimi". Aqui percebi também que nossa mera existência é resistência social, política, cultural, histórica e espacial.
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Witchcraft and The Gay Counterculture do Arthur Evans mostrou que o meu incômodo com a maneira que a história da bruxaria é contada não é sem fundamento, pois os LGBTs são elementos CENTRAIS, não só na história da magia e seu desenvolvimento, mas também enquanto grupo fortemente perseguido nas diversas inquisições.
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Gay Witchcraft - Empowering The Tribe do Christopher Penczak me mostrou que meu incômodo com a abordagem heteronormativa da Roda do Ano e dos Deuses (mesmo os conhecidamente gays ou bissexuais) não é mera chatice.
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The Scarlet Wand - Sex Magic for Gay Males de Raji Dorotez me mostrou como o meu incômodo em constatar como quase sempre somos deixados de fora dos temas da magia (como se não fôssemos um público altamente expressivo) não é sem fundamento. Também aprendi que nós temos os nossos próprios mistérios e poderes exclusivos.
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• Garbed in Green - Gay Witchcraft and the Male Mysteries do Casey Giovinco me mostrou que, para além de qualquer noção de "Sagrado Masculino" ou "Feminino", tudo o que é meu é parte do meu Ser enquanto homem. Tudo do homem gay é parte do seu Ser Homem. Da arte marcial ao salto alto. Nem a coisa chamada de masculinidade, nem a chamada de feminilidade é propriedade e deve ser sempre balizada pelos héteros. Nós só estamos recuperando a nossa parte que nos cabe de algo que sempre foi tão nosso quanto deles e não precisamos (nem vamos) seguir suas caixinhas limitadas, pois estamos além.
Sirius Cor Leonis
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