#qualquer coisa q n tiver fazzendo sentindo eu tb m mudooo
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littlegotbrooke · 4 years ago
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              A JORNADA DE UM
                          ✘ ✘ ✘   H E R Ó I (?)  ✘ ✘ ✘    
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        “I'ma say all the words inside my head. I'm fired up and tired of”  
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Ooc: Vamos começar. Essa task foi bem difícil de fazer, por isso demorei horrores para terminar o da Brooke. Tentei transmitir o máximo o que aconteceu com ela para explicar como será a menina nas próximas situações. Eu quero agradecer ao meu namorado - que me aguentou chorando quase todo dia porque eu não tava achando isso bom e ter me ajudado nas criaturas, ele vai ver isso depois - e a @tresdedoze por ter lido e revisado e me ter guiado nesse contexto. Perturbei muito ela e só agradeço mesmo de coração. Também agradeço a central por ter concordado com o novo poder da Brooke que vai ajudar no desenvolvimento da minha char! E peço perdão pela demora! Bem, algumas informações abaixo necessárias:
Criaturas envolvidas: Doppelgangers: “são humanoides monstruosos, famosos por suas habilidades de mudança de forma que lhes permitiam imitar quase qualquer criatura humanoide. Gnomos: “Tanto quanto gnomos estão em causa, estar vivo é uma coisa maravilhosa, e eles espremer cada gota de prazer de seus três a cinco séculos de vida. Embora gnomos amam piadas de todos os tipos, em particular trocadilhos e brincadeiras, eles são tão dedicado às tarefas mais sérias que assumem. Muitos gnomos são engenheiros qualificados, alquimistas, funileiros e inventores. Eles vivem no subsolo, mas obter mais ar fresco do que anões fazer, apreciando o natural, mundo vivendo na superfície sempre que podem. Curioso e impulsivo, gnomos pode levar até aventurando como uma forma de ver o mundo, ou pelo amor de explorar. Bruxa Verde: “As miseráveis e odiosas bruxas verdes habitam em florestas moribundas, pântanos solitários e charcos nebulosos, fazendo seus lares em cavernas. As bruxas verdes adoram manipular outras criaturas para que façam suas vontades, mascarando suas intenções atrás de camadas de enganação. Elas atraem suas vítimas para si ao imitar vozes clamando por socorro ou dispersando visitantes desatentos ao imitar o grito de bestas ferozes.” Infectados: “Plantas despertas dotadas de poderes de inteligência e mobilidade, os infectados empesteiam as terras contaminadas pelas trevas. Alimentando-se das trevas do solo, um infectado carrega a vontade de um mal ancestral e tenta espalhar esse mal por onde quer que vá.” Bullywung: “Esses humanoides anfíbios com cabeça de sapo devem ficar constantemente úmidos, habitando florestas chuvosas, brejos e cavernas úmidas. Sempre famintos e completamente malignos, bullywugs subjugam oponentes com superioridade numérica quando podem, mas eles fogem de ameaças sérias em busca de presas mais fáceis “
Inspo: Dungeons & Dragons, The Witcher. Músicas utilizadas: Born to Be Brave - HSMTS, Gritarle al Mundo - Julio Peña, Fazer o que é Melhor - Gabi Porto, Dias de Luta, Dias de Glória - Charlie Brown Jr., Warriors - Imagine Dragons, Cuál - Teen Angels e Believer - Imagine Dragons.
Tw: bullying, sangue, animal ferido, ansiedade, ataques de pânico, violência, abuso psicológico, ataques a seres de aparência animal, violência à mulher, agressão rápida ao corpo, automutilação.  Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar.
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Capítulo 1: tw: bullying e menção rápida de sangue. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu devo parar de criar expectativa.
   Don’t need a hero.To the lift me off ground. I know who I am inside. And I won’t apologize
A mudança repentina na atmosfera dos ataques foi percebida imediatamente por Brooke quando parou de escutar os gritos e os barulhos de coisas quebrando. Ela não sabia quem havia causado aquilo, mas nutria uma certa esperança, não tão grande nem tão pequena, que fosse o nosso querido diretor Merlin. E estava certa no final. No momento em que saiu, para se organizar com os outros, seus músculos pararam de se mover, virando-se uma estátua de mármore. Não sabia quanto tempo havia passado naquela forma, congelada; apenas sabia que, ao conseguir recuperar seus movimentos, o castelo tinha mudado - se reconstruindo dos destroços. Choque, pânico em silêncio, comoções eram vistas em diversos rostos, incluindo na garota. O susto havia finalmente passado ou não?
Então, a nova notícia chegou como impacto. Uma redoma em volta do instituto, trancando todos ali dentro. Professores, aprendizes e agentes presos em um só lugar que não tinha como sair nem como entrar. O pânico de não saber se sua casa seria colocada dentro da redoma tomou conta de vários estudantes da Anilen, incluindo a filha de Gothel, até que o próprio diretor confirmou que aquele limite estava “seguro”. Deveria se sentir aliviada, mas, o fato da floresta assombrada estar dentro do mesmo local que o resto do lugar - mesmo se fosse apenas uma parte dela - causou uma sensação de desconforto que Brooke não conseguia explicar de onde vinha. No entanto, aquela sensação foi deixada de lado quando a dor do seu tornozelo acabou lhe chamando atenção; e. então, lá estava ela na enfermaria para que melhorasse logo. Voltar ao normal era um dos desejos que Brooke mais queria naquele momento, embora tivesse uma intuição que as coisas não voltariam tão cedo, ou nunca, ao eixo. 
Uma prova disso era sua insônia voltando a ficar presente. Dois dias após o incidente dos ataques, Brooke deveria continuar a dormir normalmente, mas seus olhos não  conseguiam se manter fechados, principalmente após algumas visões indecifráveis. 
Naquela madrugada de sexta, seus olhos se encontravam encarando a janela que mostrava várias árvores e um céu bem limpo com suas estrelas brilhando intensamente, enquanto se enrolava com seu cobertor de cor roxo e branca com flores e bolas brancas espalhadas. Suas colegas de quarto, como Mae, pareciam estar em um sono incrível e calmo - e Brooke queria algo do tipo; mas, toda vez que fechava os olhos, a imagem de sangue escorrendo aparecia e lhe acordava imediatamente. Assim, sua única solução foi encarar a paisagem de fora do seu dormitório, enquanto esperava o sono chegar. Ela se perguntava como estaria Karou e Bart em sua busca de um conto. Torcia para que tivesse dando certo, mesmo sentindo falta de ambos. 
— Ou eles estão comigo… —
Ao escutar uma voz trêmula, mas, ao mesmo tempo, confiante, Brooke virou sua cabeça para trás verificando se alguma das meninas havia acordado, mas nada. Resolveu deixar aquela situação de lado. Talvez sua privação de sono estivesse lhe fazendo escutar coisas, como acontecia quando estava quase dormindo dentro da sala. Seu olhar, assim, voltou a prestar atenção nas árvores que balançavam fortemente até conseguir adormecer. 
(...)
Despertou naquela manhã tomada por um grande desejo de viver do jeito que lhe era possível, mesmo com o pé enfaixado.Um novo dia nasceu e ela acordou com uma força grande de viver do jeito que conseguia com o pé enfaixado. Tudo parecia a voltar caminhar para a normalidade e Brooke tentaria o seu máximo para continuar assim, não iria querer nada de ruim atrapalhando seu dia - muito menos, sua semana. Então, lá estava ela com um suéter de listras rosa e preto variadas em cima de uma blusa xadrez e uma calça jeans indo para uma nova sala até que uma voz lhe parou: 
— Não sei como Merlin pôde deixar esses filhinhos de vilões andando por aí. Deveriam voltar para o lugar deles. —
Desde que se lembre, Brooke sempre tentou sair da imagem que sua mãe causou em todos os habitantes, principalmente aqueles vindo Corona. Às vezes conseguia, outras não, e se sentia mais fracassada do que uma vitoriosa, já que considerava mais importante os insultos do que os elogios - mesmo não querendo fazer isso. 
Então, primeiramente, ela ignorou aquilo; não valeria a pena perder seu tempo para rebater aquele insulto que não tinha como acabar tão rapidamente devido ao fato de que era uma prática de violência enraizada e até mesmo estimulada. Ver os erros dos pais em seus filhos parecia algo tão comum, mas tão errado ao mesmo tempo. Embora tivesse decidido ignorar a fala, não foi suficiente para que parassem. 
— Olhem! A filha da Gothel ou a mesma, ninguém sabe o que a bruxa pode estar tramando, não quer nos escutar! Meu bem, estamos falando apenas a verdade. Ela dói, né?!. —
O tom era de deboche. Poderia reconhecer de longe por ter se acostumado com aquilo. Mais uma vez, resolveu ignorar. Era melhor manter a calma e ficar calada; se respondesse da mesma forma, poderia dar o gostinho da “verdade” deles para os mesmos. Então, sentiu um movimento em sua direção. 
Seus livros foram para no chão com um simples tapa e seu corpo foi o próximo quando a garota foi empurrada em direção ao piso do corredor. Uma sensação de desespero começou a florescer em seu coração, enquanto sentia seus olhos encherem de lágrimas e seus músculos tremerem de nervosismo. Seu queixo foi erguido por um dos valentões com intuito de encarar os olhos do mesmo. Havia uma maldade ali e Brooke reconheceu no mesmo instante; era do mesmo tipo que via no olhar de Gothel quando a mesma lhe maltratava depois das tarefas não terem sido feitas  de acordo com o que ela mandava.
— O que foi?! Está com medo? Ownn’, que bonitinho… Isso é uma mentira! Você é uma bruxa assim como sua mãe é! — A fala dele foi encerrado com uma cuspida dada em sua cara.
Imediatamente, os olhos de Brooke soltaram suas lágrimas e ela se perguntava o que fez para que recebesse aquilo. Foi para uma casa que não tinha nada a ver com o mal - de acordo com o chapéu -, sempre é simpática com os outros e, mesmo tendo opiniões divergentes com outras pessoas, nunca havia desejado o mal para as mesmas. Brooke não era nada igual a sua mãe e tentava apresentar isso a todos. 
— M-m-e-e dei-i-i-xe-em em paz! —
— Ela sabe falar, garotos! Que bonitinho! Bem, eu acho um pedido bem impossível de se realizar! —
Ela não entendia o porquê daquilo. Os ataques de bullying tinham diminuído bastante há mais de um ano e sempre que acontecia algo, ela conseguia fugir no mesmo instante. Talvez fosse uma vingança que estava sendo preparada há meses e tivessem desistido depois, mas com os últimos acontecimentos, as intenções poderiam ter mudado; Ou, talvez , sempre tinham e ela apenas tinha a sorte de surgir algum imprevisto que impedia o ataque. Brooke tinha parado de andar sozinha, mas, naquele dia, não tinha como ser acompanhada por alguém visto que  as meninas já tinham saído. Além de que evitava corredores vazios, porém, precisou pegar para chegar logo na aula… Péssimas escolhas hoje. 
— O que foi? O gato comeu sua língua? Humpf, acho que fizemos nosso trabalho aqui, garotos. — Olhou rapidamente para eles e depois voltou sua atenção para garota que ainda estava no chão. — Só quero que se lembre que não vai escapar da gente mais, vilãzinha. E que seu lugar não é aqui! Você não e nunca será uma heroína, entendeu?! — Soltou o queixo dela e levantou-se, chutando seus livros e saindo de lá com os outros dois garotos dando altas gargalhadas.
Brooke encolheu-se no piso do corredor e deixou as lágrimas saírem. Não se importava chorar em público, já que o medo estava sendo maior que qualquer vergonha. Ela não queria acreditar que aquilo era verdadeiro. Sabia que tinha nascido para outra coisa, não para o mal como sua mãe queria, e desejava ser isso. Uma heroína. Uma pessoa que ajuda os outros e não que prende em torres por questões de beleza. Ou talvez tivesse se enganado como sempre acontecia.
— Eles estão certos. Você é uma vilã como sua mãe e isso não vai mudar. Nem mesmo salvando seus amigos você seria vista de outra forma. —
A mesma voz voltou a falar. Aqueles significados deveriam ter um sentido certo?! Não iria ouvi-los se não fossem verdadeiros, mas e aí? O que fazer? Concordar e virar uma vilã? 
— Não! Você está errada como eles estão! Eu posso ser sim uma heroína! E nada pode me deter! — Levantou-se irritada olhando para todas as direções para que pudesse achar de onde vinha aquela fala, mas não viu nada.
A voz gargalhou altamente e continuou em seu tom de provocação e deboche: — Se acha que está certa, então por que não me prova? Prove-me que estou errada, que eles estão errados, que Gothel está errada… Quer ser uma heroína, então, siga-me! Salve-os! Seja uma heroína salvando seus amigos, Brooke Light Gothel! —
Seus olhos voltaram-se para uma janela onde conseguia ver as árvores da floresta assombrada balançando e abrindo um caminho (?). Um chamado era isso? Não sabia. Ela estava sentindo o medo começando a controlar seus músculos; era uma boa ideia? Aquilo fazia sentido? Seu cérebro parecia querer dizer não, mas, ao mesmo tempo, queria aceitar aquela proposta. Mas, como assim salvar seus amigos? Será que alguém estava encrencado? 
— Oh sim! Karou e Bart precisam de sua ajuda! Venha, Brooke. Venha atrás de mim.  —
Aquilo não fazia sentido. Tinha recebido uma carta de Karou dizendo que ambos estavam bem e conseguindo resolver seus objetivos, tinha que acreditar naquela prova e nada mais. Não era verdadeira aquela voz. Não era. Seu cérebro começou a alertar ainda mais para que não fosse e iria seguir aquele novo alerta. Era mentira. Desviou seus olhos, apanhando seus livros. Antes que pudesse seguir seu caminho rumo ao banheiro, falou: 
— Você não existe. Eu encontrarei uma forma depois, mas não lhe seguindo.  —
Falando aquelas palavras, Brooke limpou seu rosto com suas mãos e começou a andar - ignorando qualquer coisa que aquela voz pudesse lhe dizer. Mas, no fundo, tinha intuição que ela voltaria.
Capítulo 2:
Querido diário, eu só queria não sentir medo.  
Diciendo que todo está bien, pero es mentira. Por eso piensan que no sufro, que soy valiente
Dois dias depois do bullying, durante a noite…
Brooke estava deitada em sua cama, enquanto lia as anotações das aulas que havia feito durante o dia. Sozinha em seu quarto, ela tentava se concentrar nas explicações para que pudesse deixar sua mente quieta e intacta sem qualquer memória do que aconteceu nos dias anteriores. Por algum motivo, não tinha visto mais aqueles garotos - bem, o fato de evitar os corredores vazios tinha aumentado depois do ataque - nem mesmo escutou aquela voz. Brooke, depois de um tempo, começara a pensar que tudo foi um delírio e nada ocorreu; talvez só quisesse enganar sua consciência para não criar nenhum alerta. Acreditava que era melhor fingir estar bem  que estimular preocupações.
Com um suspiro escapando de seus lábios, ela deixou de lado o material de estudo e voltou o seu olhar para janela. Apresenta um clima chuvoso do lado de fora. Não sabia se era de noite ou apenas tinha escurecido agora a pouco, já que ninguém tinha chegado no dormitório. Na verdade, a casa parecia quieta demais para muitos alunos que viviam ali e isso causou uma inquietação na garota. Pegou seu transmissor, mas notara na mesma hora que não estava ligando, estranhando no mesmo instante. Com uma lanterna que guardava debaixo de sua cama, para utilizar em emergências - alguns truques de família nunca são esquecidos, Brooke levantou-se e caminhou em direção à saída do quarto para verificar se estava acontecendo alguma coisa.
Nada. Foi o que ela achou percorrendo uma boa parte de sua casa. Nenhum sinal de uma alma viva. Aquilo estava estranho, e parecia que iria piorar. Ainda assim, aproximou-se para abrir a porta principal e encarar as árvores que balançavam fortemente com a chuva pesada que caía . Levantou a lanterna para iluminar diversos cantos da região até que parou em um canto específico, escutando uma voz lhe chamando:
 — Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… —
Um calafrio percorreu pelo seu corpo todo, fazendo fechar a porta imediatamente. Não é real, isso é coisa de sua cabeça. Ficava repetindo diversas vezes em sua mente, mas não estava fazendo nenhum efeito. Aquilo estava estranho demais. Não fazia nenhum sentido. Correndo para o seu dormitório, Brooke trancou a porta e se enfiou debaixo das cobertas em sua cama . Não ia aceitar aquilo, não ia ouvir. Repetia frequentemente que não era real, enquanto suas mãos taparam seus ouvidos mesmo tremendo pelo nervosismo. Queria que aquela sensação de medo passasse logo, ou poderia enlouquecer caso  continuasse a escutar aquela voz. Oh, a voz continuava lhe chamando para vir. Para se aventurar  na floresta, para salvar seus amigos, para ser uma heroína… 
— Para! Por favor! Eu só quero silêncio.  — Suplicava a garota para o nada, porém, não aparecia efeito algum. A tranquilidade só veio quando Brooke adormeceu em cima de seus materiais e toda encolhida. 
No outro dia, as coisas pareciam estar melhorando, ou deveria apenas mostrar sem mesmo estar. Quando acordou, Brooke notara que todos estavam na casa como se nada tivesse acontecido, incluindo suas companheiras de quarto; na mesma hora, ela refletiu se o que havia ouvido e visto tivessem sido apenas um sonho. Era melhor deixar aquilo de lado. Não era real.
Como era um dia de sábado, Brooke não tinha nenhuma aula obrigatória, então resolvera ficar apenas dentro do seu quarto com seu ukulele em suas mãos para treinar algumas músicas que estava compondo. Mas, no instante que começaria a tocar as cordas, escutou um som atraindo-lhe. O mesmo tipo de tom que escutava nas outras vezes, mas, dessa vez, parecia cada vez mais atraente. Então, como tivesse hipnotizada, seu instrumento foi deixado em cima de sua cama e seus pés rumaram em direção à saída, ou melhor, as partes proibidas da floresta assombrada. 
O vento continuava forte, balançando os cabelos de Brooke e as árvores para formar uma passagem. Ela não sabia no que estava acontecendo, era como se seus músculos estivessem no automático e deveria continuar. Apenas isso. Como acontecia toda vez que Gothel lhe chamava. Gothel! O pensamento veio com força quando se lembrou  de sua mãe e fez com que a garota parasse imediatamente, evitando continuar andando. Parou na frente da entrada de sua casa, e as árvores estavam quietas novamente como se nada tivesse acontecido. 
Aquilo só poderia ser sua mãe querendo brincar com ela como acontecia sempre que Brooke não atendia aos seus caprichos. . Gothel começava a cantar e lhe atrair cada vez mais; era ela, só podia ser. Mas como? Com aquelas dúvidas, ela voltou para seu quarto com o intuito de refletir mais sobre aquela situação.
— Só deve ser minha mãe tentando me atrair, mas a redoma já está aqui há um tempo, como ela conseguiria entrar?!  — Questionou a si mesma, enquanto mantinha seu olhar fixo em sua janela. — Apenas se Merlin ajudou-a! Aquelas teorias que escutei talvez fazem senti… — Parou por um segundo e enterrou seu rosto em suas mãos. Estava ficando louca. Escutava vozes, falava sozinha demais, dava atenção para as teorias conspiratórias… Não! Chega! Não posso pensar assim! Isso é falta de sono! Brooke não queria acreditar que seus comportamentos chegariam a isso: culpar alguém por seus delírios. Não ligaria para aquela voz nem para o sentimento de medo que crescia em seu coração.
Seus olhos voltaram-se a se concentrar nas árvores de lá de fora, enquanto ela engolia em seco - sentindo todos os pelos de seu corpo se arrepiaram com apenas a lembrança rápida do tom atraente da voz. Aceitar… Ou negar? Não sabia. Só sabia que estava com medo e muito assustada sobre o que estava ocorrendo, embora não soubesse muito bem o que era. Mas não poderia falar com ninguém ou a pessoa poderia achar que tinha ficado louca. Era melhor fingir estar tudo bem e ignorar aquelas sensações de pânico, antes que pudesse fazer alguma besteira. Esse seria o novo plano. 
Capítulo 3: tw: Animal ferido na pata.
Querido diário, eu acho que vou fazer uma coisa corajosa e estúpida.
Mas escuto alguém sussurrar pra mim. Eu não sei como agir. Mas eu vou seguir
Voltando para sua casa, Brooke caminhava com os pensamentos distraídos. Não conseguia focar em nada por muito tempo, já que sua mente logo trocava as informações para outras com um assunto totalmente diferente. Apenas voltou para a terra quando escutou um barulho perto de si que atraiu rapidamente sua atenção; seus movimentos cessaram e sua cabeça virou em direção ao local do barulho. Hesitante, ela demorou alguns segundos para se aproximar, mas quando fez, notou na mesma hora um animal machucado.
Era um coelho de pele marrom e olhos castanhos que, com suas orelhas abaixadas, demostrava que sua pata estava machucada. Brooke abaixou-se o suficiente para tocar devagar no animal que se retraiu um pouco e sussurrou para o mesmo: 
— Pobrezinho, quem fez isso com você?! Deixe para lá, vou lhe ajudar. — Devagar, começou a pegar o animal, mas escutou um barulho de uma flecha passando perto de seu ouvido - fazendo com que colocasse o coelho de volta no chão. Brooke encarou a flecha pequena cravada na árvore perto de si e depois voltou a procurar com os olhos o dono da arma. — Quem está aí? — 
Silêncio. Talvez não tivesse sido nada, mas, de qualquer forma, era melhor pegar o coelho e levá-lo logo para a enfermaria. Quando ia fazer isso, escutou um barulho vindo da moita do lado e um som em seguida:
— Não se aproxime do animal mais, humana! —
Por um instante, Brooke pensara que tinha inventado a nova voz que escutava, mas quando seus olhos voltaram para a moita, ela conseguiu identificar uma pequena gnoma pronta para luta e parecia estar falando sério sobre a ordem que havia dado. Engolindo em seco e por instinto, Brooke levantou os braços e tentou dar um pequeno sorriso gentil - como forma de mostrar que não era uma ameaça - enquanto falava em um tom baixo e calmo.
— Eu não quero machucá-lo. Na verdade, quero ajudá-lo. Ele está sofrendo, a patinha dele está machucada. — Parou, encarando a gnoma. — Como consegue falar comigo? — Perguntou, franzindo o cenho. 
— Eu sei que está! Escutei o barulho dele antes! Você o machucou! E não tente mudar de assunto; gnomos conseguem falar a língua dos humanos também!... Isso não vem ao acaso, afaste-se agora! — Como era característico à espécie, os gnomos falavam extremamente rápido. Antes mesmo de um pensamento ser formulado, já se encontravam tagarelando.
— O quê? Claro que não! Eu não fiz nada, acabei de chegar aqui. Por que está achando isso? — 
— Porque você sequestrou meus amigos e ainda machucou o coelho durante sua fuga! Agora, você vai me dizer onde eles estão! — 
— Não! Eu não sei quem você é nem quem são seus amigos, muito menos no que está falando! Está me confundindo. — O desespero começou a tomar conta da voz de Brooke. Mais desaparecimentos; porém, isso poderia ser coisa da floresta, certo? Alguma rixa ou algo assim entre os moradores do local - Brooke sempre ouvia histórias sobre esse assunto. 
— Por que está dizendo isso? Está escutando ou vendo algo também? — 
A pergunta paralisou rapidamente. Será que, na verdade, não estava louca e o que escutava era real? Mas o fato da criatura revelar rapidamente aquela informação que parecia ser valiosa foi bem estranho. Franziu o cenho, desconfiada sobre aquele assunto surgindo tão rápido. — Por que eu estaria escutando algo? — 
Foi a vez da gnoma ficar mais paralisada. Talvez tivesse revelado demais, mas não podia mais voltar atrás. Se quisesse saber a verdade, teria que pedir ajuda e talvez a humana poderia saber de alguns truques para sobreviver. Abaixou o arco e suspirou levemente, sentando-se no chão: — Qual o seu nome, humana? Me chamo Zanna do clã Nigel e sou uma gnoma da floresta.  Uma grande engenheira e patrulheira. Sua vez. — 
Brooke, notando que a criatura havia relaxado e querendo bater uma conversa sobre o novo assunto interessante para ambos, acabou aceitando a oferta e sentou-se também no chão. — Brooke Light Gothel, filha da Mamãe Gothel e de Lou Light. Sou, bem, uma humana e uma grande… Desastrada, talvez? Bem, é isto. — 
— Bem, Brooke Light Gothel, eu necessito de sua ajuda. Mas, acho melhor cuidar do coelho primeiro. Você pode ir buscar os primeiros socorros, mas vá rápido! — Gesticulou para que ela fosse buscar o que tinha mandado. Brooke franziu o cenho e olhou para o coelho, concordando com a cabeça e depois levantou-se indo rapidamente em direção à enfermaria. 
(...)
Depois de ter buscado os primeiros socorros e ter cuidado da pata do coelho, Brooke, Zanna e o animal que a garota decidiu adotar e dar o nome de Patinha, eles se afastaram adentrando mais a floresta para ter uma conversa sem interrupções. Sentada com Patinha em seu colo, enquanto fazia carinho em sua cabeça, ela encarava Zanna que estava terminando de contar suas flechas e depois guardou-as: 
— Bem, vamos começar. Alguns dias atrás, amigos meus foram à floresta  quando escutaram um barulho e não voltaram mais. Estou os procurando há dias, mas sem um sinal deles. Achei que você pudesse estar envolvida quando vi que estava perto do coelho machucado; os animais são nossos amigos, então cuidamos deles quando eles precisam. E você? — 
— Eu… — Brooke não sabia se realmente era uma boa ideia desabafar com uma criatura sobre o que estava ouvindo nem no que está sentindo. Talvez não fosse uma boa ideia, podendo ser chamada de louca ou algo semelhante; no entanto, por achar estar perto de um ser da floresta, poderia conseguir alguma resposta no que acontecia, então resolveu tentar: — Estou ouvindo uma voz me chamando. Dizendo que meus amigos estão em apuros e preciso salvá-los. Também fica falando que se eu fizer isso, vão acreditar que posso ser uma heroína, mas não quero agir por interesse! Se eles estão em apuros, eu vou salvá-los por causa disso! —
Brooke nunca foi uma pessoa muito corajosa, mas, desde que começou a receber aulas de boxes com vários estudantes - como Atlas -  ela começara a desenvolver uma forma de defesa que poderia ser útil. Ademais, precisava criar confiança em si mesma e o treinamento parecia uma boa forma de alcançar o objetivo. Sentia-se desconfortável ao pensar que estava negando sua essência em alguns momentos, mas era necessário. A gnoma escutou a humana, então, uma ideia lhe ocorreu:
— Vamos juntas! Se seus amigos estão presos e os meus também, podemos ajudá-los. Você sabe para onde devemos ir? — 
A proposta da criatura mexeu com a menina; Brooke não sabia se tinha essa confiança toda para se aventurar ao lado de uma gnoma na floresta assombrada. Aquele lugar já lhe dava calafrios mesmo não indo para as profundezas e ficando apenas em sua casa. Ela estava com muito medo, mas muito; não sabia se voltaria viva ou se deixaria alguém vivo - assim, como havia muitas possibilidades de tudo acabar bem mal. No entanto, mesmo sentindo o pânico tomando seu sangue, ela não queria deixar seus amigos em apuros. Não queria perder nenhum deles. Antes que pudesse responder à  gnoma, escutou a mesma voz que lhe dava calafrios por todo o corpo:
— Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… Escute a gnoma e seja o que você quer ser! Ou nunca mais vai vê-los... —
Fechou os olhos, com muita força, desejando que aquele som parasse. Queria parar de escutá-la e só sabia uma solução para conseguir isso: salvar seus amigos. Então, por impulso e com um olhar sério na gnoma, Brooke respondeu: 
 — Não. Mas iremos descobrir, só vamos seguir a voz. Antes… O que vamos precisar, Zanna?  —
Capítulo 4: tw: ansiedade, ataques de pânico, violência, sangue, menções de baixa estima. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu acho que nada de ruim vai acontecer.
   Histórias, nossas histórias. Dias de luta, dias de glória
A noite não tinha sido o que Brooke tinha imaginado: um descanso na medida certa para poder seguir o plano formado no dia anterior com a gnoma. Toda vez que ela fechava os olhos, imagens aterrorizantes apareciam  em sua mente, fazendo com que a mesma abrisse seus olhos com  o teto como o primeiro alvo de sua visão. Diante  dessa situação, Brooke só conseguiu dormir em pequenos cochilos e levantava na mesma hora que aparecia uma mão ensanguentada, fazendo-a  levar um susto. Quando o sol começou a amanhecer, Brooke já tinha saído de seu dormitório sem fazer nenhum barulho e foi em direção ao encontro de Zanna. Enquanto caminhava, Brooke tentava manter sua mente sã para evitar  pensar na voz que parecia lhe atrair cada vez mais a chamando para dentro da floresta. Brooke esperava não estar indo para uma armadilha. 
Quando avistou a criatura, notara que a gnoma já estava lhe esperando  há tempos para a aventura que fariam, que provavelmente poderia dar muito errado, mas era uma questão de vida ou morte. Seu olhar encontrou com o dela no momento que ela virou a cabeça e assentiu levemente.
— Você chegou, finalmente! E com a vestimenta adequada… — Analisou rapidamente a humana que possuía uma capa escondendo uma camisa e uma calça feitas de couro, juntamente com uma bota; além de estar carregando uma mochila com mantimentos necessários. — Você sabe usar alguma arma?  — 
— Na verdade, não muito bem. Eu peguei uma adaga feita de prata do ginásio  ontem a noite, mas não sei usar muito bem. Eu não sou uma lutadora com armas, Zanna, meu poder é mais cantar.  —
— Você está falando sério?! — A gnoma encarou-a incrédula e soltou um suspiro alto, estendendo a mão dela em direção à humana. — Me dê a sua adaga. —
Brooke não entendeu a indignação dela de primeira, mas atendeu o pedido e entregou a arma que estava carregando. Ficou em silêncio enquanto a gnoma pegava a adaga e dava uma olhada rápida para depois começar a realizar uma série de golpes que Brooke sabia que não tinha visto em nenhum canto. Por fim, a gnoma devolveu a arma a garota e falou:
— Vamos evitar combater alguns monstros. Eu consigo acertá-los com meu arco e com minha espada, você fica no canto mais escuro e pronto para agir como defesa usando seu poder aí e a adaga; mas! Só quando for necessário. É melhor assim, estamos entendendo? — 
Balançou a cabeça concordando com tudo e guardou a arma ao lado esquerdo em sua cintura. Então, a aventura delas começou. 
(...)
Não sabia quanto tempo tinha se passado desde que ambas saíram do arredores da Anilen. Por alguma razão, Brooke não estava ouvindo a voz como acontecia normalmente nos últimos dias; era como se aquele som tivesse decidido fechar o bico assim que entrou cada vez mais a floresta. Ela não sabia se era dia ainda ou era noite, visto que as copas das árvores estavam se tornando cada vez mais fechadas, dificultando a entrada de qualquer luz que pudesse ajudar naquele desafio. Sua mão esquerda então, tinha escolhido pegar a lanterna para iluminar o caminho já que poderia escorregar em qualquer instante. Brooke observava a gnoma andar na frente com a maior determinação que tinha visto em sua vida e desejava ter um pouco daquela característica. Na verdade, ela se sentia bem irrelevante perto da criatura que parecia saber de muitas coisas. 
O que ela poderia fazer? Cantar? Jogar a adaga? Não parecia que nada disso iria ter alguma ajuda no final. Aos poucos, encontrava-se começando a duvidar de sua capacidade. O porquê de estar ali, afinal. Não seria uma heroína, e vários disseram isso sobre ela. Era uma verdade que Brooke sabia que não adiantava fugir. Seu sangue era de uma vilã, uma das mais perigosas, e não podia fugir do seu destino. Era uma filha de uma vilã e seguiria os passos como sua mãe fez. Não adiantava fugir do seu sangue; do seu verdadeiro sangue.
Seus pés pararam de se movimentar, encarando suas mãos que tremiam diante do pavor que ela sentia por estar ali e ter demorado tanto para ver a “verdade”. Ela merecia ter vivido aquela situação, ter escutado aquelas coisas que diziam inúmeras vezes que ela era uma vilã. Uma pessoa ruim. Mas não queria ser assim. Não queria ser uma pessoa ruim. Suas pernas desabaram rapidamente para o chão, atraindo a atenção da gnoma que estranhou aquela situação. Parecia que seu sangue havia congelado nas veias, sua respiração cada vez mais curta como se não houvesse oxigênio no ambiente para suprir essa carência. Seu coração estava acelerado e parecia prestes a deixar o seu corpo a qualquer momento..
Queria deitar no chão e ficar ali para sempre, abraçando-se até que tudo parasse - mesmo sabendo que não iria parar. Estava doendo. Não queria ser assim. Não queria ter que enfrentar qualquer situação que fosse ser sua mãe. Parecia ser clichê, mas era como se sentia. Seguir os passos de Gothel, matar pessoas por um objetivo pessoal, ter em suas mãos um sangue alheio... Eras as últimas coisas que ela poderia se imaginar fazendo. Nem mesmo conseguiria pensar sobre isso. 
Suas mãos fecharam-se em punhos, sentindo as unhas afiadas cravaram-se em sua pele. Seus olhos estavam liberando lágrimas que Brooke segurava todo dia - até mesmo quando passava por uma situação desagradável; ou  quando sentia que estava certa, mas não poderia falar nada porque ninguém acreditaria nela. O mundo parecia estar caindo ao seu redor; o seu mundo. Dor, aflição, medo, desespero, lhe davam sentimentos de que ela iria explodir a qualquer minuto. Não estava bem e não era de hoje. 
Enquanto a crise de pânico da garota se alastrava cada vez mais, Zanna tentou se aproximar dela e perguntar  o que houve - visto que, para gnomos, aquelas sensações eram humanas demais para serem compreendidas - no entanto, foi na mesma hora em que um par de mãos pegou seu corpo e puxou-a para cima sem fazer ruído. Zanna estava presa numa rede, enquanto Brooke sofria com seus sentimentos negativos.
Devagar, o ser que pegara Zanna, aproximou-se de Brooke. No entanto, antes que chegasse a tocá-la, suas feições do rosto e do corpo se transformaram, imitando as da garota no chão. Olhos castanhos e lábios mais femininos, uma pele mais lisa, um cabelo liso amarrado com as roupas que Brooke vestia. Parecia uma cópia perfeita, um clone dela, se não fosse a falta de todas as informações sobre como a aprendiz era e o que havia passado. Agora, mais perto da original, o doppler encarava a garota com um certo teor de curiosidade para saber o motivo dela estar com aquelas feições enrugadas. No entanto, mesmo interessado na garota, precisava seguir ordens.. Então, suas mãos, de uma forma tranquila, segurou as da menina, fazendo com que a mesma o encarasse - quebrando por um instante sua crise, pensando que Zanna estava do seu lado agora e não queria que a gnoma visse sua situação. A descendente levava um susto ao notar que sua expectativa fora quebrada, afastando-se para longe do doppler. 
 — O que houve, Brooke? Não me reconhece? —
— Eu… E--eu… Como isso é possível? O que está acontecendo? — As perguntas saíram atropeladas com o nervosismo bem evidente na voz. Ela estava confusa; onde estava a gnoma e como conseguia ver a si mesma?! Só pode ser um delírio, pensava com seus braços ao redor do seu corpo. No fundo, achava que poderia estar se tornando sua mãe ao ficar vendo coisas irreais demais. 
— Eu sou você, apenas. Pensei que era uma vilã como nós  planejamos ser… Será que a gente se enganou? —
— Eu não sei do que está falando! — A voz tentou sair confiante, mas, no final, tremeu. Aqueles seus pensamentos estavam se tornando reais e não tinha como fugir. — Eu preciso sair daqui! Você não é real! — Levantando-se do chão, tremendo as pernas, Brooke tentou dar alguns passos para frente e longe de seu clone, no entanto, quando escutou uma risada vindo do seu lado, ela parou drasticamente. 
— Acha mesmo que vai conseguir fugir? Ah, doce e iludida Brooke, seu destino como vilã já está feito! Só aceite e venha me seguir. Tenho muito planos para nós. Não tente lutar, é em vão. — 
Brooke estava começando a sentir tão cansada de ter aqueles sentimentos lhe sufocando que o que desejava era poder ficar quieta e descansar, mas, parecia que não havia uma escapatória para essa escolha. Tudo que fazia para mostrar que não tinha nenhum laço com sua mãe, com o lado ruim da magia, era esquecido quando um desastre acontecia no mundo místico. E era lembrada disso quase frequentemente. Perguntava-se qual o motivo de continuar lutando contra aquele tipo de pensamento se nenhuma vitória vinha; de tentar mostrar que era outra pessoa quando alguém lhe provocava e lhe dizia outras coisas… Estava cansada fisicamente e mentalmente; só desejava ficar bem - um pedido quase impossível naquele mundo. 
— Isso! Continue, pense nisso. Fique comigo, Brooke e vamos fazer muitas coisas juntas. Afinal, eu sou você, lembra? Está na hora de escutar sua mãe e cumprir o que ela deseja: você é o futuro dela. Da vingança dela contra Coroas, a cidade da Rapunzel e está na hora! — 
Escutando aquelas palavras, Brooke concordava cada vez mais com o seu clone. Realmente, não tinha outro caminho a seguir se não fosse aquele que Gothel havia planejado para sua vida, no entanto, no exato segundo que escutou o nome familiar à cidade da Rapunzel, mesmo não sendo o verdadeiro, a mente da garota parou por um segundo. Não fazia sentido, visto que a sua antiga cidade onde morava também os heróis do conto de sua mãe se chamava de Corona e não Coroas. Um erro que fez com que a garota arregalasse os olhos e começar  a encaixar os pedaços do quebra-cabeça sobre aquela situação. Aquilo não era real, e aquele clone não era ela de verdade. Não mentalmente, embora fisicamente tinham vários traços semelhantes. Seu olhar desviou do rosto daquele ser em busca da gnoma que deveria estar ali, mas não via nenhuma sombra da criatura. Narrador, o que ocorreu?! O desespero começava a tomar conta de seu ser, começando a imaginar o que poderia ter acontecido com Zanna e como tiraria elas daquela situação. 
Voltando a encarar de novo seu “clone”, que tinha um sorriso sinistro nos lábios, Brooke sabia que precisava de mais informações antes que pudesse fazer alguma coisa e precisava agir rápido, antes que fosse tarde demais. Então, limpando as lágrimas do seu rosto, ela aproximou-se do doppler retribuindo o mesmo sorriso.
— Talvez esteja certa! Mas, eu não sei como fazer isso. Imagino que sabe como atingir o objetivo, mas me diga. Diga-me qual a sua, quer dizer, a nossa meta, Brooke. — A última frase saíra em um tom cantado, utilizando-se do seu poder de persuasão; tinha que ter coragem agora. Quando o doppler começou a escutar cada palavra cantada, seu sorriso ficou petrificado e seus olhos hipnotizados nas íris escuras da original e não hesitou em falar: 
— A nossa meta é levar você para o esconderijo da Bruxa Verde e ela vai te transformar em escrava ou comê-la, caso se canse de você. Você é ingênua demais ao entrar nessa parte da floresta; ela está de olho em você desde que veio para cá. —
Mordeu o lábio inferior para controlar sua agitação intensa e tentou focar em seu poder no seu canto: — Onde está a minha amiga gnoma? —
Mesmo hipnotizado, o doppler conseguiu dar uma risada sarcástica e dar de ombros: — Simples! No galho daquela árvore. — Apontou para árvore do lado esquerdo que Brooke encarou rapidamente, desconcentrando rapidamente. 
— Zanna! — Gritou, mas não obteve nenhuma resposta, então, correu para a árvore indicada, tentando ver a criatura. — Zanna, onde está você? —
 O efeito da voz de Brooke foi rapidamente cortado quando se voltou para a procura por Zanna. O doppler a encarou e com uma expressão irritada em sua face. — Eu não gosto que me fazem agir contra a minha vontade, garota! — O monstro rugiu em direção à garota, atraindo sua atenção que o encarou totalmente assustada. — Você vai morrer agora! Vai servir como um belo lanche! — O monstro começou a aproximar-se voltando a sua aparência normal e seus dentes afiados ficando  a mostra. A garota engoliu em seco e sabia que precisava agir rápido antes que fosse tarde demais; então, lembrou-se da sua adaga e devagar pegou a sua arma. 
— Afasta-se! Ou, eu vou te atacar! —
— Que piada engraçada! — Exclamou dando risadas, aproximando-se ainda mais. — Você é fraca demais, Brooke!  Dá para ver sua fraqueza quando estava daquele jeito com rugas… O que era?! Uma emoção complexa humana? Eu não lembro o nome… Isso não é importante porque você é minha agora! — Então, o monstro pulou em direção a Brooke no exato instante que - sem pensar em nada - ela colocou sua adaga na frente de seu peito para  se proteger - um reflexo - contra o ataque. 
Seus olhos fecharam-se como resposta para não lhe ver morta, mas quando não escutou mais nenhum som vindo do doppler, ela abriu-os devagar e encarou o monstro tão perto de si sem mexer nenhum membro. Estava morto, talvez, não sabia como confirmar, mas o sangue que saiu da boca dele confirmava que o doppler tinha falecido. Largou rapidamente a adaga, gritando assustada e afastando-se  da criatura. Seu corpo tremia. Tinha matado uma pessoa, ou um ser… Lágrimas desciam de volta em seu rosto, sentindo-se totalmente assustada e em choque; nunca que aquela situação tinha lhe passado pela sua cabeça. Sentou-se no chão e abraçou-se, chorando como nunca havia chorado na sua vida; então, sentiu mãos segurando na sua e olhou em pânico achando que aquele monstro ainda estava vivo, mas notou que era Zanna e relaxou um pouco os seus ombros.
— Você o matou… —
— Eu não queria, eu juro, Zanna! Ele me atacou e eu só queria me proteger! E agora eu sou uma assassina e… — A gnoma abraçou a humana do jeito que podia e fez carinho em sua cabeça. 
— Está tudo bem. Você não fez nada errado, era sua vida ou a do monstro. Acredite, você nos salvou. Eu demorei demais, a corda dele era muito dura… Brooke, você ainda quer continuar? —
Ela não sabia. Tinha ido até aquele ponto, mas valia a pena continuar?! Era uma dúvida bem constante. Não queria enfrentar outra crise, outra morte acontecendo, no entanto, não poderia decepcionar Zanna que estava contando com sua ajuda. Então, balançou a cabeça positivamente. Ficar bem? Ela não tinha certeza sobre isso, porém, precisava tentar. Terminar logo aquele pesadelo. 
— Então, vamos lá. Acho que sei para onde temos que ir, mas vamos rápido! — Com a ajuda de Zanna, Brooke se levantou e começou a caminhar na direção que a gnoma apontava com uma dor apertando seu coração.
(...)
Elas estavam correndo, fugindo para ser mais específico. Desviando de galhos caídos no chão, raízes grossas demais presentes na superfície do solo, até mesmo uma árvore caída, enquanto, escutava uma voz gritando com raiva:
— SAÍAM DO MEU TERRITÓRIO, ANIMAIS SUJOS! OU EU OS PEGAREI! 
— O que é isso? — Questionou Brooke para gnoma desviando de outra raiz. 
— São os infectados! Monstros que perseguem aqueles que eles acham que vão contaminar o verde! Bem raivosos quando querem. —
Brooke soltou um suspiro alto e segurou a mão da gnoma para ajudá-la a virar no lado esquerdo: — Por aqui! — Assim que adentraram mais dentro daquela parte da floresta, avistaram uma casa um pouco longe e então, passaram a escutar alguns gritos. Zanna começou a correr mais ainda e gritou para Brooke: 
— Meus amigos! Vamos! — Brooke não hesitou e acompanhou a gnoma; poderia estar perto daquela voz, mesmo não ouvindo ela há um bom tempo. 
Capítulo 5: tw: abuso psicológico, ataque a seres de aparência de animal, violência à mulher, violência de forma geral, automutilação, ansiedade. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, talvez eu não volte.
   The time will come. When you'll have to rise    
Uma casa pequena, de madeira, se encontrava apresentada para ambas com uma pequena fumaça saindo da chaminé (talvez) e com uma decoração considerada exótica para a população de Mítica . Diversas lanternas com iluminação coloridas prostradas em cada canto, animais exóticos andando livremente pelos arredores, velas acesas eram alguns elementos principais que pudessem ser vistos. Na frente da casa, encontravam-se sapos com lança, ou melhor, os Bullywug - seres com aparência de anfíbios bípedes portando trapos de couro em seu corpo pegajoso; em suas mãos lanças rústicas improvisadas com pedras lascadas - em um silêncio com atenção concentrada nos arredores do local.
Brooke foi puxada na barra de seu capuz pela gnoma lhe chamando para mostrar um arbusto grande o bastante para se esconderem. Com os olhos focados nos guardas, Brooke analisava se havia alguma fraqueza, como uma brecha em suas roupas. Sentiu alguém lhe cutucar e sua atenção voltou para a gnoma que lhe falou em um sussurro audível apenas para ela:
— Eles devem ser os lacaios. Você tem um plano, humana? — 
—  Eu pensei que era você a patrulheira?! — 
—  Sim, eu sou. Mas, preciso saber o que pensa em fazer antes que eu faça minha parte. — 
Brooke engoliu em seco e deu uma olhada rápida em quantos seres tinham ali; contabilizando apenas quatro. Talvez fosse fácil, pensou. Mas precisava ter ideia se tinha algum prisioneiro ali e, então, como resposta para aquela sua dúvida, gritos de pedido de socorro foram ouvidos de dentro da casa. Imediatamente, Brooke arregalou os olhos e tentou identificar se eram as vozes de seus amigos, mas notou que a linguagem tinha um idioma diferente do seu, então, olhou para Zanna que rapidamente assentiu.
—  São eles! São eles! Meus amigos: Zook, Eldom e Nyx. Eles estão dentro da casa. Brooke, precisamos fazer algo urgente. — 
— Eu sei. Mas como vamos passar por eles? —  Perguntou, apontando discretamente com a cabeça pros sapos.
— Você está com sua adaga ainda? — 
Brooke a encarou espantada com a menção da arma que, pensando agora, havia deixado cravado no corpo do doppler por não ter tido coragem de pegar depois do que houve. —  E-e-eu… Não está comigo, ficou lá. — Abaixou sua cabeça em um tom de decepção consigo mesma, enquanto soltava um suspiro. As coisas pareciam estar piorando para o seu lado toda vez que pisava na bola e um medo de que se continuasse aquilo, poderia fazer com que o plano falhasse por um erro seu. Então, de repente, Zanna pegou em suas mãos fazendo com que Brooke levantava sua cabeça para olhá-la.
— Está tudo bem. Eu vou distrair eles, enquanto você corre para dentro da casa e salve meus amigos, posso contar com você heroína Brooke? — 
Um sorriso fraco surgiu em seus lábios e mesmo sentindo medo em seu coração, Brooke tinha que tentar por eles. Pelas pessoas. —  Eu vou fazer o meu melhor. — 
— Isso que importa, humana! Então, prepare-se! — A gnoma soltou suas mãos humanas para pegar o seu arco e flecha, preparando-se para atacar. —  Quando eu contar até três, você corre para lá! — Brooke concordou com a cabeça e então, em uma simples ação, a gnoma disparou a flecha, atingindo o sapo o suficiente para um pedaço de pele ficar exposta, e, então, gritou três.
Brooke começou a correr atrapalhada o máximo que conseguia em direção à casa, enquanto olhava pelo canto do olho Zanna pular e atirar mais uma flecha em outro lacaio. Dois estavam no chão com flechas encravadas em vários lugares do corpo enquanto um atacava Zanna com sua lança. A gnoma respondia às investidas com sua espada demasiadamente pequena para um ser humano, mas imponente para ela . Mas, faltava um sapo que não estava ali perto até que algo pulou em sua frente. Os pés da Brooke fizeram um ótimo freio parando poucos centímetros da lança e encarou o lacaio que emitia sons de gotejo.
Ela recuou, as mãos levantadas para demonstrar rendição. O desespero voltou a tomar conta de seu corpo, imaginando que agora não teria mais volta para casa. Sua aventura terminava. Todavia, os olhos da garota observaram o sapo cair para o lado, o sangue escorrendo pelo corpo; era possível ver algumas flechas cravadas em sua pele. Ao erguer o olhar, Brooke notou Zanna com o arco empunhado. Sorriu-lhe em agradecimento, voltando a andar em direção à porta com a gnoma à  sua frente. Então, algo aconteceu de forma inesperada: quando Zanna segurou na maçaneta, um choque percorreu pelo seu corpo fazendo ela ficar incapacitada e derrubar sua espada no chão. Antes que Brooke pudesse lhe ajudar, uma rede surgiu do piso e capturou-a, sumindo com a mesma.
A garota encarou aquilo tudo com os olhos arregalados e sem reação alguma. Tinha perdido sua amiga e estava sozinha com a espada pequena de Zanna agora em suas mãos. E agora? O que fazer? Então, a porta da sua frente se abriu sem ela ter encostado um dedo, escutando uma gargalhada vinda de seu interior. Engolindo em seco, Brooke refletiu por um segundo se era uma boa ideia seguir, olhou para trás e vasculhou o local até que seu olhar cravou nas flechas do sapo mais perto.  Dirigiu-se até lá e pegou uma, a ponta com o sangue verde, escondeu-a em suas costas - como forma de guardar uma arma secreta. Assim, rumou para dentro da casa.
A primeira visão que teve de dentro da casa foi uma jaula que continha três seres acordados em volta de um ao chão. Imediatamente, identificou que era Zanna e seus amigos - mas, assim que insinuou avançar, escutou algo vindo do seu lado esquerdo:
—  Se eu fosse você, não me aproximaria. — Ela olhou para o ser da voz e visualizou uma bruxa com cabelos brancos e um vestido de couro, sentada numa cadeira com as unhas de uma mão batendo contra a madeira do móvel, enquanto outra segurava um cajado. — Ainda quero provar você, honey. — 
— Solte-os agora, sua...sua...vilã! — A bruxa começou a dar uma gargalhada com a fala da garota e depois encarou Brooke sorrindo sarcasticamente. 
— Vilã?! Pensei que era uma também, ah, espera, você é! Isso não um insulto para mim! Rende-se e você não sofrerá… Não agora, é claro. — 
Brooke engoliu em seco - sua garganta estava começando a ficar bem seca - pensando no que deveria fazer. A bruxa parecia bem poderosa e talvez ela tenha deixado a derrota de seus lacaios acontecer por pura diversão; Brooke via nela a característica predominante de Gothel: pensar que o mocinho não tinha alguma chance de vitória. 
Apertou o cabo da espada com força só de pensar em sua mãe; por causa dela, Brooke tinha que viver com o preconceito em cima, mesmo tentando mostrar que a última coisa que faria era agir como sua mãe. E, agora, tinha uma chance de salvar pessoas e provar quem era. . Seu olhar recaiu rapidamente para os gnomos e depois ela voltou-se para bruxa, então, em um ato inesperado, Brooke jogou a espada em direção à criatura.
A espada, rapidamente, parou no ar e sumiu quando a bruxa contra-atacou levantando sua mão e proferindo um feitiço: “ÁRECERAPASED OTNACNE O, SIAM ÁRAÇNAVA OÃN, ARODAOV ADAPSE (Espada voadora, não avançará mais, o encanto desaparecerá). Brooke olhou assustada e tentou afastar-se da bruxa, mas, rapidamente, sentiu seu pescoço sendo segurado por uma das mãos da mulher. — Você acha mesmo que vai escapar? Você é fraca! Eu vi o jeito como ficou na parte da floresta! Eu mandei o doppler para te seguir e trazer uma nova carne fresca! Principalmente, com a gnoma que faltava na minha coleção! Humana fraca! IREI COMER VOCÊ TODA! —  Uma gargalhada saiu da sua boca, afrouxando o aperto no pescoço de Brooke que não estava conseguindo respirar. Agora, com o  fôlego se recuperado, lembrou-se da sua última arma e levou sua mão até lá. Porém, a bruxa voltou a apertar de novo seu pescoço.
— Irá sofrer e seus amigos também! FRACOS! TODOS VOCÊS SÃO! E nada vai me impedir. Você é uma vilã fraca, nunca será o que sempre sonhou, honey. Uma inútil, fraca, medrosa, incompetente… Você irá morrer! — Suas unhas cravaram na pele da garota, lágrimas desciam pelo rosto da aprendiz. 
Sentia-se um lixo de pessoa, de ser humano que não consegue nada. Tentara tanto, mas não adiantou de nada. Não adianta ser uma pessoa esperançosa em um mundo que só traz maldade por cima de maldade; é inútil. Ela apenas queria ter planejado um destino próprio. Um destino que não seguisse regras de ninguém. Crescer, sair da sombra da maldade de sua mãe, ser feliz como foi  com seu pai vivo, orgulhar seu falecido pai, seus amigos… Amigos. Seu olhar voltou-se dificilmente para a jaula que continha todos os gnomos tentando não encarar aquela cena… Zanna a olhava em uma profunda tristeza, o mesmo olhar que Brooke tinha quando seu pai morreu. Um homem que via mais do que um gene, mais do que um passado vilanesco. Via esperança, amor onde poderia florescer com os cuidados certos, uma simpatia que Brooke tentou dar para todos. Uma luta talvez totalmente perdida.
Seus dedos começaram a afrouxar em torno da flecha e Brooke começava a ver a imagem de seu pai formando em sua frente, mas antes que pudesse se entregar a derrota, escutou a voz dele. A voz serena dele: 
— Você sempre será minha heroína, ursinho. — 
Heroína. Seu pai lhe achava uma. Um sorriso apareceu em seu rosto, enquanto ela via a imagem de seu pai desaparecendo e com todas as suas forças, Brooke apertou o cabo da flecha e tirou, atacando o olho da bruxa. 
Gritando, a criatura largou Brooke no chão que começou a tossir, mas sabia que não poderia demorar. Chutando com força as pernas da criatura, ela viu a bruxa cair de cara no chão e levantou-se, procurando alguma coisa que pudesse lhe ajudar. Então, notou um pedaço de madeira no canto esquerdo e foi até ele rapidamente, segurando-o com firmeza.  
A bruxa já começava a se levantar com a mão nos olhos - devido ao sangramento do mesmo - quando arrancou a flecha e grunhiu de raiva; antes que pudesse ir em direção a Brooke, a garota foi mais rápida e conseguiu levantar para atacar a criatura por trás.
Quando houve seu ataque, Brooke largou o pedaço de madeira cansada e notou que a bruxa havia apagado e caído direto no chão. Sentou-se no piso com a sua respiração ofegante e descontrolada, sentindo a adrenalina percorrer por todo seu corpo. Até que escutou um chamado: 
— O livro dela! Quebre o encantamento e a gente sai daqui, antes que ela acorde. — Ela encarou e viu que era um dos amigos de Zanna apontando para um livro que estava do lado da cadeira onde ela estava. Brooke levantou-se com dificuldade e foi até lá, começando a folheá-lo. 
— O que eu procuro?! — 
— Feitiços de aprisionamento, rápido, Brooke. Ela está se movendo! — Brooke começou a procurar pelo que ouviu e, quase no final do livro, achou a sua meta. Pegou o livro e se aproximou da jaula, encarando os gnomos, curiosa.
— E agora? — 
— Você faz o que manda! Zanna comentou que você é filha de Gothel, então, tem sangue mágico. Liberta-nos, Brooke! — 
Ela concordou com a cabeça e soltou um suspiro alto. Eles tinham razão; o sangue mágico era a única coisa boa que adquiriu com Gothel e pretendia usar aquilo para ajudar as pessoas, e não machucá-las. Brooke, então, pegou a flecha que estava caída no chão e cortou sua mão, o suficiente para pegar um pouco de sangue para desfazer a prisão. Olhou para a página do feitiço e leu tudo de novo e decorando a imagem que precisava desenhar, para voltar sua atenção para frente e começar a desenhar um símbolo formado por uma linha com dois triângulos de lado, significando liberdade, e murmurou para que no final apertasse sua mão contra o símbolo desenhado: 
— “ADAREPSENI ATLOVARIV AMU ME ATLVO ED ÁRITNES, ADARIT IOF ELH EUQ EDADRBIL A”. (A liberdade que lhe foi tirada, sentirá de volta em uma viravolta inesperada). — 
Então, após proferir o feitiço, uma luz brilhou e a porta da cela se abriu na mesma hora em que a bruxa começava a se despertar. Sem mais delongas, os gnomos agradeceram Brooke - que não ouviu nada por causa do cansaço - e pegaram sua arma para atacar a bruxa desorientada, mas que recuperava sua consciência aos poucos. Zanna e Nyx que ficaram para trás seguraram Brooke do jeito que conseguiram e arrastaram a garota até um canto, esperando a hora de ir embora. A última visão que Brooke teve antes de desmaiar foi ver sua mão sangrando no piso como aconteceu nas imagens de seus sonhos. 
Epílogo:
… (Sem menções ao diário)
   Cuál es la forma más clara y segura. De elegir bien y que no queden dudas  
(...)
Brooke não acordara até estar de volta na enfermaria. 
Após os gnomos terem matado a bruxa, ajudaram Zanna e Nyx a carregarem o corpo da aprendiz até uma carroça que se encontrava nas propriedades da bruxa. Estavam cansados, portanto, rumaram para o Castelo Dillamond vagarosamente. Quando chegaram no castelo, Zanna se prontificou a procurar um curandeiro, encontrando uma mulher que levou Brooke para a enfermaria.
Agora, a garota se encontrava com a mão enfaixada, hematomas em seu pescoço e corpo, tal como alguns ossos fraturados. Mas nada se comparava à sua mente. Ninguém sabia dizer se a garota se recuperaria completamente da situação pela qual passara. Nem mesmo o Narrador.
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