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#saúde estrangeira
translatingtradutor · 19 days
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[Brasil] Uma introdução à faloplastia
Como existem poucas informações detalhadas sobre a faloplastia em português, essa postagem se refere a uma introdução aos princípios da faloplastia, que é a cirurgia de criação de um falo para pessoas transmasculinas.
Essa postagem inclue discussões sobre genitais e alguns temas sexuais discutidos de maneira científica. Vamos abordar:
Faloplastia pelo SUS e porque é quase sempre necessário fazer pelo privado
Diferenças entre faloplastia e metoidioplastia
Oque a faloplastia faz e não faz
Cirurgias auxiliares a faloplastia para melhores resultados
Complicações comuns
Faloplastia pelo SUS e pelo privado brasileiro & estrangeiro
Começando com o procedimento pelo SUS, além de haver uma fila astronômica, maior que a já grande fila de mastectomia, e só ser realizado em caracter experimental em cidade seletas, também em geral não é muito bom. Os relatos que conheço pelo SUS tiveram complicações muito grandes e maiores que as cirurgias privadas dentro e fora do país. Além de que os cirurgiões daqui do país não são de longe tão especializados no processo quanto lá fora. O acompanhamento dado pelo SUS pós-cirurgia eu também ouvi que é bem questionavel e dá em complicações extras pro falta de suporte. Essa é uma cirurgia invasiva que precisa de um bom acompanhamento constante no inicio.
Há também o privado no próprio Brasil, mas com muitos poucos cirurgiões. Veja esses links para mais informações: https://www.reddit.com/r/transbr/comments/1bpzqu3/atualiza%C3%A7%C3%B5es_redesigna%C3%A7%C3%A3o_de_g%C3%AAnero_homens_trans/
Sobre algumas complicações, laudos e outras informações: https://www.reddit.com/r/transbr/comments/xl0uqz/hoje_%C3%A9_minha_primeira_consulta_com_cirurgi%C3%A3o_pra
Aparentemente nesses últimos anos essa cirurgia foi liberada para o privado (não só hospitais universitários). Ainda assim, a chance de seu plano cobrir é muito pior que a do plano cobrir a mastectomia - que já é uma verdadeira luta de vontades, como qualquer um tentando mastectomia por plano sabe. E uma ação judicial dessas não sai nada barato. Considerada uma cirurgia estética, você tem mais sorte tentando pagar sozinho. Porém o custo é mais que 90 mil reais (sem implante eretil, informação atualizada) e a média que vi 120 mil, com os pouquissimos relatos achados. Por ser uma informação nova, vou ir atualizando. A consulta inicial costuma ser 600 reais para um orçamento e ideia de como será. Ou seja, um paywall muito grande.
Contatos de dois doutores que fazem e informações sobre eles:
Dr Marcio Littleton: https://www.instagram.com/littletonplasticsurgery?igsh=MWJrOTRlMDZuOHQ3Nw== Faz faloplastia abdominal, falar por email.
Dr Ubirajara: https://www.instagram.com/ubirajarabarrosojr?igsh=aXpjcHpvMXMyd2o2 falar por whatsapp
Uma opção é você fazer isso com um cirurgião de fora do Brasil que tenha experiencia extensiva nisso. Claro que isso é um dinheiro enorme. Nos EUA não sai menos que 90 mil dolares (privado, no momento equivale a 506 mil) pela cirurgia e tudo, mas é a melhor opção quanto a acompanhamento, fila, cirurgião e experiencia. Se você se mudar para fora, com plano médico muitos relatos dizem 35k (195 mil) potque o plano cobre parte disso.
Mas há esperança: paises como Tailandia e Japão podem ter por 15 mil dolares (uns 80 mil reais) e pode ir guardando esse dinheiro enquanto não é chamado pela fila do SUS, pelo menos, que tem uma chance real de nunca te chamarem nessa fila. Com uma cirurgia desse calibre de dinheiro, contratar um tradutor para te ajudar na comunicação pode ser mais barato que fazer aqui. Passagem de ida para a asia geralmente são 5 mil reais ida e volta.
Veja materia sobre faloplastia no Japão (ver com plugin do Google Tradutor): https://gyo-toku.jp/med-dept/gid.html#a-hiyou-nissu
https://www.okayama-u.ac.jp/user/hospital/en/index457.html - Usando o Google Tradutor por imagem é possivel ver que nesse hospital sai por 84000 reais e extras de extensão de uretra 6000 reais, entre outras coisas. Novamente, se você realmente quiser baratear indo para outro pais, considere contratar um tradutor)
Na Tailandia: https://www.phallo.net/surgeons/dr-kamol-pansritum.htm
https://www.reddit.com/r/phallo/comments/1dxzbfd/2_days_post_op_alt_phalloplasty_at_kamol_hospital/ (fala do pos operatorio e preço de 15 mil dolares com o mesmo Dr. Kamol)
Faloplastia vs metoidioplastia
Algumas das preocupações das pessoas transmasculinas incluem um falo pequeno e fora do padrão comum. Isso na verdade é uma coisa da metoidioplastia, e não da faloplastia. Então vamos diferenciar elas:
Faloplastia é quando é criado um falo novo a partir de tecidos do seu corpo, imitando um falo comum
Metoidioplastia é quando se aumenta e libera cirurgicamente o pseudo-falo criado durante o tratamento hormonal masculinizador (popularmente conhecido como "t-dick")
Na metoidioplastia há limitações na aparencia pela falta de tecido para trabalhar e tentar preservar a função da area, mas esse não é o caso com a faloplastia que está criando um falo novo. Na faloplastia é feito para imitar a aparencia de um falo cisgênero, mas há limitações quanto a coloração - ela pode ser resolvida depois com a tatuação médica, que vou falar mais depois.
É importante lembrar que a faloplastia é uma cirurgia de vários estágios cirurgicos que podem durar meses entre eles. Você deve tomar cuidado quando nesse periodo e seguir instruções a risca, além de ter aocmpanhamento constante.
Oque a faloplastia faz e não faz?
A faloplastia tem algumas opções que pode pedir para o cirurgião.
Pode extender seu trato urinario para poder realizar micção pelo falo
Pode realizar um "enterramento" da área do falo criado por testosterona ou também sem esse falo, sem retirar apenas essa parte mas fechando a genital feminina, para manter algum nível de sensação sexual na base. Melhora com o tempo.
Pode também ter ligamento de nervos com do clitóris ao invés de enterramento, mas isso apenas é realizado no estrangeiro.
Você tem a escolha, de acordo com a técnica do cirurgião, de onde vai ser que vai tirar o tecido. Opções mais comuns: acima da virilha, braço, perna, interior da coxa. Alguns desses causam uma pequena diminuição de força permanente no membro com tecido retirado, a exemplo do braço e perna.
Além das opções, tem umas coisas garantidas. Seu falo vai ter sensação de toque sim. Os nervos da área retirada vão, com o tempo, reconectar com os nervos da área de implante e causar sensação de toque. Apesar que esse toque não vai sentir como erógeno a não ser psicologicamente ou com empurro contra a base pós-enterramento descrito.
O tamanho também é de um falo normal. Caso consiga passar da limitação da flacidez é totalmente possível penetrar a outra pessoa normalmente após o tempo de cura. Apesar de que algumas pessoas com metoidioplastia também conseguem, se tiveram sorte no tamanho.
A faloplastia não faz as seguintes coisas.
Não vai deixar você ejacular esperma
Não vai te deixar impregnar outra pessoa
Só vai deixar sensação erogina no falo todo se feito a conexão de nervos. Não deixa no falo todo se feito enterramento.
Não vai te permitir ereção (mas tem uma cirurgia de implante que vou descrever depois que deixa)
Não vai ter coloração natural (mas tem a tatuagem médica que todo mundo faz e deixa ter)
Cirurgias auxiliares para melhor resultado
Todas essas cirurgias são extra e não normalmente cobertas na faloplastia pelo SUS. Elas, separadamente, permitem te deixar ereto e ter a coloração de um falo normal bem realista.
Existe uma cirurgia chamada implante peniano, feita até em homens cisgênero incontinentes, que implanta um dispositivo mecânico dentro do falo que faz ele ficar ereto. Isso pode ser ativado e desativado, e na verdade existem várias tecnicas e variações dessa cirurgia e aparelho por ser algo comum para homens cisgênero de maior idade. Na verdade essa é coberta pelo SUS em homens cisgênero desde que eles vão ao médico sobre problemas de incontinencia, então é possivel você argumentar com sua equipe médica para ter essa prótese implantada já na cirurgia, apesar de não ser procedimento normal. Caso faça no privado, eles também já implantam na cirurgia por um preço extra.
A tatuagem médica permite atingir um visual basicamente igual a um falo cisgênero devido a coloração e efeitos visuais. Ela também esconde a cicatriz da criação no falo e área de implante. Essa não tem jeito, não só tem que ser feita pelo privado quanto não existem tstuadores dessa especialidade no Brasil. Só fazendo uma viagem para fora, mas a boa notícia é que ela não é tão invasiva e pode ser realizada facilmente. Precisa achar um tatuador especializado em tatuagens médicas do tipo, por se tratar de um processo especializado. Sinceramente quem fez tatuagem médica é impossível ver diferença no falo se não está olhando extremamente perto. Isso sempre custa mais que 1000 doláres, que é mais que 5600 reais, mais o custo de uma nova viagem, que seu falo precisa já estar curado no mínimo mesmo se você fez a cirurgia no estrangeiro.
Para ver exemplos é só pesquisar na internet ou ir no r/phallo para alguns exemplos da cirurgia, mas precisa procurar por "medical tattooing".
Complicações
Infelizmente a faloplastia é uma cirurgia que tem uma porcentagem de complicações consideraveis. A escolha de conectar o trato urinário, especialmente, aumenta em muitissimo mesmo a chance de complicações. A boa notícia é que a maioria delas é temporária se com bom acompanhamento médico. E mesmo com tudo isso, a satisfação média de quem faz faloplastia ainda é bem alta.
Algumas dessas são infecção no trato urinário, separação de feridas, fistulas, e retalhos livres.
Caso saiba inglês, veja essa página e documentos da OHSU de 2022 que são super detalhados sobre o processo: https://www.ohsu.edu/transgender-health/phalloplasty-and-metoidioplasty - O "phalloplasty booklet" é especialmente detalhado e tem 68 páginas de informação.
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momo-de-avis · 1 year
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tens conhecimentos de como o turismo afeta the housing market em Portugal? tava a procura de um apartamento e Jesus Cristo, quem que raios tá a viver num T0 a 850 por mês, será que vou mm ter que viver no cu de Judas e comprar um carro para conseguir viver sozinho? depois lembrei me do turismo e e pá não me digam que os preços das rendas são o que são pq são para ordenados de outros países... anyways ya sabes se isto tem haver com o turismo ou to a imaginar coisas
Tem mais a ver com a emigração de expats, mas o turismo também.
Em primeiro ponto sao os AirBNBs. O AirBNB aumenta o valor de mercado de uma casa, e o que acontece por exemplo em Alfama (onde há casas sem canalização), é que renovam uma casa inteira e dividem aquilo tudo às postas para por lá 3 ou 4 quartos a alugar, e depois alugam assim aos 100-300 a noite. Com a especulação do aluguer a curto-prazo, as rendas à volta aumentam porque o local fica valorizado. Em contra partida, as pessoas são despejadas pelos senhorios porque os senhorios percebem que a Dona Elisete que vive lá há 57 anos e paga a renda simbólica de 45€ porque é pensionista faz menos dinheiro que 37 Shannons que lhe vão alugar a merda do apartamento por uma semana ao longo de um ano por uns 500€
Depois há os expats. Os expats vê, para cá porque temos sistema de saúde e o custo de vida, pra eles, é barato. Com os vistos gold ficavas isento de quase todos os impostos (epa agr nao me lembro o que especificamente) durante uns 5 anos. Agora pensa assim. Isto era tudo nómada digital, o que significava que trabalhavam para empresas estrangeiras que lhes pagavam 3000 ao mes, mas desses 3000 uns 0 vão para os nossos impostos. Quando muito, pagam IMI porque decidiram comprar cá casa. A questão é que o que tu achas um valor impossível de sequer considerar pagar em renda, pra eles é uma pechincha.
Uma vez uma gaja perguntou-me quanto é que custava uma casa em alfama (renda) e eu disse-lhe que estava a chegar aos 3000€ em certas casas. A gaja responde-me "ah, isso nao é muito" ao que eu lhe disse que o nosso ordenado mínimo é 760€ e ela nao soube muito bem como reagir.
Lembro-me de outra que estava a dizer a outra cliente que a renda ser 900-1000€ é super barato. e 900-1000€ deve ser uma casa na Amadora, se tanto. Porque em Lisboa boa sorte.
O turismo, em si, não é mau. Se o pessoal ficasse em hotéis e deixasse de alugar a merda do AirBNB até seria melhor, porque o mal está aí. E depois o outro problema são expats fazerem vídeos no tiktok a dizer que tem de vir pra portugal porque cá o custo de vida é barato e NAO PAGAM IMPOSTOS COM VISTOS GOLD!!!!!! e depois vao pro serviço de saude publico usar aquela merda e eu é que tenho de o pagar. Esse é o problema
Nao querendo desvalorizar o nosso caso, que acho que está crítico, está assim em todo o lado. A especulaçao imobiliária está fora do controlo em todo o mundo e espero que a bolha rebente em breve
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pandatalks · 2 years
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Resumo da história: todas as cmms, fcs e meios que usamos são tóxicos. Ngm vai parar! Estamos aqui justamente pra isso. Mas tbm é meio pegado perseguir só uma coisa. Vamos pensar se vale mais a pena lutar contra uma cmm 'problemática' na internet (inclusive já já vem BIBLÍA de desabafo sobre uma que to) ou se vale mais a pena usar a voz ativa e participar proativamente do que faz mudança de verdade, oq não é em roleplaying. Relaxem galera, sexta feira chegando
Sextou com S de Sem Dinheiro na conta. O quinto dia útil tá longe... Me parece uma vaga lembrança. Atualização: sextei com dinheiro dos outros e amanhã é o grande dia do pix.
Essa ask engloba muita coisa, mas militância de internet me irrita. Vão em talker querendo pagar de politicamente correto e no fim, tem atitudes muito mais tóxicas nas comunidades que participam.
Muitos plots de comunidade tratam de assuntos sensíveis e foram concebidos para ser assim. O jogar ou não ali é uma decisão que player toma com base nos seus princípios e vontades, e ele tem de estar ciente dos gatilhos e do conteúdo que pode encontrar. Por isso adotamos aquelas boas práticas de sinalizar gatilhos, mutar tags e evitar acessar conteúdo que pode nos fazer mal.
Realmente, não tem como impedir algumas comunidades de existirem, pode ser senso comum que não é uma boa ideia, mas sempre vai ter um ou outro que vai querer jogar. A pessoa pode simplesmente criar um outro player name, personagens distintos dos que sempre joga e aí? Vai apontar o dedo como? Mandar hate para a central não vai adiantar às vezes e eu até penso que quando criam plots assim, a moderação sabe que vai dar o que falar.
Ultimamente eu tenho pensado que antes de mais nada, deveríamos focar em transformar esse lugar em um ambiente saudável. Já joguei em comunidade nas tags estrangeiras com temática super pesada e em OOC acabamos nos tornando uma família. O pau quebrava em IC e nós em OOC trocando receita de café da manhã... Porque sabíamos que o que acontecia na timeline, ficava na timeline. Desavenças aconteciam, o que é normal, mas tudo se resolvia rápido.
Para terem uma ideia, eu recebi várias asks enviadas por VPN, todas de gente me xingando out of nowhere (e eu sei quem é, já deixo claro). Essas mesmas pessoas devem ficar falando por aí que temos de cuidar da saúde mental dos outros, que temos de ser pessoas melhores e blá blá blá. Para inglês ver.
Eu não me afeto com ask de hate, podem mandar mesmo que eu só vou bloquear. Ando com três celulares falsos na bolsa, faço um trajeto a pé sozinha do ponto até minha casa à noite, fugi de arrastão no carnaval e vou ter medo de babaquinha de internet? Aqui não, violão. Antes fiquei pensando: vou responder... Mas não vou bater palma pra maluco dançar, não.
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pedro-wertl · 21 days
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A Problemática dos imigrantes e refugiados
A questão dos imigrantes e refugiados impõe um grande desafio ao mundo contemporâneo. Milhões de pessoas, forçadas a deixar suas casas devido a guerras, crises econômicas e desastres ambientais, partem em busca de segurança e novas oportunidades. Entretanto, ao chegarem em terras estrangeiras, muitas vezes são recebidas com frieza, encontrando barreiras e muros em vez de acolhimento. Em um planeta onde mercadorias, capitais e informações circulam livremente, os seres humanos, especialmente os mais vulneráveis, continuam enfrentando fronteiras intransponíveis. E, diante dessa realidade, emerge uma questão crucial: como lidar com a chegada de imigrantes e refugiados quando muitos países lutam para cuidar de seus próprios cidadãos?
Em uma pequena cidade costeira, as ondas não trazem apenas peixes, mas também histórias de desespero e esperança. Pescadores, que antes recolhiam apenas suas redes, agora se deparam com rostos exaustos que atravessaram oceanos em busca de uma nova vida. Na praça da cidade, o debate é constante. Alguns defendem que essas pessoas merecem uma chance de recomeçar, enquanto outros expressam preocupação com o impacto que novos moradores podem ter em um lugar já carente de recursos. "Se as próprias crianças daqui sofrem com a falta de escolas e hospitais, como será possível ajudar quem chega de fora?", questionam. Enquanto a discussão avança, mais barcos continuam a chegar, trazendo consigo o dilema de como equilibrar o dever de ajudar com a responsabilidade de proteger aqueles que já estão ali.
É incontestável que uma nação deve, acima de tudo, priorizar o bem-estar de seu próprio povo. Quando um país enfrenta desafios como desemprego, crises no sistema de saúde e educação e pobreza crescente, as preocupações sobre o impacto da imigração são legítimas. Em uma sociedade que já lida com dificuldades internas, acolher imigrantes e refugiados pode parecer uma tarefa quase impossível. No entanto, essa realidade não precisa se traduzir em fechamento total. Equilibrar a proteção aos cidadãos nacionais com a responsabilidade humanitária é o verdadeiro desafio que se impõe. É preciso encontrar formas de cuidar de quem já está dentro das fronteiras, sem esquecer daqueles que, fugindo do sofrimento, buscam apenas a chance de sobreviver.
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bunkerblogwebradio · 1 month
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SOCIALISMO FABIANO E O EXEMPLO BRITANICO
 A criação, em 1894, da Sociedade Fabiana, cujo principal objetivo era a implantação do Socialismo por meios pacíficos, revelaria que as classes dirigentes inglesas consideravam possível o fim do capitalismo. No apogeu do imperialismo britânico, a eliminação da pobreza parecia impossível às camadas pensantes da época. A prevalecer tal hipótese, seria fatal a substituição do sistema econômico vigente pelo socialismo. Nos dois últimos decênios do século XIX ainda perduravam fortes traços das condições sociais deprimentes, descritas por Friedrich Engels, em livro clássico, de 1844, quatro anos antes de Marx lançar o Manifesto Comunista, cuja primeira redação era do próprio Engels.
Se o advento do socialismo seria fruto de transição não revolucionária, ficando implícita a preservação das liberdades democráticas, não haveria de faltar apoio financeiro à Sociedade Fabiana, criada pelo casal Sidney (1859-1947) e Bea­trice Webb (1858-1943) e por Bernard Shaw (1856-1950). Aderiram à agremiação H. G. Wells, Leonard Woolf, John Maynard Keynes, Bertrand Russell e vários outros intelectuais do mesmo nível.
Dirigida por figuras de prestígio social e intelectual, a Sociedade não precisava mendigar recursos financeiros. Foram de tal vulto as doações milionárias recebidas, que permitiram ao casal Webb, logo em 1895, criar a London School of Economics and Political Science, que viria a ser uma das instituições de ensino superior de maior renome em todo o mundo. Com o apoio da Sociedade à fundação do Partido Trabalhista, em 1900, os fabianos passam a fazer política, pois muitos deles eram dirigentes do movimento laborista. Em 1904, os trabalhistas ganham representação no Parlamento e passam a falar em nome de mineiros, ferroviários e trabalhadores de outros setores.
A Sociedade representava uma fonte de ideias para a bancada trabalhista na Câmara dos Comuns, destacando-se entre seus textos, em prol do gradualismo, as propostas sobre o salário mínimo, de 1906, a criação do Serviço Nacional de Saúde, de 1911, e a abolição das restrições à ascensão social dos filhos de trabalhadores, de 1917. Os socialistas fabianos mantinham posição crítica diante do livre-comércio e aderiram ao protecionismo com o objetivo de proteger a economia nacional contra a competição estrangeira.
Os fatos demonstravam que as classes dirigentes davam seu consentimento ao proselitismo sobre a transição pacífica da economia liberal para o governo socialista. Bastaria lembrar que os fabianos eram membros da aristocracia. Sidney Webb veio a ser barão de Passfield, em 1929, e automaticamente membro da Câmara dos Lordes. Depois de viagem à União Soviética, em 1932, o casal Webb regressou entoando louvores ao novo regime (Soviet Communism: a new civilization?).
Promovendo a difusão de literatura socialista – só o casal Webb era autor de 22 livros sobre o tema –, a Sociedade contribuiu para a promoção de autores socialistas europeus, do século XIX, distinguindo-se os trabalhos de Robert Owen, Proudhon, Saint-Simon, Louis Blanc
e muitos outros, mas ignorou Karl Marx, o que não significa que não conhecesse em pormenor as obras do autor revolucionário alemão. Bem conhecido dos fabianos e da aristocracia era o prognóstico da “crise geral do capitalismo” feito por Marx, a partir da análise das crises econômicas periódicas, mais ou menos decenais, os chamados ciclos econômicos. Marx datava de 1819 a primeira crise e, durante sua existência, testemunhou uma sucessão desses movimentos cíclicos. Era firme a sua crença na chegada fatal da “crise geral” do sistema, determinando o fim do capitalismo. Os fabianos estavam compenetrados dessa “fatalidade”. Como seres iluminados, pretendiam cumprir a missão histórica de conduzir os acontecimentos de modo a assegurar a transição pacífica.
Essa história se liga ao ostracismo e ao ressurgimento triunfal de John Maynard Keynes. No Natal de 1919, a publicação de As consequências econômicas da paz pôs o professor de Economia de Cambridge entre as figuras políticas de maior projeção da Grã-Bretanha. Mas a súbita projeção logo se seguiria à sua exclusão dos círculos oficiais como autor de um ato que seria considerado de traição nacional. Keynes havia sido o terceiro membro da delegação britânica à Conferência da Paz, chefiada pelo poderoso primeiro-ministro Lloyd George, depois de ter prestado valioso serviço público ao governo de Sua Majestade, em que se distinguira por suma competência como conselheiro do Tesouro.
Anos antes de seu ataque aos termos do Tratado de Paz, Vladimir Ilich Ulyanov Lênin, exilado na Suíça, fez, em 1914, o prognóstico de que John Maynard estava fadado a se destacar como um dos intelectuais de maior prestígio do mundo ocidental. A confirmação plena do prognóstico de Lenin coube a um dos biógrafos da eminência de Cambridge, quando tentou descrever uma cena histórica: “Lembro-me da densa multidão e da luta para se encontrar na sala até um lugar onde ficar de pé, pois todo mundo queria ouvir Keynes.” Das palestras desses dias nasceu o livro “As consequências econômicas da paz”, publicado em fins de dezembro de 1919, com a severíssima crítica de Keynes ao Tratado de Versalhes.
O reverso da medalha apareceria sob a forma de um editorial de The Times, de 5 de janeiro de 1920, acusando Keynes de estar prestando serviço aos inimigos dos Aliados. Era a mensagem de que John Maynard deixara de ser persona grata da aristocracia. Ele se afastaria ainda mais do poder, ao publicar, em 1926, As consequências econômicas de Mr. Churchill, num ousado ataque à política econômica do então primeiro-ministro.
Em 1922, com 39 anos de idade, já excluído dos centros do poder, enamorara-se da bailarina russa Lydia Lupokova, do balé de Diaghlev, em Paris, e a trouxe para Londres, instalando-a, inicialmente, no segundo andar do prédio onde ocupava o quinto. Em agosto de 1925, celebra casamento com Lydia, fazendo do ato um acontecimento badalado em toda a Europa. Tinha bastante dinheiro para esses luxos. Operando na Bolsa, enriquecia facilmente a si e às instituições acadêmicas e artísticas às quais estava ligado.
Em fins daquele ano, Lydia o induz a uma visita a Moscou. A Rússia avançava na reconstrução de sua economia, destruída pela guerra e pela intervenção militar estrangeira. Em 1928, na segunda visita do casal à capital dos Soviets, Keynes assiste ao lançamento do Primeiro Plano Quinquenal de Stalin, de 1929 a 1934, cumprido com antecedência de um ano. Nos primeiros anos 30, enquanto as economias do Ocidente soçobravam no desemprego, o Plano de Stalin tinha como característica principal, aos olhos de Keynes, o pleno emprego. Era acentuada a escassez de mão de obra na Rússia soviética. O filósofo de Cambridge extraíra do plano de desenvolvimento soviético a lição de que, para contornar as crises cíclicas do capitalismo, a solução estava no investimento público em todos os setores.
As classes dirigentes britânicas, que conviviam cordialmente com os membros da Sociedade Fabiana e com suas teses sobre o gradualismo reformista, ficaram alarmadas diante do aprofundamento e duração da crise iniciada em outubro de 1929. A crise econômica se agravara em 1932, quando 35% dos mineiros, 48% dos metalúrgicos e 62% dos trabalhadores em estaleiros estavam desempregados. Esgotaram-se os fundos de assistência social, e a partir de 1932 os benefícios pagos aos desempregados foram reduzidos. Com a Lei do Desemprego, de 1934, o governo britânico restabeleceu os níveis dos benefícios vigentes em 1931 e criou os Conselhos de Assistência ao Desemprego.
O clima era altamente favorável a John Maynard Keynes, reintegrado nos círculos oficiais após a publicação, em 1936, da Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. O pavor da “crise geral” marxista deu causa a um apelo dramático da aristocracia a Keynes: “Salve-nos!” Ansioso por voltar a ser parte integrante do mundo oficial, Keynes atendeu ao apelo das classes dirigentes e foi amplamente recompensado com homenagens que o elevaram à Câmara dos Lordes. Em 1944, em Livro branco, o governo britânico consagrou o keynesianismo como doutrina oficial, sacramentando a política de crescimento econômico pela via do investimento estatizante. 
No auge da Segunda Guerra Mundial, William Beveridge, futuro lorde e barão, elaborou os célebres Relatórios que trazem o seu nome e foram o primeiro passo na implantação do Consenso Keynesiano. O relatório principal, de 1942, intitulado “O seguro social e serviços conexos”, e conhecido como Beveridge Report, tinha por objetivo um amplo programa de promoção social, pretendendo combater a pobreza, as doenças, a ignorância e o desemprego. A peça principal consistia na administração governamental de um sistema de seguro compulsório. Todo trabalhador, ao contribuir para um sistema de seguro nacional, com parcela deduzida de seu salário semanal ou mensal, estaria ajudando a construir um fundo que viria a pagar benefícios aos desempregados, aos enfermos ou a vítimas de acidentes do trabalho. Os benefícios seriam de um nível capaz de assegurar a sobrevivência do marido, da esposa e dos filhos. Haveria benefícios para viúvas e auxílios aos tutores de órfãos, assim como para a manutenção de todos os filhos do casal, de modo que as famílias numerosas não passassem dificuldades.
Para os que não tivessem feito contribuições regulares, durante certo tempo, ou não fossem contribuintes do Sistema Nacional de Seguro, haveria dotações governamentais destinadas à assistência social. À margem das cláusulas da seguridade social, haveria acesso universal à educação, dos 7 aos 16 anos de idade, e aos serviços de saúde, com plena gratuidade, havendo previsão orçamentária para tais fins.
No segundo relatório, de 1944, publicado sob o título de “Pleno emprego numa sociedade livre”, Beveridge descreve de que forma esse objetivo seria realizado. Ele menciona medidas alternativas para essa consecução, inclusive o estilo keynesiano de regulação fiscal, o controle direto da força de trabalho e o controle estatal dos meios de produção. O que impulsionava o pensamento de Beveridge era a Justiça Social e a criação de uma sociedade ideal, depois da guerra.
Com a vitória do Partido Trabalhista nas eleições de 1945, o governo que daí surge começa a implementar as propostas de Beveridge, as quais representam a base do Moderno Estado do Bem-Estar. O primeiro-ministro trabalhista Clement Atlee criou o Serviço Nacional de Saúde, em 1948, com tratamento médico gratuito para todos. Foi também introduzido um sistema de benefícios como base da seguridade social, de modo que a população seria protegida “do berço ao túmulo”.
Não obstante os resultados eleitoralmente positivos da política de bem-estar social, o governo trabalhista de Clement Atlee perdeu as eleições gerais de 1951, quando o Partido Conservador repõe Winston Churchill no poder. Os elevados gastos decorrentes da restauração imobiliária, no após-guerra, os problemas da desmobilização, a complexa reconversão das indústrias de guerra para a paz e os problemas administrativos, resultantes do novo contexto, contribuíram para a derrota trabalhista, a qual não seria definitiva.
Além do vasto programa na área social, o governo Clement Atlee empreendeu um amplo programa de estatização, alcançando inclusive as usinas de energia elétrica, a siderurgia, o gás, os transportes, as minas de carvão, a aviação comercial e o cabo submarino. Em 1951, o governo britânico empregava 26% da força nacional de trabalho, tornando o aparelho do Estado excessivamente burocratizado. Ao mesmo tempo, o governo ficava em posição vulnerável em consequência do elevado custo dos programas de saúde, educação e bem-estar em favor de toda a população.
Os governos conservadores que se seguiram ao trabalhista (1945-1951) respeitaram o Consenso Keynesiano. O Partido Conservador vence os pleitos de 1951, 1955 e 1959, governando o país até 1964. O pacto social foi mantido sem contestação. Em 1951, com a vitória dos conservadores, Winston Churchill volta ao poder, seguido de Anthony Éden (1955-1959). Nas eleições de outubro de 1959, vence o conservador Harold Macmillan, que governa até 1964. De 1964 a 1968, o trabalhista Haroldo Wilson ocupa o cargo de primeiro-ministro. Houve também eleições gerais em 1966, confirmando Wilson no poder.
Algumas indicações justificam a afirmação de que o citado Consenso começa a expirar em 1970, quando os conservadores vencem as eleições gerais. No decênio de 60, o grevismo ganha ímpeto e chega a extremos limites na década seguinte, para ser exercido como um instrumento de pressão sobre toda a sociedade. As centrais sindicais operárias se sentem tão poderosas que passam a ser consideradas como “o Estado dentro do Estado”. Durante o governo conservador de Edward Heath, de 1970 a 1974, houve 2.917 greves.
Em fins de novembro de 1973, o sindicato dos mineiros, dirigido pelo radical Arthur Scargill, impôs o fim do trabalho em horas extras. O governo de Heath declarou estado de emergência. Em dezembro, o sindicato proclamou a semana de três dias e em janeiro de 74 convocou uma greve geral. Num esforço desesperado para definir a situação, o primeiro-ministro conservador convocou eleições gerais com o objetivo de decidir a questão essencial: quem governa a Grã-Bretanha? Os trabalhistas venceram o pleito e, no dia 4 de março, Heath deixou Downing Street 10 (sede do governo), cedendo o lugar ao barão Harold Wilson, que enfrentará, nesse ano, inflação de 27%. Em 1975, a inflação baixa para 25% e as centrais sindicais impõem aumentos gerais de salários da ordem de 30%.
O país estava ingovernável. Durante o século XIX e até o ano de 1960, a Grã-Bretanha sempre esteve à frente dos países do continente em termos de produção per capita. A situação se inverteu, pois, em 1973, os países da Comunidade Econômica Europeia estavam de 30% a 40% acima. Em termos de produtividade, a Alemanha e a França estavam 50% acima da Grã-Bretanha.
Em abril de 1976, depois de eleições gerais, é eleito “premier” lorde James Callaghan, também trabalhista, que governa até maio de 1979. Prevalecia, desde 1974, a palavra de ordem dos sindicatos de tomada pelo Estado de todos os meios de produção. A Leyland, a maior empresa automobilística britânica, e a British Aerospace foram encampadas, quando faltavam recursos para socorrer inúmeras empresas à beira da falência. Perdera vigência o pacto social.
Margaret Thatcher, líder do Partido Conservador, ganha voto de confiança da agremiação em 28 de março de 1979 e vence as eleições de 3 de maio, depois de algumas semanas de campanha em que o Partido Trabalhista era retratado como o partido das greves, da estatização e dos salários sem controle. Outra característica combinava estagnação econômica com inflação e desvalorização da moeda. As greves explodiam por toda parte, deixando a classe trabalhadora como viciada em greve, origem da baixa produtividade por trabalhador.
Depois das 2.917 greves de 1970-1974, no governo conservador, o governo trabalhista de Harold Wilson, de 1975 a 1979, conseguiu amainar a pressão do grevismo, fazendo o número total de greves baixar para 2.345, mas com aumento do número de trabalhadores envolvidos.
A política fiscal asfixiava o setor privado, ao fixar a alíquota de 83% para os que pagavam imposto de renda e de 98% para os ganhos de capital. No livro já antes referido, “Soviet communism: a new civilization”, os Webb ressaltam que o governo soviético punia quem tentasse obter lucro. A taxação mencionada quase reproduzia, na Inglaterra, situação idêntica, no que se relacionava às restrições ao capital. Margaret Thatcher seguiu caminho inverso ao promover substancial redução de impostos e ao acelerar a privatização de empresas, estimulando-as a obter lucro para fortalecer a caixa do Tesouro. 
Apolítica econômica de Thatcher dera causa a uma nova atitude da sociedade diante da economia de mercado, abrindo a perspectiva de restauração do poder político e econômico da Grã-Bretanha no quadro mundial. Não eram irrelevantes os problemas apresentados à primeira-ministra, em maio de 79. Simultaneamente com o combate à inflação, a restauração do valor da moeda e o equilíbrio das contas públicas, tornava-se imperioso restabelecer um mínimo de ordem na vida da nação depauperada pelo grevismo. Embora o país tenha ocupado o nono lugar no mundo, em termos de renda per capita, ocorreu a baixa para o 15º lugar, em 1971, para o 18º em 1976 e para o 20º quando Margaret assume o poder.
Impunha-se definir um quadro de restrições ao uso do direito de greve, inclusive a consulta prévia, aos trabalhadores sindicalizados, por meio de votação secreta, 15 dias antes do início de cada greve, a qual só podia ser decretada se contasse com o apoio declarado da maioria dos membros de cada sindicato. Os piquetes ficaram restritos ao local de trabalho, proibindo-se os movimentos de solidariedade a grevistas. Em 1982, foi facilitada por lei a demissão de trabalhadores sem consulta à Justiça do Trabalho, tornando-se possível processar um sindicato, com pedido de indenização de 10 mil a 250 mil libras esterlinas por ações ilegais. Em 1983, o governo determinou que as centrais sindicais realizassem eleições a cada cinco anos, abertas a todos os filiados, com voto secreto, para a escolha de novos dirigentes. O objetivo era evitar a perpetuação de líderes radicais.
Os mineiros decidiram travar batalha com a chamada Dama de Ferro, declarando greve que durou 12 meses, em 1984-1985. A primeira-ministra contou com o pleno apoio da opinião pública quando decidiu derrotar o sindicato, fechando a maior parte das minas restantes. Diante de uma ameaça de greve geral ferroviária, Margaret Thatcher convocou a Downing Street, os líderes dos ferroviários e leu para eles o texto de um decreto que extinguia as ferrovias britânicas. Foi o bastante para não haver greve.
Coube à primeira-ministra pôr cobro à era do socialismo, à moda britânica, instaurado a partir de 1945. Nos anos 80, a atmosfera política não mais comportava a pregação social-reformista da Sociedade Fabiana, que vinha desde sua fundação, um século antes. Após 30 anos de vigência do Consenso Keynesiano, iniciado em 1945, a classe média inglesa demonstrava sua aversão à decadência econômica do país, colocando a bandeira nacional como pano de chão na entrada dos edifícios. Vivenciava em sua plenitude as consequências econômicas de Mr. Keynes, fruto da crença na balela da crise geral marxista.
A política adotada pela primeira-ministra Margaret Thatcher, com ênfase na privatização, na estabilidade monetária e na redução da carga tributária, encerrou, em definitivo, esse capítulo da história econômica do Reino Unido, que assim voltou a fazer parte da constelação de grandes potências. •
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ambientalmercantil · 2 months
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schoje · 2 months
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O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, pediu hoje (10) ao presidente Jair Bolsonaro a sanção dos dispositivos que tratam do trabalho da Anvisa na Medida Provisória (MP) 1.026/21, a MP das Vacinas. O texto foi aprovado no Congresso na semana passada e aguarda sanção presidencial. Após reunião no Palácio do Planalto, Barra Torres explicou que o texto preserva a capacidade analítica da Anvisa e fixa prazo de sete dias úteis (nove corridos) para análise de pedidos de vacinas para uso emergencial. Além disso, esse prazo pode ser estendido em caso de dúvidas ou de necessidade de documentação complementar. “Com a MP 1.026 fica preservada a capacidade da agência de ver os documentos, estudar os documentos referentes ao desenvolvimento vacinal e emitir o seu juízo de valor. É pra isso que a agência existe. A gente pode se lembrar que na emenda à MP que já foi vetada [MP 1.003/20] essa possibilidade não existia, havia apenas um resultado obrigatório”, explicou. O Artigo 5º da MP 1.003/2020 dava um prazo de cinco dias para autorização de uso emergencial de vacinas contra a covid-19, desde que tivessem sido aprovadas por autoridades sanitárias estrangeiras. A Anvisa pediu, então, o veto a esse dispositivo, pois entendeu que a medida tirava as competências da agência. De acordo com Barra Torres, a Anvisa levou nove dias para analisar o pedido de uso emergencial das vacinas CoronaVac - produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac -, e AstraZeneca (ou Covishield) - produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a universidade inglesa de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. “É um prazo que consideramos razoável”, disse. Agência internacionais A MP da Vacinas também retoma a previsão de que a Anvisa conceda autorização para a importação e o uso de vacinas aprovadas por laboratórios internacionais. A novidade é que poderão ser aceitos resultados provisórios de um ou mais estudos clínicos além dos estudos de Fase 3 (teste em larga escala). O texto aumenta o número de autoridades sanitárias estrangeiras que servem como base para autorização temporária de vacinas, medida também vetada na MP 1.003/20. Além das agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da China, do Reino Unido, do Canadá, da Coreia do Sul, da Rússia e da Argentina, o parecer do relator inclui as agências da Austrália e da Índia e demais autoridades sanitárias estrangeiras reconhecidas e certificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O prazo para a Anvisa decidir sobre a aprovação temporária pode chegar a 30 dias se não houver relatório técnico de avaliação da agência internacional. Segundo Barra Torres, isso só deve acontecer caso haja algum problema. “Caso alguma coisa indesejável tenha acontecido, mas não vamos trabalhar dessa maneira. Vamos trabalhar com prazo de nove dias corridos e esperamos que não haja problemas nenhum e esses 30 dias não precisarem ser evocados. Está preservada a capacidade analítica tanto para concordar quanto para rechaçar”, disse. Análises em andamento Além da CoronaVac e AstraZeneca, aprovadas para uso emergencial, a Anvisa aprovou o registro definitivo da vacina Cominarty, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech. De acordo com Barra Torres, o processo para registro definitivo da vacina AstraZeneca “se aproxima fortemente do seu final”. É um processo que já vinha usando a ferramenta da submissão contínua, então gradativamente documentos iam sendo apresentados”, explicou. Segundo o presidente da Anvisa, no caso da vacina Sputnik V, ainda faltam documentos sólidos, consubstanciados, para que a análise possa ser feita. O imunizante é produzido no Brasil pela União Química em parceira com o Instituto Gamaleya, da Rússia. Segurança Barra Torres também disse que as vacinas aprovadas são seguras e que qualquer medicamento pode provocar reações já previstas durante os estudos.
“Ninguém deve ter pé atrás em tomar a vacina. Todos nós estamos aqui porque tomamos vacina em alguma época, porque nosso pai, nossa mãe, nosso responsável nos levou pela mão em algum momento e nós tomamos vacina. Então, refletir sobre usar ou não vacina me parece algo que não tem sentido”, argumentou. O presidente da Anvisa defendeu ainda a manutenção de medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higiene das mãos. “Isso continua sendo essencial e vai ser essencial durante muitos meses, mesmo estando o Brasil em situação bem favorável quanto a vacinas”, disse.
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pacosemnoticias · 2 months
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FNAM critica índice que vai classificar doentes segundo a sua complexidade
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) criticou, o índice que vai classificar os utentes segundo a sua complexidade, e que, a partir de 2025, será um dos critérios para calcular os suplementos remuneratórios dos médicos de família.
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O Índice de Complexidade do Utente (ICU) é uma ferramenta de avaliação dos utentes em vários níveis de complexidade desenvolvida pela Administração Central de Sistemas de Saúde (ACSS), entidade que está na dependência direta do Ministério da Saúde, e deverá entrar em vigor a partir de 2025, explicou a FNAM.
O ICU tem vindo a ser desenvolvido já desde o Governo anterior, mas a FNAM exige que o atual ministério "tome as rédeas sobre este assunto, porque é inaceitável".
Segundo Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, para perceber se um doente é mais ou menos complexo, o ICU vai usar variáveis, como por exemplo a idade, o género, a nacionalidade, o estatuto socioeconómico, "no fundo para tentar prever a carga de trabalho que esses pacientes vão dar aos médicos de família".
"Basicamente este ICU atribui complexidades diferentes consoante [o utente] é homem ou mulher, consoante a população é estrangeira, discriminando por nacionalidades, embora nós desconheçamos qual é o peso, ou então doentes se são utentes com insuficiência económica, como se isto aumentasse a carga de trabalho do médico de família. E nós entendemos que isto é completamente reprovável", explicou.
Para a FNAM "os utentes não podem ser reduzidos a índices ou a frações", a ferramenta gera "um conflito inegável com os direitos fundamentais da igualdade de género" e "desvaloriza completamente o caráter preventivo que os centros de saúde e os cuidados de saúde primários têm".
"Aliás, nós vamos até pedir uma avaliação à Comissão da Igualdade de Género por causa destes índices", disse.
A responsável lamentou ainda que o ministério da Saúde, tutelado pela ministra Ana Paula Martins, Tenha vindo a "recusar a discutir este índice" com as estruturas sindicais, nomeadamente com a FNAM, nomeadamente a forma de como este UCI "vai passar a ser utilizado na prática".
Joana Bordalo e Sá destacou que este índice será mais um com uma ponderação que será um dos vários incentivos remuneratórios, além da base salarial, que constam do vencimento dos médicos de família no final do mês.
"O que entendemos, em relação às questões salariais, é que os médicos, sejam médicos de família, sejam médicos hospitalares, sejam médicos de saúde pública, os vencimentos têm que assentar no salário base. Isso é que deve ser uma das verdadeiras motivações para os médicos que estão no Serviço Nacional de Saúde. Um salário que seja justo, e não terem salários assentes nesta espécie de incentivos, que, ainda por cima, este em particular, assenta em aspetos tão discriminatórios", disse.
A FNAM convocou greve de médicos para terça e quarta-feira e uma greve ao trabalho suplementar até 31 de agosto.
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puravibenamastes-blog · 4 months
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Empresas travam disputa no STF por compra bilionária de medicamento pelo governo
Uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a compra de um medicamento considerado estratégico para o SUS (Sistema Único de Saúde) mobiliza interesses de empresas brasileiras e estrangeiras e opõe órgãos públicos, como o governo federal e o TCU (Tribunal de Contas da União). Leia mais (05/30/2024 – 11h00) Artigo Folha de S.Paulo – Equilíbrio e Saúde – Principal Pulicado em…
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thedarkwebbynoir · 6 months
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FICHA DA INTEGRANTES
——— nome e alcunhas: [nome de nascimento, com os caracteres apropriados, significado opcional; caso seja estrangeira, adicione o nome coreano, ou se por algum motivo tenha alterado seu nome de nascimento, também adicione-o aqui; apelidos opcionais, e caso tenha: quem deu, o motivo, se gosta ou não e quem pode chamá-la dessa forma.]
——— registro de nascimento: [data, hora e local de nascimento, tipo sanguíneo, signo solar e chinês, gênero e orientação sexual/orientação romântica, e nos diga se é assumida ou não | obs: lembrando a todos que na Coreia as coisas quanto LGBTQIAP+; se não fizer parte da comunidade, há algum preconceito por parte da personagem?]
——— personalidade: [tópico de extrema importância; detalhes e explicação, se quiser pode colocar exemplos e qualquer outra coisas, desde que deixe a personalidade legível para trabalharmos bem com a sua personagem; lembre-se: ninguém é completamente perfeito e ninguém é completamente imperfeito, vamos buscar o personagens com as personalidades mais humanas.]
——— momentos históricos: [importante manter coerência com a realidade; nada de vidas completamente infelizes com mil e uma mortes de parentes, conhecendo mil e um idols, sem ter a necessidade; foquem apenas no importante, fatos mais marcantes, foco na vida de Trainee, lembrando que a personagem no seu tempo de treinamento tem que ter tido pelo menos uma ligação com a Mnet, para quando tivesse sido descartada ou já sem esperança, ser resgatada pela empresa, para que assim se sentisse grata a ela.]
——— fatos & curiosidades: [coisas que não pode colocar na parte da história, gostos e desgostos, medos, traumas e fobias, habilidades e inabilidades, polêmicas, hobbies e manias, saúde e favoritos da sua personagem.]
——— aparência & estilo: [nome e o grupo da Idol escolhida para representar sua personagem; também adicione uma pequena descrição/ou pasta, além de peso e altura; modificações corporais são totalmente opcionais; como cicatriz, piercing ou tatuagem; sem exageros, evitar tatuagens grandes/visíveis; quanto ao estilo, seria interessante se separasse em pastas, como: casual, treinamento e afins]
——— stage name & persona: [motivo de tê-lo escolhido, e caso use o nome de sua personagem, isso não é necessário; diga a persona que a sua personagem ganhou dos fãs, como por exemplo a Dan que foi nomeada de The Sexy Goddness, por ser considerada pelos fãs a mais sensual do grupo]
——— posições: [escreva/enumere daquela que mais lhe interessa até que menos chama a sua atenção:
( ) Main Dancer, Lead Vocalist, Rapper [tempo mínimo de trainee: 9 anos] ( ) Sub Dancer, Sub Vocalist, Lead Rapper [tempo de trainee: 4 à 5 anos] ( ) Lead Dancer, Lead Vocalist [tempo de trainee: 6 a 7 anos] OBS: todas as posições são altas como podem ver, isso acontece porque sabemos que a maioria tem anos de treinamento, então não faria sentido alguém que treinou anos da vida ter posições baixas]
——— pessoas importantes: [nomes, idade, ocupação, relação]
——— membros: [park dan, whan aera; as outras relações serão perguntadas no privado quando tivermos as aceitas, por isso pedimos que não juntem as relações em uma apenas colocando "integrantes" e afins, as pessoas dentro do grupo são diversas, e é impossível manter uma relação idêntica com todas, então faça separado com as nossas personagens — para conhece-las melhor leia suas descrições, teasers e se precisar faça perguntas —, tendo a noção de que as personagens caso não sejam próximas, não tem um motivo para que ela saiba de assuntos mais profundos da vida da personagem, como por exemplo o fato da Dan ser órfã, toda a questão da Aera e sua mãe e assim vai, assim que as outras membros forem aceitas, mandaremos um formulário para preencherem com as relações, ou pediremos para adicionarem em suas fichas]
——— questões: qual o motivo de ter aceitado a proposta dos patrocinadores? O que realmente pensa sobre isso? Como age com os seus patrocinadores? Quem são as pessoas que sabem sobre os patrocinadores de seu ciclo de relações? Sentimentos e pensamento quanto à isso. [algumas membros podem já ter se acostumado, por praticarem isso ainda quando eram apenas trainees da Mnet — como era o caso da Aera e da Dan que não tinham dinheiro para pagar pelo treinamento recebido, já que trainees devem pagar para treinarem em empresas, e por isso lidam com os patrocinadores desde trainees —, outras podem entrar em choque e por assim vai, descrevam bem os sentimentos de sua personagem]
——— par: [opcional: nome e registro de nascimento; resumo da personalidade; história do casal; relação; sabe dos patrocinadores? (se não, pretende contar?) e se pretendem se assumir publicamente; há possibilidade da formação de pares entre os aceitos, nesse caso façam uma relação não dependente, por questões óbvias de um ou outro não vier a ser aceito; todavia, pode deixar que nós, autoras, venhamos a definir os pares no decorrer da história também, nesse caso, nos diga o tipo ideal de sua personagem, e caso queira, um breve relato de como a mesma age em um relacionamento amoroso]
——— permissões: [beber, fumar, ir a baladas, se meter em brigas [com quem?], errar alguma letra ou coreografia durante apresentação, ter problemas com o figurino, sofrer alguma lesão ou acidente, brigar com o par, terminar com o par [eles voltariam?], dizer palavras de baixo calão, xingar alguém [membros, superiores, ou alguma outra pessoa?], entrar em brigas físicas, entrar em hiatus do grupo, prestar fanservice, ter cenas +18, outro]
——— perguntas finais: [algo a acrescentar?, sabe que sua personagem está em nossas mãos?, podemos alterar algo em sua personagem caso necessário?, favoritou a estória e seguiu as autoras?, tem total noção que sua personagem pode não ser aceita?]
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translatingtradutor · 21 days
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[Brasil] Existe cirurgia de anulação de gênero?
Eu sou uma pessoa não-binária recém descoberta, tenho pesquisado MUITO sobre esse assunto todos os dias e até tô fazendo terapia pra me acompanhar nessa jornada de transição. Mas tem algo martelando minha cabeça nesses últimos tempos... cirurgia... Eu queria muito arrancar minha genital fora, n��o ter nada entre as pernas, a disforia me mata, não consigo nem ir ao banheiro direito... Eu dei uma olhada em alguns fóruns, e descobri que existe uma tal de "Cirurgia de anulação de gênero", que resumidamente é ser um eunuco, mas essa cirurgia é considerada antiética e a pouquíssimas informações de como essas pessoas vivem depois dessa cirurgia. Sem contar no fato de que biologicamente nenhum ser humano consegue viver sem hormônios sexuais(Estrogênio, Testosterona, etc.). O que vocês acham disso? Algum NB tem alguma dica pra lidar com esse sentimento? Gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre esse tipo de procedimento em específico!
Tem varios fatores nessa história. Mas não se deixe levar por isso de ser ético ou não. Desde que seja saudável, seu corpo é seu.
Caso fale inglês, acesse esse site com uma intrudução sobre a anulação de gênero: https://queerdoc.com/nullectomy-nullification/
Hormônios: posso ficar sem um?
O primeiro é que, sim, não é possivel uma pessoa ficar sem os hormônios femininos ou masculinos e ficar saudável no longo termo. Diversos estudos mostram que, no longo termo, você tem mais chance de desenvolver mais rápido doenças como a osteoporose e algumas doenças associadas a velhice prematuramente. Simplesmente não é saudável.
Onde e como eu faço essa cirurgia?
O segundo é que essa cirurgia não vai ser realizada no Brasil. É tipo a faloplastia, para funcionar direito você precisa sair do país. E para isso você precisa de muito dinheiro. Tipo, muito, muito mesmo. A maior parte das pessoas não tem condição de sair do pais, muito menos de ficar fora umas semanas e ainda pagar uma cirurgia cara. E quando eu digo caro, é caro. E ainda precisa de acompanhamento depois um tempo, então tem que ficar mais tempo ainda lá.
Algumas estimativas em fóruns gringos vão entre 7 mil - 20 mil dólares. No momento dessa postagem, isso equivale à 39 mil - 112 mil reais. O problema é que isso não conta a passagem de avião, estadia, etc. Vamos dizer que seja para os EUA, no momento a passagem de ida mais barata vai ser de 1 mil reais, e estadia em um hotel barato custa pelo menos 200 reais por dia. Tudo isso em uma estimativa bem conservadora.
Por isso, a esmagadora maioria das pessoas precisa economizar pro muitos, muitos anos mesmo para fazer cirurgias que não existem no Brasil.
Possiveis complicações
A terceira é a de que, se você é AMAB, você tem que ficar atento em se isso vai te dar problemas para urinar com o reposicionamento. Outra questão para pessoas AMAB é que essa cirurgia não inclue a retirada de próstata e talvez seja necessário uma cirurgia extra para isso.
Além disso, não importa seu AGAB, talvez isso não seja importante para ti, mas isso diminue suas opções de prazer sexual (apesar disso ser completamente valido, mas muitas pessoas esquecem que é fator).
Eunucos atuais vs medievais
Gostaria de lembrar que eunucos tradicionais não são a mesma coisa que anulação de gênero. Talvez você associe eles aos eunucos medievais que viviam normalmente.
Eles, sim, passavam pelos riscos de saude de viver sem os hormônios, e os resultados realmente não eram muito prazerosos, com problemas urinarios e esteticos. E não era de longe uma nulificação, então os eunucos atuais e antigos são diferentes e procedimentos completamente distintos. Não fique com a imagens desses eunucos antigos na cabeça.
Manejando disforia pre-cirurgia
Você iria se beneficiar mais no momento de terapia para entender e tentar lidar com sua disforia. Isso porque vai demorar para conseguir o dinheiro provavelmente, e você precisa lidar com as coisas até lá, assim como toda pessoa trans se beneficiar falar um pouco sobre seus problemas do tipo com psicólogo se eles estão severos assim.
Esse fator da hormonização é muito grande mesmo, também. Teria que escolher um dos dois. Veja as postagens no arquivo sobre disforia, se necessário.
Resumo:
Agora, vamos considerar se você realmente for fazer ela. Você precisaria de uma quantidade de dinheiro enorme mesmo, tempo longe do trabalho, e escolher qual dos hormônios você vai querer tomar para o resto da vida (apesar de poder mudar depois). É possivel sim tomar esses hormônios e manter saudavel visto que é oque as pessoas trans binárias que passaram por cirurgia fazem.
Opções não tradicionais de cirurgia de gênero
Outra opção menos comum de cirurgia não-binária é a criação de um corpo chamado na comunidade gringa de "Salmacian", que possue ambas genitais em algum grau devido a cirurgia sem tirar o orgão original da pessoa.
Isso pode ser realizado em pessoas com genitais masculinas através da vaginoplastia sem retirada do falo. Nas pessoas designadas femininas ao nascer, pode ser feito a metoidioplastia (aumento e liberação do pseudo-falo criado com testosterona) ou a faloplastia (criação de falo com tecidos do corpo) sem a retirada da genital feminina.
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Postagem em construção devido a pesquisa contínua.
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ocombatente · 10 months
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PF combate importação e revenda irregular de vinhos
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Investigados na operação Rota do Vinho responderão pelo crime de contrabando, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (07/12), a operação Rota do Vinho, visando desarticular organização criminosa que importava, revendia, transportava e distribuía vinhos de origem estrangeira, sem controle sanitário e documentação legal de importação.  Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Vera Cruz/RS, Santo Cristo/RS, Três de Maio/RS, Santa Rosa/RS, Palhoça/SC e Goiânia/GO. As investigações tiveram início com a apreensão, em maio de 2021, de aproximadamente 2 mil garrafas de vinho de origem estrangeira, sem qualquer documentação fiscal que comprovasse a licitude do ingresso no país. A partir daí, a PF identificou uma organização criminosa que importava vinhos da Argentina pela região de Porto Vera Cruz/RS e posteriormente organizava o transporte, armazenamento e distribuição destes produtos para os estados de Santa Catarina e Goiás. As cargas eram transportadas com notas fiscais falsas, normalmente com a identificação do produto como suco de uva, e eram mantidas em distribuidoras até seguirem para o consumidor final. Os investigados na operação Rota do Vinho responderão pelo crime de contrabando, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 22 anos de reclusão, além do pagamento de multa. Destaca-se que a importação ilegal de vinhos, além dos prejuízos fiscais que acarretam a sonegação de milhões de reais em impostos, ainda permite a entrada no Brasil de produtos sem qualquer controle das autoridades sanitárias, podendo causar malefícios a saúde de quem os consome.   Read the full article
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ambientalmercantil · 3 months
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schoje · 2 months
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou hoje (1º), com vetos, a lei que autoriza o Poder Executivo federal a aderir ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 , o Covax Facility, e estabelece diretrizes para a imunização da população.  A Covax Facility é uma aliança internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Gavi Alliance e da Coalition for Epidemic Preparedeness Innovations (CEPI), que tem como principal objetivo acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas contra a covid-19 a partir da alocação global de recursos para que todos os países que façam parte da iniciativa tenham acesso igualitário à imunização. É uma plataforma colaborativa, subsidiada pelos países-membros, que também visa possibilitar a negociação de preços dos imunizantes. Ouça na Radioagência Nacional Bolsonaro vetou, para adequação à constitucionalidade e ao interesse público, o dispositivo que exigia que a Anvisa concedesse autorização temporária de uso emergencial para a importação, a distribuição e o uso de qualquer vacina contra a covid-19 pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, em até cinco dias após a submissão do pedido, dispensada a autorização de qualquer outro órgão da administração pública direta ou indireta e desde que pelo menos uma das autoridades sanitárias estrangeiras elencadas no dispositivo tivesse aprovado a vacina e autorizado sua utilização em seus respectivos países. Também foi vetado o artigo que previa que, no caso de omissão ou de coordenação inadequada das ações de imunização de competência do Ministério da Saúde referidas neste artigo, ficam os estados, os municípios e o Distrito Federal autorizados, no âmbito de suas competências, a adotar as medidas necessárias com vistas à imunização de suas respectivas populações, cabendo à União a responsabilidade por todas as despesas incorridas para essa finalidade. A justificativa do veto é que o tema se trata de competência privativa do Presidente da República e que contraria o interesse público.  
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medicinanews · 1 year
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Médicos formados no Paraguai, em faculdade investigada pelo CONES, não poderão participar do Mais Médicos
Segundo declaração emitida pela universidade estrangeira, existe a postura de suspender temporariamente os processos de registro de títulos de graduação de Medicina A Justiça Federal negou pedido a um brasileiro, formado em medicina no exterior, a participar do Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. A decisão é do juiz federal Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba. O…
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pacosemnoticias · 4 months
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Infarmed repôs medicamento para cancro em rutura importando em língua estrangeira
O Infarmed esclareceu que conseguiu, através da importação com rotulagem em língua estrangeira, repor o medicamento Fluorouracilo, usado no cancro e cuja rutura foi notificada pelos laboratórios, tendo já chegado a Portugal 3.000 embalagens.
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Em resposta à agência Lusa, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explicou que ambos os titulares da Autorização de Introdução no Mercado (AIM) em Portugal — os laboratórios Accord e Hikma — estão em rutura desde meados de abril devido ao aumento da procura e que há constrangimentos “na generalidade dos países europeus”.
A resposta do Infarmed surge na sequência de uma notícia hoje divulgada pelo Jornal de Notícias, segundo o qual o medicamento estaria a ser “distribuído de forma limitada, como medida de mitigação, por se encontrar em rutura de ‘stock'”.
O hospital esclareceu ainda que há doentes a fazer esquemas terapêuticos alternativos, uma vez que há outros fármacos no mercado que podem ser utilizados.
O Infarmed disse à Lusa que, para mitigar o impacto das ruturas deste medicamento (solução injetável de Fluorouracilo 50 mg/ml), que tem um consumo mensal de aproximadamente 5.000 embalagens, solicitou aos distribuidores especializados na importação destes medicamentos a submissão de pedidos de Autorização de Utilização Excecional (AUE) com rotulagem em língua estrangeira.
Através deste mecanismo, desde 12 de abril, foram concedidas 11 AUE para este medicamento, segundo o Infarmed, que adianta já terem chegado a Portugal cerca de 3.000 embalagens, estando por chegar mais 6.100 unidades.
O Infarmed garante que os hospitais estão a ser abastecidos e devem “articular com os seus distribuidores”.
Na informação enviada à Lusa, a autoridade do medicamento adianta ainda que a apresentação do laboratório Accord será reposta a 11 de junho de 2024 e a da Hikma a 1 de julho de 2024.
Contudo, acrescenta, “é possível que estas datas possam ser antecipadas pelos titulares”.
Quanto aos ajustes terapêuticos, o Infarmed lembra que “são outra das ferramentas possíveis no caso de dificuldade de acesso a um certo medicamento”, sublinhando que, nestas situações, “os médicos assistentes são quem melhor pode fazer este ajuste, de acordo com as necessidade e especificidades dos seus doentes”.
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