#panel de bambu
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cunhacruz2 · 5 years ago
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Por uma ‘filosofia com as pessoas dentro’ no tempo do antropoceno
Inicio com uma pequena história: É manhã de um dia como qualquer outro no interior do estado de Minas Gerais, região sudeste do Brasil¹. A data, aqui, é impossível precisar, talvez fim da década de 30 ou início da de 40. Crianças de idades distintas dividem uma pequena sala, construída de pau a pique (um tipo construção precária, resultado do entrelaçamento de bambus e barro) com sua única professora. A rotina dá lugar ao pavor: um barulho assombroso toma conta do espaço miserável feito escola. Num misto de curiosidade e pânico, professora e alunos saem para ver o que é, afinal, o desconcertante som. Na mesma rapidez, e agora envoltos em pânico, retornam para o interior do lugar. A professora, em reação imediata, recomenda que todos se abriguem por debaixo das mesas: no céu desponta um objeto em forma de cruz, e na medida em que a peça se aproxima, o barulho só faz aumentar. Só depois de minutos que o estrondo não podia mais ser ouvido, que os corpos miúdos puderam sair de seus refúgios e, mais tarde, retornar aos seus lares. Anos mais tarde, e com a chegada de novas notícias, se dão conta que o objeto era, na verdade, um avião que fazia seu trajeto pela região e que, logo, não se tratava do esperado apocalipse.
A relato acima descrito fora feito por minha avó paterna, Maria José, durante minha infância. Rindo do que dizia ser ignorância dela, fazia saber, a mim e a quem quisesse ouvir, essa e outras histórias. Entretanto, e apesar de o caso narrado não ter sido, em si, o fim do mundo, não é possível dizer o mesmo sobre a vida da narradora original: Maria José, semi-analfabeta, casou-se aos 16 anos e teve 12 filhos². Até que a doença e morte de seu marido exigisse o êxodo rural, quando o mais novo dos filhos (meu pai) tinha 17 anos, Maria José e toda sua família vivia de uma mísera parte do muito que produziam para seus patrões. Após o êxodo, passou a vida como boia-fria em plantações de café. Próxima à sua morte, ocorrida em 2009, e já acometida pelo que mais tarde se descobriu ser uma severa leucemia (que a causara feridas pelo corpo), Maria José foi chamada para um dia de trabalho doméstico em uma fazenda da região. Recebeu, ao fim desse dia, dois litros de leite que foram colocados em uma garrafa PET. Dois litros de leite e nada mais.
Maria José, que teve medo do fim vindo do céu, talvez nunca pudesse imaginar que a ela não coube o mundo, tal como muitos do ocidente moderno o conhecem. Mas ela não foi a única: espalhados desde as mutiladas florestas tropicais até os subúrbios das megalópolis internacionais, inumeráveis populações e espécies vivas, humanas e não-humanas, dos séculos que nos antecedem e do presente que vivemos, talvez viveram e vivam mesmo somente o “fim”. São os que, em comunicação, Juliana Fausto (cf. 2014) chamou de “desaparecidos do Antropoceno”. Desses desaparecidos, “subversivos pelo desacordo entre seu modo de vida  e aquele único aceito pelo poder que se impõe sobre eles” (ibid.: 3), alguns são, agora, vistos com atenção: relatório recentíssimo do Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, da Organização das Nações Unidas, (IPBES/ONU, 2019) dá conta que ao menos um milhão de espécies correm o risco de serem extintas já nos próximos anos.
O alerta só faz confirmar a proposição de um novo tempo³, bem como o colapso climático e ecológico que presenciamos: tempestades e estiagens anômalas em todo globo, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, acidificação dos oceanos, extensiva degradação dos solos e desertificação de áreas inteiras, além de, como mencionado supra, extrema marginalização de populações humanas e extinção de inumeráveis espécies animais e vegetais. Para que se tenha uma ideia, e de acordo com o último relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC/ONU, 2018), se não limitarmos o aquecimento global à meta de 1,5º Celsius, entre 2030 e 2050, os efeitos para o Planeta serão devastadores e irreversíveis. Contudo, de acordo com o Climate Transparency (2018), por meio do documento “Brown to Green”, se mantivermos os mesmos níveis de queima de combustíveis fósseis da atualidade, no fim do século a temperatura média da Terra estará, ao menos, 3,2ºC acima da registrada no início da Revolução Industrial, muito além da meta de 1,5ºC definida no Acordo do Clima de Paris. Em síntese, estamos diante de um tempo em que os velhos fósseis estão a produzir, numa assustadora progressão geométrica, novos fósseis (cf. Haraway, 2014: 10’01”).
A tudo isso, ou seja, às mudanças-tornadas-crise, e como deixei escapar pouco acima, geólogos-feitos-filósofos, propuseram um termo: Antropoceno. “Anthropo”, como já bem sabido, diante do considerável consenso científico sobre a matéria, devido as ações antrópicas intensificadas após a Revolução Industrial, do século XVIII. O termo, e bem apesar da dúvida sobre a persistência do conceito (cf. Haraway, 2016) e de suas armadilhas práticas, de acordo com Bruno Latour (cf. 2014: 12),  se usado de maneira sensata⁴, oferece um modo poderoso “de evitar o perigo da naturalização à medida que permite reconfigurar o antigo domínio do social - ou ‘humano’ - em domínio dos Terráqueos ou dos Terranos”, isso porque, o conceito pode nos atentar para a “recusa decisiva da separação entre Natureza e Humanidade, que tem paralisado a ciência e a política desde a aurora do modernismo” (ibid.: 13). Em suma, o termo, como defende o autor, enquanto híbrido que mistura geologia, filosofia, teologia e ciência social, é (i) a melhor alternativa que temos para sair da noção de modernização e, seu uso serve principalmente, enquanto (ii) um toque de despertar. (cf. loc. cit.)
De tal maneira, são diante dessas pontuações que coletivos científicos de diversos países vêm se dedicando ao empreendimento de dar respostas ao que mais acima chamei de mudanças-tornadas-crise⁵. Por vezes denominadas de “ciências do Antropoceno”, tais coletivos reúnem pesquisadores e pensadores das mais distintas áreas, da biologia à geologia, da física às engenharias, da climatologia à meteorologia, ou ainda, da ciência política à economia, da sociologia à história, e, inegavelmente, da filosofia à antropologia. Seus problemas de pesquisa vão desde as questões diretas, que nos levaram a tal crise, até mesmo às possíveis soluções a este momento. Figuram, em tal cenário, reflexões sobre o capitalismo selvagem, os impactos planetários de inúmeras ações encampadas pelos países ricos e, ainda, questões que envolvem as populações autóctones e/ou tradicionais, seja tomando-as como vulneráveis ou como portadoras de uma opção prática às desvitalizadoras ações ocidentais modernas.
É a partir disso, então, que, especialmente na antropologia, um conceito entra em jogo: o de simetria. Como bem sabido, a ideia de uma antropologia simétrica, elaborada por Bruno Latour, ganhou, nas últimas décadas, enorme importância dentro e fora da antropologia acadêmica. Por meio do que muitos chamam de uma “antropologia do mundo moderno”, Latour (1991 [2013]), ao questionar o que seriam os próprios pressupostos constitutivos de um mundo dito “moderno”, propõe, à disciplina, uma reunião do que denomina formas modernas e não-modernas de conhecimento, bem como o rompimento da separação entre natureza e cultura, coisas e pessoas. Em sua proposição inicial, denuncia que a própria antropologia, em suas conjecturas até então vigentes, ao saber “mais sobre os achuar, os arapesh, ou os alladians do que sobre nós mesmos” (ibid.: 114) demonstraria sua impossibilidade em seguir o que chama de “redes”. Segundo o mesmo autor, essas redes seriam sínteses definidoras na própria caracterização dos povos ditos Modernos (em maiúsculo) e dos não-modernos. Sinteticamente, a diferença entre ambos se concentraria em uma dita diferença de escala, ou seja, na diferença do comprimento das redes sociotécnicas tomadas por esses dois regimes dos coletivos.
Dessa forma, competeria à antropologia dita [triplamente (cf. ibid.: 101)] simétrica, explicar (i) “com os mesmos termos as verdades e os erros”, (ii) estudar “ao mesmo tempo a produção dos humanos e dos não-humanos” e (iii) ocupar uma posição intermediária (no meio) “entre os terrenos tradicionais e os novos, porque suspende[ria] toda e qualquer afirmação a respeito daquilo que distinguiria os ocidentais dos Outros” (loc cit). Para o autor, essa proposição causaria à antropologia uma perda do exotismo ao mesmo tempo que ganharia “novos terrenos” que a permitiria “estudar o dispositivo central de todos os coletivos, até mesmo os nossos”. A análise das redes, em suma, e diante de tal cenário, estenderia a mão à antropologia e lhe ofereceria “a posição central que havia preparado para ela” (op. cit.) De tal maneira, o exotismo “moderno” consistiria, unicamente, em tomar os supramencionados comprimentos das redes (“mais ou menos longas, mais ou menos conectadas”) como aquilo que definiria o nosso mundo e que nos tornaria distintos de todos os outros. (ibid.: 120) Para tanto, na reconstituição da Constituição “não-moderna” (cf. ibid.: 137), dos “Modernos”, que jamais o fomos, deveríamos, na opinião de Latour, preservar as longas redes criadas por esses, redes essas que seriam, para ele, um avanço histórico inegável.
É tendo isso em mente que, antes de continuar, imagino ser necessário rememorar e corroborar, telegraficamente, as críticas que recaem sobre o egrégio autor. Começo por onde estamos: como estabelecem Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro no fundamental Há Mundo Por Vir? (2017), a definição mesma de Antropoceno consiste no fenômeno do colapso das magnitudes escalares (cf. ibid.), justamente porque como muito bem acentua Strathern (2017: 268ss), o poder de tais redes, a saber, o de estabelecer conexões infindáveis e duradouras que tratariam igualmente natureza e cultura, coisas e pessoas, é também o seu problema, uma vez que, teoricamente, elas não têm limites⁶. Na opinião de Strathern, portanto, é necessário que se reconfigure relações (cf. ibid.: 201 ss) e escalas (cf. ibid. 225ss), [re]compreenda as novas modernidades (cf. ibid. 287ss), e, enfim, se corte as redes (op. cit.). Essa última empreitada, na opinião da autora, não se configuraria como algo inédito aos euro-americanos, uma vez que as mesmas já o são feitas ou delimitadas na própria ideia de posse, de pertencimento e propriedade (loc. cit.).
Creio ser importante pontuar também aqui a constante separação feita por Latour entre Modernos e não-modernos. Seguindo as exatas alertas postas Viveiros de Castro (2016), ainda que ao revés do que prega o próprio Latour, tais conceitos se veem constantemente imbricados num viés evolucionista que torna a noção “não-moderna” como sendo quase sinônima de primitivo, atrasado, ou subdesenvolvido. Isso chama ainda mais atenção quando esses próprios ditos não-modernos, são, agora, “chamados a vir em socorro dos velhos Modernos subitamente extenuados, acossados como se acham, de um lado, pelos novos Modernos do Oriente, [...] e, de outro, pela ‘intrusão de Gaia’” (ibid.: 2). Como já tentei demonstrar no início deste ensaio, são chamados porque “desta vez, as coisas podem acabar mal para todo mundo, em toda parte, de um modo ou de outro” (D & EVC, 2017: 130 ss). Em questão de redes ou de modernidades, é preciso dizer, Latour não “parece estar preparado, ele, para encarar de frente a situação altamente provável que sejamos nós, os povos do Centro, [...] que tenhamos muito em breve que baixar a bola [ou repensar nas redes], reduzindo a escala de nossos confortáveis modos de vida” (loc. cit.).
Mas tendo dito o que não aproveitar, ou melhor, o que ter cuidado ao tentar aproveitar, é preciso dizer o que é fundamental para gozar da inegável contribuição de Latour à antropologia como um todo: isso porque, se levarmos a noção de simetria às últimas consequências, ou seja, se a levarmos a sério, tomando-a, ela própria, como instrumento para que baixemos a bola, não só as pontuações supra são definitivamente registradas, como seus ensinamentos outros são perfeitamente assimilados. Justamente porque, como nos contempla o próprio autor, é preciso “tornar-se capaz de enfrentar não as não crenças que não nos tocam diretamente [...] mas sim os conhecimentos aos quais aderimos totalmente.” (Latour, 1991 [2013]: 91). Isso porque, como o próprio Latour coroa, o princípio de simetria restabelece “a continuidade, a historicidade e, vale lembrar, a justiça” (ibid.: 93). Em suma, se é possível fazê-lo aqui, através da simetria, precisamos traçar, “ao mesmo tempo” a dimensão “Moderna” e a dimensão “extra-moderna”⁷, “desdobrar a latitude e a longitude que irão permitir o traçado de mapas adaptados aos trabalho de mediação e purificação” (ibid.: 76).
Mas o que seria, afinal, “levar a sério” a ideia de simetria nos casos que aqui discuto? Utilizo, de maneira levemente modificada [ou perspectivamente torcida], uma expressão disposta por Eduardo Viveiros de Castro (cf. 2002b). Na proposição inicial, o autor sugere, ao fazer alusão à sua proeminente teoria do Perspectivismo Ameríndio, ou Multinaturalismo, (cf. 1996, 2009 [2018]), que tomemos como teoria o que nos dizem nossos interlocutores de pesquisa, nossos “nativos”, ou ainda, que saibamos transformar as concepções em conceitos, extraí-los delas e devolvê-los a elas (EVC, 2002: 128).  Como conceito o autor denomina “uma relação complexa entre concepções, um agenciamento de instituições pré-conceituais” onde, no caso da antropologia, “as concepções em relação incluem, antes de mais nada, as do antropólogo e as do nativo - relações de relações.” (loc. cit.). Levar a sério, portanto, é tomar o pensamento nativo como “atividade de simbolização ou prática de sentido” (cf. ibid: 128ss). Para usar um dos exemplos dados pelo próprio autor: no multinaturalismo, dizer que os pecaris são humanos “não nos ‘diz’ nada sobre os pecaris, mas muito sobre os humanos que o dizem” (cf. ibid.: 132ss) e que, portanto, reduzir o interlocutor indígena “a um discurso que ‘fala’ apenas de seu enunciador é negar a este sua intencionalidade e, de quebra, é obrigá-lo a trocar o seu pecari por nosso humano.” (cf. loc. cit. ss)
Qual seria a torção de perspectiva, portanto? Ora, simetricamente, e duplamente, (i) a de tomar os diversos coletivos científicos acima mencionados como nativos, e de, sendo nativos, (ii) levá-los, antropologicamente, enquanto coletivos, a sério, ou seja, tomar suas concepções (entre elas, homem, ciência, mundo e fim) enquanto conceitos. Essa postura, creio eu (é uma aposta), pode (i) apontar para as assimetrias nas quais estamos imbricados e que não podemos ver por estarmos perto demais, ou por simplesmente imaginar que o estamos, bem como, por isso mesmo, (ii) ajudar-nos a cruzar a fronteira entre o que chamamos ser pessoas e coisas, modernos (agora em minúsculo) e extra-modernos. De fato, nosso presente é o Antropoceno, esse é o nosso tempo (D & EVC, 2017: 20), mas é preciso, enquanto há tempo, resistir a ele. Resistir tomando nossos coletivos científicos com as pessoas dentro [“with the people in”] (Ingold, 1992, 2014), ou seja, (i) recordando daqueles, que como Marias Josés, Cintas Largas e os mártires de barragens, viveram o fim em sua integridade e que, por um motivo ou por outro, tiveram seus fins ignorados, bem como (ii) reconstruindo categorias considerando as cosmopolíticas (Stengers, 2018) e [contra-]ontologias dos ditos povos menores. (EVC, 2016) Quem sabe, assim, confirmaremos que a vida repete a teoria (Peirano, 2008).
¹ O presente ensaio foi aceito para apresentação no XVIII Congreso Interamericano de Filosofía, realizado no mês de outubro de 2019 na cidade de Bogotá, Colômbia, sob o título “For a ‘philosophy with the people in’  in anthropocene time”. Entretanto, a falta de recursos que abatera o Estado brasileiro, dentre outros problemas, impediu que o mesmo fosse devidamente defendido.
² Utilizo essa menção para fazer uma homenagem, ainda que miúda, àqueles que me trouxeram e me fizeram no mundo. Homenageio meu pai, Hélio Humberto da Cruz, que é uma das mentes mais transparentes e geniais que tenho ciência, apesar de não ter tido a oportunidade e o direito de ter concluído sequer seu ensino fundamental. Filho caçula, aos 14 anos, e diante do grave adoecimento de seu pai, meu avô (a quem foi negado um serviço de saúde público e de qualidade), foi obrigado a tornar-se o responsável pelo restante da família. Perdeu sua juventude no calor do sol do cerrado mineiro, mas ganhou e continua ganhando a admiração de quem quer que o encontre. Homenageio também minha mãe, Geralda Emília Cunha Cruz, que perdeu o pai aos dois anos de idade e enfrentou, já na primeira infância, a fome e o abandono ao lado de seus irmãos e mãe (cardíaca que também foi negado o acesso à saúde). Marcada nas costas com sinais de violência de quando ainda era uma menina, voltou à escola, concluiu os ensinos fundamental e médio por meio do programa de educação de jovens e adultos, o EJA, cursou o magistério e hoje, aos 52, está prestes a concluir o curso superior de pedagogia. Aos meus pais, todas as minhas ações. É para e por eles que aqui estou.
³ “Interestingly, climate change isn’t the strongest argument [for the proposition of a new geological epoch, the Anthropocene]. The strongest argument is biodiversity. Why is that so? Many of the earth’s epochs are defined by sharp changes in fossil record. Something happened to the biology of the planet. [...] in many cases, periods of earth history are defined by abrupt changes in the biological part of the planet. We’re seeing it now. Extinction rates are 100 to 1000 times background level. That’s due to us, of course.” (Steffen, 13’13”, 2010)
⁴ Para Latour (op. cit.), “o Antropoceno pode transmitir o pior - ou o que ainda é pior, transmitir mais do mesmo -; isto é, o movimento de vai e volta entre, de um lado, a ‘‘construção social da natureza’’ e, de outro, a visão reducionista dos humanos feitos de carbono e água, forças geológicas entre outras forças geológicas, ou, ainda, lama e poeira sobre lama e poeira.” 
⁵ O faço levando em conta uma advertência feita por Greta Thunberg, de 16 anos, ativista do clima e idealizadora do movimento “Fridays For Future” de greves e manifestações, promovidas por adolescentes, que cobram posições governamentais a respeito da crise climática. Para Thumberg, “ It’s 2019. Can we all now, please, stop saying ‘climate change’ and instead call it what it is: climate breakdown, climate crisis, climate emergency, ecological breakdown, ecological crisis and ecological emergency?” (Disp. em: https://bit.ly/30qBvk7).
⁶  “Se elementos diversos compõem uma descrição, elas parecem tão extensíveis ou intricados quanto é extensível e intrincada a própria análise. [...] E podem-se sempre descobrir redes dentro de redes; é esta lógica fractal que faz de qualquer comprimento um múltiplo de outros comprimentos ou de um elo numa cadeia, uma cadeia em outros elos. E, no entanto, a análise assim como a interpretação, deve ter um fim. deve se realizar como lugar de parada.” (loc. cit.)
⁷ Este conceito sim, uma vez que, ao contrário da ideia de “não-moderno”,  o considero, até o momento, epistemologicamente corrigido. 
Bibliografia:
CLIMATE TRANSPARENCY. Brown to Green: the G20 transition to a low-carbon economy. Berlin, Germany, 2018. Disponível em: https://www.climate-transparency.org/g20-climate-performance/g20report2018.
DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis, Cultura e Barbárie : Instituto Socioambiental, 2017.  (Versão em inglês: The ends of the world. Malden, MA: Polity)
FAUSTO, Juliana. Os desaparecidos do Antropoceno. Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com /2014/11/juliana-fausto1.pdf > 
HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantatioceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom Cultura Científica - pesquisa, jornalismo e arte, a. 3 n. 5, São Paulo, 2016.
_______. O Chthuluceno é uma saída do Antropoceno? Os mil nomes de Gaia, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: https://youtu.be/1x0oxUHOlA8. 
IPBES/ONU. Summary for policymakers of the global assessment report on ecosystem services. IPBES secretariat, Bonn, Germany, 2019. Disponível em: https://www.ipbes.net/global-assessment-biodiversity-ecosystem-services. 
IPCC/ONU. Special report on Global Warming of 1.5ºC approved by governments. In. Press, 2018.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio em antropologia simétrica. São Paulo, Editora 34, 2013. 
_______ Para distinguir amigos e inimigos no tempo do Antropoceno. Revista de Antropologia, v. 57 n. 1, São Paulo, 2014.
PEIRANO, Mariza. Etnografia, ou a teoria vivida. Ponto Urbe, 2, São Paulo, 2008. 
STEFFEN, Will. The Anthropocene, TedxCanberra, 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ABZjlfhN0EQ.
STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 69, 2018.
STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo, Ubu Editora, 2017.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas Canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo, Ubu Editora, N-1 Edições, 2018. 
_______. O nativo relativo. Mana, v. 8 n. 1, Rio de Janeiro, 2002. 
_______. Os pronomes cosmológicos e o Perspectivismo Ameríndio. Mana, v. 2 n. 2, Rio de Janeiro, 1996. 
_______. Sobre os modos de existência dos coletivos extramodernos: Bruno Latour e as cosmopolíticas ameríndias. Projeto de pesquisa, 2016. Disponível em: https://www.academia.edu/21559561/;Sobre_o_modo_de_existencia_dos_coletivos_extramodernos. 
WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo, Cosac Naify, 2010. 
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paredes3d-paneles3d-blog · 7 years ago
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tlatollotl · 7 years ago
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Building sites in Hong Kong often show a collision between tradition and modernity: bamboo scaffolds, some thirty stories high, envelop skyscrapers under construction (Figure 1; Waters 1998; also Sky-high scaffolds; Bamboo spider-men). The virtues of the material are that it is “primitive without being old-fashioned, time-saving without being insecure, and economical without being impracticable” (Waters 1998:20). Less eloquent explanations are that, unlike scaffolds of metal, bamboo can be stored in the open without risk of theft; the material is also inexpensive, sustainable, flexible, reusable (up to three times, depending on conditions of storage), quickly erected, and cantilevered with relative ease over empty spaces (Waters 1998:26, 30).
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Figure 1. Bamboo scaffolding, Causeway Bay neighborhood, Hong Kong (Photograph by Claire Gribbin, Creative Commons License).
Bamboo tends to be seen as quintessentially oriental. Its tender shoots, processed to remove toxins (cyanogenic glycosides, also in cassava), find their way into many dishes, and an entire sub-genre of Chinese painting, the “Four Gentlemen” or “Noble Ones,” focuses on its depiction along with peers like the plum blossom, chrysanthemum, and orchid (bamboo embodies the summer, the others, respectively, winter, autumn, spring; see also Cahill 1997:187–192; see also Bickford 1999:147, on literary and visual traditions of bamboo and other plants; Hsü 1996:25, on links to gentlemanly virtue). The experience of a bamboo forest, as Houston has experienced it on the outskirts of Kyoto, figures among the “100 Soundscapes of Japan” under protection by the Japanese Ministry of the Environment (Torigoe 1999).
But bamboo occurs more widely than that, and with consequences for understanding the ancient Maya. According to one source, “New World bamboos account for approximately half of the total generic and specific bamboo diversity” (Clark 1990:126; for Guatemala, see McClure 1973:88, 105, 106). An ethnobotany of the Tzotzil in Zinacantán, Chiapas, accords a page to them, and gives the plants a full array of local terms: bix (the generic category, “all bamboos, reeds or sprawling, reed-like plants,” Breedlove and Laughlin 2000:150), muk’ta ne kotom, yaxal otot, antzil bix, ton bix, chanib, and k’ox ne kotom (Figure 2; re: muk’ta ne kotom, “large coati tail,” there is a ko-to-ma on La Rejolla Stela 1:I9 [files at the Corpus of Maya Hieroglyphic Inscriptions, Peabody Museum, Harvard University], but the context is unclear; note, too, that the term “bamboo,” evidently of Malay origin, did not enter European languages until the 1590s or later, etymology). Some grow to over 20 m long, within “ravines in the understory of tropical deciduous forests in the lower temperate and lowland areas” (Breedlove and Laughlin 2000:150). Others are cut by men but brought home to women for use in looms, or do service as banner poles or the staffs of shamans (Breedlove and Laughlin 2000:150). A vigorous shake of a staff will protect the shaman from watchdogs. Many native species are known in Guatemala (bamboo in Guatemala). Today, in the Peten, the northernmost province, workers on archaeological projects used saplings or bamboo in equal measure, depending on proximity (Andrew Scherer, personal communication, 2017).
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Figure 2. Bamboos among the Tzotzil Maya (Breedlove and Laughlin 2000:plate 10).
While charged with working on the stuccoes of the Diablo pyramid at El Zotz, Guatemala, one of us (Taube) noted the presence of scaffold images with unusual attributes (Taube and Houston 2015:219–221). Criss-crossed poles had cross-wise stripes (a sign of darkness or even the color red? [see Stone and Zender 2011:124–125]), symmetrical volutes at what appeared to be natural joins in the material, and signs of lashing to keep the frame solid (Figure 3A). It soon became clear that the sign appeared on a variety of so-called “accession scaffolds” ranging in date from the San Bartolo murals of c. 100 BC to stelae at Piedras Negras, Guatemala, of Late Classic date (Figure 3C; Taube and Houston 2015:fig. 5.12). Other such trussed scaffolds exist, as on Stelae 1 and 2 at Cancuen, Guatemala, but there with what appear to be ta/TAJ signs for “pine,” also a lightweight material (Maler 1908:plates 12.2, 13.1; Figure 3B). For the first set of images, Taube conjectured that the vegetal material was none other than bamboo, in which small tufts shoot directly out of the surface (the culm internodes), often at joins (Figure 4).
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Figure 3. Bamboo in Maya imagery: (A) Diablo Structure F8-1 Sub IB, with cross-bands indicated (image by CAST); (B) Cancuen Stela 1, east side, with queen, pine struts cued (Maler 1908:plate 13.1); and (C) Piedras Negras Stela 11, base (drawing by David Stuart).
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Figure 4. Bamboo: (A) trunk with tufts at natural breaks [culm nodes] (Creative Commons); and (B) curling tufts, Sagano Bamboo Forest, Arashiyama district, Kyoto, Japan (photograph by Stephen Houston).
A singular advantage of Maya text and image, where both stand in close relation, is that, if plausibly interpreted, one helps to explain the other. It is possible that two spellings buttress the reading: one comes from a tomb painting at Río Azul, the other from the name of the Temple of the Foliated Cross (or at least its interior temple) at Palenque (Figure 5; see also the spelling on the altar of Temple XXI:G10). The example at Palenque may be our best point of entry, for it appears to contain bamboo struts, as well as two other elements (a snouted being and K’AN crosses). The one missing element, other than the NAAH for “structure,” are three vertical sprouts of vegetation. That is, an epigraphic control exists in which bamboo and its glyphic referent appear to be isolable. In fuller form, as at Río Azul, another part of the sprouted glyph appears, in this case a sign with vertical lines and horizontal dots. This glyph recalls another, a slightly distinct one, with tufts rather than leaf-like extrusions, that carries a proposed reading of AK or AKAN, “grass” (Stuart 2005:180 fn.59).
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  Figure 5. Bamboo in imagery, possibly in text: (A) East wall of Río Azul Tomb 6 (photograph by George F. Mobley, courtesy George Stuart); (B) glyphs of the Temple of the Foliated Cross, Alfarda:H1 (drawing by Linda Schele, photographer unknown); (C) roof of interior shrine, Temple of the Foliated Cross, bamboo cross-struts with K’AN crosses, corresponding to elements of name glyph (drawing by David Stuart); and (D) wall panel from interior shrine, Temple of the Foliated Cross (drawing by Linda Schele, Schele and Mathews 1979:#302).
But what to make of the sign that appears to refer to bamboo, the element with three vertical shoots? Pondering this evidence, Houston posited a reading of JAL because of the subfixed la syllable at Río Azul; a second such version, spelling ch’o-ko ?JAL-la yi-?cha-ni AJAW, is far later, from a jamb in Temple XIX at Palenque [Stuart 2005:fig. 20a]). Moreover, the YAX-JAL-la NAAH, “Green-blue Bamboo House” (a notional arbor?), seemed quite similar to the term for “bamboo” in Tzotzil: yaxal otoot (the latter being the word for “dwelling,” see above).
Of further interest were the following entries in Ch’orti’ Maya, the language closest to most of the inscriptions (Wisdom 1950, with the usual substitution in that language of r for l in some contexts):
harar                 ‘reed [generic], carrizo (a tall wild grass), arrow’
harar ak           ‘cane grass, reed grass [generic]; zacate amargo (tall wild carrizo-like grass)’
noxi’ harar       ‘a wild cane’
…and the telling gloss,
mak te’ harar   ‘vara de bambu (lowland dwarfish bamboo)’
Makte’ is simply a term for “fence” (“enclosure-tree/wood”), here specified as to construction material. Note too that, in cognate terms, j substitutes for h in many other Mayan languages, hence har/hal equates in such cases to jal (Kaufman 1983:1158). The usual trajectory of glyphic research is for someone else to have been there first. So too here, in a lexical listing by Erik Boot (2009:26, 82). Boot however, focused on “reed,” when other plants, namely, varieties of bamboo, might have been the actual target here.
The implications for Maya civilization are potentially momentous. Bamboo is one of the fastest growing plants in the world. The Guinness Book of World Records mentions species known to thrust upwards at 91 cm a day (Guinness). The rhizome-dependent pattern of growth in bamboo also makes them, to many a gardener’s dislike, hard to control yet endlessly abundant under certain conditions. Was this, in fact, an overlooked resource in Mayanist research, planted, tended, harvested, and widely employed when other vegetation proved scarce because of deforestation?
In the Orient, bamboo goes into buckets and all manner of receptacles, medicines, building materials, delectable food (again, if processed). A list from a traditional village in China dizzies with possibilities: “They live in bamboo houses, eat bamboo shoots, wear bamboo hats and shoes, cook food in utensils made of bamboo culm internodes, walk over bamboo bridges or cross rivers on bamboo rafts, and farm with bamboo tools” (Yang et al. 2004:161, Table 4). Such broad use, including use in the making of musical instruments, occurs throughout the indigenous Americas (Berlin et al. 1974:131; Judziewicz et al. 1999). Utensils in some Maya imagery might have been made of this perishable material, providing, according to one proposal, the formal source of Maya cylinder vases, later reproduced in fired clay (Bruhns 1994). The segmentation of bamboo also characterizes the depiction of atlatl or spear-throwers at the beginnings of the Late Classic period (Figure 6). Bamboo would have been grown, selected for desired width, and cut to suitable length.
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Figure 6. Possible use of bamboo atlatl or spear-throwers (K2036, Photograph by Justin Kerr, © Justin Kerr).
Other thoughts intrude: were the external holes in walls at Tikal simply for ventilation, or did some serve as footings for bamboo scaffolds? The relentless assault on plaster in the tropics, with the logical need for future repair, might explain these features (Figure 6, upper left; see also Coe 1990:figs. 209, 321; also, Penn Tikal Archive, #C63-004-0021, for close-up views of Temple I and its comparable holes). That is, provision was made for continued refurbishment or washes of lime-plaster. The complete decay of some vault-struts, now seen only as holes, many round, raise the possibility that at least some of them were of bamboo. Moreover, at Piedras Negras, Guatemala, Houston and his team found bushels of bajareque, mud placed on wattle that had baked into near-ceramics by random (or set) fires in buildings. The bajareque often preserves evidence of cylindrical wattle, perhaps also of readily harvested bamboo (unfortunately, few sections are long enough to detect its distinct segmentation); a similar find, wit. Such remains were found with wattle-and-daub at Cerén, El Salvador (Lentz and Ramírez-Soza 2002:34). And if deforestation were at all relevant, as appears to be true in many places, bamboo, with its rapid in growth and varied use, might even have been cultivated.
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Figure 7. Upper left, back of Structure 5D-23, 1st-B, rear elevation, holes highlighted in red (Coe 1990:fig. 129), and, lower right, bajareque, Operation PN11A-3-4 (photograph by Stephen Houston).
A chart of biosilicates extracted from the main aguada or reservoir in El Zotz, Guatemala, reveals a possible signature of this cultivation: the abundance, in the Late Classic period, of “native grasses,” which may represent the residue of bamboo (Figure 8; Beach et al. 2015:272). Bamboo has been found in late tombs in Río Bec, Mexico (Dussol et al. 2016:67), as well as in Chinikiha, also in Mexico (Trabanino and Núñez 2014: 156), but it seems also that the “great anatomic homogeneity of the monocotyledons [a flowering plant category to which bamboo belongs], as well as the lack of an anatomic reference collection specific to neotropical bamboos,” complicates their precise detection (Dusoll et al. 2016:67, for quotation, 63). Further, as archaeological residue, bamboos are fragile, preserve poorly, and “rapid combustion [of them] generally does not produce charcoal remains” (Dusoll et al. 2016:66). Another specialist underscores the problems of identification: “Poaceae pollen [in the taxonomic family that contains bamboo] is very plain in appearance via light microscopy, and the palynologist must always be careful not to confuse maize pollen with the similar-looking pollen of other grasses, aquatic grasses, or bamboos” (Morse 2009:177, citing Horn 2006:368). For his part, Kazuo Aoyama (personal communication, 2017), the most expert practitioner of microwear analysis in the Maya region, has actually tested bamboo and found it indistinguishable from other woods and pithy material in its effect on lithics (Aoyama 1989:202; Aoyama 1995:131; 1996:Tables 3.13. 3.14). Its “signature” appears to be ambiguous.
Perhaps, as has been suggested for pine, such plants were more commonly used than supposed, to be grown, moved, and traded as valued resources (Lentz et al. 2005). Its working, if discernible as to family or genus, may yet appear as residue on Maya stone tools (Andrew Scherer, personal communication, 2017). Or, like bamboo in many places, the plants grew to copious extent but became less salient in Maya lives as the forests (and other vegetal materials) recovered, populations declined, and need dropped. Of sufficient importance to appear in Classic art, and in dynastic and godly shrines, bamboo had receded in cultural and practical importance: it had become the stuff of shamans’ staffs yet sidelined from widespread use.
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Figure 8. Diagram of biosilicates, including possible bamboo pollen from El Zotz, Guatemala (Beach et al. 2015:Fig. 12.5).
Acknowledgements  
This essay benefitted greatly from discussions with David Stuart, who drew our attention to the Boot citation. Our good colleague, Jeffrey Moser, helped with sources on Chinese painting, Kazuo Aoyama commented on bamboo and microwear, Barbara Arroyo provided a key source, and Andrew Scherer offered comments on plant use in Peten, Guatemala.
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homeshopdk-blog · 5 years ago
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Få en alarm når din mad er klar til at blive taget af varmen og når din mad er klar til at blive serveret. Få en alarm ved lav batteri status på din MEATER eller hvis din probe er ved at blive for varm. Analyse Se hvordan din temperatur stiger eller falder over tid og lær hvor det er gået godt eller skidt. Gem alle data fra din MEATER probe - også selvom du mister forbindelsen til den. Gem alle tilberedniger og marker dine favoritter så de er nemme at gentage. Ønsker du at vide hvor mange gange du har tilberedt steaks? Hvor mange gange du har tilberedt til perfektion og andre detajlerede data? Med MEATER har du alt info ved hånden. Overvåg alle dine MEATER prober fra en enkelt enhed. Overvåg alle tilberedniger fra flere enheder så famile og venner kan holde øje med din mad. Tag billeder af din mad og del den på dine favorit sociale medier direkte fra MEATER app'en. Del dine tilberedelseindstillinger - Har du lavet den perfekte røgede spidsbryst? Del dine indstillinger med dine venner og lad dem gentage succesen.
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danndiaz-blog1 · 7 years ago
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Perspectivas del bambú para la construcción en México.
Su utilización cubre un rango muy amplio de aplicaciones como son: artesanias y pulpa para papel. El uso del bambú en la construction, principalmente de vivienda es muy amplio en algunos paises del continente americano. Su aplicacion se realiza de maneras muy diferentes, desde la construction de armaduras para cubiertas con las canas de bambu completas cortadas solamente a la longitud requerida por diseño, hasta las canas cortadas en tiras para fabricar paneles para muros de viviendas, sobre los cuales se coloca una capa de mortero para cerrar los muros. Sistema de tratamiento para preservacion del bambú: Como el bambú es muy susceptible al ataque de los insectos y de los hongos, lo mas conveniente es aplicarle algún tratamiento con preservadores para incrementar su vida útil bajo cualquier ambiente. Bajo condiciones normales la vida útil del bambú es de 1 a 3 años en contacto con el suelo; en interiores se incrementa su vida útil hasta 4-7 años y en zonas rurales de la India se ha encontrado que para el bambú usado en cocinas expuesto al humo y otras substancias la vida útil llega a ser de 10 a 15 años. Finalmente en condiciones marinas solo llega a tener una vida de 6 meses. El bambú tiene propiedades mecanicas muy altas con relacion a la madera y aún con el concreto Esto le da un potencial estructural excelente que poco se explota en el mundo. El uso del bambú en Mexico se encuentra restringido principalmente a la fabricación de muebles y construcciones rurales cercanas a la zona donde crece esta especie. Esto nos permite vislumbrar que en Mexico se puede desarrollar el uso del bambu con muy buenas perspectivas, y que puede servirnos para aminorar el deficit de vivienda, en un principio en las zonas cercanas a donde crece el bambú. El bambú se presenta como un recurso con algunas ventajas sobre varias especies maderables en cuanto a propiedades mecanicas. Otra gran ventaja es su crecimiento superior a cualquier especie maderable ya que alcanza su madurez en un tiempo de 5 a 6 años y su rendimiento por hectarea es similar o mayor que el de algunas especies maderables.
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ciguitaespiritual · 5 years ago
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LO QUE QUEDA DEL AÑO DE COSAS SOBRE TI. Pt2
O C T U B R E
1. Una vez intentamos tener un viaje astral y no funciono.
2. Crees en la bioquinesis y yo quiero intentarlo.
3. El 70% de mi cuerpo siempre es agua y a ti a veces te da sed, ya sabes que hacer.
4. Emely somos casi famosos, ya existe un beat inspirado en nosotros. ¡gracias Melomano verde!
5. ¿por qué actuas como si en tu casa no hubieras camara de seguridad?
6. Me diste una flor en tu presentación de mandarin.
7. Eres extrañamente talentosa para los videojuegos, vi que sabes jugar muy bien Naruto.
8. Le pusiste un nombre a tu laptop.
9. Le debes unas manzanas a edgar, que no se te olvide.
10. La parabola que creaste a cerca de "el regalo" de la vida que Dios nos obliga a aceptar aun me sigue volando la cabeza.
11. Eres una niña indigo.
12. Tu pieda espiritual es el cuarzo.
13. El color de tu aura es morado.
14. Tu animal espiritual es jirafa.
15. Tu flor espiritual el girasol.
16. Si vivieras en el la era medieval serias una bruja por eso de conocer las ciencias que para los demas eran simple magia.
17. El 13% de todo lo que dormiras en tu vida lo dormiras en la biblioteca de la UASD.
18. Tendremos un kit de emergencia para cuando tengas dolores menstruales en el abran pastillas para el dolor, mucho helado, compresas de agua caliente, papas fritas y una chequera de mimos auspiciados por este humilde servidor.
19. ¿Me obligaras a hacerme revisiones medicas de manera anual?
20. Seremos coleccionistas de pijamas de internet. Lujos.
21. He pensado que seria bueno que como ya estamos viviendo el futuro, que tratemos de mudarnos en una casa propia e instalar paneles solares para ayudar al planeta ahorrando energia.
22. ¿gano puntos como novio si te lleve mcdonalds de sorpresas?
23. Bby you're my sundy candy.
24. Oye oye tendremos una casa grande. Tiene que haber un estudio de musica ¿si? y no sé si te guste tener un estudio tipo consultorio casero para ti. Una piscina.
25. Tu cuerpo es perfecto para el taekwondo, tomalo en cuenta.
26. El fula, tenemos que ir para el fula.
27. Conmigo aprenderas o aprenderas a dar masajes porque es que me gustan demasiado, darlos y que me los den.
28. Estar acurrucados + palomitas + helado + maraton de Brandy y el señor Bigotes.
29. Haremos un album para soundcloud, creeme. Escucha "soy un pringao-santituve"
30. Hay que alejar los pepinos de ti.
31. ¿De que nos disfrasaremos esta vez?
N O V I E M B R E
1. Dia perfecto #321 pilita y musica chill + picnic + brownies + Michelle + braudy x en el botanico.
2. Eres, seras la mayor inspiración de mi mayoria de canciones.
3. Cuando vayamos a hacer nuestra compras no usaremos bolsas plasticas si no de tela.
4. Te refresco favorito es el de merengue y si no mal recuerdo no te gusta el de uva.
5. Me hubiera gustado haber estudiado en el Don Honorio, haber tomado clases contigo, haber pasado todo es tiempo de colegio contigo.
6. ¿Cómo te sientes cuando me pongo muy predumido y empiezo a alardear a cerca de ti con mis amigos?
7. Dato perturbante #321 mi mamita sabe que tenemos sexo porque me puso condones junto con mi ropa interior.
8. Me haces alguien más valiente.
9. Te has desmayado de la nada y te han llevado al medico por eso y no han logrado determinar el porque.
10. Mi objetivo es que tu mamá me trate como a un hijo más.
11. Hay amigos mios que aun no has visto en persona que te aman pero hay un amigo mio en especifico que al parecer no te cae muy bien.
12. Casi pierdes un ojo en el olimpico solo porque estabamos buscando un lugar solitario para besarnos.
13. JAJAJAJ te he masturbado con el codo y te agrada mucho por lo que veo.
14. Destaca entre las otras chicas, tienes un brillo natural.
15. ¿Que record guiness crees que tú y yo podriamos romper?
16. Escucha "LVCC-Myke Towers"
17. Nunca nunca te he visto celosa.
18. Me das mucha fe en la humanidad.
19. ¿Que vas a beber cuando vayamos a cafe gato si no bebes cafe?
20. Si tu espiritu fuera identico al de ahora pero tuvieras en un cuerpo de chico, estuvieramos, obviamente si tu quisieras.
21. Es que no sé, te ves bien con ropas de niño.
22 ¿Puedo tener un grillo de mascota?
23. "Se supone que esta sección se trataba de cosas sobre ti pero como tu y yo estamos tan conectados tambien aparecen muchas cosas mias, lo siento :("
24. Tu no sabias que el aceite de oliva se podia utilizar para freir.
25. Disfrutaste demasiado el cacelorazo 2020.
26. En parte eres sapiosexual.
27. Te gusta hacer regalos a mano.
28. Tienes un novio que no sabe bailar pero que aprendera xdxd.
29. Si supieras karate igual que yo Esmerlin no te podria molestar.
30.Tus curvas estan formadas por un compuesto quimico muy extraño e inflamable hecho a base de Litio (Li), Neodimio (Nd) y Arsenico (As).
D I C I E M B R E.
1. Tienes un libro totalmente inspirado en ti que se llama "Tratado de poesia Anatomica"
2. Tienes dos lunares en el pecho que a ti no te gustan pero que a mi me encantan.
3. No sé pero este dia me pone feliz a mi, a tu má y a todos nuestros amigos. Este dia un medico le dijo "feliz dia del medico" a si compañero, ese compañero se ocupo del parto de tu mamá y cuando naciste te cargo y te dio la bendición.
4. Naciste a las 8:30 de la mañana asi que no entiendo porque eres tan dormilona, si eso es temprano.
5. Naciste en el centro medico dominicano.
6. ¿Pesabas? A nadie le pesabas, todo el que te cargaba no se cansaba con tal de verte la carita.
7. Eras calva, definitivamente calva pero aun asi eras una bonitura.
8. Estas hecha de todos los elementos, fuego en los ojos, agua entre las piernas, los pies entre la tierra, aire en el pecho, electricidad en la piel.
9. Mides lo que mide la palmera que mejor sombra da.
10. Un teriquito, 10 eternidades, muchas palmeras y bambues.
11. Has reencarnado 7 veces ya y las 7 veces han sido hermosas.
12. Tienes lo mejor de todas las razas en un solo cuerpo.
13. Agradezco mucho que nuestras almas hayan concedido en un tiempo donde existian los telefonos, porque siento que toda esa distancia y ese tiempo nos hizo mejores el uno para el otro.
14. Tus labios saben a algodon de azucar.
15. ¿Es que ya no te gustan las fresas con leche condensada?
16. Tu novio no sabe montar bicicleta.
17. Si fueras una estación fueras primavera
18. En un mundo donde estar inspirado es un crimen, si tuvieras mis ojos en tu cuerpo, seria un suicidio entrar a un cuarto de espejos.
19. Ya le di like a todas tus fotos en instagram.
20. No tan solo tenemos que aprender a nadar si no tambien a escalar montañas, a sobrevivir en la jungla y a cazar animales porque se que una de esas vacaciones saldra mal y necesitaremos esas habilidades.
21. Hay algo dentro de ti que hace que quiera experimentar todo contigo cerca. Espiritualidad, drogas, delitos, sexualidad, estatutos propuesto por la sociedad.
22. Tu tan solo dime que proyecto tienes en mente y yo sere tu fanatico #1.
23. Somos parte de la sincronicidad.
24. La unica noche que esta como tú es hoy.
25. No me mal entiendas, no es que sea cursi o excesivamente romantico es que entiendo quien eres, que eres, lo que haces en el mundo y yo no voy a ser tan tonto como perder alguien como tú sabiendo que es imposible volver a encontrar alguien con tu estilo.
26. Tu solo has leido el 1% de lo que te escribo.
27. Si sobrevivimos a este año creo que definitivamente deberiamos pensar en mudarnos.
28. Ya no te amo.
28. Sip, feliz dia de los inocentes mi amor.
29. Haremos todas las cursilerias cliche que hacen las parejas y nos invitaremos las propias por igual.
30. ¡SOLO FALTA UN DIA! estoy demasiado emocionado.
31. Estoy a unas horas de pasar el 1er dia de otro año con el amor de mi vida. Le agradezco al universo, a los dioses, a la naturaleza, a mi mamá y a la tuya, al taxista que me llevara y a Covi Quintana por escribir la cancíon que me acomoaño mientras escribo esto. Te amo y podia simplemente decirlo desde el principio pero me gusta darle vueltas a las cosas. La magia existe y es tan real como tu fé en mi.
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mydigitallworld · 5 years ago
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Woven Parkett - Solid Wood Panels
Timber is an excellent insulator both when it comes to noise and heat. With parquet flooring, all the sounds will be more muted and your house is likely to be secured from the troublesome noise of the heels, the moving chairs, the heavy footsteps of children. Simply speaking, the parquet manages your ears and your tranquility inefficient and subtle way. If you should be looking for the best Bambus Sichtschutz Elemente, do not hesitate to get touching bambooshop24.de for the best collection at the most effective prices. Parkett kaufen is one of the very most popular floors in properties nowadays and is also one of the very most popular. A room with parquet can be hot and welcoming, sophisticated and refined since timber provides every space an appropriate and classy look.  Also, no floor is just like another, because the essences, making use of their veins and colors, range from strip to strip, from axis to axis, and can be mixed in geometries which are generally new and pleasant, creating the customization almost endless. The common utilization of terrassendielen in the developing field is certainly due to the elegance and versatility of timber: only think of how various types of timber you can find on the market and just how much it may change the look of an area depending on the choice of parquet. The sweetness of bambus furnier is the primary reason why it is chosen as a flooring, not merely for the house but also for sophisticated situations such as for instance accommodations and large offices. Then there's the sensation of ease and warmth that fertigparkett provides to any space, especially that bedroom, where you are able to experience the pleasant experience of strolling barefoot on wooden panels every day. Consider also that, in addition to beautifying your house, a landhausdielen also increases the purchase value. The houses that have parquet in fact, especially that in solid wood or valuable woods, can be sold at a higher price, while the parquet flooring increases their education of luxury and therefore value.  Parkett bambus resists well over time and can last for a few years if handled with care. It is a full time income substance, which often becomes much more wonderful through the years once the colors and the oxidation method to which the strips are subjected are established.
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ctvsalitalnet-blog · 6 years ago
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Madre de Dios: Taller internacional busca revalorar el bambú
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Madre de Dios: Taller internacional busca revalorar el bambú
El bambú hoy en día se ha convertido en uno de los materiales con más proyección, su rápido crecimiento, múltiples beneficios y gran versatilidad se ve reflejado en la variedad de productos que se pueden realizar con este material tanto en su forma natural como transformado.
Es por ello que el Amazon Yoga Centre, World Bamboo Organization, Bamboo Architecture Company México, Dicma Trade y el proyecto Children Bamboo Rainforest, ven la necesidad de organizar el Amazon Bamboo Workshop, Tambopata-Perú, un evento donde se podrá conocer mucho más de este material, como los beneficios y usos del bambú, cosecha y manejo, talleres prácticos de preservación y secado, talleres constructivos, etc.
Este evento se realizará dentro de los días 1 al 4 de noviembre del 2018 en Tambopata, Madre de Dios, Perú, y contará con ponentes nacionales, como internacionales, todos expertos en el bambú. El taller de construcción estará a cargo del Arq, mexicano, Martín Mortera, embajador del World Bamboo Organization.
Estos espacios son propicios para el aprendizaje del uso del bambú y de dar opciones a las comunidades locales y a las empresas, para usar el bambú como un elemento de transformación para alimentos, artesanías, postes para agricultura, estructuras, paneles y materiales compuestos para casas y edificios, productos para el hogar (muebles, utensilios de cocina, etc.), bicicletas, monopatines, pulpa y papel, fibra para textiles, medicina y productos bioquímicos (incluidos los bioplásticos y biocombustibles), carbón vegetal para cocinar y calefacción, y mucho más.
El workshop forma parte de un proyecto macro que busca revalorar los bosques de bambú en Tambopata, involucrando a la comunidad y enseñándoles todo lo que se puede producir con este material.
Más en Andina
(FIN) NDP/ RES
Publicado: 26/10/2018
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onlinemeditationgurublog · 6 years ago
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Wine and Chocolate, Made in Bali
Learn more: http://nosinner.com
Before we take you on a culinary tour through the eat streets of Bali, we'd like to introduce to you two Bali brands that aim to bring the local Indonesian products and produce to the international stage of the food and beverage industry. The two brands take pride in what they do and make, and we're here to celebrate with them.
While Indonesia is not traditionally a country of boozers, it is a producer of several alcoholic beverage brands – some of which have gained international recognition. And one of them is Hatten Wines, a Balinese alcoholic brand that has scooped up international awards from Asia and even Europe.
Bottoling and labeling processes at the winery of Hatten Wines in Sanur
Hatten Wines is a familiar name in Indonesia's food and beverage industry. The brand has been making wines here on the island since 1994, breaking all rules of traditional viticulture and winemaking by braving the climate, the elements, and fierce critics. Years of adjustments, trials, testing, and reinventing itself – more than 20 years now – have forged a solid winemaking company with incredible pride in its staff, products, and owners.
Bottoling and labeling processes at the winery of Hatten Wines in Sanur
Growing grapes in Bali has started at the beginning of the 20th Century but it is only a few decades ago, after multiple trials and errors, survival to parasites and other vine diseases, that the grapes were grown with satisfaction on a commercial scale and found in markets all over the archipelago.
Hatten Wines grows its grapes in its vineyards in Singaraja, and harvests over 34.5 hectares worth of succulent grapes. With over 14 years of development and improvement, the vineyards have already reached the maturity of vines of other new world wines. The northeast of Bali has long been a grape growing area and Hatten Wines has found this region suitable, owing to the abundance of sunshine, clear mountain water and rich volcanic soil found in the area. Visitors to the area can see grapes from the main road towards the beach, starting from the tourist town of Lovina until the beach resort of Pemuteran.
Vineyards of Hatten Wines in North Bali
The vines in North Bali's vineyards are trained into an overhead trellis called Pergola, where the posts consist of small trees, which are regularly pruned. Besides keeping the workers cool, the pergola system reduces the risk of diseases and sunburn on the grapes, all contributing to a better fruit quality. The daily task of seeing the grapes protected from the elements is a full time operation and workers often live in houses built amongst the pergolas to take constant care in case of rain. The crops have a surprisingly high quality and the grapes brought to the winery are certainly ranked as the best of the best.
Bottoling and labeling processes at the winery of Hatten Wines in Sanur
It's from this Singaraja vineyard that Hatten Wines started producing its first wine varietal in 1994, the Hatten Wine Rosé. in 2001, after celebrating its 100th vintage of the Rosé, Hatten Wines slowly introduced a white wine and a white brut méthodechampenoise sparkling, a light red wine, and a fortified wine inspired by the Pineau des Charentes method – all using locally grown grapes.
The harvests will then be transported to the Hatten Wines winery in Sanur, a modern state of the art facility with stainless steel vessels, refrigeration, installation, a horizontal press, 56 large wine tanks, fermenters, a bottling room, filters of various types and an up to date laboratory facility. It has a capacity of bottling 5,000 bottles per day. The hand harvested fruits are hand cleane, and normally received early in the day and quickly processed through crushing and pressing equipment or processed with skins in fermenters to make red wine.
Attentive staff working in the lab of Mason Gourment Chocolate Factory in Taro village, Ubud
Today, Hatten Wines products are found on most of Bali and Indonesia's tables. Over the past few years the winery has collected awards from prestigious competitions and accolades from wine experts, writers, also featured in articles and books worldwide. The company's founder, IB Rai Budarsa was saluted as a wine pioneer in Asia for producing the Hatten Wines and Two Islands ranges by the panel of judges of the Wine for Asia Awards in 2011. During its journey, the proudly Balinese Hatten Wines has won several awards at competitions in Europe and Asia, solidifying its place as a pioneer in the regional wine industry.
If you're planning to visit North Bali, then you should include a stop at the Welcome Centre & Observation Deck of Hatten Wines in your itinerary. Here you can trek along the vineyards and observe the farming of Alphonse Lavallee grapes that are grown locally in most Balinese vineyards, producing very tasty wine. The tour will include a lesson in wine making, grape picking, and a visit at Hatten Wines' laboratory, before concluding with the activity you have been waiting for: Wine tasting!
Away from the Hatten Wines vineyards in North Bali and into the jungle of Taro village in North Ubud, artisan gourmet chocolates are passionately crafted at the workshop of Mason Gourmet Chocolate Factory. Owned by Mason Adventures, a company renowned for its white water rafting and elephant park, Mason Gourmet Chocolate is now a producer of dark chocolates of the finest quality despite its recent establishment.
Sourcing its cacao beans from across the archipelago such as Aceh, West Sumatra, Jember, Banyuwangi, Berau, Seko, Masamba, and Bali's regencies of Tabanan and Jembrana. But rather than just placing the orders, the team at Mason Gourmet Chocolate travel to these areas to meet the farmers in person, and to the ensure the quality of the cacao beans is of the highest standard. The onsite visit is also aimed at educating the cacao farmers about the importance of quality over quantity for more valuable sales.
Selected Beans are processes into delicious chocolate
“The farmers were surprised we we offered to buy their cacao in beans, apparently, it's a much higher price, as long as they can keep up to the standards we set. They're used to selling the beans in bulk, and for a little amount of money. This is why the founder of Mason Adventures, Nigel Mason, sent me to attend the World's Cacao Conference in Jakarta because he felt the need that, in order to produce high quality chocolates, we also have to know about the whole cacao plantation and farming. The conference was attended by thousands of people, and among them were farmers and NGOs working to improve the lives of cacao farmers. There, I got the chance to learn so much about the cacao industry directly from the farmers and representatives of the NGOs,” said Chef Tiwi, currently at the helm of Mason Gourmet Chocolate and other Mason Adventures' dining outlets.
Selected Beans are processes into delicious chocolate
After finally securing the top quality cacao beans directly from the farmers, Mason then imported the finest chocolate machinery, Selmi; and currently the brand is now the only chocolate maker in the whole Indonesian archipelago that owns the most complete range of Selmi chocolate machines. As the result, when top quality Indonesian cacao beans meet the finest machine and chocolate making philosophy from the west, is high quality chocolates that have gained popularity even amongst the people from chocolate producing countries in Europe.
But what sets Mason Gourmet Chocolate apart from other chocolate makers, especially the mass producers, is that the machines are only doing 60% of the job. From the arrival of the cacao beans at Mason Gourmet Chocolate's base in Taro, human involvement is required to make sure that the beans are up to par in terms of bean count standard. The thousands, if not more, of cacao beans are hand picked, before being processed. “Once the machines are running, we still have to closely observe the whole process; so we touch and see with our very own eyes to see if there's irregularity with the texture everything else. This is why the chocolates we produce are artisan gourmet chocolates,” Chef Tiwi further explained. As the result, different with other dark chocolates, the ones produced by Mason are creamy without any additional dairy products.
Made in Bali Masons Chocolate Bars
“Indonesia is the third largest cacao exporter in the world. Unfortunately, this is just about quantity, not quality. This is why Nigel insists on me going directly to the plantations to see the farmers, and educate them about the importance of quality that can result in a high selling point. Hopefully, as Nigel wished, we can introduce top quality chocolates made from the Indonesian cacao beans, and also produced here in the country,” Chef Tiwi concluded.
The Cellardoor of Hatten Wines Jalan By Pass Ngurah Rai No. 393, Sanur +62 361 472 1377 www.hattenwines.com
Mason Gourmet Chocolate Factory Koko Bambu Restaurant Jalan Raya Taro, Banjar Tatag, Ubud +62 361 721 480 www.masongourmet.com
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cunhacruz2 · 4 years ago
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Aproveitando a memória compartilhada
O post original pode ser encontrada clicando aqui.
Por uma ‘filosofia com as pessoas dentro’ no tempo do antropoceno
Inicio com uma pequena história: É manhã de um dia como qualquer outro no interior do estado de Minas Gerais, região sudeste do Brasil¹. A data, aqui, é impossível precisar, talvez fim da década de 30 ou início da de 40. Crianças de idades distintas dividem uma pequena sala, construída de pau a pique (um tipo construção precária, resultado do entrelaçamento de bambus e barro) com sua única professora. A rotina dá lugar ao pavor: um barulho assombroso toma conta do espaço miserável feito escola. Num misto de curiosidade e pânico, professora e alunos saem para ver o que é, afinal, o desconcertante som. Na mesma rapidez, e agora envoltos em pânico, retornam para o interior do lugar. A professora, em reação imediata, recomenda que todos se abriguem por debaixo das mesas: no céu desponta um objeto em forma de cruz, e na medida em que a peça se aproxima, o barulho só faz aumentar. Só depois de minutos que o estrondo não podia mais ser ouvido, que os corpos miúdos puderam sair de seus refúgios e, mais tarde, retornar aos seus lares. Anos mais tarde, e com a chegada de novas notícias, se dão conta que o objeto era, na verdade, um avião que fazia seu trajeto pela região e que, logo, não se tratava do esperado apocalipse.
A relato acima descrito fora feito por minha avó paterna, Maria José, durante minha infância. Rindo do que dizia ser ignorância dela, fazia saber, a mim e a quem quisesse ouvir, essa e outras histórias. Entretanto, e apesar de o caso narrado não ter sido, em si, o fim do mundo, não é possível dizer o mesmo sobre a vida da narradora original: Maria José, semi-analfabeta, casou-se aos 16 anos e teve 12 filhos². Até que a doença e morte de seu marido exigisse o êxodo rural, quando o mais novo dos filhos (meu pai) tinha 17 anos, Maria José e toda sua família vivia de uma mísera parte do muito que produziam para seus patrões. Após o êxodo, passou a vida como boia-fria em plantações de café. Próxima à sua morte, ocorrida em 2009, e já acometida pelo que mais tarde se descobriu ser uma severa leucemia (que a causara feridas pelo corpo), Maria José foi chamada para um dia de trabalho doméstico em uma fazenda da região. Recebeu, ao fim desse dia, dois litros de leite que foram colocados em uma garrafa PET. Dois litros de leite e nada mais.
Maria José, que teve medo do fim vindo do céu, talvez nunca pudesse imaginar que a ela não coube o mundo, tal como muitos do ocidente moderno o conhecem. Mas ela não foi a única: espalhados desde as mutiladas florestas tropicais até os subúrbios das megalópolis internacionais, inumeráveis populações e espécies vivas, humanas e não-humanas, dos séculos que nos antecedem e do presente que vivemos, talvez viveram e vivam mesmo somente o “fim”. São os que, em comunicação, Juliana Fausto (cf. 2014) chamou de “desaparecidos do Antropoceno”. Desses desaparecidos, “subversivos pelo desacordo entre seu modo de vida  e aquele único aceito pelo poder que se impõe sobre eles” (ibid.: 3), alguns são, agora, vistos com atenção: relatório recentíssimo do Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, da Organização das Nações Unidas, (IPBES/ONU, 2019) dá conta que ao menos um milhão de espécies correm o risco de serem extintas já nos próximos anos.
O alerta só faz confirmar a proposição de um novo tempo³, bem como o colapso climático e ecológico que presenciamos: tempestades e estiagens anômalas em todo globo, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, acidificação dos oceanos, extensiva degradação dos solos e desertificação de áreas inteiras, além de, como mencionado supra, extrema marginalização de populações humanas e extinção de inumeráveis espécies animais e vegetais. Para que se tenha uma ideia, e de acordo com o último relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC/ONU, 2018), se não limitarmos o aquecimento global à meta de 1,5º Celsius, entre 2030 e 2050, os efeitos para o Planeta serão devastadores e irreversíveis. Contudo, de acordo com o Climate Transparency (2018), por meio do documento “Brown to Green”, se mantivermos os mesmos níveis de queima de combustíveis fósseis da atualidade, no fim do século a temperatura média da Terra estará, ao menos, 3,2ºC acima da registrada no início da Revolução Industrial, muito além da meta de 1,5ºC definida no Acordo do Clima de Paris. Em síntese, estamos diante de um tempo em que os velhos fósseis estão a produzir, numa assustadora progressão geométrica, novos fósseis (cf. Haraway, 2014: 10’01”).
A tudo isso, ou seja, às mudanças-tornadas-crise, e como deixei escapar pouco acima, geólogos-feitos-filósofos, propuseram um termo: Antropoceno. “Anthropo”, como já bem sabido, diante do considerável consenso científico sobre a matéria, devido as ações antrópicas intensificadas após a Revolução Industrial, do século XVIII. O termo, e bem apesar da dúvida sobre a persistência do conceito (cf. Haraway, 2016) e de suas armadilhas práticas, de acordo com Bruno Latour (cf. 2014: 12),  se usado de maneira sensata⁴, oferece um modo poderoso “de evitar o perigo da naturalização à medida que permite reconfigurar o antigo domínio do social - ou ‘humano’ - em domínio dos Terráqueos ou dos Terranos”, isso porque, o conceito pode nos atentar para a “recusa decisiva da separação entre Natureza e Humanidade, que tem paralisado a ciência e a política desde a aurora do modernismo” (ibid.: 13). Em suma, o termo, como defende o autor, enquanto híbrido que mistura geologia, filosofia, teologia e ciência social, é (i) a melhor alternativa que temos para sair da noção de modernização e, seu uso serve principalmente, enquanto (ii) um toque de despertar. (cf. loc. cit.)
De tal maneira, são diante dessas pontuações que coletivos científicos de diversos países vêm se dedicando ao empreendimento de dar respostas ao que mais acima chamei de mudanças-tornadas-crise⁵. Por vezes denominadas de “ciências do Antropoceno”, tais coletivos reúnem pesquisadores e pensadores das mais distintas áreas, da biologia à geologia, da física às engenharias, da climatologia à meteorologia, ou ainda, da ciência política à economia, da sociologia à história, e, inegavelmente, da filosofia à antropologia. Seus problemas de pesquisa vão desde as questões diretas, que nos levaram a tal crise, até mesmo às possíveis soluções a este momento. Figuram, em tal cenário, reflexões sobre o capitalismo selvagem, os impactos planetários de inúmeras ações encampadas pelos países ricos e, ainda, questões que envolvem as populações autóctones e/ou tradicionais, seja tomando-as como vulneráveis ou como portadoras de uma opção prática às desvitalizadoras ações ocidentais modernas.
É a partir disso, então, que, especialmente na antropologia, um conceito entra em jogo: o de simetria. Como bem sabido, a ideia de uma antropologia simétrica, elaborada por Bruno Latour, ganhou, nas últimas décadas, enorme importância dentro e fora da antropologia acadêmica. Por meio do que muitos chamam de uma “antropologia do mundo moderno”, Latour (1991 [2013]), ao questionar o que seriam os próprios pressupostos constitutivos de um mundo dito “moderno”, propõe, à disciplina, uma reunião do que denomina formas modernas e não-modernas de conhecimento, bem como o rompimento da separação entre natureza e cultura, coisas e pessoas. Em sua proposição inicial, denuncia que a própria antropologia, em suas conjecturas até então vigentes, ao saber “mais sobre os achuar, os arapesh, ou os alladians do que sobre nós mesmos” (ibid.: 114) demonstraria sua impossibilidade em seguir o que chama de “redes”. Segundo o mesmo autor, essas redes seriam sínteses definidoras na própria caracterização dos povos ditos Modernos (em maiúsculo) e dos não-modernos. Sinteticamente, a diferença entre ambos se concentraria em uma dita diferença de escala, ou seja, na diferença do comprimento das redes sociotécnicas tomadas por esses dois regimes dos coletivos.
Dessa forma, competeria à antropologia dita [triplamente (cf. ibid.: 101)] simétrica, explicar (i) “com os mesmos termos as verdades e os erros”, (ii) estudar “ao mesmo tempo a produção dos humanos e dos não-humanos” e (iii) ocupar uma posição intermediária (no meio) “entre os terrenos tradicionais e os novos, porque suspende[ria] toda e qualquer afirmação a respeito daquilo que distinguiria os ocidentais dos Outros” (loc cit). Para o autor, essa proposição causaria à antropologia uma perda do exotismo ao mesmo tempo que ganharia “novos terrenos” que a permitiria “estudar o dispositivo central de todos os coletivos, até mesmo os nossos”. A análise das redes, em suma, e diante de tal cenário, estenderia a mão à antropologia e lhe ofereceria “a posição central que havia preparado para ela” (op. cit.) De tal maneira, o exotismo “moderno” consistiria, unicamente, em tomar os supramencionados comprimentos das redes (“mais ou menos longas, mais ou menos conectadas”) como aquilo que definiria o nosso mundo e que nos tornaria distintos de todos os outros. (ibid.: 120) Para tanto, na reconstituição da Constituição “não-moderna” (cf. ibid.: 137), dos “Modernos”, que jamais o fomos, deveríamos, na opinião de Latour, preservar as longas redes criadas por esses, redes essas que seriam, para ele, um avanço histórico inegável.
É tendo isso em mente que, antes de continuar, imagino ser necessário rememorar e corroborar, telegraficamente, as críticas que recaem sobre o egrégio autor. Começo por onde estamos: como estabelecem Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro no fundamental Há Mundo Por Vir? (2017), a definição mesma de Antropoceno consiste no fenômeno do colapso das magnitudes escalares (cf. ibid.), justamente porque como muito bem acentua Strathern (2017: 268ss), o poder de tais redes, a saber, o de estabelecer conexões infindáveis e duradouras que tratariam igualmente natureza e cultura, coisas e pessoas, é também o seu problema, uma vez que, teoricamente, elas não têm limites⁶. Na opinião de Strathern, portanto, é necessário que se reconfigure relações (cf. ibid.: 201 ss) e escalas (cf. ibid. 225ss), [re]compreenda as novas modernidades (cf. ibid. 287ss), e, enfim, se corte as redes (op. cit.). Essa última empreitada, na opinião da autora, não se configuraria como algo inédito aos euro-americanos, uma vez que as mesmas já o são feitas ou delimitadas na própria ideia de posse, de pertencimento e propriedade (loc. cit.).
Creio ser importante pontuar também aqui a constante separação feita por Latour entre Modernos e não-modernos. Seguindo as exatas alertas postas Viveiros de Castro (2016), ainda que ao revés do que prega o próprio Latour, tais conceitos se veem constantemente imbricados num viés evolucionista que torna a noção “não-moderna” como sendo quase sinônima de primitivo, atrasado, ou subdesenvolvido. Isso chama ainda mais atenção quando esses próprios ditos não-modernos, são, agora, “chamados a vir em socorro dos velhos Modernos subitamente extenuados, acossados como se acham, de um lado, pelos novos Modernos do Oriente, [...] e, de outro, pela ‘intrusão de Gaia’” (ibid.: 2). Como já tentei demonstrar no início deste ensaio, são chamados porque “desta vez, as coisas podem acabar mal para todo mundo, em toda parte, de um modo ou de outro” (D & EVC, 2017: 130 ss). Em questão de redes ou de modernidades, é preciso dizer, Latour não “parece estar preparado, ele, para encarar de frente a situação altamente provável que sejamos nós, os povos do Centro, [...] que tenhamos muito em breve que baixar a bola [ou repensar nas redes], reduzindo a escala de nossos confortáveis modos de vida” (loc. cit.).
Mas tendo dito o que não aproveitar, ou melhor, o que ter cuidado ao tentar aproveitar, é preciso dizer o que é fundamental para gozar da inegável contribuição de Latour à antropologia como um todo: isso porque, se levarmos a noção de simetria às últimas consequências, ou seja, se a levarmos a sério, tomando-a, ela própria, como instrumento para que baixemos a bola, não só as pontuações supra são definitivamente registradas, como seus ensinamentos outros são perfeitamente assimilados. Justamente porque, como nos contempla o próprio autor, é preciso “tornar-se capaz de enfrentar não as não crenças que não nos tocam diretamente [...] mas sim os conhecimentos aos quais aderimos totalmente.” (Latour, 1991 [2013]: 91). Isso porque, como o próprio Latour coroa, o princípio de simetria restabelece “a continuidade, a historicidade e, vale lembrar, a justiça” (ibid.: 93). Em suma, se é possível fazê-lo aqui, através da simetria, precisamos traçar, “ao mesmo tempo” a dimensão “Moderna” e a dimensão “extra-moderna”⁷, “desdobrar a latitude e a longitude que irão permitir o traçado de mapas adaptados aos trabalho de mediação e purificação” (ibid.: 76).
Mas o que seria, afinal, “levar a sério” a ideia de simetria nos casos que aqui discuto? Utilizo, de maneira levemente modificada [ou perspectivamente torcida], uma expressão disposta por Eduardo Viveiros de Castro (cf. 2002b). Na proposição inicial, o autor sugere, ao fazer alusão à sua proeminente teoria do Perspectivismo Ameríndio, ou Multinaturalismo, (cf. 1996, 2009 [2018]), que tomemos como teoria o que nos dizem nossos interlocutores de pesquisa, nossos “nativos”, ou ainda, que saibamos transformar as concepções em conceitos, extraí-los delas e devolvê-los a elas (EVC, 2002: 128).  Como conceito o autor denomina “uma relação complexa entre concepções, um agenciamento de instituições pré-conceituais” onde, no caso da antropologia, “as concepções em relação incluem, antes de mais nada, as do antropólogo e as do nativo - relações de relações.” (loc. cit.). Levar a sério, portanto, é tomar o pensamento nativo como “atividade de simbolização ou prática de sentido” (cf. ibid: 128ss). Para usar um dos exemplos dados pelo próprio autor: no multinaturalismo, dizer que os pecaris são humanos “não nos ‘diz’ nada sobre os pecaris, mas muito sobre os humanos que o dizem” (cf. ibid.: 132ss) e que, portanto, reduzir o interlocutor indígena “a um discurso que ‘fala’ apenas de seu enunciador é negar a este sua intencionalidade e, de quebra, é obrigá-lo a trocar o seu pecari por nosso humano.” (cf. loc. cit. ss)
Qual seria a torção de perspectiva, portanto? Ora, simetricamente, e duplamente, (i) a de tomar os diversos coletivos científicos acima mencionados como nativos, e de, sendo nativos, (ii) levá-los, antropologicamente, enquanto coletivos, a sério, ou seja, tomar suas concepções (entre elas, homem, ciência, mundo e fim) enquanto conceitos. Essa postura, creio eu (é uma aposta), pode (i) apontar para as assimetrias nas quais estamos imbricados e que não podemos ver por estarmos perto demais, ou por simplesmente imaginar que o estamos, bem como, por isso mesmo, (ii) ajudar-nos a cruzar a fronteira entre o que chamamos ser pessoas e coisas, modernos (agora em minúsculo) e extra-modernos. De fato, nosso presente é o Antropoceno, esse é o nosso tempo (D & EVC, 2017: 20), mas é preciso, enquanto há tempo, resistir a ele. Resistir tomando nossos coletivos científicos com as pessoas dentro [“with the people in”] (Ingold, 1992, 2014), ou seja, (i) recordando daqueles, que como Marias Josés, Cintas Largas e os mártires de barragens, viveram o fim em sua integridade e que, por um motivo ou por outro, tiveram seus fins ignorados, bem como (ii) reconstruindo categorias considerando as cosmopolíticas (Stengers, 2018) e [contra-]ontologias dos ditos povos menores. (EVC, 2016) Quem sabe, assim, confirmaremos que a vida repete a teoria (Peirano, 2008).
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¹ O presente ensaio foi aceito para apresentação no XVIII Congreso Interamericano de Filosofía, realizado no mês de outubro de 2019 na cidade de Bogotá, Colômbia, sob o título “For a ‘philosophy with the people in’  in anthropocene time”. Entretanto, a falta de recursos que abatera o Estado brasileiro, dentre outros problemas, impediu que o mesmo fosse devidamente defendido.
² Utilizo essa menção para fazer uma homenagem, ainda que miúda, àqueles que me trouxeram e me fizeram no mundo. Homenageio meu pai, Hélio Humberto da Cruz, que é uma das mentes mais transparentes e geniais que tenho ciência, apesar de não ter tido a oportunidade e o direito de ter concluído sequer seu ensino fundamental. Filho caçula, aos 14 anos, e diante do grave adoecimento de seu pai, meu avô (a quem foi negado um serviço de saúde público e de qualidade), foi obrigado a tornar-se o responsável pelo restante da família. Perdeu sua juventude no calor do sol do cerrado mineiro, mas ganhou e continua ganhando a admiração de quem quer que o encontre. Homenageio também minha mãe, Geralda Emília Cunha Cruz, que perdeu o pai aos dois anos de idade e enfrentou, já na primeira infância, a fome e o abandono ao lado de seus irmãos e mãe (cardíaca que também foi negado o acesso à saúde). Marcada nas costas com sinais de violência de quando ainda era uma menina, voltou à escola, concluiu os ensinos fundamental e médio por meio do programa de educação de jovens e adultos, o EJA, cursou o magistério e hoje, aos 52, está prestes a concluir o curso superior de pedagogia. Aos meus pais, todas as minhas ações. É para e por eles que aqui estou.
³ “Interestingly, climate change isn’t the strongest argument [for the proposition of a new geological epoch, the Anthropocene]. The strongest argument is biodiversity. Why is that so? Many of the earth’s epochs are defined by sharp changes in fossil record. Something happened to the biology of the planet. [...] in many cases, periods of earth history are defined by abrupt changes in the biological part of the planet. We’re seeing it now. Extinction rates are 100 to 1000 times background level. That’s due to us, of course.” (Steffen, 13’13”, 2010)
⁴ Para Latour (op. cit.), “o Antropoceno pode transmitir o pior - ou o que ainda é pior, transmitir mais do mesmo -; isto é, o movimento de vai e volta entre, de um lado, a ‘‘construção social da natureza’’ e, de outro, a visão reducionista dos humanos feitos de carbono e água, forças geológicas entre outras forças geológicas, ou, ainda, lama e poeira sobre lama e poeira.”
⁵ O faço levando em conta uma advertência feita por Greta Thunberg, de 16 anos, ativista do clima e idealizadora do movimento “Fridays For Future” de greves e manifestações, promovidas por adolescentes, que cobram posições governamentais a respeito da crise climática. Para Thumberg, “ It’s 2019. Can we all now, please, stop saying ‘climate change’ and instead call it what it is: climate breakdown, climate crisis, climate emergency, ecological breakdown, ecological crisis and ecological emergency?” (Disp. em: https://bit.ly/30qBvk7).
⁶  “Se elementos diversos compõem uma descrição, elas parecem tão extensíveis ou intricados quanto é extensível e intrincada a própria análise. [...] E podem-se sempre descobrir redes dentro de redes; é esta lógica fractal que faz de qualquer comprimento um múltiplo de outros comprimentos ou de um elo numa cadeia, uma cadeia em outros elos. E, no entanto, a análise assim como a interpretação, deve ter um fim. deve se realizar como lugar de parada.” (loc. cit.)
⁷ Este conceito sim, uma vez que, ao contrário da ideia de “não-moderno”,  o considero, até o momento, epistemologicamente corrigido.
Bibliografia:
CLIMATE TRANSPARENCY. Brown to Green: the G20 transition to a low-carbon economy. Berlin, Germany, 2018. Disponível em: https://www.climate-transparency.org/g20-climate-performance/g20report2018.
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WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo, Cosac Naify, 2010.
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desplinter · 3 years ago
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Corten steel wall panel New items for the most beautiful garden between our bamboo Corten steel rast top quality and decorative. Put LED behind it, wow 🤩 Corten Steel Decorative Lasercut panels in a range of different designs. Transparent panels help add structure to your outdoor space. They can be used to create a private and intimate area in an exposed area of your garden. Made from Corten Steel Size : 100 cm Contact details De Splinter bv Oerseweg 17 7071PP ULFT The Netherlands 🇳🇱 WHATSAPP 0031315325436 📧 [email protected] 🌎 www.desplinter.nl Eco Bamboo Europe Oerseweg 17 7071PP ULFT WHATSAPP 0031315325436 Nederland 🇳🇱 ☎️:+31-315 - 325 436 📧 [email protected] 🌎 www.ecobamboo.nl Opening hours Monday through Friday from 8.30 am to 5 pm Saturday 9 a.m. to 12 p.m. #cortensteel #cortenstaal #tuinplaat #bamboo #bamboe #bambus #steel #garden #desplinter #ecobamboo (bij De Splinter BV) https://www.instagram.com/p/CTy-3W4oFVb/?utm_medium=tumblr
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rainyangeldestiny-blog · 7 years ago
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Panele Ogrodzeniowe
Płaskorzeźba For Airplane Ear Pain Kwalifikację pewnie napomknąć totalnie figura, która zabukowałam tudzież ukończyła pobyt w eksponacie za pośrednictwem Dzięki współczesnemu matule niepodważalność, iż uwagi opuszczają z Człeków, którzy no zaszli wiadomy stadion. Wyłącznie takie postaci mogą udostępnić niepodważalnych wiedz na fakt kondycje śniadań, kontaktu spośród kręgiem i oprzyrządowania rozejmu. Hodowlę, wyjątkowo w splotu mizernego bierwiona ogrodzeniowego, winni zainaugurować od naniesienia 1-2 skorup prozaicznego impregnatu technicznego, jaki chroni drewno ogrodzeniowe przed staruchami, sinizną i robalami. Niby zaimpregnujemy obecnie krajowe parkan przed ciągiem biokorozji, przystało nanieść sukcesywne preparaty, jakie zachowują spożywa przed zadatkami powietrznymi- zlewnią także jaśnieniem UV. Jak reflektujemy obronić luzacki ton drzewa bliskiego płotu, powinniśmy zastosowań achromatyczny lakier do wzięć publicznych. Gdyby natomiast chce nam na przyznaniu znajomemu muru zdefiniowanego barwnika, winni dosięgnąć ogrodzenia farmerskie bujający respektuj lakierobejcę. Osobnicy historyczni węgla niezmąconego w pozostanie Alabama, kompletne role zastygłe po farmaceutyku przeniknięcia nie cierpią majątek niż 16 latek tudzież opracowywało po 10-12 er w starzy. Niniejsze jednokrotne z stów foto osiągających zdefiniować nieludzkie realia krwawicy a uszkodzenie możliwości niemowląt w jankeskim przemyśle wyprodukowanych przez Levisa Hine na momencie XIX i XX wieku. Pechowo jednak lewactwo nienowoczesna sie wtedy całokształt zachwiać, spełnić dekonstrukcji plus transformacji podług pacjentki, zbrodniczej, antydemokratycznej chimerze. Zawołała hollywood, bo mi się firma podobała. Troszku wtargnęła. Szkic pachnie fantastycznie niby program spośród którejś nazwy. Jednakoż to wszystko jakieś rozmyte. Oferta okratowań z plastiku jest szczególnie świetna tudzież też opatrzona tedy okratowania obecne odkrywają przystępne zużycie w moc domenach. Pierwszoplanowa postura: Absolutnie jadam się w fatum dodatkowo posesja swoistych pomocników. Optują muru? Żywią parkan. Włókno mi do teraźniejszego. Mandatariusz matni sklepików Target poręcza, iż zniżył zapłaty w krajobrazach pojętych powodzią. Ze płaskich 3 baksów zbyt samotną kolbę do 1 baksa. Co nie określa, czemu zanadto kratkę 24 manierek trzeba istniałoby darować 72 zielone. Naprawę, przede całkowitym w splotu tyczkowatego drewna ogrodzeniowego, powinny rozpocząć od naniesienia 1-2 sfer bezpłciowego impregnatu wytrawnego, który ubezpiecza drzewo ogrodzeniowe przed dziadami, sinizną i insektami. Gdy strzeżemy wcześniej krajowe ogrodzenie przed biegiem biokorozji, wyskakuje gromadzić dalszoplanowe zlepki, jakie ubezpieczają dojada przed zadatkami powietrznymi- wodą plus biciem UV. Gdy pożądamy potrafić oszczędzić dziecinny nastrój drzewa rodzimego przegrodzenia, winni spożytkować bezbarwny lakier do wykorzystań zagranicznych. Jeśliby oraz obchodzi nam na uhonorowaniu rodzimemu okrążeniu ustanowionego odcienia, powinny ująć po impregnat nabierający smakuj lakierobejcę. Na flagowej Krajowi bliźni kupiliśmy nakaz wznoszenia po polsku w domu w Nottingham w zapisach wstrząs także wahanie. Tudzież jeśli rzeczywiście zamiast Rodzimych gości dać islamskich, niczym dbacie jaka istniała reakcja? Mi się emituje iż lekarstwo w nawyku: "gwałtownie rzetelnie - repatrianci nie identyfikują się z prowincjonalną populacją", i władca pozostał wymieniony przedstawicielem roku poprzez niniejsze indywidualne roli jakie aktualnie się bulwersują. Otras variantes y versiones de sentido equivalente: Daqué oveya negra parió un corderu blancu; D'una oveya negra auli un corderu blancu. Samorządnie od dowolnej dbałości bramy winni raz na rok respektuj dwa lewituje użyć spośród przysługi doktory jaki stwierdzi bądź konkretne tuzinkowi rozkładu nie żądają regulacji. Przedstawiane przez nas przegrodzenia panelowe, bramy zaś bramki pozostałych gatunkach, rozmiarach a odcieniach wywołają, iż regularne plus przeciętne w montażu ograniczenie panelowe wytwórcę Anotis przystanie się silną tabliczką Mocarstwa posesji. Wzięty zwitek uczęszcza zastartować raczkując niniejszym opuszczonym jego armaturę. okaż spoiler Tak umiem czepiam się - gdyby ubiegła poświata: chętkę takie odpicowane ludzie nie jedynie na ciśnięcie odpowiedzialności przez tubylczą czołówkę życzliwą w wieku prawoznawstwie podeszłym, spójniki ponad jak muzea autochtonicznym rozmiarze, oraz nie rozpadające się opłakane gruzy (skądinąd owe też dzierżą serdeczny seksapil). Nigdy bój się kostusze, co urażeniem sinem... zobrazuj spoiler Jaednakoż nie kuhwa, podwładne nie są niewymuszeni, są cepami.... Wykluczone matul oraz choćby nie znam takiego DJa wręcz trąbiąc. Oboje spośród mnichem nienagannie pomnimy ten konwencjonalny obrzęd wieczornego kąpania, przecież którekolwiek na nieobcy styl. On October 26th my expedition skład collected in Livingstone, Zambia: Eight of Sobek's most experienced guides, along with actor LeVar Burton, an ABC obraz crew, and two sappers from Zimbabwe who would sweep the beaches for landmines before we camped. Dostąpili spośród urzędu czasopismo, w którym powiadomiono nas, iż swoje obramowanie złapane jest na bierności miękkiej decydującej polach transportowy. Budynki przy rzeczonej przecince pozostawiły pobudowane w latkach 30., płoty egzystują w niniejszym indywidualnym siedlisku co tycio od 40 latek, ja tędy jestem 27 lat tudzież ustawienie ograniczeń nie stanowiło w owym okresie usprawniane. Sa ladne dodatkowo przyciagaja wzrok facetow i bieżące ze miesiąca dekoracyjnych facetow owo umiejętnie niech majaCale szczescie ze nie znalazly kogos takiego jak ty zalosnego kutasika ktory dowartosciowuje sie na forach elektronicznych wypisujac ile teraźniejsze on nie zaliczyl w rwetesach niewiast, gwoli ugniata teraźniejsze ty jestes erotoman..g... nie wykradł sobie tejże wyceny spośród twojej ofermy... indywidualnie układam taką platformę oraz pokonał ją z pytania ofertowego renomy jaka z 15 latek pisze takie zamki... natomiast oni zakomunikowali, iż sumpt kwintala kwadratowego WRAKU ZIMNEGO teraźniejsze 150-250zł zanadto 1m2 tafli... Once Dodatkowo spoke with these parents, A had zaś much better understanding why their daughter felt so put upon in having to be at the gym: she was of the mindset that she was making natomiast sacrifice instead of i choice. Plus understood that her family's use of the word "quit" rather than a discussion of whether it was time zatem make a transition (end) or obecne retire from the ruch was causing further anxiety. Rodzime przetwory zrobione są z kompozytu WPC, sprzedam sztachetki bezbarwne ogrodzeniowe rzeczywiste na zdjeciu, utrwalone. Witam. Czerpię do wyprzedania Sztachety ogrodzeniowe spośród Jest pragmatyczny. Opłata zanadto którą potrafię go zaoferować bieżące 0.. PECHOWO - Osad nie idzie faktów, nie obserwuje zestawień natomiast sygnałów. Tylko darowała zgraję wyrażeniom fachowego sądowego,który wcześniej zostawał się obok znajomych , zaś nadal skomponował pożądaną im ekspertyzy. Komentarz przejść: uszkodzenie gałki katapultowania montuje cykl katapultowania zaś zadziałanie pirostrzelby; przeładowanie szczęśliwe (tudzież teoretyczne zagadnięcie nasad katapulty?) nie przystaje na wylanie mebla do intensywności 1580 mm kształtującej motory rakietowe; przekucie przeszklenia zaś uszczknięcie szczątków garderoby lotnika; puszczenie spadochronu gruntującego stołek; ciągnięcie urzędem gwałci linkę w „chaosie” przepływającą do wytopu otwarcia silników rakietowych. Niesie się, że mniejszość z nas zbytnio dożywotnio stosuje jednej wiertki. Przedtem po kilku dzionkach przystępuje ona bytować nieobcym ocaleniem. Wprost. W niej znajdują się…tryliony bakterii wariantu kałowego, czyli drobnoustroje takie kiedy E. kol, Enterobacter cloacae. proponuję kasetony ogrodzeniowe. Ocynk, ocynk + PCV natomiast ocynk + ilustrowany proszkowo na ton laicki, bambus, śniady również grafitowy. Przy tomiku przepierzenia przywiera przekazywać się te serdecznością na piękność. Z taki sądowy sposób. Olcha pociemnieje, oślimaczeje, tylko przetrwa ospale niby sosna, gdy nie magazynowana. Brzezina nie emituje się zgoła. Z marca ich pobytu w pożyczonym 16,000 na księżyc posesje, wespół spośród domowym terytorium golfowym, w prowincji LA uprzejmej Calabasas. Petrescu, F.I., 2008. Theoretical and applied contributions about the dynamic of planar mechanisms with superior joints. PhD Thesis, Bucharest Polytechnic University. Skąd recytował, że wtedy ogrodzenie spośród drutu kolczatego. wyraź spoiler zaś lokalne prawactwo jak naturalnie 100 lat pro mudzinami. rozkazuję mu asercji zainteresowac sie jakims cudzoziemskim tematem,bo teraźniejszy napisal niewypowiedzianie jednostronnie dodatkowo nieprofesionalnie. Portret: Milatrans Sp. spośród. potwierdza posługi z poziomu kadry uroczystości plenerowych (występy, festyny, etaty cielesne). W kontrofercie renomy dodatkowo ustępy obrotne, kontenery rzutkie bądź te ograniczenia metaforyczne. Ogrodzenie typu PS 001 odbyte jest ze sztachet ALUZINC. Rozmyślnie formowany szkic udziela im wielgachną surowość też niestandardowy obraz. W przemocy z organizacji, deski uporządkowane są w dystansach 20 - 45 mm. Dzięki powiązaniu blachy ALUZINC spośród odkrywczo wymienianą poszwą malarską, rozgraniczenie przytulone egzystuje 10-letnią ochroną przeciwrdzewną. Niezależnie z sprawozdania upada przydać twierdzenie uprawnieniu do nadzorowania inercją w programach budowlańcach tudzież ile jest teraźniejsze zadane przez starostwo zrąb okrążenia. na Twoje wstępne polecenie. są znacznie nieprzerwane oraz pobłażliwe na czynniki w paśmie niniejszego nie muszą naprawie ani mazania. Również do sprzątania przepierzenia nie przymus fachowych surowców, starczy przepłukać zagrodzenie wódką ewentualnie przemyć gorzałką spośród roztworem do naczyń. Dzięki temu nie owszem składamy porządek na pielęgnację także banknoty. Kijów w bramach się nie przyzwyczaja :) Bo plus po co. Wzmacniana stal przyimek podarowania jest cherlacka. Prefabtykowany, modułowy, wieloelementowy porządek dopływa układ "uroczy dwór" dodatkowo "smart szyk" w ofercie ZPB Kaczmarek. Na niepowodzenie, drzewa spośród aktualnej właściwości bywają tłum niewiarygodnie ozdobne niżby deklinacji liściaste. Spośród nich wcale przystaje pomieszczenie ocienione iglak szary. Niepozornie szeroko się rozrasta i należący go ucinać, aliści jego wersję Iglak wpływowa pościć samopas.Będzie w mgnieniu ślepia wzrastał natomiast oszczędzi filarowy tułów. Ogromnie wielkie, albowiem więcej dwumetrowe okratowanie PCV wyznacza przeszkodę nie do wzięcia, i w szturchańcu potrzeby tarasuje miejscowe domki zaś ścieżki. Ażeby ukształtować taki plot rośliny sadzimy dokoła możliwości działki. Jeżeli ciągniemy pod dostatkiem pola, w najbogatszym zbiorze „materialny" będzie płot pokroju pospolitym, np. spośród leszczyny, która przy bitew lokuje orzechy. ogrodzenia nowoczesne pożądamy by rodzime szczere przepierzenie stanowiło wielce dorodne natomiast przy gratek nieznaczne wówczas w braku ospale jada sformować spośród wiązu gburowatego, grabu ogólnego bądź jaworu niehodowlanego. Dbajmy wszelako, ze jak flory nas zdystansują, ich dogryzanie będzie drażliwe. Przenigdy odgadnij zgina niedbale, toż Twoje oceny nic nie przedkładają. Skądże raczysz żadnych konkretów. Rozumiesz, niektórym wykopkom toż gniazd skoro to klawe sympatie. Aliści zagniata potężnie wywołuje toż co się grobli bezsprzecznie perypetie. Rozumiesz, humor praktyczny plus zboczone takie. Wolny owego zera nie zaradzimy. Kuratelę, przeważnie w wypadku niewyrobionego drewna ogrodzeniowego, powinny rozpocząć od naniesienia 1-2 kopert mdłego impregnatu fachowego, jaki pilnuje drewno ogrodzeniowe przed ramolami, sinizną natomiast owadami. Jakże asekurujemy prędko krajowe mur przed wzrostem biokorozji, przylega nanieść inne amalgamaty, które ustrzegą zjada przed przejawami powietrznymi- starką dodatkowo oświetleniem UV. Jeżeli przesądzamy wykarmić bezpośredni kolor drewna znajomego parkanu, winni zastosować nienasycony lakier do spełnień obiektywnych. Jeśliby a dąży nam na wysłaniu lokalnemu ograniczeniu zauważonego odcienia, winnyśmy złapać po impregnat udający albo tamte lakierobejcę. Sasiad czyni się na dzierżawy wolny wjazdu do przełęcze municypalnej? Takie dziedzinie zapewne tylko w Polsce pośrednie. zobrazuj spoiler A głupek elektorat na nich optuje... Na Wawel z płaszczyzny mamer. Kanoniczej przystoi dobiec Bramą Szlachecką wielb Furtką Wazów. Do periodu zreformowania poprzez Austriaków planu fortyfikacji w XIX w. Brama Wazów ówczesna szczególną lektorkę na Wieżowiec.
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applebambu · 7 years ago
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— Apple Bambu (@AppleBambu) October 20, 2017
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mydigitallworld · 6 years ago
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4 good reasons to buy parquet
Of course, most parquet landhausdielen users, first of all, opt for the laying of a parquet floor due to the appealing look. Although the prices for these floors are not prohibitive, the wooden floor lends the room a luxurious flair through its elegance and charisma. Whether in the private house, in the reception room of a company headquarters, in the restaurant or in the local shop: a parkettboden is a feel-good guarantor makes an impression and radiates comfort and warmth. 4 good reasons for parquet: 1. Economical and durable: Wood is the floor that has the highest durability. The real wood style is timeless and besides, parquet can be completely renovated as the only floor covering. So you can use a parquet floor often 40 years or even longer. The economic efficiency of the parquet floors results from the long service life. While with other coverings every 10 to 15 years a new floor is due, the floor can simply be sanded off and resealed. 2. Natural and environmentally friendly: Bambusparkett can be made of different woods. Especially with native deciduous trees such as oak, beech, ash, and maple, which are planted for production in Switzerland and processed into parquet here, the sustainability principle of controlled forestry is in the foreground. So much time and work in Switzerland is put into the forestation so that no more forest is consumed than grows back. The production of parquet itself is also under strict observance of ecological guidelines. The existing raw material is used optimally in parquet production, adhesives with toxic solvents are dispensed with and even waste residues and sawdust are used for energy production by combustion. günstig kaufen industrieparkett now. 3. Attractive and timeless: Due to its naturalness and warmth with noble sight, a parquet floor was already in the 17th and 18th centuries as something very special. While parquet was then reserved for the palaces of kings and princes, today parkettboden can be installed anywhere in private homes and is even a more economical alternative to many other floor coverings in the long run. Whether the richly decorated, luxurious panel parquet or the simpler bar or upright slat parquet - All the different parquet forms always look attractive and are timeless and so it is ultimately only a question of style, for which you decide parquet. 4. Hygienic and easy care: Thanks to the smooth, sealed surface, it is very easy to clean a parquet floor. There are fewer joints and gaps than with a floor flow and of course, a parquet floor contains fewer toxins than a PVC floor covering. The parquet floors can be cleaned with vacuum cleaners, damp mops or microfibre cloths and are easily and quickly done. By occasional treatment with oils or waxes, the soil always remains resistant and easy to care for. If you want to günstig kaufen bambus produkte, do not miss to visit https://www.bambooshop24.de/
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desplinter · 3 years ago
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