#respirarararte

[acalmaraalma]

A arte do bambolê ✨

O que os itinerantes mas ensinam é o processo de adaptação e aprendizados contínuos.

Estou falando de pessoas que voluntariamente abraçam o acaso e vão indo, e descobrindo destinos e possibilidades.

Esses dias surgiu um desafio, não lembro como mas que foi memorável!

Todos que toparam o desafio tinham que rotacionar o bambolê. Cada um dos múltiplos artistas, que definitivamente sabem com maestria fazer mágica com aquele objeto foram performando. Alguns diziam só sei com a cintura. Outros com as pernas, e etcs. E outros e eu no bolo, nunca consegui rodar um bambolê e não me faltou coordenação motora pra isso. Mas algumas coisas repetitivas eram demais na infância pra mim. Então talvez por isso ficar rodando aquilo na cintura não tivesse o menor sentido.

Mas a brincadeira foi ver os que dominam arte e fazem disso meios de sobrevivência dar um show. E como o desafio foi posto a todos que toparam, lá fomos os amadores brincar no bambolê. Vi o corpo em seu movimento e expressão tomando formas variadas e os sorrisos. Adultos se permitindo tentar fazer aquele objeto rodar no corpo.

Uma pessoa me surpreendeu, eram dois chackras antes travados balançando. E mesmo na timidez rodopiou. Ali livres de pretensões, julgamentos ou competições. Chegou minha vez, após ver com admiração cada uma em seu próprio caminho, entendimento e prática realizar o grande feito. Pensei como vou rotacionar isso do meu modo? Lá vou eu na minha criatividade rodar da forma mais impensável e improvável aquele bambolê.

Aí vem um ser que dá aula de arte brincando, singela, de momentos introspectivos e quando abre a boca só saí inspiração, mostrar mais um dos seus feitos: equilibrar objetos com nariz e cabeça. Já vi e gravei ela rodopiar fogo, ritmada nos instrumentos primitivos. Nestas rodas eu senti que conseguia fazer música sem treinar nada, e muito menos sem ter familiaridade com o objeto.

Eu realmente tenho experimentado o que nenhum retiro pago, curso, ou workshop poderia me entregar.

São tantos elementos nesse coletivo que palavras não alcançam o voo alto que é vivenciar isso!