Tumgik
#posicionada
sunnymoonny · 2 months
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eu gosto de pensar muito no tópico mingyu!pussydrunk
não me levem a mal, mas o que aquele homem tem de gostoso, ele tem de viciado em buceta.
depois de começarem a namorar, mingyu ficou envergonhado de pedir pra fazer o ato, mas não conseguiu segurar depois de ver você sentadinha no sofá, as pernas abertas e a calcinha de renda deixando pouco pra imaginação dele....
tá cansado? você por cima. tá com sono? de barriga pra baixo na cama. cansado do trabalho? vai no sofá mesmo.
esse cara não cansa e simplesmente solta as maiores atrocidades pra você enquanto te chupa pela quarta vez no dia, deixando os sons mais eróticos escaparem em meio a risinhos.
da pra perceber quando ele quer...os abraços constantes, a mão estrategicamente posicionada sobre a carne macia da sua bunda e os vários beijinhos roubados (e tbm não roubados) que ele te dá, sem contar as piadinhas e miadinhos que ele deixa no pé do seu ouvido.
enfim, sem sua buceta = sem vida, esse é o lema dele.
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imninahchan · 6 months
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: professor uni x aluna de pós (não façam isso girls), sexo em local público (isso tb não), cigarro (cuidado com o pulmão preto hein), dry humping, termos em francês, fingersucking, tensão. ⭒˚。⋆ ⌝ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ estou apaixonada pelo meu twink francês de 40 anos ─ Ꮺ !
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ELE RISCA O ISQUEIRO E ACENDE O CIGARRO, a face próxima à janela aberta do gabinete. O cenho franze, complacente, enquanto você desaba a falar tudo que ficou entalado durante a semana.
Não é seu psicólogo, ou coisa parecida, mas tem se tornado frequente usar uns minutinhos depois da reunião para conversar com o seu orientador. Fala sobre as gafes que cometeu naquela certa disciplina que não queria fazer porque o professor não era bom nem na graduação, imagina agora na pós. Reclama da quantidade de obras que tem que ler, o pouco tempo que sobra entre o trabalho e a formação acadêmica. Os olhinhos até brilham, acumulando lágrimas, ao afirmar que vai largar tudo, que não vai conseguir defender a sua tese.
Quando ele não ri, acenando negativo, para com isso, chéri, está reanimando as suas energias com um olhar amigo, um assentir com a cabeça e a capacidade de ser um ótimo ouvinte. Talvez seja por isso que você continua abrindo-se com ele — porque ele te escuta.
E oferece carinho.
O braço se estica para alcançar o seu ombro, os dedos rapidamente subindo até a nuca na intenção de envolvê-la com afeto. No automático, pois o toque da palma da mão quente te desconcerta, você tomba o corpo na direção do dele, a testa descansando na curva do pescoço alheio.
A carícia é certeira, embriagante. Embora mal posicionada, porque verga da própria cadeira em que está sentada para a dele, é tudo que você necessitava para aliviar a frustração. Ele reclina a cabeça pra encostar na sua, os dedos deslizam pela sua nuca, arrastam nos pelinhos finos até a raiz dos cabelos. Resvalam na região posterior a sua orelha, um local onde não imaginava que fosse sentir tanto conforto ao ser tocada.
Solta o ar dos pulmões, mais leve. Se permite cerrar os olhos, suspirando. É capaz de escutar a respiração tranquila do homem, ouvir, de leve, as batidas calmas do coração. Se tinha alguma questão na sua vida que estava te chateando, honestamente não se lembra qual era.
Aspira a fragrância do perfume masculino; suave, meio docinho. Tem certeza que se perguntar o nome ele vai responder algo em francês com aquela voz rouquinha, os lábios finos se unindo num bico para a pronúncia da língua estrangeira, igual quando te recomenda os filmes favoritos, e são todos feitos no país dele.
Quando abre os olhos de novo, consegue esgueirar, sem querer, a visão por entre os botões desfeitos da camisa simples. O torso magro, a figura contida. Vê a outra mão dele pousando sobre a perna, e nem se deu conta de que ele escolheu jogar fora o pito para te dar mais atenção.
— ‘Brigada — você mumura, a voz ecoando abafada, comendo a palavra.
Não dá pra flagrar, já que está cabisbaixa, mas ele estica um sorriso pequeno no canto da boca.
— Você precisa de um abraço — responde, com bom humor, o que te faz rir, soprado. Ganha um beijo no topo da cabeça, um aconchego maior quando ele passa a mão no seu braço, terno. — Vai ficar tudo bem... Tá tudo bem.
As falas reverberam feito um gatilho, pois desmonta todinha, perde totalmente os limites ao ser dominada pela melancolia de novo. Vai se vergando tanto na direção do mais velho que chega a ser mais viável sentar sobre as coxas dele de uma vez. Quietinha, encolhida, mudando da cadeira estofada do cabinete pro colo do francês.
Tão silencioso quanto ti, Swann te recebe. Os braços envolvendo o seu corpo com mais carinho, a mão alternando entre afagar a sua nuca ainda e também escorrer pelas suas costas, até a lombar. E você segura no ombro dele, o rostinho escondido na curvatura do pescoço. Arrastando a ponta do nariz, de olhos fechados novamente, a boca recostando na pele à mostra.
O aperto que sente na coxa te deixa inquieta, remexe o quadril devagarinho, sem pensar muito no atrito que a sua calça causa nele. Leva os próprios dedos do ombro masculino para a cerviz, entrelaça nos fios de cabelo escorridos, espessos. De levinho, mesmo sem noção das consequências, puxa, cravando as unhas na pele depois.
Ele solta um suspiro profundo. Também está com os olhos cerrados, deseja que o foco esteja somente na sensação calorosa e passional do ‘abraço’. Te aperta, momentaneamente, como se só pudesse ser aquilo o máximo que colheria da interação cômoda.
O tato firme lhe causa suspiros, igualmente. Ajeita a coluna, ereta, a cabeça tombando um pouquinho pra trás enquanto puxa oxigênio, antes de colar a bochecha com a dele.
As mãos do homem repousam na sua cintura. Não sabe ao certa como julgar seus pensamentos. Na verdade, nem tem certeza se está pensando nesse momento. É provável que tenha desligado o bom senso, que apenas o setor carnal do seu ser venha sendo o responsável por todas as suas reações. Quando relaxa as pálpebras finalmente, por exemplo, é pra tomar o rosto dele entre as próprias mãos e contemplar a face do estrangeiro.
As marquinhas finas da idade, acumulando nas extremidades dos olhos ao sorrir doce agora, diante de ti. O queixo curto. As íris límpidas, como aquamarines discretas. Corre os dedos pelos cabelos grisalhos, da raiz até as pontas. E a pergunta que se passa pela sua cabeça não poderia ser mais trivial; como ele era quando mais jovem?
“Ma petite folie”, é o como ele te chama. O pronome possessivo se soma ao adjetivo, ecoando mélicos aos seus ouvidos. Feito um feitiço, não deixa que a última palavra receba o peso que carrega — loucura.
De fato, é insensatez. Quando as costas das mãos tocam no seu rosto, você beija a pele, se aninha. “Não faz assim, por favor”, escuta o homem sussurrar, mas os lábios se movem em meio a um sorriso tímido. “Não me faz querer você.”
Você segura no pulso dele, “você me quer?”, a pergunta soa genuína.
Os olhos miram a sua boca, se perdem um bocadinho ali. Não, te nega, tornando a retribuir o contato visual. A recusa não te afeta porque não aparenta verdadeira. “É melhor, então”, responde, num cochicho. A testa se cola a dele, os narizes juntinhos, ao passo que fecham os olhos outra vez.
As mãos na sua cintura te apertam com mais firmeza, principalmente no instante em que os seus quadris resolvem se mover em círculos, lento. Ao seu pender do pescoço pra trás, o queixo resvala na ponta do nariz alheio. Swann aprecia o esticar da região, o que era pra ser algo corriqueiro se transforma num cenário atrativo. Desliza os dedos pela sua garganta, com preguiça, demorando a chegar até a clavícula.
Olha pra pele, observa a correntinha dourada adornando o seu pescoço. O indicador descendo pelo caminho desnudo que o decote da blusa proporciona, alcançando o espaço entre os seus seios. O sonzinho meigo, baixo, do seu choramingo rouba a atenção pra sua face de volta, a pressa masculina para flagrar a sua expressão de deleite. Shhh, dois dedos se erguendo com o intuito de mergulhar nos seus lábios entreabertos.
Umedece de saliva lá dentro, se deparam na sua língua quente. Você tomba a cabeça pra frente, o cérebro parecendo desligar aos pouquinhos quanto mais os segundos rebolando no colinho dele se passam, mas o homem pega na sua mandíbula, com os dedos molhadinhos e cálidos, para que possa manter o rosto no ângulo que o permite continuar te observando. “Olha pra mim”, ele pede, e você acata quase que de imediato.
Está olhando-o nos olhos quando aumenta o compasso dos quadris. Os lábios estão separados, o cenho se franzindo, queria ecoar todos os gemidos que segura, porém se mantém silenciosa. A porta de fechadura eletrônica do gabinete te dá a segurança de que ninguém vai girar a maçaneta e entrar do nada para interrompê-los, entretanto a sala não é a prova de som. Não pode deixar que quem quer que passe do outro lado, no corredor, possa escutar o que se passa aqui dentro.
Se entrega de vez ao prazer, ao movimentos desregulados, até tolos de uma certa forma, em busca do êxtase. Chega na pontinha, e se joga. Caindo numa queda tão intensa que finca as unhas na nuca do homem, o abraça com força, feito almejasse se fundir a ele, entrar por debaixo da pele. Um grito calado moldando a boca, os pezinhos perdendo contato com o piso do cômodo, as pernas tremendo.
E ele retribui com compreensão, um sorriso afetivo. “Calma... Calminha...”, aconchega, acariciando as suas costas. Espera a sua respiração normalizar, o coração parar de saltar dentro da caixa torácica. Quando aparenta dona de si de novo, a palma da mão quente toca o seu rosto. “Tudo bem?”, quer saber, checando em busca de vestígios que denunciem a alta sensibilidade.
Você faz que sim, sorrindo, toda boba, porque ele acaba sorrindo também. Recosta a testa na dele, a ponta do nariz masculino roça de um lado ao outro, afagando a sua. A boca fica a poucos centímetros de ti, os rosto parados, em paralelo. Como se quisessem ainda esperar por algo, mas nenhum dos dois tem a audácia.
Assim, você se levanta. Pigarreia. Pega no encosto da cadeira em que estava sentada no começo e a leva de volta para a mesa. Empilha os três livros que pegou emprestado das estantes dele, numa dessas de quem vai se ocupar com algo para esquecer o que quer de verdade. E sem saber se controlar, volta os olhos para a figura do homem.
Cabisbaixo, Swann desliza as mãos nas coxas, ajeitando a calça nas pernas. Sob o jeans, você vê, a ereção marca presença, pesada, rígida. Dolorida. “Desculpa”, você diz.
Ele balança a cabeça, em negação, te oferecendo um sorriso pequeno. “Não se preocupa.”
Você pega a sua bolsa, acomoda sobre o ombro. Toma os livros no braço, “já vou”. Em resposta, só o assentir do mais velho é o que recebe. Ele cruza os braços, parece querer muito manter as aparências, ignorar o que houve.
Aí, você dá as costas, caminhando pelo gabinete em direção à porta. Ainda sente as perninhas vacilando, as pontas dos dedos formigando. Quando toca na maçaneta, para. Não gira, não fala nada, não espia por cima dos ombros. Não precisa nem olhar, já é capaz de recriar o rosto dele na sua mente, a expressão de esperança que, certamente, acende a face alheia. Aquela pontada de ânsia badalando no peito na tentação de levantar do assento e te colocar contra as estantes. Você arrepia só de pensar que pode ser forçada de joelhos para auxiliá-lo com o problema que o rendeu entre as pernas.
E pode correr agora, mas quando voltar, e você vai voltar de um jeito ou de outro, as coisas serão ainda mais intensas.
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leclewi · 19 days
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WHAT ABOUT?╭ . .⃗ gabriel e a cópia cabeluda dele.
MARI’S NOTES! ╭ . .⃗ me senti meio decepcionada nesse. masss, me deixou felizinha também. para quem fez pedido, eu vou fazer todos, só me deem tempo. escola tá matando. 🫠 espero que vocês gostem, qualquer comentário é apreciado! 🫶🏻
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“papai.”
a cabecinha morena apareceu do lado do gabriel, que demoradamente arrumava seu cabelo em frente ao espelho. os cachos molhados indo de um lado para outro, para achar a posição perfeita e manter a cara que você era maluca por intacta.
“oi, garotão.” ele respondeu, virando a cabeça pra mattheo. a criança tinha uma cara ainda de sono, um cabelo bagunçado e a expressão mais confusa e fofa do mundo. quem culparia um serzinho daquele? eram 07 horas de um sábado, afinal.
“a mamãe mandou eu arrumar meu cabelo.” ele estendeu a escova com animais estampados atrás para o pai ver, indicando o que você havia lhe ordenado. “é só passar?”
a pergunta fez gabriel rir de leve, o coração pingando de amor. a falta de coordenação do pequenino o limitava, fazia o cabelo se esvoaçar, as cópias cacheadas do pai ficavam mais bagunçadas ainda.
“vem cá.” gabriel pegou a criança e a sentou na pia, sorrindo. “que bagunça, mattheo.” ele riu do emaranhado.
“papai.” a criança resmungou, coçando seus olhos. “a mamãe não me ensinou, sabe. não me ensinou…” as palavras interrompidas por um bocejo. mas, ele desistiu também de falar assim que fechou a boca. o sono possu��a a criança.
e a cena fazia gabriel querer levar ele de volta pra cama, deixar ele se aconchegar nas cobertas do homem aranha que o garoto tanto amava e abraçá-lo, como se não houvesse amanhã.
a paternidade era algo assustador para qualquer homem. você tinha uma vida nas suas mãos, um caráter para você construir e atitudes para guiar. isso surtava qualquer um e gabriel não foi diferente. óbvio que não. mas, os dois pareciam ser entrelaçados.
ambos pareciam ter linhas guiando eles, eram iguais, e tão diferentes. eram um livro de amor, carinho e proteção para você e um ao outro. era uma cama de amor que gabriel desde do nascimento fazia questão de dormir.
o moreno arrumou o cabelinho, deixando do jeito que você deixava. “foi assim que você conquistou a mamãe?”
a pergunta mais uma vez fez gabriel rir. “não, exatamente.” ele disse, medindo as palavras antes de responder. “por que?”
“eu quero ser igual você, papai.”
gabriel sentiu a vontade imensa de apertar a criança, morder aquelas bochechinhas até que fiquem vermelhas. “você não precisa ser igual o papai.” ele murmurou, sorrindo enquanto escovava o cabelo da criança. “você pode ser você.”
“mas, eu não quero.” o menino respondeu, balançando a cabeça. “eu não vou ter uma mamãe se eu não for igual você.” aquilo teria tirado um sorriso do seu rosto se você tivesse escutado. gabriel faria o favor de te contar, também.
“ah, você quer uma mamãe?” o pai da criança brincou. o menininho apoiou seu corpo nos braços do pai, as costas bem posicionadas contra o peito dele.
“que tal a gente focar primeiro no cabelo? ou até no homem aranha. você não precisa ser alguém agora. só ser meu campeão e o garoto da mamãe.”
a criança se sentiu satisfeita, uma cabecinha daquela não ficava por muito tempo em um linha de raciocínio única. sempre ia e voltando.
mas ele voltou, “amo você.”
“também te amo, garotão.”
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louismyfather · 10 months
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Playing Dangerous
"Aqueles que têm medo de se queimar nunca devem se aproximar do fogo. Na situação de Louis, o ditado se refere tanto as chamas de cor vibrante que causam temor pela sua magnitude, quanto as chamas esverdeadas dentro dos olhos cínicos que causam a mesma sensação. "
Tags: Harry bottom, Louis Tops, Louis policial gostoso e gado (7k de palavras)
⸺ Todos sabem que eu sou um bom garoto, senhor policial. 
Louis escutou a afirmação, desviando seus olhos dos papéis espalhados em sua mesa para o rosto pálido com bochechas rosadas e olhos brilhantes que o encaravam de forma pídona ao mesmo tempo que não expressavam nada. 
Aquele garoto deveria ter no máximo vinte e quatro anos, ainda com os traços infantis e uma voz mascaradamente doce.
⸺ Em situações como essa a opinião de terceiro não é relevante, senhor Styles.
Disse o delegado, tentando manter sua voz calma, o que não era uma tarefa muito difícil quando todos seus sentidos se tornaram bêbados pela fragrância de Chanel n° 5 há mais de meia hora preenchendo sua sala. 
⸺ Só quero que acredite de uma vez que a casa já estava em chamas quando eu percebi, não sou um mentiroso. ⸺ Harry afirmou com prontidão e paciência ao escutar a resposta alheia bem posicionada. 
⸺ Senhor Styles, podemos voltar para o que interessa?
Harry assentiu levemente com um pequeno sorriso, passou sem pressa sua atenção do rosto sério do delegado, para suas próprias pernas cruzadas, esquerda em cima da direita, descruzou-as com lentidão apenas para trocar suas posições. 
⸺ Há quanto tempo o senhor se relacionava com John Coleson? ⸺ Louis perguntou tentando manter seus olhos em sua frente, nas chamas verdes em sua frente. 
⸺ Nós nos conhecemos há mais ou menos cinco anos, e entramos em um relacionamento sério há quatro anos e meio.
Ótimo, Louis comemorou mentalmente, eles finalmente estavam conseguindo algum progresso. 
⸺ Me conte, o senhor sempre trabalha sozinho tão tarde da noite? 
Louis novamente desviou sua atenção dos papéis em sua mesa, onde anotava as informações que Harry ditou, quando o garoto o direcionou uma pergunta, em um tom descontraído, como se estivessem em um encontro casual, ao invés de tentando reunir provas para saber quem atentou, com sucesso, contra a vida de uns dos empresários mais ricos e reconhecidos do país.
⸺ Porque a pergunta? Será que podemos focar em seu depoimento?
Louis respondeu, e Harry entreabriu os lábios brilhantes de gloss de cereja, não gostando da resposta que recebeu, mas logo disfarçando o descontentamento com um sorriso.
⸺ Deus, senhor policial, eu só me sinto um pouco desconcertado vestido apenas em minhas pequenas roupas de dormir ⸺ explicou, e Louis encarou seus ombros quase completamente nus, cobertos por duas alcinhas brancas que desciam onde o decote em V rendado se iniciava deixando amostra o colo pálido com pequenas manchinhas cinzentas dado o evento que os levou àquele momento. Harry e seu namorado sofreram um atentado dentro da própria mansão em um condomínio seguro de uma área nobre. A propriedade pegou fogo, John Coleson morreu carbonizado dentro de seu próprio escritório, enquanto Harry teve a sorte de chegar ao jardim antes que o caminho fosse bloqueado pelas chamas.
A estampa de corações pretos tomavam a blusa de tecido fino e marcado e seguiam pelo short que não cobria nem metade das coxas grossas que se descruzaram naturalmente quando Harry observou o olhar do delegado seguindo para sua pele exposta, ele apertou uma perna à outra e tentou amassá-las com seu toque, sendo impedido pelas algemas presas em seus pulsos. 
⸺ O senhor tem mesmo que manter essas algemas tão apertadas em mim? ⸺ Harry questionou choroso, tentando mover os pulsos outra vez, soltando um baixo gemido quando percebeu o quanto elas estavam apertadas. 
⸺ Faz parte do protocolo, senhor Styles ⸺ Louis explicou após um pequeno pigarreio. ⸺ enquanto o senhor não contar tudo o que sabe, o único suspeito desse crime está em minha frente e precisa ficar detido. 
⸺ Não me fará passar a noite aqui, fará? ⸺ Harry pela primeira vez esboçou uma reação espontânea, indignação. ⸺ Minha casa pode ter acidentalmente pegado fogo, mas eu tenho amigos, Coleson tem amigos, ou melhor... Tinha.
Novamente ele foi espontâneo, sereno, ao lembrar de imediato a morte trágica, traumática do homem com quem morava e compartilhava a vida. Ele poderia não ser o único e completo culpado, mas que alguma relação com o "acidente" ele tinha, Louis sabia que ele tinha. 
⸺ Então, senhor Coleson tinha amigos? ⸺ Louis pegou a brecha para retornar ao assunto. ⸺ Quantos ele mantinha contato? Em quem ele confiava? 
⸺ Huh, deixe-me ver… ⸺ Harry murmurou, formando um biquinho em seus lábios, como se realmente pensasse bem no que dizer. ⸺ Bennett era um grande amigo de Cole, sempre andavam juntos.
⸺ Isso é bom, é um ponto de partida ⸺ Louis anotou o nome dito com uma seta apontando para onde escrevia mais informações que pegaria com Harry que, graças ao bom Deus, decidiu de uma vez colaborar. ⸺ de onde John Coleson conhecia esse Bennett? Eram realmente próximos?
⸺ Como amigos de infância ⸺ Harry sorriu, voltando a cruzar as pernas. Louis anotou. ⸺ ele o adotou em um pet shop em Michigan alguns meses antes de nos conhecermos. 
⸺ O que? ⸺ Louis largou sua caneta sobre a mesa, encarando Harry que ainda sorria com nostalgia. 
⸺ Bennett era nosso Husky siberiano, infelizmente tivemos que dar-lo para um afilhado de Cole quando nos mudamos para essa cidade, mas ele era e é um amor. 
⸺ O senhor só pode estar tentando brincar comigo ⸺ Louis lamentou, se segurando para não arrancar seus próprios cabelos. 
⸺ A culpa foi do senhor, senhor policial, por ter deixado a pergunta tão em aberto ⸺ explicou com calma, abaixando o tronco para pegar caneta que o delegado deixou cair em sua breve exaltação, com suas mãos juntas, a colocou de novo sobre a mesa. ⸺ mas, fora Bennett, Cole não tinha tantos amigos não, ele também tinha Mitch.
⸺ Não me diga, um gato? 
Harry sorriu um tanto sugestivo. ⸺De certo modo, mas não. Ele é o afilhado de Cole que ficou cuidando de Bennett. 
Isso Louis anotou.
⸺ E fora Mitch, apenas seus colegas de trabalho, que quando dávamos uma festa estavam lá, mas não chegavam a ser considerados amigos.
⸺ Ainda assim, vamos pegar uma lista com os nomes desses colegas. ⸺ Louis concluiu. ⸺ Sabe se ele tinha alguma inimizade com alguém, ou mais extremamente falando, um inimigo?
⸺ Não ⸺ Harry respondeu pensativo. ⸺ até onde eu sei, não. 
Louis concordou, sem ter muito mais o que fazer por enquanto.
⸺ Será que agora o senhor pode tirar essas malditas algemas de mim? ⸺ Harry perguntou com um pouco menos de paciência.
Louis acordou da nuvem de pensamentos que começou a ter, sentindo uma relutância para soltar o garoto, mas – ainda – não tinha provas para mantê-lo preso ali. Concordou em soltá-lo, caçando a chave nos bolsos de suas calças e bufando ao não achá-la, abriu todas as pequenas gavetas de sua mesa sem sucesso algum em encontrá-la.
⸺ Merda ⸺ Louis xingou, desistindo de caçar.
⸺O que disse? ⸺ Harry perguntou, mesmo tendo escutado claramente o xingamento, achado sexy a voz do delegado falando a palavra baixa. 
⸺ Será que o senhor poderia me acompanhar até o carro? Tenho certeza que deixei a chave das algemas por lá. 
Harry murmurou um som com a garganta indicando que concordava, levantando rapidamente da cadeira que estava acomodado, virando de costas para o delegado, desfilando até a porta em seus shorts que pareciam ainda mais curtos depois de colados à sua pele após o tempo que a região ficou imóvel.
Louis tentou negar para si mesmo que olhou de relance para a marcação das roupas alheias, levantando-se com o olhar baixo, abrindo a porta para que Harry passasse primeiro e os dois seguissem juntos à saída da delegacia. 
O delegado caminhou pela rua com Harry ao seu lado, pararam em frente seu carro e Louis abriu a porta do motorista, encontrando as chaves sobre o banco do passageiro. 
⸺ Levante os pulsos ⸺ Louis ordenou, segurando em seus dedos a chave que abria as algemas.
⸺ Esse é o máximo que eu consigo com minha imobilização desnecessária ⸺ reclamou, erguendo os pulsos um pouco abaixo da cintura, e Louis sabia que aquele não era o máximo que ele conseguia, mas não disse nada, tentando levar a chave à abertura das algemas, fracassando estupidamente ao não conseguir encaixá-las. 
Louis tentou outras três vezes, abaixando levemente o rosto para tentar ver melhor na rua quase completamente escura, rosnou desistindo, pedindo que Harry voltasse a baixar os pulsos no lugar. O delegado se colocou de joelhos em frente as mãos juntas, segurando-as, enfim conseguindo livrá-las. 
Desencaixou as algemas dos pulsos pálidos, vendo-os superficialmente marcados e cometeu o erro de ainda na posição baixa, olhar para cima, encontrando as chamas verdes encarando-o vivas na escuridão. Harry tinha a cabeça inclinada levemente para baixo, os cachos longos de seu cabelo desciam juntos preenchendo os lados de seu rosto, e Louis tratou de levantar de uma vez mesmo com o sorrisinho pretensioso ofertado em sua direção. 
⸺ Está livre por ora, senhor Styles. ⸺ Louis anunciou, com seu rosto quase alinhado ao de Harry, pela breve diferença de alturas. 
⸺ Por ora? Isso foi uma ameaça? ⸺ Harry zombou, interpretando a fala do delegado. 
⸺ Um aviso. ⸺ Pontuou. ⸺ Tenha uma boa noite. 
⸺ Tenha uma boa também, senhor policial. ⸺ Harry desejou, dando um sorriso cortês a Louis, que estava atravessando a rua para voltar para a delegacia, quando a voz momentâneamente rouca chamou sua atenção. Ele observou Harry se aproximando do limite da calçada, levantando os braços para prender seu cabelo em um coque, deixando nua a região onde as mechas cobriam, ele olhou para si sorrindo outra vez ao perceber que era observado, sibilou um "tchauzinho" com a mão direita em seguida indicando para algo atrás de Louis. O delegado saltou para trás ao escutar a buzina do táxi pedindo por espaço para o carro passar, levou a mão para o peito pelo grande susto e quase atropelamento, olhando para Harry uma última vez, assistindo-o entrar no táxi que quase o atropelou. 
.
⸺ É impressionante, eu estou todos os dias aqui e não acontece nada, no dia que eu não venho um empresário bilionário morre carbonizado!
Louis escutou, mantendo suas sobrancelhas arqueadas, seu companheiro de trabalho, Zayn, reclamando sobre ter ficado de folga no feriado.
⸺ Vá por mim, desejaria ter ficado em casa se estivesse aqui ontem. ⸺ O delegado o confortou. ⸺ Em quase uma hora de interrogatório, só consegui tirar no namorado do falecido, que eles tinham um cachorro, um afilhado e estavam juntos a quatro anos e meio. 
⸺ Essa tragédia é um caso pronto ⸺ Lauren, outra policial presente na sala, ditou sua opinião na conversa. ⸺ um empresário bilionário morre em um "acidente" caseiro e a única testemunha, e pessoa ligada ao caso, é seu namorado bonito vinte e cinco anos mais jovem que ele.
⸺ Ele poderia estar preso agora se você quisesse, Louis, todas as setas apontam para uma única direção ⸺ Zayn sugeriu gesticulando para a foto de Harry colada a uma ficha em cima da mesa do delegado, nela Harry sorria com seus cachos ainda mais, muito mais, moldados que na noite anterior, seu pescoço coberto por uma gargantilha de diamantes e duas voltas de um colar de pérolas, ele usava uma camisa de botões de Burberry aberta pela metade e um casaco rosa pesado e chamativo da Prada. 
Somente olhando todo aquele luxo em camadas sobre o corpo escultural, não precisava de muito para concluir alguma coisa, mas Louis não queria se precipitar, nem sequer podia.
⸺ De qualquer forma, se ele tivesse sido preso ontem, antes do amanhecer ele já teria contratado o melhor advogado do país e estaria solto. ⸺ Louis refutou o amigo.
⸺ Isso é verdade ⸺ Lauren concordou. ⸺ mas se ele for mesmo o culpado, as provas não vão demorar a chegar e vai ser um pouco mais difícil conseguir se livrar. 
⸺ Só um pouco mais ⸺ Zayn voltou para a conversa. ⸺ ele é rico, se for verdade o que os jornais estão dizendo sobre ele ter herdado metade do patrimônio mesmo sem ser casado nos papéis com o Coleson, ele nem sequer vai a tribunal. ⸺ Explicou alto para os dois colegas de trabalho, por fim encarando Louis. ⸺ É um caso perdido, Tomlinson, mas se eu conheço seu senso de justiça vai querer levar isso até o fim.
⸺ Ainda bem que me conhece ⸺ Louis sorriu, levando o resto do café em seu copo à sua boca.
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Harry Styles herdou em torno de três bilhões de dólares e mais do dobro dessa quantia em construções como mansões, casas de praia e apartamentos no mundo todo. 
Era algo absurdo. 
Todos falavam um pouco, o dia inteiro, sobre a morte de John Coleson e a distribuição da herança feita entre seu namorado, Harry Styles, e seu único familiar próximo e vivo, Mitch Rowland. 
Além de quantia considerável para seu antigo pet de estimação, o Husky, Bennett. 
Mas essa última parte só era lembrada pelos programas de fofoca que falavam sobre isso no meio das matérias.
A delegacia passou o dia inteiro cercada de repórteres esperando uma palavra do delegado responsável pelo caso. Todos estavam de saco cheio dos burburinhos e das vozes chamando do lado de fora da recepção, além dos clicks das câmeras, Zayn chegou em seu limite em certo momento da tarde e saiu no meio dos jornalistas contando que a delegacia estava sim no atual momento sendo responsável pelo caso, mas que o delegado Tomlinson estava tratando no assunto no escritório de sua casa para justamente não ter esse assédio da mídia sobre ele.
Louis o parabenizou pela boa mentira, mas o questionou como voltaria para casa sem ser visto. Zayn disse que ao fim do expediente todos iriam embora e o último a sair trancaria a porta deixando ele dentro com uma cópia da chave, e depois ele podia sair e ir para casa. 
Não era uma ideia cem por cento ruim, mas Louis acabou aceitando por não haver outra opção. 
Perto da meia noite, o delegado estava pronto para finalmente terminar seu expediente com o pequeno sentimento de inutilidade vagando ao seu redor. Quase nenhuma nova informação foi apurada, a delegacia tentou entrar em contato com Mitch Rowland para tomar seu depoimento, entretanto sem adquirir sucesso, a lista de colegas de trabalho ainda não havia sido disponibilizada, assim como as câmeras de seguranças da casas ao redor da propriedade que pegou fogo. 
⸺ Senhor policial? ⸺ Louis escutou passos se aproximando de dia sala e imaginou que alguém tivesse esquecido alguma coisa e voltou para buscar, mas ao escutar a voz que já havia guardado em sua mente como algo para lembrar, não teve outra reação além de olhar para a porta, vendo quem a ocupava. 
Harry tinha os braços para trás do corpo, destacando os traços dourados por toda sua camisa fechada e apertada como a calça justa com botões prateados, ambos em tons pretos.
Uma atípica vestimenta de luto.
⸺ O que você faz aqui? Ou melhor, como entrou? ⸺ Louis perguntou, de certo modo irritado pela invasão do espaço.
⸺ Para onde foi o "senhor Styles" da noite passada? ⸺ Foi a única coisa que Harry respondeu. 
⸺ Bom, senhor Styles, o que faz aqui?
⸺ Bom, senhor policial ⸺ Início com o mesmo tom debochado. ⸺ meu namorado morreu há exatas vinte e quatro horas e o senhor é o responsável por descobrir se o que o matou foi um acidente ou não. Vim ver como anda a investigação. ⸺ Harry explicou com toda a calma do mundo, ao fim da última frase adentrando animadamente a sala do delegado, observando tudo, como uma criança em um parque de diversões. 
⸺ Só não perdeu seu tempo porque tudo o que conseguimos o dia inteiro foi investigar o interior da casa e descobrimos algo bem interessante.
⸺ Oh, jura? ⸺ Harry pareceu curioso, sentando na cadeira em frente à Louis, sem perguntar se podia, cruzando as pernas em um movimento quase automático. ⸺ O que descobriram?
⸺ Que a mansão está em um estado considerável, seu namorado estava dentro do escritório quando tudo aconteceu e o fogo se alastrou de lá por todo o resto do corredor que tinha quartos de hóspedes arrumados e o quarto de vocês, tudo neles queimou. Com exceção de suas roupas de grife, senhor Styles, e todas as suas jóias que estavam isoladas em um outro quarto, em outro corredor, como se tivessem sido colocadas ali por segurança. 
A sala foi tomada por um silêncio ensurdecedor.
⸺ O senhor, não tem nada a dizer sobre isso? ⸺ Louis perguntou depois de um tempo, vendo Harry sorrir cerrando os olhos e cruzando os braços.
⸺ Cole e eu estávamos nos mudando para esse quarto em questão, senhor policial.
⸺ Oh, jura? ⸺ Perguntou com uma falsa surpresa.
⸺ Pelo meu Chanel n° 5. Minhas roupas e jóias foram as primeiras a irem porque depois dos móveis, eram as coisas que concentravam mais volume. Parecia prático mudá-las logo. 
Ele explicou com tanta convicção que qualquer um no lugar de Louis desistiria de vê-lo com um possível culpado, mas Louis não, ele preferia continuar clicando na mesma tecla até adquirir um resultado, havia algo nesse garoto que ele não conseguia decifrar e caso um dia conseguisse esse caso estaria resolvido.
⸺ Ainda ficará muito tempo na delegacia, senhor policial? ⸺ Harry fez Louis voltar ao tempo real com sua voz rouca, mas aveludada.
⸺ Não há mais muito o que se fazer por hoje. 
⸺ Poderia me oferecer uma carona até em casa. 
Harry sugeriu, e Louis achou não ter ouvido direito.
⸺ Veio até aqui à pé? 
⸺ Pedi um táxi, mas essa cidade anda muito perigosa para confiar em desconhecidos, meu namorado foi assassinado, e se eu assisti documentários sobre crimes reais o suficiente, eu posso ser o próximo.
Louis deu um longo suspiro sem saber ao certo o que deveria responder, se deveria. 
Soube que muito provavelmente se arrependeria da gentileza, mas concordou em oferecer a carona, Harry sorriu contente e agradecido, seguindo ao lado do delegado em silêncio, até chegarem na rua onde Louis o perguntou em que lugar estava hospedado para seguirem direto ao destino. 
E sem nenhuma piada ou qualquer variante do gênero ou sorriso presunçoso no meio da frase, Harry o informou direto e certo. 
Em frente ao carro preto de pintura brilhosa, Harry se colocou em frente a porta fechada do banco do passageiro e esperou. Louis já iria entrar no lado do motorista quando viu o garoto parado ali, não soube qual o pico de etiqueta deu em si quando seus pés o fizeram dar a volta até estar ao lado de Harry, apenas para abrir a porta para ele.
Assim que ambos estavam devidamente sentados e seguros pela fita do cinto de segurança, Louis deu partida do carro e esperou por uma corrida rápida e de preferência em silêncio.
⸺ É comprometido, senhor policial? Acabei de perceber que não usa um anel em seu dedo. 
Harry só esperou que Louis desse a curva na rua da delegacia para iniciar uma conversa. Suas pernas cruzadas e mãos sobre o joelho, esperando com expectativa por uma resposta. 
Louis foi curto em negar a pergunta. 
⸺ Que coincidência, eu também não. 
Harry retornou em um tom casual. Louis o olhou sério pelos cantos dos olhos. ⸺ E se bem já entendi seu jogo, está querendo me algemar por ter dito isso. 
⸺ Achei apenas um comentário bem corajoso para se fazer na frente do delegado responsável pelo caso do possível assassinato do seu namorado, o mesmo que o considera abertamente o maior suspeito. 
Harry riu anasalado. ⸺ Passei por uma experiência traumática, senhor policial, preciso me manter são de alguma forma, ter um pouco de humor é ela. 
O delegado preferiu se poupar de formular alguma resposta. 
⸺ Mas se preferir pode me perguntar o que quiser, qualquer coisa, independente do que eu disser, essa história não acaba comigo recebendo o veredito de culpado. 
Louis agradeceu ter precisado parar em um sinal, porque precisava de tempo para tentar entender o que aquela fala significava.
⸺ Como pode ter tanta certeza do que diz, senhor Styles? Como um dos policiais envolvidos no caso me disse essa manhã, todas as setas apontam em sua direção.
⸺ E eu posso fazê-las apontar para onde eu bem quiser ⸺ Harry explicou, não exatamente explicando, mas sorriu com a reação confusa do delegado, aproveitando a falta de movimento do carro para tirar seu cinto e encostar seu ombro no de Louis, colocando uma das mãos calmamente sobre sua coxa. 
O delegado observou a mão cheia de anéis com dedos abertos em sua coxa, sentiu um leve aperto, e quase pulou de susto com o som da buzina do carro atrás deles indicando que ele partisse com o carro porque o sinal abriu. Harry riu da expressão assombrada alheia, bombeando ao passar a marcha e acelerar, voltou a se afastar do corpo do delegado, deixando apenas a mão descansando em sua coxa.
⸺ O senhor disse que não está comprometido, algum motivo em particular ou só não se dá bem dentro de um relacionamento? ⸺ Harry perguntou após alguns metros corridos. 
Louis não fez muita questão de dá-lo atenção. 
⸺ Não é educado deixar as pessoas falando sozinhas. ⸺ Harry lembrou, assim que entraram em uma avenida iluminada.
⸺ Se fossemos levar em consideração o contexto que nos levou até aqui, senhor Styles, sequer deveríamos estar conversando. 
⸺ Mas estamos ⸺ Harry retrucou, deslizando sua mão mais para cima na coxa coberta do delegado. ⸺ Ainda não respondeu minha pergunta, senhor policial. 
⸺ Gosto de deixar meus relacionamentos privados e reservados entre meus parceiros, mas uma boa parte das pessoas prefere esbanjar suas vidas amorosas aos quatro ventos, e eu só tive a sorte de conhecer pessoas assim. 
Harry o escutou com atenção absorvendo suas palavras, e Louis ao menos sabia porque realmente o respondeu, simplesmente existia algo naquele garoto que o fazia conseguir criar uma atmosfera casual e familiar onde deveria existir indiferença e um interrogatório sobre um crime fresco que barrava aquela conversa de ser uma simples conversa.
⸺ É uma pena ⸺ Harry respondeu. ⸺ mas o entendo, também não faço o tipo que gosta de se mostrar por aí, mas posso dizer o que eu de fato acho? 
Pelo tom usado por Harry, Louis não tinha certeza se deveria seguir com aquele diálogo.
⸺ Vá em frente.
Harry mordeu seus lábios tentadores e rosados e apertou com força a coxa do delegado, fazendo-o engolir em seco. 
⸺ O senhor me parece a típica pessoa que se afunda no trabalho do início da manhã até o final da noite, a vida é o horário do expediente enquanto o corpo humano só funciona se houver equilíbrio entre todos os interesses.
Louis pareceu abismado com a convicção da fala, interessado em saber para qual lugar esse raciocínio levaria.
⸺ O que quer exatamente dizer com isso? 
⸺ Que é palpável pela rigidez de seus ombros o estresse em seu corpo. Seus olhos estão cansados como suas mãos. ⸺ Harry levou sua mão esquerda, antes firme na coxa do delegado, à destra de Louis no volante, seus dedos tocaram a pele grosseira e calejada que contrastava de modo extremo com a sua macia e delicada. Louis fechou os olhos inconscientemente, e rápido por ainda estar no meio do trânsito, sentiu Harry subir seus dedos lentamente por seu braço coberto, até chegar em seu ombro, para então subir por sua bochecha em um carinho rápido para descer mais um pouco parando em seu pescoço. ⸺ Percebe-se de longe que o senhor não precisa de um relacionamento estável para se sentir bem, apenas de uma boa noite de sexo. 
Louis arregalou os olhos sem realmente esperar que Harry fosse dizer aquilo, seus olhos se perderam rapidamente da rua em sua frente para o queixo de Harry encostando em seu ombro para aproximar a boca de seu ouvido e sussurrar.
⸺ Qual foi a última vez que teve uma transa de passar dias a fio lembrando o quão incrível aquela merda foi, senhor policial?
Harry perguntou, Louis não respondeu.
⸺ Não me lembro a última vez que tive uma foda tão boa assim ⸺ Harry reclamou com um biquinho, tirando a mão que contornava o pescoço do delegado, de volta sua coxa. ⸺ mas lembro a última vez que proporcionei uma a alguém. ⸺ confessou subindo sua mão pela coxa rígida, e Louis parou o carro. ⸺ Lembro como senti os músculos das minhas coxas doerem de tanto… bom, o senhor deve imaginar. Como deixei meus cabelos soltos para que pudessem suar mais rápido minha pele para provar o tamanho do meu esforço. Em certo momento eu me apertei com tanta força que doeu sentir as mãos firmes marcando minha cintura duramente porque aquilo era demais. Sabe o que aconteceu depois?
⸺ O que? ⸺ Louis cansou de fugir do olhar de Harry, virou seu rosto na direção do dele e um sorriso sádico dançou nos lábios alheios, tão próximos de seus.
⸺ Ele veio forte dentro de mim e disse que preferia a morte do que não me ter. 
Ao conseguir sua resposta, o delegado não se afastou, permaneceu no mesmo lugar, os lábios de Harry estavam a centímetros dos seus, a mão dele subiu mais em sua coxa encontrando o início da ridícula marcação dura em sua calça. 
Sua respiração estava ofegante e sequer havia saído do lugar, Harry continuava próximo com seu corpo quente e seu perfume vivo, Louis teria jogado tudo para os ares e beijado-o se o próprio não tivesse se afastado levemente só para se movimentar no banco ficando de lado nele, apenas para segurá-lo pelo queixo e dizer uma única frase. 
⸺ Se você não aguenta o calor, não se aproxime do fogo, senhor policial. ⸺ Se afastou de vez, tirando Louis de seu transe ao abrir a porta e colocar os pés para fora do carro. ⸺ Tenha uma boa noite. ⸺ Resumidamente, eles haviam chegado ao destino de Harry, e Louis sequer percebeu isso. 
A noite acabou com o delegado tomando uma boa ducha de água fria.
.
⸺ Ainda não conseguimos um sinal de vida de Mitch Rowland.
⸺ Tem certeza que os contatos que recebemos dele estavam certos? 
⸺ É claro que estão. Mas tudo sobre esse caso está uma completa bagunça.
⸺ Acho que Louis é o único que ainda sabe o que estamos fazendo. ⸺ A fala desanimada de Zayn acordou o delegado ao escutar seu nome, ele estava em uma espécie de transe em sua mente, olhando para o nada enquanto seus companheiros perdiam a cabeça discutindo sobre o trabalho que precisavam fazer.
⸺ Como disse? ⸺ Louis perguntou, arrumando seu uniforme em seu corpo, se ajustando corretamente em sua cadeira.
⸺ Por Deus, Louis, como só percebi agora que sua cara está péssima, não dormiu ontem a noite? ⸺ Zayn perguntando com sua falta de filtros, fitando firmemente o delegado. 
⸺ Já tive noites piores. ⸺ Retornou, tomando um pouco do copo de café em sua mesa na intenção de acordar, não poderia estar mesmo profissional possível, não só naquela conversa, como desde o momento que acordou pela manhã. ⸺ Sobre o que falavam? Não consegui pegar tudo da conversa. ⸺ Tentou forçar seu lado profissional e focado chegar, como sempre o acompanhava todos os dias.
⸺ O caso de John Coleson ⸺ Lauren fez o favor de explicar paciente. ⸺ Mitch Rowland não dá as caras, a câmera de segurança de nenhuma casa vizinha foi disponibilizada, e Harry Styles segue como a única peça concreta desse jogo. 
⸺ Porque não damos um tempo disso tudo? ⸺ Louis sugeriu em um tom suave de sua voz que sequer conhecia.
Lauren e Zayn o encararam perplexos.
⸺ Perdão, Louis, acho que não entendi. ⸺ Zayn disse.
⸺ Bom… ⸺ Tentou formular sua razão. ⸺ o caso não anda, não podemos seguir apenas na perspectiva que o senhor Styles é o culpado, além das malditas câmeras que não ficam disponíveis. 
⸺ O que você está dizendo, Louis? ⸺ Lauren estava extremamente confusa.
⸺ Que todos os envolvidos na resolução do caso estão dispensados por hoje, não estou fechando o caso, pelo contrário, estou deixando em aberto até que mais provas cheguem até nós.
⸺ Louis, na minha opinião, Harry Styles é um ótimo ponto de partida, podíamos vasculhar o passado dele… ⸺ Zayn tentou argumentar, era uma completa falta de noção querer parar um caso tão acompanhando interna e externamente, cada minuto perdido fazia falta.
⸺ Zayn, quem é o seu superior?
⸺ Você.
⸺ Então estão dispensados por hoje! 
Zayn e Lauren trocaram olhares e não demoraram a recolherem suas coisas e saírem da sala deixando Louis sozinho.
Louis deu um longo suspiro quando se viu sozinho na sala espaçosa e silenciosa, suas mãos tomaram seu rosto e se inclinou sobre a mesa encostando a cabeça na madeira fria, ao virar deitando o rosto de lado, seus olhos encontraram no topo de uma pilha de papéis a ficha de Harry. 
Não demorou a sentar devidamente na cadeira e tomá-la em suas mãos, folheou a ficha, olhou a foto colada na folha e parou ali por alguns segundos, mas sua visão fixou de verdade no número de telefone anotado em uma linha.
Ele não demorou a discar o número em sua linha pessoal, e Harry demorou menos tempo ainda para atender.
Normalmente quando se sabe que está prestes a perder um jogo, a própria mente da consciência e aceitação se não há uma forma de evitar isso. 
Não deveria ser considerado errado ter encontrado Harry uma vez em um momento de confusão, antiprofissional? Talvez, mas não devidamente errado.
Na segunda e na terceira vez, Louis deveria ter ficado em alerta.
E na quarta, quinta e sexta, sabido que havia entrado em problemas. 
Naquela primeira vez, Louis ligou para Harry como um marido frustrado ligava para a amante em busca de algumas horas de alívio, na história contada na metáfora a amante é uma peça fora do jogo principal, logo uma justa e autointitulada escapatória da realidade, Harry não se encaixava nesse papel na vida de Louis, ele estava, ele era, o jogo perigoso no qual o delegado queria fugir, mas se cegou para naquela manhã acreditar que não.   
Harry só… se mostrou alguém completamente diferente da imagem que Louis criou na noite que se conheceram no incêndio, Harry era sincero, verdadeiro, um bom ouvinte, além de ter se mostrado uma pessoa bem doce e que, abrindo parênteses, gostava de fazer doces, o delegado começou a visitá-lo todas as tardes, ele sempre o recepcionava com um sorriso com lábios em abundância de gloss e biscoitos.
Louis começou a duvidar que um dia acreditou que Harry teria tido a coragem de planejar a morte de uma pessoa, a sequência de dias na delegacia o ajudaram a desacreditar nessa hipótese quando algumas câmeras de casas vizinha foram finalmente disponibilizadas e elas não mostravam nada, nada fora uma noite monótona até o fogo começar a ser visível nas lentes. 
Não existia nenhuma prova que culpasse Harry ou qualquer outra pessoa, revendo aquelas filmagens em mais uma noite entediante em sua sala, quando passara uma tarde perfeita beijando Harry, Louis tinha mais que certeza que em breve o caso seria dado como encerrado, diminuído a um acidente doméstico na falta de qualquer outra teoria.
⸺ Boa noite, gostaria de falar com o delegado Tomlinson.
O delegado teve suas indagações interrompidas quando escutou uma voz um pouco baixa, mas firme, em frente a sua porta, não se tratava da voz de Harry, por mais que por um momento Louis tivesse torcido que fosse, muito menos de algum policial ainda presente na delegacia. 
Seus olhos miraram a porta e encostaram a figura de um homem vestido em trajes pretos, quase despojados se não se tratassem de roupas sociais, seus cabelos longos batiam muito abaixo de seus ombros e sua barba feita o dava um ar de seriedade.
⸺ Está falando com ele ⸺ Louis respondeu, não muito depois de analisar o homem dos pés a cabeça.
⸺ Isso é ainda melhor ⸺ o homem respondeu, não se deixando afetar pelo tom descontraído que o delegado usou. ⸺ eu sou…
⸺ Eu sei bem quem você é, Mitch Rowland, tentamos falar com você, ou melhor, com o senhor, há duas semanas, mas fomos completamente ignorados. ⸺ Louis o cortou sem qualquer aviso, deixando o então senhor Rowland momentaneamente sem reação.
⸺ Cada um vive o luto a sua forma. ⸺ Respondeu após um silêncio.
⸺ Quando a morte em questão é calma, ou até sofrida, mas inevitável. Em mortes como a do seu padrinho se deve procurar justiça quando se tem possibilidade dela ter sido premeditada. 
⸺ É por isso que estou aqui. ⸺ Disse em prontidão. ⸺ Eu sei quem o matou.
⸺ Oh! ⸺ Louis deu uma breve risada descrente. ⸺ Deixe-me ver se entendi, o senhor some por duas semanas nos obrigando a fazer das tripas coração para juntar informações e simplesmente aparece sem aviso com a resolução do que nos tem tirado o sonho. O senhor com toda certeza ganhará uma medalha de honra por esse feito, provavelmente…
⸺ Foi o Harry. ⸺ Mitch o cortou como anteriormente o delegado fez. O sorriso de Louis sumiu de sua face e Rowland bufou com aquela reação. ⸺ E provavelmente vocês já sabiam, não sei porque ele ainda não está preso, foi por isso que eu vim até aqui, não posso deixar que aquela vadia saia ileso do que fez, ele não passa de uma maldita puta que sugou o dinheiro de Coleson até não poder mais. 
⸺ Chega! ⸺ Louis levantou irado, tomando a frente de sua mesa para poder se aproximar de Rowland. ⸺ O senhor não está em um puteiro para falar dessa forma, está na porra de uma delegacia. 
Mitch riu. ⸺ A justiça desse país é uma piada, está defendendo ele, fingindo muito mal que não está. 
⸺ Como pode provar que está falando a verdade, senhor Rowland? É muito fácil chegar em uma delegacia fazendo acusações sobre alguém, mas difícil provar tudo o que diz.
⸺ Eu tenho as provas. ⸺ Retrucou com confiança e alcançou um dos bolsos de sua calça tirando de lá um celular, Louis franziu o cenho, logo em seguida imaginando que se existisse mesmo alguma prova provavelmente seria uma foto, que se fosse falsa, poderia com facilidade ser desmentida. Louis ficou quieto quando Mitch virou a tela do aparelho em sua direção aberta em uma conversa de chat entre ele e Harry.
⸺ Harry e eu costumávamos nos encontrar quando meu padrinho viajava a trabalho sem ele, nos tornamos amantes por um curto período porque tínhamos ideais e ambições parecidas, além da questão sexual, é claro. ⸺ Mitch começou a falar, enquanto Louis passava as mensagens para cima. ⸺ Poucos meses atrás a relação deles pareceu esfriar, como se em breve Coleson fosse trocar Harry, foi quando ele veio até mim e sugeriu que planejassemos um "acidente", eu era o único herdeiro em potencial já que ele não tinha ninguém além de nós dois. Eu… eu me arrependo de por um tempo ter aceitado enquanto ele ainda planejava como seria, assim que ele decidiu como executar eu percebi o quanto aquilo era absurdo, contei que não estava mais dentro e tentei esquecer essa ideia infeliz, porque imaginei que ele sozinho também não teria coragem de fazer, no entanto eu estava terrivelmente enganado. 
Louis escutava e lia aquelas informações, e há duas semanas atrás estaria juntando tudo aquilo e preparando um mandato de prisão, mas ali, naquele momento, ele só negava lentamente com a cabeça de um lado para o outro escutando como se ouvisse a distância, Mitch continuar a falar.
⸺ E eu tenho total consciência que também posso ser condenado de alguma forma por ter sabido de tudo isso e não ter impedido. Estou disposto a lidar com qualquer consequência. ⸺ Assegurou e só ao terminar de contar tudo o que estava entalado em sua garganta há duas semanas, percebeu que o delegado parecia não escutar nenhuma palavra sua. ⸺ Delegado Tomlinson?
⸺ Eu agradeço por tudo o que contou para mim hoje, senhor Rowland ⸺ Louis pigarreou, se obrigando a falar mesmo que sua mente não pensasse direito. ⸺ Gostaria que deixasse seu celular aqui na delegacia, ele é a única prova que temos, além de ser a única necessária. Está tarde, mas amanhã organizarei tudo e a justiça começará a ser feita, obrigado pela sua colaboração. 
Mitch sorriu agradecido, mesmo que seus olhos brilhassem somente em arrependimento e culpa. Tudo o que os olhos de Harry em nenhum momento esboçaram. Ele deixou o aparelho eletrônico nas mãos do delegado e agradeceu a ele pela compreensão antes de deixar a sala como entrou e em seguida a delegacia. 
Louis observou pela janela atrás da mesa, Mitch atravessando a rua, entrando em seu carro e dando partida. Assim que ele dobrou a esquina, Tomlinson vestiu seu casaco e deixou sua sala. 
Ele arrancou com o carro como se houvesse uma emergência que custava tempo, o horário era tarde, mas as ruas estavam movimentadas, automóveis iam e vinham e Louis atravessava a frente de todos eles para chegar em seu destino. 
Chegando em frente ao apartamento que Harry estava hospedado, Louis encostou sua testa e suas mãos contra a porta, suspirando de olhos fechados, até começar a bater na madeira com o punho direito. 
Ele ouviu os passos se aproximarem e se afastou assim que ouviu o giro da chave, a porta foi aberta revelando Harry em seus trajes de dormir, o mesmo conjunto pequeno que vestia na noite do incêndio coberto por um robe de mangas curtas. Seus cabelos estavam soltos e bagunçados, denunciando que ele estava deitado, mas não dormindo. 
Ele sorriu afundando duas malditas covinhas em suas bochechas, abrindo a boca para falar o nome de Louis, mas antes que ele terminasse de pronunciar as cinco letras, Louis o empurrou pelos ombros para dentro do apartamento, o colocou contra a parede e prensou seus lábios contra os dele.
Harry não entendeu imediatamente por tudo acontecer muito rápido, mas quando Louis o beijou ele retribuiu. Seus corpos estavam tão próximos que o ar era duas vezes mais difícil de existir por em primeiro lugar terem suas bocas juntas em movimentos sem modo, apenas engolindo um ao outro sem hesitação.
Louis firmou sua mão na cintura de Harry, que gemeu baixo pelo aperto muito forte na pele coberta, com a mão livre, Louis alcançou a porta, batendo-a sem cuidado algum para voltar a forçar suas duas palmas em Harry. Quando voltou a ter toda sua atenção para ele, tratou de levar uma das mãos às costas alheias, subindo-a até encontrar o início dos fios de cabelo ondulado e puxá-los com força para trás. 
Um sorriso tomou o rosto de Harry junto a mais um gemido e o segurou brutalmente pelo queixo, voltando a colar seus lábios. 
⸺ Porque não subimos de uma vez para o meu quarto? ⸺ Harry perguntou com malícia, segurando os fios na nuca de Louis, fazendo-o perceber e encarar as chamas verdes em seus olhos. 
Louis o beijou uma última vez, passeando as mãos por todas as curvas de Harry, chegando ao interior de suas coxas incentivando-o a pular em seu colo, ele não relutou em circular as pernas na cintura do policial, caminhando com ele em direção ao quarto.
As roupas de Harry fizeram caminho no corredor, Louis o jogou em cima da cama e puxou o short minúsculo que era a última peça que o separava da nudez, Harry levantou as pernas deixando que o delegado o despisse e as abriu quando ficou completamente livre de qualquer tecido. 
⸺ Isso não me parece justo ⸺ Harry comentou sobre estar nu enquanto Louis continuava totalmente vestido. 
Mais uma vez, ele não obteve qualquer resposta sobre um comentário seu. Observou o delegado se aproximar e tocar dois dedos sobre seus lábios fechados, entendendo o que ele queria, abriu a boca deixando Louis adentrar os dedos o mais fundo que conseguia alcançar mesmo que Harry tenha engasgado no primeiro contato. Deixou então que ele tomasse conta da situação, chupando seus dedos como provavelmente sugava um pau, o permitiu ficar no controle até que estivessem bem molhados. 
⸺ Porque você matou John Coleson? ⸺ Louis perguntou com calma assim que penetrou os dois dedos lubrificados dentro de Harry. 
⸺ Huh, porque ele era um idiota ⸺ Harry respondeu, apertando a gola da camisa de Louis quando ele começou a movimentar os dedos dentro de si.
⸺ Não foi isso que eu perguntei ⸺ disse deitando ao lado dele, com os dedos fundo em seu interior, aproximando a boca de seu pescoço para lambê-lo.
 ⸺ Ele disse que eu era um aproveitador e  que aquilo não daria mais certo, eu falei que ele nunca encontraria novamente um garoto como eu e ele disse que conseguia encontrar uma vadia que nem eu em qualquer esquina. ⸺ Harry rebolou lentamente sobre os dedos de Louis, mordendo os lábios até ferir quando encontrou sua próstata. ⸺ Bom, ele nunca mais encontrou mesmo. 
⸺ Como teve coragem de cometer um crime como esse? ⸺ Perguntou descansando a cabeça no ombro coberto de cachos desfeitos, movimentando seus dedos ainda rápido. 
⸺ Meu desejo está tão alto quantos as chamas àquele dia, me foda, eenhor policial ⸺ Harry virou o rosto na direção de Louis, selando seus lábios mesmo não conseguindo muito retorno. ⸺ e não é preciso ter coragem para fazer algo assim, apenas vontade.
Louis mordeu o lábio inferior de Harry parando só quando o escutou reclamar, olhou para sua arte e viu a pequena marca vermelha ameaçando sangrar, subiu em cima de seu corpo e viu que seu pau estava ainda mais duro que antes. 
Começou se despir peça por peça com o olhar quente de Harry em seu corpo, viu ele lamber o lugar onde mordeu e em seguida levar os dedos a região, circulou seus lábios rubros e deslizou pela pele do pescoço ao colo, chegando em seus mamilos eriçados e os circulando quando Louis desceu o zíper de sua calça, descendo-a por suas pernas. 
Louis queria odiar Harry por deixar seu pau tão duro.
E a única forma que viu de se vingar foi se enterrando dentro dele de uma vez escutando seu gemido doloroso e prazeroso dizendo o quão ele era idiota e gostoso na mesma medida. Louis sabia que o "idiota" condizia ao fato de saber que por um momento ele acreditou em sua inocência, por achar que nunca teria coragem de ter feito o que foi acusado, Louis viu no sorriso debochado ao chama-lo de idiota vinha de ter sido feito de trouxa por acreditar em sua falsa meiguice. Ele sentiu uma raiva além da compreensão por esse sentimento de ter sido estupidamente enganado e enforcou Harry com sua mão direita, apertando até ele ter lábios entreabertos, pré gozo em sua glande e um corpo fodido sem dó.
Louis deitou seu corpo completamente sobre o de Harry, investindo sem pausa e sem olhar em seu rosto, enterrou seu rosto em seu pescoço e ali permaneceu por um tempo indeterminado, sentiu quando mãos tomaram seus cabelos e levaram seu rosto de frente ao de Harry, que aproximou seus lábios e no instante que eles se abriram ele gemeu em sua boca, pediu que fosse mais rápido e Louis obedeceu.
Juntou os dois pares de mãos e beijou Harry com desejo, tomou seus lábios com atenção e carinhoso pela primeira vez na noite, beijaram-se e permaneceram com os lábios juntos até gozarem sequencialmente, Harry veio primeiro entre seus corpos, seguido de Louis dentro dele. 
Após alguns minutos, Louis saiu de Harry e deitou ao lado dele, o garoto se aconchegou em seu peito e o deferiu elogios. Daquela forma, Louis permaneceu a noite inteira.
Louis entrou pela manhã na porta da delegacia com seu uniforme passado e cabelo bem penteado e arrumado para trás. Cumprimentou seus colegas de trabalho, pegou seu café e seguiu rumo à sua sala, sendo seguido por Lauren. 
⸺ Não vai acreditar no que conseguimos ⸺ Lauren entrou sorridente na sala, colocando em cima da mesa um pen drive. ⸺ É a gravação da câmera da casa atrás da do Coleson no momento que o fogo começou se alastrar.
⸺ Como conseguiu? ⸺ Perguntou, tocando o objeto em sua frente.
⸺ O morador contou que não queria entregar por medo de tentarmos incriminar Harry que segundo ele não tinha nenhuma chance de ser um assassino por ser "bonito e fofo". Acabou mudando de ideia quando assistiu uma série de um psicopata que tinha uma boa aparência e descobriu que pessoas bonitas também podem ser psicopatas. 
⸺ Que história ⸺ Louis comentou com a risada de Lauren no fundo, tentou conectar o pen drive no computador, mas não queria fazer isso com a colega ali. ⸺ Posso assistir sozinho? Qualquer coisa incomum chamo você e o resto da equipe ⸺ Tentou, e Lauren sem nenhuma resistência concordou.
Assim que a porta fechou, Louis tratou de introduzir o pen drive e abrir o arquivo, ele deu play no vídeo longo e por um bom tempo nada aconteceu, avançou no tempo, em algumas horas, para o momento que a lente capturou o fogo começando a refletir, a câmera não era muito útil nesse quesito, quando estava muito próxima do primeiro andar e o fogo se estendeu pelo segundo. 
Foi útil quando a figura de Harry se fez presente na imagem, ele olhava para cima como se admirasse a visão, vestido em sua roupa de dormir, segurando em um das mãos seu celular, provavelmente o que ligou para a ambulância quando já não tinha mais jeito. A outra mão parecia manchada com algo que pela imagem ruim não sabia descrever, mas entendeu assim que ele passou essa mesma mão desajeitadamente sobre o próprio colo, provavelmente as cinzas em seu corpo naquela noite eram forjadas, ele bagunçou um pouco o cabelo e era ridículo a forma como tudo no dia foi convincente. 
O delegado então pausou o vídeo, ele não precisava mais ver aquilo. Ele saiu do arquivo e o apagou. 
Em seguida, abriu sua gaveta de segurança que ficava trancada com um cadeado e de lá retirou o celular de Mitch Rowland dentro de um saco plástico que também foi removido. Ele colocou o celular seguro em cima da mesa e o encarou por alguns segundos, tomou um gole de seu café e colocou o copo plástico meio cheio a alguns centímetros de distância do aparelho. Sem querer todo o café quente caiu sobre o celular que Louis tentou ligar após o líquido inteiro o molhar e infelizmente ele não ligou. 
Louis acabou jogando as duas provas inúteis na lixeira embaixo de sua mesa e levantou para buscar um pouco mais de café.
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La misteriosa piedra flotante de México
Situada en el Valle de los Fantasmas, esta piedra es uno de los enigmas más significativos de la región, ya que está posicionada de una manera que parece desafiar toda lógica.
Conoce más sobe esta enigmática estructura en:
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casos ilícitos
Matías Recalt x f! Reader
Cap 17
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Acho que tenho mentido para mim mesma, me perguntando como poderia ter sido, e lutando para manter isso dentro. Ou ver olho no olho com algo novo. Porque não posso continuar correndo atrás disso. E eu era só uma criança esperando por você, para amarrar meus sapatos.
Avisos: Smut, linguagem impropria.
Palavras: 6,7k (tentei resumir ao máximo, pois o próximo já sei que vai ser enormeee)
O barulho inconfundível da cabeceira da cama se chocando contra a parede de seu quarto, não deixava dúvidas aos seus vizinhos do outro lado do que estava acontecendo. O seu cabelo estava começando a grudar em seu pescoço por conta do suor acumulado ali, devido aos esforços de seus movimentos frenéticos.
Seu corpo nu se movia, e se deliciava contra o garoto abaixo de você, que também estava nu, e te olhando com a maior adoração do mundo. O eixo duro dele dentro de sua intimidade, as mãos firmes, e os sons imundos que vocês soltavam, só deixavam o momento ainda mais especial. A cada sentada sua, indo de encontro com ele, aumentava o prazer que a fricção proporcionava, indicando que o seu ápice já estava próximo:
-Isso, não para! - O loiro dizia, revirando os olhos - Porra, você é tão gostosa - Ele continuava, apertando mais as mãos que estão posicionadas em seus quadris te segurando, e levando a boca até um de seus seios, sugando a pele com urgência.
A sensação da boca dele em seu mamilo sensível te leva ao extremo, fazendo com que você feche os olhos e se perca no modo como isso só te deixa mais molhada, e entregue aos toques do rapaz.
Santí é bom. Tipo, muito, muito bom no que faz. Você ainda se lembra de quando há algumas semanas atrás, quando finalmente decidiu que estava prolongado demais isso, e que já estava pronta para ter um pouco mais de contato sexual, se surpreendeu com o desempenho excelente dele na cama.
Antes de Matías, as suas experiências sexuais (o que você deveria admitir, não foram muitas) sempre foram entediantes, e pouco satisfatórias para dizer o mínimo. Mas quando o conheceu, foi a primeira vez que você entendeu como o sexo poderia ser realmente bom, e porque as pessoas gostavam tanto disso. Ele cuidava de você, e sempre se preocupava com o seu prazer antes do próprio, o que de certa forma sempre te encantou. Mas isso tinha acabado, e parte sua, sempre se perguntava se depois dele, você poderia se sentir tão viva assim com outra pessoa, o que felizmente, aconteceu.
Santi era devoto, e totalmente esforçado em sempre atender às suas necessidades. Tudo bem que ele não era espontâneo, com uma fome animalesca nos olhos que pareciam que queriam te devorar e absorver mais de você a cada minuto, mas você poderia viver sem isso. Ele era muito acima do satisfatório, e sempre te deixava mais do que exausta após a sessão sexual.
Ao menos era isso, o que você dizia a si mesma, quando insistia para ele te comer de quatro, e sempre quando ele estava por trás, metendo golpes fundos em você, os seus olhos se fechavam, e sempre acabavam indo de volta para outra pessoa. E nesses breves minutos, com muito esforço e imaginação, em sua cabeça, você ao menos sempre estava com o rapaz de cabelos castanhos quando chegava ao ápice.
Toda. droga. de vez.
Você literalmente não conseguia pensar em uma vez que não tenha gozado, sem a imagem persistente de Matías passando por sua mente. O que te fazia se sentir um lixo depois, e te deixava extremamente frustrada por não estar seguindo em frente.
Então claro, que para provar a si mesma que poderia ser diferente, decidiu mudar um pouco as coisas hoje, e encarar o problema de cara, ficando frente a frente com Santi enquanto ele estocava o membro duro dentro de sua boceta necessitada. Mas mais uma vez, não adiantou de nada, pois assim que as coisas começaram a entrar nos eixos, você se pega fechando os olhos, e imaginando as orbes castanhas te encarando enquanto alcançava o seu orgasmo.
-Ma- Mat- “Matías”, você quase deixa escapar, mas morde o lábio com força para conter o gemido, enquanto sente as ondas de prazer passarem por seu corpo, enquanto ele amolece devido ao orgasmo intenso - Ma- Mais - Você diz, tentando disfarçar a sua gafe, enquanto Santí ainda busca a própria libertação.
Por sorte ele parece não ter percebido nada, perdido demais no modo como os seus seios saltam na frente dele, e se concentrando mais na segunda parte, já que imediatamente após as suas palavras, ele aumenta a força e velocidade das estocadas, não demorando muito para que finalmente goze dentro de você, e tire o membro agora flácido de sua intimidade, e depois indo descartar a camisinha no banheiro de seu quarto.
Quando ele retorna, se torna um amante maravilhoso em cuidados posteriores. Ele te abraça, e te envolve, até que ambas as respirações se acalmem, e ele pegue no sono ao seu lado. Ele é quieto, e você odeia como não consegue deixar de se lembrar que com Matías não era assim. Você costumava ficar acanhada depois da transa, o que só o impulsionava a querer te provocar ainda mais, com palavras sujas, que te faziam corar quase tanto quanto o sexo em si, e te fazer soltar gargalhadas com as atrocidades que saiam da boca dele.
Você sentia falta disso. Sentia falta dele, de formas que sabia que não eram saudáveis. Afinal, não era certo ficar pensando em outro cara, enquanto estava quase dormindo nos braços do namorado depois de uma foda fantástica.
Namorado. Você nunca pensou realmente que voltaria a chamar alguém assim tão rápido depois de Matías. Mas foi o que aconteceu. Só que sem campo de futebol, ou cartazes desta vez. Somente um jantar delicioso em um restaurante caro, com música ambiente ao fundo, e palavras doces. Nada muito exagerado e na medida certa, e obviamente você disse que sim, pois era a coisa correta a se fazer.
Era o que a sua cabeça sempre te dizia: “Ele é bom, e faz bem pra você, então não tenha dúvidas”. Ele era seu, e agora você era dele também. Você tinha que esquecer seu ex complicado, e focar em continuar sua vida. E com esse pensamento, você finalmente se entrega ao sono, e dorme tranquila nos braços de Santi te puxando para mais perto.
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A sua vida tinha voltado ao normal aos poucos, ao menos tão normal quanto você achou que poderia ficar. Você ainda se encontrava com suas amigas para falarem de coisas importantes como faculdade, provas, trabalho, e outras coisas muito menos importantes como roupas, fofocas, ou algum vídeo aleatório que te lembraram de alguém. Você também já havia se acostumado ao trabalho e se adaptado bem à nova rotina, se enturmando com as pessoas de seu círculo profissional, e entregue às demandas no prazo conforme solicitado. E para melhorar, toda noite voltava acompanhada para casa com o cara perfeito, do sorriso perfeito, com o coração perfeito, de mãos dadas que te deixava contente, tanto dentro, quanto fora da cama.
Já fazia semanas que você não tinha notícias de Matías, e talvez fosse ser assim pelo resto de sua vida. Ambos em lados separados, e com pessoas diferentes, tendo a própria versão de vida que achavam que mereciam.
Mas mesmo que por alguns pequenos momentos do seu dia você tenha pensando nele, também tem que admitir que ficou mais fácil com o passar do tempo. Conforme os dias transcorriam, o ar não ficava mais tão espesso em seus pulmões só de se lembrar dele, e seus olhos não lacrimejavam quando pensava nos momentos bons que compartilharam. E quando se pegava remoendo o fato ardiloso da traição, só sentia um vazio no lugar. Não era mais raiva, ou ódio, era um tipo melancólico de indiferença, se é que isso ao menos existia.
Às vezes, você só fingia que ele não havia existido, e que não tinham se conhecido em primeiro lugar, desse modo, você não teria que se esforçar em superá-lo, simplesmente o empurrando para o fundo de sua mente em um lugar escuro, até que em algum dia, quando você menos notasse, ele já teria saído de lá.
Talvez algum dia o reencontrasse, quando ambos já estivessem casados com outras pessoas, e tendo os próprios filhos, e dessem boas risadas de tudo isso no futuro.
O futuro é engraçado. Na verdade, a vida é engraçada, de uma maneira totalmente aleatória e sem explicação alguma. Um dia, você estava chorando por ter perdido o amor de sua vida, e no outro, você estava se apaixonando por outra pessoa. No começo o sentimento te trouxe uma sensação de ansiedade imensa, mas era a verdade. E bastou uma tarde ensolarada, um vinho, e alguns morangos com chocolate para você entender que o seu coração, além de estar se curando, estava finalmente se abrindo para um novo alguém.
Desde o começo a atração por Santi era palpável, mas agora era outro nível. Você confiava nele, acreditava nele, e se encantava mais por ele a cada dia. Não era algo momentâneo, ou passageiro, pelo o contrário, se continuasse assim, você realmente se via casando com ele em um futuro próximo.
Ele não te escondia dos amigos ou te chamava de amiga na frente de alguém, na verdade era o oposto. Ele parecia orgulhoso toda vez que dizia que eram um casal em algum restaurante, ou em um local público. Ele queria e gostava de estar ao seu lado. Ele te fazia sentir única, e digna de uma atenção que você não achava que era merecedora. Mas toda vez ele provava que você estava errada, te apoiando e te ajudando a entender que você merecia somente as melhores coisas do mundo.
Era tão estranho se sentir desse jeito. Mas você estava começando a se acostumar, aprendendo a amar de novo, e se deixando ser amada na mesma proporção de volta. E de pouco em pouco, Santi estava começando a se tornar sua casa e lar. Se transformando no refúgio do qual você precisava e não sabia.
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O seu dia não poderia ter sido melhor. O final de semana finalmente tinha chegado, te livrando do trabalho, e dos diversos projetos em andamento com sua turma na faculdade. Você como uma boa introvertida e acomodada, não havia marcado compromisso nenhum hoje, querendo apenas aproveitar o dia em casa com seu namorado, e um filme clichê bobo enquanto ficavam esparramados no sofá, e pediam comida em algum restaurante de comida chinesa que ambos gostavam.
E em meio a essa bolha de conforto, cumplicidade, e comentários astutos nas cenas mais improváveis no filme, em um piscar de olhos o seu dia havia se passado, dando boas vindas ao céu laranja, que trazia o entardecer, e clima ameno ainda se fazendo presente.
Os seus olhos estavam ficando pesados e sonolentos, conforme os personagens do terceiro filme escolhido ainda estavam divagando em busca de algo que você não prestou atenção, e sua cabeça se escorando no peitoral nu e magro de Santi no sofá. O abraçando com ainda mais força, e o trazendo para mais perto, se é que isso era possível, você pensa em se entregar ao sono de uma vez e encerrar o dia mais cedo.
Mas claramente, alguém não estava colaborando com o seu plano, quando o som insistente de algum indivíduo batendo na sua porta soa pelo seu apartamento, te despertando da tranquilidade de seu lar.
Você solta um grunhido mal humorado com a interrupção:
-Aff, o interfone nem tocou - Você diz revirando os olhos, e enterrando o rosto mais ainda contra o peito dele - Não acredito que o porteiro tá deixando qualquer um subir sem me avisar - Continua resmungando, com a voz agora abafada pela pele do rapaz contra seus lábios.
Santi só solta uma risada gostosa, achando graça de sua preguiça e teimosia, e decide te poupar de tal tarefa:
-Deixa que eu atendo - Ele diz enquanto se levanta, e te deixa com a sensação de vazio agora que perdeu o calor dos braços dele em seu entorno, e o perfume másculo que te deixava louca de desejo.
Você não presta atenção em quem está do outro lado da porta batendo insistentemente, e continua assistindo o filme esquecido. Afinal, talvez fosse apenas um entregador que errou o número, ou algum inquilino querendo alguma coisa ou algo emprestado. Ao menos isso era o que você pensava, até que sente os pelos de sua nuca se arrepiando quando o som familiar da voz viaja até seus ouvidos:
–Que merda é essa? - Diz sua irmã surpresa, e você nem precisa ver o rosto dela para saber que a mesma provavelmente está com o cenho franzido, e sobrancelha arqueada em óbvia confusão.
Você se levanta do sofá em um pulo, desligando a TV e se dirigindo até a porta o mais rápido possível para tentar remediar a situação. De todas as formas para os dois se conhecerem, essa com certeza não era a melhor. Não quando Santi estava sem blusa, e o seu sutiã favorito perdido e jogado em algum canto da sala por conta das atividades da noite passada antes de irem pro quarto.
-Oi, posso ajudar? - Diz Santi com cortesia, e igualmente confuso com o tom hostil da mulher na porta.
-Oi, garoto sem camisa na casa da minha irmã - Fala sua irmã mais velha ironicamente, e pelo silêncio, você tem certeza que ela deve estar o medindo de cima a baixo, com a crítica aparente em seu olhar - Quem é você? - A voz o questiona, com as pulseiras no pulso tilintando quando ela cruza os braços o cobrando explicações.
-Sou o Santi, prazer - Ele diz - Sou o namorado dela. - Anuncia em um tom calmo.
Nessa hora, você finalmente os alcança e se põe contra eles, para poder presenciar o silêncio constrangedor que ficou por conta das palavras do garoto. E por algum motivo você está na defensiva agora. O que eles estavam fazendo aqui? Eles ficariam bravos por você não ter contado nada? Ou não dariam a mínima? O que você acha difícil, vendo o modo como Wagner, o qual você só notou a presença agora, encarava o peito nu de Santi em reprovação.
Sua irmã fica confusa com a afirmação do loiro, quase tanto quanto Wagner que está ao lado dela e se apresenta ao garoto em um aperto firme, com o cenho também franzido.
Afinal, o que eles estavam fazendo aqui bem agora? Não haviam te informado nada. Eles estavam de passagem, ou ficariam por alguns dias? Um milhão de perguntas rondavam por sua mente agora, mas infelizmente nenhuma delas com uma resposta.
A sala ainda continuava em um silêncio absoluto. Todos foram apresentados, mas ainda assim, ninguém sabia o que dizer a seguir. Santi não é bobo, já sacou que tem algo errado aqui, e ele não parece chateado por seus familiares não saberem dele, ou de sua recente relação, sendo compreensível e entendendo o seu lado sempre. Mas ainda assim, você não consegue deixar de se sentir culpada por ter negligenciado ele, e envergonhada por nem ao menos ter dito que terminou seu relacionamento antigo.
Sua irmã te encara com afinco, um olhar penetrante do qual você não consegue retribuir no momento, então só engole em seco e desvia do mesmo. Mas não vai ser tão fácil assim escapar dela, e a mesma mostra isso quando começa a falar primeiro:
-Quer saber? Já está ficando tarde, e eu estava pensando que nós duas poderíamos fazer o jantar hoje. - Ela diz, se aproximando de você, mas desvia no último segundo, indo até seu namorado, e apoiando as mãos nos ombros dele - Você gosta de massa Santi? - Pergunta ao mesmo, dessa vez sendo mais simpática e se lembrando do nome dele.
-Sim. - Ele responde, ainda desconfiado.
-Ótimo! - Ela comemora - Porque os dois rapazes não vão comprar o que precisamos enquanto eu e minha maninha arrumamos tudo? - Ela pergunta e ordena ao mesmo tempo. - Aproveitem para se conhecerem um pouco. - Ela finaliza.
Era óbvio que mesmo ela tentando mascarar a situação, a verdade era uma só: Ela queria tempo para falar com você em particular, e tirar essa história a limpo. Mas você não sabia se estava pronta para ter essa conversa, e Santi vendo isso, abre a boca para protestar. Mas infelizmente, sem sucesso, pois ela o interrompe no mesmo instante:
-Eu insisto querido, preciso me desculpar por ter sido grossa com você agora pouco, e prometo que minha comida vai dar conta do recado - Ela fala apertando levemente os ombros dele - Me desculpe, tá bom? Mas vamos usar isso pra gente poder se conhecer melhor durante o jantar, que tal? - Ela diz com a voz tão doce que até você acreditaria nela se não a conhecesse melhor.
E Santi sem alternativa, e não querendo pesar mais o clima, só concorda. E antes que você se dê conta, os dois homens já estão saindo do apartamento (depois do garoto vestir uma camisa, e sua irmã dar uma lista ao marido) e te deixam sozinha para lidar com o dragão a sua frente.
Tudo está te atingindo de uma só vez. Wagner seria legal com ele? Você esperava que sim. Não foi a melhor maneira deles se conhecerem, mas esperava que ao menos ele desse uma chance ao garoto de mostrar o seu valor, e como ele gostava verdadeiramente de você.
Mas você não tem tempo para se preocupar com Santi, pois tem outras coisas com as quais deve se preocupar agora, como por exemplo a figura feminina a sua frente:
-O que vocês estão fazendo aqui? - Pergunta a ela grosseiramente, antes que a mesma tenha a chance de dizer alguma coisa, enquanto você se dirige para a cozinha para como ela mesmo disse “ vocês arrumarem tudo”.
Ela só revira os olhos e começa a te seguir pelo corredor estreito:
-Você estava estranha, não dava notícias há meses, e eu suspeitei que tivesse algo de errado - Ela fala com o tom preocupado, enquanto te vê a dando as costas, e indo até os armários- Aproveitei que ia ter umas semanas de folgas e vim ver como você estava. Fui ver a mamãe também, ela sente sua falta - Ela solta um suspiro - E o papai não para de falar no Matías, acho que gostaram mesmo dele. - A mesma joga um verde para ver sua reação.
Você se vira para ela, agora com as portas dos armários abertos, e a encara com a expressão limpa para o descontentamento da mulher:
-Eu estou normal, e também estou com saudades deles - Responde, ignorando propositalmente a última parte do que ela disse, e voltando a procurar o objeto no armário.
Aparentemente, a sua recusa de falar no assunto, é o ponto de ebulição para a paciência dela que se desintegra por total, a fazendo questionar em um tom mais severo:
-Já chega! O que está acontecendo? Quem é ele, e onde está o Matías? -Ela exclama fazendo gestos espalhafatosos com as mãos em indignação - Ele sabe que tinha um cara quase sem roupa aqui na sua casa? - Termina de falar, apontando um dedo em seu rosto.
Isso só te deixa mais indignada e raivosa. Primeiro ela vem até sua casa sem ser convidada ou avisar, e depois ainda quer cobrar respostas sobre sua vida particular, te pintando como vilã sendo que não sabia nem metade do que aconteceu:
-Pra começo de conversa, o garoto tem nome, e o Santi não estava quase sem roupa, ele só estava sem camisa. - Retruca, dando as costas a ela novamente, e procurando uma das panelas que você sabia que estava em algum lugar - Tá calor, e a gente namora, então não é como se eu não tivesse visto ele sem roupa antes. - Fala revirando os olhos, ainda na procura do objeto.
- O Matí…- Ela recomeça um segundo depois.
-Foda-se o Matías! - Você diz ríspida, finalmente explodindo, e a interrompendo no meio da frase -A gente terminou já faz um tempão ok? Não é da conta dele se tem um cara aqui na minha casa ou na minha cama, então não fica colocando ele na conversa.- Fala frustrada, e liberando a sua raiva com a insistência da mesma.
-O que? Como assim? Me conta direito o que aconteceu.- Ela pede, enquanto vai a pia lavar as mãos, e separar um pano de prato.
Neste instante, você a olha por cima do ombro, e as duas se encaram por um segundo. A dúvida se você vai atender ao pedido dela e contar tudo te assombra. Ninguém sabia o que havia acontecido, somente os amigos dele que presenciaram tudo, e Santi que é seu atual namorado. Como você iria olhar sua irmã nos olhos e dizer: “Então, o cara que eu era louca me chifrou, enquanto eu estava fantasiando em me casar com ele, e construir um futuro, ele tava se enterrando na vagina da ex, engraçado né?” Isso era muito humilhante.
Mas até quando você carregaria isso? Até quando iria mentir falando que terminaram por divergência de opiniões ou porque queriam coisas diferentes? Ela não iria cair nessa. Ela sabia que você gostava dele, então não seria qualquer coisa que fariam vocês terminarem. Com um suspiro resignado, você sabe que é melhor acabar logo com isso de uma vez.
Ainda de costas, com as mãos nos armários, tenta esconder o modo como elas estão trêmulas, e seu corpo se encolhe se preparando para o que vem a seguir:
-Ele me traiu - Você admite em um sussurro, e mordendo o lábio para conter um soluço, enquanto sente os olhos pinicarem. Até agora, você pensava que a única coisa que estava te impedindo de falar sobre o assunto traição, era o constrangimento, mas bastou uma conversa com sua irmã para te provar que não era bem assim. Ainda tinha um resquício de dor, e angústia ali, junto com mais alguma coisa da qual você não queria pensar agora. Então esmagando os seus sentimentos, e expirando profundamente, você se recompõe, pois se recusava a chorar novamente por ele - Já tem uns dois meses - Começa a explicar - Eu descobri que ele teve uma recaída e ficou com a ex dele. - Diz, engolindo em seco e tentando prosseguir - Ela foi brava na casa dele pra devolver um casaco que ele tinha esquecido, e depois disso, eu terminei tudo. - Uma lágrima sorrateira desce por sua bochecha, e você a limpa rapidamente com a costa da mão antes que alguém possa notar.
Finalmente encontrando a droga da panela, você se vira para ela, ainda receosa, para ver o que ela tem a dizer agora que sabe de tudo. Ela sentiria pena de você? Dó? Ou estaria com a expressão de “eu te avisei!?”:
-Eu sinto muito - Ela fala depois de alguns segundos, te surpreendendo e se aproximando de seu corpo, abrindo os braços para te abraçar em um aperto quente e reconfortante.
Por alguns segundos você quer se entregar a isso. Deixar a cachoeira de lágrimas se esparramarem até inundar todo o seu rosto, e sua voz ficar rouca de tanto chorar e gritar. Mas sabe que não pode fazer isso. Vocês tem um jantar para preparar, e um namorado para apresentar. Se lamentar e sofrer por Matias, não iria ajudar em nada agora. Nunca ajudou para ser sincera.
E assim que se separam, agora recompostas, depois dela afagar suas costas e passar as mãos por seus cabelos, ela continua te confortando:
- Ele parecia gostar tanto de você, é difícil acreditar que ele faria isso depois de tudo. - A mesma diz com uma expressão fechada se lamentando, e pensando se havia se enganado tanto assim em medir o caráter do rapaz.
- Bom, tecnicamente foi antes - Você fala, levando o panela até então esquecida no balcão para lavar, enquanto ela começa a procurar os talheres na gaveta ao lado - Ao menos, é o que ele diz. - Conclui, zombando ao lembrar das palavras do garoto.
-Como assim?- Ela questiona, selecionado os melhores garfos e facas dos quais você dispunha.
-Ele me disse que eles ficaram depois que ele me viu com o Wagner um dia no posto de gasolina. Foi um pouco depois de vocês chegarem. - Explica, tirando a panela do jato d'água, e indo ajudar ela a pôr a mesa.
-Peraí - Ela fala te interrompendo de suas tarefas, e te apontando um dedo enquanto arqueia a sobrancelha - Se foi um pouco depois da gente vim te ver, então ele ficou com ela antes de vocês começarem a namorar? - Questiona confusa, frisando a palavra antes.
-É o que ele diz. - Você responde, fazendo desdém do mesmo.
Você dá a volta por ela indo até o outro armário, e começa a pegar os pratos, fazendo uma nota mental para si mesma de conferir depois se tinham guardanapos limpos para todos. Afinal, sua irmã sendo perfeccionista do jeito que é, não deixaria passar nada.
-Se isso for verdade, e ele ficou com ela nesse período, então tecnicamente ele poderia - Ela diz - Você tinha terminado com ele, e só voltaram a sair, e futuramente a namorar só depois. - Recapitula como se fosse o óbvio.
As palavras dela te pegam de surpresa. Como em um instante ela estava do seu lado te consolando, e no segundo estava defendendo o cara que partiu seu coração? A ironia da situação seria engraçada se não fosse tão crua e cruel. Era óbvio que isso já tinha passado pela sua cabeça um milhão de vezes antes, a típica frase “perdoa ele, isso foi antes de vocês começarem a namorar”. Mas tinham duas coisas que te impediam de fazer isso. A primeira era: Independente de estarem namorando ou não, você achava que merecia ao menos um pouco mais de consideração dele pelos meses que compartilharam juntos ( ainda mais levando em conta tudo o que você teve que aguentar sendo o segredinho sujo dele). E segundo: Quem poderia afirmar que foi realmente só um beijo, e que tinha acontecido só uma vez, como ele havia dito? Matías era um mentiroso, e você nunca mais acreditaria em uma palavra que saísse da boca dele.
Uma risada amarga escapa pelos seus lábios:
-Isso não importa! Ele sabia que eu tinha inseguranças a respeito dela, e não pensou duas vezes em ir se enfiar no meio das pernas daquela garota - Exclama aborrecida - Ele só usou eu e o Wagner como desculpa.
-Ainda não entendi, o que o Wagner tem haver com isso? - Ela pergunta, não entendendo a conexão do homem na história.
-O Matías é um idiota que pensou que nós estavamos juntos. - Fala, revirando os olhos - Ele foi todo bravinho me perguntar, e me chamou em um canto lá do posto pra saber quem era o cara do meu lado. - Você conta, ainda desacreditada com a ousadia e estupidez do rapaz. Só a ideia de você e Wagner como um casal, te dá náuseas, e é terrivelmente desconcertante aos seus olhos. Impossível de acontecer.
E sua irmã parece concordar com isso, já que quebrando todo o clima tenso, ela solta uma gargalhada generosa com o que você contou:
-Meu Deus! hahahaha - Ela fica histérica, se sentando em uma das cadeiras da mesa, e jogando a cabeça para trás enquanto os risos altos preenchem o ambiente. Você só fecha a cara e revira mais os olhos, deixando uns bons minutos se passarem para ela tentar absorver o que você disse.
Um tempo depois, ela parece voltar à realidade, e tenta se controlar, levando as mãos à barriga para controlar a dor que as risadas violentas causaram- Tenho que te falar, preciso agradecer ele, faz tempo que alguém não me faz rir assim - Ela comenta, se abanando, para o rosto agitado dela volta a cor normal - Mas voltando ao assunto - Ela limpa a garganta se endireitando no acento - Aí você respondeu que ele era o seu cunhado né? o que ele falou? - Questiona mais seriamente.
Na mesma hora, a culpa te assola, junto com as memórias que vem a sua cabeça:
“- Você tá trepando com ele? – Matías te pergunta, com o rosto ainda enterrado em seu pescoço.
- Ele te fode como eu? – Questiona de novo, e vai descendo o rosto, enquanto roça o nariz no vão entre seus seios, no decote de sua blusa. Você não diz nada, e ele dirigindo o olhar a você, diz - Não, ninguém pode te foder como eu, você sabe disso. – Afirma convencidamente, se pressionando ainda mais contra você.
- E se eu estiver? – Você desafia - Talvez seja isso que eu precise – Faz uma pausa dramática – Um homem, pra me mostrar o que eu estava perdendo, esse tempo todo.”
Você não se lembra de muita coisa depois disso. Só se recorda que ele te dedou naquele banheiro te fazendo ter um dos melhores orgasmos de sua vida, e ficar com as pernas parecendo gelatina após o ato, doendo na necessidade de ter ele dentro de seu íntimo.
A memória te faz corar, e limpando a garganta, você continua:
-Eu… eu não devia satisfações pra ele - Rebate desviando da pergunta, e indo procurar os tais guardanapos para se ocupar com alguma coisa.
-Então ele também não devia pra você. - Sua irmã retruca duramente.
-Eu não afirmei e nem neguei nada, ele tirou as próprias conclusões que quis naquele dia. -Sua voz se defende - E de qualquer forma, eu não tava ficando com ninguém depois que terminei com ele - Argumenta, tentando manter a situação sob controle.
-Mas ele não sabia disso - A mesma fala na ponta da língua - Ele suspeitou, e foi te perguntar, e pela sua reação, você não deve ter sido muito boa em contar a verdade pra ele e esclarecer as coisas. - Ela afirma, conseguindo te ler tão claro quanto uma revista.
- Isso não muda nada. - Bate o pé, deixando os guardanapos na mesa e cruzando os braços.
-Isso muda tudo! - Ela insiste - Deixa eu ver se entendi - Ela diz, se levantando para fazer um drama, e como você apelidou carinhosamente de “falar com as mãos” - Vocês terminaram, ele te viu com um cara alto, bonito, mais velho, se sentiu incomodado com isso, e foi te perguntar quem era o tal fulano - Ela recupera o fôlego - Aí você deu a entender que era um interesse amoroso, e quando ele voltou com a ex você ficou brava? - Ela se senta novamente - Não to dizendo que ele não foi babaca, mas se os dois já tinham terminado, e ele pensou que você já estava com outra pessoa, era claro que ele iria ficar com raiva e pegar alguém também. - Ela termina de falar, cruzando as pernas, tendo finalizado o seu caso de defesa em prol do Recalt.
As palavras dela impregnam o seu cérebro assim que ela a solta, e te fazem estremecer por dentro.
Você nunca tinha parado pra pensar por esse lado. Será que você também não tinha uma parcela de culpa nisso? Se as coisas fossem diferentes, e você tivesse mesmo com outro cara naquele dia, do jeito que Matías pensou que você estava, isso mudaria o cenário? O seu estômago se afunda com a resposta óbvia para isso.
Mas ele tinha que saber que era mentira. Como ele poderia achar que uma garota que passou meses se dedicando a um cara iria esquecer dele tão rapidamente assim? Como ele poderia pensar por um minuto que você não o queria, e que o havia esquecido? Então sim, talvez você tenha sido um pouco culpada por ter deixado ele acreditar nisso. Mas o buraco era muito mais embaixo. Ele deveria ter lutado mais por você, e ter tentado te reconquistar sendo honesto, e mostrar que se importava com sua ausência porque aprecia sua pessoa, e não por ciúmes de ter perdido o brinquedo favorito para outro homem.
E essa é a arma que você tem para usar agora:
-Ele deveria ter tentado mais, e ter me chamado pra conversar sério antes de fazer o que fez, não ter uma crise de ciúmes idiota em um estabelecimento - Fala com rancor - Eu aguentei muita merda vinda dele, eo mínimo que ele poderia ter feito, era ter sido honesto comigo, e ter me dado um tempo pra pensar e depois me procurar - Sua garganta começa a arder, e você engole o choro - Mas claro que ele não iria fazer isso, era muito mais fácil ir trepar com outra e ir aproveitar a liberdade dele - Afirma, sentindo o gosto amargo na boca - E de qualquer forma, isso não importa mais - Você fala - Ele pode dormir com quem quiser, eu já tô com outra pessoa agora. Alguém muito melhor. - Afirma convicta.
-Você realmente gosta desse garoto? Ama ele? - Ela pergunta preocupada com a sua teimosia e instabilidade.
-Ele é legal, bonito e muito inteligente. - Você começa a listar as qualidades dele enquanto colhe utensílios espalhados pela cozinha, os deixando na linha de visão do balcão, para facilitar o processo de cozinhar depois.
-Não foi isso que eu perguntei. -Ela rebate, não deixando passar em branco a sua falta de resposta para algo que deveria ser simples.
-Eu…eu estou me apaixonando por ele, de verdade. - Você a conta, sendo sincera e abrindo o seu coração, se permitindo ser transparente e vulnerável - Pode não ser amor à primeira vista como foi com o Matias, mas tá tudo encaminhando para que isso aconteça. Ele é carinhoso, respeitoso, verdadeiro, e muito bom pra mim - Diz com orgulho em sua voz - Eu sinto que ele é a primeira decisão correta que eu tomo em muito tempo. Você me entende? - Diz temerosa, pois o apoio dela agora é mais importante para você do que você gostaria de admitir.
- Me escute, eu só quero que você seja feliz - Ela explica te acalmando - E se você acha que vai encontrar isso com esse rapaz, então tudo bem. - Ela afirma, e você não consegue deixar de notar certo tom de derrota na voz dela.
Um silêncio tenso se instala no cômodo, o que é estranho levando em consideração que nos últimos minutos vocês não calaram a boca discutindo uma com a outra. Mas quando você abre a boca para dizer alguma coisa que nem você ao menos sabe o que é, ela te interrompe - Só por favor, se cuide OK? E trata de conversar mais comigo de agora em diante. Sei lá, me liga, e a gente pode fazer a noite das garotas com filmes clichês, e biscoitos de chocolate com sorvete, como antigamente. - Ela te pede, voltando a ser a irmã mais velha da qual você sentiu tanta falta, e só apreciou agora.
-Tudo bem. - Você concorda.
E antes que perceba, vocês estão se abraçando de novo, e rindo do quão idiotas tem se comportado até este instante, mas finalmente podendo matar a saudade que estavam sentindo uma da outra.
- Agora me deu vontade de comer biscoitos! - Você reclama se separando do aperto dela.
-Não diga mais nada. - Ela responde te dando uma piscadinha.
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Assim que os dois rapazes retornam (aparentemente com as expressões calmas, o que não indicava uma possível discussão ou intimidação para o seu alívio), sua irmã pega os mantimentos comprados, e os despacha para a sala com urgência, para deixar a cozinha livre e esperarem até estar tudo pronto. E enquanto ambas começam a descascar, cozinhar, e refogar os ingredientes na manteiga, em um clima descontraído, ela não toca no assunto Matías pelo resto da noite, te deixando grata pelo gesto.
Quando tudo fica pronto, e os dois membros masculinos se dirigem até a mesa de jantar, a conversa felizmente se segue de maneira cordial, e espontaneamente divertida para todos. Entre o interrogatório e perguntas constrangedoras, Santi sempre é simpático, e carismático o bastante para conseguir lidar com tudo com leveza e simplicidade.
-E a pergunta mais importante de todas, pra qual time você torce ?- Pergunta Wagner sério, e cruzando os braços.
E depois que Santi o responde, você acha que ele deve ter respondido certo, já que a seguir os dois soltam uma risada calorosa e um aperto de mão forte, como se já fossem amigos e colegas há anos.
Em algum momento, enquanto preparava a massa da comida, sua irmã realmente te fez os prometidos biscoitos de chocolate, com a massa maravilhosa dela que ela conhecia tão bem, os quais rendeu uma sobremesa maravilhosa e muito bem vinda depois da refeição. Santi a elogia o tempo todo pela comida preparada meticulosamente, arrancando risadas e bochechas coradas de sua versão mais velha, a qual já estava se derretendo pelo garoto a cada minuto. E talvez não demorasse tanto para que o carinho que ela sentia por Matías, se transferisse para Santi como você imaginava.
Até o final da noite, sua família parece decidir que Santi é um bom garoto (já que aparentemente você não é uma adulta funcional o bastante para julgar o bom caráter de alguém) e falam abertamente que o aprovam, e jogam a ideia de se encontrarem mais vezes para aproveitar o tempo que eles estariam na cidade e fazerem algo em grupo, o que você sabia que era só mais uma desculpa pra eles averiguarem se você estava realmente bem (ainda mais Wagner com quem você não teve a chance de conversar verdadeiramente muito hoje) e ficarem de olho em você.
E quando eles vão embora, o alívio finalmente toma conta de você. Te deixando respirar com mais facilidade e relaxar os músculos. Mais tarde, quando vai se deitar ao lado de seu namorado na cama para dormirem, não consegue deixar de se lembrar que dá ultima vez que se sentiu assim, foi quando eles tinham conhecido um garoto de cabelos castanhos, e o aprovado, te deixando extremamente orgulhosa e feliz. E um sentimento semelhante a este estava tomando conta de você agora, reconhecendo o modo como o loiro foi compreensível, e suportou todo o peso desta noite que não havia sido planejada, simplesmente porque gostava de você.
-Bom, sobrevivi - Santi brinca, se mexendo ao seu lado nos cobertores, e te olhando com os olhos já cansados pelo sono.
-Me desculpa por isso, eu devia ter contado pra eles. - Você pede, levando a mão direita até a nuca dele, e o acariciando na área, o que só faz com que ele ronrone manhoso, e se incline ao seu toque - Mas é que foi tudo tão rápido e…- Você solta um suspiro pesado - Quer saber? Não tem justificativa, eu estou errada e pronto.
-Ei, calma, eu não to bravo - Ele diz, tirando a sua mão da nuca dele, e dando um beijo suave nela, antes de entrelaçar os seus dedos. - Eu sei que é complicado, mas pelo menos o pior já passou. - Ele te conforta, te trazendo para mais perto, e te abraçando com a maior proteção e segurança que pode te transmitir.
Ele te embala, trazendo o seu rosto até o peito dele (o qual já estava virando seu travesseiro favorito) e te molda ao corpo maior do mesmo, até que em poucos minutos você consiga escutar a respiração compassada dele, e ver a expressão tranquila que o rapaz fica quando adormece.
O quarto está silencioso, esquecido em uma calma profunda e pacífica, a mesma qual você gostaria que sua mente se encontrasse neste momento. Nem mesmo a neblina do sono consegue apagar a conversa que teve com sua irmã mais cedo, remoendo tudo em sua mente. Será que você tinha cometido um erro? Foi injusta?
Matías tinha ficado com alguém, mas se o que ele disse for verdade, foi só depois que pensou que você tinha ficado com outra pessoa. Mas afinal, isso mudava alguma coisa? Isso não era necessariamente uma justificativa, mas ainda assim afetava um pouco a perspectiva e a visão das coisas.
Talvez ele nem quisesse ficar com ela e só queria te esquecer, ou só estava querendo provar um ponto idiota a si mesmo, ou o mais provavel, ele queria uma boceta e foi atrás da primeira que pudesse encontrar. Soltando um bufo irritada com tantas teorias vazias, você se amaldiçoa por se permitir sequer tentar justificar as escolhas dele. Ele fez o que fez porque queria e ponto. Já era tarde, e a única coisa que você sabia depois dessa noite, era que você estava em um relacionamento maravilhoso e sua irmã e cunhado aparentemente adoraram o rapaz. Com isso, não restavam espaços para incertezas, ou ressalvas no seu relacionamento. Sua irmã já sabia, então logo seus pais também saberiam que você estava com outro cara, e desse modo, você tinha que se entregar cem por cento a esse relacionamento, e estar presente de corpo e alma. Uma parte sua se anima com a expectativa de que finalmente poderia fazer coisas bobas como postar fotos juntos, ou mudar o seu status no perfil das redes sociais. As coisas estavam ficando cada dia mais sérias, e não demoraria até você apresentar Santi para seus pais no próximo compromisso de família.
Ele era o seu futuro, e depois dessa noite, você só tinha ainda mais certeza disso. Então deixando escapar um último suspiro que leva os tormentos desse dia embora, você se entrega finalmente ao sono, e se aconchega mais no calor de seu amado.
—————
Obs: a lembrança da leitora faz referência ao capítulo 4 caso queiram reler 😉. Espero que tenham gostado e até o próximo que vai ser pelo ponto de vista do Matías 🙈😚
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chancecomdeus · 5 months
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Não sou boa em escolher nada, nunca fui, Deus! Por isso coloco em Suas mãos, mas não como um modo de fugir da decisão, como alguém posicionada que diz “eis-me aqui” e vê todo o o mar se abrir, pois sabe bem quem o Senhor é!
carol giovannini, chance com Deus.
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equipo · 10 months
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Cambia, todo cambia
🌟 Novedades
Hemos añadido una nueva opción que te permite elegir quién puede mencionar tu blog en las publicaciones y respuestas: todo el mundo, solo los blogs que sigues, solo los blogs con los que te sigues mutuamente o nadie.
Desde el viernes pasado, ya no es posible activar Post+ en los blogs. Como probablemente sepas, esto se debe a que la función dejará de estar disponible en enero. Por si te lo perdiste, aquí te lo explicamos en detalle.
En la versión web, ahora tienes la posibilidad de pausar y reanudar el envío de publicaciones a la cola aunque tengas activado el experimento del sistema de publicaciones en cola mejorado en el Laboratorio de ideas.
Además, ya puedes poner en pausa el envío de publicaciones a la cola, reanudarlo cuando quieras o mezclar la cola en la aplicación para iOS (versión 32.3 o posteriores).
También en estas versiones de la aplicación para iOS, hemos mejorado el proceso para promocionar publicaciones, de modo que sea más sencillo e intuitivo.
Al abrir una notificación push en la que te recomendamos un blog, ahora se te dirigirá directamente a la página de dicho blog en lugar de llevarte a una vista previa en la pestaña «Contenido que sigues».
Ya llegó, ya está aquí: ¡hemos publicado el resumen del año 2023 de Tumblr! Pásate por el blog @fandom para rememorar las maravillas que han presenciado nuestros Escritorios durante estos últimos meses. ¡Está en inglés, eso sí!
🛠️ Mejoras y solución de problemas
Hemos resuelto una incidencia que impedía que las publicaciones con etiquetas se indexaran correctamente en las búsquedas después de haberlas editado para que pasaran de ser privadas a públicas.
Debido a un error de la interfaz que ya hemos arreglado, la semana pasada podía parecer que seguías automáticamente cualquier blog que te siguiera, aunque en realidad esta acción no se producía. Así que ya sabes: si quieres devolverle a esos blogs su muestra de apoyo, tendrás que hacer clic en el botón «Seguir» como de costumbre.
En la nueva versión de la aplicación para iOS hemos solucionado varios fallos que provocaban que a menudo se cerrara inesperadamente.
El pequeño aviso que se muestra al usar un navegador no compatible con Tumblr ya no queda oculto por el mensaje que aparece a pie de página al acceder a la página «Explorar» sin haber iniciado sesión y que te anima a hacerlo o a registrarte en la plataforma.
Hemos solventado un problema en la versión web que hacía que, en ocasiones, los resultados de las búsquedas en los blogs se mostraran como texto sin formato.
También en esta versión, hemos corregido un error que afectaba a la pestaña «Tus etiquetas» y que causaba que la ventana emergente que se abre al acceder al menú para filtrar por etiqueta no se mostrara en el lugar adecuado en función del desplazamiento que hubieras hecho por la página. Ahora aparece correctamente posicionada en el centro de la pantalla.
🚧 En curso
Hemos detectado una incidencia en la última versión de la aplicación para iOS que impide que los lectores de pantalla puedan leer el contenido de los mensajes directos. Lo resolveremos en la versión 32.6.
Estamos al corriente de un problema que está causando que la pestaña «Contenido que sigues» deje de mostrar publicaciones si sigues el blog Radar. Estamos trabajando para solucionarlo lo antes posible.
🌱 Próximamente
En la versión web, vamos a trasladar el botón «Borrar cuenta» de la página de configuración del blog principal a la página de configuración de la cuenta para evitar que la gente elimine accidentalmente su cuenta de Tumblr.
¿Tienes algún problema? Envía una solicitud al equipo de asistencia y se pondrán en contacto contigo lo antes posible.
¿Quieres hacernos llegar tus comentarios o impresiones sobre alguna función? Echa un vistazo a nuestro flamante blog Work in Progress y empieza a compartir tus ideas y sugerencias con la comunidad.
¿Quieres apoyar Tumblr con una pequeña contribución? No te pierdas el nuevo distintivo de fan incondicional en TumblrMart.
¡Y no olvides que puedes consultar todos estos cambios en cualquiera de los idiomas disponibles en Tumblr en los blogs oficiales de los equipos internacionales!
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imagines-1directioner · 9 months
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Can You Help Me? - with Harry Styles
Situação: crush!desconhecido!Harry Styles x Leitora
Contagem de palavras: 927
Sinopse: A ajuda que vira flerte em uma loja do shopping calhou muito bem para a vida de S/N e Harry.
N/A: Feliz ano novo, meu povoooo! Trago para vocês a primeira historinha com nosso divo - agora careca.. rip cabelão lindo que eu sempre fui apaixonada 🪦 - e com direito a fake messages hehe Espero que gostem 😘
curte e compartilha o post para me ajudar 🫶
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- Estou tão em dúvida.. - concentrada e totalmente indecisa lanço uma careta que exemplifica muito bem meus sentimentos. De maneira involuntária remexo os lábios de um lado para o outro formando um biquinho, enquanto meus olhos verificavam cada detalhe das sandálias posicionadas no chão. A creme com tiras brilhantes e um saltinho era lindíssima e muito confortável. A azul escuro com salto fino, hiper elegante ficou perfeito no meu pé. E a verde, incrível, a cara do verão, amarração moderna, salto mediano, enfim, linda! Infeliz indecisão.
- A senhorita gostaria de mais opções?
- Não, não! - respondo a atendente entre risos. - Já estou indecisa somente com três modelos, imagine mais. - olho mais uma vez para o trio de sandálias a minha frente e respiro fundo no intuito de me decidir logo. - Se bem que está verdinha ficou um pouco grande no meu pé.. mas eu amei ela! - a vendedora sorri.
- Posso verificar no estoque se tem um tamanho menor.
- Eu adoraria! - meus olhos brilharam, sinal que a moça entendeu que eu queria um número menor. Após ela se afastar e entrar em um portinha que dava acesso ao estoque, meus olhos retornaram aos calçados e pego o de brilhantes para prová-lo novamente.
- Desculpe a intromissão, mas caso ajude este é o mais bonito. - instantaneamente olho para a voz que escuto falar comigo, localizada à minha direita. Era um rapaz estiloso, vestindo uma camisa branca, entre aberta no peito sendo possível visualizar algumas tatuagens que me chamaram atenção. Os olhos incrivelmente verdes e um sorriso tímido eram detalhes que despertaram certo interesse em mim - e imagino que em qualquer outra pessoa, o cara era um gato! Sentado também nos bancos almofadados, padrão de lojas de calçados, vejo que no chão existem muitas caixas com vários sapatos femininos e logo minhas expectativa baixam.
- Gostei bastante deles também, mas achei muito festa. - dou uma risadinha olhando para o par aos meus pés. - Por outro lado é imensamente confortável. Mas o verde foi paixão à primeira vista.
- E é confortável?
- Acredito que nos primeiros trinta minutos seja. - ele me acompanha nas risadas.
- A difícil escolha entre beleza e conforto.
- A pior de todas.
- Está escolhendo para uma ocasião especial?
- Na verdade estou trocando uma sandália que ganhei de presente de natal. - o moreno assentiu. - Não serviu muito bem.
- Namorado errou?
- Pior, meu pai errou. - eu ri e ele levanta as sobrancelhas e comprime os lábios entendendo o “vacilo”. - Não tenho namorado. - achei interessante frisar tal fato.
- Oh, que coisa.. estou passando por esse problema agorinha mesmo. - comenta sem graça, coçando a cabeça.
- Está trocando algo também?
- Não. Eu sou a pessoa que vai presentear. - ele passa as mãos pelo rosto, tirando-me uma risada. - Não lembro muito bem a numeração dela.
- Sabe a altura? - sacudiu a cabeça que não.
- Ela é um pouquinho mais baixa que eu. Bate no meu ombro talvez. - o rapaz se levanta e eu não esperava que ele fosse tão alto. Pelo menos consegui deslumbrar ainda mais sua beleza.
- Ah, ela é alta então. - disfarço minha cara de besta com um comentário idiota.
- É, é sim.
- Talvez use 39? - sugiro erguendo os ombros.
- Essa é a minha aposta. - ele ri e mostra um sapato bordô mas com um salto agulha alto.
- Esta é linda, mas como ela é alta acho que o salto poderia ser um pouco mais baixo. - doou a minha opinião. - A não ser que ela goste de ficar mais alta.
- Definitivamente não. - solta uma risadinha e deixa de lado o que era para ser o provável presente.
- E este dourado aqui? - pego a sandália com um saltinho baixo, moderno e o acabamento em uma espécie de couro. - Acha que combina com ela?
- Combinar eu acho que combina, mas ela é tão chata para esse tipo de coisa.
- Eu não posso falar muito pois sou igual. - dou uma risadinha. - Qual a cor preferida dela?
- Não sei.. - o rapaz faz uma careta.
- Poxa, aí fica difícil.
- Ela adoro todas as cores, mas quando o assunto é roupa todas as cores que eu compro a feição dela muda. E eu sempre erro a numeração dela em roupa, então decidi ir em sapato. Achei que as chances de errar seriam menores. Ao que tudo indica achei errado.
- É, presente é sempre difícil acertar de primeira. Mas acho esse dourado é muito bonito, eu gostaria de ganhar. Ou aquele preto ali. - aponto para o outro sapato em vinil, na caixa à esquerda dele.
- Infelizmente não achei no verde, querida. - interrompendo a conversa, a vendedora fala assim que sai do cômodo.
- Tudo bem, vou levar esse aqui mesmo. - digo ao pegar os saltos com tiras brilhantes, e olho para o moreno que pisca pra mim e dá um pequeno sorriso. Sério, que homem bonito!
- Ótimo, vou embrulhar para você.
- Obrigada pela ajuda. - agradeço o rapaz enquanto me levanto, antes de pegar meu novo par de calçado.
- Imagina! Obrigado pela ajuda também.
- Espero que sua namorada goste do presente.
- É para a minha irmã. - as expectativas que antes eram baixas aumentaram e eu ergo as sobrancelhas indicando interesse, claro, e leve surpresa.
- Ah, entendi!
- Posso pegar seu número e te enviar uma mensagem caso ela goste?
- Claro! - ele entrega o celular dele para adicionar meu número. - Pode colocar o seu na minha agenda também. E caso ela não gostar, me avisa que te ajudo a escolher outro. - vejo que ele entendeu a indireta ao soltar um riso e concordar com a cabeça.
- Obrigado…
- S/N!
- Muito prazer, S/N! Sou o Harry!
- O prazer é meu, Harry! Até mais!
- Até..
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Feedbacks são sempre bem-vindos e de extrema importância para quem escreve. Se possível, não esqueça de deixar um comentário sobre o conteúdo lido acima na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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wmcapture · 3 months
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Na desolação pós-apocalíptica de The Last of Us, encontramos Ellie, em um momento de solene introspecção. A imagem capturada no modo fotográfico revela-a de costas, o olhar fixo no horizonte distante, como que buscando um vislumbre de esperança em meio à escuridão que a cerca.
Sua postura transmite uma mistura de determinação e melancolia, sugerindo a árdua jornada que a aguarda. A captura, com Ellie posicionada no centro do quadro, cria uma sensação de amplitude e grandiosidade.
🚀 Siga meu perfil para mais capturas épicas como esta e mergulhe ainda mais na atmosfera fascinante de The Last of Us Part II.
📷 Imagem capturada no modo fotográfica de The Last of US Part II Remastered, por @wmphotomode no Playstation 5
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siennazhou · 1 month
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☤ ༄.° sienna's new weapon ━━━ ἀμείλικτος
ἀμείλικτος (ameílktos) ; implacável, impiedoso, sem misericórdia
Sua lança lhe era útil. Extremamente útil. Jamais duvidaria da capacidade ou da letalidade da arma que recebeu, forjada pelas mãos do próprio Hefesto, e que já tinha salvo sua vida diversas vezes. Tornara-se uma exímia combatente com ela também, fato este que lhe garantiu o posto de instrutora. Mas, por mais mortal que Windcutter fosse em suas mãos, Sienna sabia que, em batalha, a versatilidade era essencial.
Outros semideuses contentariam-se com uma nova espada ou uma adaga, mas não ela. Recentemente vira algumas criações inovadoras dos filhos de Hefesto (armas de fogo, se ela não estava enganada), e ela mesma queria algo diferente. Sua inspiração? Indiana Jones. Ainda que o aventureiro fosse muito habilidoso com armas de fogo, sua verdadeira mágica estava em seu outro item característico. E não, não era o chapéu.
Por isso, quando Sienna foi até os Ferreiros, eles imediatamente souberam que ela maquinava algo. "Acha que poderiam me fazer um chicote? Tenho algumas ideias."
༺═───────────────────────────═༻
material: bronze celestial
constituição: feito de uma série de lâminas interligadas e afiadas, projetadas para causar dano em combate
detalhes: possui um caduceu entalhado nas laterais do cabo, uma referência ao parente divino de Sienna
em batalha: apesar do material rígido e resistente, as lâminas foram interligadas de forma que viabilizassem o movimento fluido e veloz do chicote. cuidadosamente posicionadas, o dano em combate é proveniente tanto da lâmina final, alongada e afiada, quanto das lâminas no comprimento do chicote.
quando não está em uso: o chicote se torna um cinto, ideal para passar despercebido por mortais, monstros e semideuses que não saibam da verdadeira natureza do acessório.
@silencehq , @hefestotv
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imninahchan · 2 months
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﹙ ʚɞ˚ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒:﹚soft fem dom(?), masturbação masc, dacryphilia, overstimulation, dirty talk.
⌜ 𝐎 𝐑𝐎𝐒𝐓𝐎 𝐒𝐄 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝐎 𝐒𝐄𝐔 𝐎𝐌𝐁𝐑𝐎 e quando se ergue novamente você consegue ver, perfeitinho, os olhos aparentando mais vermelhos, brilhando por causa das lágrimas que se acumulam. O escuta fungar, ar abandonar os pulmões num suspiro profundo. Ele sabe que pode parar a qualquer segundo, é só dizer aquela palavrinha, feito mágica, mas prefere prosseguir calado, bonzinho, rendido pelo prazer que a sua mão pode causar.
Você tomba o rosto pra perto, usa a ponta do nariz pra resvalar com carinho na bochecha dele. “Chorando, amor? Hm?”, não perde a chance de alfinetar. Um sorriso tímido ameaça florescer na face alheia, porém é apagado pelo movimento dos lábios se entreabrindo pra que um grunhido baixinho possa ecoar. Daí, as pálpebras se apertam num delírio momentâneo, se separam lento, como se estivesse grogue e, de fato, talvez esteja depois de um orgasmo atrás do outro. Tão sensível ao toque que estremece com o circular da palma habilidosa pela cabecinha. Treme, fraquinho, só que acima de tudo vassalo, porque continua se submetendo a essa tortura deliciosa.
“Vai gozar de novo?”, você pergunta, lendo com facilidade a situação do rapaz. A ele faltam palavras, ou melhor, fôlego. Tudo que consegue expressar é um contato visual de pupilas dilatadas que falam por si: sim, vai gozar de novo. Vai se desfazer na palma da sua mão e respingar no seu jeans. Vai apertar os dedos que envolvem a sua cintura e aqueles que se apegam a almofada fofinha. Quem sabe agora, de tão sobrecarregado, uma lagrimazinha finalmente escorra pelo rosto ruborizado. Além de você, ele mesmo adoraria sentir a própria pele molhadinha.
Pior, capaz de ainda pedir pra meter em você. Implorar. Com um por favor atrás do outro enquanto o sobrolho se une pra reforçar a necessidade. Não vai te querer montadinha no colo dele, entretanto. Não, já teve a dose que desejava: quietinho, permitindo que extraísse pra fora toda a frustração do dia difícil. Tem que te deitar nesse sofá, por mal posicionada que fique, pra cravar as unhas no seu quadril e te trazer pra chocar contra a virilha dele. Fodendo e fodendo, sem pensar ou respirar direito. Só de cogitar a imagem da sua buceta escorrendo já é o suficiente pro sangue ferver nas veias. Vai ficar com a porra das bolas vazias, mas precisa terminar dentro de ti nesta noite. ⌝
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aidankeef · 4 months
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Baile de Afrodite
Assim que abriu a caixa delicadamente posicionada sobre sua cama seu cenho se franziu, embasbacado com aquilo que via. Era rosa? Seus olhos piscaram algumas vezes incrédulo com a escolha feita pela deusa da beleza. Ou era o rosa que lhe ardia os olhos ou aquela roupa branca que parecia ter saído de um Holi Festival. Segurou o blazer rosa nas mãos, em um longo suspiro de insatisfação, vestiria aquilo e seria piada entre os irmãos, não bastasse o novo corte de cabelo e a barba feita, ambas mudanças drásticas em seu visual.
"Valeu Afrodite, adorei o visual. É uma querida!" Murmurou mais para si do que para a deusa, evitando proferir qualquer crítica em voz alta.
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Casual look - bonézinho para esquentara careca do maluco, apesar de viver com a cabeça quente.
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misshcrror · 4 months
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        𝐓𝐀𝐑𝐓𝐀𝐑𝐔𝐒 𝐓𝐑𝐀𝐆𝐄𝐃𝐘 𝐈𝐒 𝐀𝐋𝐈𝐕𝐄! 𝐖𝐄'𝐑𝐄 𝐁𝐀𝐂𝐊!
No acampamento, a excitação pairava no ar. Ao longo dos caminhos com placas, nas árvores, área de treinamento e principalmente nas áreas comuns, cartazes vibrantes anunciando as grandes novidades da banda Tartarus Tragedy foram afixados em todas as superfícies possíveis. Cada pôster exibia em letras garrafais a notícia:
Temos grandes novidades para compartilhar com todos vocês! A banda, formada por Yasemin Solak, Mavis Delgado e Lee Hwon, está muito empolgada em anunciar a chegada de um novo membro: Joseph Barker, nosso novo guitarrista solo! Junto essa nova fase, temos o prazer de anunciar nossa próxima grande apresentação, organizada por nosso querido empresário James Herrera! Vamos tocar no Baile de Gala feito por Afrodite! ✨ E tem mais! Queremos que vocês, nossos incríveis campistas, façam parte dessa experiência mágica. Estamos aceitando sugestões de músicas para nosso setlist especial. Envie sua sugestão e quem sabe sua música favorita não seja escolhida! Ou será que você quer dedicar uma música para alguém especial? Agora é sua chance! Você pode enviar sua sugestão ou procurar qualquer membro da banda para conversar e garantir que sua dedicação faça parte dessa noite especial. Deixem suas sugestões e dedicações ou falem diretamente conosco. 💖
Na entrada do pavilhão, uma caixa de sugestões foi estrategicamente posicionada, fácil de encontrar e acessível a todos. Ela era decorada com o logo da banda e enfeites coloridos que chamavam a atenção de todos que passavam por ali. Instruções detalhadas estavam afixadas em um pôster ao lado da caixa, explicando como preencher o formulário: Escreva claramente o nome da música e o artista, se quiser dedicar a música a alguém, escreva o nome da pessoa e uma breve mensagem. Dobre o formulário e deposite-o na caixa. Simples!
OOC:
Após conversamos com a moderação e receber a devida autorização, e como queríamos que fosse algo dinâmico onde todos possam participar e sentir que contribuíram com o baile: iremos mesmo colher músicas e dedicações que seus chars querem pedir/dedicar e montar uma playlist bem legal e mais uma surpresa bem bacana!
Então vocês podem nos procurar para fazer a dedicação e/ou deixar a sugestão de músicas aqui mesmo nos comentários que iremos colocar na playlist da banda e escolher algumas delas para a apresentação deles no baile! 🩷
Banda: @misshcrror ; @chasingmavis ; @hwoness ; @d4rkwater
Empresário: @jamesherr
@silencehq.
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nayerimz · 1 year
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⟟ zona industrial.
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' me pisaste ' practicamente le ladra a persona, posiblemente vástago, en la oscuridad. es culpa suya: no está bien posicionada en la banca, trae los pies estirados y está de brazos cruzados. sabe que no se ve, pero eso no le va a impedir buscarse una pelea ' prácticamente me dejaste sin pie ¿por qué no te fijas por donde vas, hm? '
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chasingmavis · 3 months
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TW: luto, gore, descrições de ferimentos e queimaduras.
Quando Mavis Delgado recobrou a consciência, era manhã. Ela estava em uma cama da enfermaria, olhares preocupados de seus irmãos à sua volta e uma ardência insuportável tomando-lhe metade das costas, que sequer tocavam o colchão, tendo sido posicionada de lado para que a queimadura exposta não encostasse no lençol.
Ela acordou tossindo, implorando por ar, o cheiro da fumaça e da carne pegando fogo ainda pungente e perturbador como na noite anterior. Sentou-se de supetão e, no momento em que o fez, as costas arderam ainda mais, despreparadas para o movimento súbito. Os Curandeiros foram ágeis em ampará-la, mas havia mais do que somente dor física na urgência de Mavis. 
“Cadê o Andrea? Cadê o Lucian?!” Os olhos esquadrinharam desesperadamente o cômodo, em busca dos rostos dos irmãos que estavam com ela quando desmaiara.
Depois de uns minutos tentando acalmá-la, uma xícara de chá e algumas explicações, os Curandeiros finalmente convenceram-na a se deitar novamente. Informaram-lhe sobre o que havia acontecido depois que apagara: o traidor atacara o baile, o pavilhão fora tomado por fogo e Dionísio, junto a alguns semideuses, guiaram os outros campistas para fora antes do caos cessar. Andrea também havia parado na enfermaria, com uma cicatriz no peito para combinar com a da irmã, e Lucian passara mais cedo para visitá-los, mas deveria voltar em breve. As elegidas à Realeza do Baile — “e Yasemin?”, ela perguntara, “por favor, me digam que ela tá bem” — foram socorridas, os Filhos e Aprendizes da Magia haviam despertado e os feridos restantes estavam em outros leitos da enfermaria ou já tinham sido dispensados para seus chalés.
Só havia um detalhe que ninguém sabia como contá-la. O motivo para os semideuses estarem se reunindo em frente à Casa Grande, e para Quíron estar agora ocupado em providenciar uma mortalha com o emblema de Tânatos.
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Na despedida de Aidan Moore, o choro de Mavis pôde ser ouvido por toda a extensão da Colina Meio-Sangue. Soluçava nos braços dos irmãos, negando-se a deixar que o cremassem, mesmo que soubesse que o estrago feito pelo Cão Infernal fora tão devastador que o que havia debaixo da mortalha parecia mais destroços do que um corpo. Soluçava até depois da cerimônia se encerrar, quando Quíron e os outros campistas foram, aos poucos, se retirando, deixando apenas a prole de Apolo a lamentar pelo irmão perdido. E soluçou pelos próximos dias, encolhida debaixo da coberta da cama, condenada a ser a única pessoa no mundo em quem seu dom acalentador não funcionava — afinal, havia limites para o quanto podia consolar a si mesma.
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“Mas… Mas Flynn, ele… Eu vi ele hoje cedo.” Um riso soprado — triste, incrédulo — escapou de seus lábios ao entoarem aquelas palavras. “Nós… nós fomos no carrossel juntos, no parque. Eu vi ele hoje. Ele não…” O castanho nos olhos cintilava com as lágrimas começando a acumular-se neles. Nenhum de seus irmãos queria olhar para eles diretamente.
Diferente do velório de Aidan, Mavis não soluçou. Em vez disso, as lágrimas deslizaram silenciosamente pelas bochechas e pingaram da ponta do nariz para o travesseiro, desfazendo-se com elas os resquícios da maquiagem brilhosa da noite anterior.
“É tão cruel.” Disse ela, em voz baixa. “O deus da morte precisa levar o próprio filho.”
Após isso, seus irmãos foram, um a um, desejando-lhe melhoras e espalhando-se pela enfermaria. O movimento certamente levaria alguns dias para diminuir, como sempre acontecia após um ataque. O último a ir, também o Curandeiro responsável por ela, checou a queimadura em suas costas mais uma vez antes de alertá-la para que elas não tocassem em nada.
Mavis descobrira, ao pedir-lhe um espelho, que a maior parte do ferimento fora curada com magia, mas nem os esforços dos Curandeiros, nem a quantidade limitada de néctar que conseguiam administrá-la pôde fazer o trabalho completo. A cicatriz, que ia da metade de suas costas até o fim delas, já se formava nas beiradas da carne exposta, e Mavis não deixara de reparar no formato similar ao de uma estrela.
Havia sido tola em acreditar que, por pelo menos um dia, poderiam não se preocupar com o mau que os espreitava? Já não haviam aprendido, nos últimos meses, que nada no Acampamento Meio-Sangue ficava em paz por muito tempo? Mas como poderia aceitar que dor e perda era tudo que os aguardava? Mais que isso — como aceitar que era um deles, outro semideus, o responsável?
Como ele podia assistir um irmão queimar outro e não sentir nada?
“Que tipo de pessoa faz isso?” Deixou escapar em voz alta. O Curandeiro a encarou pesarosamente. Decerto, pensara que ela se referia à queimadura.
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Quando suas lágrimas enfim secaram e os soluços cansaram-lhe a garganta, Mavis saiu pela porta da frente do chalé de Apolo com algo novo alojado em seu coração. O luto por Aidan permanecia intacto, porém, envolto a ele crescia um sentimento diferente. Determinação, como nunca havia sentido. Não deixaria nenhuma outra pessoa amada morrer daquela forma. Não choraria aquelas lágrimas de novo.
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Um sentimento similar se alojava agora, enquanto encarava a pele disforme no próprio reflexo. A determinação, porém, não era para que não chorasse: era para que aquele traidor nunca a fizesse sentir tola de novo. Na próxima vez — porque sabia que haveria uma —, estaria pronta. E, quando estivesse, não precisaria ver ninguém lutando para encontrar as palavras certas para dar-lhe uma má notícia, nem precisaria dos olhares de pena de seus irmãos quando fechassem suas feridas. Na próxima vez, quando estivesse pronta, mergulharia no fogo em vez de deixá-lo a consumir.
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