#recantodomoura
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Geração perdida
CAPÍTULO I - A escola
O ano era 1989, ano da primeira eleição pós ditadura militar, o cenário da nossa história começa na Escola Estadual de Primeiro Grau Professora Anna Rita Alves Ludke, na Vila Alvorada, uma escola pequena, no entanto capaz de abrigar várias histórias e eu vou contar uma delas, a amizade entre Lucas e Marcos, C.S Lewis em seu livro “Quatro Amores” coloca a amizade como um dos amores que temos na vida e aqui vou tentar contar a história que começou mais ou menos na segunda ou terceira semana do ano letivo de 1989, Marcos estava matriculado nessa escola desde do primeiro ano do que chamamos hoje de ensino fundamental, antes era chamado de primário. Marcos era um aluno mediano, quieto, poucos amigos, na verdade por várias vezes no recreio (intervalo) ficava só com seus pensamentos, seu melhor amigo Jonatas mudou de escola devido a mudança de cidade, então estava sozinho, Jonatas era seu amigo desde o Jardim da infância, passando pela pré escola e os primeiros quatros anos do primário, Marcos só soube que Jonatas havia mudado de escola somente depois do início das aulas, ficou triste por não poder se despedir e nem saber para qual cidade ele foi, como todos os melhores amigos, imaginam planos em comum e algo que todos faziam na época era calcular com qual idade estariam no ano dois mil, quantos filhos, casa e carros e assim por diante, olhar no mapa mundi os países para conhecer, a Alemanha tinham duas. Bom esse início de ano seria mais difícil sem a companhia de seu melhor amigo, Marcos nunca imaginou-se sem Jonatas e justamente por isso não ampliou seu círculo de amigos, não porque não quisesse, era muito difícil para ele fazer amigos, mesmo que Rute tentasse aproximar-se, ele estava feliz com seu único amigo. Rute percebeu que Marcos estava mais quieto que de costume, Rute era uma menina com cabelos longos lisos, apenas sua franja a incomodava,.... continua
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Maldito o dia em que me descobri só, sem Sol, sem sol e sem dó.
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Sem Sol e sem dó.
Maldito o dia em que me descobri só, sem Sol, sem sol e sem dó.
Não havia harmonia para mim.
Percebi os olhares estranhos, não havia vínculos.
Motivo de riso, mas não há amigos para isso.
Sem vizinhos para bom dia.
Esnobe, é assim que diziam.
Na realidade, solitário somente.
Porém quando me dei conta, era uma opção minha.
Difícil não era conviver, difícil era viver com a solidão.
Que por escolha sempre estava lá.
Voltar do exílio é encontrar tudo no meio do caminho.
A vida estava na metade.
Da metade pra trás, não havia lembranças, daqui pra frente construção.
Todos já estavam muito à frente em seus caminhos
…. E eu como intruso buscava achar um lugar.
E minha bagagem mesmo vazia era um fardo.
O conhecido estranho, conheço e não sei quem é.
Como se tivesse segredo, não podia revelar a tamanha infelicidade de ser quem era, de quem é só.
E a multidão dizia: não há espaço para você.
Na realidade eu mesmo dizia: não há lugar para mim.
Estou bem perto da fronteira, mais um passo e volto o que era antes.
Talvez viva assim, de frente para o exílio, de costas para multidão.
E quem sabe tente mais uma vez.
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Geração perdida
INTRODUÇÃO
Como escritor eu nem sempre sei o que me motiva a escrever, ultimamente tem sido a tristeza ou por causa dela, todavia sempre resulta em algo bom, pelo menos para mim, terapêutico.
Muito do que escrevi até hoje é para relatar meus momentos difíceis e fazer uma análise posterior das coisas que aconteceram e imaginar se algumas decisões poderiam ser diferentes e o que resultaria, somente o Senhor do tempo consegue fazer essa simulação com êxito, podemos imaginar que existem multiversos, e que cada versão nossa toma uma decisão diferente. Será que é como a regra matemática na multiplicação, a ordem dos fatores não alteram o produto? ou seja independente da decisão que tomamos e independente do universo o resultado sempre será o mesmo? Não saberei, no entanto eu posso dentro da escrita imaginar como seria ou poderia ter sido. Então vamos à tentativa.
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"Para muitos eu morri Sou um fantasma das idealizações Assombro-os com meus erros"
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Mais uma chance
Fico em silêncio, parado. Parado não semeio Como irão brotar se não as rego Na inércia, as lagrimas acumulam E nada nasce tudo apodrece. As águas sobem, meus alicerces estão na areia!? Meus pés que andaram na lama Escorregam sobre a rocha Lavas meus pés e me firmo Preciso andar, semear E quem sabe quando voltar A alegria encontrar Pois é na rocha que preciso Estar.
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Essa sensação de não pertencimento é patológica? Ou é apenas constatação de uma verdade? ou querer fazer parte onde não lhe cabe?
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Será eu um amigo imaginário de alguém? Eu o ignoro todos os dias a sua esquisita euforia De procurar-me para uma fantasiosa companhia? Será a que tenho fugido
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Talvez seja o sorriso Quem sabe as curvas Dessa estrada que me leva Ao medo Talvez Talvez me perca nas palavras Que ditas, nem sempre bem Parece que talvez Não saiba o que digo
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