#sentimentosdesbotados
Explore tagged Tumblr posts
Text
Yesterday I had a dream in which I talked a bit with my first teacher, my kindergarten teacher. I always found it curious how most people simply don't remember the names of their first teachers, while I always did. Some years ago, however, I forgot hers and couldn't remember it since. Not even in the dream I could recall her name, calling her by a few wrong names instead. But when I woked up and remembered the dream, her name came to my mind immediately, as if I had never forgotten it before. Now I wonder how old she was when she was my teacher. She suddenly went to teach at another kindergarten. They said she was stressed or something like that. I never saw her again. I wonder if she is still alive. Just one of life's little sorrows.
20240416
1 note
·
View note
Photo
“Esse foi um dia excepcionalmente bom. Você nunca teve um dia desse tipo, esses dias que têm um ar perfeito, do momento em que você desperta àquele em que você dorme? Certos dias que, no mundo dos dias, são celebrados por sua beleza, sua sabedoria, sua proporção mística e seu ritmo fantástico, uns dias que são lendários na própria fundição dos dias, a usina grandiosa onde se esculpe as fatias de 24 horas, onde os projetistas de dias sonham em reproduzir sua grandiosidade ao remontar os segundos, os minutos e as horas, ao decidir sobre o tempo e sobre os ventos, onde os operários dos dias trabalham na realização dos planos dos projetistas de dias.
[...]
Eu sinto saudades de minhas conversas com Helge. Dos nossos sonhos também. Exatamente como no dia em que atravessamos Jaeren sob a chuva estando, hora após hora, mais e mais ensopados, até que alcançássemos uma grande estrada onde um criador de ovelhas nos deu carona até a estação de Naerbo, quando falávamos sem parar de uma sociedade melhor, havendo deixado os outros pra trás, pegado um trem pra voltar pra cidade, quando estávamos mais molhados que as sopas do Folken, onde pedimos bebidas com as quais nós esquentamos nossos dedos azuis de frio, ficando por lá mesmo pensando no que se passava com os outros em Jaeren, pelejando a procura de Helge e Jarle, que desapareceram, fazendo um reboliço desnecessário: telefonar pra polícia, ligar pros pais do Helge, ligar pra minha mãe, que estava histérica de medo, imaginado que eu estivesse lá em cima, congelado na charneca, enquanto eu e Helge estávamos no Folken, cianóticos, esfumaçados, ensopados, e continuamos lá a falar que seu café ruim era melhor que qualquer outro. Eu havia feito um amigo. Eu havia escapulido da escola. Eu havia começado a fumar. Eu sonhava com uma sociedade melhor.”
(L’homme qui aimait Yngve. Capítulo 8 “Tu es socialiste?”, tradução livre).
Saí ontem fotografar um gira de baianos. Muito bonito, como já esperava. Cultura magnifica a nossa, brasileira. No salão, uma festa: bebiam, fumavam, riam. Um deles resolve me notar e diz: pra que é isto, o que você está fazendo? “Fotografias, pra faculdade.” “O que é faculdade?” “Curso superior”, eu disse sem saber como poderia explicar de outra forma que não gerasse mais dúvidas. A conversa seguiu até que um outro baiano, mais festeiro, também se interessar pela minha máquina: “Tire uma foto nossa!” e abraçou seu companheiro. Mal olhei o resultado no display e ele disse: mas essa não ficou boa! Tentei outra, mas não conseguia foco. O segundo baiano fez uma festa, zombando de mim para quem tivesse ouvidos. Ajustei com mais calma, e então o chamei: Agora vai dar certo. Ele abraçou mais uma vez o companheiro e a foto foi tirada. Mais tarde ele me daria um longíssimo abraço apertado, destes que permitem que os corações se cumprimentem.
Este post seria, a principio, uma lamentação rebuscada que introduzia os trechos acima que traduzi do livro que venho lendo. Mas agora parece tão desfocado o motivo para lamentar. Encontrar esses nordestinos, seres de sofreguidão, trabalho, saudade e exploração vitalícias. Qual a riqueza desse povo? Suas festas, seus abraços, seu carinho e efusiva alegria que nos lembra que o amor compensa tudo, devendo estar acima das circunstâncias. Quem somos, com quem estamos, como a estes alegramos. “Dá tudo o que se precisa na vida: amor, paz e alegria”, me dizia o primeiro baiano, na pele de uma distinta senhora de notáveis e fartos cachos dourados, antes da chegada de seu amigo. Isto é a síntese dos tempos que vivo. Sem mistérios, o que Deus me cobra por vários meios.
E você já teve dias perfeitos, que parecem ter sido cuidadosamente talhados pelos deuses para serem inesquecíveis, dias nos quais você conhece alguém e antes que se deite tem uma amizade selada? Tive um apenas, faz tempo. Por mais grato que seja por ele, não tornará a acontecer. E isso é bom.
0 notes
Photo
Por mim mesmo, viveria completamente sozinho, criando minhas coisas. Hoje lia sobre o Orixá Ossaim, do qual jamais havia ouvido falar e me pergunto de um paralelo. Acho curioso pessoas dizerem-se filhas de tal divindade que lhes confere características dela própria, algumas delas nada interessantes, como a rabugice. Me parece uma marca como aquelas incutidas por queimadura na pele do gado, algo do qual não se escapa, tampouco se escolhe.
Acho um tanto injusto que pessoas como eu, que se desgastam tanto no meio social sejam obrigados a frequentá-lo para sobreviver. Ainda que eu seja tolerante com as pessoas que conheci, parte de mim gostaria de nunca ter cruzado com 99% delas e exorcizar como demônios aquelas que estão por perto, ainda que eu não tenha reais motivos para desejar tal coisa.
Não me surpreenderia em morrer sem entender isso. Cansei de especular sentido às coisas, prefiro me assentar no conformismo para com a desgraça. Pois o berço da tragédia é a fuga da própria sina.
0 notes
Text
Um dia banal, trabalho, ônibus, metrô, uma má notícia, calor. Cansaço existencial. Um embate intelectual contra um professor e, num instante, percebo que minha alma está lavada. A vida é muito curta, queria viver mil anos para esgotar todos os meus talentos. Mas é claro que, se vivêssemos tanto, não faríamos nada pra valer. Eu argumentei pra valer e poderia viver disso, de argumentar, ou de fazer coisas usando tudo o que se tem. É uma terapia, é revelador.
0 notes
Photo
Me lembro de mim há algo mais de quatro anos atrás, acho que no meu quarto, na casa da minha família, desenhando num bloco de papel o Voltaire a dizer: "vocês têm de caminhar no incerto!".
A verdade é que eu estava prestes a embarcar numa vida de pura incerteza, e também solidão e sofrimentos. A minha satisfação em saber que vivo o que não poderia deixar de viver é a única coisa boa desse processo até agora.
Há quatro anos que eu, apesar de tudo, só faço progredir materialmente e, pela primeira vez, corto essa dinâmica deliberadamente, me expondo a dificuldades e pagando o preço de assumir mais um de tantos riscos que já corri sem que houvesse qualquer testemunha.
Às vezes, como agora, ver que pessoas com talento que eu equivalho ao meu estão fazendo algum sucesso com menos esforço e tempo perdido, me faz lamentar um pouco por mim mesmo.
Mas também me pergunto se voltasse a ter a segurança de antes, aquela de quatro ou cinco anos atrás. Se eu abandonasse a trilha da incerteza, se eu simplesmente não foderia tudo.
0 notes
Photo
Somewhere near Belo Horizonte.
0 notes
Text
Voltei a usar o Tumblr.
Porque nem sempre eu tenho palavras quando quero me expressar.
0 notes