#pacientes indígenas
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MPF recomenda que Sesai autorize contratação emergencial de transporte de pacientes indígenas
Órgão alerta para risco de interrupção do serviço, uma vez que o atual contrato vencerá na próxima segunda-feira (26) O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) autorize a contratação emergencial de locação de veículos no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Porto Velho para garantir o transporte de pacientes indígenas. A Sesai tem cinco…
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#autorize#Contratação#DESTAQUE 2#emergencial#famosos#MPF#noticas#ocombatente#ocombatente.com#pacientes indígenas#recomenda#Sesai#Transporte
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Información sobre el Kambo:
Cuando se aplica?
Tópicamente sobre la piel, Kambo activa un proceso radical de limpieza física, emocional y mental.
Kambo, es la medicina natural más poderosa, es uno de los anestésicos y antibióticos naturales más fuertes que se encuentran en el mundo y uno de los más fuertes remedios naturales para potenciar nuestro sistema inmunológico
¿Qué es el kambo?
Kambo es el nombre dado a la secreción venenosa de una rana arbórea que las tribus indígenas del Amazonas aplican tópicamente sobre la piel para sanar y fortalecer la mente, el cuerpo y el espíritu.
Durante un tratamiento con Kambo, se aplica en la piel después de que se hacen pequeñas quemaduras superficiales, Solo se quema la capa superior de la piel. Una vez que se han realizado las quemaduras, la medicina Kambo se aplica a las heridas y esto permite que el medicamento se comunique con el cerebro a través del sistema linfático.
El medicamento contiene un cóctel de péptidos bioactivos y neuropéptidos que tienen un poderoso efecto en el cuerpo y el cerebro y permiten que el cuerpo se cure por sí mismo 🐸
¿Cómo funciona? 🐸
Kambo se usa generalmente en un entorno ceremonial.
Kambo siempre se debe hacer en ayunas para que el estómago esté vacío. En este punto, se le pedirá al paciente que tome 1.5 a 2 litros de agua. Esto es para que haya algo en el estómago que pueda purgarse durante el proceso. Luego se aplica el medicamento y comienza el proceso.
🐸 🐸 🐸
Kambo tiene propiedades antibióticas y fortalece el sistema inmunológico, mientras que se destruyan los microorganismos patógenos. Kambo se conoce tradicionalmente como antiinflamatorio.
Los péptidos de la rana y sus efectos cubren una amplia gama de potenciales usos médicos: tratamiento de enfermedades cerebrales como el Alzheimer y el Parkinson, depresión, migrañas, problemas de circulación sanguínea, insuficiencia vascular, enfermedades de órganos, cáncer, problemas de fertilidad en las mujeres, hepatitis y más.
🪶 Rapé o Romé Potó
Polvo de tabaco con ceniza de arboles nativos, utilizado ancestralmente por pueblos nativos del Acre, en la selva amazonica.
Es administrado vía nasal por soplidos y cada uno de estos soplidos contiene una intención y así un rezo. Expande y equilibra nuestro campo energético, tranquiliza el pensamiento, descongestiona las vías nasales, excelente, ansiolitico natural y al mismo tiempo permite el entrar en contacto con espíritus antiguos que rigen la sanación en la naturaleza, activa una vision clara y potencia el tercer ojo, observando mas ampliamente para así comprender la causa y raíz de nuestras dolencias en procesos curativos, ayuda en la sanación del hígado y retira miedos, fobias, rabias, ira y demás patologías.
El tabaco, "Halerius" en su resonancia cósmica, es el maestro de ceremonias, uno de los primeros elementales de la Tierra y es usado en rituales milenariamente, trae paz y entendimiento a nuestras vidas.
🔥 Indicaciones:
Para la ceremonia 🐸: Venir en ayuno, 2 litros de agua, Ropa cómoda.
Para entrar a temazcal: Vestido o Falda, bermuda para los hombres;
Sandalias, Toalla, Ropa para después del temazcal.
Traer fruta o alimento para compartir después del temazcal.
Escríbenos si surge alguna duda, quieres reservar o requieres Informes:
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Verona, um caso de malária. A Região: 'Não é indígena' #ÚltimasNotícias
Hot News A Direcção de Prevenção da Região de Veneto anunciou que foi diagnosticado um caso de malária no hospital de Verona. Inicialmente temia-se que se tratasse de um caso autóctone, uma vez que o paciente não havia declarado nenhuma viagem a países onde a doença é endêmica. A posterior análise epidemiológica do Serviço de Higiene e Saúde Pública da Ulss 9 Scaligera, no entanto, evitou esta…
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[Entrevista] Uma irmã cisgênero pelo seu irmão trans - Apoios familiares e negritude
Entrevista entre o blog e u/cuddlefishh
Introdução
Há muitas dúvidas nas famílias de pessoas trans em como reagir, ou em como ajudar seu familiar. A pergunta que fica é como se sentir sobre suas experiências e passar por cima delas para ajudar quem realmente precisa - a pessoa trans* marginalizada que está pedindo sua ajuda e compreenção. O apoio familiar é crucial para eles. Como fazer seu amor chegar a ela de uma maneira gentil?
Trazemos hoje uma entrevista com Gabriela, uma moça negra que possui um irmão transmasculino. Com ela, exploraremos um pouco como foi a experiência de ajudar um irmão trans pela visão da negritude.
Entrevista
Gostaria de se introduzir?
Eu sou a Gabriela, tenho 24 anos, sou uma mulher [cisgênero] negra e lésbica. Moro em Salvador, Bahia, já fora da casa dos meus pais.
Você é atualmente a pessoa que mais apoia seu irmão transgênero menor de idade, correto? Isso sente como um grande fardo para você?
Acredito que sou sim um dos adultos que mais apoia ele. Na transição, nunca me foi um fardo. Eu amo ele e quero fazer tudo pra fazer ele feliz. Ele como todo adolescente tem suas dificuldades, nunca algo relacionado à questões de gênero ou sexualidade. Eu cuidei dele durante minha infância então acredito que vem daí minha posição e a confiança que ele tem em mim.
Acredita que sua relação com raça e sexualidade moldou como você via seu familiar trans?
Eu acredito que gênero e raça estão mais próximos um do outro que sexualidade.
Eu sou uma mulher negra lésbica. Não apenas minha experiência de gênero é totalmente diferente das de mulheres brancas, ela também é diferente da experiência de mulheres indígenas, asiáticas e por aí vai. Junto com a identidade de mulher negra vem a masculinização, fetichização e objetificação.
Pra citar como exemplo, traços negros de mulheres grossas são vistos como masculinos, ou não tão dignas de carinho e afeto que pode ser reservado pra mulheres brancas, ideia de que somos mais fortes ou mais corajosas. Nosso cabelo também muitas vezes curto, por ser crespo, é visto como masculino.
Em tempos de colégio, eu fui alvo de bullying onde inventaram que eu tinha pênis. Eu não me importei por que sabia que não era verdade. E ao mesmo tempo que eu sei que ter um pênis não faz de alguém um homem, a forma que se foi usada foi pra implicar que eu era um. Na época não pensei muito nisso, mas depois de adulta vejo como tenho medo de não ser feminina o suficiente, nunca me sinto confiante sem maquiagem.
Pro meu irmão, que é uma pessoa agênero, vem a masculinização também. Ele parece um garoto cis. Ele quer ficar mais masculino mas ele não tem interesse em parecer um homem cis. Mas a masculinidade de pessoas que são entendidas como homens negros vêm com a violência direcionada à homens negros. Então, maior taxa de violência policial, desconfiança, objetificação e outros problemas.
Meu irmão até então teve uma experiência tranquila, mas eu temo sim pelo futuro, onde ele é um adulto, que se veste de forma mais alternativa, e precisa procurar emprego. Eu temo por ele agora, que é uma pessoa bem sincera e nem sempre tão paciente, por conta da adolescência. Não vou mentir, fico um pouco aterrorizada quando alguém fala do quanto a gente se parece. Nós somos parecidos, mas enquanto eu tenho medo de ser vista como masculina, ele tem um certo nojo de feminilidade em si. Conversando com amigos AFAB, percebi que eles tiveram experiências similares sobre masculinização. Eu digo que sou uma mulher cis, mas sempre acho importante pontuar que sou uma mulher cis negra, por que é muito ligado à como me vejo, como me sinto e o que experenciei. Muitas coisas mudam, mas a experiência de ser uma pessoa negra AFAB é algo bem presente, tanto pra mim quanto pros meus amigos, ao menos.
Isso é extremamente relevante. O feminismo negro sempre teve que apontar pautas próprias por um motivo, afinal. Como tudo isso afetou sua visão sobre seu irmão transicionar para fora do gênero feminino? Acredita que foi difícil aceitar por causa de questões relacionadas a raça?
Sinceramente, eu sempre soube que ele não era uma menina. Desde que me entendo por gente. Ele só nunca foi.
Quando ele tinha 11/12, eu tinha 19 por aí. Eu já sabia que era da comunidade, sou uma mulher lésbica. Tinha amigos trans e estava ciente da experiência deles. Dos dados, das expectativas, da aceitação. Eu lembro que eu torci pra estar errada. Por que eu queria ser a pessoa que receberia o ódio da minha família, receberia as costas. Eu poderia fazer isso. Eu queria que qualquer coisa de ruim acontecesse comigo antes de acontecer com ele.
Eu não queria que ele fosse trans. Me aterrorizava. Tudo que eu vejo na nossa criação, que também foi reservado pra ele, me assusta. Não foi difícil entender que ele era trans, nem especificamente aceitar. Foi difícil ficar em paz com o que o futuro pode segurar pra ele.
Hoje em dia eu procuro ser o apoio que ele não vai achar em maioria dos lugares. E penso no futuro depois.
Como você avaliaria a importância do seu apoio na vida dele? Há alguem mais da familia, no momento, que o ajude?
Esse episódio [de ver como achar para ele] testosterona é uma conversa que a gente teve um tempo atrás. Ele nunca se assumiu pra minha família, ele só nunca escondeu. Eventualmente meus pais descobriram. Minha mãe tenta apoiar do jeito dela. Ele não fala muito sobre os próprios sentimentos mas acho que minha aceitação e ajuda fazem ele se sentir acolhido, ou melhor. É um processo difícil pra ele, então quero que ele tenha o máximo de apoio possível. Além da minha mãe e eu, temos uma prima que é bem próxima dele e que também ajuda bastante.
De que maneiras você conseguiu ficar em paz sobre a situação?
Sobre a paz, ela veio depois que ele se assumiu pra mim. Nem lembro como foi. Acho que eu descobri antes e a gente só falou casualmente depois. Eu ainda temo por ele, mas o meu foco tem que ser proteger ele e a felicidade dele.
Quando a possibilidade de ele ser LGBTQ era só isso, me assustava muito. Depois que eu pude parar de pensar nessa parte, a gente foi dando passos lentos pra ele se sentir mais confortável. Coisas estéticas.
Quanto a essa situação, oque é considerado apoio e ajudar? Na sua opinião, o que foi necessario para deixar seu irmão mais confortável, e que familiares de outras pessoas trans deveriam fazer?
Apoio e ajuda podem vir quando você se presta a ouvir aquela pessoa trans, o que pode ser particularmente difícil pra pessoas mais velhas, ainda mais se tratando de jovens.
Sobre confortável, o momento em que ele se assumiu pra mim, nossa relação mudou bastante. Nosso diálogo é muito bom e aberto. Ele me procura enquanto figura mais velha pra conselhos por saber que vai encontrar um local de respeito à individualidade dele. Outros familiares precisam entender individualidade pra superar os próprios preconceitos e criarem um ambiente sem riscos.
Você costuma se sentir fora de sua área de conforto quando lidando com as questões trans do seu irmão? Como você lida quando não entende algo?
Não me sinto tão fora da área por que tenho muitas pessoas trans na minha vida. Ainda, costumo voltar pra eles quando algo do tipo medicamentoso aparece, dicas sobre binders ou packers, tops e tudo que pode melhorar a experiência de expressão de gênero dele.
Se não entendo algo, pesquiso com outras pessoas trans, amigos trans ou pergunto à ele. Nunca tive problemas.
Como normalmente você procura recursos para ele?
Sobre recursos, por eu ter muito contato com pessoas lgbtq, uso bastante desse apoio. Sites e experiências de outras pessoas trans também ajudam bastante.
Qual papel você acha que a pesquisa tem para a família de uma pessoa trans ou um aliado?
A pesquisa é muito importante. Recentemente, enviei pra minha mãe um vídeo sobre um ambulatório em São Paulo focado em questões de gênero em crianças e adolescentes. A reação dela foi muito boa. É importante ver outras pessoas lidando com a mesma dúvida e receber respostas unbiased.
A experiência trans é bastante individual e transfobia é bem mais normalizada, aberta e aceita que outros preconceitos . Eu tenho algumas ideias por viver com pessoas trans, por ouvir suas experiências. Ainda, é limitado. Como seres humanos, é impossível entender 100% a experiência de qualquer pessoa, trans ou não. A própria experiência trans vai ser diferente pra cada pessoa, medicalista ou não, binária ou não, branca ou não, pobre ou não. Diálogo e escuta é a chave.
Muitos familiares sentem um luto sobre quem a pessoa em questão era antes de transicionar. Você já sentiu isso sobre seu irmão? Oque você acha que ajuda alguém a ultrapassar a concepção de luto?
Não existe luto em relação ao meu irmão. Ele sempre foi ele. Mudando ou não, sempre foi e sempre vai ser a pessoa que mais amo no mundo. Mesmo entendendo de onde vem, acho que o processo de luto é dramático e egoísta em sua natureza.
[Peço] que processem seu luto sem fazer a pessoa trans em questão se sentir culpada por supostamente assassinar alguém que nunca existiu.
Como você se sente sobre familiares que dizem fazer o "minimo" e aceitar, apesar de não procurarem passar dos obstaculos que discutimos antes?
Familiares em negação e que dizem "aceitar" vão perceber que no longo termo não é algo que dá pra se manter. Aceitar não é suficiente no amor. Amor é cuidar constantemente, e você não cuida de alguém sem entender o que ela espera e tentar encontrar uma ponte em qualquer diferença de pensamento ou crença.
Qual foi a parte mais difícil em acompanhar seu irmão? E a melhor parte?
A parte mais difícil é o medo de outras pessoas no futuro dele, que podem não ser tão gentis ou compreensivas.
A melhor parte é sem dúvida ver ele se tornar uma pessoa com a personalidade longe de coisas que lhe foram impostas. Ver ele muito mais satisfeito com a própria aparência, com sua vida religiosa, saúde mental e física.
As partes incríveis são bem mais importantes que qualquer adversidade.
Há algo que gostaria de dizer para os familiares de pessoas trans* que possam ler essa entrevista?
Acho que pra qualquer familiar de pessoa trans eu diria para pensar nas experiências que tiveram com pessoas trans, na mídia, em notícias. Não é um mundo justo ou fácil. A família deve manter o papel de oferecer amor, principalmente pra uma pessoa que vai encontrar um mundo não tão receptivo. A família tem um papel crucial no processo.
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Agradecemos profundamente à Gabriela por trazer sua experiência como familiar de uma pessoa trans*. Esperamos que sua entrevista possa inspirar mais familiares pelo mundo.
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Novo Centro de Referência em Saúde Indígena em Surucucu é Inaugurado como Marco para o Povo Yanomami
O governo brasileiro anunciou um avanço significativo na assistência à saúde indígena com o lançamento da construção de um novo Centro de Referência de Saúde Indígena em Surucucu, no estado de Roraima. A iniciativa beneficiará cerca de 10 mil indígenas Yanomami em 60 comunidades, reforçando a infraestrutura de saúde e reduzindo a necessidade de transferências de pacientes para Boa Vista. Uma…
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Começa hoje (26), no Distrito Federal (DF), a campanha de vacinação contra covid-19 para idosos de 76 a 78 anos. Essas pessoas foram incluídas no público-alvo após a entrega de 25,5 mil doses da vacina Covishield, desenvolvida pela universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca, e distribuída no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, existe ainda a previsão do Ministério da Saúde de enviar para o DF uma remessa de 11 mil doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A estimativa é de que haja 23.061 pessoas de 76 a 78 anos vivendo na capital federal. Além disso, segundo o governo local, continuarão sendo vacinados membros do grupo prioritário já incluído anteriormente, além de cerca de 9 mil profissionais de saúde da rede privada que estão na linha de frente e ainda não foram imunizados. Agora, as pessoas que fazem parte do público-alvo poderão agendar a aplicação da primeira dose pela internet, no site vacina.saude.df.gov.br. Até então, esse serviço só era permitido para a segunda dose. A vacinação contra a covid-19 ocorre em 42 pontos de vacinação, sendo 13 por drive-thru. A lista e os horários de funcionamentos das unidades para imunização estão disponíveis na página da Secretaria de Saúde. Com a ampliação, os grupos prioritários a serem vacinados no DF passam a ser compostos da seguinte maneira: pessoas com 76 anos ou mais; idosos a partir de 60 anos, pessoas com deficiência que vivem em unidades de acolhimento e cuidadores que atuam nessas instituições; trabalhadores da rede pública de saúde, em todos os níveis de atenção; trabalhadores dos hospitais privados; povos indígenas que vivem em terras indígenas, pacientes internados em home care SES-DF (SAD-AC – de alta complexidade, internados em casa, que são assistidos com suporte de ventilação mecânica) e pacientes internados no Núcleo Regional de Atendimento Domiciliar (AD2 e AD3 – internados em casa e acompanhados pelas equipes da Secretaria de Saúde); trabalhadores dos serviços de Atenção Pré-Hospitalar; resgatistas do Corpo de Bombeiros.
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Malária: gestantes, crianças e pessoas vulneráveis são mais afetadas
Ao longo dos últimos anos, o progresso na redução da malária estagnou – a doença não apenas continua colocando em risco a saúde e a vida das pessoas, mas também perpetua um ciclo vicioso de desigualdade. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS) em razão do Dia Mundial da Malária, lembrado nesta quinta-feira (25). “Pessoas que vivem em situações mais vulneráveis, incluindo gestantes, bebês, crianças menores de cinco anos, refugiados, migrantes, pessoas deslocadas internamente e povos indígenas continuam a ser desproporcionalmente afetadas”, analisa a entidade. Dados da OMS indicam que, em 2022, foram contabilizados 249 milhões de novos casos de malária, além de 608 mortes em todo o planeta. África Do total de casos de malária, 94% foram identificados no continente africano. A região responde ainda por 95% das mortes pela doença. Populações rurais que vivem em situação de pobreza e com menos acesso à educação são as mais atingidas. Diante do cenário, a OMS aponta que as metas estabelecidas para a redução da malária até 2025 não serão alcançadas. A entidade alerta ainda para barreiras em áreas como equidade no acesso à saúde, igualdade de gênero e direitos humanos nas estratégias de combate à malária. “Todas as pessoas deveriam ter direito a serviços de qualidade oportunos e acessíveis para prevenir, detectar e tratar a malária, mas essa não é uma realidade para todos”, destaca. Bebês e crianças Os dados mostram, ainda, que bebês e crianças pequenas seguem respondendo pelo maior número de mortes provocadas pela doença – em 2022, quatro em cada cinco mortes relacionadas à malária no continente africano foram contabilizadas entre crianças menores de cinco anos. Desigualdades no acesso à educação e a recursos financeiros, segundo a OMS, agravam ainda mais o risco. “Crianças menores de cinco anos de famílias pobres da África subsaariana têm cinco vezes mais chance de serem infectadas pela malária do que as de famílias mais ricas”, alerta a entidade. Gestantes A OMS salienta, ainda, que a gravidez reduz a imunidade da paciente para combater a malária, tornando gestantes mais suscetíveis a infecções e aumentando o risco da forma grave da doença e de morte. Desigualdades de gênero, portanto, aumentam o risco de contrair a doença. “Se não for tratada, a malária, durante a gravidez, pode causar anemia grave, morte materna, morte do feto, parto prematuro e recém-nascidos de baixo peso”, indica a OMS. Refugiados, migrantes e indígenas Por fim, a entidade lembra que alterações climáticas e emergências humanitárias, incluindo catástrofes naturais, além de conflitos em países onde a malária é considerada endêmica, deslocam populações e colocam pessoas em situação de vulnerabilidade para a doença. “Esses e outros grupos seguem sendo excluídos dos serviços que necessitam para prevenir, detectar e tratar a malária, dificultando o progresso na concretização de um mundo livre da doença”, concluiu a OMS. Recomendações Dentre as recomendações listadas pela entidade para o combate à malária figuram: - Acabar com a discriminação e o estigma; - Envolver comunidades na tomada de decisões em saúde; - Levar cuidados de saúde para perto de onde as pessoas vivem e trabalham, por meio da saúde primária; - Abordar fatores que aumentam os riscos de malária; - Incluir intervenções de controle da malária na cobertura universal de saúde. Como é a doença De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave. Ela é causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem, na maioria das vezes, pela picada de mosquito do gênero Anopheles infectado, também conhecido como mosquito-prego. A doença, entretanto, também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, por transfusão de sangue ou da mãe para o feto durante a gravidez. Após a picada do mosquito transmissor, o parasita permanece incubado no corpo do indivíduo infectado por pelo menos uma semana. A seguir, surge um quadro clínico variável, que inclui calafrios, febre alta, sudorese e dor de cabeça. Podem ocorrer também dor muscular, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção pelo protozoário P. falciparum, também existe uma chance de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Nesse quadro, além da febre, podem surgir dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões e vômitos. O paciente pode chegar a entrar em coma. O tratamento da malária visa a eliminar o mais rapidamente possível o parasita da corrente sanguínea do paciente e deve ser iniciado o mais rapidamente possível. O tratamento imediato com medicamento antimalárico – até 24h após o início da febre – é considerado fundamental para prevenir complicações. Se o teste de diagnóstico não estiver acessível nas primeiras duas horas de atendimento, o tratamento com antimaláricos deve ser administrado com base no quadro clínico e epidemiológico do paciente. Brasil No Brasil, de acordo com a Fiocruz, há três espécies de parasitas Plasmodium que afetam o ser humano: P. falciparum, P. vivax e P. malariae. O mais agressivo é o P. falciparum, que se multiplica rapidamente na corrente sanguínea, destruindo de 2% a 25% do total de hemácias (glóbulos vermelhos) e provocando um quadro de anemia grave, além de pequenos coágulos que podem gerar problemas como tromboses e embolias em diversos órgãos do corpo. Já o P. Vivax, de modo geral, causa um tipo de malária mais branda, que não atinge mais do que 1% das hemácias, e é raramente mortal. No entanto, seu tratamento pode ser mais complicado, já que se aloja por mais tempo no fígado, dificultando sua eliminação. Além disso, pode haver diminuição do número de plaquetas, o que pode confundir a infecção com outra doença bastante comum, a dengue, retardando o diagnóstico. A doença provocada pela espécie P. malariae possui quadro clínico bem semelhante ao da malária causada pelo P. vivax. É possível que a pessoa acometida por este parasita tenha recaídas a longo prazo, podendo desenvolver a doença novamente anos mais tarde. Fonte: EBC SAÚDE Read the full article
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(vía Enfermera mexicana salva a indígenas en México)
Enfermera mexicana salva a indígenas en México * Julia monta a caballo y se viste de tarahumara para llevar vacunas a comunidades indígenas * Su compromiso con la salud pública la impulsa a recorrer zonas remotas a pesar de las dificultades
Ciudad de México Enlace de la Costa
A pesar de las dificultades que presenta la distribución de servicios de salud en las comunidades indígenas de México, la enfermera Julia Paredes López, con 30 años de servicio, no duda en montar a caballo y vestirse de tarahumara para llevar vacunas a zonas remotas del país. Su perseverancia y compromiso con la salud pública la convierten en un ejemplo inspirador.
Una vocación temprana A los 17 años, Julia Paredes López vivió una experiencia que marcó su vida para siempre. Al presenciar el entierro de niños y adultos a causa del sarampión en la localidad de Loreto, Chihuahua, nació en ella una profunda vocación por la salud pública. "Por eso soy una enamorada de las vacunas y siempre le transmito a la gente que las vacunas salvan vidas", enfatiza Julia, quien ahora, con 50 años y como supervisora estatal del Programa de Vacunación Universal en Chihuahua, comparte su historia con ONU México en el marco del Día Internacional de la Enfermería.
Enfrentando desafíos En Chihuahua, las largas distancias, las condiciones climáticas y la topografía diversa representan un reto para la distribución de servicios de salud. Julia no ha dudado en recorrer a pie o a caballo durante días para llegar a las comunidades más remotas y atender a quienes lo necesitan. "Tengo muchas anécdotas e historias de personas que se lograron salvar con la vacuna antirrábica", cuenta la enfermera. "Me tocaba caminar mucho y a veces cuando llegaba los pacientes ya tenían un estado general muy deprimido y no se salvaban, pero cuando sí lo hacían era una alegría muy grande".
Un vínculo con las comunidades indígenas Originaria de Cerro Colorado, Chihuahua, Julia creció en un entorno donde la atención médica era escasa. Esta realidad la impulsó a comprometerse aún más con su labor, convirtiéndose en una figura vital en la provisión de servicios de salud en su comunidad y más allá. Para poder entrar a las comunidades indígenas, adoptó la vestimenta tradicional y aprendió algunas palabras, con ello pudo ganarse la confianza de los pueblos y brindarles atención médica.
Testigo de la evolución del programa de vacunación A lo largo de su trayectoria, Julia ha sido testigo de la evolución del programa de vacunación en México, enfrentando desafíos como la disminución de las coberturas y la propagación de información falsa en las redes sociales. "Reconozco el papel crucial que desempeña la Organización Panamericana de la Salud (OPS) en el fortalecimiento de los programas de vacunación en México y en toda la Región de las Américas para garantizar la salud de la población", afirma la enfermera.
Un ejemplo de dedicación y compromiso Julia Paredes López es un ejemplo de dedicación y compromiso con la salud pública. Su historia nos recuerda que, incluso en las circunstancias más difíciles, cada esfuerzo por promover la vacunación puede marcar la diferencia entre la vida y la muerte.
Fuente: Organización de las Naciones Unidas (ONU)
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Salta: cinco niñes indígenas murieron por desnutrición en menos de una semana
Les niñes eran integrantes de comunidades pertenecientes al Pueblo Nación Wichí ubicadas en jurisdicción del municipio salteño de Santa Victoria Este. La pobreza extrema y la falta de acceso a servicios esenciales en el extremo noreste de la provincia de Salta terminó con la vida de dos niñas y tres varones en apenas cinco días. Cuatro de ellos padecían de desnutrición. Las muertes ocurrieron entre el 12 y el 16 de marzo. Les niñes eran integrantes de comunidades pertenecientes al Pueblo Nación Wichí ubicadas en jurisdicción del municipio salteño de Santa Victoria Este, en el límite tripartito con Bolivia y Paraguay. Esta zona del departamento Rivadavia está comprendido dentro de la emergencia socio sanitaria declarada en 2020 por la muerte de niños y niñas, en su mayoría indígenas, por razones vinculadas al hambre. En lo que va de este año en Santa Victoria Este fallecieron 11 menores de edad, desde recién nacidos a adolescentes. Presentes accedió a información detallada de los cinco decesos, cuatro de esas muertes fueron confirmadas por el Ministerio de Salud Pública de Salta.
Les niñes
Las dos primeras muertes datan del 12 de marzo. Una beba de un mes y medio, de la Comunidad San Miguel, que también estaba internada en el Hospital de Tartagal, falleció con un cuadro de desnutrición aguda severa y desnutrición severa. Otra niña, de dos años y cinco meses, de la Comunidad Vertientes Chica, murió en el Hospital de Santa Victoria Este. También ella tenía un historial de desnutrición y cuando llegó al hospital padecía de vómitos, diarrea y deshidratación severa. Esta nena ya había estado internada antes por bajo peso, pero su padre y su madre la retiraron a pesar de la opinión médica contraria. El 14 de marzo, un nene de dos años y cuatro meses que también tenía bajo peso murió en la localidad de General Mosconi. El 16 de marzo, el niño de un año y ocho meses, de la Comunidad Misión Nueva Esperanza, murió cuando se encontraba internado en el Hospital Juan Domingo Perón, de la ciudad de Tartagal .El único fallecimiento que las fuentes señalaron como no vinculado a la desnutrición ocurrió el 13 de marzo. Un niño de dos años y tres meses de Misión La Paz (población que limita con Paraguay) y que padecía de una enfermedad autoinmune. Según explicaron estas fuentes, la nueva oleada de fallecimientos tiene causas concurrentes: la pobreza estructural, falencias en la atención de salud (con faltantes de insumos y medicamentos en el hospital zonal), la lejanía con centros sanitarios de mayor complejidad, el calor extremo y las crecidas que tornan intransitables los caminos.
Varios días sin comer
“En esta semana se combinaron varias cosas: primero, la gente tiene hambre, pasamos de comer una vez por día a estar varios días sin comer”, afirmó una fuente para explicar el crecimiento de la demanda de atención de salud en el contexto de crisis que soporta el país todo, agudizada en la gestión presidencial de Javier Milei. Además, el calor se hizo sentir especialmente en estos días, con temperaturas por encima de los 40 grados, que causaron golpes de calor y deshidratación. Otro factor fue el desborde del río Pilcomayo, que hizo aún más difícil el acceso a algunas comunidades, como San Miguel. Se agregan, contaron distintas fuentes, las fallas en la condición del Hospital de Santa Victoria Este. También describieron deficiencias en el sistema de traslado de pacientes y falta de elementos necesarios para la atención. Y juega su papel el sesgo en el trato a personas indígenas y campesinado criollo. “A la gente se la trata peor que a los animales”, graficó una fuente.
El norte olvidado
Las fuentes destacaron asimismo que en el hospital faltan medicamentos y que no se están reponiendo stocks de fórmulas lácteas para la recuperación nutricional. Esto último también está vinculado a los recortes en los recursos que la Nación debe enviar a las provincias. En conversación con Presentes, la subsecretaria de Medicina Social Gabriela Dorigato puso énfasis en dejar en claro que en ese territorio, cuya población es mayoritariamente indígena, hay una presencia permanente del Estado salteño a través de equipos técnicos de las áreas de Salud Pública y Desarrollo Social. Sin embargo, Dorigato reconoció que hay problemas estructurales que necesitan de una protección aún mayor por parte del Estado. “La provincia de Salta siemprees el norte olvidado, y este es el norte más olvidado, con mucha deuda social y que requiere de muchísima inversión para igualar oportunidades», afirmó.
Aumentos y problemas de insumos en la era de Milei
Al avance de la frontera agropecuaria sobre territorio de uso ancestral indígena con su consiguiente disminución de los recursos de caza, pesca y recolección se le añadió ahora el encarecimiento de los alimentos. Dorigato dijo que el cambio de gobierno nacional, en manos ahora de La Libertad Avanza,“impactó en los recursos que tiene la propia gente. Esta es claramente una zona de emergencia, es una zona que necesita de una protección, si se quiere llamar social, mayor”, insistió. El pronunciado aumento del coste de los alimentos y el transporte desde la asunción de Javier Milei impactó aún más profundamente en estas poblaciones alejadas del centro neurálgico del país. “Traer un alimento de Buenos Aires a Salta ya es caro. Imaginate cuando tiene que llegar a una comunidad como Victoria”, señaló Dorigato. Además, es difícil trasladarse desde las comunidades hasta los centros urbanos de la zona. “La gente se gasta la Tarjeta Alimentar o la Asignación Universal en transporte. Se gasta todo lo que recibe, entonces ese es el mayor impacto que estamos sintiendo en la situación social que tienen las familias”.
Respuesta del Estado
La difusión pública de los decesos provocó que el 21 de marzo una comitiva del Ministerio de Salud Pública de Salta recorriera el Hospital y el Centro de Recuperación Nutricional Infantil que funcionan en Santa Victoria Este. Después el ministro de Salud Pública, Federico Mangione, aseguró que se está trabajando en la optimización del funcionamiento general de los hospitales. La población de Victoria, como la llaman en el lugar, viene dando cuenta de falencias en el hospital local. En una geografía de mucho calor, no cuenta con ambiente climatizado y tampoco hay suficientes ventiladores, también afirman que faltan medicamentos y otros insumos. Y hay quejas de maltrato de parte de algunos trabajadores del Hospital. La cartera de Salud informó que en el Centro de Recuperación Nutricional de Santa Victoria Este hay diez niñes “internados recibiendo tratamiento nutricional oportuno y estimulación temprana”. Este Centro tiene una capacidad máxima de diez camas, fuentes de aquella localidad indicaron a Presentes que la demanda, sobre todo en los últimos meses, lo supera ampliamente. Desde su fundación, hace dos años, el Centro ya recuperó a más de 160 niños y niñas. Pero la demanda lo supera. Todo este verano sus diez camas estuvieron siempre ocupadas. Las fuentes indicaron que la mayoría de infantes recuperades vuelven a la internación, y señalaron que esto se debe a que se mantienen las causas estructurales que provocan su desnutrición. Esta zona tiene altos índices de necesidades básicas insatisfechas. Las fuentes añadieron que en las últimas semanas los pedidos, sobre todo para la atención de niños y niñas, colapsan la capacidad de respuesta del mismo hospital y el Centro de Recuperación.
«Los enfermeros nos tratan mal»
Sobre la acción del gobierno de Salta en ese territorio, la subsecretaria de Medicina Social aseguró que realizan “trabajo preventivo”. Desde noviembre semanalmente los hospitales zonales “presentan cronogramas de salida a terreno de acuerdo a los datos” que tienen sobre momentos o lugares de mayor vulnerabilidad”. La visita del equipo de Salud no dejó conformes a referentes indígenas de Santa Victoria Este. El cacique Celedonio Torres, de la comunidad Misión San Luis, aseguró que todavía esperan que el ministro Mangione vaya a hablar con quienes conocen cómo es la atención de salud que reciben. “Me siento muy molesto con el ministro porque no sabe la situación”, sostuvo. Además de ratificar las falencias señaladas por otras fuentes, afirmó que en el Hospital faltan profesionales, y capacitación, que hay enfermeres que “ni siquiera saben poner un suero”. Encima, “hay maltratos, los enfermeros nos tratan mal, a veces los médicos no hacen una buena atención”. :::Agencia Presentes::: Read the full article
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MUSEU SEM TETO E NEM CHÃO
“Não se conhece o Museu Bispo do Rosario nas galerias.”
Acho que durante os últimos nove anos esta foi uma das frases que mais repeti sobre a visitação no Museu Bispo do Rosario. Começo falando do local, pois para falarmos do advento da exposição ‘Pequenas Cosmogonias: Como brotar mundos’, é imprescindível caminharmos pelo território que ela habita.
O Museu Bispo do Rosario está situado em Jacarepaguá, nas dependências da antiga Colônia Juliano Moreira. Esta região, inicialmente remota e predominantemente rural, foi lar de uma diversidade de comunidades tradicionais ao longo dos séculos, que incluiu indígenas, tropeiros, quilombolas, pescadores e agricultores. Entretanto, no cerne da memória do museu está o Engenho da Taquara, cujas raízes deram origem à antiga Colônia Juliano Moreira, um dos maiores parques manicomiais da América Latina, e que tinha como um dos seus objetivos afastar compulsoriamente pessoas com transtornos mentais do convívio social. Hoje, o local é gerenciado pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde Mental Juliano Moreira (IMAS-JM), que se caracteriza como um símbolo das mobilizações para mudança dos modelos de atenção e cuidado em saúde mental, priorizando o direito à liberdade e ao tratamento adequado, de forma humanizada.
A infraestrutura da Colônia Juliano Moreira incluía vários pavilhões destinados a diferentes finalidades, como alojamento, tratamento e atividades para os ‘pacientes’. Com o fechamento do manicômio, muitos imóveis do antigo complexo foram transformados em unidades municipais de saúde, educação, assistência social, além de unidades habitacionais.
Preciso registrar a imagem de uma moradora de Jacarepaguá, que viveu aqui nos últimos trinta e três anos. Devido à ocupação urbana tardia, a rotina do bairro se assemelhava muito à vida rural. Dentro desse contexto, a Taquara era uma opção para quando queríamos ir para o mato sem sair da cidade. Mas nunca passar pela Colônia, tínhamos medo da Colônia, pois as histórias mais assustadoras vinham de lá. Digo isso para ilustrar o ‘Vai direto’, que até hoje é uma gíria comum entre os moradores, para quando fazemos algo espantoso, descabido ou engraçado e querem nos tirar de ‘doidos’. Ano passado, em conversa com meu companheiro, também morador da região, descobri que o ‘Vai direto’ é ‘Vai direto pra Colônia’, ou seja, ‘Vai direto pro manicômio’. A Colônia Juliano Moreira era conhecida por ser “fim de linha”, isso geralmente se refere ao fato de que a instituição era vista como um último recurso para pacientes com doenças mentais, muitas vezes em estágios avançados ou crônicos. Ou seja, ‘Vai direto’ era um caminho sem volta.
Apesar desse território ter sido mais um dos aparelhos da política etnocida do Brasil, encontramos em sua história personagens notórios, que em sua força, subverteram a lógica da estrutura. O mais conhecido deles, sem dúvida, foi Arthur Bispo do Rosario, que entre Braganças, Stellas e Rosendas¹ se destacou por criar nesse espaço sem vida e sem volta seu suntuoso inventário composto por cerca de mais de mil obras.
Ao ordenar e ressignificar os objetos encontrados no hospício, sendo o ato mais famoso de Bispo o desfiar dos uniformes azuis para reaproveitar os fios em suas obras, ele desmanchava não só as vestes, mas o próprio manicômio. Que anos mais tarde, depois de passar por inúmeras gestões em diálogo com as diretrizes da Luta Antimanicomial², iria abrigar um museu com o seu nome.
Museu este que hoje se consolida como um espaço de pesquisa, formação, educação, criação e transformação social. Simultaneamente um espaço de arte e um equipamento de saúde, responsável pela guarda e difusão de sua obra. No entanto, mesmo com toda a importância que a instituição abarca, não são nos prédios onde encontramos a residência das principais memórias que marcaram esse território.
Esse é um museu para colher fruta do pé, conversar com os artistas em seu atelier, vivenciar em quase sete quilômetros quadrados, grandes encontros, que não estão fixados nas paredes das suas galerias e sim, nas pessoas, famílias, ruas, cachoeiras, ruínas, fauna e flora. Memórias essas que resistiram ao apagamento do antigo engenho e manicômio.
Nos últimos anos, a instituição deu um passo de suma importância no caminho da preservação e catalogação desses saberes. Através das ações do centro de convivência do Polo Experimental, da promoção do Ateliê Gaia, do advento da horta comunitária, dos agenciamentos e parcerias com as escolas e clínicas locais - que funcionam em pavilhões do antigo hospício - promoveu-se laços de pertencimento com a população através da arte e cuidado. E é nesse espaço que brota “Pequenas Cosmogonias”, uma exposição que explora diversas formas de entender a criação do mundo, num museu que se olharmos bem, não possui teto e nem chão, que rasga as paredes do antigo complexo através de uma escuta e um conviver ativo com os saberes que estão muito distantes dos centros canônicos da arte ocidental.
A exposição é um importante exercício de olhar, ouvir, cheirar, sentir e degustar as visões de mundo compartilhados com aqueles que vivenciaram genuinamente os caminhos da Colônia, representando um passo significativo na preservação histórica através dos saberes locais.
Além da ocupação do Ateliê Gaia, um dos mais importantes espaços de criação artística da zona oeste, composto por: Arlindo Oliveira, Clovis Aparecido, Gilmar Ferreira, Jane Almendra, Leonardo Lobão, Luiz Carlos Marques, Patricia Ruth, Pedro Mota, Ranieri e Rogéria Barbosa, a mostra traz os artistas Artur Torres, Belle Delim, Clebson Prates e Walter José, notáveis profissionais de diferentes áreas do museu, que apresentam suas obras de uma forma que transcende as capacidades de qualquer residência artística convencional. Destaque também para a artista e compositora Elzi Lopes, que desenvolve seu trabalho no âmbito do bloco carnavalesco Império Colonial, outro projeto exitoso desenvolvido no Instituto.
Extrapola as margens das galerias, com ocupação artística na EDI Arthur Bispo do Rosario e no antigo Pavilhão 11, local onde Bispo produziu a maior parte de sua obra e que hoje se constitui como o “Memorial de Arte e Resistência”. Aduba a instalação artística da Biblioteca Alecrim, programa de educação coordenado por Mara Pereira e a ocupação Ibá, coletivo composto pelos artistas coStela, Daiane Lúcio, GRIOT, Ismael David e Rona Neves. E sente esse local, onde Bispo catalogou seu inventário, junto com artistas que dirigiram seus trabalhos, através da ocupação intensa, não apenas do espaço físico, mas também do espaço simbólico, num ato de semear concepções amplas sobre esse e outros mundos, através do poder da arte que reside em imaginar, criar e narrar. Semente deixada por tantas mãos que hoje germina a terra do estéril passado manicomial, num movimento universal para concretizar a utopia, mas espero eu que seja a grande profecia de Arthur Bispo do Rosario:
“Ah, mas não pode, rapaz. Não pode. Tá mais do que visto. A minha estadia aqui junto com o meu povo vai ser a vida. A vida para todos os tempos e glória. Mais nada.” (Arthur Bispo do Rosario, registrado por Hugo Denizart no filme “O prisioneiro da passagem – Arthur Bispo do Rosario”, em 16mm, editado em 1982.)
¹ Referência a Antônio Bragança, Stella do Patrocínio e Maria Rosenda, artistas cuja a história o Museu Bispo do Rosario preserva, além de milhares de pessoas invisibilizadas pela lógica do manicômio que a instituição tenta resgatar.
² Entre a década de 70 e 80, sob o lema “por uma sociedade sem manicômios”, a Luta Antimanicomial é caracterizada pela participação de diversas categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros setores da sociedade. Este movimento questiona o tradicional modelo de assistência, centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciando violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais. Propõe, então, a reestruturação do modelo de atenção em saúde mental no Brasil, orientado para serviços abertos, comunitários e territorializados, com o objetivo de assegurar a cidadania de usuários e familiares, historicamente sujeitos a discriminação e exclusão social.
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Quinta morte por dengue é confirmada no Rio de Janeiro
Confira a novidade em https://ntgospel.com/noticias/saude/quinta-morte-por-dengue-e-confirmada-no-rio-de-janeiro
Quinta morte por dengue é confirmada no Rio de Janeiro
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O município do Rio de Janeiro confirmou, nesta quinta-feira (21), sua quinta morte por dengue neste ano. O caso foi registrado em Guaratiba, na zona oeste da cidade, e a vítima é um homem de 55 anos, afetado pelo tipo grave da doença, também conhecido como dengue hemorrágica.
Desde o início do ano, já foram registrados 73 mil casos prováveis da doença no município. No entanto, segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o número de casos “vêm caindo, com muita velocidade, nos últimos dias”.
“Na última semana, vemos o número de casos despencando. A gente começa a ter a certeza de que houve uma antecipação da onda. Os meses de janeiro e fevereiro foram muito quentes, com muita chuva. Normalmente, o número maior de casos acontece no mês de abril e maio, diferente do que aconteceu esse ano”, disse Soranz.
Redução nos casos de dengue no Rio de Janeiro
Nas últimas três semanas, houve uma redução no número de casos. Da 10ª semana epidemiológica (3 a 9 de março) para a 11ª semana (10 a 16 de março), houve queda de 37,5%.
O secretário acredita que será possível começar a desmobilização dos polos de atendimento a pacientes com dengue nos próximos dias. “Muito provavelmente em uma ou duas semanas, a gente inicia o fechamento dos polos de dengue e sai da situação de emergência”, afirmou. “E a gente possa cuidar da nova doença que está dominando o panorama epidemiológico que é a influenza.”
Vacinação contra Influenza e Dengue no Rio de Janeiro
A cidade do Rio começa nesta quinta a vacinar os grupos prioritários contra a influenza: pessoas com mais de 60 anos, crianças de seis meses a 6 anos de idade, aqueles que têm comorbidades, pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas, além de profissionais de educação, de saúde e de forças de segurança.
Em relação à vacinação contra a dengue, o secretário disse que foram imunizadas 96 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, ou seja, 27% do público-alvo (354 mil). No momento, segundo ele, só há 30 mil doses do imunizante em estoque, o que impede uma aceleração na campanha de vacinação.
*Com informações da Agência Brasil
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Dirigió manicomios y casi llega a rector de la UCV [caption id="attachment_105496" align="aligncenter" width="258"] Foto Cortesía[/caption] Luis Carlucho Martín Qué “pelao” ha vivido el caraqueño común en su burla cotidiana contra la gente del interior, especialmente llaneros y gochos, quienes en su afán por uniformes e instancias de poder han escalado exitosamente máximas altitudes políticas y se han adentrado en intrincadas latitudes de fama, como veremos… Un charlatán yerbatero de finales del siglo XVIII, en esa aún rural Venezuela, cual encantador de serpientes, sedujo al matrimonio presidencial y logró ascender en su estatus social con inimaginables cuotas de mando. Dirigió el Hospital de Lázaros de Caracas y el Manicomio de Los Teques y casi trepa a la rectoría de la Casa que Vence Las Sombras… Se trata del gochísimo Telmo Romero, un personaje que se presume nació en Táchira por los días de 1846 –vivió poco, hasta 1887–. De manera determinante influyó en el Taita Joaquín Crespo –aragüeño criado en los llanos de Guárico– y su mujer, la llanera Misia Jacinta, quienes desesperados le confiaron la quebrantada salud de su hijo y al comprobar mejoras quedaron flechados por aquel Rasputín criollo. (Recuérdese que el sabihondo europeo trató a Alexéi, el hemofílico hijo del Zar Nicolás de Rusia). Apariencias El siempre bien trajeado curandero Telmo Romero impresionaba, no solo con su hábil verbo –escribió el libro referencia de la medicina del momento “El Bien General: Colección de Secretos Indígenas y otros que por medio de la práctica han sido descubiertos”–, sino con sus aromáticos brebajes, su engominado cabello, su bien moldeado bigote y barba, y sus brillantes leontinas completaban el ornato de su excelsa pinta, para sumar puntos ante la rampante ignorancia… “Negociante de ganado, buen jinete y coleador, de alguna chispa y mucha audacia, a quien por su afición a recetar menjunjes lo llamaban Guarapito”, escribió el historiador y expresidente, Ramón J Velásquez– acerca de su paisano, quien pasó parte de su juventud en la misteriosa Guajira donde aprendió los secretos de las yerbas y sus poderes curativos, por lo que a su retorno a San Cristóbal, en 1883, publicó el polémico texto, con cuyas dos reediciones –una suerte de Best Seller–, conquistó la fama no obstante la comprobada calidad de médicos criollos. Como ganadero pidió audiencia con el gobierno para pedir rebajas de los abusivos impuestos. Momento que no desaprovechó al hallar la oportunidad de oro en la frágil salud del retoño presidencial. Pura paja Desde entonces estuvo apadrinado por Crespo y su todopoderosa mujer. Un “enchufao”, que logró la aprobación y aplicación de métodos aberrantes como la trepidación craneal a manera de “calmar los calores de arriba que podían causar estragos abajo”. Abrían el cráneo para enfriarlo con agua y así bajar las ansiedades. Pero culpable no es el mono sino quien le da la hojilla: El papá de Crespo, don Leandro, fue brujo reconocido y la historia de venezolanismos le achaca la frase “la tacamahaca de Ño Leandro”, en referencia a las olorosas pócimas vegetales que usaba el milenario curioso. Según el historiador Pino Iturrieta, el Taita Crespo, además de pedir consejos al brujo para gobernar, quedó impresionado ante el diagnóstico colectivo por la gran cantidad de pacientes siquiátricos. “Excesiva masturbación”. Coño. “Hay que podar la paja, dicen que dijo el Taita ante el hallazgo del consejero”. Posteriormente le autorizó no solo la instalación de su “Botica Indiana” en el centro caraqueño, además “sería el fabricante y proveedor exclusivo de los remedios del Hospital y quedaba facultado para poner en marcha las modificaciones que considerara convenientes para lograr pleno éxito en sus funciones”, dice el cronista de Los Teques, Ildefonso Leal. Curaría males como reumatismo, insomnio, algunos tumores, vómitos de sangre, diarreas crónicas, asma, problemas de la vejiga, almorranas e incluso teñiría el cabello y aplicaría emplastes antiarrugas…tratamientos
contenidos en su obra, cuya trascendencia y aplicabilidad le valió en 1885 la “Medalla de la Instrucción Pública”, además de muchos billetes y morocotas provenientes de arcas públicas y privadas. Pero la avaricia rompió la busaca cuando pretendieron imponer al singular chamán como rector de la UCV: los estudiantes apedrearon hasta su desaparición el expendio de pócimas e hicieron una fogata al pie de la imagen de José María Vargas –el 10 de marzo de 1886 en el centenario del ilustre médico y primer Presidente venezolano– con los ejemplares recetario que atribuía las deficiencias a los altos niveles de testosterona liberados por autocomplacencia... Aseveran los críticos que un cuadro o una escultura adquiere más fama cuando es robada; una canción o un libro logran popularidad cuando son prohibidos…el de Romero fue incinerado. Desquiciado parte médico “Caracas, 8 de agosto de 1884. Resuelto: El ciudadano Telmo A. Romero, con quien el Gobierno del Distrito ha contratado la curación de los enajenados … recluidos en el Asilo de Los Teques y el Lazareto de esta ciudad, ha presentado … a … Emilio Montilla T, Santiago Larrain, Saturnino Girón, Avelino Trujillo y Felícita Delgado, como curados radicalmente de la enajenación mental que sufrían; y sometidos … al examen de los … Doctores Manuel María Ponte y Alejandro Frías, … han informado que … se hallan en el completo uso de sus facultades, por tanto este Gobierno … acepta como curados radicalmente a las personas arriba mencionadas, …ordenará la baja de ellos en el Asilo de Los Teques. Comuníquese y publíquese…” Esta ordenanza refleja el poder de tan curioso personaje. Por cierto, Manuel María Ponte, sería el sustituido por Romero en la rectoría de la UCV. ¿Locura, avaricia o traición política?. Para recibir en tu celular esta y otras informaciones, únete a nuestras redes sociales, síguenos en Instagram, Twitter y Facebook como @DiarioElPepazo El Pepazo
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Com pressão arterial controlada, Sônia Guajajara segue internada em SP
O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, informou neste sábado (27) que a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foi internada na unidade por conta de uma alteração na pressão arterial. De acordo com o boletim médico mais recente, o quadro já foi controlado e a paciente segue estável, internada para acompanhamento clínico, avaliação cardiológica e realização de…
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31/12/2023
Se chover eu fico.
Se não chover eu voume embora.
Não sou feita de açúcar, mas meu caderninho é um confidente delicado. E se a chuva ousar molhá-lo, será um preço pequeno a pagar pela expectativa de testemunhar uma das melhores vistas de todas. Não saberei a menos que eu fique.
Mas não vai chover, e eu, não vou embora. Então vou ficar. Ficarei. Não sou de dar pra trás. Quando decido algo, difícil alguém fazer eu desdecidir; sou sensata, razoável, ainda que um tanto descuidada. Não, não sou melindrosa. Eu acho. Sou apenas humana.
Mas o céu tá clareando, e estou pertinho do mar, um barco ao fundo e gaivotas (muitas gaivotas) perambulando essa hora. Tem também uns passarinhos marrons, mas não sei o que eles são.
O dia fica cada vez mais claro e a luz mais quente. A praia toda aguarda. Um cara com detector de metais chega, passando seu aparelho pela extensão da areia da praia. Tem muito lixo, também, pela extensão da praia. Tristezas descartadas.
Apesar da nuvem densa, o céu cede um poquinho. Toques de laranja surgem na boca do mar, lá ao fundo. Minhas pernas adormecem por cruzá-las por tanto tempo, mas a espera persiste. Sou uma vergonha a todos os indígenas do mundo.
Tem muita gente na praia também, mais do que eu esperava. Com caixas de som altas, a maioria trêbados, cambaleantes. Mas não quero falar sobre eles. As nuvens viram tela e se pintam de rosa, salmão e laranja cada vez mais. Os buracos entre elas revelam um céu cinzento e esbranquiçado.
Sim, mesmo bastante nublado, o sol se insinua. Aquele do qual eu fugi tanto o ano inteiro, e agora aguardo tão paciente e atentamente. Tão pálida fiquei todo esse ano, triste, insegura, tão fora de mim.
Mas agora sou eu, o sol e Deus, que vela por mim sempre, mesmo sabendo tudo tudo tudo.
Está tão nublado que mesmo eu, aqui na areia, próxima ao mar, começo a questionar sua chegada.
Mas eu já estou aqui, na areia, tão pertin do mar, e não sou melindrosa.
Um grupo com sua caixa de som começa a cantar mais alto, gravar o céu e a comemorar, "Uhuuullll!". Mas eu não estou vendo o que eles estão vendo. O que eles vêem além da minha visão?
É que ainda está tão nublado e só um ou outro feixe de luz passa pelas nuvens tão escuras. Eu tenho esse problema, sabe? É que o meu cérebro... Ele tem alguma dificuldade com serotonina e endorfina, não sei explicar muito bem. Mas sempre foi assim.
Agora as nuvens se abrem um cado mais, e o barquinho continua ali, ao longe, e a caixa cantando aqui do lado. Tá parecendo que ele vem, mas não sei ainda com certeza.
Mesmo que ele apareça só um cadinho, ali entre as nuvens abertas... Mesmo que timidamente... É que está muito nublado, e na boca do mar já não se vê claridade nem feixe de luz.
Mas tudo bem se ele não vier também. É o último dia, mas não é o último ano. Eu até compreendo! Pra que aparecer para alguém que o negligenciou e se ausentou de seu calor por tanto tempo? Eu também não apareceria!
Aqui na areia, mesmo com tantas pessoas em volta e com esse céu, acaba que me sinto sozinha. Sento na parte mais a direita da canga, deixando um assento vazio ao meu lado. Devaneio com um outro sonhador, que também viria até a praia nesse último dia. Também se sentiria meio sem graça, sem jeito, descontente com as pessoas e os lixos ao redor. Que desistiria e daria alguns passos para a escadinha da saída, mas me veria aqui. Bem aqui, nesse pontinho da praia. Sentada sozinha, pertinha do mar, um assento vazio ao meu lado na canga, caderninho no colo e olhar perdido no horizonte. Ele teria receio, mas hoje é o último dia, então ele viria. E me pediria licença para se sentar ao meu lado. E poderíamos sonhar juntos, mesmo em silêncio. Então o céu não pareceria mais tão escuro.
Mas está. Bem escuro.
De qualquer maneira, hoje é o último dia, mas não é o último ano, e no próximo ano será minha reconciliação com o sol, e até com Deus.
Mesmo que esteja nublado, e minhas pernas dormentes. Porque não fui só feita de dias ensolarados, muito pelo contrário!
Quando o barquinho vai embora junto com a ponta do meu lápis, então eu também vou. Com a promessa de reconquistar essa luz forte e vibrante, que não pude ver hoje. Afinal, hoje é o último dia deste ano, mas não do próximo. Olho algumas vezes mais antes de finalmente sair da praia, sandália nas mãos. Sim. É o último dia deste ano, mas não do próximo.
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Ministério da Saúde irá ampliar serviços de telessaúde no território yanomami
O Ministério da Saúde irá ampliar os serviços de telessaúde e a conectividade nas Casas de Saúde Indígena (Casai) que acolhem a população yanomami, em Roraima. A ideia é que a ação minimize os deslocamentos necessários para o atendimento e otimize o cuidado prestado aos pacientes locais. Leia mais (12/10/2023 – 18h00) Artigo Folha de S.Paulo – Equilíbrio e Saúde – Principal Pulicado em…
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