#sejabemvindoabordo

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A noite foi longa e já está amanhecendo. São 06:57 hrs da manhã e mesmo que eu não queira e que todos digam para esquecer, os erros do passado me perseguem e ainda sou julgada por eles... Pelos de carne e osso, pelos de espírito, pelos antigos e também pelos novos. Fugir já tentei...maquinei...não sei mais se é a solução.

Acordei tarde pra vida, me vi só com ou sem multidão. Simplesmente deixei que os anos passassem entregue a minha solidão.

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Bom tem dias que a vida é simplesmente estranha. Ontem eu estava me sentindo ataca, julgada, acuada. Como se estivesse presa em uma jaula. Minha jaula é meu quarto, nele eu dou as ordens, é meu canto e ninguém tem que entrar sem ser convidado. Mais quando me sinto acuada, precionada. Tudo é motivo para explodir como uma bomba, com tudo e com todos e isso sempre acontece. Eu magoou, saio magoada, choro, grito, esperneio feito criança birrenta. Mais no fundo sei que nada vai mudar a não ser talvez eu que precise passar por drásticas mudanças interiores. Então me ponho a chorar por me arrepender e bem lá no fundo ainda nada veio me mudar. Tenho medo de permanecer planejando, prometendo e decepcionando a mim mesma.

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Será que eu escolhi meu estado, minha depressão?

As vezes eu me pego pensando a 8 anos atrás (e a cada dia vai ficar mais longe), nas farras, bebedeiras, carnavais, a casa cheia sempre para a concentração de uma festa eram tantas pessoas.

Eu nunca estava sozinha, meu celular nunca parava de tocar, meu final de semana começava na quinta, às vezes era a semana inteira.

E agora eu espero nem que seja uma mensagem, parecem migalhas...mais se eu olhar bem no fundo depois de tudo o que eu vivi eu não mereço migalhas, não sou a palhaça desse circo.

Eu mereço aprender nem que leve a eternidade (só espero que leve menos tempo) que cabeça e coração entendam que eu me basto.

Que estou esperando por projetos que eu escolhi e quando concretizar, juro que volto pra contar (então guardem seus projetos e corram na frente, pra que ninguém atrapalhe).

Não eu não tive uma súbita melhora, mais existem momentos em que até eu canso de sentir pena de mim mesma.

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É o não se encaixar....

Acho que todo mundo já se sentiu assim um dia,em plenas faculdades mentais parece que o mundo é perfeito e todo cor de rosa.

Mais na imperfeição confusa da minha cabeça parece que começamos a enxergar mais da doidera que é viver entre milhões de pessoas e se sentir sozinho (a) e as vezes deslocada até entre sua própria família. Vc não pertence mais aqueles lugares...o grito, o choro, a raiva.

SÓ QUERO O MEU LUGAR. SÓ MEU E DE MAIS NINGUÉM.

Os amigos e os lugares antigos não te satisfazem, assim como pessoas que faziam parte da sua vida e agora tanto faz...pq vc finalmente percebe que se vc não correr atrás e não tiver nada a oferecer eles também perdem o interesse em você.

E até que eu...vc...nós...possamos nos manter, vivemos nos quarto.

Às vezes (em sua maioria)na escuridão.

Ouvindo música, lendo um livro, vendo um seriado ou cansado e sem forças tentando deixar o mundo que nos acha loucos dentro da nossa sanidade, só dormindo e vendo o tempo passar.

Tempo...tempo...tempo...tempo...

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Acidente 16/01/2011

Eu tinha 27 anos, era um sábado bem quente mais com aquelas leves pancadas de chuvas a noite. Nesse exato momento, não sei se me sinto tão abençoada.

Como sempre eu sai porque estava me sentindo mal por um cara (ele não merece ser comentado aqui hoje). De tantos que eu achei que fossem meus amigos, somente 1 (um) me respondeu.

Sabe aquele velho ditado "Dida-me com quem tu andas, e te direi quem és." Pois é nunca levei a sério esse ditado, achei que a lama dos outros não me atingiriam. Mais quem diria eu tinha minhas próprias lamas.

- Era egoísta, só pensava em sair me divertir, ter a casa cheia de "amigos"...curtir cada dia como se fosse o último. Não me importava muito com minha família, ou meu próximo. Acredito que muitos vão se reconhecer aqui.

Até que nessa madrugada quase foi a minha vez. Nunca quis morrer velha, esquecida e com o funeral vazio, e quase morri desse jeito. Como me arrependo. Minha mãe pediu pra eu não sair, minha irmã me ligou do Rio e fez o mesmo pedido mais pra que ficar em casa quando se tem uma garrafa de vodka ( acho que posso chamá-la de amaldiçoada...vai por mim não foi a primeira vez que eu tentei beber ela e não consegui...será que já era um aviso).

Mais chamem de destino, karma, ou a explicação que mais recebi " Eu precisava de um freio."

Não tinha medida pra sair, beber, me divertir.

-Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. E acho que até hoje estou tentando me encaixar no caderno pautado dele.

Vou contar mais no meu próximo desabafo.

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Porque exatamente um título, porque não só me expressar.

Ainda não sei como vai ser a carinha desse blog, se com o tempo tiver seguidores além de mim; quem sabe eles me ajudem. Hoje esse blog é uma ALTO AJUDA minha, um Diário on line, onde posso me expressar sem explodir ou pirar. Sem ter que esperar 1 vez por semana pra ouvir minha psicóloga ou alguns meses pro psiquiatra ou então algum abelhudo que acha que sabe melhor do que eu da minha vida. Aqui eu vou falar de tudo e quem quiser, pode bater papo. Até daqui a pouquinho.

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2/3

É difícil não acreditar em você e nas voltas que o mundo dá!

Sim meu acidente foi como um "freio" que veio me dizer que não foi essa a vida que eu me propus a levar, a resgatar.

O resgate nada mais é do que as vidas que você prejudicou e hoje veio ajudar ou só viver em harmonia.

É a família que você escolheu por terem histórias a serem tratadas e lições a serem aprendidas de outras vidas.

E neste caminho outras vidas vão se misturando a sua, algumas para ajudar, outras para aprender mais lições.

Antes desse "freio" eu levava uma vida de baladas, sem preocupações, sem pensar no amanhã (completamente egoísta e alienada).

Vem a dor, a luta para se reestabelecer e no meu caso o ERRO de tentar provar aos outros e a mim mesma que nada havia mudado. Literalmente foi preciso apanhar na cara pra cair de novo na realidade.... A vida passou os anos passaram...

Bom esse espírito que estava comigo de um ente próximo precisava de perdão (ambos nos faziamos mal já a 2 vidas) então esse espírito intercedeu ou de um jeito torto me deixou aqui viva para poder perdoá-lo.

Mais como fazer algo que você não sabe, como se livrar de toda magoa e rancor...como descobrir que sem querer aquele espírito acabou te prejudicando mais do que ajudando por também não saber o que fazer.

Como se ajudar se você não se conectar além da vida e descobrir que existe mais entre o Céu e a Terra. Enxergar além do próprio umbigo.

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Procrastinar...

Quando vc reluta até aonde consegue, mais no fim o passado volta e bate na sua porta.

Sim eu surtei! No mesmo dia da minha última postagem eu fui do Céu ao Inferno e clamei por ajuda. Minha mãe e irmã se desesperaram comigo e como se algo me puxasse eu cai de vez prostada, sem forças até pra tomar banho sozinha na cama.

Foi triste, sofrido e cheio de angústia e dor.

Eu já fui setica e é difícil descrever...mais o grito vinha da alma, o sofrimento dos espíritos (inclusive o meu), afinal já se fizeram longos 8 anos.

E foi no Espiritismo,...nas perguntas muitas vezes sem respostas, cometendo erros grotescos, que eu achei um Espírito mais evoluido, com o dom de enxergar, explicar e se faer presente para me ajudar nessa caminhada que é a.....

1/3 partes.

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Eu venho de uma grande Árvore Genealógica de confusão. Uma mistura de imigrantes como todo bom brasileiro, mais de ambas as parte Pai ou Mãe...omissa, amarga, mais frustrada juntos do que separados. Do tipo que por alguma alma maravilhosa e inexplicável já foi unida, hoje essas lembraças surgem nos enterros (quando a maioria pode comparecer).

Não há telefonemas, lembranças cordias de aniversários ou convites nem que seja por obrigação de casamento ou formatura (afinal vai que alguém realmente aperece, seria um constrangimento).

Não sabemos se alguém novo nasce, não existe comprimento nem por educação. E sim brigas, desavenças, desencontros, conversas atravessadas e aumentadas entre tantos outros.

Somos estranhos familiares (ou nem tanto).

Não seria nessa vida engraçada se por obra do destino ou acaso uma família de novo nos tornássemos.

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Hoje foi realmente um daqueles dias abençoados.

Em ato desesperado, todo modo de me acalmar é válido e dentro da espiritualidade eu encontrei a Meditação.

E nas palavras ditas ao longe, junto a música que te embala a tudo que é natural e livre, eu me vi voltando ao meu lugar seguro, aos barulhos que me traziam sossego e ao verde que na verdade era concreto.

Era minha infância, na vila da minha madrinha onde nos crianças andavamos de bicicleta, patins, corriamos no pique bandeirinha. Há violência ainda não havia chagado e quando estava perto tinha o portão (como se fosse do nosso castelo) lá nada nos atingia.

A gente brigava, se abraçava, eu me senti acolhida na casa de tantos amigos.

Nós deitavamos pra ver o Céu, o formato das nuvens, falar do que queriamos de Natal.

Faziamos passos de dança... Eu tive minha primeira paixão, tão pura e doce.

Tinhamos flores nas janelas, algumas árvores nos vasos...mais foi ali no cimento, dentro do Reino de imaginação e desenhos, das primeiras descobertas de tantas coisas. Vivendo mais na casa de estranhos do que na casa da minha própria família que eu encontrei o meu lugar seguro.

O lugar onde eu só ia nas férias...mas que eu posso fugir dentro da minha cabeça e do meu coração pra me sentir segura, amada, em paz.

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Estou cansada de viver os mesmos dias, hà mesma vida, com as mesmas pessoas, no mesmo lugar.

Vida medíocre, pessoas de mente pequena e manipuladora. Que preferem viver atrás do seu mundo de mesmices do que agarrar qualquer uma das várias chances que a vida lhe deu.

Antes da depressão me agarrar em seus abraços eu vivi cada momento, cada instante como se fosse o último. E como era bom não ter consciência, não ter consequência.

Mais a vida cobra, assim dizem a Lei dos espíritos, você já nasce com dívidas e no meu caso acumulei mais.

Ação e reação, a lei do universo. Já lutei, já me entreguei...não sei mais em que estado estou.

Eu espero, talvez espere deitada em meu leito por resultados impossíveis, improváveis.

Mais dizem as más línguas por aí que... " Eu ainda estou vivendo ."

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Lembro de quando tudo era fácil.

De quando eu não via a vida passar ou me dava conta e tudo se encaixava no meu mundo... Um tom especial de lilás.

Também lembro quando meu mundo lilás quase perfeito se partiu.

Nesse mundo lilás eu não pensava tanto e tudo era corrido e barulhento, não sei ao certo que cor meu mundo é agora, eu preciso pensar e as vezes ele é silencioso que chega a doer e por mais que eu ainda queira correr ele me pede paciência e aprendizado.

Pensando bem não sei qual dos dois me deixa mais confusa. Antes tudo vinha e a vida se abria, agora parece que passo por testes a cada dia que me confundem e não me deixam ver com clareza, bem que esteja a minha frente, por mais que agora eu é que queira me abrir pra vida.

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Nem só de fatos ruins vive o homem ou a mulher!

Mais infelizmente são os fatos ruins que me motivam a escrever.

Não que na minha vida as coisas boas não aconteçam. Já aconteceu até um milagre.

Mais são as ruins que te marcam, por mais que elas tragam lições e até coisas boas (quem sabe).

Perder o primeiro Amor, aquele que vc sabia que era de verdade, que nasceu na inocência da infância e morreu em uma das várias burrices ou "erros" que vc cometeu, e que não volta mais...não importa o quanto vc se arrependa.

O tempo perdido com coisas fúteis; álcool, amizades e noitadas sem sentido, muitos finais de semana fora de casa.... Enquanto sua família permanecia lá, muitas vees precisando de vc.

Dinheiro...ganho e gasto...não vi, não fiz nada...por mim, nem por ninguém, não me beneficiou.

35 é um número de aprendizagem e espero que tenha mais. Só me pergunto se ainda da tempo de correr e acertar, ainda tenho muito a fazer.

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Ser Adulto!

Não sei quando os psicólogos ou os pais acham que fazemos essa transição, mais a minha foi ao 10 anos quando descobri que meu pai estava doente e que os irmãos dele o achavam um peso.

Então eu e minha irmã pedimos a minha mãe (mesmo divorciada) que aceitasse nosso pai em casa.

Claro nessa época minha irmã com 19 fez a maioria das coisas e eu fui aprendendo.

Aos 16 primeiro trabalho, escola e responsabilidades em casa...

Quem é que pode julgar quando vc amadureceu, quando teve que virar adulto?

Esses dias uma conhecida me disse " ser adulto não tá fácil ".

Querida vou te contar um segredo nunca esteve.

Então não use isso como desculpa pra sair pra beber ao invés de visitar um parente, um amigo antigo que não combina mais com seu estilo de vida, não de desculpas por suas faltas, um adulto não precisa.

Cada um convive com suas escolhas.

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A SOMA DE TODOS OS MEDOS....

Ela é tão simples e pura que ninguém percebe:

- FICAR SOZINHO (A).

Apesar de algumas vezes precisarmos dessa solidão para descobrir quem somos (p.s; eu ainda não descobri e nem sei como, então se vc tem menos de 35....relaxa).

O que ela nos trás de prós e contras, alguém realmente em sã consciência tentou sair dela ou se afundou na posição de pobre coitado e nem tentou.

- Eu, eu, eu....eu já tentei a voltar a ser meu antigo eu, atraí o mesmo tipo de pessoas. Literalmente levei na cara pra aprender. E doeu de todos os modos que eu não poderia imaginar. Então pobre coitado foi a segunda opção.

Então eu me fechei e se eu achar que alguém está se aproximando demais, instintivamente eu faço alguma coisa e afasto, provavelmente de um jeito que o outro não vai querer me ver por um tempo, assim eu me curo e esqueço.

E por fim mais não menos importante, depois de não conseguir mais ficar entre os seres biologicamente feitos pra te amar, como mãe e irmã.

Aqui estou eu em busca da minha solidão, mesmo com todo medo de ficar só (de todos perceberem que eu sou o dobro de bagunça que eles pensam).

Mais eu sei que ficando só apenas os meus sentimentos se ferem e os de mais ninguém.