#shayene karla
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autoraporumtriz · 2 years ago
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eu tentaria morrer hoje se não fosse a vida,
se não fosse essa vida que aos poucos e bem pequenos passos, eu me construí
e eu me destruí também,
inúmeras e inúmeras vezes,
e em todas elas eu renasci,
de novo e de novo
e de novo.
estando aqui, no agora, de pé
olhando toda essa poesia que a chamam vida.
e se não fosse a poesia, eu morreria
a poesia prevalece!
a vida, permanece!
todas as vezes que me vi diante uma situação singular e intransponível, eu tremi
e temi
e fugi
ou, pelo menos, tentei
mas voltei e enfrentei.
de uma forma ou de outra a gente sempre aprende a lidar com nossos demônios,
matando-os ou fazendo amizade com eles.
e agora te confidencio, pequeno demônio: estou com medo!
mas estou aqui.
pela vida, pelas palavras, pela poesia.
me sinto apta a te enfrentar.
@autoraporumtriz
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autoraporumtriz · 3 years ago
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fechei os olhos e avistei uma constelação,
aos poucos, mais e mais estrelas apareciam e me deixavam perplexa,
o rastro de um cometa
uma iluminação sem fim,
sem som
silêncio
um vácuo total.
abri os olhos e me enxerguei.
dei um trago no cigarro que estava quase se apagando,
pegou fogo de novo,
e queimou,
assim como minha pele queima sob o sol,
iluminada pelas estrelas
num quarto escuro e frio
num movimento, vi minha sombra na parede
me movi novamente
vi meu corpo dançar naquela sinfonia calma e singela
desperta!
eu estava acordada,
bem acordada
como num sonho em que a gente se belisca pra se dar conta da realidade
eu me movia e sabia que era eu
o eu e o eu sombra
nós duas, uma
dançando o movimento das estrelas,
iluminadas,
queimadas pela ponta de um cigarro velho,
queimadas pelo fogo que emanava dos meus corpos
era eu e eu,
comigo mesma,
eu e minha sombra, realizando os meus mais profundos desejos, como num sonho,
mas estavamos despertas.
resolvi parar de me mover,
a sombra também.
quieta!
agora era só eu, deitada na cama, olha pro teto que é branco, mas, tava tão escuro que eu não sabia.
a lâmpada piscou
mais um trago
olhos fechados pra ver estrelas,
esperando borboletas saírem do meu estômago,
nada.
sem estrelas, sem borboletas.
decidi que estava sozinha a partir dali,
a partir dali, não viveria mais à sombra de mim mesma,
eu era meu próprio sonho,
minha constelação,
eu era infinita naquele espaço tempo.
@autoraporumtriz
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autoraporumtriz · 8 years ago
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Meu discurso de formatura.
Enquanto eu for “nada” aos olhos de quem se acha “algo”, minhas opiniões não serão ouvidas. Muito menos, aceitas. O sistema é gerido por esses que se acham “um monte de coisa” e a única saída [ou entrada] é participar. Entrar no fluxo desse sistema. No ciclo ~nascer, crescer, multiplicar e morrer~ a parte de “multiplicar” pode ter outras interpretações se nós nos permitirmos. Eu pretendo multiplicar meu conhecimento. Disseminando a todos, sem distinção. Aos “nada” e aos que são “um monte de coisas”, porque, no final das contas, todos nós ainda estamos acontecendo.
(Autoraporumtriz.)
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autoraporumtriz · 8 years ago
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Pelo menos nos meus sonhos dormia comigo, na minha cama, na nossa cama, como antigamente. Pelo menos em um sonho, eu acariciava seus cabelos pretos, encaracolados, e descia meu indicador até a nuca, pra você se arrepiar. E você virava o pescoço, me olhava com os olhos tortos e sorria. Pelo menos no sonho, você ainda estava ali. Mas, até mesmo no sonho você já não era mais meu. Era como se você fosse como os outros, que apenas dormia ali por uma noite, e ia embora ao amanhecer. Você me perguntava “você quer mesmo ir nessa reunião? podemos acordar mais tarde, se quiser…”
(Autoraporumtriz.)
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autoraporumtriz · 8 years ago
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Algumas horas em pé e o incomodo se deu. A mochila pesando uns 5kg, parecia ter 50. E refletia nos pés. Doía. E essa dor ia subindo pelas pernas e ficando cada vez mais profunda. O barulho ao redor já não era nada. A espera é que agoniava. Esperar. E eu achava que já tinha me acostumado a esperar. Mas aquela dor chegou até a coluna, e eu queria gritar. Tanta gente à minha volta, mas ninguém via ninguém. Cada um era um ser só. Cada um com sua dor de esperar. A minha não era maior ou menor que a das outras pessoas, mas era minha. E doía em mim. E eu a sentia. E eu só pensava nela, então. Mantendo meu disfarce, continuei mexendo no celular, com a cabeça baixa. Mas meu olhos, por detrás dos óculos arredondados, eram ágeis e acompanhavam o movimento das partículas daquele universo. Me concentrei na dor. O barulho dentro de mim era muito maior do que aquelas tantas pessoas sozinhas lá fora. Eu pensava em tudo que estava dando errado. E em tudo que estava dando certo. E fazia uma balança mental. “Só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim” era o que eu me lembrava. Agora havia outra dor. E eu, que antes queria gritar, agora, já gritava tão alto que ultrapassava o limiar da audição. Meus olhos rápidos, observavam se alguém me via. Inútil. As dores se encontraram. Quis correr. Quis sair dali. Quis ficar. Quis me sentar, me deitar. Só queria fazer algo diferente do que eu estava fazendo naquele momento. Uma troca de posição seria uma boa tentativa pra diminuir a dor. Guardei meu celular no bolso. Ajeitei meu óculos. Meu ônibus chegou.
(Autoraporumtriz.)
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autoraporumtriz · 9 years ago
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Oi, meu nome é Shayene Karla, tenho 21 anos, sou geminiana e sofro de efemeridade.
Constantemente me apaixono e me desapaixono por seres que habitam o universo.
Parabéns! Você foi um dos escolhidos da vez!
Me apaixonei por você.
Se você não estiver interessado, não se preocupe, como disse, sou efêmera. Vai passar.
Se você estiver interessado, se preocupe, como disse, sou efêmera. Vai passar.
Eu tenho uma complexidade que não cabe em mim. Ainda não sei explicar que bicho sou eu.
Metáfora nenhuma explicará.
Sofro de efemeridade desde que me entendo por gente, mas ainda não sei se me entendo por gente.
Se não entendeu nada do que escrevi, tá tudo bem. Me pergunte o que quiser. Responderei assim que possível.
(Autoraporumtriz.)
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autoraporumtriz · 9 years ago
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Shayene nasceu em 1994, por enquanto é um ser acontecendo, mas, qualquer dia desses, pode morrer.
Minibiografia.
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fulerart · 9 years ago
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Notas mentais:
O amor passa várias vezes pela nossa vida, e a gente vê. E o pior, a gente realmente vê. A gente vê e não faz nada. A gente vê e só. As coisas vão passando em nossas vidas e a gente só fica de telespectador, assistindo tudo com um balde de pipoca nas mãos, agindo como se não fosse com a gente. Às vezes nem parece que é com a gente mesmo, mas a gente se esquece que tudo está interligado. É a velha história da batida de asas da borboleta. O problema é quando o furacão nos atinge diretamente. É tipo um "Acorda! Isso é teu também!". Mas a gente tem memória curta, e é por isso que cometemos sempre os mesmos erros e parece que a história sempre se repete. Todo mundo só quer sobreviver. A presa e o predador estão na mesma situação. É todo mundo buscando o mesmo, e pra quê? O problema é que a gente já nasce dentro desse looping. E é infinito. Então, que seja. Vamos até onde as retas paralelas se cruzam. - Shayene Karla.
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fulerart · 9 years ago
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Hoje é um bom dia. E é só isso mesmo.
Quando tua vida não vale nada, bons dias são importantes.
Hoje eu só queria poder vomitar toda a bagunça que você me causou.
Queria vomitar em você, enquanto te socava a cara, te dava um tiro, passava o carro em cima do seu corpo, pra frente e pra trás, várias vezes.
Eu sei, meio violento. Mas hoje é um bom dia. E em bons dias eu não faço esse tipo de coisa.
Tem que preservar.
A integridade é importante.
A verdade também.
Hoje eu só queria sair por aí, andar na rua, sem culpa.
Sem culpa. Sem medo. Sem preconceito. Sem roupa. Sem máscara. Sem.
Só não queria sair sem você. Mas isso retoma ao assunto do vômito.
A cabeça dói. Náuseas.
Tontura. O cérebro arde.
Minhas mãos tremem e suam. Mas não é bom.
Sobe aquilo de novo, até a garganta. Não consigo vomitar. Então a porra toda escorre pelos olhos. A mesma porra que antes escorria entre minhas pernas. A mesma porra que me lambuzava e me satisfazia. Agora é só água e sal. Agora é só nada. Só um resto de você que está saindo de dentro de mim. E eu me seguro. Insisto em ficar. E quanto mais eu prendo, mais dói. E dói. E dói. E machuca. E a culpa, o medo, o preconceito, a roupa, a máscara, e tudo, retornam. Menos você. E dói mais.
E em cada passo que eu dou, cada palavra que eu pronuncio, fica um pouco de você.
Olho ao redor: muita gente. Todas menos importantes do que você.
Agora é só vazio. Uma sala vazia. Um quarto vazio. Um almoço vazio.
Tudo que era bom em mim, tudo que era ruim em mim, tudo que eu tinha em mim, vomitei em você. Agora é só nada. Passei três anos vomitando minhas besteiras e meus amores em você. Vomitei as mentiras mais sinceras e as verdades mais secretas. Vomitei meu drama. Vomitei minha alma. Era tudo eu. Cada célula, cada molécula de ar respirada e inspirada, cada fio de cabelo. Vomitei tudo em você. E você tomou um banho, limpando todo o vômito, me mandando direto pro ralo. Tudo que eu sou, numa linha de esgoto. E agora sobrou nada.
É só nada em um bom dia. Mas, bons dias são importantes.
- Shayene Karla.
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fulerart · 9 years ago
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Eu queria minha vida de volta. Queria voltar pra mim. Eu tô fora, e perdida. Agora eu entendo que enquanto eu não me tiver de volta, eu não terei você de volta. Nem você, nem nada. Porque o problema foi que eu saí de mim, bebi um pouco, e agora não sei mais voltar. Tô perdida e, sinceramente, quero voltar pra casa. Quero voltar pra minha vida. Quero voltar pra mim. Mas não sei como. Eu sumi de mim. Não me encontro. E não tenho ideia de qual caminho tomar pra poder voltar.
Shayene Karla.
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fulerart · 9 years ago
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Preguiça poética.
Domingo. 14:08. Pré-feriado.
Meu cérebro despertou e disse: “É hora de acordar!”. Eu respondi: “Não é não!”.
Ele retrucou com uma sensação térmica de 37°C. Fui obrigada a abrir os olhos.
Dei uma olhada em volta: calma e calor. Uma claridade vinda da janela me cegava os olhos, minha cortina branca potencializava o dia.
Peguei o celular. “Bom dia”.
Quis dormir mais. Aqueles malditos 37°C não deixavam.
Levantei. Me enrolei em uma toalha, e saí pela casa abrindo cada e todas as janelas. Olhei pra fora. Sozinha.
Agora era calma, calor e solidão.
Voltei ao meu quarto. Deixei a toalha cair por gravidade e me joguei de volta na cama. O barulho do ventilador e do silêncio me torturava. Pensei em colocar uma música. Pensei em não colocar. Estava na hora de começar a acostumar comigo mesma. Abri minha cortina branca, a janela, e um vento quente soprou no meu rosto. Fui até a cozinha e chequei a garrafa de café. Cheia. “Há dias fiz este café, deve estar bom ainda”. Achei um pedaço de bolo na geladeira. Preparei a mesa para o café. Me sentei. Enchi minha caneca de café gelado e mordisquei um pedaço de bolo gelado. Um contrassenso. 37°C e todo o resto gelado, inclusive meu coração. Desejei que aquele calor me invadisse.
Sentada à mesa, sozinha, com uma caneca e um pedaço de bolo na mão, percebi que meu vizinho ouvia música. Tocava músicas de Milionário e José Rico, João Mineiro e Marciano, e artistas do gênero. Imaginei que meu vizinho estava sentado, com sua caneca nas mãos também, mas, ao invés de sozinho, ele tinha seu rádio como companhia. Me senti menos sozinha por isso, afinal, eu também escutava seu rádio.
Uma das músicas que ele ouvia, dizia: “Só o amor vale tudo na vida...”. Respirei. Suspirei. Me senti bem viva. Pensei em pegar meu violão. Pensei em não pegar. Não queria atrapalhar.
Fiquei ali mais alguns minutos escutando que ainda ontem chorei de saudade e que nesta longa estrada da vida vou correndo e não posso parar.
Peguei um caderno, rabisquei isto aqui.
Algumas vezes a gente tem que parar pra escutar a vida.
Shayene Karla.
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fulerart · 9 years ago
Audio
“Fique a vontade,
não tem problema
o meu esquema é fazer você
enlouquecer!”
(vía https://soundcloud.com/fulerart/shayene-karla-fique-a-vontade-choque-do-magrica?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=tumblr)
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fulerart · 9 years ago
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E depois?
Por: Shayene Karla.
Ela não entendia a realidade. Era isso que sempre dizia.
Egoísmo. Corrupção. Pensar em si.
Era tudo muito vago.
Ela se desesperava a cada vez que tinha que lidar com a realidade.
Um sonho. Um País das Maravilhas. Era isso. Era esse seu objetivo.
Ela amava sem preceitos, conceitos ou preconceitos. E se entristecia todos os dias pelos outros, por não amarem da mesma forma.
Ela queria um sono eterno. De fato, a morte. Acreditava no que havia depois.
Tudo que era externo a si a afetava.
Fazia ela se sentir cada vez menor.
Tomou um chá.
O que há depois?
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fulerart · 10 years ago
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Quase tanta coisa. Quase nada.
Canções do Ofício.
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fulerart · 10 years ago
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Você bem sabe que eu tento todos os dias.
SOBRE NÓS.
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fulerart · 10 years ago
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Iminência
A iminência de perder alguém que se ama muito é, indiscutivelmente, desesperadora.
“Perdi meu pai!” Foi a primeira coisa que se passou em minha cabeça quando o vi, ali, no chão, cheio de sangue. E, naquele momento, nossos laços se estreitaram como nunca.
Quando o vi levantar, um “Ufa!” passou por todo meu corpo, mas ainda assim não pude conter as lágrimas. Vendo seu rosto, ensangüentado, só pensava no café que eu deveria ter feito para termos tomado juntos antes de sair. E tantas outras coisas que eu poderia ter feito, antes de sair. Antes de tudo isso.
A iminência de perder alguém que se ama muito é desconcertante.
Vê-lo impotente, me causou horror. “Meu pai não é assim”, pensava. Pensava também nos porquês de aquilo acontecer justamente com o ser mais bondoso e humilde que já conheci em toda minha vida. “Por que Deus está fazendo isso com ele? Justo com ele? Ele não merece isso... Será que é pra ensinar algo? Mas o quê? Ele é tão bom... Será que é pra eu aprender algo com isso? Mas, se for, porque usou justo meu papai? Eu aprendo de outra forma, juro, meu Deus, só não deixe ser nada grave com ele! Por favor! Por favor!” Pensava, rezava, suplicava.
Meu pai, a pessoa mais forte que já conheci. Com todos os sentidos que a palavra “forte” pode atribuir. E, de fato, tão forte que se superou, mais uma vez. E, como em todas as quedas que ele já levou da vida, se levantou de mais uma, e fazendo piada. Depois da sutura, do raio x, dos remédios, da internação, das tomografias, perguntei a ele: “Papai, o senhor já pode tomar café?” Ele respondeu: “Com certeza!”.
A iminência de perder alguém que se ama, me ensinou a amar.
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