#relatos de menina
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parte dois!! jaemin x leitora sugestivo eu avisei que isso ia tomar rumos inusitados, mas ainda tem mais uma parte então me aturem.
parte um
no primeiro ano de namoro tudo fluiu tão bem entre você e jaemin que era comum ouvir frases como “vocês foram feitos um pro outro”, ou “quero ser que nem vocês um dia”. sinceramente, você entendia porque viveram a fase da paixão de forma intensa e entregues que chegava a ser contagiante.
no segundo ano, entretanto, as primeiras dificuldades começaram a aparecer: ele foi transferido temporariamente no trabalho novo sem ter opção de negar a proposta. por longas e cansativas semanas tiveram de se esforçar muito para passarem tempo juntos, você pegava trens expressos tarde da noite; ele transportava a casa quase inteira para ficar mais perto de forma mais conveniente.
por vezes mal tinham energia para interagir, apenas ficavam em silêncio um ao lado do outro, enganando-se de que tal quietude era confortável. aos poucos o cansaço foi tomando conta da relação e os dois percebiam, mas não queriam dar o braço a torcer. adiaram por meses a fio a conversa sobre a impaciência nos diálogos, sobre a distância emocional que se instalou mesmo após a volta de jaemin para a cidade, sobre a falta de vontade de estar juntos como antes.
até que a gota d’água transbordou o copo, e você pediu um tempo ao namorado. não foi nada calculado, quando percebeu o que tinha dito quase se arrependeu porque encontrou os olhos desapontados de jaemin. naquela noite gélida, tudo que havia sido retido durante os meses anteriores foi dito. lágrimas caíram e palavras cortantes machucaram os dois pobres corações, porém quando assistiu o possível ex partir com o semblante chateado, mas pacífico, pôde suspirar aliviada.
acostumar-se com a sua ausência estava matando jaemin, a saudade também te corroía por dentro. toda vez que algo minimamente diferente acontecia, você abria a guia do whatsapp web e quase enviava o relato completo por mensagem. ele se iluminava toda vez que via o digitando… embaixo do seu nome na conversa fixada, mas nunca recebia nada.
durante a noite ficava mais difícil ainda, ele nunca resistia a enviar um áudio perguntando sobre seu dia, contando anedotas aqui ou ali com a voz manhosa de preguiça. num dia normal você estaria ao lado dele, dormindo abraçadinha, fugindo das piadas sensuais porque estava cansada demais (os dois sabiam que seu risinho dizia o contrário).
que droga de tempo! como foi que deixaram chegar nisso? ele se pergunta desde o dia em que conversaram. por um lado, sabiam que algo precisava mudar porque estava sufocante; por outro, terminar de fato não passava pela cabeça dos dois.
ao atingir a marca de quinze dias, a falta de jaemin estava quase te deixando maluca. sem aguentar mais, chamou duas amigas para te ajudarem a voltar à sanidade.
— é só vocês abrirem o relacionamento? duh. — giselle sugeriu com seriedade enquanto se esparramava no seu sofá.
larissa riu escandalosa e quase engasgou no vinho, mas giselle não a acompanhou.
— você não tá falando sério. — larissa afirmou. — ah, você tá… bom, você é maluca. não escuta ela. — a amiga te implorou com o olhar.
— eu nunca tinha pensado nisso, na verdade. nem sei como me sentiria numa relação assim. — você diz mais para si mesma do que para as meninas que vieram te consolar no ápice da dúvida.
— amiga, eu acho de verdade que seria ótimo. vai dar uma apimentada, vai ser divertido e é isso. — giselle explicou, ignorando a exclamação de escárnio da outra. — sugere isso quando forem conversar.
— particularmente, eu preferiria mastigar linha de pipa e beber cerol. — larissa rebateu o péssimo conselho. — mas cada um com seu cada um…
nunca pensou que isso fosse te perturbar tanto, demorou até para dormir pensando na possibilidade. que besteira, mas… será? não, isso tem outro nome. será que o jaemin se sentiria ofendido se eu sugerisse isso? não tem nem cabimento eu trazer isso à tona.
foi na primeira recaída que o assunto apareceu a primeira vez. a respiração ofegante de jaemin depois de matar a saudade da tua pele na dele ficou presa na garganta quando você, entrelaçada nele, no auge da adrenalina do orgasmo e do efeito do álcool, perguntou sobre relacionamento aberto.
— você diz, tipo, ter outras pessoas? — jaemin umedeceu os lábios, contemplando o teto para se concentrar em não reagir com exagero.
— é, mas… casual, assim.
deu para notar a insegurança na sua voz, que merda havia feito. houve uma pausa longa antes que jaemin batesse o martelo. você estava prestes a desfazer o abraço e fugir de vergonha quando ele finalmente se decidiu.
— a gente pode tentar.
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Primeira vez com duas mulheres.
By; @o-barba
Me chamo Felipe, e vou contar um relato que ocorreu a bastante tempo , lá pelos meus 20 anos.
Entre o final do ano 2005 para 2006, aprontei algumas coisas que me fizeram ficar sem carro.
Em Fevereiro eu iria viajar para Arraial do Cabo - RJ para o carnaval. Seria um grupo amigos, pelo menos 10. Essa casa que iríamos ficar é do meu padrinho, e não estaria no Brasil neste período, então me emprestou a casa com a condição de deixar como estava, limpa e organizada e sem quebrar nada. Isso seria fácil, eu acho.
Eu tinha ficado algumas vzs com uma menina, a Sheila, ela era foda, mt maneira, bem descolada e sempre pronta pra novas experiências.
Não chegamos a transar de vdd, só algumas mão aqui e ali. Coisas boas.
Voltando ao assunto da viagem. Eu falei com meu padrinho que iria antes de todos para preparar as coisas, ligar geladeira, freezer, limpar a casa (perto da praia da mt poeira). Ele disse que não tinha problemas, então 2 dias antes do carnaval eu fui, meus amigos só poderiam ir na sexta de carnaval.
Chegando na rodoviária de Niterói, já com a passagem de ida, a volta seria de carro com os caras. Estava esperando o ônibus e vejo a Sheila na fila de embarque, ela estava com a Bia, sua melhor amiga.
Entramos no ônibus e dei um susto nelas, acho que se tivesse marcado não teria como acontecer.
Elas estavam sentadas uma ao lado da outra e eu dois bancos pra trás. Ficamos conversando sobre essa coincidência e rimos. Perguntei para onde estavam indo, e elas disseram que estavam indo para São Pedro da Aldeia, estavam indo pra casa da mãe da Bia, pelo mesmo motivo, organizar para o carnaval.
Falei com a Bia se poderia trocar de lugar cmg, e que fez sem problema nenhum, ela sabia de todo nosso rolo, eram melhores amigas né.
O ônibus então saiu no horário marcado rumo a região dos lagos. Esqueci de falar, a viagem era às 20:30, então apagaram as luzes e fomos. No caminho fomos conversando os 3, falei que estava indo pra Arraial, e que iria fazer o mesmo que elas, mas sozinho, elas riram e me perguntaram se queria ajuda, então eu disse que seria ótimo, até mesmo pela companhia.
Eu e a Sheila trocamos beijos gostosos, ela era muito boa nisso. A Bia brincava "vamos parar com esse agarra agarra aí heim"
A gente ria, e continuava com os carinhos. Ônibus escuro, poucas pessoas até mesmo pelo dia da semana. Então o risco de alguém ouvir era bem pequeno.
A Sheila dizia que estava ficando com calor, e sabíamos o pq. Bia só ria e dizia que estávamos deixando ela com vontades também. Chamamos ela pra ficar com a gente, a Sheila veio para o meu colo enquanto Bia sentava no banco onde Sheila estava.
Tivemos a ideia do beijo triplo, já que éramos amigos, seria para selar a amizade, desculpa que demos. Então beijamos, e não paramos, foi gostoso, Bia tinha um gosto bom de bala na boca que deixou a gente querendo mais. Nossas respirações ficaram fortes, mas tínhamos que maneiras, mesmo sendo poucas pessoas, ainda assim tinha gente no ônibus.
Bia fala que gostou bastante, e que somos muito especiais para ela, a Sheila concorda e eu também.
A gente vai se pegando e resolvemos intercalar os beijos, eu e a Sheila, dps com a Bia até a hora que Bia e Sheila também se beijam. Fiquei de boca aberta enquanto se pegavam sentadas cmg. Suspiros leves e gemidos gostosos me deixando cada vez mais com tesão.
Bia estava de vestido e Sheila com tomara que caia. Tudo favorece para uma parada boa.
O ônibus chega na primeira parada, no Graal da Via Lagos. O motorista avisa que irá parar por 30 min. e que podem descer pra usar banheiro (mesmo tendo no ônibus) e compra alguma coisa. Todos descem menos nós 3.
Vamos ter tempo para melhorar o que estava bom.
A Sheila e Bia tomam a iniciativa. Sheila abaixa a blusa e Bia desce as alças do vestido. Bia tinha mais peito que a Sheila. Bia era branca de cabelos castanhos, seu seios eram lindos também. A Sheila é loira, com peitos pequenos e rosados. As duas eram uma loucura. Eu estava sonhando acordado.
Eu comecei a beijar a Sheila e quando a Bia chupava os peitos fazendo a Sheila gemer. Minhas mão estavam nos peitos das duas. Que delícia, meu pau estava quase explodindo nas calças.
Sheila anuncia que está gozando, eu e Bia damos aquela caprichada.
Sheila e Bia gemem gostoso d+. Agora chegou a vez da Bia gozar.
A gente troca de posição, vem Bia pro meu colo e Sheila pro acento.
Estamos com a cara vermelha. Um misto de medo e tesão tomam conta da gente, a qualquer momento alguém pode voltar.
Eu e a Sheila começamos chupar os peitos da Bia, ela faz carinho em nossas cabeças enquanto respira forte… gemendo baixinho.
Como a Bia estava de vestido, tratei logo de passar a mão em sua buceta por baixo do vestido, a gente tinha pouco tempo.
Bia estava tão melada que até sua calcinha molhou. Ela gemeu mais forte quando eu passei o dedo em sua buceta. Mordeu os lábios e pediu pra não parar, pedido aceito. A gente se beija, lambe e chupa até Bia também gozar. Bia tranca as pernas e estica, a gente ri e Bia com cara de perdida pergunta oq foi aquilo tudo.
Chegou a minha vez, Bia levanta do meu colo pra eu abrir a bermuda, coloco o pau pra fora e Bia senta no meu colo, mas não no meu pau. Nessa altura do campeonato meu pau está mt mt duro e melado. Elas se olham e dão uma risada
Bia senta tão perto do meu pau que ela diz sentir o calor dele, Sheila sem pensar mt já pega e começa uma punheta muito boa. Esbarra as vzs na buceta da Bia que ri e diz, daqui a pouco vai botar ele em mim…rs
Sheila lambe a cabeça do meu pau e os dedos melados mas infelizmente o pessoal começou a voltar e temos que nos recompor. Seguimos viagem, rindo e conversando como iríamos acabar. Eu disse pra gente ficar tranquilo
Temos 2 dias pra relaxar (nem tanto) e aproveitar antes do pessoal chegar e elas voltarem.
O ônibus para na rodoviária de São Pedro e 3 pessoas descem apenas. Agora terá mais uma parada, Cabo Frio e dps iríamos pegar um taxi.
Chegamos em Arraial às 22:30, entramos no condomínio e o táxi deixou a gente lá em cima (cond. Pontal do Atalaia, aquelas casinhas brancas em Arraial)
Entramos em casa, deixamos nossas malas no quarto e fomos abrir as janelas
Ligar geladeiras e freezer, o meu padrinho sempre deixava mala de cerveja, água e ou refrigerante.
Botamos pra gelar e fomos tomar banho, pra ficar melhor, já fomos os 3 logo.
Entramos no chuveiro e foi aquela sacanagem boa, gostosa
Beijos aqui e ali, mãos nos corpos, lambidas, chupadas
As duas resolvem ajoelhar na minha frente e me mamar, que coisa gostosa. Eu estava realizando uma fantasia de ter duas mulheres ao mesmo tempo.
Eu aviso que vou gozar e elas só abrem a boca, com isso foi porra pra todas, boca, rosto, peito
Acabamos do banho e pedimos uma pizza.
Comemos, e já deixei o ar condicionado do quarto ligado.
Os 3 pareciam naturistas em casa, roupas eram proibidas.
Fomos para o quarto que estava geladinho e queríamos aproveitar o fogo que ainda existia.
Começamos com beijos. As mão procuravam cada canto dos corpos. A Sheila me jogou na cama e sentou em minha cara, enquanto Bia me mamava gostoso, molhado. Sheila estava molha, quente, até piscava em minha boca. Bia pegou meu pau e sentou, enquanto quicava e roçava, a Sheila virou de frente pra ela e começaram a sei beijar, achei que não iria aguentar aquela cena.
Bia gozou gemendo alto e me molhando e quando Sheila estava com a buceta em minha cara gemendo e gozando também. As duas trocam de posição, chegou minha vez de comer a Sheila, sendo que ela quer de 4 na cama, Bia deita por baixo dela como se fosse um 69, eu colo o pau na boca da Bia e logo dps enfio na Sheila que dá um gritinho e joga o corpo um pouco pra frente, ela não esperava que eu fosse enfiar de uma vez só. Comecei a socar gostoso e as duas gemendo, não demoro mt para gozar, Sheila disse que pode ser dentro, Bia que está por baixo chupa a buceta da amiga enquanto eu encho ela de porra. Bia lambe todo gozo que escorre da buceta da amiga e vejo aquilo maravilhado.
Vamos os 3 pro banho outra vez.
Dormimos bastante e elas me ajudaram mt no dia seguinte com a arrumação. Confesso que nem tinha mt coisa pra fazer.
E foi assim a minha primeira experiência com duas mulheres.
Enviado ao Te Contos por o-barba.tumblr.com
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omg laura from bh hi!!!
fico pensando mto nas diferenças culturais e até etárias q temos com o elenco, e tava pensando como eles levariam o relacionamento com uma loba brasileira q é bem o estereótipo de jovem baladeira, ama ir pra resenha, calourada pra dançar vários subgêneros de funk com uma mao no joelho e a outra com um copao stanley
(apesar de ser específico nn eh um relato pessoal)
como cada um iria lidar com isso? iria ter algum espanto por parte de alguém?
demorei mas cheguei mi vida!! aaii esse hc dos meninos é tão inhaaainhaah🤭🤭🤤 enfim vamos lá
o francisco e o matías não negam que adoram tá? o francisco que já passou da época de faculdade principalmente porque ele morre de saudades e o matías porque não pode ouvir um batuque que já tá de pé dançando e bebinhos com a lobinha deles ainda? esqueça tudo esses dois aqui estariam com um copo cada um também e dançariam junto contigo, fosse lado a lado ou então grudadinho de você por trás, fingindo que sua bunda não tá roçando no quadril deles em prol de vocês aproveitarem mais da festinha porque não podem e nem querem te levar pra casa ainda. acredito que esses aqui sustentam muito a fama de inimigos do fim em qualquer ocasião e vão voltar contigo a pé pro dormitório só nas primeiras horas da manhã - os passos trocadinhos e eles já arrastando a boca na sua bochecha pra sussurrar umas safadezas no teu ouvido. "amor, 'cê não pode subir" e eles 🥺🥺"eu fico quietinho, mozi... deixa vai, pra gente foder lentinho, eu esperei a noite toda" e quem é você pra negar? depois você se resolve com as meninas com quem você divide apê. e eles vão subir tão fogosos, te beijando no elevador e já querendo tirar suas roupas. assim que você fecha a porta do apartamento eles te prensam ali e agacham, te fitando ali debaixo enquanto apertam e afastam suas coxas, vão te chupar ali mesmo com você tendo que tampar a boca com uma mão e se apoiar com a outra "tá suadinha, salgadinha, uma delícia". são mestres em achar teu pontinho pra poder mamar só ele e acham uma graça você toda sem jeito - já que nas festas você é toda confiante e posuda!! - e, vão sim cumprir a promessa e te comer devagarinho na sua cama, provavelmente de ladinho porque assim da pra eles continuarem sussurrando umas putarias e brincando com os teus biquinhos. ps. vocês dormem sem tomar banho e acordam as 3 da tarde podres de inhaca. suas amigas não brigam porque dizem que "homem lésbico" tem o passe.
o enzo e o esteban estão super desacostumados mas meio que topam tudo pra passar tempo contigo, geralmente você tá num role de faculdade que acaba lá pras onze da noite que é quando a maioria vai embora e ai arrasta eles pra um pagode ou qualquer outro perto de bar - o barzinho de esquina lotadasso que já é point - e eles ficam bebendo e te observando. te acham a coisa mais gostosa da vida e morrem de ciúmes - mas é um ciúmes contido porque eles confiam muito no taco pra achar que você trocaria eles. então ficam ali tomando uma cervejinha e deixando você se divertir - aproveitando o show porque você tá bem de frente pra cadeira deles. eu me arrisco a dizer que eles dançariam sim contigo uma ou duas músicas se tivessem no clima, as mãos grandes pesando na sua lombar e descendo um pouco pro seu quadril mostrando dominância enquanto vocês rebolam e se movem juntos e os olhos repletos de adoração. vai te levar pra casa com eles pq não quer acordar seus pais e porque tb quer te comer e você vai estar super manhosa e cansadinha às quatro da manhã arrastando as sílabas pra falar com eles e eles só "aham, sério? uhum... entendo, amor", só concordando com tudo que cê diz do percurso do carro até o apartamento. e nossa quando estão lá em cima vão ser um pouco brutos sim? vão te virar de bruços, morder e dar tapa "você é tão gostosa, chiquita... eu fico maluco com isso aqui", e por isso aqui estão se referindo a sua bunda e você vai provocar, vai mexer a bumbum empinando e rindo fraquinho. vai ter que aguentar eles te metendo nessa posição no sofá mesmo, mas depois eles te levariam pro banho e te comeriam lá tbm, os corpos molhadinhos, muita lambeção - onde pegar pegou - e você acordando só pro almoço que eles preparam e voltando a dormir. ps. vão ligar pros seus pais e dizer que tá tudo bem que vc tá com eles💋❤ e seus pais mt tranquilos ai então ta bom😁
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Lucretia, my reflection
DISCLAIMERS:
Esse POV se trata de um assassinato cometido por um serial killer e as consequências desse crime. É um POV muito útil para entender a personagem, a personalidade e algumas ações dela. Porém tenho consciência de que é BEM pesado e pode ser difícil de ler. Tentei ser o menos descritiva possível, ainda assim, alguns avisos de gatilho serão listados abaixo. Outro ponto importante: a história é completamente fictícia e não é baseada em algum crime ou assassino real. Alguns elementos muito pontuais tiveram base em relatos reais ou seriados, mas tanto os personagens quanto as situações e locais são ficcionais. Ele é longo, porém é dividido em partes mais curtas que se passam em diferentes datas (e idades) da Virginia. Os subtítulos deixam bem claro, é só olhar para não se perder! Se esse tipo de conteúdo te causa desconforto, recomendo que não faça a leitura ou que pule algumas partes assinaladas nos gatilhos.
AVISOS DE GATILHO:
prostituição, descrição de cativeiro e ferimentos da vítima (pt. 2 - 2017) menção a outros dois assassinatos (sem descrição), desaparecimento, descaso policial, diálogo transfóbico e misógino (pt. 3 - 2009, fala do policial), reconhecimento de corpo (sem descrição), incitação à pornografia, tentativa de aliciamento, ameaça, uso de arma branca, sangue/ferimento, comportamento paranóico, estresse pós traumático.
2007 - 10 ANOS
A casa das Anderson sempre teve uma rotina bem organizada. Moravam apenas mãe e filha. Lucretia trabalhava na noite e fazia questão de voltar para casa no máximo até às seis da manhã, para que pudesse tomar um bom banho, ela mesma arrumar a filha, o café da manhã e levar a criança para a escola mais tarde. Só quando voltava ia dormir. Uma vizinha, cujo filho estudava na mesma escola, trazia Virginia junto e ela passava o final da tarde com sua babá, a “Vovó Vivi”, como só ela podia chamar a senhora, enquanto sua mãe se arrumava e ia para as ruas buscar clientes noite adentro. Depois do jantar a babá levava a menina para o apartamento, mas Virginia já sabia se ajeitar para dormir sozinha. Ainda assim, mandava uma SMS para a mãe quando chegava em casa e outra quando ia dormir. Era um prédio pequeno, com janelas gradeadas e apartamentos muito apertados. Elas viviam no mesmo andar da melhor amiga de Lucretia, a travesti Vegas Mercy e dois andares acima da babá. Todos os dias pareciam um pouco iguais no apartamento de apenas um quarto, com só uma cama de casal que mãe e filha usavam, uma cozinha misturada com sala de estar e um cubículo minúsculo como banheiro. Era um apartamento asseado e cheiroso; Lucrecia semanalmente tirava um dia para levar as roupas na lavanderia e fazer aquela faxina e Virginia, com seus dez anos, se orgulhava de já conseguir ajudar a mamãe a “manter a casa muito lindinha”, em palavras dela. Ela não sabia exatamente o que sua mãe fazia, mas sempre a ouvia dizer para tomar cuidado com homens mais, não falar com estranhos e estudar para ir para a faculdade. Ginny queria ir para Princeton por causa do filme 'Uma Nova Cinderella'. Era onde princesas estudavam.
O dia 12 de agosto, no entanto, era um pouco diferente dos demais. Lucretia encomendava um bolo com uma confeiteira das redondezas, montava uma mesa e elas assopravam velas de aniversário antes da aula. Nesse dia a mãe não trabalhava: levava a filha para a escola, a buscava no fim da aula e durante a tarde Virginia procurava pela casa o presente escondido pela mãe, numa caça ao tesouro. Quase sempre alguns amigos da família apareciam mais tarde, alguns com presentes, outros apenas com suas presenças: Vovó Vixen, titia Mercy, tio Johnny e seu namorado do ano. Ginny convidava as crianças da escola, mas nenhuma nunca apareceu, nem mesmo Paul, o garoto do prédio vizinho que vinha com ela para casa. Ela até ficava triste, mas adorava colocar o vestido novo que Mercy lhe presenteava e ouvir a rádio de músicas retrô, sua favorita. Eles cantavam, comiam bolo, ela brincava com seus presentes e no dia seguinte ia de vestido novo para a aula. Tia Mercy era a mais criativa de todas e a transformava na criança mais estilosa do mundo todo.
Naquele ano, depois de se despedir dos amigos e colocar a menina na cama com seu pijaminha de nuvenzinhas, Luce deu um suspiro aliviado ao jogar fora as dez velas do bolo. Haviam sobrevivido juntas e bem naquele mundo por mais um ano, completado uma década. Aquela era sua maior conquista. Haveriam mais, ela pensou com otimismo.
2017 - 20 ANOS
Outubro era o mês favorito de Virginia. Ela ia ao máximo de festas de halloween possíveis, improvisava fantasias incríveis, encenava The Rocky Horror Picture Show em um teatro meio decadente em NY, assistia às crianças pedindo doces ou travessuras. Até sua energia, já hiperativa e caótica, ficava ainda mais marcante. Naquele ano, no entanto, um compromisso destruiu seu ânimo completamente. O primeiro temido julgamento. Aos 20 anos, ela poderia ter escolhido ser representada somente pela advogada, mas queria estar lá. Haviam encontrado o corpo de Lucretia há quase cinco anos; depois de tanta agonia, trâmites legais, trocas de advogado da defesa e espera, ela não aguentaria ficar em casa.
O réu era um homem qualquer. Estatura mediana, cabelos castanhos meio ralos, olhos de uma cor escura. Usava óculos, parecia descuidado da aparência e vestia um terno cinza que não lhe servia direito. Alegava inocência. Havia confessado os outros dois assassinatos posteriores com o mesmo modus operandi, imitando a cena da primeira morte, mas o de Luce ele negava veementemente. “Ela estava viva, eu juro. Não faria isso, não com ela. Eu amo a Lucy! Ela estava viva, eu juro.” Ficava repetindo, então entraram os advogados de acusação, falando sobre detalhes do cativeiro, da cena do crime, exibindo em um telão fotografias que Virginia nunca tinha visto, detalhes que ela não conhecia. Era um quarto com uma parede inteira coberta com fotos analógicas que ele tirou da mulher, a maioria sem que ela soubesse, enquanto a seguia pelas ruas e algumas poucas dela já no cativeiro. Tinha uma cama de casal com cabeceira de metal retorcido formando curvas pintadas de prateado, uma roupa de cama florida. Seria bonita se não houvessem manchas de sangue seco nas algemas presas na cabeceira, nos travesseiros e nos lençóis. O piso branco estava imaculadamente limpo, mas as paredes pareciam ter sido arranhadas com diferentes tipos de objetos e também com unhas. Uma folha de papel foi encontrada presa na dobradiça da única janela, um retângulo minúsculo no banheiro que não tinha porta. Dizia, com caligrafia rudimentar, com algo que depois foi identificado como sangue da mulher "Estou aqui. Ajuda." Os pulsos da vítima estavam em carne viva quando a encontraram e quase todas as unhas haviam sido quebradas e arrancadas; ela lutou muito para sair dali. O que Virginia sabia já era ruim o suficiente, mas ver as imagens… Ela encarava as fotografias das evidências sem desviar o olhar por um segundo. O homem a olhava como se ela fosse o presente de aniversário escondido que ele havia acabado de encontrar. Ela o olhou apenas uma vez, inexpressiva. Seu estômago se retorceu e por anos, quando a insônia a atacava, jurava ter visto aqueles olhos com cor de nada no escuro. Às vezes ficava deitada na cama imaginando como poderia fazer para torturá-lo e matá-lo longamente, a cada vez aperfeiçoando o plano mais um pouco, só isso a fazia dormir feito um bebê.
2009 - 12 ANOS
Virginia acordou com o despertador e imediatamente estranhou. Onde estava sua mãe? Era doze de agosto! Será que ela tinha pego trânsito? Se atrasado por causa de uma pane no metrô? Podia acontecer… Mesmo aborrecida por ter começado seu dia especial do jeito errado, ela logo foi até a cozinha e abriu a geladeira. Um bolo redondo com cobertura de chantilly cor de rosa estava ali, sinal de que a data não tinha sido esquecida e sua mãe apenas estava atrasada. A menina se arrumou sozinha para a escola e esperou, esperou, esperou. Perdeu o horário para a aula. Tentou ligar, mas o celular da mãe estava desligado. Foi até o apartamento de Mercy e bateu na porta, sendo recebida por sua tia postiça muito aborrecida por ter sido acordada tão cedo. Perguntou se ela sabia algo sobre Luce, mas nada. Ambas foram até Vovó Vixen, que também não sabia. Mercy a deixou com a senhora e disse que iria até o trabalho da mamãe ver se ela estava por lá. Quando voltou, expressão dela entregou tudo antes que uma palavra fosse dita: nem sinal.
Esperaram até o fim da tarde e foram até a delegacia. Vegas até usou suas roupas e seu nome “de tio”, mas os policiais disseram que precisavam esperar 72h para iniciar as buscas. Preencheram papéis e as dispensaram.
Apareceram três dias depois para revistar o apartamento. Virginia quis gritar com todos eles. De que adiantava procurar ali? Ela já tinha olhado em todos os cantos e não tinha nada, nem um bilhetinho minúsculo, deixado por Lucretia. Decidiram falar com Mercy, já que a mesma havia ido à delegacia. A criança se escondeu atrás de um móvel para escutar a conversa. Uma grande bolsa feminina havia sido encontrada no banco de trás de um carro de uma empresa de aluguéis que a levou até a polícia depois de descobrir que os documentos entregues pelo último locatário eram falsos e que todos os telefones para contato estavam fora de acesso. Na delegacia, os documentos dentro da carteira batiam com o boletim de ocorrência aberto no dia doze. Lá dentro, além da carteira, havia um conjunto simples de calça jeans, camiseta e tênis, um pacote fechado de preservativos, spray de pimenta, um rolinho de papel de presente e uma caixa da boneca Barbie Quero Ser Noiva, que Virginia havia visto na televisão muito tempo antes e ficado encantada. Aquele era para ter sido um aniversário como todos os outros. Eles mostraram as fotografias, mas todas as coisas estavam apreendidas, assim como o apartamento estava isolado para investigações. Disseram à Mercy que logo o serviço social viria até elas para tomar providências quanto à menina.
“Acho perda de tempo procurar essa mulher. Encontrou um cliente rico e deixou a filha pra trás… Ou decidiu mudar de ramo e tá por aí com esse cara que falsifica documentos. Gente boa não é.” o policial acendeu o cigarro, recostando-se na viatura. Já era noite e Virginia estava sentada nos degraus que levavam à entrada do prédio, aproveitando a escuridão causada pela lâmpada queimada do hall de entrada para ficar sozinha uns minutos.
“Não é uma vítima como qualquer outra? Não tem nenhum sinal no apartamento de que ela planejava fugir e…” um outro oficial, um pouco mais jovem, começou a falar, mas foi cortado por uma risada.
“Você claramente nunca comeu puta na vida, né Shaw? É só balançar mais dinheiro na frente delas e pronto, vão atrás que nem cachorra querendo carne.” o homem jogou a bituca do cigarro no chão e pisou em cima “Você mesmo viu o que as outras putas disseram, ela não foi forçada a entrar no carro.”
“Mesmo assim, Turner. Ela queria voltar, eu tenho certeza. Tinha o aniversário da menina, o bolo, até presente! A detetive Stevens vai concordar comigo. Se fizermos um bom trabalho, ainda podemos trazer essa mulher pra casa, apesar de já termos perdido tanto tempo.”
“Quando trouxer me avisa então, uma mulher bonita daquelas… E que aparentemente cobra barato, já que mora nesse muquifo de merda, ia ser um alívio não ter que comer puta feia uma vez na vida.” deu uma pausa, franzindo as sobrancelhas para o outro, que estava de costas para Virginia. “O que? Ah, não me olha com essa cara não, porra! Se disser que não pensou a mesma coisa eu não acredito. Só espero que o serviço social dê um jeito de não deixar a menina com aquele homem de peruca. É novinha, mas é bonita. Vai acabar virando puta também.”
Aquela frase foi um divisor de águas: era uma menina antes, mas dali em frente era uma puta também.
2013 - 16 ANOS
Virginia levou alguns segundos para notar o celular tocando. Era domingo e finalmente podia dormir. Trabalhava em uma loja Target durante o dia e como garçonete em um bar de karaokê pela noite. Os preços das coisas estavam aumentando demais e ela tinha começado sua poupança para conseguir uma moradia em Nova York de uma vez por todas, já que o trajeto de Jersey pra lá era extremamente exaustivo. Bocejou, a luz do sol invadindo o quarto por uma frestinha aberta da cortina. Atendeu com a voz sonolenta, mas assim que ouviu a frase na voz agora conhecida do detetive Shaw, despertou na hora.
“Encontramos sua mãe, Virginia.” o coração dela parou. Há tanto tempo não tinha mais esperança, mas por um segundo sonhou que Lucrecia estivesse viva. “Eu sinto muito. Nós precisamos de você para o reconhecimento oficial do corpo.”
“Ok.”
“Você está em casa?”
“Sim.”
“A detetive Stevens vai te buscar e te acompanhar pelo dia. Ela entrou em contato com a senhora Morgan e com a assistente social de vocês. Não te deixaremos sozinha.” ele disse, usando o sobrenome de batismo de Mercy. Ele era um dos poucos oficiais que a chamavam de senhora, mesmo que já estivessem em contato com a equipe por um tempo, principalmente depois que dois casos semelhantes aconteceram na região.
Encerrada a ligação, não demorou para que Mercy aparecesse no quarto, chorando. Elas choraram e sem dizer uma palavra foram se trocar para receber a detetive e a assistente social. Ainda não tinha contado para a mãe de criação que largou a escola, mentia dizendo que trabalhava por meio período. Agora tudo viria à tona, mas ah, que se fodesse o mundo. Estava exausta de ser humilhada naquele colégio.
Sweet sixteen, Virginia Anderson. Depois de reconhecer a mãe por um anel que ela sempre usava e pelo que restava dos cabelos, estava feito. Com exames de DNA, era oficial, Luce Anderson foi assassinada em outubro de 2007, depois de ficar dois meses em um cativeiro que foi transformado em um santuário para a vítima pelo próprio criminoso. Ele dizia apenas ter decorado o espaço em homenagem à Lucretia, porque “a amava muito e ela era tão bonita”, mesmo com todas as evidências físicas apontando para ele.
Deitada em seu quarto na residência que dividia com Mercy, Virginia teve um pensamento que nunca mais lhe saiu da cabeça: Amor era uma palavra bonita para obsessão e controle.
2020 — 23 ANOS
Virginia estava no estande da WonderLust em uma feira de entretenimento adulto. Nessas feiras todas as vendedoras usavam crachás com nomes falsos, o que já era normal para ela, que adotou o sobrenome Morgan depois de passar a viver com tia Vegas. Naquela noite, ela usava calças de couro, uma blusa branca com o logo da loja, uma tiara com orelhas de coelho cor de rosa e um crachá em formato de coração onde se lia “Cheryl”, como em todas as feiras e eventos. A dona da franquia achava prudente esconder a identidade real das meninas, especialmente em feiras maiores como aquela. Estavam em Los Angeles, em um hotel no coração de Hollywood e Ginny tinha uma folga antes de seu voo para casa, então estava pensando em ir para alguma praia menos movimentada, talvez Hermosa ou Redondo Beach. Nunca tinha tempo para ir à praia.
Atendeu vários clientes naquele dia. Casais, grupos, pessoas sozinhas, nada fora do costume, até que um homem chegou. Era bem comum, na casa dos quarenta anos, disse ser jornalista e cinegrafista e estar procurando um presente para a esposa. Escolheu uma lingerie vermelha que compunha uma fantasia de diabinha, um vibrador duplo e alguns óleos de massagem. Conversava enquanto Virginia embalava tudo para presente, mas ela não prestava muita atenção, respondendo no automático, até ele dizer uma frase estranha:
— A semelhança é realmente impressionante.
— O quê? — perguntou, confusa.
— Você e ela tem os mesmos olhos, pelo menos das fotos. É como ver Lucretia ao vivo. — ele respondeu e Virginia congelou.
— Não conheço nenhuma Lucretia, sinto muito. — disse com o máximo de frieza que conseguiu reunir para parecer casual.
— Eu gostaria de ter conhecido. Mas te conhecer é o bastante. Sou obcecado pelo caso. — os olhos dele brilhavam como se olhasse para um brinquedo brilhante em uma estante. — Você faria uma fortuna se fizesse um filme caseiro… Tem muita gente louca pelo caso que pagaria muito. Eu poderia te fotografar, te filmar. Conheço um fórum dedicado apenas aos assassinatos de Trenton. Vou deixar meu cartão com você, Virginia. Pense a respeito, você pode ganhar o que sua mãe nunca pôde e eu nunca te machucaria, só quero fazer umas fotos ou vídeos.
Ele saiu tão casualmente quanto entrou, deixando um cartão de visita com o endereço de um site rabiscado logo abaixo do telefone. Ela correu até o banheiro, enjoada, trêmula, e vomitou tudo o que tinha no estômago. Pegou o celular e procurou o site pela guia anônima, encontrando o que já esperava: um fórum sobre sua mãe, o assassino e as demais vítimas dele. Haviam fotos, informações que deveriam estar em segredo de Estado, vários tópicos com comentários. Um deles falava sobre uma busca pela filha de Lucretia Anderson, sobre quem não se havia notícias graças à proteção dos dados das pessoas próximas. Mas jornalistas eram uma raça maldita quando queriam. Depois de chorar por muitos minutos, ela refez a maquiagem e voltou ao estande, onde trabalhou até o fim de seu turno. Quando saiu, a primeira coisa que fez foi discar o número no cartão.
— Eu pensei na sua proposta. — disse antes que o homem pudesse responder — Não sei se quero fazer isso… Mas eu gostei de você. Queria conversar mais. — a mentira quase lhe fez vomitar de novo. Ele respondeu com entusiasmo, perguntando por um ponto de encontro. — A saída de emergência C dá para um beco bem escondido…
E foi assim que, meia hora depois, o mesmo homem apareceu, sem as sacolas de compras.
— Sabia que você faria a escolha certa. — ele sorriu.
— Ainda não tenho certeza. E preciso saber se voc�� não está me filmando agora. Só quero conversar e saber exatamente o que você quer.
— Pode me revistar. — o homem levantou os braços, fazendo-a arquear as sobrancelhas. Ela lhe fez uma revista completa, constatando que ele não tinha câmeras ou armas de qualquer tipo.
— Você realmente acha que valho tanto assim?
— Oras… Claro que vale, Virginia.
— Mas eu não sou experiente, nunca fiz isso. Você nem sabe se eu ficaria bem em câmera.
— Sou fotógrafo, sei essas coisas de longe.
— Ah… É que… Talvez eu ser filha dela não seja o suficiente. Você está prometendo muito dinheiro e eu realmente preciso de muito dinheiro. Não faria por menos do que umas dezenas de milhares…
— Se você me mostrar do que é capaz, posso te dizer quanto o filme vale. Só estava pensando em te fotografar com roupas parecidas, te filmar amarrada… Mas se tiver ação, vai valer bem mais.
— Ação do tipo… Oh, entendi. Ok. Eu vou te mostrar, se encosta ali. — apontou uma parede.
— Você é doente, garota. Só pode. — ele riu quando ela se abaixou à sua frente, descendo suas calças e roupas íntimas até o joelho. Aparentemente, só conversar com a filha de Lucretia Anderson já era o suficiente para dar uma ereção àquele homem.
Virginia segurou na base de seu órgão genital e abriu bem a boca, olhando-o de baixo e piscando algumas vezes. Quando foi segurá-lo com a outra mão, tinha um canivete de cabo cor de rosa.
— É uma pena que você não tenha uma câmera, porque isso aqui daria um filme snuff dos bons. — ela sorriu, encostando a lâmina bem onde começava o órgão. O homem gritou, grave, alto, em pânico. — Eu se fosse você não me mexeria muito, posso acabar escorregando. — ela gargalhou, percebendo que ele estava prestes a empurrá-la e lhe dando uma cotovelada nos testículos para que perdesse a força. O movimento fez com que o canivete abrisse um corte pequeno no interior de sua coxa. — Meu nome é Cheryl Miller, senhor. Não conheço nenhuma Virginia Anderson. — afundou um pouco mais a lâmina, olhando o filete de sangue que escorreu com nojo. — Como é meu nome mesmo?
— Ch-Cheryl Miller.
— Tão inteligente… — ironizou — Endireita as costas, anda! Puta que me pariu, que homem lerdo! — girou os olhos, ficando de pé, o canivete ainda próximo da genitália masculina.
— Aquele fórum de vocês é um absurdo. — cortou um tracinho na barriga dele, quase na genitália. — Nunca parou para pensar que essas moças têm famílias vivas? Achei de péssimo gosto. Não só eu achei… Trabalho para algumas pessoas que também não acharam aquilo nada bom. — blefou, enquanto continuava cortando — Você tem até amanhã de manhã para tirar tudo do ar, não me importa quem seja o dono. Fale com quem precisar, dê seu dinheiro, sua bunda, seu sangue se precisar. Ou vai dar sua vida. Tem sorte que me deixaram te dar uma chance. É maluco, por acaso? Ou só idiota mesmo? Acha que garotas bonitas ficam por aí em feiras dando sopa querendo fazer filmes com uns imbecis como você? Eu não gosto de desrespeito, tá? Meu chefe tem olhos em todos os lugares, consigo acabar com a sua vida assim. — estalou os dedos, finalmente guardando a lâmina. — Ah, boa sorte explicando essa cicatriz para a sua esposa. Se é que um homenzinho patético como você tem mesmo uma. — disse, antes de lhe dar uma joelhada entre as pernas, que o fez cair no chão, gemendo de dor e ostentando uma ferida em forma de estrela acima dos pêlos pubianos.
Virginia seguiu para seu hotel como se não se importasse com nada, mas ao chegar lá chorou e tomou banho com água tão quente, esfregando a pele por tanto tempo e com tanta força que ficou completamente vermelha. Não saiu no dia seguinte, nem mesmo para o café da manhã do hotel. Saiu quase na hora de seu voo, nunca falou com ninguém sobre o incidente. O site realmente foi deletado e nunca reapareceu, ao menos não até seu sumiço para o Reino dos Perdidos. Ela continuou de olho pelo surgimento de outros, enviou as provas que tinha para a polícia, mas além dos ocasionais podcasts ou vídeos sobre a história (que não citavam seu nome, já que não constava nas informações disponíveis para o público), nada mais estranho surgiu. Foi sorte seu blefe ter dado tão certo, porque não tinha ninguém com olhos em todos os cantos querendo protegê-la.
Ela não queria ser definida por aquele assassinato. Não queria que sua mãe fosse definida por isso também. Estava lutando para se mudar para Nova York, conseguir ter um emprego só, terminar o ensino médio por um supletivo, talvez entrar numa Community College ou ter seu próprio negócio. Era inteligente, cheia de vida, fazia teatro, tinha aprendido a estilizar e fazer suas próprias roupas, amava moda e segundo sua chefe tinha uma mente brilhante para vendas. Poderia ter um futuro além de um cativeiro. Mesmo que sonhasse com um cubículo com fotografias suas ao invés das de Luce, que fosse paranóica com a ideia de estar sendo seguida, filmada ou fotografada. Era criativa, tinha uma boa família (Mercy era a melhor mãe com quem Lucretia poderia tê-la deixado), boas pessoas ao seu redor. Era feliz.
Não tinha medo de nada. Não tinha medo de ninguém. Só dele. O homenzinho com cara de nada. Mas ele estava na prisão sem direito a condicional. Aquelas duas cidades eram seu território, não dele. Ela se movia como se tanto NJ quanto NY lhe pertencessem. Aliás, ela se movia como qualquer lugar que pisasse lhe pertencesse. Não celebrava mais aniversários, mas essa foi a única coisa que Virginia permitiu que ele lhe tirasse. O estranho, ela às vezes pensava ao se olhar no espelho, é que parecia jovem e moleca demais, como se os anos não celebrados não tivessem passado. Um rosto de adolescente em uma mente que já estava cansada e de saco cheio havia muito tempo. De resto, ela não deixaria que ele vencesse. Enfrentaria seu maior medo dia e noite, lhe arrancaria a cabeça se fosse preciso. Sua obsessão fantasiada de "amor" não era nada perto do quando ela e sua família improvisada amavam sua mãe.
Amor, naquele sentido romântico e pífio da palavra, era algo que sequer existia. Era assim que ela pensava e assim que levava a vida.
We got the empire, now as then We don't doubt, we don't take reflection Lucretia, my direction Dance the ghost with me
#⁺. ⭒✮ ♰ ✮⭒⠀(𝒔𝒉𝒆'𝒔 𝒇𝒆𝒓𝒐𝒄𝒊𝒐𝒖𝒔)⠀♡⠀filed under: extras.#lostoneshalloween#a titulo de curiosidade: lucretia my reflection é uma música da banda Sisters of MERCY kkkkkk e a Lucretia em questão é a baixista da banda#q na vdd se chama Patricia mas o vocalista dizia q ela tinha alma de Lucretia Borgia. a música é meio q sobre a separação/nova formação#da banda mas usa muitas metáforas sobre morte alguns jargões de guerra e até do governo Tatcher lmao#mas eu ouvi uma vez aleatoriamente e me veio essa ideia toda da história de mãe e filha? desde o início a mãe da Ginny tinha morrido#mas elas não tinham essa proximidade. aí quando fui refazer a char pra aplicar dnv veio tudo isso e faz mta diferença nela#penso mt na unicórnio como essa criança interior q mesmo num ambiente caótico teve uma infância amorosa até a tragédia
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minha historia com T.A
sabe hoje eu estava pensando sobre meu TA
e decidi interagir um pouco mais com a sub, falar um pouco sobre meu processo nesses anos.
tudo começou com 11 anos, sempre fui baixinha e na infancia (uns 8 anos) era considerada a prima gordinha, e eu me odiava muito por isso(hoje vejo que era uma criança completamente normal e tinha um efeito sanfona preocupante)
mas com 11 tudo mudou, os problemas alimentares começaram sem influência externa nenhuma, dias sem comer ou falta de apetite, passava datas importantes como natal e ano novo dormindo pq nem fome eu sentia. com o tempo parecia mais magra, mas as inseguranças não pararam, meus peitos cresceram e mesmo que pequenos, ainda eram maiores do que os das meninas da minha idade
o assedio começou e o odio pelo meu corpo voltou ainda maior, todos os detalhes me deixavam insegurança
os quadris tortos pelo hip dips
a pochete nojenta
as pernas finas esquisitas
a bunda achatada pela calça
e os peitos desproporcionais
mas ate os 15 anos permaneci em um bom peso, 45kg que eu considerava pouco, achava que era isso que deixava meu corpo feio e desproporcional
queria engordar até que meu corpo ficasse bonito em um padrão brasileiro, e nesse momento estupido começei a engordar.
8 kg
exato, engordei 7kilos, fiquei com 53kg, e não, eu não fiquei com pernas grossas e atraentes como era o plenajeado, o mesmo corpo, so que maior
horrivel
nojento
gordo
minhas roupas começaram a ficar apertadas, e eu já não me sentia bem, senti falta da minha bochecha marcada e os ossinhos aparecendo.
decidi mudar, emagrecer, comecei uma rotina saudavel e a fazer exercícios
me recordei de alguns videos sobre o edtwt e a curiosidade foi mais forte, ali senti conforto, relatos sobre horas sem comer, a paranóia compulsiva sobre corpos, comparações. tudo que eu ja fazia sozinha, mas agora não era solitário
foi confortável estar perto de pessoas que entendiam a vergonha de comer e se sentir obesa, aos poucos senti ainda mais necessidade de emagrecer, não so por mim, mas pra estar na minha mf junto com vcs.
atualmente tenho duas mf
45kg mostrar pra mim mesma que posso ser como antes
e 33kg pra mostrar que posso ser melhor que antes
antes uma das minhas maiores inseguranças eram as pernas finas, que mesmo no maior peso nunca se encostaram. hoje olho pra elas com carinho e desenho de deixar todo meu corpo magro e delicado como elas.
é isso meninas, obvio que muitas outras coisas influenciaram a necessidade de emagrecer como não querer uma hipersexualizacão, abuso psicológico e sexual, mas são tópicos íntimos demais.
beijinhos da lotte
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« Memories »
Achei um caderno antigo, gostei de ver aquela garota otimista dando as caras…as coisas eram bem piores do que hoje e ela não desistiu! Que orgulho daquela menina! Que orgulho MENINA!
Eu te amo tanto garota! Vc foi tão corajosa…entendi tantas coisas após ler os seus relatos,lembrei de sensações desconfortáveis que me deram náuseas…como você foi gentil mesmo com a dor,já havia me esquecido disso.
Ser gentil,apesar da dor.
Não só c os outros,mas principalmente com você.
@morenapraiera 🌺
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Olá ( português não é minha língua, desculpe se não me entenderem ) porque quando estou afirmando pir mi sp, ele parece estar me olhando mais e mesmo assim não se aproxima de mim, nem nada. Eu só o vejo com uma garota e é a garota que ele está namorando, pelo menos é o que parece. E ele me viu, continuou com ela e estava feliz. Ontem mesmo eu comecei a ter uma fé inabalável no meu desejo e hoje eu vejo. Pelo contrário, cheguei a pensar que não está funcionando ou o que aconteceu? Muito obrigado por me ler
a lei nunca falha e você não pode desistir no primeiro "fracasso". já vi um relato de uma menina que conseguiu manifestar em três meses e está tudo bem!
seu sp eh seu <3
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Bom, oi de novo
Se há alguém que se lembra de mim, ainda...
Eu comecei publicar aqui no dia 13 de outubro de 2017, eu tinha 16 anos e estava no 2° ano do ensino médio e a primeira postagem foi arquivada como a maioria.
Não sei quantos de vocês ainda vão ver isso, na verdade acredito que ninguém vá.
Hoje eu vou fazer 23 anos, estou quase no fim da faculdade de psicologia.Trabalho e tecnicamente sou uma mulher adulta, durante todos essas anos que se passaram desde 2017, eu cheguei a me tratar, tomar remédios e tentar realmente.
Eu busquei maturidade, mas na realidade eu não acho que ninguém seja maduro e hoje eu vejo que era uma pessoal extremamente depressiva (obvio), fui diagnosticada com ansiedade ainda criança e provavelmente eu fui uma criança depressiva.
A depressão ainda está comigo, ela ainda acorda ao meu lado toda manhã, vai ao trabalho comigo e se deita ao meu lado na cama. Isso não mudou, aquela criança e menina ainda vivem em mim.
Alguns dos "grandes" problemas que eu relato aqui (agora todos os posts arquivados) resultaram em traumas na minha vida atual.
Eu sou uma mulher adulta, não me sinto como uma, mas sou. Nunca melhorei de verdade e o sentimento descrito nessas publicações ainda existe. Mas hoje eu sei como mascarar isso e levantar de manhã para trabalhar.
A vida muda e pode não melhorar, mas o tempo passa.
Talvez esse seja a última postagem ou talvez eu voltei daqui 10 anos pra escrever.
Talvez.
É um tchau ou um adeus.
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Faz de conta que é 2014
Pelas redes socias vemos que a geração atual anda consumindo e tentando recriar a estética e as tendências presentes no início de 2010 e disseminadas no Tumblr, por quê isso está acontecendo?
(Foto: Autor desconhecido/Pinterest)
No meio dos anos 2010, a rede social Tumblr, plataforma de blogging que permite aos usuários publicarem textos, imagens, vídeo, links, citações, e áudio, alcança sua maior popularidade. Lá era o lugar onde adolescentes que se sentiam diferentes dos demais, costumavam ir para se conectar com outros jovens passando por problemas parecidos.
Jaquetas jeans, calças pretas “skinny” rasgadas e camisetas de bandas, eram o uniforme dos jovens presentes no Tumblr. O modelo e influenciador digital, Lucas Pegoraro, também conhecido pelo seu nome de usuário nas redes @sugarrluck, revela que o Tumblr aflorou sua criatividade na hora de se vestir e impactou demais sua relação com a moda. As meninas, também usavam coroas de flores, mini saias xadrez e podiam ser encontradas em suas mãos letras de músicas tristes de artistas influentes na rede, como: Artic Monkeys, Lana Del Rey, Marina and the Diamonds, The XX, Lorde, The 1975 e Sky Ferreira. O gênero musical indie pop, teve grande influência no estilo dos adolescentes presentes no Tumblr e na estética soft grunge – mais do que um estética visual e sonora – influenciava jovens a falarem abertamente de maneira melancólica sobre sua depressão e seus pensamentos suicidas.
Os usuários costumavam a publicar letras de músicas, imagens e até relatos sobre suas vidas que faziam uma certa romantização do transtorno depressivo. O Tumblr era obcecado pela estética da “garota triste”, consiste em jovens mulheres deprimidas ou à beira da loucura, que possuem comportamentos autodestrutivos – faziam uso de drogas, álcool e cigarros. Ela também está presente no mundo musical. Em 2014, a cantora Lana Del Rey, lançou seu terceiro álbum de estúdio chamado “Ultraviolence”, presente nesse álbum estava a canção “Sad Girl”, que como a cantora colocou em entrevista para a Genius “a faixa é sobre ainda ser uma garota triste, que há coisas que estão fora de seu controle e também é sobre ela fazer coisas que quer, ao invés do que deveria fazer”. Lana, que ganhou popularidade graças ao Tumblr em 2012, é uma artista que transforma suas tristezas em músicas, que acabam ressoando com muitas pessoas, especialmente com essas jovens. Ela canta como se a depressão fosse algo que ela aproveitasse de alguma forma. O que influencia meninas, para o bem ou mal, a reformular como elas veem a depressão, vendo como algo que não é debilitante e sim algo artístico ou necessário. Até hoje, podemos ver essa estética presente no estilo e comportamento de jovens mulheres e recém adultas. Em 2023, usuários da rede social TikTok, criaram o termo “bed rotting”, algo que muitos costumavam chamar de procrastinação, foi batizada pela geração Z como “apodrecimento na cama”, que consiste em ficar horas após acordar, deitado na cama mexendo no celular, ouvindo música, vendo filmes ou até lendo. Esse comportamento pode piorar sintomas de ansiedade e depressão e a “garota triste”- ainda presente nos dias atuais- tem também esse tempo para ficar deitada na cama não fazendo nada de produtivo. O conceito da “garota triste”, não é novo. Ao longo da história e da literatura, já foi muito explorado por autores como Shakespeare, Sylvia Plath e Virginia Wolf.
Lana Del Rey posa em frente a bandeira dos Estados Unidos (Foto: Getty Images)
A escritora Pip Finkemeyer, escreveu um artigo para a Harper´s Baazar, com o título que faz analogia a música “Sad Girl” da Lana Del Rey, “Garotas tristes, garotas loucas, garotas más: A evolução da tropa literária”, no qual ela discorre sobre o ganho de popularidade de livros com protagonista femininas depressivas e problemáticas. Ela diz que essa personagem é geralmente branca, privilegiada – para que ela tenha tempo de “apodrecer na cama” - e pertence a geração millenium – que foi a geração mais presente durante o pico do Tumblr. Nesse artigo, ela diz a frase “A internet está cheia de pessoas expressando ou performando uma tristeza, não literal, mas sim uma estética dela, para ser trocada por simpatia e identificação”. No Tumblr, foi popularizado por essas comunidades, o compartilhamento de sintomas psicológicos, diagnósticos e a exposição de familiares e amigos que queriam ajudar essas pessoas a melhorar mentalmente, eles que ninguém mais os entendia, então, muitas pessoas que não possuem depressão mas são extremamente impressionáveis, ao serem expostas a esse tipo postagens de pessoas romantizando transtornos mentais, elas podem sentir que para ser interessantes elas precisam ter algum tipo de transtorno mental, já que todos estavam se conectando pelos seus problemas. Além de pessoas que sofriam de problemas psicológicos, poderiam sentir que a depressão era o que tornava elas interessantes.
O influencer Lucas Pegoraro, diz que já caiu em perfis de jovens meninas que praticavam automutilação e compartilhando mensagens negativas. “Era uma coisa muito glamourizada, uma coisa maluca!” diz. Ele sentia que pela quantidade que ele consumia daquelas postagen, aquilo começaram a afetá-lo. “Ser triste era um glamour”. Hoje, Lucas nos diz que olha para isso e vê a problemática.
A volta do Tumblr
Hoje, uma das redes sociais mais usadas pelos jovens é o TikTok, onde são compartilhados vídeos curtos. O aplicativo tem tanta influência na geração atual, que chega a popularizam as tendências de moda e comportamento. Nessa rede, a hashtag “2014 Tumblr”, tem mais de 126 milhões de visualizações, provando que a fascinação por essa era está crescendo novamente, mas por quê?
A nostalgia é um sentimento melancólico que aparece quando relembramos experiencias passadas que nos são significativas. Quando passamos por grandes mudanças na vida, sentimentos de tristeza tendem a ser gerados ao lembrar-se de quando tudo era mais simples e com menos desafios. Então, esse sentimento de nostalgia se apresenta quando queremos de volta o período das nossas vidas em que tínhamos menos preocupações, suporte emocional e que a diversão ainda era inocente. Existe um fenômeno psicológico chamado de viés de efeito de desvanecimento, em inglês chamado de “Fading Affect Bias” (FAB), que consiste em nosso cérebro enxergar as memórias adquiridas ao longo da nossa trajetória com um filtro e escolhermos o que guardar de determinadas experiências, isso acontece por conta do fardo de termos de carregar nosso passado conosco, mesmo ele possuindo eventos tristes e doloridos, e isso seria insuportável se essas memórias doessem tanto quanto a experiência em si.
Existia uma teoria de que tendências de moda costumam voltar após de 10 anos de seu pico, o que costumava acontecer a cada 20 anos, mas devido ao consumo da sociedade andar tão acelerado, isso está inclinado a diminuir cada vez mais. Essa teoria é comprovada ao abrir o Instagram e se deparar com uma postagem da cantora e uma das maiores influenciadoras do TikTok, Addison Rae, segurando um IPhone 5 – celular de desejo no início da década passada - em frente ao espelho e aplicado um efeito muito popular durante os primeiros anos da criação da rede.
Influenciadora Addison Rae em frente ao espelho com seu novo Iphone 5 (Foto: Addison Rae/Instagram)
“Eu super estou voltando a consumir esse conteúdo, inclusive até entro no Tumblr para pegar umas referências, também para fugir um pouco dessa bolha da internet que está tudo a mesma e nada muda” diz o influenciador Lucas Pegoraro a respeito da reascensão da estética presente na rede social.
Toda essa comoção da Geração Z mais velha e dos Millenials mais novos, se torna uma espécie de paradoxo curioso: apesar da volta da estética associada ao Tumblr, a rede em si não teve o crescimento correspondente, talvez por conta da sua interface não ser tão dinâmica e sua funcionalidade não ter avançado ao longo dos anos. A plataforma teve uma decaída significativa de usuários em 2018, após a implementação de uma política rigorosa de conteúdo adulto, fazendo com que esses que estavam lá por conta do conteúdo livre e variado, migrassem para novas redes.
De qualquer forma, as tendências dissipadas no TikTok duram pouco e aparecem novas delas todos os dias. Então, tudo leva a acreditar que essa é só mais uma, passageira como as outras.
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RELATO 11
tenho um primo que se diz totalmente hetero e é lindo, todo sarado, branquinho, na época ele namorava meninas e tal mas todo mundo desconfia dele pq tem uns buatos q ele ja pegou homem, enfim, ontem chamei meus amigos para vir aq em casa e assistir filme, quando todos foram embora ele ficou falando que tava a mt tempo sem transar e q tava precisando de um bqt kkkkk, mas ele sempre tem esses assuntos ent nem desconfiei de nada, quando fomos dormir umas 2:00, tava mt calor e so tinha um quarto com ar condicionado, ai tivemos q dividir uma cama de solteiro, ate q quando eu estava quase dormindo ele me vira e tenta me beijar, nessa hora eu fiquei em choque e falei "ta doído mano" ai ele disse q estava sonambulo e q n foi a intenção kkkkkk, depois de 1h ele n parava quieto na cama, ai senti ele relando na minha cintura e descendo, ate q ele me encochou, (tipo conchinha) ai senti q tinha um volume muito duro ali e eu como qm n quer nada peguei no volume dele, devia ter uns 15, assim q eu relei ele colou pra fora e eu ja fui mamar, fiquei uns 30 min mamando ele, consegui sentir cada pulsação do pau dele na minha boca, ate q ele começou a ficar mais ofegante e gozou na minha boca, ai ele abaixou meu shorts e tentou meter em mim e não tava entrando e ele colocou um pouco mais de força e entrou tudo de uma vez, só não gritei pq tava com a cara enfiada no travesseiro, depois de conseguir colocar ele ficou uns 20 min metendo sem parar até q ele gozou de novo, ele nem subiu o shorts dele, dormiu só de camisa com o pau pra fora e eu dormi do mesmo jeito, e ele foi embora no dia seguinte como se nada tivesse acontecido
✍️Assinado: Membro anônimo
#gay sagger#gay scruff#gay ships#gay shit#gay slamming#gay sneakers#gay speedo#gay story#gay stud#gayslave
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Lendo os relatos das meninas aqui estou quase convicta que meu noivo quer me dividir com outro, vou dividir com vocês os pontos e voces me digam se ele quer ser corno ou não, vamos la...
-Temos algumas brincadeiras e algumas vezes solto um "ah corno" ou " se voce não quer dou pros seus amigos", e percebo que ele não reclama de ser chamado assim e até gosta quando provoco ele dessa forma. -Sempre que os amigos dele vem pro nosso apt ele me pede pra usar roupas mais bonitas, de preferencia decotadas ou mais curtinhas, não sei se é pra eu estar só bonita ou atraente. -Um desses amigos dele é bem intimo nosso e ele tem algumas brincadeiras comigo, como me abraças por tras, me beijar no pescoço e as vezes alguns tapinhas na bunda, "apertoes no peito", ele não fala nada nem esboça ciumes, e se eu permitir as brincadeiras ficam mais apimentadas, eu que imponho limites. -Um amigo dele do futebol brincou com ele uma vez que se ele nao fosse meu noivo que com certeza ele ja estaria na fila pra namorar comigo, percebir que ele ficou levemente excitado com o assunto. -E por fim quando estou "bebada" costumo ficar mais atiçada e comunicativa, meu tesão vai nas alturas e percebo que ele me deixa soltinha a depender do ambiente ele me deixa "só" e fica me observando sempre de longe.
Abordei alguns pontos meninas, me digam vocês se ele quer me dividir com outro ou se ele só é seguro de si mesmo.
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desde q surgiu a música daquela menina cantando sobre a ilha de marajó veio surgindo vários assuntos sobre na minha fy do tiktok e eu estou cada vez mais horrorizada, hoje surgiu um relato sobre uma mulher q foi missionária na ilha e contou sobre coisas q ela viu e ouviu do povo de lá
eu estou me debulhando em lágrimas q n é possível q nada possa ser feito!!
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Relatos de um adolescente quase recuperado
Eu sei que tenho estado meio sumido por aqui, não tenho feito tantos posts... meio que decidi "esfriar" a cabeça por conta das coisas que tinham acontecido recentemente, tanto na escola quanto em casa.
Porém... as coisas estão indo bem ultimamente.
Ontem pude comprar minha guitarra e estou muito ansioso pra tocar de verdade (precisei comprar um modelo pra canhoto na internet por que NENHUMA loja na região vendia). Tenho visto muitos vídeos de covers de guitarra, inclusive. Vou me esforçar bastante.
Sobre as minhas amizades... bem, meio que já superei aquele "rolo" de terem me dado as costas do nada. O foda é pensar que a menina sabe que sou trans e começou aquela mensagem com o meu nome morto, provavelmente só pra me ofender e ficar pior. Mas dane-se, águas passadas, eu e o Castiel estamos conversando tanto sobre inúmeras coisas, inclusive sobre tocar guitarra, coisa que ele faz também.
Sobre a Igreja. Sim, ainda tenho que ir pra lá, mas tenho tentado não ficar totalmente naquela ideia de "odeio ir pra lá por que não sou cristão". Pelo menos eu saio de casa para ir na padaria antes e comer empadas de frango (isso é uma coisa boa, obviamente!).
E por último... minha mãe. Felizmente ela parou de ficar olhando meu celular semanalmente, coisa que estava me irritando muito (não por que devo algo pra ela, mas parecia que não confiava mais em mim, não tive culpa de ter recebido uma mensagem totalmente ofensiva no WhatsApp). Provavelmente minha mãe percebeu que não tem nada de tão absurdo no meu celular (minhas fotos são de lousas com resumos de química e o histórico do YouTube são só vídeos com memes e jogos).
Ainda sim tenho escondido minhas contas com nome social a todo custo, eu estaria fudido se ela descobrisse.
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HANDE ERÇEL? não! é apenas KIRAZ ÇELIK, ela é filha de NIKE do chalé 17 e tem VINTE E CINCO. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL II por estar no acampamento há QUATRO ANOS, sabia? e se lá estiver certo, KIRA é bastante ENCANTADORA mas também dizem que ela é MIMADA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
A convicção impressa no olhar da mulher que assegurou ser amparada por Zeus, pouco antes de se jogar do prédio de vinte andares. O desespero nas feições masculinas ao se entregar ao mar revolto, clamando o nome do deus dos mares. E a aparente loucura da jovem que se atirou ao vulcão adormecido em sua ânsia por encontrar-se com Hefesto. Inúmeros são os relatos a respeito de humanos que, frente um contato íntimo com os deuses, perderam a sanidade. E com Emre não foi distinto.
É incerto dizer se o sucumbir do homem se deu pela ausência da deusa vitória ou pela falta das regalias que estar frequentemente no lado vencedor lhe proporcionava. Fato é que quando o triunfo deixou de ser uma constante em sua vida, Emre buscou nos entorpecentes mundanos o regozijo antes encontrado em Nike. As dívidas nas casas de apostas somaram-se àquelas devidas a traficantes, formando um estilo de vida insustentável - especialmente ao considerar-se a pequena garotinha recém deixada sob seus cuidados. E decerto aquele teria sido o fim de Kiraz, fadada a adoecer em meio às ruelas escuras de Istambul, esquecida por aqueles que deveriam protegê-la, não tivesse um detalhe atraído a atenção de uma figura importante da região.
Vural conhecia o suficiente a respeito dos deuses do Olimpo para compreender que a correlação direta entre as vitórias de Emre e a presença da garotinha em seu colo não se tratava de um mero acaso. E o Bakirci sabia que se manejasse a situação corretamente, ao final, seria ele o grande sortudo. Livrar-se do homem foi o menor de seus empecilhos - inconstante e quimicamente dependente, o Çelik jamais havia sido uma figura paterna para a garotinha. Algumas desculpas e muitos presentes depois, Kiraz sequer parecia se recordar que um dia não estivera sob os cuidados de Vural e seus homens.
A presença da menina nas casas de apostas tornou-se recorrente com o passar dos anos, até que o ecoar do rolar dos dados mesclado ao som das cartas que eram distribuídas pelo salão saturado de pessoas reféns de suas próprias ambições, criassem uma sinfonia caótica que lhe era quase reconfortante. Afinal, não era como se Kiraz conhecesse outra realidade que não aquela iluminada pelas luzes coloridas dos cassinos de Istambul. Considerada o amuleto da sorte de Bakirci, ela era constantemente vista em companhia do homem e, ao final de uma noite bem sucedida, suas habilidades eram recompensadas com o conceder de todo e qualquer desejo que pudesse alcançar-lhe a mente - desde um pônei, a um castelo para, então, seus favoritos: pedras preciosas. E o que mais pode-se almejar quando se tem tudo?
Mais de uma década passou-se antes que Kiraz se desse conta de que os bens materiais que se acumulavam em seu entorno em nada supriam os anseios de sua alma - sentimentos esses despertados por um sorriso atraente demarcado por um maxilar anguloso. E quando o relacionamento com o rapaz foi proibido por Vural, a Çelik encontrou a motivação necessária para escapar na calada da noite. Com uma passagem apenas de ida para os Estados Unido, foi apenas uma questão de tempo até que a semideusa fosse levada ao acampamento meio sangue.
PODERES: Absorção de sorte: através da proximidade, Kiraz é capaz de drenar, lentamente, a sorte daqueles em seu entorno, aumentando a sua própria e a de quem estiver em contato direto com a s
HABILIDADES: Fator de cura acima do normal e agilidade sobre-humana.
ARMA: Possui uma besta encrustada de diamantes.
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[Brasil] Sou menor de idade, posso fazer tratamento hormonal? E escondido?
Pergunta de: u/cuddlefishh
Fonte:
Meu irmão quer começar testosterona mas tem 16. Eu meio que sempre senti desde muito cedo que ele não era uma menina, quanto mais ele crescia mais masculino ia ficando e hoje em dia é androgino o suficiente pra passar como um homem cis. De todo jeito, algumas características femininas deixam ele triste. O processo de hormonização pelo sus é apenas feito com os pais para menores? A automedicação, em doses baixas, é algo perigoso? Usuário do Brasil
Bem, poder pode a partir de 16, com permissão dos pais. E apenas com permissão dos pais. Após 18 anos ou ao ser emancipado, ele podera o fazer sem permissão.
Oque acontece é o SUS ter problemas em não ter a hormonização em várias cidades para começar, e mesmo tendo a terapia hormonal as vezes o lugar estar sem o medicamento no momento.
Veja esse comentário sobre acessar pela UBS do SUS, caso seja com permissão dos pais: https://www.tumblr.com/translatingtradutor/759891139444736000/brasil-guia-b%C3%A1sico-de-como-acessar-terapia
A automedicação não é muito recomendada especialmente para homens trans, visto que as opções são ou androgel (mais caro) ou outras formas mais baratas que podem dar complicações sem acompanhamento. É mais perigoso do que se fosse o outro hormônio. E a auto medicação já deve ser realizada com extrema pesquisa, mas é perigoso do mesmo jeito.
Lembrando que as doses baixas não mudam muito as caracteristicas que você irá ter. Se forem baixas demais, não vai acontecer mudanças. Se forem o suficientes, só irão mudar as coisas mais lentamente, mas ainda será todos os efeitos da testosterona.
Por outro lado, mesmo que fosse tentar sem a permissão dos pais, isso pode ser complicado. Ao contrario da terapia hormonal feminizadora, a TH masculinizadora muda a voz e é muito difícil esconder. Ele iria precisar se esforçar bastante. É possível fazer treinamento de voz transfeminino para esconder, ou mentir que está doente, mas o treino de voz é muito dificil e demora, portanto ele pode acabar em umas situações difíceis até conseguir manter uma voz feminina sempre perto dos pais.
Segue algumas informações sobre esconder o TH masculinizador da família.
Humilhação ou transicionar? https://www.tumblr.com/translatingtradutor/761153227925454848/dicas-pensando-em-sair-de-casa-por-falta-de?source=share
Oque fazer em segredo? https://www.tumblr.com/translatingtradutor/759613511274020864/dicas-terapia-hormonal-masculina-em-segredo-com?source=share
Entrevista de alguém que escondeu a TH masculinizadora da família por medo de agressão https://www.tumblr.com/translatingtradutor/760730400079396864/entrevista-escondendo-a-terapia-horm%C3%B4nal?source=share
Veja também esses relatos de transição para convencer os pais:
https://www.tumblr.com/translatingtradutor/761243806270111744/recursos-relatos-de-pessoas-transg%C3%AAnero-em?source=share
#transgenero#transgender#trans#transmasc#ftm#terapia hormonal#Transição escondida#Criança/adolescente#brasil
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a difícil missão de ser assexual numa sociedade allo
acho que desde os 15 anos me acho diferente — não apenas das outras meninas, mas de todo mundo.
aos quinze anos, as minhas amigas amavam aulas de dança e amavam se apresentar em frente à escola (eu desisti das aulas de dança mais ou menos aos 13 anos; odiava apresentações — de qualquer tipo). aos quinze anos, elas compravam revistas para garotas por causa das dicas sobre beleza e garotos (eu comprava por causa das bandas que eu gostava e que eram destaque vez ou outra nessas revistas).
aos quinze anos, eu lembro bem de um evento na escola em que todas correram atrás de um apresentador simplesmente porque, sei lá, houve um surto coletivo sobre com quem ele ficaria primeiro. eu fiquei aterrorizada e sem entender nada.
foi nesse dia que eu percebi que eu não entendia a maior parte do que era a adolescência. ou o que era ser um garota aparentemente "normal".
eu sempre odiei falar sobre beijos, namoro etc. simplesmente porque, em primeiro lugar, me incomoda. em segundo, porque pouco esses assuntos fizeram parte da minha realidade. quando fizeram parte, era apenas eu me pressionando para ser o que a sociedade chama de "garota adolescente".
eu era outro tipo de garota adolescente: alguém que preferia ficar sozinha, ouvir música e ler fanfics.
eu me apaixonava (e continuo me apaixonando) numa frequência muito baixa e não entendia nada sobre o mundo das minhas amigas: pessoas que beijavam por beijar, pela conta, para poder dizer que eram alguém.
de certa forma, eu me sentia ninguém. não sabia por que eu sempre fugia de coisas que "deveriam" ser naturais. não sabia por que, mesmo inserida em situações "normais", eu me sentia desconfortável.
um dia, fez sentido. porque palavras existem para isso: dar sentido.
quando descobri a palavra assexual, ainda era muito sobre "não fazer sexo". essa era a única definição — e não fez sentido, para mim, naquela época. somente dois ou três anos depois é que a assexualidade foi tomando uma forma mais diversa para mim — e eu pude me ver nela.
então, o quebra-cabeça estava diante de mim; tenho a plena consciência de que ele sempre estará, pois o mundo da sexualidade é fluido e está sempre nos fazendo aprender.
a cada relato, a cada pessoa ace que fala sobre isso, a cada livro que leio sobre me descubro cada vez mais — e mais importante: posso me sentir livre para entender o que faz e o que não faz sentido para mim.
hoje, falar de atração sexual, para mim, é lembrar que, apesar do que me fizeram sentir a minha vida inteira, eu sou inteira e normal, porque existem mais de 7 bilhões de jeitos de ser.
hoje, eu amo ter o pensamento: "sou assexual demais para isso" ou "me sinto assim, pois sou ace", porque já tive muita vergonha de não parecer suficiente para es outres — para possíveis amigues e crushes. sempre entrei em aspirais de ansiedade de que iriam me achar esquisita, ou errada. defeituosa, de algum jeito.
daqui pra frente, quero poder dizer que sinto orgulho da pessoa ace que sou. não porque quero me achar melhor do que alguém allo (apesar da sociedade delus não fazer sentido nenhum, pra mim), mas porque é libertador poder sentir orgulho num mundo que sempre tentou me fazer sentir inadequada e envergonhada.
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