#porque o inferno já já começa de novo

[body-to-flame]

as vezes eu esqueço

[kttysoftpaws]

então ... quem é a novata da tag 1x1 que nem se presta para ajeitar bonitinho um blog e, pior, faz um post as pressas porque está doida para jogar??? prazer, sou eu, tua mais nova partner: kitty!

brincadeiras a parte, é basicamente isso. tenho alguns plots e informações básicas sobre mim abaixo do read more e, se você tiver interesse em jogar comigo, plsss manda mensagem ou se manifeste neste post, amém obrigada.

sobre a player

básico: tenho 21 anos, prefiro pronomes femininos e não tenho triggers que possam vir à jogo (estupro).

preferências: gosto do bom e velho real life, não sou grande em nenhum tipo de fantasia ou sci-fi, e curto bem pouco de apocalipses zumbi kkkk. meu negócio é desenvolver as relações mesmo! quando o cenário começa a ficar muito detalhado eu já não curto tanto jogar! jogo tanto personagem fem quanto male.

smut: smuto, mas não é requisito para jogar comigo. se você não smuta, não tem problema nenhum.

age gap: não me importo com grandes diferenças de idade contanto que o personagem mais novo já tenha vinte e um anos.

plataforma: para jogo seria tumblr ou discord e a de comunicação também.

jogos (gêneros podem mudar!)

aladdin, em que ele é um rapaz pobre que finge ser rico para impressionar a it girl jasmine, nos tempos modernos. pensei numa vibe gossip girl, rich kids.

no mesmo sentido da anterior, rapunzel cresceu em uma bolha por pais mega protetores que calculam cada passo dado pela filha. quando finalmente tem uma crise existencial e percebe que está perdendo o rumo da própria vida, se revolta e começa a procurar a companhia de flynn rider, o maior rebelde da cidade que conhece.

malévola costumava ser a melhor no fazia. consagrada em sua área de atuação, era referência internacional, e além disso, um ícone para a sociedade; uma verdadeira deusa que desceu das estrelas para ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor. o rei stefan, por outro lado, se sentia enciumado. afinal, ele era rei (só que ele só possuía esse título de importante, porque não fazia nada que um rei deveria fazer, ele queria a fama e não os encargos, sabe?). e como um rei ele agiria. seduziu malévola e lhe roubou o que lhe era mais precioso (ooc: uma pesquisa? um trabalho? um software? a gente decide depois!), o que viria a ser o acúmulo de todo o conhecimento e experiência, que mudaria tudo! o rei stefan roubou de sua autoria e ficou com a fama, e malévola acabou perdendo todo o encanto e voltou para as sombras.

joanna foi o inferno pessoal de marni durante o colégio — assim como o dinheiro é a raiz de todos os males, joanna é a raiz de todos os traumas de marni (ou é assim como ela se sente). foi humilhada por anos e nunca soube exatamente o motivo para tanto, mas não é como se importasse muito, pois às vezes tentava e de vez em quando conseguia revidar. o tempo passou e os seus caminhos, graças aos deuses, se separaram. agora, ambas estão de volta à cidade onde cresceram para celebrar o casamento do irmão mais velho de marni sendo as suas madrinhas.

no contexto de reencarnação, romeu e julieta renasceram em um mundo onde não se lembram de quem são, absolutamente se odeiam, e acham extremamente desconfortáveis e irritantes os sonhos românticos que tem um com o outro — sem saber que se tratam, na realidade, de flashbacks.

[petiteblasee]

Senti pra caramba! | Amêndoas - Won-pyung Sohn

SINOPSE: Yunjae nasceu com uma condição neurológica chamada alexitimia, ou a incapacidade de identificar e expressar sentimentos, como medo, tristeza, desejo ou raiva. Ele não tem amigos ― as duas estruturas em forma de amêndoas localizadas no fundo de seu cérebro causaram isso ―, mas a mãe e a avó lhe proporcionam uma vida segura e tranquila. O pequeno apartamento em que moram, acima do sebo da mãe, é decorado com cartazes coloridos com lembretes de quando sorrir, quando agradecer e quando demonstrar preocupação.

Então, no seu décimo sexto aniversário, véspera de Natal, tudo muda. Um ato chocante de violência destrói tudo que Yunjae conhece, deixando-o sozinho. Lutando para lidar com a perda, o garoto se isola no silêncio, até a chegada do problemático colega de escola Gon.

Conforme começa a se abrir para novas pessoas, algo se modifica lentamente dentro dele. Quando suas novas amizades passam a apresentar níveis de complexidade, Yunjae precisará aprender a lidar com um mundo que não compreende e até se colocar em risco para sair de sua zona de conforto.

O Yunjae tem uma condição neurológica que o incapacita de identificar e expressar sentimentos, como medo, tristeza, desejo ou raiva. Ainda assim, mesmo com essa ausência de entendimento sobre o que sente, a história não é apática. Através da avó e da mãe, o menino cresce conhecendo o mundo e aceitando que ser "normal" é bem mais difícil do que fazemos parecer. 

Após uma tragédia, ele se vê sozinho, mas dá espaço para que entrem na sua vida, e começa com seu vizinho, até então desconhecido, que se torna um grande apoio para o novo mundo que ele está disposto a enxergar. Apesar de se abrir para isso, apenas um entra em sua vida sem pedir licença: Gon. Falar que o Gon é só um delinquente que vai abalar a vida do Yunjae por mostrar um lado humano diferente, é simplista demais, e não faz jus a história retratada aqui. A partir daí, o mundo controlado do Yunjae começa a conhecer o caos de uma forma mais imprevisível do que ele havia imaginado.

Em vários momentos, os dois são considerados "monstros", e foi difícil ver como eles abraçaram essa ideia para lidarem melhor com as tragédias e dificuldades da vida. Então, enquanto eles fugiam ou não reconheciam o sentir, eu ficava cheia por sentir demais. Depois de irem ao inferno juntos, Yunjae aprende da pior forma o que é sentir, mas abraça isso da melhor forma possível por entender que isso importa, mesmo que doa. Nessa parte do livro, eu já estava largada, sem saber como me sentiria se conseguisse ler a linha seguinte, mas foi bom seguir em frente - como todos fizeram ali. 

É um livro de estreia com uma boa pitada de drama, aborda um assunto não tão conhecido, e a autora acertou muito ao contar tudo em primeira pessoa. A leitura fica bem fluida porque o Yunjae pensa de forma bem simples; pra ele, tudo é preto no branco, ou só branco, o que torna mais emocionante acompanhar ele colorindo cada parte da sua vida com quem ele permite entrar. 

Depois dessa leitura, a ideia de escolher viver sem expressar sentimentos parece extremamente cruel. Que a vida seja vivida e sentida. Leitura maravilhosa! Recomendo demais.

[shinekoda]

all day by my side

Quinta-feira foi difícil sair da cama, que preguiça.

Entrei no estúdio já às oito horas da manhã, Hyunjin e Jisung já estavam lá desde às 6:30.

— Bom dia, Cinderela. -Hyunjin cantarolou e Jisung começou a rir. — O que foi?

— Seu burro, é a Aurora que dorme, não a Cinderela.

— Ai Minho, vai se ferrar. -Jisung continuava rindo, ele tinha o sorriso bonito. Ri fraco observando ele, e Hyunjin percebeu. — Então quer dizer que vocês se comeram ontem?

— Seu cu.

— Uma pinóia. Vai trabalhar, zé fanfic.

— Se ficaram incomodados, é porque queriam que tivesse acontecido isso. E digo mais.

— Não vai dizer mais nada, eu não ouvir.

— E nem eu.

— 11:27 —

— Hyung. -ouvi alguém sussurrar. E óbvio que só podia ser o Jisung, o Hyunjin nunca ia me chamar de hyung.

— To trabalhando.

— *linguagem desconhecida. -levantou reclamando e veio até mim. — Minho!

— O que foi?

— Vai demorar ai?

— Não, porque?

— Vamos almoçar juntos. -sussurrou.

— Não. -sussurrei de volta. Ele fez uma cara de desapontado e tentou de novo. Chegou perto da minha orelha, e disse outra vez.

— Vamos almoçar juntos hoje, Minho-hyung. Hum? -olhei pra ele e pedi pra se aproximar. Cheguei perto do ouvido dele e sussurrei.

— Para de falar igual um webdom. Me deixa trabalhar.

Ele reclamou com gestos e voltou pra recepção.

Logo acabei a tatuagem e recolhi as coisas que precisava para ir almoçar.

— Minho, vou almoçar com Jeongin. Vocês dois que se virem, beijão. -Hyunjin disse enquanto saia.

Inferno, eles planejaram, não é possível.

— Vai ter que almoçar comigo.

— Pois é, vamos comer o que? -sempre evitava olhar nos olhos dele, parecia que ele lia minha alma todas as vezes que eu olhava. Sentia algo elétrico passar por mim toda vez, como se estivesse levando um choque.

— Estou com vontade de pizza, mas vou ficar todo sujo de queijo e molho de tomate, não temos intimidade ainda pra você me achar bonito sujo.

— Acho que nunca vamos chegar nesse ponto. -rimos soprado. Ele começou a me encarar, merda. Era isso que eu queria evitar.

— Vamos comer... carne! Eu pago. Que tal?

— Ok, boa escolha. Aceito.

Fomos praticamente em silêncio ate o restaurante, tinha um próximo então fomos andando. Jisung ria de qualquer coisa. Sua risada me deixava desconfortável, não gostava de olhar, era bonito e melódico demais, me deixava com vontade de rir também, então inconscientemente o fiz.

— Minho-hyung, por acaso tenho uma cara engraçada?

— O que? Porque ta perguntando isso?

— Toda vez que você olha pra mim, começa a rir também.

— É porque você riu primeiro, então eu to rindo da sua risada. -porque sua risada é fofinha e contagiante, sung.

— Minha risada é engraçada então?

Fiquei um tempo só olhando pra ele antes de responder, e já estava com vontade de rir, talvez ele estivesse certo, talvez ele tenha a cara engraçada mesmo.

— É fofa, da vontade de rir junto. -disse e desviei meu olhar pra comida. Ele continuou me olhando com um sorriso de lado por um tempo, até começar a comer de novo.

Falamos sobre coisas bobas, e ele deu milhares de ideias para melhorar o estúdio, todas que custavam muito caro e não faziam muito sentido, mas era fofo que ele estava interessado nisso, em me ajudar.

Pagamos a conta e logo estávamos quase chegando no estúdio de novo. Hyunjin mandou uma mensagem que precisou sair para resolver algum assunto pessoal, então não poderia atender hoje. O que foi uma merda, pois tive que cancelar todos os clientes dele, um por um pelo telefone. Jisung ofereceu ajuda, mas preferi dizer que não precisava do que ensinar.

— Então hoje você vai ter que ficar sozinho comigo o dia inteiro. Que castigo.

— Sozinho? Acha que não tenho clientes? Não vamos ficar sozinhos.

— Mas bem que podíamos, né... -disse baixo, e eu ouvi, mas fingi que não.

— 15:20 —

— Ok, hora da pausa, sem clientes até às 17h. -sentei no sofá e suspirei de alívio, era tão bom descansar.

— Minho?

— Hm? -respondi de olhos fechados e esparramado no sofá.

— Você... gostou de ontem? -abri os olhos. Me surpreendi, e de repente parecia estranho falar sobre ontem, mas não devia ser.

— Ué, sim?

— Esse "sim" é uma pergunta?

— Não? Quer dizer, porque?

— Parece que você não gosta de mim, não sei. Sei la. -riu.

— Que mentira, não parece não. -fechei as sobrancelhas e me ajeitei no sofá, liberando espaço pra que ele sentasse ao meu lado.

— Parece sim.

— Porque?

— Porque... você gosta de ignorar quando eu falo alguma coisa a mais. E as vezes parece que você gosta de me evitar também.

— Jisung, parece até que você tá no BBB falando isso, a gente se conhece a 3 semanas, como eu poderia ter feito tudo isso? -ri soprado enquanto respondia, mesmo sabendo que talvez ele estivesse certo. As vezes eu sentia que precisava evita-lo e ignorar o que dizia.

— Sei lá, foi mal. Talvez eu seja dramático.

— Ou você quer ouvir eu dizendo que gosto de você?

— Hum? -arregalou os olhos e fez cara de desentendido.

— Tudo bem, eu falo se você quiser. -ri fraco. Ele ficou me encarando esperando eu falar, sem dizer nada. — Acho que gosto de você, não tem motivo pra pensar o contrário. Satisfeito?

— Um pouquinho.

Tudo ficou muito silencioso, e ele acabou chegando perto demais sem eu perceber. Estávamos nos olhando, eu tentava desviar, mas seria ainda mais estranho. Ele encostou os dedos no meu lábio inferior, me fazendo piscar diversas vezes seguidas e sentir um arrepio na espinha, ele riu e depois voltou a olhar pra frente. Por impulso, me levantei e cheguei mais perto dele, me aproximei do seu rosto e fingi que ia beija-lo. Ele fechou os olhos e ficou esperando, até eu começar a rir como um bobo e ele não entender mais nada.

— Achou mesmo que eu ia te beijar?

— O que? Não, quem disse isso?

— Eu ia. -sua feição mudou, sorriu de lado e virou a cabeça.

— Bem...

— Mas acho que não vou mais. O que acha? Devo te beijar? Você trabalha pra mim, ia ser meio estranho. -provoquei.

— Eu posso me demitir se você quiser.

— Quer tanto me beijar assim?

— Não sei, eu disse isso? Quem disse isso?

— Acho que sim.

— Acha que eu disse?

— Acho que quer muito me beijar. -finalizei, deixando ele vermelho e segurando pra não sorrir.

Deixei ele sozinho no estúdio e fui comprar café gelado com chocolate pra mim. Não perguntei se ele queria, porque não tinha grana e estava com preguiça. No caminho, vi Hyunjin do outro lado da rua numa cafeteria chique com Jeongin. Ele só pode estar de brincadeira.

Cheguei ao estúdio de novo, e Jisung também não estava mais lá. Incrivelmente não tenho o número de celular dele, então iria subir pra minha casa pra lavar o rosto e só esperar até que ele aparecesse por vontade própria.

— Ah, como minha casa é boa. Não quero mais trabalhar. -me joguei no sofá.

Ainda eram 16:12, então decidi tirar um cochilo.

— Minho? Minho, acorda! Minho!

Abri os olhos de vagar e Jisung estava em cima de mim me balançando, por acaso desmaiei? Sofri um acidente?

— O que foi? -perguntei confuso, com os olhos inchados, cabelos desgrenhados e a respiração profunda de quem acabou de sair de um sono intenso.

— Já são 18:40, você não aparecia mais, então perguntei pro Hyunjin o que fazer, e ele falou pra eu subir. O que rolou?

— 18:40? -levantei de uma vez. Minha visão escureceu, mas isso não importava agora. Tentei forçar os meus sentidos a voltarem pro lugar, mas não funcionou. Pisquei diversas vezes tentando entender a situação.

— Calma, levanta de vagar.

— Como assim 18:40? O que você fez com meus clientes? Meu deus, eu vou ter que re-agendar todos eles pra outro dia, não tem outro dia. O que eu vou fazer? Como eu dormi tanto? Sou muito estúpido, meu deus. Não vai ter jeito. Não vai ter jeito, Jisung! -me apavorei só de imaginar o trabalho que eu ia ter num futuro muito próximo, como pude dar um mole desses?

— Calma! Relaxa! -Jisung me segurou pelos ombros e depois me abraçou. — Me ensina que eu faço pra você. A sua agenda, eu cuido dela pra você. Você devia estar muito cansado, precisava dormir, não foi culpa sua. Me ensina depois, ok? -Jisung foi tão atencioso e reconfortante que apenas soube assentir com a cabeça e aceitar seu abraço caloroso. Era estranho, não sei se posso gostar dele.

Deitamos no sofá juntos e Jisung se atreveu a pegar meu controle pra ligar a tv. Decidimos assistir Heartstopper, depois que eu disse que nunca tinha visto e Jisung simplesmente não conseguiu aceitar, alegando que eu precisava de passar por essa experiência: "é a coisa mais confortável que você vai assistir".

Estávamos no segundo episódio quando Jisung chegou mais perto de mim, mas bem de vagar. Foi se movendo aos poucos, até estar colado em mim. Quando percebi, me senti nervoso, como se eu tivesse perdido a direção dos meus movimentos, como se de repente eu não soubesse mais o que deveria fazer em seguida. Olhei pra ele por alguns segundos e desviei o olhar quando ele começou a olhar pra mim também.

— Minho?

— Hum? -virei os olhos na direção dele, intercalando entre seus olhos brilhantes e seu nariz bonito.

— Eu ainda quero te beijar. Não esquece disso, viu?

[tantoparadizer]

não sei o que me espera

tenho visto o mundo e a forma como lido com tudo sendo alterada nesses últimos tempos

depois dos 20 anos você tem uma visão de mundo muito melhor

na real, uma visão mais realista das coisas

daqui a alguns dias faço 25 anos

sendo bem sincera me sinto bem atrasada em algumas coisas 

não me orgulho disso mas as vezes somos tão influenciados a nos comparar que a vida fica nesse tom de comparações insuportáveis 

ainda tenho medo de muitas coisas 

ser amada e amar, ou deixar alguém chegar perto de algo relacionado a isso: meu maior medo

a última vez que fui sincera sobre meus sentimentos e falei que estava apaixonada, não era recíproco

tive um choque da realidade e me coloquei onde ninguém pode mudar e me tirar 

num lugar seguro que a maria bethânia canta em prudência

nunca tive uma vida amorosa admirável 

tendo uma infância e adolescência repleta de situações que me fizeram travar de inseguranças e medos

nenhuma tentativa minha deu certo, sempre me frustro porque não consigo perder esse meu medo 

e assim ganhei uma vida amorosa apática mas repleta de segurança 

chegando nos 25 você percebe que as vezes deitar num peito às 23h de uma terça difícil se faz necessário 

e andar pelas ruas conversando sobre o dia te faz esvaziar o medo

mas nem é só isso, sabe?…

reconhecer o amor nessa idade é ver como algo imensamente envolvido no cotidiano

faculdade te engolindo, os estágios, os trabalhos para não ficar sem grana pra sempre e tentando arrumar a vida social

nessa situação tem uma coisa que me dói muito também 

a amizade.

o amor na sua forma mais limpa e duradoura

sinto saudade de algumas das minhas amizades

o tempo tem engolido algumas coisas e me deixado frustrada e triste 

viver sem amigos é viver mais triste ainda

mas enfim, seguindo o pensamento

vou chegar aos 25 anos e me sinto muito corajosa 

mesmo ainda tendo muito medo de dormir no escuro 

mesmo ainda tendo muito medo de alguém não gostar de mim (e no fundo sinto que ninguém realmente gosta)

mesmo ainda tendo medo de estar completamente sozinha no mundo (mesmo estando desde sempre)

mesmo tendo medo de sair da minha zona de conforto 

mesmo tendo medo de ser quem eu acredito que sou

mesmo tendo medo de não ter aquilo que sempre sonhei e desejei

nesses últimos tempos tenho dito para todos que a vida adulta é a eterna cura da sua criança 

a minha criança vibra todas as vezes que eu faço algo pela gente

minha infância e adolescência foi conturbada

mas agora tenho uma certa calmaria 

e vivo num estado de alerta imenso porque não tinha essa sensação tão grande de calma antes

de não ter que resolver tudo

de não ter que me justificar em tudo

meu Deus a vida adulta é solitária mas ela também é um livramento das justificativas

nossa, eu amo meus pais mas é um puta alívio não ter problemas do cotidiano com eles

mas ao mesmo tempo perceber que eles estão envelhecendo longe de mim é desesperador 

e aí que entra o inferno da vida:

ter que viver sua vida da forma que é

porque SÓ VOCÊ pode viver SUA VIDA

só você pode realizar suas vontades, mesmo que elas te façam perder/não ter coisas que você jamais imaginou 

bem complexo

vou chegar aos 25 anos e minha cabeça tem pensado tanta coisa

e agora, chegando também no final da graduação, são tantas possibilidades 

meu tcc que já tem me tirado a paz 

onde vou trabalhar depois disso?

pra onde eu vou me mudar?

o que é a vida após uma graduação?

são tantas coisas que tem passado nessa cabeça

queria que fosse mais organizado esse texto/desabafo mas por agora não tenho organização 

amanhã começa a semana e tudo de novo

espero que o amor, dessa vez, me apareça levinho e que seja bom pra ambas as partes

espero que meus medos me deixem viver uma semana linda

espero não estar em alerta o tempo todo

espero que meus amigos tenham tempo de rir comigo 

espero tantas e muitas coisas……….

[euidealdoeu]

Eu fiquei tanto tempo me prendendo em um ciclo de meia claridade, meia escuridão, nunca era 100% claridade e quando parecia ser era tão rápido pra que tudo ficasse meio escuro de novo.

Minha vida tem mudado muito no último ano, 2023 foi muito significativo pra que eu entendesse a mim, enxergar quem eu sou foi como eu parar de fugir de mim mesmo. Eu fugia de mim, eu queria ser algo que eu não era, eu tinha medo, medo do inferno, medo do julgamento, medo da rejeição, era algo que eu não podia aceitar porque era como escolher a impunidade de uma eternidade de amargura mas eu vivia dentro de uma impunidade por não estar bem comigo mesmo.

Eu demorei o tempo que foi preciso pra saber que eu não sou o que projetam em mim, eu sou quem eu quero ser, eu sou o que consumo, sou o que acho de mais belo que existe, sou tantos em um só, sou um, sou único e eu não me sinto menos amado por Deus por saber quem eu sou e nem me sinto condenado ao inferno porque entendi que sou assim.

A gente passa a vida idealizando que é algo mas no final, não sabemos absolutamente nada, espera espera, no final, eu disse no final? A gente já começa sem saber de nada e morremos sabendo talvez 10% de alguma coisa.

O que eu consigo afirmar aqui é: o medo nos limita e em partes nos protege, mas até onde essa proteção não é limitação pra ser quem você quer ser?

[superrosemagalhaesworld]

O Jogo do Diabo Novo Reality Show

O Jogo do Diabo novo reality show da Netflix, aos moldes de Round 6 e Alice in Borderland. O diabo trabalha duro, mas os roteirista coreanos trabalham mais. Se a execução é bem-sucedida ou não, é outra história, mas não podemos negar que eles tentam trazer conceitos inovadores que vão além da ficção real. Tivemos o Single's Inferno, e talvez muitas pessoas não tenham aplaudido o show mas ele apresentou um conceito único. Depois houve Nineteen to Twenty, (Finalmente Adultos) por mais decepcionante que tenha sido a execução, a ideia de pluralidade do show ainda foi bem aproveitada. Quem pode esquecer A Batalha dos 100 que continuou a ser visto mundo afora durantes várias semanas após o lançamento.

É por isso que essa nova modalidade de entretenimento parece que veio para ficar de vez. E aparentemente o mais bem sucedido do lote, A Batalha dos 100 parece ter encontrado adversário à altura. Digo isso porque o primeiro show foi sobre força física, e o segundo foi sobre a força das faculdades mentais. A Netflix como todos sabem, é conhecida por disponibilizar na plataforma alguns dos melhores reality shows. E ela às vezes faz questão de se arriscar mais, e pode funcionar bem. O Jogo do Diabo novo reality da Netflix é uma combinação coreana de um game e um reality show. São 12 episódios completos de uma hora, onde todos os participantes estão confinados em uma casa. O primeiro episódio detalha o que e como será o jogo e faz uma breve apresentação de cada participante fazendo com que o público se familiarize com cada um deles. Talvez a série tenha algo mais a oferecer. Eles têm partidas diferentes em cada episódio e são bastante detalhados. Em O Plano do Diabo a 1ª temporada surpreenderá muitos espectadores que estão obcecados por reality shows na Netflix por causa do quão enigmaticamente projetado é o game show.

Análise da 1ª temporada do Reality O Jogo do Diabo

Nesta competição, os competidores se enfrentam em jogos de inteligência e estratégia para serem coroados vencedores e irem para casa com o grande prêmio final. E logo no inicio já são alertados pelo apresentador mascarado: "desde que não recorra à violência ou ao roubo, você pode seguir qualquer curso de ação dentro do escopo das regras dos jogos". Os quatro primeiros episódios já estão na Netflix  e foi bem inteligente a forma como eles dividiram os concorrentes. Na luta principal do primeiro episódio, cada competidor apresentou sua própria versão do jogo. Existem muitos jogos mentais ao longo da série, e o conjunto de diretrizes é bastante confuso.

Há em alguns momentos são apresentados muitos elementos ao mesmo tempo, o que pode deixar um pouco confuso. Mas ainda consegue prender a atenção do espectador. O homem mascarado aparece no interfone no início do episódio 1 e explica o que cada participante tem que fazer para permanecer no jogo. Cada competidor recebe uma peça para começar e, eventualmente, eles podem usar essa peça de ouro como alavanca durante todo o seu tempo lá. No final, o jogador  que recuperar o maior número de peças será coroado o vencedor. No entanto, se houver alguém que não tenha uma peça de ouro em determinado momento, eles são eliminados. O game show é interessante porque o jackpot começa em $0, e então a cada partida o jackpot aumenta. E depois de algumas rodadas o vencedor pode ganhar até $375,312,62. Não existe uma linha de raciocínio lógico para jogar o jogo porque cada participante adota uma estratégia diferente. A vivencia social é muito importante por conta das peças de ouro que cada participante pode acumular.

Vale a pena assistir à 1ª temporada de The Devil's Plan?

Os primeiros episódios são interessantes por causa das personalidades do jogo. Você começa a ver pessoas diferentes interagindo por diferentes razões por causa de suas estratégias, e todas elas estão em ambientes próximos. Não é muito fácil acompanhar a sequencia de acontecimentos, com cada jogador ocupando um papel secreto. Mas em alguns momentos o show nos permite sentir que estamos no jogo com eles. Essencialmente, este é um grupo de pessoas com QI acima da média foi confinado em uma casa para competir entre si por um gigantesco prêmio em dinheiro.

Ok, sabemos que eles estão lá pelo dinheiro e não par demonstrar suas capacidades intelectuais, como fez parecer no início. Mas uma coisa boa sobre os mentirosos e os contadores de falsas verdade é que eles são suficientemente charmosos, o que nos faz esquecer que este é um show roteirizado. Finalmente, acrescentando à nossa lista de reclamações, por que os participantes estão trabalhando para o diabo? São anjos renegados ou é uma mensagem sobre a avareza causada pela inteligência? Só queríamos uma resposta para esta pergunta. O Jogo do Diabo Novo Reality Show Outro grande problema desses reality shows é que, o público não torce por alguém por causa do quão bem ele possa  deduzir algo. Em um grupo como este de O Plano do Diabo, todos os participantes parecem estar no mesmo nível. O que dificulta a escolha por um personagem para torcer por ele. Depois de assistir aos 12 episódios desta série, é possível afirmar que o o vencedor foi o ideal. Pois ele respeitou tanto o jogo quanto os companheiros que fez ao longo do caminho. Além disso, depois de ver uma disputa interna entre Seok-jin e ORBIT ao longo da jornada, especialmente com os outros jogadores tentando se unir a eles como seus líderes, (a maioria deles sendo manipulados), foi um final razoavelmente satisfatório. Vendo a batalha entre os dois se enfrentando em uma série de jogos de esperteza simples e nada mais. Read the full article

[cristianemagalhaes]

Recursão – Blake Crouch

Tenho vontade de matar o tradutor que deixou um livro tão bom com um título tão “sem sentido”.... O que é recursão??? Teria sido bem “menos pior” se usassem ao menos “Recorrência”, ou, com alguma licença poética, algo como “De novo, e de novo....”

O livro é instigante... a gente não quer parar de ler para ver o que vai dar.... Uma jovem pesquisadora, cuja mãe está perdendo a memória pelo Alzheimer, procura uma forma de guardar (e restituir) lembranças. Daí suas pesquisas são encampadas por um jovem endinheirado, que lhe fornece todos os recursos possíveis e imagináveis, mas suas ideias são diferentes das dela... Aparece uma epidemia de “falsas memórias’ e um policial começa a investigar, mesmo que o caso em que esteve envolvido tenha sido apenas de um suicídio... Por que recorrência? É possível reviver uma vida, fazendo diferente? E o que isso causa aos demais? Lembre-se sempre que, como diz o ditado: O inferno está cheio de gente com boas intenções!

“Porque memória.. é tudo. Fisicamente, uma lembrança não passa de uma combinação específica de impulsos nervosos, uma sinfonia de atividade cerebral. Mas, na verdade, é o filtro que se coloca entre nós e a realidade. Você acha que está tomando vinho, ouvindo as palavras que eu digo, no presente, mas isso não existe. Os impulsos neurais das suas papilas gustativas e dos seus ouvidos são transmitidos para o seu cérebro, que processa tudo e joga na memória operacional. Então, quando você tem a percepção de estar vivendo alguma coisa, essa coisa já é passado. Já é uma lembrança. O que nosso cérebro faz para interpretar um mero estímulo como esse já é incrível. As informações visuais e auditivas chegam aos seus olhos e ouvidos a velocidades diferentes, e são processadas a velocidades diferentes. Nosso cérebro espera até que o estímulo mais lento seja processado, para então reordenar corretamente os impulsos nervosos, e é assim que ele permite que a gente absorva tudo junto, como um evento simultâneo... cerca de meio segundo depois que aquilo realmente aconteceu. Achamos de apreendemos o mundo direta e imediatamente, mas todas as nossas experiências são essas reconstruções tardias e cuidadosamente editadas.”

[cordeanil]

quase carta para ler daqui 10 anos

Luany,

11/09/2033, daqui dez anos, você encontrou sua tão procurada paz?

Isso existe mesmo ou é só um conto para ficarmos eternamente na busca incessante por algo para manter a roda do capitalismo e da esperança girando?

Estou em um dia pessimista, como pode ter observado.

Mas sim, o meu maior objetivo pro futuro acho que é ter paz, não tem nada a ver com dinheiro, bens, status, provar meu valor, provar do que sou capaz pro mundo, pra mim ou pros meus pais, apesar de dinheiro gerar uma paz absurda, então talvez tenha que vir dinheiro dinheiro junto. É sobre ter paz.

Me da desespero pensar que daqui 10 anos eu esteja vivendo doses de inferno vindas de todos os lados. Hoje você tem 26 anos, não tem um emprego fixo, mora com seus pais, não tem privacidade, é diminuída e comparada com sua prima bem sucedida o tempo inteiro, terminou um relacionamento de 5 anos tem 6 meses com alguém que você confiava sua vida até não conseguir mais nem olhar nos olhos e sentir vergonha de estar nua perto, sim chegou a esse nível esse nível. Você deixou de acreditar no amor por um tempo, isso foi bem novo, nunca achei que seria capaz de não acreditar na maior força transformadora do universo, hoje mesmo você tá em dúvida, mas está melhor em relação ao que é amor depois de ter lido 20 livros sobre o assunto, basicamente. Nerd.

Você se apaixonou do nada, inclusive. Já aceita que se apaixonou. Não gosta de falar essas palavras. Pelo Rodrigo. Bem no momento que ele resolveu sumir. Ai teve que engolir a paixão e fingir que nada aconteceu. Mas foi quase uma cura o que ele fez com seu coração, mesmo não sendo possível explorar mais esse sentimento para se relacionar, agradece muito ter descongelado o desamor que me corroía de forma tão doce e segura como foi com ele. Queria falar isso pra ele algum dia.

Você também tem muito problemas de confiança, de todos os lados, em relacionamento românticos, familiares, amizades. Toda vez que começa a voltar a confiar de novo nas pessoas acontece um pequeno inferno de novo que faz você desistir de fazer planos com as pessoas. Não da pra viver assim, você é boa sozinha, mas não é uma ilha, em dez anos é tempo suficiente para melhorar?

Você entrou pra academia, e ficou viciada nisso. Consegue acreditar? A Luany de 2013 nunca acreditaria. Tem genética boa pra ombros e ama treinar esse grupo muscular, odeia treinar quadríceps, acha que o coração vai explodir correndo na velocidade 12 na esteira, mas se sente mais viva que tudo. Virou nerd de academia e fica pesquisando na internet sobre. Na mesma proporção que voltou a ler livros, esse ano já foram 20 livros até setembro, sendo que faziam 6 anos que não lia nada.

Descobriu o hábito. Era totalmente contra habito, rotina e coisas programadas em 2018, como se pra funcionar fosse ter que ser um robô, e na verdade isso te tornou mais humana. Você gosta de fazer coisas que te fazem sentir mais humana e menos maquina. Tipo cozinhar. Cada vez mais humana e menos maquina.

Ainda não é uma mulher toda tatuada, isso exige muito dinheiro e você não tem ainda. Quer ser.

Conseguiu dar limite aos seus pais, não no sentido de melhorar a relação com eles porque entendeu que eles não vão mudar e só te veem como alguém pra resolver os problemas deles, já que você basicamente se criou sozinha. Mas não te afeta como antes de te deixar triste, só te da raiva mesmo. O que vai te fazer sair de casa pro aluguel, ao invés de sair de casa pra uma casa própria com mais planejamento. A vida da dessas.

Você tava pensando em mudar de profissão e já não sabe, porque quando fica triste questiona tudo na sua vida e só quer ficar em posição horizontal olhando pro teto. Isso é algo a ser melhorado, acredito. Ou não, tem que respeitar o tempo e ficar quietinha as vezes.

Acabou de perder uma amizade de 15 anos. Amanda, ela preferiu tomar o lado do namorado dela que te odiou e humilhou em 2h que te conheceu do que defender. 15 anos de amizade. Como as pessoas se desfazem de alguém tão facilmente?

Acho que por isso que não me interessa onde eu esteja em 10 anos e mais me interessa como eu chegue lá, o caminho. Eu negligenciei muito o caminho dos ultimo dez anos na visão "os fins justificam os meios", o troféu que era me formar em arquitetura e só ganhei transtornos e mais transtornos e essas eterna sensação de vazio que nada parece completar mais.

Não me interessa mais se é na arquitetura

Se é em um negocio meu

Se é na moda

Só me interesse eu ser verdadeira comigo no processo porque a única garantia que eu tenho é o dia de hoje, é não deixar ninguém me humilhar e não colocar a felicidade de ninguém acima da minha.

E emprego é só um emprego, sei lá talvez eu esteja em um dia completamente pessimista, não consigo acreditar que vou tirar felicidade de alguma fonte de emprego vivendo o capitalismo tardio na periferia do sul global, mesmo dentro de mim tendo ambições gigantescas de mostrar pro mundo todas minhas ideias, de querer fazer coisas para ajudar o mundo a ser mais prático, bonito e funcional mesmo, eu to exausta.

Onde eu quero estar no caso é bem e com paz e sei também que o que me causa esse sentimento é fazer coisas que tornem o mundo melhor.

Que ensinem, que deixem mais funcional e bonito.

Acho que tem todas as respostas nessa frase, só não consigo ver ainda, quem sabe eu veja em 10 anos.

Costumo dizer: as voltas que meu coração dá pra se manter verdadeiro a mim mesmo. Essa frase é minha, é meu norte de vida. Ser verdadeira comigo, continuar adorando minha própria companhia e não colocar minha felicidade atrás da de ninguém mais, isso não significa que eu não ligue pra felicidade dos outros ou de quem eu ame, principalmente, mas eu preciso pensar em mim também, nunca pensei em mim.

Porque se for pra estar todo dia segurando choro e em dúvida sobre cada coisa que passa em minha mente, questionando cada passo que dou, cada pensamento que tenho, cada palavra que falo, cada gesto, riso, expressão facial, eu nem sei se quero chegar daqui dez anos! Nessa angustia de estar atenta a observar quase como uma punição aos meus atos na tentativa de verificar se estou fazendo certo, se to magoando alguém no caminho por ser expressiva demais, se to sendo grossa sem perceber, ou pior se to machucando a mim mesma sendo inconscientemente ou se estou vivendo demais e sendo inconsequente ou de menos e muralha fechada pro mundo, nunca achando o equilíbrio.

Você hoje, e desde sempre é insatisfeita, questionadora, indignada, tem fome de espirito, pesquisa coisas 3h da manhã querendo saber como o mundo funciona, acredito que isso não vai mudar ou que você não vá se esquecer e em muitos casos isso me gera um deslumbre e visão critica do mundo, mas é exaustivo, daqui dez anos isso vai fazer mais viva ou mais cansada? Não sei, vamos ver onde isso vai me levar. Tenho muita dificuldade em ver qualidades em mim, mas acredito que acho que isso é maior qualidade que tenho atualmente, continue curiosa. Se as coisas não estão boas, você tem sempre a determinação de ir lá e virar no 360° e mudar tudo. Vai chorar antes, mas vai fazer. Determinação é outra qualidade sua que você esqueceu que tem por muito tempo.

Você aquietou ou toda vez que esta incomodada muda tudo de novo? Descobriu se isso tem um nome de algum transtorno psiquiátrico, que sua psicóloga se recusa, a dar ou é só o seu jeitinho?

E seu ciclo menstrual ainda é de 22 dias ou essa punição uterina já passou? Isso é castigo.

E além de paz, e tudo que paz significa, que é estabilidade financeira, privacidade, segurança alimentar, lazer, direito a cidade, direito a memória, silêncio, tudo tudo tudo.... acho que quero ser amada da mesma forma que amo. Quero confiar da mesma forma que dou confiança. Quero receber amor sem ficar pisando em ovos, sem ficar pensando se sou sexualizada, sem ter que implorar por comunicação. E quero ser amada com olhos abertos, sem a cegueira de aceitar tudo por uma companhia. Sem o desespero da busca pela companhia por não querer mais a minha própria, amar pra somar mesmo, e não por carência ou convenção. Sem me perder e sem perder o outro.

E sempre bom lembrar que muita coisa que você queria 10 anos atrás aconteceu....

Tudo isso aqui já foi um sonho.

[marianeaparecidareis]

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EVANGELHO

Terça Feira 05 de Setembro de 2023

℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.

℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas

℟. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”

35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.

- Palavra da Salvação.

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- Comentário do Dia

💎 O diabo só sabe fazer barulho

“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”

No Evangelho de hoje, Jesus continua em sua terra, na Galileia. Depois de visitar Nazaré, Ele vai a Cafarnaum, cidade à beira do lago. Ali, Jesus continua seu ensinamento. Na sinagoga, irrompe a reação de um demônio. É interessante recordar que ontem, quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, houve a reação humana dos nazarenos, que não o reconheceram como o Ungido de Deus; agora, a reação é preternatural e demoníaca. Um espírito impuro começa a gritar em voz alta: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus. Jesus está no início de seu ministério. No evangelho de São Lucas, o Senhor fora batizado por João Batista, retornou à sua terra, Nazaré, onde pregou a partir do trecho do profeta Isaías lido ontem: O Espírito do Senhor está sobre mim etc. Hoje, continuando a pregação, mas em Cafarnaum, ele provoca a reação dos demônios, pois a vinda de Deus Filho à terra constitui uma declaração de guerra contra o maligno. Se folhearmos o Antigo Testamento, acharemos pouquíssimas passagens em que se vê uma ação do demônio como as que se veem no Novo. No livro do Gênesis, é verdade, temos a serpente infernal, que tentou Adão e Eva; temos ainda Asmodeu no livro de Tobias, Satanás no livro de Jó etc. Mas, substancialmente, no Antigo Testamento, a parte mais volumosa de toda a Bíblia, há raríssimas manifestações do demônio, enquanto no Novo, embora menor em número de páginas, há uma explosão de reações demoníacas. Por quê? A resposta está no que o próprio espírito imundo fala por boca do endemoniado: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Aqui o inferno vê que está com os dias contados e que a sua destruição é certa.

Já antes de morrer na cruz e derrotar o demônio, Jesus declarou: Vi Satanás cair como um raio, ou seja, a vinda de Cristo ao mundo e a instituição do reino de Deus, a Igreja Católica, implicam a derrota do inferno, levada à plenitude pelo sacrifício propiciatório e satisfatório da cruz. Se perdemos isso de vista, não entendemos de fato o que Cristo veio fazer neste mundo: libertar a humanidade, escrava de Satanás. Jesus dirige-se assim ao demônio: Cala-te e sai dele. Parece óbvio, mas observemos bem o que Ele está dizendo. O Senhor veio ao mundo trazer a palavra de Deus; mas, para realmente a ouvirmos, Ele precisa antes usar de sua autoridade para amarrar a boca ao diabo, mentiroso e barulhento. Cala-te! Para ouvir a Deus, é necessário silêncio. Ora, como fazê-lo na prática? Deixando de dar ouvidos ao diabo. Por isso, se queremos que Cristo entre em nossa vida, preparemo-nos para a provação e para a luta — luta, em primeiro lugar, para fazer calar ao diabo, que tanto barulho causa dentro de nós com o fim de nos ensurdecer para a voz de Deus. Lembro-me de uma conversa que tive certa vez com o Pe. Duarte Lara, o famoso exorcista de Portugal, que me disse mais ou menos o seguinte: “Enquanto as pessoas estão servindo ao diabo, ele as deixa quietas e tranquilas; é quando tentam sair do poder dele que se dá todo tipo de manifestação, porque o demônio começa a estrebuchar”. Em outras palavras, o diabo manifesta-se de modos mais agressivos e ostensivos quando vê uma alma escapar-lhe das garras.

Isso não é teoria. Quem decide romper com o império do mal para seguir a Cristo deverá, de um modo ou de outro, lutar, pois o inferno se levantará assanhado contra ele. Mas não devemos ter medo. Por quê? Porque o diabo não tem poder. Na verdade, o único poder que ele tem é o de dizer mentiras, para que acabemos acreditando mais nele do que em Deus. Por isso cala-te, cala-te! Não demos nem mesmo atenção ao que o inimigo diz. Confiemos no Senhor! Sim, haverá luta, mas estamos do lado do vencedor! O Evangelho conclui com as palavras: Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem. Sim, a palavra de Cristo tem poder e autoridade, se lhe dermos espaço em nosso coração. Ouçamos a Cristo, misericordioso. Haverá luta dentro de nós, mas não nos preocupemos nem demos atenção às sugestões do diabo e suas tentações. Confiemos em Jesus, na autoridade e no poder de sua palavra. Deixêmo-lo tomar conta de nós e rompamos de uma vez para sempre com o pecado, com a vida velha! Não nos assustemos com os fogos de artifício do diabo. É só isso que ele consegue fazer: barulho. Ele sabe que já perdeu. Joguemo-nos nos braços de Cristo, confiados sempre a Nossa Senhora, postos sob o manto sagrado dela. Coragem! Nosso Senhor venceu o mundo, e as portas do inferno jamais prevalecerão.

Deus abençoe você!

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Quente como o inferno

Bárbara é levada às pressas para o hospital por Lilo e Vicente, que não sabem o que fazer.

[Vicente]- se a mãe dela descobrir, vai matar a gente. Certeza.

[Lilo]- mas então o que faremos? E se acontecer alguma coisa com ela?

[Vicente]- vamo torcer pra ela ficar bem. Não tem outro jeito.

[Lilo]- puta que pariu, velho, eu só me meto em merda mesmo.

[Vicente]- não começa com essa porcaria de egoísmo, Lilo! Será que não consegue pelo menos por um minuto NÃO pensar só em você? Porra, tá ficando chato isso!

Lilo fica alguns segundos em silêncio, extasiado. Mas a discussão é interrompida por um dos médicos que atendera Bárbara.

[Médico]- boa noite, rapazes.

[Vicente]- oi, doutor, boa noite, tem notícias da nossa amiga?

[Médico]- ela deu muita sorte que estavam por perto. Se demorassem mais pra chegar, ela não teria resistido.

[Lilo]- meu Deus, mas o que ela tem?!

[Médico]- ainda é cedo pra diagnosticar, mas tudo indica que foi o princípio de uma overdose. Eu preciso falar com os pais dela ou algum responsável. Vocês conseguem me passar um contato?

Lilo e Vicente se olham, receosos.

Eduardo chega em casa contente pelo sucesso do seu plano.

[Edmundo]- onde tava?

[Eduardo]- fui jantar com minha nova amiga Silvana.

[Edmundo]- tá usando a Silvana pra voltar pro colégio?

[Eduardo bate palmas com ironia]- chocado que enfim você começou a me entender, irmãozinho.

[Edmundo]- mas a pergunta é: ela caiu no seu papo?

[Eduardo]- é óbvio, né. Ninguém resiste ao charme do papai aqui. (risos).

[Edmundo]- tá bom, né. Vai com tudo.

[Eduardo]- claro. Eu é que tenho que ir com tudo. Sempre sobra pra mim, já que você é um imprestável que só diz me apoiar e não move uma palha pra...

[Edmundo]- não começa com isso de novo, Eduardo! Ok, eu topei entrar nessa com você, mas muitas coisas vêm acontecendo e eu já não acho que a Odete seja responsável por nada.

[Eduardo]- porque é um banana, um imbecil!

[Edmundo]- e por que tem tanta convicção de que a Odete é a assassina? Mas eu quero uma resposta concreta, porque sempre que te pergunto isso você vem com respostas rasas! Fala! Agora quero que fale!

Clarice volta pra casa acompanhada por Gabriel.

[Clarice]- ai, migo, obrigada por ter me acompanhado.

[Gabriel]- imagina, miguxa, eu não moro tão longe. E não daria pra te deixar com qualquer motorista de aplicativo, né.

[Clarice]- own, que amor. Cê quer um copo d´água? No momento só temos água (risos).

[Gabriel]- eu quero, a balada deu sede.

[Clarice]- deu mesmo, também tô seca. Mas foi ótimo, né?

No entanto, ao abrir a porta da cozinha, Clarice e Gabriel flagram Rodrigo e Geraldo transando em cima da mesa.

[souamorinfinito]

LIÇÃO 200

Não há paz exceto a paz de Deus [do Amor Infinito].

1. Não busques mais. 2Não acharás paz a não ser a paz de Deus [do Amor Infinito]. 3Aceita esse fato e poupa a ti mesmo a agonia de decepções ainda mais amargas, do desespero sombrio e da sensação da fria desesperança e da dúvida [do sistema do ego]. 4Não busques mais. 5Nada mais há para achares exceto a paz de Deus [do Amor Infinito], a menos que estejas buscando a miséria e a dor.

2. Esse é o ponto final ao qual todos devem enfim chegar para abandonar toda a esperança de encontrar a felicidade onde não há nenhuma [no mundo, no ego], de ser salvo por algo que só pode ferir, de fazer a paz a partir do caos, a alegria da dor e o Céu [a paz da Unicidade] do inferno [do tormento da dualidade]. 2Não tentes mais ganhar pela perda ou morrer para viver. 3Tu estás pedindo apenas a derrota.

3. Mas podes, com a mesma facilidade, pedir amor, felicidade e vida eterna numa paz infinita. 2Pede isso e só poderás ganhar. 3Pedir o que já tens não pode deixar de ter êxito. 4Pedir que o falso [a ilusão do ego] seja verdadeiro só pode fracassar. 5Perdoa-te pelas imaginações vãs e não busques mais aquilo que não podes achar [no mundo do ego]. 6Pois o que poderia ser mais tolo do que buscar e buscar e buscar de novo o inferno [o tormento, o ego], quando precisas apenas olhar com os olhos abertos para descobrir que o Céu [a paz da Unicidade] se estende diante de ti através de uma porta que se abre facilmente para acolher-te?

4. Volta para casa. 2Não encontraste a tua felicidade em lugares estranhos e em formas alheias que nada significam para ti, embora tenhas buscado torná-los significativos. 3Não pertences a esse mundo. 4És um estranho aqui. 5Mas te é dado achar os meios pelos quais o mundo [o sonho] deixará de parecer uma prisão [uma ilusão] ou uma cela para cada um.

5. A liberdade te é dada ali onde contemplaste apenas correntes e portas de ferro [apenas ilusões]. 2Mas é preciso que mudes de ideia em relação ao propósito do mundo, se quiseres achar a saída. 3Permanecerás preso [sonhando] enquanto o mundo inteiro não for visto como um lugar abençoado e todos não forem libertados dos teus erros e honrados pelo que são. 4Tu não os fizeste nem fizeste a ti mesmo. 5E quando libertares um, o outro é aceito pelo que é.

6. O que faz o perdão? 2Na verdade, não tem função e nada faz. 3Pois é desconhecido no Céu [na paz da Unicidade]. 4Ele só é necessário no inferno [na dualidade], onde tem que cumprir uma função poderosa. 5A libertação do amado Filho de Deus [Criação do Amor Infinito] dos sonhos maus que ele imagina, mas que acredita serem verdadeiros, não é um propósito de valor? 6Quem poderia esperar mais, quando parece haver uma escolha a ser feita entre o sucesso e o fracasso, o amor e o medo?

7. Não há paz exceto a paz de Deus [do Amor Infinito] porque Ele tem um Filho [uma Criação, o Amor Infinito] que não pode fazer um mundo em oposição à Vontade de Deus [à Expressão do Amor Infinito] e à sua própria, que é igual à Sua. 2O que poderia ele esperar encontrar em tal mundo? 3Ele não pode ter realidade porque nunca foi criado. 4É aqui que ele quer buscar paz? 5Ou é preciso que veja, ao olhar o mundo, que o mundo só pode enganar? 6No entanto, ele pode aprender a olhar para ele de outro modo e achar a paz de Deus [do Amor Infinito].

8. A paz é a ponte que todos atravessarão para deixar esse mundo [esse sonho] para trás. 2Mas a paz começa no interior do mundo [do sonho] percebido de modo diferente, que a partir dessa nova percepção leva à porta do Céu [da paz da Unicidade] e ao caminho que está além. 3A paz é a resposta para metas conflitantes, jornadas sem sentido, atividades frenéticas e inúteis e esforços vãos [do sistema do ego]. 4Agora o caminho é fácil, ligeiramente inclinado em direção à ponte onde a liberdade [despertar] está no interior da paz de Deus [do Amor Infinito].

9. Não nos deixemos perder o nosso caminho novamente hoje. 2Vamos para o Céu [a paz da Unicidade] e o caminho é reto. 3Só haverá atraso se tentarmos vagar por ele ou perdermos tempo inutilmente em atalhos espinhosos [com equivocos do ego]. 4Só Deus [o Amor Infinito] é certo e Ele guiará os nossos passos. 5Ele não desertará o Seu Filho [o Sua Criação] em necessidade, nem deixará que se perca de sua casa para sempre. 6O Pai [a Fonte Criadora] chama, o Filho [a Criação] ouvirá. 7E isso é tudo o que existe naquilo que parece ser um mundo à parte de Deus [do Amor Infinito], onde corpos têm realidade.

10. Agora, há silêncio. 2Não busques mais. 3Vieste ao ponto onde a estrada é atapetada com as folhas dos falsos desejos, caídas das árvores da desesperança que antes buscavas [com o sistema do ego como guia]. 4Agora elas estão embaixo dos teus pés. 5E olhas para cima, em direção ao Céu [a paz da Unicidade], com os olhos do corpo que só vão servir por mais um instante. 6A paz foi finalmente reconhecida e sentes o seu suave abraço cercar o teu coração e a tua mente com consolo e amor.

11. Hoje, não buscamos ídolos. 2A paz não pode ser achada neles. 3A paz de Deus [do Amor Infinito] é nossa e é só isso que aceitaremos e quereremos. 4Que a paz esteja conosco hoje. 5Pois achamos um modo simples e feliz de deixar o mundo da ambiguidade e de substituir as nossas metas frívolas e sonhos solitários pelo propósito único e pelo companheirismo. 6Pois paz é união, se for de Deus [do Amor Infinito]. 7Não buscamos mais. 8Estamos perto de casa e nos aproximamos ainda mais, a cada vez que dissermos:

9Não há paz exceto a paz de Deus [do Amor Infinito], e estou alegre e grato por ser assim.

UCEM L-200.

- Texto com alterações de termos. Para texto original visite acim.org.

[cartasparasean]

17.Jul.23

Querido,

eu quero ser honesta com você e talvez essa seja a carta mais dificil de se escrever, mas eu preciso abaixar um pouco as minhas barreiras e te mostrar as minhas vulnerabilidades por completo, por que eu quero poder confiar em você com cada partezinha que eu tenho dentro de mim e apesar de ter muito medo de você correr pra longe não quero fingir ser outra pessoa, não pra você. Vai ser uma carta meio longa e muito pessoal eu pretendia fazer isso aos poucos, mas a vida é curta demais e cada dia que passa é precioso.

Meu nome é Daniele Ramos de Barros, eu nasci em uma cidade no interior de São Paulo chamada Indaiatuba, quando eu era criança a cidade era basicamente apenas mato, hoje já é uma cidade bem grande, não como São Paulo claro.

Meus pais sempre trabalharam muito desde muito novos, a grande maioria dos brasileiros são decendentes de imigrantes europeus pobres que vieram para o Brasil para tentar ter uma vida melhor, então meus pais foram a última geração da minha familia que trabalhou na roça, minha mãe tem 6 irmãos e meu pai 7 irmãos, as familias antigamente tinham muitos filhos para que os filhos pudessem trabalhar desde cedo e ajudar financeiramente a familia, é por isso que eu tenho uma familia grande. Meus pais não fizeram faculdade porque faculdade naquela época era coisa de gente rica, então eles trabalharam duro para conquistar a vida deles, minha mãe trabalhava em escritorios em empresas grandes porque ela sempre foi muito boa com público e meu pai trabalha até hoje como torneiro ele faz peças para maquinas, barcos, etc, eu tenho muito orgulho deles. Por eles terem que trabalharem muito eu tive que ser criada com babás a minha vida toda até os 14 anos que foi quando minha mãe parou de trabalhar, mas é ai que a minha história começa.

Minha primeira grande perda foi com 4 anos, a minha vó mãe da minha mãe, ela era incrível, eu tenho muitas boas lembranças dela, inclusive de quando iamos no hospital ver ela, eu era pequena demais para poder entrar na sala de visita, mas a minha vô morreu jovem com câncer, eu me lembro do dia que o telefone tocou e meu pai atendeu e a minha mãe disse que a minha vô tinha ido, eu estava no berço, meu irmão chorando desesperado, e eu não entendia nada porque não sabia o significado da morte.

Minha mãe viveu um luto muito grande por muito tempo, até hoje ela vive, a saudade.

Não sei quanto tempo ao certo, mas sei que não foi muito depois disso, aos 5 anos o marido da babá que cuidava de mim me abusou sexualmente, eu cheguei a contar para os meus pais na época, mas eles não souberam o que fazer, eu fiquei muitos anos culpando eles por isso, porque eu queria que eles tivessem feito alguma coisa, mas eles não fizeram nada, acho que eles também se culpam, mas não foi só essa vez que eu sofri abuso. Um primo meu também abusou de mim quando eu tinha uns 6 anos, não posso dizer que eu perdoei nenhum dos dois, mas tem coisas na vida que a gente tem que aprender a seguir em frente a verdade é que essas coisas só começaram a me assombrar de fato aos 14 anos quando eu comecei a entender o que tinham feito comigo. Foi uma fase muito dificil pra mim porque eu era adolescente e todo mundo falava sobre sexo, e eu cresci na igreja pra ajudar ainda mais, então, de acordo com a igreja sexo antes do casamento era pecado eu me sentia condenada ao inferno literalmente, eu só conseguia pensar o quanto Deus estava decepcionado comigo e o quanto a minha alma estava perdida. Hoje eu sei que isso é bobagem, mas na época foi muito complicado.

Eu sofri bullying a minha vida toda por ser magra demais, por conta do cabelo cacheado, por meus olhos serem grandes, por não ter peitos grandes. Enfim a adolescencia é uma fase merda pra todo mundo, mas tudo bem eu era estranha mesmo haha.

Eu tive meu primeiro namorado aos 17 anos foi irado, porque todo mundo me zoava por ser feia e eu namorava o cara mais bonito da escola, hahaha desculpa amor. A verdade é que meu primeiro namoro foi uma bosta porque ele me batia, eu não podia usar shorts, camisa regata, não podia ter amigos, ele vigiava meu celular, meu facebook, e meu twitter. Eu nunca vou esquecer dele porque foi o meu primeiro amor e apesar de toda essa merda, eu tenho algumas boas lembranças.

Namoros.. parte da vida. Algumas histórias foram boas outras não é assim que a vida funciona.

Eu só falei desse namorado porque ele foi o primeiro e foi por causa dele que eu conheci a minha melhor amiga do mundo todo. Quando eu comecei a namorar esse rapaz eu sofri cyber bullying por umas garotas e elas pegavam muito pesado comigo sobre a minha aparencia, nessa época eu tinha ido para o high school, então eu não conhecia ninguém lá, foi quando eu conheci a Bruna, ela me defendeu na internet mesmo sem a gente se conhecer direito, ela me ensinou a jogar e a gente lia os mesmos livros e ficava conversando sobre eles no intervalo, a Bruna me protegia como um anjo da guarda, ela sempre me mandava textos falando pra eu não desistir, ela nunca reclamava mesmo quando ela estava triste, ela sempre ajudou as pessoas, ela fazia todo mundo rir, ela era incrível fazendo rimas de rap, ela não tinha medo de falar o que pensava. A Bruna era incrível demais pra esse mundo. A última vez que eu vi ela eu chorei, não sabia porque eu chorava tanto, mas eu sentia que tinha que falar que eu a amava muito e eu falei, eu abracei, eu amei muito ela nesse dia. Alguns meses depois ela se foi. Os médicos deram um diagnostico errado e ela sofreu muito, ela poderia ter lutado mais, mas mesmo sendo uma pessoa muito forte ela mesma disse que estava cansada demais. A Bruna se foi 7 de fevereiro de 2017 e eu só fiquei sabendo por um post no facebook, porque ela nunca reclamou, ela sofreu em silencio, ela não me contou.

Eu tive problemas com alcool depois disso, eu saia com o carro, misturava bebida com antidepressivo e voltava pra casa bebada, caindo, chorando. Meus pais sofreram muito comigo nessa fase, mas eu tinha um buraco enorme aberto dentro do meu coração que nunca ia cicatrizar e até hoje nunca fechou. Eu sempre vou amar ela e sempre foi sentir falta dela. Eu tenho secretamente um video que ela gravou pra mim pro meu canal quando eu usava, é a única coisa que eu tenho pra lembrar da voz dela.

Meu relacionamento com meu pai é algo extremamente novo a gente brigava muito, ele nunca foi um pai presente, como ele só teve irmãos homens ele nunca soube como interagir comigo, sempre foi muito frio e duro nas palavras, ele me dizia que não queria se aproximar demais porque quando ele morrer ele não quer que ninguém sofra e sinta a falta dele. Bobagem, eu vou sentir de qualquer jeito. Hoje a gente pesca junto e bebe cerveja, essa é a nossa coisa de pai e filha.

Meu pai sempre deu conselhos estranhos, acho que era o jeito dele de tentar me proteger, ele sempre conta sobre uma antiga namorada que ele teve antes de conhecer a minha mãe, as vezes eu penso se essa mulher não foi o grande amor do meu pai, ele disse pra mim muitas e muitas vezes que se casou com a minha mãe porque ela era trabalhadora, dedicada, companheira, mas não porque ele a amava, eu acho que os anos amoleceram o coração de pedra do meu pai porque hoje em dia eu vejo ele demonstrar que ama ela, a minha mãe eu posso te falar com toda certeza que casou com o grande amor da vida dela, porque ela ama muito o meu pai, muito mesmo. Por conta disso meu irmão casou com uma moça aos 25, mas essa não é a minha história então eu vou deixar pra outro momento, a coisa é que eu chorei muitas vezes pra minha mãe falando que queria me casar por amor, que eu nunca queria que alguém falasse pros meus filhos que casou comigo porque eu era isso ou aquilo e não porque me amava, depois com as decepções da vida eu fui acreditando mais no que o meu pai falava, é por isso que eu quase casei com um amigo.

Faz 2 horas que eu estou escrevendo essa carta e tem muitaaas coisas que eu ainda preciso te contar, mas a real é que eu só quero que você me conheça melhor, que saiba que eu me considero uma pessoa que luta muito pelo que quer porque a vida nunca foi gentil comigo, mas eu sou feliz, porque eu aprendi muitas coisas e o que eu mais quero como ser humano hoje em dia é ser alguém melhor, cada dia mais, e ajudar as pessoas que passam ou passaram por coisas parecidas. Um dia eu vou te contar a história de como eu vim parar aqui, porque acredite nada nessa vida é mero acaso.

Agora uma coisa boa, um segredo.

Eu tenho uma alma velha que gosta de música clássica e tem uma música em específico que é a minha preferida no mundo, mas eu não costumo falar muito sobre isso para outras pessoas, afinal não é todo mundo que consegue sentir a música. Costumava ouvi-la todos os dias no meu pen drive do carro quando dirigia para a faculdade (e sim meu carro no brasil é velho o suficiente para precisar de um pen drive hahaha), eu costumava criar na minha mente uma história de amor daqueles que te arrebatam a alma que fazem o seu coração doer, mas que também é linda o suficiente para ser lembrada até mesmo depois do fim e eu sentia como se eu pudesse visualizar essas duas pessoas dançando uma graciosa valsa infinita enquanto os anos iam se passando e as lembranças rodavam ao redor como um filme de suas vidas, era como se o meu coração e a minha alma quisessem gritar que é isso que eu gostaria de viver na minha vida, é como se os rostos fossem borrões então mesmo que eu fosse a garota dançando a valsa eu ainda não sabia quem era a pessoa que segurava a minha mão ali. Eric Satie Je te veux é em frânces e significa ''eu quero você'' e eu todas as vezes que eu via esses fantasmas dançando na minha mente eu só pensava o quanto eu queria conhecer a minha pessoa. Quem é ele? onde ele esta? o que ele deve estar fazendo agora? que tipo de pessoa ele é? será que ele também sente a minha falta mesmo sem ainda nem ao menos me conhecer? Isso é o quanto essa música é importante na minha vida. Se for ouvir a minha música preferida, por favor não conte a ninguém os motivos dela ser tão importante pra mim, esse é mais um dos meus segredos que eu quero que você saiba.

Com amor, Dani Ps.: Eu amo você

[madneocity-universe]

Crying, pink latin tears: Ludo Villanueva.

Presbyterian Hospital, Nova York. Hoje.

Desde que eu era criança, a frase favorita da minha abuela parecia ser a de que imigrante latino não tem um dia de paz, mas a minha mãe em contrapartida, como a boa criatura otimista e positiva que era, sempre tratava de contrariar ela dizendo que coisas boas acontecem com pessoas boas e que eu não precisava me preocupar se fosse boazinha.

Deus está ocupado punindo racistas e fazendo da vida de homens brancos um inferno, cariño, o universo jamais seria capaz de fazer algo de ruim pra você.

Mesmo que eu fosse imigrante, e latina também.

— Ficar aqui esperando é ridículo, atendimento médico nesse país é ridículo. — Me lembro muito bem do momento que comecei a reclamar com a minha mãe, entediada de ficar esperando naquela maca, sentindo meu estômago embrulhar de novo, com a cabeça latejando com todas aquelas luzes exageradamente brilhantes da emergência do Presbyterian. — Por que eles precisam de tantos exames? Eles só vão passar um antibiótico e me mandar pra casa, é o que eles sempre fazem.

— Talvez eles tenham concordado que precisam de mais exames pra ter certeza que você não tem nada além de virose, Ludo. — A mais velha tentava me acalmar, passando uma das mãos pelo meu rosto, mas segurando um balde com a outra perto de mim, ainda traumatizada com o aperto que tínhamos passado no uber, onde deixei meu café da manhã e muito mais na saída, muito perto do sapato favorito dela. — Eles só estão preocupados, é o trabalho deles…

— Mas nós não podemos pagar se eles acharem algo que o plano não cobre, não podemos pagar pelos minutos a mais que eles ficam tentando procurar por um problema, e eu preciso, nós todas precisamos que eu vá bem nessa entrevista de estágio hoje. — Deus sabia que não precisava estar perto de mim naquela hora pra saber o quanto eu estava estressada com aquela situação, a um passo de arrancar o soro do meu braço e enfiar aquele apoio de metal na cara da primeira pessoa de jaleco que aparecesse na minha frente. — Esse é o pior dia de todos.

— Ah, cariño, não fala assim. Podia ser pior.

E não só podia, como ficaria, eu só não sabia.

Não até o médico de mais cedo chegar até nós duas e delicadamente fechar a cortina que me separava dos outros pacientes, carregando no rosto um sorriso tão relaxado que eu não sabia se era pra me acalmar, afinal… Ele não ia estar com aquela cara se estivesse indo me avisar de um diagnóstico terminal, ia?

— Senhorita Villanueva, vai ficar feliz em saber que você está bem e que não encontramos nenhuma anomalia nos seus exames. — Dizia, em um tom super animado. — Você e o seu bebê estão ótimos, são só sintomas das primeiras semanas da sua gravidez.

Mas aquilo era pior que câncer. Aquilo era pior que descobrir que eu ia morrer.

— Desculpa, acho que não entendi. O senhor disse bebê? — Forcei um sorriso, apertando a mão da minha mãe com tanta força que senti seus ossos cedendo debaixo dos meus dedos.

— Sim, sim. Um bebê. Seu bebê. Está grávida de seis semanas.

E só ficou pior.

— Ludo, você não disse que estava saindo com alguém. — Minha mãe começa, abrindo um sorriso adorável, como alguém que tinha acabado de descobrir que a filha de vinte e um anos virgem já não era mais tão virgem assim.

— É porque não estou, e não estava. Eu nunca saí com ninguém, não posso estar grávida. Não posso ter feito isso sozinha!

Eu saberia se alguém tivesse enfiado um pênis sem camisinha dentro de mim, eu saberia que se alguém tivesse enfiado qualquer coisa dentro de mim, pra começo de conversa. Eu só esperava naquele momento ser levada pra um manicômio por continuar negando ou pra prisão por sair na mão com um homem que tinha me tirado pra mentirosa, como se eu pudesse mentir sobre aquilo.

Só levou um minuto pra cortina de privacidade ser puxada e uma enfermeira emergir por trás do médico, segurando um terço e um crucifixo na mão, me olhando, emocionada, como se eu fosse uma aparição.

— Mas o Espírito Santo pode ter escolhido você, criança. E ele pode todas as coisas.

Quando olho pro lado, minha mãe já está rezando em espanhol com as mãos juntas no peito, clamando por aquilo como se fosse um milagre, e como se eu fosse uma Santa.

Presbyterian Hospital, Nova York. Seis semanas atrás.

Em algum momento daquela consulta periódica com minha ginecologista, eu não sabia se estava mesmo ali pra saber da saúde da minha vagina ou se tinha marcado um horário com uma psicóloga, com o rumo que nossa conversa estava levando enquanto a mulher mais velha rendia assunto.

Com o rosto entre minhas pernas e as mãos por toda parte, dizendo o quanto o meu útero era lindo uma ou duas vezes a cada cinco minutos.

— Minha mãe foi mãe cedo, minha avó ficou super brava com ela e tudo o que eu lembro da minha infância é que foi difícil e muito, muito complicada… Por isso eu não penso em formar família e nem ter um namorado em primeiro lugar, enquanto não me formar e for bem sucedida. — Eu contava como uma forma de não pensar no quanto aquela situação era desconfortável, perdendo a parte em que a mais velha alcança uma agulha que eu não lembrava fazer parte do equipamento pra inspeção, enquanto olhava pro teto. — Não é que eu não me orgulhe dela por ter segurado a barra sozinha por esses anos, sabe? É só que…

— Vocês duas têm visões totalmente diferentes do que aconteceu e tudo bem não pensar como ela, e se vocês se respeitam, não vejo problema algum em pensar assim. — A médica foi rápida em me consolar, dando dois tapinhas na minha coxa que na cabeça dela, com certeza pareceu materno e não sujo. — Na verdade, acho você bem corajosa por fazer isso sozinha.

— A senhora não recebe muitas jovens adultas pra se consultar sozinha? — Questiono ela achando graça, sentindo um incômodo maior agora, mas muito distraída pra falar, quando ela emenda.

— Pra passar por esse procedimento, não. Geralmente a família quer estar pelo menos do lado de fora aguardando.

Na minha cabeça, milhares de pensamentos corriam afim de tentar descobrir porque mãe, pai, avós e tios se prestariam a esperar alguém fazer um exame semestral na vagina. Quando perguntei à minha avó naquela mesma manhã se ela não queria nem ao menos me dar apoio moral e tirar o desconforto, ela me respondeu em alto e bom tom que não tinha o menor interesse em me ver nua depois de anos trocando minhas fraldas imundas.

Brancos. Isso com certeza era coisa de gente branca.

— Vai ficar tudo bem e você está pronta pra isso, querida. — A mulher mais velha diz mais uma vez, sorrindo ao se levantar. — Daqui pra frente, só alegria e amadurecimento como mulher pra você, Laura.

— Ludovica.

— O que?

— O meu nome. É Ludovica.

— Ah…

[superrosemagalhaesworld]

O Jogo do Diabo Novo Reality Show

O Jogo do Diabo novo reality show da Netflix, aos moldes de Round 6 e Alice in Borderland. O diabo trabalha duro, mas os roteirista coreanos trabalham mais. Se a execução é bem-sucedida ou não, é outra história, mas não podemos negar que eles tentam trazer conceitos inovadores que vão além da ficção real. Tivemos o Single's Inferno, e talvez muitas pessoas não tenham aplaudido o show mas ele apresentou um conceito único. Depois houve Nineteen to Twenty, (Finalmente Adultos) por mais decepcionante que tenha sido a execução, a ideia de pluralidade do show ainda foi bem aproveitada. Quem pode esquecer A Batalha dos 100 que continuou a ser visto mundo afora durantes várias semanas após o lançamento.

É por isso que essa nova modalidade de entretenimento parece que veio para ficar de vez. E aparentemente o mais bem sucedido do lote, A Batalha dos 100 parece ter encontrado adversário à altura. Digo isso porque o primeiro show foi sobre força física, e o segundo foi sobre a força das faculdades mentais. A Netflix como todos sabem, é conhecida por disponibilizar na plataforma alguns dos melhores reality shows. E ela às vezes faz questão de se arriscar mais, e pode funcionar bem. O Jogo do Diabo novo reality da Netflix é uma combinação coreana de um game e um reality show. São 12 episódios completos de uma hora, onde todos os participantes estão confinados em uma casa. O primeiro episódio detalha o que e como será o jogo e faz uma breve apresentação de cada participante fazendo com que o público se familiarize com cada um deles. Talvez a série tenha algo mais a oferecer. Eles têm partidas diferentes em cada episódio e são bastante detalhados. Em O Plano do Diabo a 1ª temporada surpreenderá muitos espectadores que estão obcecados por reality shows na Netflix por causa do quão enigmaticamente projetado é o game show.

Análise da 1ª temporada do Reality O Jogo do Diabo

Nesta competição, os competidores se enfrentam em jogos de inteligência e estratégia para serem coroados vencedores e irem para casa com o grande prêmio final. E logo no inicio já são alertados pelo apresentador mascarado: "desde que não recorra à violência ou ao roubo, você pode seguir qualquer curso de ação dentro do escopo das regras dos jogos". Os quatro primeiros episódios já estão na Netflix  e foi bem inteligente a forma como eles dividiram os concorrentes. Na luta principal do primeiro episódio, cada competidor apresentou sua própria versão do jogo. Existem muitos jogos mentais ao longo da série, e o conjunto de diretrizes é bastante confuso.

Há em alguns momentos são apresentados muitos elementos ao mesmo tempo, o que pode deixar um pouco confuso. Mas ainda consegue prender a atenção do espectador. O homem mascarado aparece no interfone no início do episódio 1 e explica o que cada participante tem que fazer para permanecer no jogo. Cada competidor recebe uma peça para começar e, eventualmente, eles podem usar essa peça de ouro como alavanca durante todo o seu tempo lá. No final, o jogador  que recuperar o maior número de peças será coroado o vencedor. No entanto, se houver alguém que não tenha uma peça de ouro em determinado momento, eles são eliminados. O game show é interessante porque o jackpot começa em $0, e então a cada partida o jackpot aumenta. E depois de algumas rodadas o vencedor pode ganhar até $375,312,62. Não existe uma linha de raciocínio lógico para jogar o jogo porque cada participante adota uma estratégia diferente. A vivencia social é muito importante por conta das peças de ouro que cada participante pode acumular.

Vale a pena assistir à 1ª temporada de The Devil's Plan?

Os primeiros episódios são interessantes por causa das personalidades do jogo. Você começa a ver pessoas diferentes interagindo por diferentes razões por causa de suas estratégias, e todas elas estão em ambientes próximos. Não é muito fácil acompanhar a sequencia de acontecimentos, com cada jogador ocupando um papel secreto. Mas em alguns momentos o show nos permite sentir que estamos no jogo com eles. Essencialmente, este é um grupo de pessoas com QI acima da média foi confinado em uma casa para competir entre si por um gigantesco prêmio em dinheiro.

Ok, sabemos que eles estão lá pelo dinheiro e não par demonstrar suas capacidades intelectuais, como fez parecer no início. Mas uma coisa boa sobre os mentirosos e os contadores de falsas verdade é que eles são suficientemente charmosos, o que nos faz esquecer que este é um show roteirizado. Finalmente, acrescentando à nossa lista de reclamações, por que os participantes estão trabalhando para o diabo? São anjos renegados ou é uma mensagem sobre a avareza causada pela inteligência? Só queríamos uma resposta para esta pergunta. O Jogo do Diabo Novo Reality Show Outro grande problema desses reality shows é que, o público não torce por alguém por causa do quão bem ele possa  deduzir algo. Em um grupo como este de O Plano do Diabo, todos os participantes parecem estar no mesmo nível. O que dificulta a escolha por um personagem para torcer por ele. Depois de assistir aos 12 episódios desta série, é possível afirmar que o o vencedor foi o ideal. Pois ele respeitou tanto o jogo quanto os companheiros que fez ao longo do caminho. Além disso, depois de ver uma disputa interna entre Seok-jin e ORBIT ao longo da jornada, especialmente com os outros jogadores tentando se unir a eles como seus líderes, (a maioria deles sendo manipulados), foi um final razoavelmente satisfatório. Vendo a batalha entre os dois se enfrentando em uma série de jogos de esperteza simples e nada mais. Read the full article

[albieboticelli]

• — você não ficou sabendo? [ albie s. botticelli ] acabou de chegar em sg, vamos ser sinceros ele se parece muito com [ adam dimarco ]. você sabe, aquele que tem [ 28 ] anos e é conhecido por ser [ winehunter ]? eu fiquei sabendo que ele pode ser [determinado], mas também [reservado]. só me pergunto o que o futuro reserva para ele.

BIOGRAFIA

Na mitologia, Ulisses foi o primeiro grego a visitar a Sicília, onde encontrou um grupo de ciclopes que habitavam uma terra fértil.  As pastagens brotavam sem esforço permitindo-lhes viver apenas de pastorear seus rebanhos de ovelhas. Lá  fora feito prisioneiro do ciclope Polifemo, que já comera dois de seus homens no jantar e dois no café da manhã. A história se segue quando o grego entorpece o gigante servindo-o abundantemente de vinho. Grato, Polifemo pergunta a Ulisses seu nome, prometendo que ele seria o último a morrer. O rei lhe responde:  Outis, ninguém, em grego. Assim que o ciclope adormece, o herói aquece uma ponta de estaca na fogueira e, com quatro de seus homens, enterra-a no olho do monstro. Cego e angustiado de dor, Polifemo começa a gritar. Seus vizinhos ciclopes vêm em seu socorro e perguntam quem o havia ferido, ao que Polifemo responde: “Ninguém”. Com isso, Ulisses e seus homens conseguem escapar, mas, ao partir, zomba do ciclope que atira pedras do alto do Etna em direção à voz do grego, quase acertando seu navio e deixando enormes pedras na costa que podem ser vistas até hoje.  

Próximo as pedras do da costa, localiza-se a frondosa mansão de Màrtin Botticelli, construída sobre os lucros exorbitantes da bem sucedida viniola La Trattoria, onde há décadas pais educam seus primogénitos para uma dia o sucederem. Tal qual a tradição, esse era o seguimento que o primogénito de Martin e sua impecável esposa, a designer de jóias, Antonella Savoia tinha predestinado para si, desde seus primeiros dias. Calculosamente educado para ser um bom empresário, Alberto Botticelli, ou Albie como chamado pelos familiares, apredeu ainda em terna idade que gentileza e carisma, ainda que embebida de segundas intenções, eram uma das chaves do sucesso,assistira isso diversas vezes quando seu pai, tal qual Ulisses, embebia diversos sócios discordantes até chegarem ao senso comum, ou mesmo quando o fazia com sua mãe, com as diversas amantes que tivera durante o tempo de casamento.   

Um berço de ouro talhado pelas melhores uvas que se poderia buscar por toda Sicília sempre rendera a Albie os privilégios dos quais ele nunca se esquivava, desde as roupas confortáveis ao sucesso acadêmico, que nem sempre vinha por mérito, embora fosse um jovem esperto e empenhado, bem sabia que se algum dia desejasse, não precisava ser nada daquilo. Podia ser só o que desejasse, ter só o que desejasse, com um sorriso convincente e uma conta recheada. Alberto ainda pela adolescência se tornou um home interessante, que disfarçava com excelência a atenção de interesses que seus pais mantinham sobre si, as discussões e discordâncias eram sempre compradas, bem como acontecia com sua mãe e suas irmãs caculas. Até que, como em qualquer corrida pouco leal, Alberto cansou e talvez também sua mãe, considerando o pedido de divórcio feito pela mulher em meio a o jantar de aniversário de 16 anos do primogênito. A situação na casa durante todo o processo de separação foi um verdadeiro inferno e deixou cada um dos filhos com marcas irreparáveis, mesmo aqueles que correram para longe, como foi o caso de Albie. Comprometido com a escola em Veneza e a posterior faculdade de administração em Oxford, o rapaz pisava em casa apenas para fazer sua parte na empresa, porque apesar da vontade de laços cortados, a tradicional ambição ainda o fazia voltar. Tanto que, ao fim da graduação, lá estava Alberto, enfiado em Roma, embebido em negócios ou viajando de um canto a outro procurando novas vinícolas, novas combinações de uva, novos toques. Talvez a andança se devesse ao fato de não suportar assistir seu pai se enfiar numa sequência de relacionamentos falidos, ou sua mãe, que casara com tamanha intensidade com o trabalho que mal tinha tempo para os filhos, inclusive para o casamento de Angela, a filha cacula. Bem como os pais, Albie foi se tornando cada vez mais ausente, enfiando-se nas funções que o interessavam.

Todavia, mesmo escapando da cidade natal, foi a ela que retornou quando a notícia de uma acidente envolvendo sua mãe foi sabida. Saiu ás pressas da Grécia em retorno a mansão que o aguardava. Màrtin, mesmo após os anos de separação era o homem mais desolado do mundo e, embora houvesse certo grau de rancor... Alberto simplesmente não conseguiu mais ir embora, por um longo tempo. O luto trouxe uma aproximação entre os dois que talvez nunca tivesse existido antes, fora também quando começou a entrar ainda mais dentro dos negócios da família, tornando-se o sucessor obvio mesmo quando as Angela e Francesca eram nitidamente mais responsáveis... Vocês sabem como funcionam dinarquias, sejam elas pautadas em terras a conquistar ou a cultivar, no final das contas, se molham em concessões, porque vocês bem sabem que um pai faz tudo pelo filho e o bom filho à casa torna.

Era agora responsável por muitos dos negócios fechados, saia mundo a fora para fazê-los, foi em uma dessas viagens, numa volta a Veneza que o homem conheceu Anna, a mulher que fez seu coração bater mais forte do que qualquer outra coisa que já tivesse vívido. Embora tivessem diferenças, tanto pelo estilo de vida quando pela sutil diferença de idade que tinham, pareciam complementares ao ponto de pouca coisa importar. Para Alberto, nem o fato de ela ter outra pessoa importava, porque ele tinha a certeza de tê-la tão apaixonada quanto ele estava e que, a qualquer momento resolveria sua situação com outro homem. Não se importava muito de ser amante da amada, porque... por um longo tempo, inteligência a parte, realmente acreditou que acabariam juntos, ao menos até vê-la chegar em um evento beneficente importante de bracos dados com outro homem. Seu pai. O outro homem no mundo de Anna era Màrtin Boticelli e foi isso que bastou para parecer que parte do mundo de Albie havia desabado. Uma discussão acalourada porém silenciosa aconteceu naquela noite num canto do jardim, chegando num consenso de afastamento que...

Bem, Alberto tentou se afastar. Mas, ficou díficil quando os olhos de cigana de Anna agora estavam com frequência rondando sua casa, quando as longas encaradas eram trocadas em uma sala cheia ou um jantar familiar. Parte dele não estava pronto para abrir mão dela e a reciproca parecia verdadeira mesmo após o casamento que a transformara em sua madrasta. O que havia começado em belos restaurantes e hotéis italianos agora se fazia na sombra da noite, a espreita e parecia um ciclo vicioso entre o prazer e a culpa, até a noite em que não conseguiu aguentar mais e precisou de uma resposta, de uma decisão. A qual Anna tomou. Não deixaria o casamento, não deixaria a informada maturidade do relacionamento que tinha. Não deixaria o acordo pré-nupcial milionário que havia assinado. Não poderia. Bem como, a partir daquele instante, o peso da rejeição embebido da culpa do que vinha fazendo não o deixaria ficar mais ali. Saiu mais uma vez em viagem, sob o pretexto de fechar um excelente porém demorado negócio nos Alpes Suicos, se instalando numa casa de campo da família na cidade de Saint Gigolph. Bem... Não que, ao contrário de Ulisses, era péssimo em vencer batalhas e bom em fugir?

 PERSONALIDADE

Alberto é o que pelo menos 70% das pessoas poderia almejar ser ou ter, e parte dele sabe disso. Seu sorriso de canto vestindo uma confiança velada e discreta podem moldar uma boa carapuça, embora tenha tido o ego ferido após a rejeição. É com certa frequência sociável, embora com um tanto de introversão, se tornando um melhor ouvinte do que contador de histórias, especialmente por querer deixar alguns detalhes de sua vida embebidos e enterrados abaixo de uvas. Apesar da frequente fuga de drama familiar, Alberto costuma ser alguém determinado as coisas que quer, claro, contanto um pouco com  a sorte dos deuses, afinal, Baco costuma ser generoso, bem como o próprio Boticelli, que não mede esforços para recompensar os que julga merecer.