#são tão pequenos os prazeres da vida né
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não sei se sou só eu, mas eu adoro aqueles tiktoks que é de passar a fotinho pro lado e é pra vc montar seu look ou seu guarda roupa com as peças disponíveis "you are going to italy pick your clothes" e ai nossa me sinto como se eu estivesse mesmo indo pra itália e escolhendo roupas do meu closet pra por na mala. its sorr happey being a delulu girl sometimes����💅🏻✈🌍
#.。.:*✧#geniousbh thoughts#são tão pequenos os prazeres da vida né#eu queria mt fazer mochilao lá#mas atualmente fico refletindo q talvez o mundo exploda antes q eu junte dinheiro suficiente💭🤡
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Livros que motivam
Eu honestamente acredito que existem livros que causam um impacto muito mais profundo do que tão somente apreciar palavras, personagem e histórias. Dependendo do que estamos buscando ou do momento que estamos vivendo, há livros que criam conosco um diálogo interno.
Eu lembro da primeira vez que li “O Alquimista”, de autoria do Paulo Coelho (já devem ter percebido que curto muito as obras dele, né?) lá em meados de 2015. O fascínio pela ideia de que todos estamos vivendo uma jornada íntima e que todas as estradas da vida levam a alguma lição ou ideal me marcaram de tal forma que desde então abracei esse projeto pessoal: seja lá para onde eu for, com quem esteja, seja no lugar mais lindo, inóspito ou mesmo triste, todos estes momentos fazem parte da aventura que é simplesmente viver. Essa mensagem ficou cravada em mim até chegar este momento presente de alcançar vivências mais desafiadoras.
Pensando nisso, decidi listar alguns livros que me motivaram a embarcar na jornada de intercâmbio. Tenho certeza que há muitos outros (e certamente devo renovar esta lista em algum outro momento), mas para hoje seria um bom começo.
(Deixo claro que as sinopses abaixo foram escritas de acordo com a minha visão subjetiva e pessoal deles).
1. O Alquimista (Paulo Coelho): simplesmente o queridinho, top 1 da minha lista. Inclusive estou pensando em ler outra vez para renovar a minha inspiração. Falei um pouco dele acima e não quero dar spoilers, mas vamos dizer que é um excelente livro para quem está desmotivado ou em busca de um sentido na vida;
2. Comer, Rezar, Amar (Elizabeth Gilbert): Eu poderia dizer que este é um livro clichê para o time de viajantes, ainda mais que a maioria das pessoas se contenta com o filme. No entanto, a leitura do livro é uma experiência completamente diferente. A autora consegue narrar suas angústias existenciais, seus anseios, sua busca interna e até mesmo algumas confissões sobre a vida, casamento, relacionamentos (aquele tipo de coisa que todo mundo deve sentir mas ninguém tem coragem de assumir). Além disso, é gostoso ler a forma genuína como Elizabeth expressa todas as lições e reflexões extraídas de suas viagens pelas Itália, Índia e Indonésia (olha eu querendo meter o louco e fazer o mesmo algum dia, rs).
3. 101 coisas para fazer antes de casar, engravidar ou envelhecer (Sarah Ivens): Este livro não narra nenhuma história, pelo menos não diretamente. A autora compartilha alguns de seus pequenos e grandes prazeres pessoais, os quais são melhores apreciados em nossa esfera individual. Comprei este livro no ápice da pandemia com o objetivo de preencher o meu tempo na época de isolamento e compartilhei algumas coisas no meu outro blog. Ela dá várias sugestões para apreciarmos o nosso tempo a sós: desde comer batata frita sem culpa a fazer compras em Nova Iorque (um dia chego lá também!). Há tantas coisas legais que podemos apreciar em um dia comum e que não damos o devido valor. Também é um bom livro para inspirar em tempos de ócio. Com certeza vai estar na minha mala quando eu chegar em terras irlandesas!
4. A Profecia Celestina (James Redfield): Não conhecia este livro até ganhar de presente de aniversário de uma grande amiga e posso dizer… que presentão! Esse livro já possui uma pegada mais espiritualista/esotérica, mas também aborda a questão dos vazios sentidos por nós ao longo da vida e do propósito maior que isto possui em nossa jornada espiritual. O personagem principal - um cara meio desanimado e cético - cai nesse mundão e vai parar no Peru com o objetivo de desvendar um possível manuscrito que poderia conter segredos espirituais. Essa busca se transforma em sua própria jornada de cura e evolução. Pense se não amei a narrativa 🙌🏻;
5. Não há tempo a perder (Amyr Klink): Este nosso estimado brasileiro é um navegador que conseguiu a façanha de atravessar o Oceano Atlântico em 100 dias em um pequeno barco (aliás, essa aventura deu origem a um outro livro chamado “100 dias entre o céu e o mar”, também recomendado. E esse foi o começo de muitas outras aventuras dele). Trata-se de uma autobiografia onde o Amyr revela detalhes de sua vida, inclusive suas razões para tornar-se navegador. Uma de suas falas mais inesquecíveis, pelo menos para mim, seria de sua angústia em desperdiçar sua vida em um trabalho onde ele é substituível, onde qualquer um faz o que ele faria. Isso se torna um dos motivos que o incentivou a buscar novas formas de viver sua vida através da navegação.
6. Todos os astros levam a Paris (Natasha Sizlo): livro atual que está na minha cabeceira. Assim como o “Comer, Rezar, Amar”, este livro também trata da história da própria autora (aliás, arrisco dizer que ela se inspirou na Elizabeth Gilbert ao escrevê-lo). Após um longo período de dificuldades (divórcio, falência, morte do pai e outras decepções amorosas), ela se consultou com uma taróloga para buscar respostas sobre um amor até então não superado. Após tal consulta, Natasha se convence de que deveria procurar sua alma gêmea em Paris (isso depois de criar uma conta no Instagram compartilhando sua saga com milhares de pessoas, rs). Recebendo o apoio de uma galera e na companhia de sua irmã e duas grandes amigas, Natasha vive alta aventuras em Paris (bem sessão da tarde mesmo haha). Confesso que uma parte de mim não se encantou tanto assim por este livro, pois em alguns momentos sinto que a autora tentou forçar um pouco o drama de suas decepções amorosas. Sabe aquela tipo de coisa banal, que todo mundo vive, mas que a pessoa faz parecer que é uma dificuldade exclusivamente dela? Me soou isso em alguns momentos. Mas não dá para tirar o mérito de suas outras vivências e da forma como ela escolheu para superar tudo. No fim, achei que a ideia de criar uma jornada pessoal em Paris em busca do amor foi bem criativa e achei que dava para mencionar aqui. É livro bem mamão com açúcar, quem é mais romântico vai gostar.
Quando reúno essa coletânea de livros, percebo que todas essas pessoas (personagem e autores) possuem algo em comum: a inquietude interna, que leva a novas experiências de vida como forma de dar a ela um sentido.
Que esta também seja uma busca incessante para todos nós! :)
(Achei no Pinterest 🤭)
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Sinto ás vezes que não sou desse mundo
Vejo pessoas se divertindo na superfície e me questiono o porque não me completa estar entre os céus e as águas, me sinto atraído pelas profundezas. Gosto de mergulhar em mim, nos outros e no mundo. Existe algo em mim que clama por completude e transbordamento onde os vazios e o raso não me satisfaz. Sei que em tudo que é cheio habita o vazio e cada vazio é a essência dos limites que se transborda, só que eu não gosto também de limites, eu amo poesias que a mente e as palavras não traduzem mas são experienciadas ou sentidas, amo a música que habita no silêncio e também voar sem tirar os pés do chão. Eu moraria em abraços demorados, aqueles que são sentidos não somente pelo corpo mas que sintonizam coração. Amo olhares demorados que se deliciam ao contemplar cada fragmento de vida que habita no outro, nas coisas existentes e não existentes desse universo. Sou apaixonado por gargalhadas sinceras que prologam a vida de um sorriso. Amo também cada fôlego perdido dos beijos que se conectaram a dançar o calor dos sentidos, toques sutis que acariciam a alma com alento, hoje em dia é raro não só beijos que se encaixam mas espíritos que dançam não importando que seja a mesma música. Gosto de me dissolver quando encontro alguém, seja no silêncio confortável ou em conversas profundas que nos questiona até mesmo o sentido da existência ou aquelas conversas que nos faz nos preencher mais ainda de existência. Eu amo muito e confesso que é pior que as drogas que já experimentei, vejo que a sombra do amor é o medo, e ele habita também em mim, medo de não pertencer a lugares que não me cabem e de me conformar com pequenos vazios que são socialmente aceitos para preencher buracos de si mesmo. Medo de nunca ser correspondido com afeto mesmo diante de afetar cada um que cruzou meu caminho. Já quis ser diferente e tentei me adequar mas não deu certo, não era eu. É difícil sentir a vida com intensidade, o além dentro de si raramente se conecta com aléns dos outros que ao meu ver são um até. Já não me satisfaço mais com fronteiras, limites, vícios e fugazes ilusões, posso até disfarçar pros outros que me contento com a superfície mas meu espírito clama pela frenesi da inteireza, da presença, do tão falado e não vivido amor, da clareza nas relações, da beleza que habita nossas sombras e luzes, de gente verdadeira que sente tudo com o coração e não só personagens que vivem papéis compartilhados pela vida, se acostumam com horizontes vistos pela maioria e se sentem felizes sendo parte, acho que todo mundo quer isso né, ser parte de algo. Hoje me vejo só e isso também me faz ser parte de tudo, mas muitas vezes do nada, mesmo conhecendo seletas pessoas que realmente partilham algumas das minhas ideias e contribuíram com suas perspectivas pra minha jornada qual sou muito grato, hoje sinto que é cada vez mais difícil me conectar com pessoas assim, vejo que é muito mais fácil ter prazer no cômodo do que se aventurar a mergulhar em si, no outro, na natureza, no olhar pra vida. Enfim, são só devaneios de quem ama estar só mas também odeia o sentimento de não pertencimento por não caminhar por onde todos vão. Até e além ❤️
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∴ CHANGES > desafio
Olá! Adivinha quem terminou mais um desafio!! Tá, admito que é um novo vício. Fazia um tempo que eu queria cumprir esse desafio do projeto @desiroustales, mas não arranjava tempo e queria terminar o Aesthetic Player primeiro, porém aqui estou!
Como são cinco capas, decidi mostrá-las em um post só, cada uma com textinho sobre. Não consegui fazer em cinco dias corridos, pois estou atolada de coisas da faculdade e várias outras capas (uma péssima hora para decidir fazer o desafio), mas só tive dois dias de pausa da quarta capa para o restante. Considero ok.
Também não segui a ordem dos temas, então as capas vão estar por ordem cronológica e na legenda o respectivo dia dela. Deu pra entender, né?
Vamos lá!
Be Running Up That Road | segundo dia: verão.
▸ Categoria: Jujutsu Kaisen
▸ Inspiração: Running Up That Hill, Kate Bush | Train, Brick + Mortar
▸ Tema: amor de verão, tempo
Essa fanart me encanta de um jeito, sabe? Mas ela também me passa um ar melancólico, por isso decidi escolher esse tema. Coloquei margaridas por simbolizar a juventude e a inocência, como também o afeto e a sensibilidade. Por causa da música da Kate Bush, pensei em uma au dos anos 1980 onde o Yuuji tem um amor de verão com o Junpei e quer fugir com ele. Imaginei todo um plot e comecei a escrever para ela.
Huntingly Beautiful | quarto dia: inverno.
▸ Categoria: Boku no Hero Academia
▸ Tema: solidão, tristeza
Eu gosto muito da Toga e me quebrou muito uma das cenas mais recentes do mangá. Até tinha pensando em fazer algo relacionado a neve e conforto, mas lembrei dessa cena e esse edit é lindo, então por quê não? O título também é o nome do primeiro capítulo de uma fanfic kiribaku que estou escrevendo, onde falo muito sobre tristeza, ansiedade e crises existenciais; porém, ao contrário do que quis passar nesta capa, a fic também traz certa esperança. Não foi intencional, mas acho que acabei me inspirando nela e na capa uahidhasd.
Não só isso, esse título vem de uma frase que eu vi no Pinterest, que é: you made pain sound so hauntingly beautiful (você faz a dor soar assustadoramente bela). Depois dessa, percebi como as capas estavam ficando melancólicas iuhsif.
Change | terceiro dia: outono
▸ Categoria: Blue Period
▸ Tema: mudança
Mudei totalmente a ideia da capa depois que coloquei o Yatora de fundo. Primeiro tinha pensando em usar as cenas do mangá onde ele está desenhando as pessoas no metrô, ter alguns circulos do olhar dele durante o exercício e os desenhos. Mas acho os olhos do Yatora tão marcantes que desisti de todas as fotos que separei e foquei neles e nos desenhos das pessoas.
Acho que a capa transmite o que é mudança por si só. Gostei muito do resultado.
Ukiyo | primeiro dia: primavera.
▸ Categoria: Given
▸ Tema: sentimento de amor e paz
Ukiyo é uma palavra japonesa que significa viver o momento, desapegado dos aborrecimentos da vida. Revi Given recentemente por causa da minha irmã e chorei que nem uma condenada mais uma vez uhsiuhids. Considerando a história do Mafuyu, pensei em trazer o sentimento de amor e paz que ele tem quando está com a banda, um novo começo, sabe?
ACHEI QUE FICOU TÃO FOFA, NÃO CONSIGO PARAR DE OLHAR!!
Hygge | quinto dia: mistura de estações.
▸ Categoria: Given
▸ Tema: fadas (primavera); tempo (verão); café (outono); esperança (inverno)
Hygge é uma palavra dinamarquesa, refere-se ao ritual de aproveitar os pequenos prazeres da vida. Sinceramente não tinha ideia do que ia fazer nessa capa, só que queria tentar trazer um pouco de cada estação e EU CONSEGUI. O png das florzinhas brancas são pngs de snowdrops, flores do inverno que significam esperança e conforto; muito fofas. Só pensei no Mafuyu e no Uenoyama tomando café num dia frio.
Aqui a melancolia foi com deus.
Foi isso! Gosto como os desafios ativam minha criatividade e é sempre muito interessante ver como sou tentada as cores frias sufhfiua. Pior que quando pego pedidos de capa rosa é uma atrás da outra, um inferno.
Até a próxima ^^
#capa de fanfic#capa para fanfic#capa design#capa anime#spirit#desafio#desafio para capista#boku no hero academia#bnha#jujutsu kaisen#jjk#blue period#given#clean#collage#vaporwave#fluffy#romântica#change-challenge
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A grande brincadeira do mundo dar voltas e eu sempre cair
Cheguei a achar que você me odiava, por dias e noites fui prisioneira desse pensamento que me consumiu vitalmente, não tive coragem de ir direto a fonte e perguntar “você me odeia?” por medo da resposta e da dor que viria se fosse um “sim” dito por vós.
Matutei relutantemente sobre você, sobre eu e você até a óbvia conclusão de que o “nós” já não existe há tempos e há tempos que eu não consigo parar de pensar em você, me assombra em meus sonhos, me ilude em meus próprios pensamentos e acaba que por fim você mesma não falou um A, enquanto eu fico aqui remoendo pensamentos e criando mil versões irreais de mim, de você, de nós, completamente apegada a um “nós” passado, sem pensar nas brigas e discussões, lembrando das carícias, dos cheiros, dos pequenos agrados e prazeres de te ter.
Uma amiga disse que é necessário ressignificar esse sentimento e desejo que tenho por você, mas a verdade é que há tempos que já ressignifiquei e não entendo como ele ousou voltar à tona de forma tão abusada, não sei como conseguiu escapar se estava trancafiado a mais de sete chaves, passando por onde hoje só se tem cacos, estilhaços e desconfiança.
“Se for de vocês voltarem, a desejo de Deus, universo, destino ou o que quer que seja, vai acontecer.” – Me disse você, ou eu disse a você? A grande brincadeira do mundo dar voltas e eu sempre cair, há mais de vinte anos aprendi a andar e ainda assim tropeço na atmosfera que me despreza enquanto ser humano, fazendo-me parecer tola.
E tola realmente estou por insistir em ouvir meu coração que grita por você, pouco falta para eu gritar para você, o que falta?
O que falta? Coragem? Não é coragem.
É claro, toda história de amor tem uma pedra no meio do caminho, e se por deus você for minha história de amor, seu novo amor é a pedra no caminho e o problema é que eu não quero atrapalhar, mesmo tendo absoluta certeza que ela não é o amor da sua vida, e que se não for eu, não sei quem é, porque eu tenho certeza absoluta que ela não te causa contração ventricular prematura, mas claro, é uma escolha sua.
“Amor é onde eu queria estar com você...” se eu fechar os olhos consigo te sentir num abraço entrelaçado e um sorriso de gengiva com os olhos semifechados, mas ainda assim olhando pra mim enquanto a gente dá umas “balançadinhas” o mais próximo possível do ritmo que conseguirmos, eu consigo te ver comigo, meu bem.
Meu bem, “meu” bem.
Duro encarar a realidade que já venho falando desde o segundo parágrafo, “nós” não existe. E você não é meu bem, não mais, não como quando você acordava assustada de madrugada e se acalmava sabendo que eu estava ao seu lado, como nossos olhares sempre se cruzavam gerando megahertz e do seu beijo que me arrepiava o corpo inteiro.
E isso são apenas histórias, sem equívoco algum, como eu te amei ninguém vai amar, porque nosso amor foi único no mundo. Mas isso não te impede de amar outro alguém, e que egoísta eu seria para ser contra.
Depois que soltei sua mão não teve cola, grude ou chiclete que lhe fez querer segurar a minha novamente, eu sei disso. Eu fui um erro, como você mesma disse e eu sei o quanto é difícil acreditar em mim porque o primeiro amor é único, e fui o seu, o primeiro grande erro também afinal, né?
Pensei que tinha superado isso a mais de um ano e eu que tanto me orgulho de não mentir, cai na minha própria mentira. Eu sinto que não resolvemos tudo mesmo tendo conversado tanto.
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Carta de uma maconheira ao presidente
Defender a legalização da maconha é defender o nosso direito de ver nossos impostos aplicados em melhorias concretas para a sociedade. Diante do retrocesso absurdo e sem precedentes da mais recente mudança na política de drogas feita por nosso “excelentíssimo” governo, senti vontade de trocar uma ideia sobre o assunto com o atual presidente. Mas como? Se ele já não é chegado num debate, quem dirá com uma “maconheira esquerdista” não é mesmo?
Foi então que vasculhando algumas publicações passadas encontrei uma especial. Tão antiga quanto atual, feita há alguns anos depois de uma discussão acalorada sobre o tema com um tio – que não surpreendentemente votou no atual presidente rs – chamada “Carta aos Proibicionistas”. Percebi que com alguns remendos e contextualizações atuais caberia como uma luva direcioná-la a alguém que, pra mim, consegue representar o pior de todos eles: o blogueirin, digo, o – nem tão novo – presidente do Brasil: Jair Messias Bolsonaro. Só peço a você que leia sem pré-conceitos:
Para começar queria te lembrar que drogas não são só aquelas proibidas. Café, álcool, cigarro, açúcar, rivotril e aspirina são drogas também. Tão ou mais perigosas do que as ilícitas, viciam e causam efeitos colaterais gravíssimos como overdose, cirrose, câncer de pulmão, diabetes, hipertensão, dependência, intoxicações e etc. Você compra ‘remédios’ em uma DROGARIA porque o que está a venda lá, veja só, são drogas! A inocente cervejinha do comercial de TV é a mais perigosa de todas. Afeta a saúde do usuário e a segurança de quem está no caminho dele. Não preciso lembrar aqui das inúmeras ocorrências de acidentes de trânsito, agressões, estupros e assassinatos provocados por bêbados todos os dias, não é mesmo? Prefiro ir além e questionar se “vossa excelência” sabe quem foi Al Capone?
Permita-me refrescar sua memória:
Segundo a Wikipedia (e os livros de história) Alphonse Gabriel, mais conhecido como “Al” Capone, nasceu em Nova Iorque em 17 de janeiro de 1899 e foi “um gângster ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei Seca que vigorou nos Estados Unidos nas décadas de 20 e 30.” Calcula-se que ele tenha arrecadado algo em torno 100 milhões de dólares. Ou mais.
Antes dessa lei ser aplicada o comércio de bebidas alcoólicas gerava empregos e recolhia impostos para o governo exatamente como acontece nos dias de hoje. A partir da proibição criou-se um novo crime: o tráfico de álcool, e todo esse dinheiro (que não era pouco pois não é de hoje que o ser humano gosta de tomar umas não é mesmo?) passa a ir para as mãos do crime organizado financiando a compra de armas e toda a guerra e caos que se instaurou no país desde então.
Perceba que não foi a substância que criou a guerra, mas sim a sua proibição. Assim como creio que você, caro leitor, já pôde concluir neste pequeno resumo, não demorou muito para os próprios governantes enxergarem a merda que fizeram. Foi preciso voltar atrás e admitir que a medida foi um fracasso, uma burrice, uma amarga ilusão que só fez fortalecer os criminosos e instaurar medo, terror e violência desenfreada.
Usar drogas é natural do ser humano, faz parte da construção do nosso ser e da expansão da nossa consciência desde que habitamos esse planeta. Não é ‘achismo’, não é ‘ideologização’ (me pergunto se o Sr. sabe ao menos o que significa essa palavra rs), são fatos.
TODOS SOMOS USUÁRIOS DE DROGAS.
Estudos mostram que buscar estados alterados de consciência – o tal “barato” – é natural não só do ser humano como também dos animais. Golfinhos mascam baiacus pois a toxina liberada por eles ao se sentirem ameaçados os deixam “doidões”. Eles passam o pobre baiacu uns para os outros exatamente como nós maconheiros passamos nossos baseados. Elefantes da África do Sul ingerem frutas de Marula fermentadas para ficarem bêbados. Gatos cheiram “catnip” (erva dos gatos) para relaxarem e se divertirem. O ser humano bebe, fuma maconha, faz sexo, joga videogame ou toma chá de camomila buscando essa mesma sensação de relaxamento, prazer e estado alterado de consciência. E isso não é necessariamente uma coisa ruim!
A porcentagem de pessoas que usam drogas é imensamente maior do que a porcentagem de pessoas que se viciam e tem problemas com elas. A ciência nos explica que o uso problemático de drogas está muito mais ligado aos fatores sociais, econômicos e psicológicos em que a pessoa se encontra do que a substância que ela usa. Em bom português para que o Sr. entenda: um indivíduo psicologicamente saudável, com estabilidade familiar e financeira, que possui acesso a condições básicas de saúde, educação e lazer tem uma probabilidade infinitamente menor de desenvolver uso problemático de drogas do que o indivíduo que não teve acesso a nada disso. Não é a mera coincidência que nas “cracolândias” a esmagadora maioria seja de pessoas negras, pobres e com histórico familiar de violência, abandono e tragédia. Estar à margem da sociedade e principalmente estar psicologicamente doente é um fator de risco muito maior para se tornar um viciado do que o uso de qualquer substância em si. Podemos citar por exemplo o caso de seus filhos que, segundo relatos facilmente encontrados na internet, nos anos 2000 eram sempre vistos fumando maconha nas praias cariocas durante as sessões de surf com os amigos da banda Forfun, do qual inclusive Dudu participou da gravação de um clipe. Nem por isso viraram dependentes químicos, né?
Num estudo realizado pelo departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Unifesp pelo Dr. Dartiu Xavier, concluiu-se que fumar maconha pode ajudar dependentes de crack a abandonar o vício. Durante 12 meses, psiquiatras acompanharam um grupo de 20 dependentes que estavam fumando maconha numa tentativa de diminuir os efeitos da abstinência causada pelo crack. Ao final do experimento, 14 deles (70% do grupo) haviam deixado de usar crack e passaram a fumar maconha esporadicamente. É importante lembrar também que as pessoas não se viciam só em ‘drogas’. Se viciam em adrenalina, jogos, pornografia, chocolate, poder… E muitas vezes os impactos desses vícios a saúde são tão ou mais danosos quanto o uso de algumas substâncias ilícitas – como é o caso da maconha, que é 114 vezes mais segura que o álcool e, segundo cientistas “será a nova penicilina” devido a revolução que esta pode causar na medicina e na saúde das pessoas. Mas disso a gente fala daqui a pouco.
Antes quero que você entenda que a violência gritante oriunda do tráfico de drogas só passou a existir depois da implementação da ‘guerra às drogas’. Antes disso, cigarros e tinturas de maconha assim como “drops” de folhas de coca eram vendidas em farmácias como remédio para muitos enfermos. Na verdade, se for pra ir a fundo mesmo, posso falar sobre como a maconha já era usada de forma medicinal e recreativa desde a época dos faraós… e antes!
Hoje já sabemos que todo o poder, enriquecimento e a crescente violência do crime organizado são produtos da própria guerra às drogas. São frutos da proibição que nasceu do preconceito, da desinformação e principalmente da busca pelo controle das massas e do monopólio de indústrias. Da maconha se faz papel, tecido, combustível, alimento, plástico, concreto impermeável e à prova de fogo e outros milhares de produtos de forma barata, limpa e sustentável. Só quando você descobre isso começa a perceber o real motivo da proibição: Ninguém quer facilitar o acesso a uma planta tão útil, versátil e de fácil cultivo para que nós, pobres mortais, possamos plantar em nossas casas e terras para produzir não só nosso próprio remédio, mas também fibras e produtos capazes de substituir tantos outros oriundos das gigantes indústrias mundiais. A maconha é muito mais poderosa do que querem nos fazer acreditar. E você sabe disso. Ou pelo menos deveria saber…
Garantir a manutenção da repressão e da guerra às drogas serve única e exclusivamente para garantir o sucesso do crime organizado, a fatia gorda das milícias e claro, da indústria armamentista. E isso não é “papo de esquerdista defensor de bandido”. É o que dizem os maiores especialistas em segurança pública e economia do mundo!
O fato é que as pessoas não vão parar de usar drogas, nem as lícitas nem as ilícitas. Você pararia de tomar sua cervejinha se de repente resolvessem proibi-la? E a sua aspirina? Pararia de comer chocolate? Ou o tal pão com leite moça acompanhado de um cafezinho? Sinto em te informar mas isso tudo também é “droga”. Aliás, vossa excelência sabia que o consumo de café já foi proibido entre os cristãos?
Quando eu luto pela legalização das drogas não estou defendo apenas o meu direito de usar, até porque o fato delas serem proibidas nunca impediram a mim nem a ninguém de encontrar. Eu defendo o seu direito, caro leitor, de viver em uma sociedade pacífica, sem guerra, sem bala perdida, sem genocídio das populações pobres e periféricas. E engana-se quem torce o nariz e pensa que isso não é problema seu e que só quem perde são esses pobres e periféricos. Todo nós perdemos. A diferença é que só eles perdem suas vidas…
Defender a legalização da maconha é defender o nosso direito de ver nossos impostos aplicados em melhorias concretas para a sociedade como saneamento, educação, saúde, lazer e consequentemente segurança pública, não em armamento e efetivo policial para enxugar gelo combatendo algo que já provou não poder ser combatido.
Ignorar que a “cuestão” das drogas tem tudo a ver com a situação caótica em que vivemos hoje, falar em combate a violência, a miséria, ao racismo e a implementação de qualquer projeto que paute a segurança pública e a diminuição das desigualdades sociais sem falar em descriminalização e legalização das drogas é caminhar – mais uma vez – rumo ao fracasso. Ou é charlatanismo ou muita ingenuidade. Já usamos essa estratégia antes e o resultado está aí. Mudou? Sim, mas para bem pior.
Não é à toa que países como Canadá, Uruguai, EUA, Portugal, Holanda e até mesmo Israel entre outros com as mais variadas “ideologias” estão legalizando, descriminalizando ou afrouxando suas leis de drogas, principalmente as que dizem respeito à maconha. Nos estados norte americanos que legalizaram viu-se nascer uma nova, potente e bilionária indústria que impulsiona cada vez mais a geração de empregos, renda e arrecadação de impostos a níveis astronômicos em tempo recorde! Em Chicago estuda-se usar o dinheiro arrecadado com a legalização total da maconha para pagar a alta conta de pensões e aposentadorias devidas à população sem precisar mexer no bolso do contribuinte. Isso não te faz pensar em nada?
O próprio presidente Trump, como bom businessman que é, re-legalizou no fim do ano passado sem grandes alardes o cultivo e produção do cânhamo pois sabe do potencial econômico dessa fibra. Novamente segundo o Wikipedia (e não os livros de história porque infelizmente isso não é ensinado na escola), cânhamo é “o nome que recebem as variedades da planta Cannabis Ruderalis (que não produzem as flores) e da fibra que se obtém a partir delas.” Sem produzir flores a planta não serve para ser fumada mas é excelente matéria prima para centenas de indústrias. Cresce em qualquer lugar, não agride o solo e pode até purificá-lo. Foi proibido por ser uma ameaça direta para todas as poderosas indústrias que detém monopólios de produção, principalmente a têxtil e a petrolífera.
Indo um pouco mais a fundo na história você descobre que as velas dos barcos que trouxeram Pedro Álvares Cabral ao Brasil eram feitas de cânhamo. Que o papel onde foi escrita a independência dos EUA era feito de cânhamo. Que George Washington tinha plantações de cânhamo e que na verdade, lá atrás, essa planta foi fundamental para a economia e desenvolvimento de diversos países.
Entendo o medo que seu governo tem de que “a molecada se interesse por política” pois cidadãos politizados jamais permitiriam que essa abordagem fracassada e criminosa se perpetue. Cortar investimentos na educação e extinguir matérias que provoquem reflexão e estimulem o senso crítico é admitir que não se quer um povo que pense e descubra o quanto foi manipulado para aplaudir e defender a própria miséria e sofrimento nem o quanto estão sendo enganados dia após dia com leis e discursos que não os protegem, só os criminaliza e destrói suas vidas. E com vidas falo não só da dos “criminosos” (entre aspas porque pra mim criminosos mesmo são os de colarinho branco, políticos, juízes, policiais e demais agentes públicos corruptos que garantem que a proibição continue para que possam lotar seus helicópteros de cocaína e faturar milhões de dólares sem serem incomodados), mas também da vida de tantos policiais honestos que são enganados e iludidos a acreditarem que arriscar suas vidas lutando numa guerra na qual eles já entraram para perder é algum tipo de ato de heroísmo. Pobres coitados…
Quantas pessoas morrem por causa da violência e da repressão? Quantas morrem por causa do uso de drogas em si? E dessas que morrem pelo uso, quantas só morrem por estarem marginalizadas e sem acesso a informação, cuidados médicos e substâncias com controle de qualidade?
Em países como a Holanda, a Suíça e a Dinamarca usuários têm à sua disposição salas de consumo de drogas com risco mínimo, ou “shoot rooms”, onde podem usar drogas de maneira controlada recebendo acompanhamento médico e psicológico (!!!), o que não só fez com que os índices de violência e mortes ligadas a essas substâncias despencassem como também os levou a fechar presídios por falta de criminosos!
Vossa excelência entenda a magnitude disso?!
Em todos esses países, ao contrário do que diz o senso comum, o consumo principalmente entre jovens e adolescentes não só não aumentou, mas caiu. Novamente, isso não é opinião, são os fatos!
Aí você me pergunta: “você quer mesmo comprar o Brasil com o Canadá, a Suíça e a Dinamarca? Eles são países ricos, seguros, educados e desenvolvidos!”
E eu te digo que nosso país não precisa ser rico, seguro, educado e desenvolvido para só então descriminalizar as drogas. Ele precisa descriminalizar as drogas – e principalmente legalizar a maconha – para só então ser um país rico, seguro, educado e desenvolvido. Esse é o ponto.
Os grandes traficantes não querem a legalização. Não querem que os bilhões que lucram com o mercado ilícito passem a ser aplicados em infraestrutura social. Eles querem é que todo mundo se foda, o negócio é lucrar. É por isso que o tráfico não pede identidade nem pra quem quer comprar, nem pra quem ele quer recrutar. É tão “fácil” ser vendedor quanto ser consumidor, basta saber onde procurar. E, convenhamos, não é nem um pouco difícil encontrar… Só defende a proibição quem lucra com o tráfico de drogas, direta ou indiretamente. Quer um exemplo? Em 2013 o juiz Vilmar José Barreto Pinheiro, que em 1997 mandou prender a banda Planet Hemp alegando apologia às drogas, foi ‘condenado’ por receber propina do tráfico de drogas. Irônico né? Sabe qual foi a sua triste condenação? Aposentadoria compulsória. Ou seja, ele foi condenado a parar de trabalhar e continuar recebendo 28 mil reais por mês, que saem do nosso bolso, pelo resto da vida! Eu não sei pra você, mas bandido mesmo, pra mim, é esse senhor e quem o “condenou”.
Se as drogas foram proibidas pensando na minha segurança, me diga onde está essa tal segurança?!
Tudo isso e eu ainda nem entrei no mérito do uso medicinal da maconha – ou das demais drogas proibidas como o LSD e até a própria cocaína. Imagina você que durante a Copa do Mundo da Rússia pacientes tinham autorização para usar maconha e cocaína medicinal nos estádios?! Coisa de drogado vagabundo ou de país desenvolvido? Mas como não espero que vocês estejam preparados para debater o fim da proibição da folha de coca, vamos focar na Cannabis e em seus inúmeros usos terapêuticos.
Mas veja bem, falar de maconha medicinal não é só falar de um frasco de óleo. A partir do momento que o usuário fuma um pra relaxar e aliviar o estresse, esse uso já é medicinal. Ao meu ver, todo uso de maconha tem um “quê” de terapêutico.
Há um anos atrás, na Marcha da Maconha em Porto Alegre 2018, conheci a Carol. Marchando em sua cadeira de rodas empurrada pela mãe Liane, era uma garotinha que por muitos anos não andou, não falou, só se alimentou por sonda e sofreu diariamente com centenas de crises convulsivas severas causadas pela síndrome de Dravet. Elas lutavam para conseguir na justiça o direito de plantar o da filha pois já tinham autorização para importar mas o óleo de CBD isolado da indústria além de absurdamente caro não surtia os efeitos desejados… Foi só quando começou a produzir o óleo artesanal contendo THC, CBD e todos os demais componentes da planta que Carol finalmente encontrou o alívio para suas crises!
Um ano depois, na Marcha da Maconha em 2019, tive a emoção de vê-la marchar sobre suas próprias pernas, exibindo orgulhosa a cicatriz da sonda que ela já não usa mais enquanto entoava, ao lado da mãe, gritos de “maconha no quintal é remédio natural!”. Hoje ela é a primeira paciente gaúcha a conquistar na justiça o salvo conduto para cultivar o único remédio que foi capaz de salvar sua vida: maconha! O senhor vai ter coragem de chamar essa mãe e essa menina de drogadas?
Também não adianta nos ludibriar com aquele discurso de que “CBD tudo bem, o problema é o THC” porque já está amplamente comprovado que o CBD sozinho não é eficaz, como foi no caso da Carol e de tantos outros pacientes. O que cura e alivia é o efeito comitiva, ou seja, a junção de todos os componentes da planta, em menor ou maior escala de acordo com as necessidades do organismo de cada paciente. Que são milhares. Eu diria milhões. Desde os epiléticos até os diabéticos, os cancerosos, os esclerosados, asmáticos, os com mal de Parkinson, de Alzheimer, os que sofrem de insônia, de depressão, de glaucoma, de autismo, de bruxismo… A quem pode interessar a proibição de uma planta com um poder de cura tão poderoso?
Ou o senhor caiu, assim como todos nós, nas mentiras que vêm sendo repetidas durante décadas – e aí não vejo porque não reconhecer o erro e buscar novas alternativas, ou “vossa excelência” é não só conivente como mais uma peça nessa engrenagem suja de sangue que faz a roda da proibição continuar girando e destruindo gerações.
Quando seu governo decide andar na contramão do mudo e investir em mais armamento e repressão ao mesmo tempo em que faz cortes catastróficos na educação, eu sinto muito, mas só consigo concluir que se trata mesmo da segunda opção…
O mercado legalizado de maconha pode gerar aproximadamente 10 BILHÕES de reais por ano aos cofres públicos brasileiros, sem contar todo o dinheiro economizado com o fim de operações caras, violentas e inúteis mas vocês preferem realmente tirar dinheiro do bolso do velhinho aposentado ou pior, fazê-lo trabalhar até morrer? Que salvadores da pátria mequetrefes fomos arrumar hein?
Caro bolsofã proibicionista, permita-se sair da sua zona de conforto e questionar o porquê de você pensar como pensa sem ao menos ter refletido profunda e abertamente sobre o assunto. Por que motivo não querem que você se interesse por política? Por que não querem que você estude filosofia, sociologia ou qualquer outra matéria que desenvolva seu raciocínio crítico? Quando foi que se tornou aceitável um presidente falar abertamente que “o que importa é português, matemática e um ofício que gere renda” e que tudo mais que te faça pensar, raciocinar e questionar é ruim? O que eles tanto temem? É isso que chamam de educação? A mim soa mais como idiotização…
Esqueça seus pré-conceitos. Mudar de ideia não é sinal de burrice mas sim de inteligência. Aquele que acha que sabe de tudo só prova o quanto não sabe de nada. E digo isso como alguém que foi criada em família cristã rezando o terço de joelhos todas as noites demonizando a maconha assim como a grande maioria de nós foi coagido a fazer. A diferença é que alguns não estão dispostos a reconhecer que foram enganados por tanto tempo. Se acham espertos demais para isso e com isso só provam o quão ignorantes são…
Eu não me envergonho de assumir publicamente que fumo maconha porque hoje eu entendo que não há nada de errado nisso. Vergonhoso pra mim é continuar defendendo com unhas e dentes uma política burra, fracassada e ultrapassada que fede a mofo e sangue e ainda querer dar discurso de “liberal salvador da pátria”. Criminosa é a lei. É ela que precisa mudar. E é exatamente por isso que já está mudando em todo o mundo. Me explica como seremos um país moderno e desenvolvido insistindo em leis do século passado? Como já disse José Mujica, não dá para esperar resultados diferentes se você continua fazendo sempre a mesma coisa.
Desculpem-me a franqueza, mas já passou da hora de deixarmos de ser imbecis. Se repressão e violência resolvessem alguma coisa já estaríamos vivendo num paraíso. Não precisa ser esquerdista, comunista ou nenhum outro “ista” para compreender isso. Apenas ter um cérebro capaz de questionar não só tudo que acontece ao seu redor, mas principalmente aquilo que só os corajosos e sábios conseguem por em questionamento: a si mesmos.
Não seja só mais um papagaio de pirata de um capitão incompetente que claramente está prestes a afundar o navio. Não espere até ser sua a vida a estar por um fio.
PS: Tô há tanto tempo ensaiando para escrever esse texto porque, vejam só vocês, duvidei da minha capacidade de colocar em palavras todas as minhas reflexões sobre o ponto que quis abordar. Mas diante de um cenário onde nem o próprio presidente nem sua equipe parecem fazer questão da coerência e bom uso das palavras, senti confiança em meu potencial e resolvi publicar. Nunca antes na história desse país minha auto-estima intelectual esteve tão elevada! Valeu, Maconheiro Vagabundo)a.! Compartilhem e marca o amigo)a Maconhistas do Pulmão Verde.💚🍁🌬️
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Wyrm
A Tríade é formada pelas três maiores entidades na hierarquia espiritual de Lobisomem — Wyld, Weaver e Wyrm. Na mitologia Garou e de outras raças metamórficas, estas três entidades são responsáveis pela criação, preservação e destruição, respectivamente, de todas as coisas.
Dentre os três irmãos, Wyrm era o mais solitário devido a seu histórico destrutivo. Todos os outros lobos passavam longe de sua presença assustadora, exceto Wylde e Weaver.
Havia uma área natural que foi consagrada por Wylde, que se tornou um santuário para os três. Um cenário que não poderia ser visto por olhos comuns. Eles então decidiram nomear este pequeno espaço de terra com uma imensa árvore energizada pela natureza, de Nodo. Até mesmo a característica destrutiva de Wyrm não era capaz de enfraquecer este monumento, devido a preservação de Weaver, portanto, esse era o único lugar em que ele se sentia genuinamente acolhido no mundo.
Como sempre deixava um rastro de devastação por onde passava, por longos anos o lobo escurecido se refugiou naquele diminuto santuário, que se expandia de forma eloquente. Ele não queria mais ser um fardo para as pessoas, e principalmente para seus irmãos, então se refugiar ali, lhe trazia um certo conforto. Sua condição de senhor da destruição, foi uma imposição do “destino” (nem mesmo um deus poderia contrariar o destino). Apesar de aceitar o que tinham estabelecido a ele, houve um determinado momento no período da noite, que ele indagou às estrelas o porquê dele ser encarregado de uma tarefa tão cruel.
Cansado de questionar em vão, ele decide acabar com sua própria vida, pois já estava cansado daquela responsabilidade.
É então que para sua surpresa, algo fora do comum acontece, como se finalmente a resposta para sua pergunta estivesse bem ali diante dele.
Assombrado pela presença de alguém desconhecido em seu lar, decide se manter recluso para ver quais eram as intenções daquela visitante incomum.
A jovem de cabelo acobreado se senta ao pé da árvore, e se aconchega ali enquanto vislumbra o horizonte.
- Eu sei que está aí. - Diz ao sentir a presença de Wyrm. - Apareça para me cumprimentar. - Continuou.
O lobo se apresenta de forma retraída, mantendo a distância da garota. Ainda não sabia qual era sua verdadeira intenção, mas tinha ciência de que sua presença era de fato inerente devido ao ocultismo do lugar.
- O que faz aqui? - Ele a interroga de forma ríspida.
- Estou só de passagem, aliás, me chamo Ema, prazer em conhecê-lo. - Respondeu calmamente.
Wyrm não retribui a apresentação, apenas se senta ao lado de Ema em silêncio.
Você é meio caladão, né? - Indaga de forma descontraída.
Ele apenas a encara, mas segue em silêncio. Sua falta de confiança nas pessoas, o leva a pensar que ela não passa de mais um contratempo desnecessário.
- Imagino que deve se sentir bem solitário aqui, né? Me parece que vive assim há muitos anos. - Diz despretensiosamente.
- E quem você pensa que é, entrando assim no meu lar sem convite? - Questionou o lobo depois de quebrar o silêncio.
- Não sou ninguém, talvez Ema nem seja meu nome de verdade, apenas uma invenção minha para este momento. - Ela atribui.
- E você pretende me convencer de que é uma boa pessoa através de suas mentiras, e uma colocação óbvia da minha condição por escolha?! - Replicou o lobo furioso. - Como é que você conseguiu encontrar este lugar sendo tão prepotente?
- Ei, se acalme um pouco, tá legal? Me desculpa pela minha frase inapropriada e impulsiva, mas o que quero dizer, é que no mundo, nós não deveríamos nos prender a rótulos, a final, eles nos limitam demais. - Ela contra argumenta.
- E o que quer dizer com isso? - Wyrm pergunta impaciente.
- O que quero dizer, é que nós podemos assumir o controle de nossa própria vida, a final, quem define o que somos, é nós mesmos. - Conclue.
Aquela conversa pendurou por um longo período de tempo, até que amanheceu o dia, e aquela ideia inicial do lobo se foi para as profundezas de seu inconsciente.
- Talvez minha presença tenha servido justamente para te impedir de destruir sua própria vida. - Teorizou a garota.
- O que você faria no meu lugar, sabendo que só pelo fato de existir, sua presença faz mal para os outros? - Indagou a fera.
- Eu com certeza não iria querer estar no seu lugar, mas a perda faz parte do processo, a final, para que algo novo possa florescer, o que já não pertence mais a este mundo, deve ser levado para o descanso eterno, entende? - Ela o responde de forma serena como se já tivesse presenciado algo assim. - Sabe, muitos consideraria sua função um fardo difícil de carregar, mas já parou pra pensar que você tem o poder de proporcionar o repouso para almas cansadas? - Prosseguiu.
Wyrm nunca parou para olhar por esse lado, a final, ele era considerado o maior vilão da sociedade. Esta foi a primeira vez que alguém lhe mostrou outra perspectiva. Ema conseguiu transformar a melancolia em algo belo.
Ainda assim, sua companhia lhe trazia uma certa desconfiança, até que enfim, Ema lhe traz a decifração para remover quaisquer dúvidas que ainda pudesse ter sobre sua presença peculiar.
- Pela sua expressão, você ainda deve estar se perguntando como encontrei este lugar, né? - Indagou a jovem, antes de prosseguir com resposta. - Bom, digamos que quando se testemunha a morte, e aceita este conceito, você passa a enxergar o mundo de outra forma, ou seja, o mundo fora do mundo.
Satisfeito com a explicação da garota, ele acaba deixando escapar um sorriso involuntário, pois percebeu que ela é mais parecida com ele, do que ele imaginava.
Por fim, ela se aproxima de seu mais novo amigo, e lhe oferece um abraço, e ao ceder a este pequeno sinal de afeto, ele se sente aninhado e tranquilo. Podendo finalmente descansar livre da culpa que carregava por algo que fazia parte de um ciclo natural.
— O verdadeiro significado de passagem, Mérope.
#autoria#pequenosescritores#arquivopoetico#conhecencia#lardaspoesias#mentesexpostas#pequenospoetas#recuperandoaessencia#pequenosautores
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Fazia tempo que eu não aparecia aqui.
Acho que mais uma vez vou precisar desse recurso, por que essa é a primeira vez que vejo o real problema. Relendo os meus textos antigos, todos são sobre algum relacionamento, algum amor. Sempre estive amando, ou superando um amor. Nunca estive de fato só. Começo esse texto por que mais uma vez me veio o gatilho da solidão e o desejo de ser acolhida por um amor, eu não sei a origem dessa necessidade que tenho, mas ela existe. Eu penso em ir para o caminho fácil buscar pessoas que sei que estão só esperando meu momento de fragilidade para retornar a minha vida, mas estou cansada de repetir padrões. Eu não quero mais viver desse jeito, onde minha vida toda é baseada em amor, onde não construí nem conquistei nada por que sempre estava muito instável... Eu só quero crescer sabe, eu to cansada de ser uma criança. Eu sinto que ainda sou muito irresponsável, não sou capaz de prover a mim mesma, não quero viver em um sub emprego pra sempre, eu to cansada de me sabotar e essas devem ser minhas prioridades e não romances... DEFINITIVAMENTE MINHA PRIORIDADE NÃO DEVE SER ROMANCES... É basicamente isso eu acho. Mas também tem o lance que to muito irresponsável financeiramente, e não me comportando de forma muito responsável com os meus estudos, eu to brava comigo mesma por isso, estou fazendo algo pra mudar? Eu tento, mas ta tudo tão caótico que eu tento não ser muito dura comigo mesma, e me oferecer pequenos prazeres pra passar por isso, mas será que isso pode vir a me custar muito caro? Eu to com medo. Agora eu deveria estar terminando de vê revisão de estatística pq ainda falta calculo, mas eu fico procrastinando... Na semana acaba sendo cansativo por causa do meu trabalho que não to mais aguentando, to bem saturada dele, mas pra eu conseguir sair dele, preciso me dedicar nos estudos muito... é extremamente complexo... E eu não posso ficar sem emprego, por que estou devendo muito nos cartões... E eu me acostumei com um certo padrão de vida, não quero abrir mão disso... O tempo vai arrumando as coisas né, ele vai... Vou tentar ajudar ele e voltar a estudar. Precisava só falar sobre isso antes.
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Eu sempre gostei de escrever, escrevia menos do que lia. Nem sempre fui o tipo de leitora que gostaria de ser (ler ao menos 4 livros ao mês, que meta!). O primeiro livro que eu devorei foi: “A marca de uma lágrima” o clássico livro romântico que eu amo, mesmo não sendo a pessoa mais romântica esse primeiro livro marcou e de certa forma estragou meu gosto literário, minha facilidade pra ler romances é bem maior do que eu desejaria, e isso deve ser uma novidade pra quem me conhece, porque normalmente eu gosto de filmes e séries de suspense e drama. Ok, dito minhas preferências de leitura volto ao meu gosto pela escrita, uma das coisas que mais me fascina é escrever analogias e eu tenho certa facilidade pra conectar qualquer história com a vontade de Deus. Sim, sempre que eu estou contando algum fato sobre o meu dia ou perrengue, já relaciono Cristo e sua vontade soberana sobre a minha vida. Exemplo sobre o que eu escrevia quando adolescente: Meia furada em tênis novo relacionei com a passagem sobre os sepulcros caiados, quanta criatividade! Amo analogias, você pode relacionar qualquer evento da sua vida a uma passagem bíblica ou a algo que cristo tem pra te mostrar. E por quê eu falei tanto sobre os meus gostos, meus passatempos juvenis? Bom, nessa época eu usava um pseudônimo e eu escolhi um nome bem maduro, pra ninguém nunca imaginar quem era, e então surgiu a Judite Reis, fala sério, um nome super maduro, né?! Nessa época eu já estava tão acostuma as pessoas me rotularem e diminuírem minha capacidade intelectual que eu morria de medo de ter erros de ortografia ou concordância, passava horas tentando corrigir e acabava perdendo a graça. Embora tenha escapado esse pequeno desabafo, sou extremamente grata ao meu hábito de escrever, rendeu diários hilários e cadernos com cartas para o futuro, inclusive eu sempre falo para as pessoas escreverem, cartas em uma cápsula do tempo, é um sensação incrível ler depois de anos. Os rótulos que me deram na adolescência não foram nada comparados ao impacto que os mesmos causaram a minha vida adulta, porque eu descobri que as pessoas são más e quando riem de um erro seu não é porque foi engraçado, é pelo prazer de se sentirem melhores. Mas eu me liberto, liberto do meu pseudônimo e dos rótulos, escolho escrever por mim e para mim, pelo puro prazer de sentar em um dia frio e relembrar as emoções que senti em cada palavra posta no papel ou tumblr. Esses pensamentos todos são devaneios de uma vida adulta e consciente de que nossos rótulos não nos definem, e se algum rótulo for posto na sua vida, que seja o que a bíblia declarou sobre a sua vida: Vitorioso, abençoado é escolhido.Obs: A marca de uma lágrima é claramente um livro feito para adolescentes chorarem, indico!
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Different Sunday Morning - w/ Niall Horan
Um manhã linda de domingo surgiu depois de um sábado preguiçoso e chuvoso. Por incrível que pareça, hoje acordei antes do meio dia e por alguma razão me deu uma vontade enorme de andar de bicicleta pelo parque. Fazia muito tempo que não acordava cedo em um domingo. E fazia mais tempo ainda que não andava de bike.
A animação matinal fez com que levantasse imediatamente da cama, indo preparar meu café ao som de Dua Lipa. Após estar alimentada, caminhei até o quarto para trocar-me e minutos depois estava no banheiro, escovando meus dentes com outro estilo de música tocando na JBL e no caminho até o parque meus fones tocavam rock. Queen para ser mais exata. E há quem diga que eu só escuto um estilo musical.
O dia estava realmente muito bonito e perfeito para realizar uma atividade fora de casa. Aproveitava o momento super distraída cantando e curtindo a brisa quando de repente..
- Cuidado!! - meu grito saiu no instante em que um ciclista veio em minha direção. Nós dois tentamos desviar mas perdemos o equilíbrio por conta do desespero, batendo um contra o outro. Caí da bicicleta direto no asfalto e o garoto, também protagonista do acidente, caiu para o lado da rua. Ele ainda estava com a bike em cima de seu corpo e os carros passavam pela rua sem nem ligar para o pobre coitado no chão. E como se aquele espetáculo não bastasse, o rapaz quase foi atropelado por um carro vindo em alta velocidade.
- Ei! Cuidado! - gritei para o motorista ao freiar em cima da hora e fui correndo ajudar o moreno. Logo em seguida pude ouvir a buzina estridente e barulho forte do carro cantando pneu após meu pequeno surto. - Meu Deus, você tá bem? - perguntei preocupada. - Me desculpa. Eu estava completamente distraída com a música e não prestei atenção em nada. Você se machucou? Ai minha nossa! Você bateu a cabeça? Está me ouvindo?- as perguntas saíram todas de uma só vez por conta do nervosismo enquanto tirava a bicicleta de cima do menino.
- Estou sim. - ele riu e então o ajudei a levantar. - Fones de ouvido são realmente perigosos.
- Nem me fale - comentei ao soltar um riso fraco, assim como ele. - Você tá bem mesmo?
- Aham. - o rapaz pegou a bicicleta e saímos da rua, evitando outro acidente. - Quase fui atropelado mas passo bem. Obrigado pela ajuda. - Até então tudo estava sob controle, mas foi quando ele sorriu que eu perdi a minha postura e percebi que eu batido com um anjo. O homem mais lindo que já!
- Imagina. Era o mínimo que poderia fazer pra me redimir com você. - disse sem graça, ainda admirada com a sua beleza.
- Mas e você? Se machucou?
- Ralei um pouco o joelho e a palma da mão. Nada demais. - dei uma olhada na minha mão e estava tranquila, mas o meu joelho não teve a mesma sorte. - Meu Deus! Fiquei tão nervosa que nem vi que o meu joelho está destruído. - o garoto riu.
- Pelo menos tivemos sorte, caímos em frente a uma farmácia. - o moreno apontou para o estabelecimento enorme do outro lado da rua, e suspirei aliviada.
- Ainda bem.
- Vem, eu te ajudo - o rapaz segurou em minha cintura e coloquei meu braço em volta de seu pescoço. Devagar, ele ajudou-me a andar pois quando tentei mexer o joelho, senti doer um pouco. - Vou pegar alguns curativos e água oxigenada para passar aí, não se mexa. - disse assim que entramos na farmácia e eu obedeci. Fiquei observando o garoto e jurei que estava sonhando e logo acordaria super tarde com o telefonema da minha mãe, brigando comigo por ainda estar na cama, porém nada disso aconteceu. Eu realmente estava sendo socorrida por um príncipe. - Aqui está. - ele trouxe tudo o que precisava e foi até o caixa.
- Minha nossa, eu não trouxe minha carteira.
- Pode deixar que eu pago. Presente por ter salvo a minha vida. - mais uma vez seu sorriso me desestabilizou. O garoto pagou os medicamentos e ajudou-me a andar até a frente da loja. - Consegue se sentar?
- Acho que sim. - tentei sentar na área do estacionamento da farmácia mas estava um pouquinho difícil. - Aii.. - reclamei ao sentir arder a região machucada e ele veio dar apoio. - Obrigada.
- Deixa eu te ajudar com isso. - hiper prestativo, o moreno sentou-se a minha frente e começou a limpar o machucado. - Se doer você me avisa. - assenti. Estava hipnotizada na beleza e na gentileza dessa homem. A cada atitude feita por ele encantava-me mais ainda e com certeza minha cara de boba em algum momento assustaria o rapaz.
- Você é médico ou algo do tipo? - perguntei devido ao cuidado que tinha fazendo o curativo.
- Não - respondeu rindo. - Eu só observava muito bem quando minha mãe fazia os curativos em mim, já que me machucava sempre quando era mais novo. Por isso decorei passo por passo para que quando eu caísse não precisasse contar para ela. - soltou uma risada e eu o acompanhei.
- Ela deve ser super cuidadosa pelo visto. - ri fraco e ele concordou ao dar os toques finais no curativo.
- Bom, acho que é isso.
- Incrível! Muito obrigada, de verdade. - sorri como forma de agradecimento e novamente o rapaz ajudou-me a levantar.
- Que nada. - sorriu de canto. - Foi um prazer.
- Com toda essa confusão eu nem perguntei seu nome.
- Niall. - sorriu estendendo a mão e eu apertei, retribuindo a ação. - E você?
- S/N! - sorri fraco. - Valeu mesmo, Niall. Você foi um cavalheiro.
- Não precisa agradecer.
- É claro que preciso, além disso, te devo mais desculpas por ter causado toda essa confusão.
- O que acha de se desculpar indo tomar um café comigo? Topa?
- Claro! - tentei conter a animação por fora com um sorriso simpático mas por dentro eu estava surtando, como se estivesse em uma comédia romântica clichê. Felizmente havia uma cafeteria no final da rua e caminhamos até enquanto dialogávamos sobre o dia de hoje. - Estou indo com você somente pela companhia, porque tô zerada como você podê perceber. - dei uma risada sem graça.
- Relaxa. Eu te convidei, então eu pago. - Niall disse enquanto entrávamos no local. - Um café normal? - assenti. - Beleza. Vê uma mesa pra gente?
- Claro. - fui em direção à mesa que tinha um sofazinho e sentei-me na espera do meu anjo da guarda.
Não demorou muito para que ele voltasse com os dois cafés em mãos e alguns muffins.
- Aqui está. - o moreno entregou-me o café e sentou-se na minha frente. - Trouxe muffins, caso goste.
- Amo!
- Bom, o que estava ouvindo de tão empolgante para causar um acidente? - perguntou de forma descontraída, arrancando risos de mim.
- Queen.
- Tá explicado. Quem não fica distraído com essa maravilhosidade tocando?!
- Não é? E a música fez jus à situação.
- E qual era a música?
- Love Of My Life. - sorri rápido e tomei um gole de café o encarando. Niall soltou uma risada fraca e ficou totalmente sem graça com a minha tentativa de cantada. - Desculpa, foi horrível, né?
- Não! - ele riu. - Eu adorei! Bem melhores que as minhas, e olha que eu arasso.
- Mandei bem então?
- Super! - caímos na gargalhada e continuamos o papo. Descobri que Niall mora na rua de trás da minha casa e que já estudamos na mesma escola, no entanto em anos diferentes. Sem contar que o diálogo fluiu maravilhosamente bem já que ele é super engraçado e um amor de pessoa. Ficamos conversando por horas até meu telefone tocar com um ligação do meu amigo, dizendo que terminou com a namorada e precisava de mim. - Acho que agora é a sua vez de socorrer alguém. - ele sorriu.
- Pois é. Se eu pudesse, ficaria mais tempo com você. Adorei o papo!
- Eu também! Podemos marcar outro dia, o que acha?
- Eu adoraria!
- Me passa seu número então, aí te chamo. - Niall entregou-me o celular e logo coloquei meu número nele, entregando o aparelho de volta para ele. - Bom, foi um prazer, S/A! - falou enquanto abraçava-me e pude sentir seu perfume cheiroso.
- O prazer foi meu! Amei te conhecer. - disse ao dar um sorriso. - Desculpa de novo e obrigada por tudo.
- Eu que agradeço. Ter te conhecido foi ponto alto do meu dia! - piscou com um olho só e logo um riso tímido saiu de minha boca.
- Até mais! - despedi-me indo em direção a porta.
- Até! - o rapaz acenou e só parei de olhá-lo só quando saí do café. O sorisso estava estampado em meu rosto e fui pra casa feliz da vida. Mas infelizmente todo aquele sentimento acabou quando lembrei que não havia pego o número dele. Me xinguei muito até chegar em casa hiper frustrada, mas disfarcei quando o N/A chegou. Ele estava realmente chateado e o consolei por um bom tempo, tentando distrai-ló ao máximo, deixando até ele me zoar por conta da burrice que fiz com Niall.
- E você não pegou o número dele?
- Eu esqueci, caramba!- resmunguei com raiva e ele soltou uma risada alta.
- Você é muito burra, meu Deus!
- Eu estava tão encantada que nem me lembrei disso! Mas eu quero muito, muito mesmo que ele me mande mensagem. - comentei pegando meu celular e conferindo mais uma vez se havia alguma mensagem nova nas notificações. - Mas até agora nada aconteceu. - falei desanimada jogando o aparelho no sofá.
- Ele não vai te chamar, aceita.
- Fora daqui! - brinquei apontando para porta e meu amigo riu.
- Eu vou, mas é porque minha mãe disse que fez minha comida preferida. - N/A levantou-se do sofá e me abraçou forte. - Obrigado por estar comigo, S/A. Amo você.
- Imagina, querido. Estarei sempre aqui, sabe disso. - sorri gentilmente e o abracei novamente. - E você vai encontrar o amor da sua vida, igual eu encontrei o meu hoje! - dei um sorriso larga e mais uma vez o rapaz riu.
- Me mantenha informado. - disse indo até a porta.
- Pode deixar. - após N/A sair suspirei apaixonada, lembrando do meu super herói. Saí dos meus pensamentos quando escutei um barulho de mensagem chegando. Corri até meu celular e li o recado rapidamente.
Nova mensagem:
N/A: Achou que era seu príncipe encantado né? KKKKKK mas sou só eu.
Mensagem*
S/N: Idiota! Fui igual boba correndo para encontrar meu celular e leio isso? Tenha dó, N/A :(
Bloqueei a tela e fui tomar um banho, com a intenção de esquecer o fato acontecido horas mais cedo, mas falhei. Não parava de pensar um minuto sequer nele e quando saí do banheiro ouvi novamente o barulho da mensagem, vendo logo o que era, não esperando ser Niall desta vez.
Nova mensagem:
Niall Horan: Oii! Espero que seu joelho esteja melhor :)
Sorri de orelha a orelha quando li o nome do usuário. Ainda não havia caído a ficha que esse dia maravilhoso realmente aconteceu. Maa felizmente era real e agradecia imensamente aos céus por ter feito com que fosse ao parque depois de anos sem ir. Talvez eu deva andar de bicicleta mais vezes por lá..
_________________________
xoxo
Ju
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ficar em casa na quarentena sem fazer exatamente nada pode acabar sendo um tédio puro. eu compreendo exatamente o que é se sentir parada(o) e não usar esse tempo pra algo útil, porém, preciso te avisar uma coisinha sobre o tempo.
o tempo é o que VOCÊ decide fazer dele. se você não usar o seu tempo de forma preciosa e útil, mais ninguém poderá fazer isso por você. e realmente, tem dias que devemos parar de querer fazer algo, simplesmente descansar, ficar 'deboice'. mas se você se incomoda com isso, em ficar num ciclo constante de deboice, ou até mesmo se você não se incomoda, mas reconhece que poderia estar usando melhor seu tempo, esse post é para você. eu realmente acredito que exista um lado bom para praticamente tudo. enxergar oportunidades e/ou aprendizados através da dor é uma coisa que nos faz evoluir enquanto humanos. com essa quarentena, acredito que podemos sim evoluir como pessoas. não há um tempo certo para ser bom fazer isso. todo tempo é bom.
e, pensando exatamente em autoconhecimento, preciso lhe contar que existem taaaantas ferramentas pra gente se conhecer. cara, não são poucas. e aqui vou apresentar todas que eu utilizo comigo mesma, sendo que algumas eu domino mais do que outras. mas, no fim, tudo é útil. e estamos em constante evolução.
testes de personalidade COM EMBASAMENTO CIENTÍFICO
o teste das 16 personalidades tem um fundo, uma base psicológica MUITO boa. a maior influência, a origem desse teste são os tipos psicológicos desenvolvidos por Carl Jung, em que ele fala muito de INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO. sim, dentro do que já conhecemos disso no senso comum. introversão é a energia da atividade psíquica que se volta para dentro; extroversão, a contrário senso, é direcionada para fora, para o externo. a nossa sociedade de certa forma influencia a gente a achar que existe um tipo 'superior', que ser introvertido é um fracasso, então por isso é muito difícil das pessoas introvertidas se entenderem no mundo, pois o extrovertido é, infelizmente, o que mais pregam como "ideal". mas nãooooo ser humano, ele não é o ideal. os dois existem e os dois são fundamentais a todos nós. e dentro dos tipos psicológicos também temos as demais funções, sensação, intuição, sentimento e pensamento. e também o 'J' e o 'P' que são os processos cognitivos, o julgamento e percepção, respectivamente. por ex.: INFP. o I remete a introverted (introvertido); o N a iNtuition (intuição); o F para feeling (sentimento) e o P a perceiving (percepção). e isso terá todo um significado e uma séeeerie de coisinhas para você se aprofundar. existem 16 tipos de personalidades então (com base nessa teoria de personalidade, com fundo junguiano), explicada e aplicada e é uma excelente forma de SE ESTUDAR. afinal, por menos que seja, nessa quarentena, não é?
recomendações de sites para estudar os 16 tipos de personalidade e descobrir o seu: - Inspiira (meu favorito, é objetivo no teste deles) - 16 personalidades (é bom também)
astrologia
existem alguns tipos de mapas astrais. o natal (de nascimento) é o mais conhecido, até mesmo por ser aquele que devemos usar para dar o pontapé inicial para estudar a nossa personalidade.
o mapa astral SEM a hora de nascimento já dá um norte bom em quem você é. porém, você ficará sem as informações das casas e do ascendente. mas, se quer estudar somente os posicionamentos (qual seu sol, qual a sua lua, mercúrio, vênus e etc...), então tá ok também.
agora, site para fazer mapa astral é algo complicadinho, rs. porque eu sou muito crítica e criteriosa, e normalmente eles dão uma pincelada (até porque é um trabalho denso e a manifestação ou não de uma característica dependerá de todo o resto do mapa), e então muita coisa pode passar batido.
o que eu indico para se conhecer então? fazer a base do seu mapa e sair pesquisando, lendo e lendo. até porque né amores, a menos que você pague alguém para estudar teu mapa TODO (eu faço isso para as pessoas, by the way), é difícil um site que funciona de forma automática, meio "robotizada", dizer tudo de forma sintetizada sobre você. portanto, indico pegar os posicionamentos e ir pesquisando, lendo um a um em diversos sites. por exemplo: você tem lua em escorpião. e quer sair pesquisando sobre isso. pesquise e leia sobre a sua lua em escorpião. ou senão comece pelo signo solar, e depois parta para o resto. e sempre buscando ler em diversos sites. pois SEMPRE haverá, mesmo que em pequenos pontos, algumas explicações diferentes dependendo do astrólogo. temos que nos estudar e AUTOCONHECIMENTO ENVOLVE ESFORÇO.
então, sites para descobrir seus posicionamentos e sair se estudando: -> Astro Charts -> Astro
numerologia
não posso falar muuuuito pois sou bem leiga nisso aqui e não curto falar de coisas que sou leiga. então, uma descrição breve do que é: a numerologia é uma forma de estudar a influência dos números na nossa vida, em diversas áreas; personalidade, amor, karma, trabalho/carreira, missão de vida e etc.
fazer um mapa numerológico básico: - Somos todos um
sobre numerologia: - We Mystic
para quem sabe inglês, tem uma ferramenta bem interessante (e apurada, segundo as pessoas que conheço e que se interessaram), que fala de alguns dos significados da numerologia para você. - https://video.numerologist.com/
sexologia
estudar sexo e a SUA SEXUALIDADE não tem naaaada a ver com assistir pornô. sexologia é uma área de estudo que pode (e deve) ser usada para autoconhecimento SIM. conhecer primeiramente o que é o seu corpo e o que o sexo significa para você. quebrar tabus, respeitando seu tempo e seu espaço, especialmente se existirem bloqueios fortíiissimos disso aí dentro. você pode pensar que praticamente todo jovem não tem problema com sua sexualidade porque eles falam abertamente disso, mas é aí que você se engana. o fato deles falarem abertamente às vezes vem do próprio fato deles sentirem que precisam falar disso, por serem jovens. falar de sexo, ver pornografia (!!!), algo que ajuda e muito na ideia equivocada que todos os sexos acabam tendo do que é o ato sexual. muita gente tem problema de baixa autoestima, de não se sentir atraente (e isso tem ligação com diversas coisas, desde problemas pessoais à padrões sociais), muitos não sabem quase nada de sexo, e saem fazendo sem ter nenhum tipo de orientação. sabe, o pornô que você assiste é a pior forma de achar que você está se educando sexualmente. a forma que você acredita que deva ser tratada/o ou deve tratar os outros no ato. meu anjo, as coisas são MUITO além daquilo ali. o sexo por si só é um ato de troca de energias e troca de intimidade. você não precisa ter um(a) parceiro(a) fixo(a) para conseguir ter isso, essa troca. mas a troca é importante, e entender como você funciona no sexo também.
você pode se estudar simplesmente começando a pesquisar as dúvidas que mais tem sobre o assunto na internet; lendo mais sobre masturbação. até porque estou falando de autoconhecimento, e além disso, a masturbação pra mim é o primeiro passo e acredito que o mais importante dentro do seu contato com teu corpo, quebra muito o tabu e te aproxima de você mesma(o), aumentando a consciência corporal, conhecendo seus pontos de prazer.
indico ler bastante, de acordo com o que você for estudar. e o youtube nesses momentos é um parça incrível, pois tem muita gente falando coisa boa sobre sexo e sexualidade por lá. lógico que tem as exceções, mas vamos focar no que for bom, rs.
não vou indicar meus links do que uso atualmente pois já leio sobre a prática sexual em si, técnicas, filosofia tântrica para relacionamento e sexo tântrico, pompoarismo e outras coisas, e acho que se você tem MUITO bloqueio, é melhor começar pelo começo: a sua sexualidade, como você gosta, como você quer. como é a sua relação com seu corpo. se você sabe se dar prazer ou não. se sabe o que é um orgasmo, se já sentiu sozinha(o). é o certo, ao meu ver.
chakras
- o estudo dos chakras tem um teor mais espiritual, então entendo que nem todos estarão abertos para isso. mas acredito que estuda-los é também desenvolver outro tipo de consciência do que você é.
- a base dos chakras: luz da serra
e aí você, de acordo com a leitura e o mínimo de consciência do que você sente que mais está desequilibrado em você, vai pesquisar "chakra x desequilibrado" ou "como equilibrar chakra x". eu acho esses estudos mais espirituais e que tem conexão com as leis do universo EXTREMAMENTE interessantes. acho que ajuda e muito a gente a evoluir e abrir a nossa mente, bem como ter consciência de nós mesmos.
- formas de equilibrar seus chakras: Eu Sem Fronteiras
yoga e meditação
pra mim, o yoga não tem segredo. é pegar um vídeo de prática, de acordo com o que você acha que precisa naquele momento, e começar a fazer.
hoje em dia uso muito esse canal aqui: - Fernanda Yoga
a meditação é uma prática que requer dedicação e acredito que um certo tempo até você entender que é capaz de conseguir praticar sim e ir sentindo os benefícios. mas, antes de tudo kkk: meditar não é silenciar a mente. é aprender a 'adentrar' num estado meditativo onde você consegue direcionar o seu foco e pensamentos em coisas mais positivas, limpando e tentando até mesmo entender tudo aquilo que está ocupando a tua mente, todo aquele lixo de informações que PESAM ali e que te impedem de se sentir bem, de ter um dia bom. para mim<, meditar é entrar em contato comigo. é conseguir ver o que tem na minha mente e discernir sobre a natureza daquele pensamento, por que estou pensando aquilo e se de fato devo pensar e dar esse valor para aquela questão. tem coisas que deixamos prender na nossa mente e que não são tão úteis assim. são coisas que só ocupam espaço mesmo, e que a partir do momento que você nota, você consegue provavelmente iniciar um processo de contato com uma raiz, uma fonte de sofrimento. meditação, para mim, não é fingir positividade e deboice quando NÃO tá tudo de boa. é aprender a ficar só, em silêncio, e escutar o que a tua mente tem a lhe dizer.
- a meditação: Eu Sem Fronteiras
existem canais e apps para isso também!)
e sim, eu faço todas essas coisinhas, implanto elas na minha vida. óbvio que não aprendi do nada, há anooooos me estudo. meus conhecidos sabem como sempre fui a louca do conhecimento, adoro tudo que for agregável e que eu puder estudar profundamente. então assim, exatamente por estar nessa posição de quem já absorveu alguns conhecimentos nesta vida e almeja alcançar mais: SE ESTUDE, ser humano. ninguém vai poder fazer isso por você que não você.
sem falar que podemos criar as nossas próprias formas de nos estudar, adaptar isso tudo à nossa forma. porém, acredito que pra isso seja necessário uma base, por menor que ela seja, para que você se estude com mais autonomia.
e se você não conseguir de primeira, e isso vale para todas as alternativas que eu descrevi aqui, tá tudo bem! você pode seguir tentando, e eu sei que você tem capacidade de dar passos ENORMES e conseguir se conhecer de verdade. e nada vem sem esforço, sem interesse verdadeiro. tenha interesse em você, você vale a pena, e eu, mesmo sem te conhecer, já sei disso! beijinhos e ótima quarentena pra gente, que mesmo em meio a tantas incertezas ao nosso redor, a gente consiga construir certezas do lado de dentro.
#autoconhecimento#psicologia#astrologia#numerologia#sexologia#conhecimentos#studyblr#carl jung#chakras
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Querido diário
Aqui no Brasil, hoje é o dia dos namorados.
Eu tenho 23 anos e vou dizer o que todos pensam da própria vida: Não sei o que fazer com a minha.
A verdade é que a confusão toda em minha mente me fez ter vontade de por tudo para fora. E o que eu fiz? Vim pra esse site, que eu sei que (hoje em dia) quase ninguém usa, desabafar. E por que eu não escrevo isso de um jeito mais particular, num caderno ou no word? No caderno é que minhas maos doem e no word não, porque eu queria escrever em algo com mais minha cara. Enfim, quero fazer dessa pagina minha mente e minha verdade, e como eu vejo o mundo. E como ninguém se importa e ninguém esta nem ai para ninguém hoje em dia, decidi reviver minha antiga pagina no tumblr pra escrever meus pensamentos, só espero que o site não vá embora...
E eu nem sei por onde começar...
Vou falar do dia de hoje. E eu fiz: nada. Estamos no meio da pandemia do corona virus e eu fui suspensa do meu trabalho. No começo de tudo, eu tinha vários planos: ja que teria que ficar em casa, iria começar a ler vários livros, fazer exercícios em casa, ver series interessantes, estudar e virar uma programadora eficiente. O que eu fiz? Tive alguns surtos e a ansiedade me travou. E, sinceramente, não faço ideia de como será daqui pra frente.
Daqui a duas semanas eu vou voltar ao meu trabalho e... sinceramente não faço ideia de como será (repetindo, de novo). Não sei se serei demitida ou como será as coisas lá.
Olha só que legal (ironia), enquanto escrevo aqui, acabo de saber que a padaria da minha tia foi assaltada. É indignante isso, quero dizer, em plena crise e com o mundo em pandemia, as pessoas assaltarem pequenos negócios assim.
Minha tia aqui eu vou chamar de “mãe loira”, porque se eu realmente for continuar a escrever aqui, terá muito assunto sobre. Eu a chamo de “mãe’’, apesar dela ser minha tia, irmã da minha mãe verdadeira, que eu chamo de “mãe pretinha” rs
Alias, apesar do assalto, felizmente não foi nada grave, o cara levou 40 reais que estava no caixa e o celular do cliente que estava lá, não teve feridos nem nada. Ele não mostrou armas, mas foi porque eles não reagiram também. Ainda bem, mas realmente espero que isso não venha acontecer de novo. Não quero que vire algo perigoso a região. E bem, a casa dela é junto ao estabelecimento, meu medo maior era entrarem na casa. Mas felizmente não aconteceu nada grave!
Bem, como prosseguir agora?
Bom, eu apesar de ter historias bem peculiares, acredito não ter nada especial pra esse mundo, uma menina pobre da zona leste de São Paulo que bem, é incomum em sua vida, mas bem comum para o mundo. Nada de diferente, eu acho.
Na verdade, sempre penso que cada ser humano é único nesse mundo e cada um vive uma realidade só sua. Óbvio, né? Mas eu vejo isso com tanta verdade... tipo, minha realidade é totalmente diferente da minha mãe, por exemplo. Vivemos na mesma casa, compartilhamos a nossa vida, mas os pensamentos, vontades, desejos, para tudo o que ela vive, é totalmente diferente do meu. E eu acho isso tão único e belo. Nossas personalidades, inclusive, são bem diferentes. Uma unicidade tão verdadeira que eu admiro muito.
Alias, não que isso seja relevante, mas moro com minha mãezinha apenas.
Bom, voltando a falar sobre o dia de hoje, o dia dos namorados. Data especial? Não, apenas mais uma data comercial para presentear algum querido seu. Ontem eu literalmente apaguei TODOS os meus aplicativos de redes sociais, inclusive o de mensagens, o whatsapp. Alguma coisa a ver com o dia de hoje? Sinceramente, não. Foi mais um surto onde eu reparei que estava passando tempo demais em redes sociais e decidi dar um fim em tudo por algum tempo. Quanto tempo? Eu também não sei. Talvez eu diga nos próximos dias.
Mas bem, de qualquer maneira, o fato de eu ter excluído ontem todos esses aplicativos, fez bem à mim. Não ter visto nada relacionado ao amor hoje, nem declarações nem nada, me fez bem. E também não ter preciso falar nada para ninguém, também. Eu to conversando com alguns caras. Sim, alguns. Mas nada de especial com ninguém, flertes apenas pelo prazer de flertar haha’
Na verdade... tem um em especial, sim. E ele é bem legal. Eu não sei como vai ser no futuro com ele, mas provavelmente vou dizer alguma coisa aqui, ou em qualquer outro lugar que eu comece a escrever.
Mas voltando à falar do dia de hoje, quero falar sobre o amor. Quero dizer, sobre meu ex... NAAAH, não vai ter chororo aqui! Ele era uma pessoa magnifica que meu coração ainda ta processando um sentimento que existiu entre a gente, mas bem, já esta tudo bem melhor.
Te contar uma coisa, viu: amor dói. E como dói. Foi bem difícil o começo, sabe, quando terminamos... mas agora ta tudo ok. Mais ou menos ok, mas já ta melhor. Pelo menos, não dói mais. Vou escrever só sobre ele algum dia. Quem sabe, tirei varias lições disto.
Mas é bom não relembrar sobre, né. E ter evitado o mundo ‘’social’’ do dia de hoje, me fez bem. Me fez esquecer os planos que eu ja tive e posso ter. E esquecer é tudo que eu quero no momento. Apesar de eu estar escrevendo tudo isso pra eu lembrar no futuro.
Eu, de verdade, tenho uma péssima memoria. É serio!
Dory como eu te entendo!!!
Forcei parte da minha memoria a esquecer muita coisa também, então acho que deve ter algo a ver com isso. Não sei, um dia eu vejo isso com algum especialista, quem sabe...
Alias, eu não sou uma pessoa muito interessante, né? Acabei de reparar isso.
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·˚. ★ ·˚. ( MORE ABOUT THE HYBRID ) !
FÍSICO
Nome: demeter merriwick nightingale
Apelido: demi
Significado: em homenagem a deusa da agricultura e natureza (como as faes) como também da vida e morte (como as bruxas)
Voz: doce e suave, até mesmo quando brava.
Gênero: feminino
Peso: 47kg
Idade: 21 anos (fato curioso: demeter ainda permanece no instituto devido a ser uma possivel ameaça já que por ter os poderes de fae e bruxa a mesma possui uma maior dificuldade em controla-los, já que ambos são distintos, levando um tempo maior para domina-los ainda seja uma aluna dedicada)
Altura: 1,50m (sim a baixinha de millard kkk)
Cor dos olhos: azuis claros um tanto cintilantes reflexo de sua magia.
Cor do cabelo: preto.
Sexualidade: pansexual
Características físicas: orelhas pontudas (como toda fae), as asas são em um tom transparente (tipo da tinkerbell) porém quando suas emoções estão um tanto descontroladas isso reflete nas mesmas que tomam um tom azulado florescente (sim é possivel que ela controle tipo uma lanterna mas ela não sabe ainda direito), a pele alva tem um tom brilhante que quando a mesma está feliz reluz um pouco mais e acaba sempre corando facilmente com qualquer coisa, possui sardas pelo corpo, uma marca de nascença que lembra um coração localizada no pescoço e covinhas em suas bochechas que apenas aparecem quando está sorri.
Qualidades físicas: quem a olha a vê como alguém extremamente frágil mas é costuma saber se defender bem (algo como as asas? que são bem delicadas mas muito resistentes?) já que teve que aprender a se virar sozinha.
Saúde: por ser parte veela raramente fica doente assim como a fisionomia permanece a mesma, tirando isso costuma ser bastante saudável se alimentado bem, ainda que não seja muito apta a praticas de exercícios (sedentarismo que chama?), possuindo uma queda por chocolates o que acaba sempre a deixando muito energética (alerta diabetes)
Maneira de andar: na maior parte do tempo demeter anda com o nariz empinado, de cabeça erguida, não se sente intimidada por ninguém porque realmente sabe que é um ser poderoso ainda assim o arrastar dos pés tímidos no piso intiquem que muitas vezes sua insegurança, por um ser que não deveria sequer existir afinal híbridos são destinados a serem mais fracos que suas especies e ela é mais forte já que tem o poder do caos e da natureza, uma aberração.
PSICOLÓGICO
Práticas / Hábitos: costuma sempre está enrolando madeixas do cabelo entre os dedos e quanto mais cacheado se encontrar seu cabelo mais agitado foi seu dia (emocionalmente), gesticular bastante com as mãos enquanto fala, roer as unhas quando nervosa ou mexer os pés freneticamente quando ansiosa, ficar levemente de bico quando chateada (é algo involuntário kkk), escrever sobre seus dias e emoções em seus diários (já que faes são imortais ela não quer se esquecer de nada)
Inteligência: tem uma grande sede por conhecimento, adora estar descobrindo coisas novas e costuma ser bem dedicada no instituto porém não tem tanta facilidade.
Temperamento: na maior parte do tempo costuma ser bem calma tirando quando pisam no seu calo (como por exemplo o ataque da escola rival chamando os alunos de aberração) ou quando ofendem e maltratam alguém, demeter é bastante empática por isso costuma sempre se por no lugar dos outros, sendo alguém extremamente transparente demonstrando suas emoções de forma intensa mesmo quando não quer.
O que faz feliz? com toda certeza fazer os outros felizes, provavelmente o hobbie favorito da mesma, tirando isso, cozinhar (seu pequeno refugio é a cozinha depois da biblioteca)
O que faz triste? injustiça, preconceito, grosseria, a infelicidade alheia principalmente dos seus amigos.
Esperanças: que um dia as especieis possam viver em paz e não tenha mais preconceitos com os híbridos (alguém acorda a alice aqui)
Medos: solidão, demeter ainda que fora criada com millard como uma filha ela sabe que não te recebido o nome do mesmo sera certa repulsa por seu sangue, além de saber que a família biológica (com avós e tios porque os pais morreram) sabem de sua existência mas não a querem, por isso tem certo medo de ser rejeitada e acabar sozinha no mundo como ela estava antes de encontra um lar em millard
Sonhos: se tornam um dos serem mais poderosos que existe, não como forma de causar medo mas respeito a sua especie e que não é por não ter o sangue puro que isso a torne inferior ou fraca.
ASPECTOS PESSOAIS
Família: faz parte da família millard, todos sabem disso já que a mesma cresceu na instituição então sempre recebeu os alunos, mas a biológica é os merriwicks que são todos faes tradicionais ligados a nobreza (não são nobres mas são uma família tão antiga que acabam tento esse contato) e os nightingales que são bruxos muito conhecidos também (ambas as famílias são originalmente brasileiras mas por serem grande podem ter raízes em outros países)
Amigos: @wereharry @lobiswcman @imfaedonghyuk @rileyj @solvrvnorwood @swfira @oskyrfae @alithcas @achlysie @daphnemarlock @jcshuag
Estado Civil: namorando com @wereharry seu melhor amigo e apesar de todas as inseguranças que tinha em relacionamentos pelo que aconteceu com seus pais, de não ter seu relacionamento aprovado como eles mas ela não vê mais assim, o que ajudou a aceitar melhor a si mesma e sua historia, não a nada de ruim e errado em amar alguém.
Terra Natal: salvador, bahia (mas ela foi manda pros eua poucos meses depois de nascer por isso não conhece quase nada do brasil)
Infância: teve tudo que uma millard teve direito, ainda que costumasse negar muitas vezes a maioria do luxo já que não se vê digna deste, foi muito feliz ao lado dos irmãos que sempre a faziam se sentir acolhida, sendo alguém bastante aventureira (dora dora aventureira sempre conquistando tudo que sonha… desculpa) e curiosa com tudo o que a tornou alguém questionadora.
Crenças: acredita que somos nós que fazemos o próprio destino e que nossos atos o levam a certo ponto por isso você pode tentar ver pelo lado bom ou mal (ela em particular tenta sempre ver pelo lado positivo ou apender)
Hobbies: demeter é apaixonada por artes por isso se escreveu em quase todas as atividades extracurriculares ligadas a está área, ela é apaixonada por livros (sempre vai ver ela com um), escrita (ela tem um monte de diário bem stefan salvatore) e pintura (cuidado que você pode ter sido pintado e nem sabe), não esquecendo teatro apesar deste ser apenas uma diversão já que a mesma se acha um desastre em atuação visto que não pode mentir (ela tem uma facilidade maior por ser metade fae mas fica nítido que ela tá mentindo)
PERSONALIDADE
Elemento: fogo, o que reflete sua independência, ninguém pode segura-la, no entanto isso pode lhe gerar problemas, o fogo pode ser bom, ele ilumina, aquece e é bonito mas pode ser devastador.
Temperamento: sanguine alguém fundamentalmente espontâneo e em busca por prazer, sociável e carismática, fáceis de fazer novos amigos, bastante criativos e costumam sonhar acordado, sensível, compassivo e atencioso, geralmente certos de que estão fazendo o certo.
Alinhamento: chaotic good, age com sua consciência, segue seu próprio caminho mesmo sendo gentil e benevolente, acredita no bem e no direito, mas não se importa com leis, odeiam pessoas que tentam intimidar ou dizer o que tem que fazer, segue sua própria bussola que apesar de boa pode não ir de encontro com a sociedade, um bom coração com um esprito livre.
ENFJ-T: protagonista, intuitivo, sua postura pode irradiar amor ou encher o ambiente de tristeza, seu olhar pode trazer felicidade e inspirar, suas ações podem abrir corações e mentes, altruísta apaixonada, não tem medo de ser ferida por defender o que acredita.
Signo: câncer, sensível, emotiva, carinhosa, romântica, dedicada, delicada, amiga, familiar, instável.
PRÁTICAS
Comida favorita: chocolate, biscoitos de chocolate, com toda certeza!
Bebida favorita: chocolate quente, ela já disse chocolate?
O que costuma vestir? como uma forma de honrar os pais os tons das roupas da mesma é sempre neutro entre o cinza (por isso dama cinzenta - e porque eu quis fazer a referencia a the good witch) preto e branco, as peça variam entre macacão ou macaquinho, saias, vestidos, sapatilhas, blusas e meias com algum estampado como flores ou frutas, usando sempre laços ou tiaras.
O que mais o diverte? passar um tempo com os amigos.
#*「 — △ ❛ tão dizendo por aí que seu olhar corrói a alma e mata. 」• development !#*「 — △ ❛ que coisa mais linda mais cheia de graça. 」• edits !#ADMIREM ESSA PERFEIÇÃO!!!#demeter#merriwick#nightingale#hybrid#fae witch#fae#witch#aesthetic#task#development
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TASK 004 - “eu conheço meus direitos, diretor!” || interrogatório: caso “ilha dos prazeres” || interrogado: newton darling.
por mais incrível que pareça, não era assim tão comum para newt se encontrar na sala do diretor. apesar de ser conhecido por causar diversos problemas com sua enorme boquinha, a maioria deles não chegava aos ouvidos do mago. eram picuinhas pequenas, provocações bobas e, ocasionalmente, sua irmã correndo atrás dele com um taco de lacrosse. nada demais. nas poucas vezes que o darling foi à sala de merlin o motivo envolvia algo mais sério, uma troca de socos séria ou explosão na sala de poções. todavia, nada poderia ser comparado à gravidade daquela situação em particular.
nem todos os cálculos de probabilidade do mundo seriam capazes de prepará-lo para aquela situação. o rapaz já havia secado todas as suas canetinhas e gastado todo o espaço disponível em seus braços fazendo contas, tentando prever qual a probabilidade de enganar merlin com uma mentirinha caso fosse necessário. quando entrou na sala e viu a fada azul encostada no cantinho a resposta, é claro, ficou óbvia, fazendo-o soltar um suspiro de frustração. talvez não devesse ter perdido tanto tempo com matemática inútil, mas agora já não adiantava chorar sobre o leite derramado. além do mais, ele precisava ocupar a mente de alguma forma até sua vez chegar, ou a quantidade de pensamentos desenfreados em sua cachola o consumiria por inteiro. não estava exatamente preocupado com ser acusado de algo, na verdade, este era um acontecimento constante em sua vida. tampouco tinha muito interesse nos sumiços, não tinha intimidade com a maioria deles. sua preocupação era com quem ainda estava ali. jane estava uma pilha de nervos e pela primeira vez na vida ele não sentia vontade de irritá-la, queria abraçá-la e dizer que ia ficar tudo bem e ser, para variar, um bom irmão. descendentes de contos famosos haviam sumido daquela vez, não havia como prever quem seria o próximo. e se fosse meili? ou jane? ou bart? ou danny? o pensamento de ter seu irmão mais novo entre uma lista de desaparecidos fez a cor sumir por completo de seu rosto.
— sente-se, rapaz. — o diretor pediu, ao ver que newt havia ficado tempo demais parado perto da porta.
— ah, sim, claro! — ao ter a linha de raciocínio quebrada pela voz do velho, o rapaz se apressou em sair do estado de objeto imóvel em que se encontrava e sentou-se na cadeira disponível na frente da mesa de merlin.
— está tudo bem com você? — a fada azul indagou, com uma ruga de preocupação pintando seu rosto imaculado. — está um pouco pálido...
— ‘tô... ‘tô bem sim, eu acho. só um pouco preocupado. — respondeu, lançando um sorriso amarelo à fada. — ah, e não tem nada a ver com a interrogação! — apressou-se em acrescentar.
— bem, se este é o caso, vamos começar, não gostaria de demorar mais do que o necessário. — merlin suspirou, visivelmente cansado. era realmente uma pena que estivesse interrogando newton agora, o garoto era praticamente uma jukebox humana e a probabilidade de aquela sessão de perguntas ser insuportavelmente longa era altíssima. — primeiro, gostaríamos de que ficasse ciente de que esta interrogação está sendo registrada. — ele maneou a cabeça em direção à uma pena encantada que diligentemente fazia anotações. — segundo, pelo tempo que passou parado junto à porta encarando-a você já deve ter deduzido, mas irei falar mesmo assim; a fada azul está aqui como uma mediadora da verdade.
com mais um suspiro, o homem puxou um papel em sua mesa como se verificasse a sequência de perguntas mais uma vez, como se apenas para garantir que não haviam mudado. diante dessa ação, newt concluiu que o velho tinha terminado seu pequeno discurso introdutório, e ergueu uma sobrancelha.
— é só isso?
— sim, é só isso, agora vamos às perg…
— você não vai dizer que eu tenho o direito de ficar calado ou algo assim? — o mago foi interrompido sem cerimônia alguma. — eu posso não ser tão inteligente, mas eu conheço meus direitos, senhor diretor! sabe, nenhum dos meus pais são policiais, mas já vi gente sendo presa na rua, os oficiais sempre falam sobre o direito de ficar calado. acho que é pra autopreservação sabe, pra esperar consultar um advogado e não falar nada comprometedor e tal etcetera. ‘cé não vai falar nada do tipo ‘pra mim, não? não é errado ocultar os meus direitos?
merlin precisou tirar um segundo para si, passando a mão pelos cabelos grisalhos, como se estivesse questionando sua decisão de ser diretor daquela escola.
— infelizmente, senhor darling, precisamos de todas as informações possíveis, então o seu direito de ficar calado está temporariamente revogado. além do mais, você não está sendo formalmente acusado de nada, responda às perguntas e, por favor, não me interrompa mais.
— s-sim, senhor! — newt respondeu, um pouco envergonhado por ter cortado a fala do diretor. — mas pode me chamar de outra coisa? “senhor darling” é como chamam meu pai, isso é meio esquisito de ouvir. acho que ainda não cheguei nesse patamar de imposição de respeito e velhice.
o mago parecia não ter forças para responder, ou melhor, parecia estar se esforçando para não responder de forma grosseira, já que o garoto insistia em se focar em questões completamente irrelevantes. parecendo pressentir que sua intervenção era necessária, a fada azul se manifestou:
— newton, então. está bom?
— sim! claro!
aparentemente satisfeito por poder, enfim, começar o interrogatório, merlin prosseguiu: — para registro, identifique-se: nome, idade, filiação, raça.
— newton darling, dezessete anos, segundo filho de wendy e edward darling, nascido em londres, inglaterra. sou humano e tenho o dom de… dar beijos de boa sorte. — afundou um pouco na cadeira ao dizer a última parte, sentindo o rosto corar. em parte porque nunca falava aquilo para ninguém, e em parte porque achava seu poder tão inútil quanto ele mesmo.
— qual foi a primeira coisa que fez assim que chegou à Ilha dos Prazeres?
— eu peguei um panfleto daqueles que tem as atrações do parque daí eu esbarrei com um garoto que também ‘tava olhando um panfleto e aí ele me perguntou “o que você vai fazer primeiro?” porque ele não ‘tava conseguindo decidir daí eu falei que eu obviamente ia fazer alguma coisa muito maneira tipo assustar pessoas no labirinto de espelhos ou explorar a boa vontade do alex e fazer ele acertar o alvo de todos os prêmios no tiro ao alvo ‘pra mim tinha várias coisas legais ‘pra ganhar, sabe? então eu pensei “poxa vai ser um trabalho de corno escolher só um acho que é melhor só pensar num jeito de conseguir tudo que eu quero” foi quando eu pensei que a solução óbvia era...
— senhor newton, por favor atenha-se somente ao conteúdo das perguntas. de preferência de forma concisa… e mais devagar, por favor.
— a-ah! sim! ‘tá bom! desculpa! — sentiu as bochechas queimarem diante da repreensão do velho, contudo, não é como se sua tagarelice fosse algo controlável. somente depois que o homem chamou atenção foi que percebeu que havia falado tudo num fôlego só, precisaria ficar mais atento e tentar, pelo menos, falar mais devagar. — foi mal, dona pena. — dirigiu a palavra à pena encantada que agora trabalhava num ritmo mais frenético para escrever tudo que ele dissera com tanta rapidez.
— viu algum dos aprendizes desaparecidos? era próximo de algum deles? tinha inimizade com algum deles?
— eu acho que provavelmente vi alguns deles, eu andei pelo parque quase inteiro e a ilha é pequena né?! mas não cheguei a falar com ninguém, porque não era particularmente próximo de nenhum deles. de vez em quando eu conversava com a cheryl, porque ela gostava de me dar palestrinha sobre como eu provocar minha irmã com certos assuntos era errado, mas nada além disso. e inimizades… — o garoto ficou pensativo por um instante. — bem, como eu disse, não era próximo de nenhum deles, então acho que não tinha como ter nem amizade nem inimizade, né?! eu não ia com a cara do ali e tentava ficar longe dele pelo histórico que ele tem, mas nunca tive nenhum problema direto com o cara.
— fez algo inusitado no passeio?
— defina inusitado. — newt fez uma careta. — isso é meio relativo. o que é inusitado ‘pra mim pode não ser ‘pra vocês e vice versa. dá ‘pra ser mais específico? tipo… inusitado como?
— algo fora do comum. — merlin se apressou em dizer, para ver se encerrava o falatório do menino antes que começasse de fato.
— algo que esteja fora dos padrões do que é considerado normal. — fada azul acrescentou, desejando ser o mais específica possível.
— ok, então eu só tenho que pensar que nem uma pessoa chata. — concluiu. subitamente, o garoto sentiu-se aliviado por estar de jaqueta, pois ela cobria as inúmeras contas matemáticas que fizera nos braços, não queria ser questionado por aquela esquisitice em particular. — nesse caso, acho que um pouco de tudo que eu fiz foi meio inusitado, eu realmente assustei um pessoal no labirinto de espelhos, mas primeiro eu ganhei todos os prêmios do tiro ao alvo com o alex. a gente foi expulso porque tinha mais gente querendo ganhar prêmio, sabia? — o rapaz soltou uma risadinha que traduzia um misto de divertimento e nervosismo. — mas acho que a coisa mais inusitada que eu fiz foi saltar fora do trem fantasma.
e assim, newt esperou pela próxima pergunta que, infelizmente, não veio. diante de sua declaração, os rostos do diretor e da fada o encaravam com um turbilhão de sentimentos que iam da preocupação à confusão. era sério mesmo que o tagarela tinha decidido parar de falar num ponto tão crucial?
— poderia nos dar um pouco mais de detalhes sobre isso, newton?
— ah, então agora vocês querem que eu fale? — o garoto ergueu uma sobrancelha, entretido.
— por favor, apenas responda. — a fada azul pediu.
— certo, trem fantasma. — como tinha interesse em sair da sala o quanto antes, decidiu cooperar. — pois é, eu achei que só aproveitar o passeio no tremzinho fosse ser muito careta, como eu sabia que as coisas eram todas de mentira, eu sabia que não iam me assustar. mas essa ilha tem fama de ser assombrada, né?! especialmente com toda a parada do tráfico infantil e coisa e tal. daí eu pensei “pô e se eu encontrar um fantasma de verdade? vai que né?!” então eu iniciei minha curta carreira de caça fantasmas no trem fantasma. no fim das contas achei um monte de bugigangas velhas que eram usadas no brinquedo antigamente, algumas eram até bonitinhas, mas nada assombrado. quando eu fiquei entediado eu segui ao lado dos trilhos e saí andando do túnel. — achou melhor omitir o fato de que havia pegado algumas dessa bugigangas e enfiado nos bolsos do casaco.
— em que ponto do passeio foi isso? você se lembra de quem estava com você no carrinho do trem? sabe dizer se algum dos desaparecidos estava lá?
— olha, eu não prestei muita atenção nisso, não. — foi sincero. — eu ‘tava mais preocupado em como pular do carrinho sem me machucar. ele andava meio devagar então no fim das contas nem foi grande coisa. isso foi uma das últimas coisas que eu fiz no parque, e quando eu saí do túnel o carrinho em que eu estava já tinha terminado o passeio faz tempo, se alguém sumiu eu não vi.
tanto a mulher quanto o mago pareciam decepcionados, mesmo se os estudantes que sumiram estivessem no mesmo carrinho que o garoto, ele não saberia dizer. realmente, um desperdício de informação. “é, senhoras e senhores, é isso o que eu sou, uma decepção ambulante.” apesar disso, se esse realmente fosse o caso, o rapaz era muito sortudo, pois, se não tivesse pulado fora do passeio, talvez também tivesse sumido. quando tal pensamento passou por sua cabeça, newt sentiu um calafrio descer-lhe pela espinha. havia pensado na possibilidade de seus entes queridos mais próximos sumirem, mas e ele? se fosse um dos desaparecidos, o que faria?
— você se lembra de ter visto algo estranho no passeio ou uma presença estranha? — merlin prosseguiu com o interrogatório, sem esperar para o garoto se recompor.
— n-não, senhor. — gaguejou um pouco ao ser pego desprevenido, contudo, o fato de que seu nariz permanecia do tamanho de sempre indicava que não estava mentindo. que tragédia seria se seu lindo narizinho de batata acabasse deformado. — bem, de novo eu acho que esse negócio de “coisa estranha” é meio relativo, mas, mesmo pensando como uma pessoa chata, acho que não vi nada fora do comum, nem uma pessoa suspeita.
— tem inimizade com alguém em aether?
— er… acho que não? sinceramente eu não sei. — chacoalhou os ombros em um gesto que dizia “eu não sei mesmo!” — vocês sabem que eu sou um pé no saco, né?! eu também sei, então pode ser que tenha umas pessoinhas aí que não gostem de mim, mas não acho que chegue em algo sério como inimizade.
— já cogitou prejudicar ou fazer mal a um colega aprendiz?
— é como diz aquele ditado “não desejamos mal a quase ninguém”, então não vou dizer que “não” porque provavelmente é mentira. mas eu também nunca fiz mal de verdade a ninguém. olha ‘pra mim, senhor diretor! — o garoto apontou pro próprio peito. — eu pareço um franguinho você acha que esse franguinho tem capacidade ‘pra desovar doze corpos sem deixar rastro?? — parou um segundo para pensar, normalmente as pessoas o acreditavam incapaz de sequer desferir um soco sem cair para trás com o próprio peso. aquilo era algo diferente, quase legal, mesmo que estivesse sendo acusado de sequestro e talvez assassinato. — .... pensando bem, muito obrigado por acreditar no meu potencial, senhor diretor.
ignorando o comentário alheio, a fim de não dar corda para o garoto falar ainda mais, o velho prosseguiu: — recebemos a informação de que você foi visto em atitude suspeita perto do trem fantasma e que já disse ter interesse em “acabar com a raça de cheryl la bouff”. são informações verídicas?
— o negócio do trem fantasma deve ter sido quando eu pulei fora do carrinho, já contei ‘pra vocês a história, mas não tenho problema em me repetir, se quiserem eu conto tudinho de novo. mas essa parada de que eu tenho treta com a cheryl é mentira, eu acho que já falei aqui que ela só me procurava ‘pra me dar palestrinha. mesmo que às vezes fosse chato ‘pra caralho, eu não me incomodava. na verdade eu ficava olhando ‘pra um ponto fixo até ela terminar de falar, sem prestar muita atenção no que ela dizia, e no final eu falava: “aham, acho que você ‘tá certa, vou tentar melhorar”, daí ela ficava satisfeita e me deixava em paz. sempre funcionava.
— fomos informados de que se meteu em um desentendimento no final do passeio. se importaria de explicar o motivo?
— a-ah, é, isso foi meio tenso. — coçou a nuca ao lembrar do evento, sentindo as mãos suarem devido ao nervosismo. — mas não foi nada demais, a brooke se irritou comigo por causa de uma coisa importante ‘pra ela, que eu acabei perdendo… mas eu ‘tô trabalhando ‘pra resolver essa parada, não quero que ela fique chateada comigo ‘pra sempre, porque ela era minha amiga, né? espero que ela ainda queira ser minha amiga... e o keahi também ficou um pouco esquentado comigo, mas também não foi nada demais, eu irrito as pessoas gratuitamente.
— reparamos que foi um dos últimos a chegar no ponto de encontro. qual o motivo para ter demorado?
— eu tinha um saco muito grande de prêmios do tiro ao alvo ‘pra organizar, sabe? essas coisas levam tempo, não dá só ‘pra sair arrastando tudo nos braços! ia cair tudo no chão! e aí eu ia demorar mais ainda!
— é verdade que passou quinze minutos sozinho antes de se encontrar com o grupo?
— sim, eu fiquei preocupado com o bart e jane e voltei ‘pra ver onde eles estavam. vocês sabem, né, o bart não tem uma das pernas, e se ela tivesse ficado presa em algum lugar e ele não tivesse conseguido chegar ao ponto de encontro? — a resposta parecia um pouco chula, contudo, o fato de que seu nariz não cresceu provava que era uma preocupação genuína por parte do darling. “o que seria do bart sem mim ‘pra ter certeza de que a pena dele não o matou?” — ah, e eu tive que ir mijar, eu ‘tava apertado, bebi várias bebidas diferentes no parque, porque ficar hidratado é importante, então, assim que eu deixei minha sacola de prêmios na carruagem, eu voltei ‘pra dar uma mijadinha. sabe qual foi a pior parte? tinha muita gente no banheiro e…
— não precisa continuar, já entendemos. — a fada interveio com destreza, tinha em seu rosto uma expressão um tanto indecifrável para newt, mas ele apostava que ela apenas não queria ouvir os detalhes sobre um garoto indo ao banheiro.
a parte mais engraçada de tudo aquilo para newton é que ele havia achado a perspectiva de encher os ouvidos do diretor e da fada muito mais divertida do que contar abobrinhas. não havia precisado mentir e, apesar da pressão palpável existente na sala, achava que havia se saído bem. dependendo do quão “bem” se pode ir num interrogatório como aquele. de qualquer forma, concentrar-se em matracar o máximo possível havia o distraído ligeiramente de seu nervosismo.
— você está nervoso, senhor? — e não é que é só falar no maldito para ele vir à tona? — continua falando rápido, apesar de o ritmo ter diminuído o suficiente para ser entendido, é um sinal de nervosismo, não? tem certeza que não viu nada suspeito?
— nervoso eu fico quando minha mãe me chama pelo meu nome completo, no momento eu estou lentamente morrendo por dentro. — era uma piada, é claro. ou melhor, uma hipérbole para como estava se sentindo. todavia, a expressão impassível de merlin revelava que ele não havia achado muita graça. — e... é…. tenho certeza de que não vi nada.
— existe alguma razão para que algum de seus colegas possa querer te comprometer com respostas falsas? — o homem prosseguiu, com o objetivo de finalizar o interrogatório que já se estendera por tempo demais.
— eu acho que não. tipo, apesar de eu não ser a melhor pessoa do mundo, não acho que eu tenha inimigos de verdade. na verdade, isso seria meio triste, normalmente quem encontra um nêmesis antes dos vinte anos acaba tendo uma vida meio merda ou muito maluca. inclusive, setenta e cinco por cento dos contos de mítica se encaixam nessa descrição. — newt encarava merlin com uma expressão que dizia “quem diria não é mesmo?”, mas de forma sarcástica, tinha certeza de que o velho e sábio mago de camelot estava ciente disso.
com um suspiro pesado, mais uma vez o homem optou por ignorar o comentário desnecessário feito pelo menino, prosseguindo, finalmente, para a última pergunta do interrogatório: — tem alguma coisa que queira nos contar? essa é a única vez que vamos te dar essa oportunidade.
— já que perguntou, tem sim. — sorriu pela primeira vez desde que entrou na sala. — primeiro, esse negócio do parque foi divertido e tal, mas era o único parque que existia em mítica? porque assim, achei ideia de girico levar um grupo de estudantes ‘pra uma ilha com histórico de tráfico infantil. não só de tráfico, né? todo mundo sabe que os meninos eram transformados em asnos e que o lugar tem mó fama de ser super bizarro! achei que a intenção foi boa, inclusive, parabéns à rainha tiana pela boa vontade e pelas tortas, que estavam muito gostosas, mas esse rolê deu ruim, então fica a reflexão. — merlin fez menção de interromper o garoto, contudo, newt não deixou, rapidamente erguendo a mão para indicar que o mago ficasse quieto. — não, não, o senhor pediu ‘pra eu falar, então agora escuta. eu também tenho uns palpites sobre o que pode ter acontecido, mas é tudo especulação já que não tenho acesso a nenhuma pista. não tenho interesse em ser detetive, mas gosto de descobrir coisas, então se a equipe de busca estiver precisando de ajuda, ‘tamos aê! — fez um hangloose para o diretor. — okay, acabei. agora posso vazar?
— céus, sim! — merlin disse, exasperado. — pelo amor do narrador, garoto, saia logo dessa sala!
a fada azul vez um gesto pequeno com a mão como se dissesse “xô, xô! já chega! saia logo!”, reforçando as palavras do velho.
— s-sim, senhor! — newt levantou da cadeira o mais rápido que seu corpo permitia, imaginou que estava fugindo de jane para se mover com mais destreza e, a passos largos, deixou a sala do diretor. agora, o rapaz podia dizer que tinha feito de tudo, talvez alguns não considerassem aquilo como algo a se gabar, mas para ele era praticamente um troféu. sem risco de dar uma de pinóquio, podia dizer que tinha conseguido a proeza de, sozinho, deixar merlin e a fada azul frustrados e irritados.
passado o rápido momento de euforia, contudo, o rapaz voltava a se lembrar do quão incrivelmente absurda e perigosa era a situação em que se encontravam. talvez fosse a hora de atar as pontas de alguns nós soltos, afinal, não sabia por quanto tempo ele, ou seus amigos, teriam tal oportunidade.
#aethertask#queria primeiramente pedir desculpas porque essa joça ta um absurdo de enorme sijfnsidnfsd#spoiler: mais da metade é só o newt sendo incoveniente#se alguem quiser que eu tire os citados é só me avisar#✷ ⊰ you were wild once. don’t let them tame you ⊱ / task.
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おはようイケブクロ (OHAYOU IKEBUKURO)
Bom dia, Ikebukuro! ( おはようイケブクロ (OHAYOU IKEBUKURO) ) é a terceira faixa do álbum Enter the Hypnosis Microphone, realizado por Buster Bros !!!
---(Todos)--- Buster Bros!!! Bom dia, Ikebukuro!
Dia‘Bukuro!
--- (Ichiro Yamada) --- Hoje, como sempre, nós, Buster Bros!!! estão transmitindo as melhores notícias da manhã direto de Ikebukuro! Nossos anfitriões são os irmãos Yamada!
Ichiro!
--- (Jiro Yamada) --- Jiro!
--- (Saburo Yamada) --- Saburo!
--- (Ichiro Yamada) --- É um prazer conhecê-los, pessoal!
No momento, vamos ler alguns de nossos e-mails. Nome do rádio: "Quero trabalhar na Odd-Jobs Yamada!" "Estou começando o ensino médio nesta primavera, e estou ansioso para namorar e amar! Que tipo de garotas vocês mais gostam?”
--- (Saburo Yamada) --- Ainda não sei nada sobre amor. Não é algo que eu costumo falar. Mas garotas do tipo natural são definitivamente as melhores! Eu quero namorar alguém assim!
--- (Jiro Yamada) --- Eu não gosto muito de garotas agora. Se eu quero me divertir, prefiro sair com meus amigos. Mas, bem, se eu tivesse que responder... Uma garota legal pode ser boa, eu acho.
--- (Ichiro Yamada) --- Eu gosto de garotas fortes! (Como esperado!) Vocês entenderam né, manos? (Uh-huh!) Eu gosto de garotas que podem brigar seriamente!
--- (Jiro Yamada e Saburo Yamada) --- Isso é o que você quis dizer com "forte"!?
--- (Saburo Yamada) --- Nosso primeiro canto é intitulado “Bom dia lutando contra Senryuu!”
--- (Ichiro Yamada) --- Parece que estamos começando duro, como sempre!
--- (Jiro Yamada) --- Nós três desafiaremos várias pessoas usando estrofes de 5 x 7 x 5!
--- (Jiro Yamada e Saburo Yamada) --- Primeiro, nosso grande irmão, Ichiro!
--- (Ichiro Yamada) --- Vias de tráfego reverso. Cruzá-los juntos é muito divertido, você sabe!
--- (Jiro Yamada) --- "Você sabe?" O que isso deveria significar?
--- (Saburo Yamada) --- Violações de trânsito também não são boas! Apenas 5 pontos para você!
--- (Ichiro Yamada) --- Você está certo. Me desculpe por isso… 'Kay, Jiro! Você é o próximo!
--- (Jiro Yamada) --- Ikebukuro! Todas as outras divisões vai se curvar diante de nós!
--- (Ichiro Yamada) --- Sim, você disse tudo bem! Nós somos os mais fortes Buster Bros!!! É óbvio que ficaríamos empolgados! Bem, então, o último é o Saburo!
--- (Saburo Yamada) --- Pobre pequeno Jiro. Segurando sua mão todo o caminho para o lar das crianças.
--- (Jiro Yamada) --- Que porra!? Você está me desrespeitando, não é!
--- (Saburo Yamada) --- Não, eu não estou!
--- (Jiro Yamada) --- Okay, certo!
--- (Ichiro Yamada) --- Ok, ok, tempo limite! É a vitória de Jiro desta vez! Ei, não comece a brigar aqui, vocês dois! (Desculpe, mas você pode tocar o jingle?)
---(Todos)--- Bom dia! Todo mundo em Ikebukuro, como você está? A partir de agora, novos dias! Nós somos Buster Bros!!! Junte-se aos irmãos mais fortes de ‘Bukuro, vamos lá! Todo mundo, Bom dia, ‘Bukuro! (O melhor!) Estamos nos sentindo ótimos esta manhã! (Lute!) Todo mundo, Bom dia 'Bukuro! (Eu sei!) Há dias em que você está apenas se sentindo triste, mas ainda assim! (Vamos lá!) Todo mundo, Bom dia 'Bukuro!
Se você estiver com problemas, deixe conosco! Somos nós que apoiamos a cidade de Bukuro! Baixo custo, rápido e confiável! Alta qualidade, Odd-Jobs Yamada!
--- (Saburo Yamada) --- Em seguida é isso! É o nosso grande irmão Ichiro "De jeito nenhum eu vou dizer isso"! Nesse canto, compilamos frases que nosso irmão mais velho nunca diria! Vamos ouvi-los!
--- (Jiro Yamada) --- O primeiro é do ouvinte "Bukuro's heads"! Um pedido de um de nossos frequentadores, confira! Ok pessoal! Vamos ouvir!
--- (Ichiro Yamada) --- "É a minha primeira vez, então por favor seja gentil..."
--- (Jiro Yamada e Saburo Yamada) --- Ele nunca diria isso! Ele nunca diria isso!
--- (Saburo Yamada) --- O próximo é do ouvinte "Shiro Yamada"! Outra frase que nosso irmão nunca diria! Vamos ouvir isso!
--- (Ichiro Yamada) --- "Vá me comprar alguns macarons..."
--- (Jiro Yamada e Saburo Yamada) --- Ele nunca diria isso também! Ele nunca diria isso!
--- (Jiro Yamada) --- Nosso último é de "Morning Brothers"! Ok então, mano! Vamos ouvir isso!
--- (Ichiro Yamada) --- “Jiro, Saburo. Eu amo vocês, caras."
--- (Jiro Yamada e Saburo Yamada) --- ... Isso é algo que definitivamente queremos que você diga! Certo?
--- (Ichiro Yamada) --- Apressem-se e terminem já este canto!
---(Todos)--- Buster Bros!!! "Bom dia, Ikebukuro!"
--- (Ichiro Yamada) --- Estamos chegando ao final de nossa transmissão. O tema de hoje era "novos estilos de vida" para aqueles que estão prestes a começar uma nova vida-
---(Todos)--- Aqui está uma mensagem nossa!
--- (Ichiro Yamada) --- Sério, obrigado por sempre nos ouvir! Vamos para o amanhã, um passo! Haters ou o que quer, não se preocupe com eles! Eles estão começando de novo hoje, são dias novos!
--- (Jiro Yamada) --- Vamos aproveitar o sol brilhante! O ar fresco da manhã é realmente agradável! Olhar para os pés é tão chato! ‘Kay então, você está pronto? Levante-se! (ESTÁ BEM!)
--- (Saburo Yamada) --- Seus sonhos sempre devem ser em grande escala! Atire no futuro com um estrondo! Continue carregando para frente, não vire as costas! Todos em ‘Bukuro, tenha um dia legal!
---(Todos)--- Está começando, novos dias!
Bom dia! Todo mundo em Ikebukuro, como você está? A partir de agora, novos dias! Nós somos Buster Bros!!! Junte-se aos irmãos mais fortes de 'Bukuro, vamos lá! Todo mundo, Bom dia 'Bukuro! (O melhor!) Estamos nos sentindo ótimos esta manhã! (Lute!) Todo mundo, Bom dia 'Bukuro! (Eu sei!) Há dias em que você está apenas se sentindo para baixo, mas ainda assim! (Vamos lá!) Todo mundo, Bom dia'Bukuro!
--- (Ichiro Yamada) --- Até logo!
#hypnosis mic#hypnosis microphone#hypmic#Buster Bros#ikebukuro division#division rap battle#jiro yamada#yamada jiro#ichiro yamada#yamada ichiro#saburo yamada#yamada saburo#ohayo ikebukuro#tradução hypmic
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4. CHANGES
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
Yoongi não se atrevia a dizer que tivera uma boa noite de sono, seria até uma calúnia afirmar. Quando acordou naquela manhã de segunda, a primeira coisa que viu foi Jung Hoseok, deitado de bruços na cama de solteiro em sua frente. Ainda letárgico pelo sono, ele se permitiu admirar um pouco mais aquela figura cômica que era Hoseok, ou Hobinho, como ele mesmo queria ser chamado. Os traços eram suaves e bem desenhados, o nariz perfeitamente esculpido parecia uma obra de arte, a boca carnuda que mais parecia um coração e os fios negros davam o toque final, harmonizando com toda a face do moreno. Adormecido, nem parecia aquele rapaz todo galante e debochado que abrira a porta no dia anterior. Hoseok exalava sensualidade e tinha uma presença notável, isso Yoongi não podia negar, ele só se perguntava por que o mais alto parecia tão disposto em ajudá-lo, já que eles nem ao menos se conheciam.
Apesar de ter acordado cedo não estava com ânimo para sair da cama, por isso, permitiu-se fechar os olhos e pensar um pouco, não por muito tempo, é claro, já que pensamentos o levavam direto para Jimin, e ele definitivamente não tinha estômago para pensar nele. Não que o mais velho pudesse mudar algo, não havia como voltar atrás, só restava se conformar. Foi sua escolha partir, e quando ele deixou Busan, tinha certeza de que seu coração superaria. O amor por Jimin era jovem, bobo e jamais fora concretizado, quiçá revelado, como poderia durar por tempo demais? Após um ano, ele percebeu que não se pode medir o amor por tempo, cada amor guarda sua intensidade, independente se são dias ou anos, cada amor tem seu valor.
Yoongi jamais imaginava encontrar Jimin naquela altura da vida, ainda mais daquele jeito. Como alguém podia imaginar que aquele garoto baixinho e bochechudo se tornaria alguém tão ousado e extremamente irresistível? Mesmo que tenha sido na pior situação, reencontrar seu amado não impediu o mais velho de desgrudar seus olhos do corpo que amou por tanto tempo, mas que agora pertencia a outra pessoa. Por mais que doesse como o inferno, jamais ousaria culpá-lo, pois Jimin merecia seguir com a vida uma hora ou outra, e mesmo se sentindo arrasado, Yoongi respeitava quem o mais novo havia se tornado e a forma como ele seguira com sua vida. Ele queria encarar aquilo como um despertar, pois já era hora de se mexer, mudar sua vida também, afinal, até quando ficaria preso em um sentimento que já não tinha mais futuro? Suas chances com Jimin haviam se transformado em poeira diante de seus olhos, ele já tinha outra pessoa e parecia muito feliz, realizado até. Portanto, se daria esse direito também, porque por mais que não fosse fácil, era necessário. E então, dentro daquele quarto, deitado na cama de solteiro com os olhos fechados mas a mente à mil por hora, Yoongi decidiu que se o grande amor de sua vida tinha conseguido seguir em frente apesar de toda dor do passado, ele conseguiria também, mas com a diferença de que a dor agora, era seu presente.
~*~
- Anda Min, vamos! Eu tenho que te apresentar pro pessoal, levanta! - O Jung falava alto, na tentativa de tirar o outro da cama, visto que esse cochilou novamente depois de ter acordado tão cedo.
- Hoseok me deixa em paz! Eu não sou uma pessoa matinal, só quero dormir, sai daqui! - Yoongi rosnou.
- Você é muito folgado sabia? Esse quarto é meu! Vai Min! As aulas começam hoje, levanta logo essa bunda daí! - Retrucou emburrado.
- Argh, por que você me chama assim? Você nem me conhece cara! Só me deixa dormir, vá encontrar quem você quiser, eu não vou estar aqui quando você voltar, prometo! - O moreno disse cobrindo a cabeça com o edredom.
Jung Hoseok era uma pessoa extremamente paciente e simpática e fazia o bem porque ele era assim, ele era uma pessoa boa. Se tinha uma coisa que tirava o Jung do sério era grosseria. Ele tinha sido legal com Min desde o primeiro momento e viu nele alguma coisa que o fez querer se aproximar, mas ele não admitiria grosserias, ser bom não era sinônimo de ser trouxa e o dorminhoco iria aprender isso à força:
- Vai, levanta! Esse quarto é meu e eu te chamo do jeito que eu quiser! Estou tentando ser legal Min, é sério, mas se me tratar com grosseria vai receber também, eu não sou idiota! - Repreendeu, puxando o edredom e descobrindo todo o corpo do menor.
- Já te disseram o quão insuportável você é? - Yoongi resmungou lutando contra o sono, com apenas um olho aberto. - O Jung achou engraçado e fofo o jeito do mais baixo resmungar, mas tentou não esboçar nenhuma reação.
- Você me chamando de insuportável parece até um elogio! Eu não vou chamar de novo, não sou sua mãe! Levante logo e vamos para o seu quarto, você tem que se arrumar para a aula! - Ralhou.
- Não posso me arrumar aqui? - Perguntou num tom de voz rouco. O Min sabia que o que tinha acontecido naquele quarto não estaria acabado ainda tão cedo, provavelmente ainda encontraria os corpos entrelaçados e dormindo, descansando da noite anterior, só de pensar nisso seu estômago embrulhava. Já era demais ter visto Jimin nos braços de Taehyung, ele não precisava se torturar mais ainda. - Eu vou pro dormitório quando voltar da aula... Por favor Seok! - Yoongi ainda estava sonolento e por isso, demorou um pouco até perceber a forma como se referiu ao outro, que estava estagnado no meio do quarto. - O que foi? Só você pode me chamar do jeito que quer agora? - Perguntou formando um bico. Não era charme ou coisa assim, os lábios de Yoongi sempre formavam um bico quando ele falava e o Jung achava aquilo adorável. Não que Hoseok fosse admitir alguma coisa, mas algo o encantava em Min Yoongi de uma forma que ele não sabia explicar. Claro que ele jamais consideraria a possibilidade de atração pelo menor - visto que ele sempre fora hétero - mas o Min o deixava confortável para brincar e ele adorava provocá-lo, só não sabia direito como reagir com a situação reversa.
- Claro que não! Deixa de ser idiota, eu só me surpreendi, você não gosta de mim, por que inventaria um apelido? - Questionou com a sobrancelha arqueada.
- Por que a gente precisa falar dessas coisas logo de manhã hein? Que droga, eu só queria dormir! - Yoongi praguejou, escondendo a cabeça embaixo do travesseiro.
- Quer saber? Fique aí você e sua amargura! Eu vou tomar café e rever meus amigos. - Hoseok desistiu, saindo do quarto e deixando o outro para trás.
- Argh, que droga! Eu só queria dormir! - Bufou irritado e mesmo que a força, se levantou para enfrentar o novo dia que viria.
~*~
Yoongi claramente não conhecia o prédio e muito menos os lugares que deveria frequentar, ele possuía um mapa, mas estar dentro daquele lugar era como um labirinto e ele jamais se acharia sozinho. Isso significava que ele precisaria encontrar Hoseok, que querendo ou não, era a única pessoa que ele conhecia e além disso, o garoto não parecia se incomodar em ajudá-lo. Min sabia que tinha sido desnecessariamente birrento de manhã, mas aqui vai uma curiosidade sobre Min Yoongi: ele adorava dormir. Definitivamente não era uma pessoa matinal e tirá-lo do seu precioso sono era como enfiar uma faca em seu peito, sem contar que ele ficava puto.
De longe, pôde avistar o Jung conversando com uns colegas no refeitório. Ele vestia uma camisa de mangas curtas preta, onde os primeiros botões estavam abertos, revelando um pequeno pedaço do peitoral, Min engoliu seco, aquilo o afetou de alguma forma que ele não soube explicar, criando um frio esquisito na barriga. Ele sabia como o moreno era bonito, mas o jeito que a roupa lhe caía bem era covardia, deixando o pequeno Min nervoso e um pouco constrangido. Ajeitou a touca vermelha que cobria a cabeça e decidiu se aproximar. Hoseok logo percebeu a presença do outro ali, mas fez questão de ignorá-lo totalmente:
- Não vai me apresentar aos seus amigos Seok? - Sorriu ladino, provocando o maior. Yoongi se atreveu a sentar na mesa com os desconhecidos, mas ele não se importou, virando-se de frente para o Jung. - Você queria me apresentar né? Estou aqui.
- Pra quem não tinha forças pra abrir os dois olhos hoje no quarto você parece muito bem. - Respondeu debochado, mal se dando conta do que havia dito na frente dos amigos.
- Poxa Seok, primeiro dia de aula e já levou o novato pro quarto? Qual é, você não era assim hein? - Um loiro alto debochou do amigo, provocando uma risada em todos que estavam presentes e o Jung revirar os olhos. - Já que ele não vai fazer as honras, eu faço! Muito prazer, meu nome é Namjoon, Kim Namjoon. - Ele era alto, tinha covinhas nas bochechas e mãos grandes, que logo foram oferecidas ao Min.
- Min Yoongi, prazer. - Disse apertando a mão do loiro. A pele bronzeada e os olhos fechavam quando ria com as covinhas fofas, seus cabelos eram num tom de loiro mais fechado e os óculos pretos davam todo o charme de homem inteligente e culto à Namjoon, que combinava muito bem com aquele visual.
- Parece que está fechando um contrato Kim, credo! - Uma morena interrompeu. - Não liga pra ele, meu namorado é um pouco careta. Oi, eu sou Hye-jin, mas todo mundo aqui me chama de Hwasa. - O cabelo comprido tampava metade do tronco, mas não escondia a beleza da garota. A pele também era bronzeada e o batom vermelho realçava bem os lábios carnudos, contrastando com os cabelos escuros, Hwasa era alta como o namorado e possuía um sorriso encantador.
- Nena! - O loiro se sobressaltou.
- Hã? Nena? - Yoongi questionou.
- Ih esquece, longa história Min! - Hoseok interrompeu. - Tudo que você precisa saber é que esses dois adoram se provocar, quanto mais você evitar essa novela mexicana, melhor.
- Enfim... Oi Hye, eu sou Yoongi! - O Min estendeu a mão educadamente.
- Você me chamou de quê? - Questionou com a sobrancelha arqueada.
- É... Me desculpa, é Hwasa né? - Corrigiu.
- Jung eu já gostei dele! Até apelido ele me deu! Pode chamar do jeito que quiser, só por favor, pare de me estender a mão! Você parece meu pai quando quer fechar um negócio! - Riu.
- Desculpe... - Coçou a nuca constrangido. - Então, vocês são amigos do Seok? - Perguntou curioso.
- Namjoon compõe músicas e Hwasa é cantora, eles estudam aqui faz dois anos já. Quando eu cheguei no ano passado, foram os primeiros a falar comigo. - O Jung explicou. - Tirando a parte de que são um casal grudento e chato, nada a reclamar, são talentosíssimos. - Debochou.
- Eu também me arrisco a fazer rap, mas não é sempre, depende da minha inspiração. - Namjoon acrescentou. - Estou mais focado nas letras agora, sabe como é... Cabeça cheia, preciso esvaziar de alguma forma... Geralmente sai coisa boa!
- Ah, eu também gosto! Digo, compor, rap e tal... Eu curto, apesar de me dedicar mais ao piano. Por isso eu vim pra cá, quero explorar todas as possibilidades. - Assentiu.
- Namjoon-ah, vocês poderiam trabalhar juntos algum dia, seria legal! - O Jung sugeriu.
- Imagine uma música juntos? Whoah! - O loiro ficou animado com a possibilidade.
Apesar de não se conhecerem, o assunto fluiu livremente na mesa e antes mesmo que percebessem, ali foi criado um laço de amizade.
~*~
Kim Taehyung acordou naquela manhã sentindo um calor extremo do lado esquerdo do peito. Ao abrir os olhos, percebeu a cabeleira loira descansando em cima das costelas, as mãos pequenas agarrando a regata como se ele fosse fugir a qualquer momento, nem parecia aquele mesmo homem que tinha feito Taehyung se desmanchar na noite anterior, lutando para esconder os gemidos altos de prazer. Jimin sabia ser sensual, mas ao mesmo tempo era tão fofo, que fazia o coração do Kim doer. Ele jamais poderia explicar o que aquele loiro significava para ele.
Há um ano atrás, Kim Taehyung era somente um estudante quieto, introspectivo que gostava de apreciar as artes e a vida em seu modo particular, ele jamais imaginaria que aquele loirinho baixinho e bicudo pudesse se tornar alguém tão próximo, e mais, que viraria sua vida e coração de cabeça para baixo. Jimin se tornou aquela presença constante, confortável e confiável, como um lar. Mesmo que o Kim pudesse descrever, ele jamais saberia qual palavra usar, Jimin chegou aos poucos e foi tomando tudo, tudo de si. Talvez se Taehyung não fosse tão quieto, Jimin tão esquentado e os garotos da universidade tão infantis, aquela briga jamais acontecesse. O loiro jamais teria sido repreendido por socar a cara do aluno que chamou Taehyung de viado esquisito e o Kim jamais teria gritado com o reitor pela primeira vez, defendendo o menor por apenas tê-lo protegido. Talvez a suspensão não teria sido tão proveitosa se a conversa sobre vida não tivesse aparecido e eles passassem tantas horas conversando e esquecendo do tempo, até mesmo de voltar para casa, indo até a lanchonete da esquina comer qualquer coisa só para que o assunto durasse. Mas se todos os "talvez" e "e se" de Kim Taehyung o trouxessem para o mesmo lugar, ele teria repetido tudo outra vez, pois isso trouxe Jimin, uma das coisas mais preciosas da vida do Kim.
Com os braços rodeados no corpo pequeno, ele permitiu-se sentir o coração aquecer mais uma vez, pois todas as vezes eram especiais, afinal, elas eram com Jimin. Por mais que o menor escondesse algo do Kim, - algo que ele jamais exigiria saber - só ele sabia o quanto aquilo ardia dentro do peito, ainda que fosse unilateral. Ainda admirando os fios loiros, beijou a bochecha gordinha, fazendo os olhinhos inchados despertarem preguiçosamente:
- Bom dia Tetê... - A voz embargada pelo sono ditou, bocejando logo em seguida.
- Bom dia baby. Dormiu bem? - Os beijinhos foram se espalhando até tomar todo o rosto.
- Eu dormi com você, sempre durmo bem... Você sabe disso. - Resmungou ainda de olhos fechados, fazendo o bico que o Kim tanto amava.
- Mas eu gosto muito de ouvir. - Riu próximo à orelha do menor, eriçando todos os pelos do pescoço branquinho.
- Tê... - Suspirou, a voz manhosa num pedido silencioso para que o maior parasse.
- Hm? - Fez-se de desentendido.
- Está fingindo que não me conhece agora? - Sorriu ladino.
- Eu sei que você gosta muito Ji... Ainda mais quando acorda. - Sussurrou, fazendo o menor resmungar.
- Tae, é sério... - Seu pedido foi completamente ignorado quando os beijos lentos começaram a descer pelo pescoço, arrancando suspiros deleitosos de Jimin. Taehyung sabia como provocá-lo, ainda mais de manhã, quando o corpo dele já despertava implorando por atenção.
- Eu nunca brinco Ji. - Os lábios seguiram do pescoço em uma linha reta, descendo pelo abdômen e atiçando o corpo que Taehyung conhecia como a palma de sua mão. Ele não quis provocar muito, mas se viu tentado a fazê-lo quando o menor arqueou o quadril, arfando, desejando que os beijos de Taehyung fossem depositados em outro lugar. - Tão ansioso...
- Por você, sempre. - Jimin emaranhou os dedos nos fios loiros e puxou-os com cuidado, o corpo se acendendo como uma chama. O hálito quente dançou no baixo ventre, provocando suspiros altivos. Taehyung sorriu satisfeito com a resposta do corpo menor, foi tateando as coxas grossas, descendo os beijos quentes e molhados pela virilha, que descoberta, se agitou em ansiedade. - Por que você sempre me tortura tanto? - Perguntou ofegante.
- Porque eu posso. - Abocanhou o mamilo esquerdo com a língua quente, rodeando e fazendo-o intumescer. O corpo de Jimin vibrou e os músculos enrijeceram, estava totalmente à mercê de Taehyung e não que ele conseguisse pensar nisso naquele momento, mas odiava a forma como se entregava fácil nas mãos do maior.
A palma quente agarrou a ereção com movimentos lentos de vai e vem, arrancando um gemido sôfrego de Jimin, que enterrou as pequenas mãos firmemente no couro cabeludo. A mão direita do Kim pediu passagem, subindo de encontro aos lábios volumosos. - Chupa, bem gostoso. - Ordenou, com os dedos sendo acolhidos na cavidade úmida, encharcados de saliva. Os lábios que antes rodeavam os mamilos, desceram para a glande, que sem demora foi levada até o fundo da garganta. Jimin estremeceu, tentando arquear as costas em surpresa, porém, a mão do maior o impedia de se mover, por mais que o ritmo da sucção tenha se bagunçado. - Já chega. - Com um movimento rápido, retirou os dedos da boca do Park e colocou-o de bruços, puxando um travesseiro para apoiar e empinar aquele traseiro lindo. O tapa foi forte e certeiro, deixando uma marca vermelha na bunda alheia, Jimin gemeu surpreso pelo ataque repentino, a ereção tão necessitada roçava o tecido do travesseiro e ele quis investir contra ele em busca de alívio, mas as mãos grandes foram mais rápidas, separando as bandas branquinhas e introduzindo a língua quente na entrada rosada que piscava para si.
- Tae, por favor! - O gemido manhoso implorou, sem saber exatamente pelo quê. Sem cessar, a língua rodeava a entrada, forçando passagem e preparando-a para o que ainda estava por vir.
- Shh, quietinho... - Sem aviso, agarrou a ereção com a mão esquerda, fazendo movimentos de vai e vem, enquanto os dedos foram introduzidos devagar.
- Puta que-
- Eu disse quieto Jimin. - Os dedos foram até o limite e ele esperou a respiração do outro se normalizar. Quando Jimin impulsionou a bunda contra os dedos, Taehyung continuou. Os dedos entravam sem parar, cada vez mais fundo, e quando Tae pressionou a próstata, Jimin perdeu o fio de sanidade que ainda restava:
- Tê! - Jimin era uma bagunça de sensações, o corpo se jogava contra os dedos e a fricção entre a mão e o travesseiro só fazia a agonia crescer. O ângulo estava perfeito, ele não demoraria muito para vir, sua vontade era de implorar por mais, mas ele simplesmente não conseguia, o misto de sensações era tão intenso, que os gemidos morriam na garganta. O calor no abdômen começou a crescer, se espalhar pelo restante do corpo, ele sabia que estava próximo e Taehyung também, quando sentiu as pernas do menor vacilarem por um momento. A vontade de estar dentro de Jimin era enorme, mas ele não conseguia parar, negar um orgasmo agora era muita crueldade só para satisfazer suas vontades, isso não era de seu feitio. - Por favor, por favor Tê! - Os pedidos manhosos aumentavam a cada estocada, fazendo o corpo do menor se chocar contra os dedos incansavelmente. - Por favor, eu quero você!
- Mas Ji, tá tão perto...
- Tae, por favor, por favor... - Implorou.
- Eu adoro quando meu bebê implora. - Sorriu debochado.
- Bebê é o caralho! - Se irritou. - Me fode logo, porra! - Taehyung gostava do desafio, com Jimin sempre foi assim, intenso. Eles tinham essa cumplicidade e entrega mútua, onde ambos sabiam os gostos um do outro de cor e salteado. A mão grande soltou a glande inchada e segurou as bochechas do menor com força:
- Você não vai falar comigo assim, tá me ouvindo? - Taehyung cessou os movimentos fitando-o sério.
- Caralho! - Jimin adorava quando ele era bruto. Ele sabia que aquilo não era pra valer, aquilo era pura tensão, puro tesão. Taehyung conseguia tudo dele sem nem se esforçar. Os dedos foram retirados bruscamente, fazendo Jimin arfar.
- Me espera aqui, não se mexe.
- Não precisa! Tae por favor, só vem logo!
- Eu não vou machucar você Ji. Isso não é uma opção.
- Não vai machucar, só vem, por favor! - Pediu desesperado. Taehyung sabia que aquilo era o tesão falando e não Jimin, sendo assim ele se afastou rapidamente, alcançou o preservativo e o lubrificante e voltou para a cama, pronto para saciar os pedidos manhosos e desconexos que saíam dos lábios inchados. Por mais que gostasse de olhar para Jimin, o maior sabia que aquela posição seria o encaixe perfeito, então decidiu não mudá-la. O lubrificante foi espalhado na entrada que já piscava para si, implorando por mais. Aquele não era momento para ir com calma, Jimin precisava gozar e Taehyung jamais hesitaria em dar a ele o que ele mais queria.
A penetração veio funda e forte, chocando as costas pequenas com o peitoral grande. A próstata foi localizada e surrada com vontade, as mãos grandes segurando a cintura com força para que o menor não se desmanchasse e caísse sobre a cama. Para Jimin era insano a forma como Taehyung sabia fodê-lo tão bem, era injusto como ele o enlouquecia, provocava. Por mais que fossem diferentes, o encaixe era simplesmente perfeito.
- Tae... - Jogou os braços para trás, enlaçando o pescoço com dificuldade, os únicos sons presentes no quarto eram os gemidos de Jimin e as coxas batendo freneticamente contra o quadril de Taehyung. Alcançou a ereção que clamava por atenção, fazendo movimentos rápidos. Taehyung era implacável, ele sentia que Jimin estava próximo, assim como ele. Quanto mais Taehyung metia, mais Jimin se sentia longe, leve, alcançando um lugar nas nuvens, tão próximo, mas ao mesmo tempo tão distante. As lágrimas se acumulavam nos cantos dos olhos, fazendo Jimin querer chorar de prazer e se libertar de uma vez, mas ele sabia que Taehyung sempre cuidava dele, e tão bem, que conhecia seu corpo melhor do que ele mesmo. Os dentes se fincaram na junção do pescoço com o ombro, a marca ficaria ali por um tempo, mas não é como se ambos se importassem. Jimin era sensível ali, e como se um botão tivesse sido acionado, as sensações se alastraram por todo o corpo e o mesmo tremeu. Jimin gozou forte e suas pernas ficaram tão moles quanto gelatina. Taehyung veio logo atrás, perdendo completamente as forças. Cansados, os corpos desabaram sobre o colchão da cama de solteiro.
- Eu sei que a gente precisa de um banho, mas eu preciso mesmo de um minuto. - Jimin parecia ter corrido uma maratona e o Kim adorava admirá-lo depois de uma boa foda: as bochechas coradas, os olhinhos lacrimejando, os lábios inchados e o corpo pesado, suado de tanto foder. Era a coisa mais linda.
- Um? Ji, eu preciso pelo menos de uns dez! - Riu fechando os olhos e se concentrando em normalizar a respiração.
- Você precisa parar de me acordar assim Tetê, como vamos para a aula agora? Mal consigo me levantar! - A risada gostosa de Jimin invadiu o quarto, fazendo Taehyung rir também.
- Hoje é o primeiro dia Ji, não é como se fosse ter algo de tão importante. Podemos nos atrasar um pouco!
- Ou podemos nem ir. O que acha? - Sugeriu.
- Aish... Você mal começou e já quer faltar? Que tipo de aluno é você Park Jimin? - Debochou.
- O tipo que acabou de ter uma foda tão boa, mas tão boa, que está ruim das pernas! E a culpa disso é sua Kim Taehyung! - As risadas foram recheando o quarto por conta das constantes provocações, mas com eles sempre seria assim. O Kim sempre seria tudo que o Park precisasse, e mesmo achando que não, o Park dava tudo o que o Kim precisava também.
~*~
- Você sabe onde tem farmácia por aqui? - Min perguntou. - Estava precisando comprar tinta pra cabelo, acho que preciso passar em alguma depois da aula.
- Claro, eu vou contigo! - Hobi se ofereceu. - Tem alguma cor específica em mente?
- Ainda não sei... Ruivo talvez? - O bico que ele fazia para falar era a coisa mais fofa que Jung Hoseok já havia presenciado em seus poucos anos de vida. - Eu ainda preciso me decidir, mas de qualquer forma, eu quero descolorir, então tenho que ir à farmácia de qualquer jeito.
- Vai ficar bonito Min! Vem, vou te mostrar nossa primeira aula. - Afirmou, arrastando Yoongi pela mão.
~*~
- Ai, mas que droga! Eu não consigo entender Min, não adianta! - O Jung se irritou.
- Calma Seok, vem aqui, eu te ajudo. - Seria trágico se não fosse cômico, mas o professor de canto não pensou duas vezes em juntar o veterano Jung ao calouro Min Yoongi. O senhor de meia idade já havia notado o talento de Yoongi para leitura e interpretação das canções, pensou que seria uma boa ideia o mesmo auxiliar Jung Hoseok, visto que suas notas não foram exemplares no semestre anterior. Não é como se Hoseok tivesse "repetido" sua matéria, mas o Jung queria muito mesmo ser bom naquilo também, o que o fez tentar novamente, tendo como dupla escolhida Min Yoongi. - Não é difícil olha, você segue daqui, vem, chega mais perto, você tem que conseguir enxergar. - Min puxou o moreno pela cadeira, aproximando-os o suficiente para que acompanhassem a mesma folha de exercícios. Infelizmente, o foco do Jung ficou um pouco atrapalhado devido à proximidade e isso o assustou. - Você está me ouvindo Hobi? Eu tô falando sério aqui, dá pra você prestar atenção? - Repreendeu.
- Desculpa Min, sério. O que disse mesmo? - Arrependido, esforçou-se para prestar atenção nas palavras do menor. O decorrer da aula foi tranquilo e pela primeira vez Hoseok entendeu alguma coisa.
- Seok, você só precisa repetir essa parte aqui, - disse apontando no papel para o maior - acho que a dificuldade maior está na leitura das partituras, se conseguir entender essa parte, o resto é fácil. Ainda mais que nesse semestre ele vai unificar canto e instrumental, ele não vai te deixar em paz se você só souber cantar acapela. Vamos treinar, vem. - Agarrou a mão do maior e o puxou em direção à saída.
- Vamos aonde Min? Pelo amor de Deus, eu não quero treinar nada! Vamos na farmácia, isso sim!
- Tudo bem, mas na próxima você não vai escapar!
A farmácia não ficava muito longe, apenas duas quadras da universidade, logo retornaram para o quarto com a sacola que tinha tudo o que precisavam:
- A gente pode fazer isso no seu quarto? Assim você já ajeita suas coisas. - Hobi sugeriu. Por mais que Yoongi sentisse vontade de sumir ao ter que reencontrar Jimin, aquilo teria de ser feito em algum momento.
- Vai me ajudar? - Perguntou surpreso.
- Claro que eu vou Min! Como você pretende pintar esse cabelo sozinho? - Riu da cara do menor.
- Obrigado Hobi, mesmo. Desde que eu cheguei aqui você só tem me ajudado e sido legal comigo, eu só... Queria agradecer. - Disse constrangido.
- Tá tudo bem Min, todo mundo já foi calouro um dia... Vem, vamos pro seu quarto.
O cômodo não era grande, e apesar de Yoongi estar com medo de voltar à aquele local, para a sua surpresa, ele estava vazio. Apenas lençóis emaranhados em cima da cama, mas nem sinal de vida ali. Isso deixou Yoongi mais aliviado e ele pode relaxar. Com a ajuda de Hoseok, organizou as poucas coisas que tinha trazido consigo.
- Você não acha melhor a gente já pintar? Depois terminamos, é o tempo da tintura agir. - Hoseok sugeriu.
- Pode ser... Mas Hobi, você já fez isso antes? - Perguntou desconfiado.
- Não Min, mas a gente aprende! - Riu.
- Tá, vamos descolorir primeiro. - Hoseok preparou a mistura e Yoongi se sentou no banheiro para que ele pudesse aplicar.
- Argh! - O Min resmungou minutos depois.
- O que foi? - O outro perguntou preocupado.
- Isso arde Seok! Minha cabeça tá queimando! - E lá estava o bico de novo. Hoseok achava engraçado a capacidade de Min Yoongi de ser tão duro às vezes, mas ao mesmo tempo, parecer um bebê birrento que faz bico para conseguir o que quer.
- Só mais um pouco Min, vamos, pare de frescura!
Minutos depois, começou a ficar insuportável e Yoongi se viu obrigado a tomar um banho. Hoseok ficou terminando a organização no quarto enquanto o Min tirava o pó descolorante da cabeça. Quando o tempo começou a passar demais ficou preocupado, foi até a porta do banheiro para conferir se estava tudo bem, mas o chuveiro parecia ter sido desligado e o silêncio reinava por todo o ambiente:
- Min? Tá tudo bem? - Hoseok bateu na porta preocupado.
- Eu nunca mais vou sair desse banheiro Seok! - Respondeu exaltado.
- Hey! - Insistiu. - Abre a porta Min, deixa eu ver! - Tentou forçar a maçaneta, mas nada feito.
- Eu não vou sair, estou ridículo!
- Min Yoongi se você não abrir essa porta eu vou derrubá-la! - Gritou, tentando a todo custo tirar o pequeno Min de lá.
~*~
- Baby, você pode me pagar um café? Estou morrendo de sono e nós ainda temos uma aula juntos, não sei se vou aguentar... - Taehyung pediu fazendo bico. O grandão era todo manhoso quando se tratava do Ji.
- Claro, fique aqui, eu já venho. - Deixou um beijo em Taehyung e saiu da sala, pedindo licença ao professor. O Park também precisava de um café, ou com certeza dormiria no meio da aula. Dirigiu-se até a cafeteria e fez o pedido com a atendente de sempre, já eram conhecidos devido ao vício do loiro em cafeína, quando foi buscar o celular no bolso para ver se Tae queria algo mais, percebeu estar sem a carteira. Pediu desculpas à atendente e suspirou frustrado, teria que voltar ao quarto de Taehyung para buscá-la, pois esqueceu-se da mesma na cômoda, ao lado do abajur. O caminho não era muito longo e ele não precisaria se esforçar muito, mas estava mal humorado, odiava esquecer as coisas, ainda que fosse por uma boa causa, visto que ele e o outro loiro curtiram bastante a manhã antes de finalmente iniciar o semestre.
Estranhou de encontrar a porta aberta, Taehyung sempre tomava o cuidado de fechá-la, mas no mesmo instante lembrou-se do colega de quarto que ainda não havia chegado na noite anterior, o pensamento logo lhe arrancando uma risada, visto que foi até melhor ele não ter aparecido, ou teria sido bem constrangedor. Se aproximou da porta, mas estranhou os gritos que vinham de dentro do quarto:
- Min, é sério, abre logo a porra dessa porta! Eu vou arrancar você daí no chute! - O corpo do Park ficou estático. Aquele apelido ainda era demais para que ele processasse, tudo ainda remetia o passado e esse era um lugar que ele não gostava de visitar, pois ainda doía. Ouviu o clique da porta sendo aberta e tentou espiar pela fresta. - Por que você está de touca? - Uma voz irritada questionou, mas se Jimin não estava louco, podia jurar que era Hobinho ali.
- Porque eu estou horrível! - Jimin travou. Não quis mais saber se estava certo ou não, era impossível, aquilo não podia estar acontecendo.
- Min para! Você é bonito, não é a cor do seu cabelo que vai mudar isso! Vamos, tire a touca, eu quero ver! - Não, não, não... Por favor, não fale de novo... Esse nome não. Isso trazia tudo à tona, era como um gatilho.
- Para você Seok! Já disse que não vou tirar! - Uma voz brava respondeu, dando a primeira certeza que Jimin precisava: era mesmo Hoseok ali.
- Vai tirar sim, vai tirar agora! Vem aqui! - Jimin não conteve a curiosidade e espiou pela fresta da porta. O moreno alto estava com os braços ao redor de um corpo menor, mais esguio. A touca que estava tentando ser retirada por Hoseok era vermelha e cobria o cabelo do mais baixo. O rosto estava abaixado, tentando fugir das investidas do Jung em tirar a peça, mas Jimin reconheceria aquela voz onde quer que fosse, não importa quanto tempo passasse.
- Seok para! Não tira! Para! - Se debatia.
- Min, me deixa ver, eu só quero ver! - Com um empurrão, o corpo do menor foi preso entre a cômoda e o peitoral do Jung. Assustado, Yoongi não conseguiu desgrudar os olhos dele, já que ele estava tão próximo de si. Hoseok já tinha afirmado diversas vezes em meio a brincadeiras com os amigos que era hétero, então o Min não se permitiu ter aquele tipo de nervosismo, talvez fosse tudo coisa da sua cabeça.
- Seok, não, por favor... - Pediu, dessa vez mais baixo, sem tanta convicção.
- Min, calma, eu só quero ver... - O tom de voz soou baixo demais, retirando a touca vermelha devagar. O Jung engoliu em seco, não entendia por que, mas estar tão próximo de Yoongi o deixava estranho, ansioso por algo que ele não sabia o que era. Avistou os cabelos loiros bagunçados e passou os dedos para domar os fios. - Você tá lindo Min... - Hoseok manteve a mão nas bochechas e fez um carinho despretensioso, mas que surpreendentemente fez Yoongi ficar nervoso e evitar o seu olhar. - Olha pra mim... - Sussurrou.
- Seok... - Resmungou, ainda relutando.
- Olha pra mim Yoongi... - Os olhos castanhos encararam Hoseok e ele se sentiu nu. O Min parecia olhá-lo não só através da janela dos olhos, parecia encarar sua alma. Aquilo fez algo dentro do Jung se revirar e ele ficou nervoso, engolindo em seco. Não entendia por que, mas Min Yoongi despertava coisas novas em si e não necessariamente coisas que ele sabia explicar.
- Seok... - Chamou manhoso.
- Para de me chamar Min... - Respondeu frustrado, os rostos se aproximando cada vez mais.
- Por quê? - Indagou o menor.
- Por que você desperta coisas em mim que eu talvez não queira-
Cerrou os olhos frustrado, o Jung estava enfrentando seu maior conflito, afinal, o que ele estava pensando? Por que agir assim com Yoongi? Logo com ele? Um completo estranho? Por que ficar nervoso? Aquela voz... Muitos já tinham chamado Hoseok por aquele apelido, mas isso nunca o afetara de tal forma. Yoongi desarmava todas as certezas de Hoseok e ele não conseguia vencer a batalha entre a razão e a emoção naquele momento.
Mal sabia o Jung que o Min estava tão nervoso quanto ele. Yoongi jurou que se permitiria tentar, ele pediu muito para que seu coração deixasse o passado para trás, ele queria viver... Queria sorrir. A vontade de ser feliz novamente e não ter que pensar nas consequências que aquilo traria. Depois ele se arrependeria, claro, o coração dele já era de outro alguém, mas Yoongi se permitiu pela primeira vez não pensar muito nisso. Ele queria tentar, mesmo que essa tentativa tivesse cinquenta por cento de chance de dar errado, afinal, era Jung Hoseok ali e além de desconhecido, ele era hétero. Bom, pelo menos é o que ele dizia ser.
- Shh... Você não precisa pensar Seok... Só diz sim ou não. - O Min sussurrou perto demais e o Jung fraquejou, as pálpebras fecharam-se com força pois ele não conseguia encarar o rosto à sua frente. Yoongi queria uma resposta, mas Hoseok não conseguia dar, a cabeça dizia uma coisa, mas o coração parecia querer outra completamente diferente. Por mais que ele pensasse em várias coisas agora, ele sabia que não queria. Ele só queria uma coisa que o Min podia dar, e em troca precisava de uma resposta.
Antes que perdesse a coragem, acenou a cabeça em um sim leve e torceu para Yoongi não estar de olhos fechados assim como ele estava. Sua dúvida foi sanada logo, visto que sentiu os lábios quentes se encostarem nos seus. Todo o seu interior vibrou, como se algo se acendesse. No instante em que Yoongi se deu conta que não foi rejeitado, ele buscou por mais, ele quis mais. As mãos rodearam o pescoço do mais alto e ele pressionou os lábios mais uma vez para ter certeza. Quando sentiu seu quadril ser rodeado por braços fortes ele suspirou, aquela era a confirmação de que ele precisava, ele não estava louco, Hoseok o correspondeu.
Surpreendendo até a si mesmo, o Jung pediu passagem com a língua, deslizando o músculo quente pelos lábios finos do Min e ele logo aceitou, aprofundando o beijo que estava causando tanta ansiedade em ambos. De uma maneira despretensiosa, os corpos pareceram se encaixar, o beijo foi tomando forma e os suspiros ficaram cada vez mais pesados. Yoongi afundou as unhas nos cabelos negros e sentiu a cintura ser puxada para mais perto, num gesto inconsciente.
Apesar das descobertas dentro do quarto, havia uma pequena figura fora dele que a cada minuto que passava sentia-se murchar. Jimin nunca pensou que o coração pudesse doer tanto novamente, visto que o Min de um ano atrás já havia feito isso uma vez. Como era possível a mesma pessoa partir seu coração duas vezes? Já não bastava ter deixado Jimin para trás? A primeira lágrima escorreu, mas o coração de Jimin havia se partido há tanto tempo, que só se lembrou que tinha um coração batendo quando este se quebrou novamente. Tanto tempo depois e ele ainda dependia daquele maldito garoto para reconstruir sua vida.
Park Jimin sempre fora doce, inteligente e muito esforçado. Um bolinho carinhoso, o menino fofo de bochechas gordinhas e olhos que se fechavam quando sorria. Uma pena que esse garoto tenha sido esquecido em seu interior, pois ele sabia o quanto era adorável. Apesar da dor, o Park teve que seguir, no começo não soube muito bem como, mas ele tinha em mente que aquilo deveria passar e depois de um tempo, aliás, depois de Taehyung, aquilo pareceu sumir. A dor pareceu ter finalmente dado uma trégua, deixando com que o menor pudesse se permitir ser feliz. Mas ali, na porta daquele quarto, ele via a realidade nua e crua bem na frente de seus olhos. A dor nunca passou. Ela sempre esteve ali, adormecida. Min Yoongi era tudo, ele sempre foi, e por mais que Jimin tivesse se enganado por bastante tempo, só ele sabia o que significava ver aquele homem estar nos braços de outra pessoa. O Park jamais imaginaria encontrá-lo tão perto, bem embaixo do seu nariz, sendo que fugiu dele e de suas lembranças por tanto tempo. De nada adiantava agora, a cena não mudaria. A dor de Jimin não apagaria o fato de que Min Yoongi estava beijando seu amigo Jung Hoseok, que até o momento se dizia hétero, mas isso não importava para Jimin, ele só queria sair dali, ele precisava. Com lágrimas nos olhos ele deixou o corredor, esquecendo-se até mesmo do motivo que o levara até ali. Ele precisava chorar, gritar, queria rasgar o peito e arrancar aquele coração idiota! Por favor pare de doer, por favor, pare, pare, ele implorava numa prece silenciosa.
Com passos apressados, correu para longe, deixando Yoongi fazer o que tivesse vontade, afinal, ele nunca foi seu, ele nunca quis ser. Adentrou o primeiro banheiro que encontrou e se escondeu na cabine de deficiente, pelo menos tinha mais espaço para chorar e era a única que possuía um trinco. Permitiu que a dor saísse através das lágrimas, já que em seu peito ela não cabia mais, tudo estava despedaçado, o coração fora partido em tantos pedacinhos que ele não conseguia mensurar o estrago, muito menos imaginava como conseguiria colocar sua vida nos eixos de novo, ele só precisava chorar. O estômago embrulhou e todos os pensamentos ruins voltaram, como se nunca tivessem o deixado verdadeiramente. Jimin chorou como o pequeno garoto de Busan, não como Park Jimin que não tinha medo de nada e não era de ninguém. Ele se permitiu mais uma vez chorar, se permitiu ser o Ji, que fora abandonado sem um porquê, que guardava tanta coisa dentro do peito que estava a ponto de explodir. O mesmo menino de Busan que se sentiu insuficiente como amigo, como companheiro, como amor. Um ano inteiro tentando se convencer de que não fora sua culpa, de que Yoongi precisava daquilo, pois ele merecia ser feliz, mesmo que a felicidade não seria ao seu lado.
Naquele momento, o pequeno Ji se encolheu no chão de um banheiro sujo, na tentativa fútil de desaparecer, como se as dores fossem se tornar tão pequenas ao ponto de não existirem mais. Pura ilusão, mas ele já sabia. Antes que pudesse se dar conta, os soluços saíram altos demais, fazendo o peito subir e descer e o ar faltar, Jimin só queria sumir, desaparecer. Ele não aguentava mais, ele sabia muito bem como era viver aquilo e jamais queria passar por tudo novamente. Ele precisava se reerguer, mas como? Como você diz à um coração que ele precisa parar? Isso ele não sabia.
O que ele não imaginava, é que havia outro coração batendo na frequência errada, e este pertencia à Kim Taehyung, que como um anjo enviado do céu adentrou aquele banheiro vazio, ouvindo a voz que tanto amava num grito agudo e dolorido. Tudo dentro de si murchou. Mas se tinha uma coisa que o Kim sabia fazer, era cuidar de Jimin. Ele já havia feito isso uma vez e não custava fazer isso novamente, por isso, não pensou duas vezes quando passou pelo vão debaixo da porta, a única que estava trancada, assustando o corpo pequeno que tinha o olhar marejado e vermelho.
- O que está fazendo aqui? - Taehyung perguntou.
- T-Te-t-tê... Eu... - A voz embargou, ele não conseguia dizer. Taehyung sabia que existia uma dor, ele só nunca questionou o porquê, mas não era hora nem lugar, ele precisava ser forte, a força que Park não possuía.
- Shh, vai ficar tudo bem, vem... - E foi assim que o mundo de Jimin desabou, deitado nos braços de Kim Taehyung. O que ele não sabia, é que para Taehyung todo o mundo dele estava bem ali, e ele jamais deixaria que alguém o quebrasse novamente.
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