#sabedoriasnew
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A vida é um sopro
Mas pode ser um assobio
Se você souber poetizá-la
João Pedro Bueno
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Por muito tempo fui obrigado a ser maduro e lidar com problemas de adulto antes mesmo de crescer. Ergui a cabeça e fui o mais forte que pude. Automaticamente me tornei uma pessoa vista como sábia, de codinome "sabedorias", bem crescidinho pra idade que tinha. Acreditei que pensamentos sem sentido não eram pra mim, que a vida não dá margem nem tempo pra errar. Eu não me sujeitaria a cair, afinal seria eu mesmo a segurar minha mão e me levantar. E vivi numa corda bamba de mim mesmo, me equilibrando o tempo todo... Ah, o tão sonhado equilíbrio, o remédio para todo e qualquer extremismo, a decisão final depois de qualquer confusão. E de tanto me equilibrar, eu não caí sozinho, foi a corda que se rompeu. Mas a corda também era eu. Agora aprendi que mesmo que ninguém me levante, eu posso me reerguer. Ainda que me machuque, do chão não passo, como dizem por aí. Posso me permitir errar e viver sem perfeição. Equilíbrio é um conceito bacana, mas ser leal aos nossos sentimentos é ainda mais transformador. Embora o mundo seja rígido e as pessoas cada vez mais alertas aos nossos erros e defeitos, é preciso se permitir tocar o chão com força de vez em quando. É no chão que fica o impulso humano de querer tocar o céu.
João Pedro Bueno
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Sou um sujeito
Que não se sujeita Que não se contenta Que prefere deixar ir Do que deixar-se ir
Sou um sujeito Que não se submete A subversões Às subjetivas confusões De personalidades
Sou um sujeito Que enxerga mais do que gostaria Melhor do que deveria Além do que bem faria
Vendo por esse lado Até pareço ser Um sujeito que escolhe felicidade Mas também dói escolher a si Só dói menos que se abandonar
Não é porque não me sujeito Que sou sujeito de sorte Só tento fazer tudo pra me sentir são e salvo e forte
Sujeito-me a ser quem sou Pronto para sobrevoar o mundo E quebrar barreiras Mas também pra reconhecer minhas fronteiras. - João Pedro Bueno
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Muita coisa aconteceu esse ano. Muita coisa boa, mas também muita luta, muita informação, muita mudança.
É estranho viver à flor da pele, e perceber tudo e a si mesmo se transmutando tão rápida e intensamente, que de repente você olha ao redor e olha no espelho e não se reconhece mais. E ter que lidar com essa troca constante é doloroso, embora também seja lindo...
Viver é uma constante adaptação de si mesmo. Viver é sentir um aperto gigante no peito, e não ter pra onde correr além de si.
- João Pedro Bueno
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a cabeça nas estrelas
e os pés no chão... enquanto a alma sai do corpo e flutua por aí longe de mim, distante como nunca antes, não sei se em outro planeta, em outro corpo, ou se distante no meio de mim em um lugar que ainda não alcancei
talvez ela tenha percebido que tento afundar os pés no chão e queira que eu a acompanhe desta vez não mais para as estrelas mas para uma viagem ao centro da terra bobo eu de achar graça somente no sol e na lua como se os espíritos só soubessem voar ora e se souberem andar, rastejar, nadar, cavar?
talvez minha alma tenha aterrissado e eu precisarei pôr os pés nas estrelas e a cabeça no chão pra me resgatar João Pedro Bueno, 2022
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vivo me perguntando sempre as mesmas coisas. é que às vezes as respostas mudam. João Pedro Bueno
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à paciência de todos que passam por mim, enquanto ainda me construo, florindo meu jardim, muito obrigado. a vocês prometo, e brindarei com vinhos, tentar sempre tornar o cheiro das minhas flores maior que a proteção dos meus espinhos. joão pedro bueno
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O vazio me invade mais uma vez, depois de uma longa trégua, de anos felizes, cheios de realizações, amigos, mundos novos para conhecer e celebrar. Transbordei tanto, que esvaziei de novo. Minha vida nunca foi fácil, é fato, mas, talvez por ingenuidade da juventude, acreditei que assim que eu agarrasse a felicidade, ela não escaparia mais. Por um momento, eu tinha me esquecido de que os sentimentos são como a água: basta uma mudança no clima para o sólido evaporar. Aliás, eu sempre soube que, por viver no século XXI, uma hora ou outra o clima iria virar de ponta cabeça mesmo. O mundo tem sido uma bomba relógio depois dos retrocessos da humanidade. Só não imaginava que essa virada aconteceria tão cedo. Pra ser sincero, eu ainda encaro toda essa dor com esperança. Mesmo sofrendo, eu consigo enxergar aprendizado nestes calos. Consigo imaginar a força que mais essas cicatrizes terão quando isso tudo passar – eu espero que passe. Mas, enquanto não passa, toda essa água – que sou – parece evaporar lentamente, se desfazendo em partículas cada vez menores... e, depois de virar uma nuvem carregada dentro de um quarto, sou tempestade de mim mesmo, sem ter mais pra onde chover, sem poder fluir com meus rios – gigantes e profundos. Profundos demais para serem colocados em uma jarra, quando eu sei ter potencial para inundar oceanos inteiros. Sinto-me preso às infinitas possibilidades de mim. Quanto mais olho para dentro, sem ter para onde ir, mais me pareço com uma versão de mim que quase fui, mas não pude ser. E, quando puder de novo, já nem sei mais se vou querer. Estou aos poucos me despindo de quem fui há pouco tempo atrás, como quem esvazia a mala depois de uma longa viagem. E, apesar deste vazio, preciso lembrar-me das poucas – mas muito significativas – coisas capazes de me preencherem de volta. São elas que me acompanham mesmo no raso, na superfície, nas secas. Posso invadir-me pela ilusão da escuridão, mas eu sei que, ao final de cada choro, elas me trarão de volta à luz que mereço estar. Um dia, serei a melhor versão de mim de novo, e me apresentarei ao mundo com a coragem de quem acredita transbordar – como nunca antes. João Pedro Bueno, Sabedorias, 2021.
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nosso encontro foi como um big bang no meu coração, não pára mais de expandir depois da primeira explosão. nosso encontro foi como viajar no tempo, foram tantas voltas na ampulheta da minha alma que ao invés de dizer “prazer te conhecer” eu disse “que bom reencontrar você”. João Pedro Bueno
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tem alguém aí
sentindo a impotência das nossas boas intenções? tem alguém aí se sentindo minúsculo perante a civilização? tem alguém aí com as emoções na balança sentindo medo do medo superar a esperança? tem alguém aí que um dia sonhou com um mundo cheio de cor respeito e amor liberando as lágrimas pra ver se pelo menos a nossa bolha se liberta da dor? tem alguém aí pra soprar nossas bolhas de mínimas esperanças e formar uma redoma onde nos respeitamos como se ainda fôssemos crianças? tem alguém aí onde meus ecos possam atingir pra nos juntar de coração e recomeçar num mundo novo onde seguramos nossas mãos sem medo de sentir? João Pedro Bueno, Sabedorias, 2020.
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Existem momentos de decisões cruciais na vida que me apavoram demais. Não importa o quanto eu pesquise, reflita, calcule os passos... o futuro será sempre uma aposta. Parece que nenhuma certeza se concretiza, pois as certezas não existem.
É nessa hora que devemos nos guiar pelo coração. Assim, sempre existirá um ponto na encruzilhada do tempo, onde você irá se deparar consigo mesmo e sentir: Eu deveria estar aqui e agora. Eventualmente, tudo se conecta. O coração, pra alma, é a escolha certa.
João Pedro Bueno
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11:11
quando vejo horas iguais me sinto presente nos reflexos do tempo. não sei se acredito em destino, mas se acreditasse veria que o futuro, assim como o passado, já aconteceu. quando vejo horas iguais sinto os sinais do universo conversando comigo em códigos que decifrados me dizem: o tempo é um mistério que o futuro já solucionou que o passado já deixou e que o presente é o único portal para a resposta. João Pedro Bueno, Sabedorias, 2020.
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o amor é uma rotina que não cansa, que não enjoa, que se reinventa todos os dias até virar amor de novo. João Pedro Bueno
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saudade
é a sabedoria que fica das coisas que não ficaram.
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