#o poeta dinamarquês
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Em 1837, Hans Christian Andersen (1805—1875) [poeta dinamarquês conhecido como o “autor carrasco”] publicou “A Pequena Sereia”, cuja história se baseia no conto-de-fadas “Undine” (1811) de Friedrich de la Motte Fouqué (1777—1843), que, por sua vez, conta a história de um espírito do mar que precisa se casar com um humano para assim obter uma alma imortal. Andersen revela suas crenças religiosas de maneira simples e alcançável para crianças, além de se provar misericordioso com a personagem que dá título ao conto. Através do efeito de sublimação [muito usado no estilo literário romântico], Andersen leva, tanto a sereia quanto o leitor, para além de si mesmos.
Eu vou explicar.
Longe, bem longe, nas profundezas do mar. A água de um azul intenso, clara e transparente. Neste local mais profundo, onde fica o palácio do Rei do Mar.
Você conhece essa história. Uma jovem sereia, ao salvar a vida de um príncipe que quase se afogou, pergunta a avó sobre os humanos e descobre que, diferente do povo que vive debaixo d’água, os humanos possuem uma alma imortal. Como é de se esperar, a sereia passa a almejar ter uma alma também. Fascinada pelo mundo dos homens e mais ainda pelo seu príncipe, por isso vai ao encontro da Bruxa do Mar para pedir-lhe ajuda. Recebe uma poção que lhe dará pernas no lugar das barbatanas, mas algumas condições: em primeiro lugar, cada passo dado pela sereia com suas novas pernas doeria como se estivesse pisando em cacos de vidro; segundo, é absolutamente necessário que a sereia consiga conquistar o coração do príncipe no tempo determinado ou ela morrerá; terceiro, a sereia nunca mais poderá retornar ao mar e para junto de sua família; e por último, o pagamento, a sua voz.
Nenhuma dessas terríveis condições é suficiente para mudar a cabeça da sereia, e assim ela sela o próprio destino. Na superfície, fica amiga desse príncipe, mas ele se casa com a princesa de outro reino e a pequena sereia se prepara para morrer. Mas eis que suas irmãs descobrem algo que poderá salvá-la: se tirar a vida do príncipe, poderá manter a sua. Claro, o coração da heroína a impede de cometer esse ato terrível, e ela acaba virando espuma do mar.
Será que você conhece mesmo esta história?
Durante todo o dia, princesas brincavam no palácio, onde flores cresciam nas paredes. Grandes janelas abertas para que os peixes pudessem entrar e sair.
A primeira coisa que se exalta no texto de Andersen são as belíssimas descrições de mundo. Ele vos fala sobre as “coisas belas”, que tomam formas em adornos, em flores, pérolas, corais. Depois, o mundo dos homens com suas cidades lindas, florestas, o calor do sol, a luz da lua, e as próprias pessoas. Todos são descritos como belos, inclusive os escravos. Somos engolfados nessa bolha para, em seguida, aprendermos, junto com a protagonista, que nada disso é de graça e que beleza também tem um preço, às vezes, altíssimo. Em uma passagem muito marcante, quando a pequena sereia já tem idade o suficiente para visitar a superfície, sua querida avó faz com que ostras se prendam na cauda da sereia para deixá-la linda e mostrar sua alta posição social. A menina reclama que as ostras machucam, ao que a avó revida: “Orgulho precisa doer.” Já aqui temos a ideia clara de que precisamos sofrer para sermos consideradas belas.
Outro exemplo é quando a sereia está tratando com a Bruxa do Mar e esta lhe avisa que irá doer muito quando sua cauda for transformada em pernas, mas que “todos dirão que você é a garota mais linda que já viram”. Também menciono as habilidades de dança da sereia que, enquanto humana, são as melhores já vistas por todo reino. Todos se encantam quando a sereia dança e, por isso, ela continua a dançar, mesmo que lhe cause pura agonia.
Eu quero o que você tem de melhor: a tua voz.
Por que a voz? A Bruxa do Mar diz ser sua posse mais valiosa. Afirma que a sereia não terá nenhum problema em encantar o príncipe com “sua bela forma, seu andar gracioso, seus olhos tão expressivos”. Novamente, é o poder da beleza acima de tudo—beleza que lhe foi dada com muito sofrimento. A crítica de Andersen é dizer que o homem vai preferir a sereia, pois ela estará sempre quieta, jamais interrompendo-o com sua opinião, jamais tagarelando, fofocando. Ele está dizendo ‘ei, você não precisa falar para conquistar o príncipe, ele vai te querer muito mais se você se submeter a ele e permanecer bem quietinha no seu lugar’. Quando a Bruxa corta a língua da sereia, Andersen escreve “e ela tornou-se burra e nunca mais falou ou cantou”. Andersen é conhecido por ter dado importância e poder às mulheres. Suas protagonistas são geralmente meninas e os personagens masculinos servem apenas como figurantes, meios para um fim. Ao perder a sua voz, a sereia abre mão do seu direito de ser ouvida e é por isso que não é levada a sério pelo príncipe e sua corte—ela foi castrada de sua personalidade.
Por que não temos uma alma eterna, vovó? Ah, eu daria os meus trezentos anos de vida por apenas um dia entre os humanos e a chance de conhecer esse mundo celestial!
Por mais que a pequena sereia amasse o príncipe, o seu foco é a própria alma. É atrás disso que corre. Por isso, que se humilha, que se mutila, que se sacrifica. E é por isso, também, que não consegue matá-lo—pois sabe que jamais será merecedora de uma alma imortal se cometer um ato tão horrendo. Mesmo à beira da morte, mesmo sabendo que não terá outras chances de conquistar o que deseja, ela não abre mão de ser merecedora.
Faz sentido?
A imortalidade, aos olhos cristãos de Andersen, é muito mais importante que a vida terrena, pois, se a pessoa é merecedora será muito melhor. E o que torna a sereia merecedora é que procurou consegui-la através dos seus próprios esforços físicos, sacrifícios pessoais e mérito.
“A Pequena Sereia” originalmente terminava em morte. No entanto, Andersen mudou de ideia e adicionou uma passagem final que muda por completo o destino da moça sofredora: como foi altruísta e preferiu morrer ao matar o seu amado, ela torna-se uma ninfa do ar e eleva-se ao céu, assim tendo chance de ganhar sua tão desejada alma imortal após uma sentença de 300 anos de espera. Numa carta para um amigo, Andersen escreveu que considerou injusto que a sua sereia tivesse que depender de um ser humano para obter sua alma, e que decidiu editar o final para permitir-lhe seguir “um caminho mais natural, mais divino”.
O sol nasceu. Seus raios quentes e gentis sobre a espuma fria do oceano. A sereiazinha não sentiu a morte. Ela viu centenas de espíritos dançando sobre ela. Suas vozes eram tão melodiosas que ouvidos humanos não conseguiam ouvi-las, assim como os olhos humanos não podiam vê-los. Não tinham asas, mas flutuavam alegremente no ar. A sereiazinha ergueu-se da espuma, e seu espírito juntou-se aos demais.
Eu sinto que Andersen está me dizendo que é possível fazer tudo certo na vida e ainda assim falhar, não ter nossos desejos realizados, não alcançar o que queremos. E não há nada de errado com isso. A vida é assim mesmo. A felicidade não é certa—mas é fundamental permitir-se buscá-la.
E aí? Sabia dessa?
Se não sabia, te convido a descobrir com a belíssima edição da Editora Wish: Contos de Fadas Em Suas Versões Originais uma obra essencial para quem curte contos de fadas com ilustrações maravilhosas!
E dani-se, I guess.
Notas:
Ilustração de Boris Diodorov
ANDERSEN, Hans Christian. A pequena sereia. In: Editora Wish: Contos de Fadas Originais, Completos e Gratuitos.
ALTMANN, Anna E.; DEVOS, Gail. Tales, Then and Now: More Folktales As Literary Fictions for Young Adults. Libraries Unlimited, 2001.
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Obras do acervo do Museu de Arte de Blumenau (MAB) de Elke Hering, ícone da arte catarinense, apresentadas na sala que leva o seu nome, podem ser apreciadas pelo público em geral de forma presencial ou virtual. A promoção da Secretaria Municipal de Cultura de Blumenau (SMC) e do MAB abre o quarto dia de homenagens aos artistas plásticos, cuja data oficial celebra-se sábado, dia 8 de maio. As visitas gratuitas podem ser feitas de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, seguindo os critérios de prevenção do Coronavirus Covid 19. Um tour virtual da mostra pode ser acompanhado em vídeo publicado nas redes sociais da SMC. Elke Hering Bell nasceu em Blumenau no dia 10 de agosto de 1940. Aos 17 anos (1957) inicia seu contato com as artes tornando-se auxiliar do artista alemão Lorenz Heilmair, que na época trabalhava os vitrais na Igreja São Paulo Apóstolo, em Blumenau. Por influência de Lorenz Heilmair, em 1958 vai para a Alemanha estudar escultura com Anton Hiller na Academia de Belas Artes de Munique onde permaneceu por dois anos. De volta ao Brasil, em 1962 faz estágio com Mário Cravo em Salvador (BA), em seu atelier particular, e estuda na Escola de Belas Artes da Bahia. Em 1966, retorna à Alemanha para estudar durante um ano na Academia de Belas Artes de Berlim com a bolsa do DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst), no mesmo ano pede transferência para estudar com o escultor dinamarquês Robert Jacobsen em Munique, onde recebe menção honrosa na Academia. Em 1964 expõe no Centro Catarinense do Rio de Janeiro e, a partir daí, sucedem-se exposições e prêmios em diversas cidades. Expõe na Pré-Bienal de São Paulo em 1972 e, de 1993 a 1994, preside a então Fundação Cultural de Blumenau. Na busca pela valorização da produção artística em Santa Catarina, Elke e os poetas Lindolf Bell e Péricles Prade fundaram, em 1970, a primeira galeria de arte do Estado, a Galeria Açu-Açu. A galeria criou um espaço de concentração do potencial artístico, agregando em único lugar as mais diversas linguagens das produções artísticas. Elke desenhou, esculpiu, pintou e revelou a beleza e a complexidade da arte com seus traçados. Partiu em 19 de fevereiro de 1994 e deixou registrada na história dos catarinenses a singularidade da artista. Serviço Confira as mostras que estão abertas à visitação Sala Roy Kellermann - Gravuras do Acervo do MAB Galeria Municipal de Arte/Sala Alberto Luz - 5 Décadas de Arte Sala Elke Hering - mostra do acervo com obras da artista Galeria do Papel - Élio Hahnemann uma lembrança Local: Museu de Arte de Blumenau - Rua XV de Novembro, 161 – Centro Horário: de terça a sexta-feira, das 10h às 16h Agendamento de grupos: será feito em conformidade com a capacidade de visitantes estabelecida para cada sala pelo telefone (47) 3381.6176 Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello postada em 07/05/2021 17:04 - 26 visualizações FotosFonte: Prefeitura de Blumenau SC
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O Poeta Dinamarquês (The Danish Poet, 2006), dir. Torill Kove.
(Source: Box Cinematografico)
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Caro presidente Jair Bolsonaro. Entendo a reação provocada quando o senhor afirmou que o nazismo era de esquerda. Isso se deve ao fato de que, depois da Primeira Guerra Mundial, vários pequenos grupos se formaram, à direita e à esquerda.
Um desses grupos foi o NSDAP: em alemão, sigla do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Entre seus fundadores originais havia dois irmãos: Otto e Gregor Strasser. Otto era um socialista convicto, queria orientar o movimento do partido à esquerda. Foi expulso e a cabeça posta a prêmio.
Seu irmão Gregor preferiu unir-se ao grupo do Camelô do Apocalipse. Quanto a Otto, que não concordava com essa vertente, nem com as teorias racistas, teve sua cabeça posta a prêmio por Joseph Goebbels pela quantia de US$ 500 mil. Foi obrigado a fugir para o exílio, só conseguindo voltar à Alemanha anos depois do final da guerra. Hitler apressou-se em tirar o ‘social’ da sigla do partido. Mais tarde, Gregor foi eliminado junto com Ernst Röhm, chefe das S.A., na famigerada ‘Noite das Facas Longas’.
Devo lhe confessar que também já fui alvo de chacota, mas por um motivo totalmente diferente: só peço que não deboche muito de mim.
Imagine o senhor que confundi o dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta, crítico social e autor religioso, e amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista, com o filósofo Ludwig Wittgenstein, que, como o senhor está farto de saber, foi um filósofo austríaco, naturalizado britânico e um dos principais autores da virada linguística na filosofia do século 20.
Finalmente, um conselho: não se deixe influenciar por certas palavras. Seguem alguns exemplos:
1. Quando chegar a um prédio e o levarem para o elevador social, entre sem receio. Isso não fará do senhor um trotskista fanático;
2. A expressão ‘no pasarán!’, utilizada por Dolores Ibárruri Gómez, conhecida como ‘La Pasionaria’, não era uma convocação feminista para que as mulheres deixassem de passar as roupas dos seus maridos;
3. ‘Social climber’ não se refere a uma alpinista de esquerda;
4. Rosa Luxemburgo não era assim chamada porque só vendia rosas vermelhas;
5. Picasso: não usou o partido para divulgar seus gigantescos atributos físicos;
6. Quanto à palavra ‘social’, ela consta até no seu partido.
Finalmente, adoraria convidá-lo para assistir ao meu espetáculo.
Foi quando surgiu um dilema impossível de resolver. Claro que eu o colocaria na plateia à direita. Assim, o senhor, à direita, me veria no palco à direita. Só que, do meu lugar no palco, eu seria obrigado a vê-lo sempre à esquerda.
Espero que minha despretensiosa missiva lhe sirva de alguma utilidade.
Convicto de ter feito o melhor possível, subscrevo-me.
Jô Soares
(16 de janeiro de 1938 Rio de Janeiro, DF - 5 de agosto de 2022 São Paulo, SP)
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NO MEIO DO CAMINHO
Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.
Em 2010, o IMS lançou uma nova edição do livro "Uma Pedra no Meio do Caminho: Biografia de um poema" feita pelo próprio Drummond e ampliada pelo também poeta Eucanaã Ferraz.
Como parte do lançamento, foi produzido um vídeo com a leitura de "No meio do caminho" em vários idiomas.
#CarlosDrummonddeAndrade #Nomeiodocaminho
Para marcar os 40 anos do poema "No meio do caminho", Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1967, o livro "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", no qual reuniu uma ampla seleção com o que foi dito sobre os famosos versos.
Leituras por:
00:14 - Eucanaã Ferraz (português) 00:43 - Matthew Shirts (inglês) 01:10 - Yael Steiner (hebráico) 01:37 - Heloisa Jahn (dinamarquês) 02:15 - Jean-Claude Bernardet (francês) 02:51 - Pieter Tjabbes (holandês) 03:14 - Davi Arrigucci Jr. (italiano) 03:46 - Paulo Schiller e Mariana Schiller (húngaro) 04:13 - Jana Binder (alemão) 04:43 - Sidney Calheiros (latim) 05:10 - Laura Hosiasson (espanhol) 05:44 - Carlos Papa (tupi)
Direção e direção de fotografia: Gustavo Rosa de Moura Edição: André Bomfim Câmeras: Bruno Ferreira e Eduardo Gonçalves Azevedo Iluminação: Eduardo Gonçalves Azevedo Som direto: André Bomfim Motorista: Mauro Lúcio dos Santos
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O que é um poeta? Um homem infeliz que esconde profunda angústia em seu coração, mas cujos lábios são tão modelados que, quando o suspiro e o choro passam por eles, soa como uma música adorável.
Soren Kierkegaard, filósofo e poeta dinamarquês.
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O POETA DINAMARQUEZ ( RESENHA)
O Poeta Dinamarquês é uma animação de 2006, produzida e dirigida por Toril Kove. Narra a história do jovem poeta Kaspar Jorgensen que vivendo uma profunda crise de criatividade, decide viajar a Noruega para conhecer pessoalmente a famosa escritora Sigrid Undset em busca de inspiração. No caminho acaba conhecendo a filha de um fazendeiro, Ingenborg, e se apaixona por ela. O fazendeiro é contra o romance, pois já havia prometido a filha a um pretendente. Gaspar retorna a Noruega frustrado pelo amor perdido e por não ter se quer chegado a conhecer a famosa escritora que motivou a viagem. Ingemborg promete ao seu amado nunca cortar o cabelo até que ele retorne algum dia.
O enredo desta historieta de amor é regido por uma trama de pequenas coincidências que definem o encontro e o destino de seus personagens. Trata-se de uma comovente narrativa sobre o lugar do acaso em nossas vidas. É necessário, de fato, ter certa sensibilidade para o aleatório e o irracional com o qual esbarramos o tempo todo enquanto tomamos decisões. Não se trata aqui da afirmação de qualquer teleologia metafísica por traz dos fatos, mas o questionamento da própria causalidade enquanto principio único e definidor do acontecer do mundo.
Nem sempre as coisas possuem um motivo ou razão de ser. Mas isso não as impede de, sem realizar qualquer intencionalidade ou racionalidade, contribuir para que chegássemos exatamente a este momento. Coisas como o mau tempo, um cão bravo ou um carteiro descuidado pode alterar nossas vidas através do entrelaçamento dos detalhes, da micro realidade daqueles fatos pequenos aparentemente sem qualquer importância.
Carlos Pereira Jr
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Moulin Rouge - Amor em Vermelho (BR) 🇧🇷 Moulin Rouge! (PT) 🇵🇹 Edição Inglesa 🇬🇧 em Blu-ray do Filme Moulin Rouge de 2001 A edição conta com 1 single disc em Blu-ray e áudios em 🗣️📀 Inglês: DTS-HD Master Audio 5.1 (48kHz, 24 bits) Francês: Dolby Digital 5.1 (448 kbps) Português/BR 🇧🇷: Dolby Digital 5.1 Espanhol: Dolby Digital 5.1 (448 kbps) Nota: português brasileiro, espanhol latino-americano, dubs Dolby Digital 5.1 💬📖 Legendas em Inglês SDH, espanhol, português/BR/PT 🇵🇹🇧🇷, dinamarquês, finlandês, norueguês, sueco. 📀 All Zone Blu-ray ✓••• Detalhes •••✓ A história se passa em 1899 e gira em torno de um jovem poeta, Christian, que desafia a autoridade do pai ao se mudar para Montmartre, em Paris, considerado um lugar amoral, boêmio e onde todos são viciados em absinto. Lá, ele é acolhido por Toulouse-Lautrec e seus amigos, cujas vidas são centradas em Moulin Rouge, um salão de dança, um clube noturno e um bordel (mas cheio de glamour) de sexo, drogas, eletricidade e - o que é ainda mais chocante - de cancan. É então que Christian se apaixona pela mais bela cortesã do Moulin Rouge, Satine. 🎟️🎬🗣️🇬🇧🇵🇹🇧🇷🇨🇵🇪🇺🇺🇲🏆 #moulinrouge #2001 #raridade #nicolekidman #ewanmcgregor #bazluhrmann #foxfilm #uk #portugal #england #portugal #brasil #europe #paris #bluray #midiacollection #meusfilmes #minhacoleção #coment #followme #disneypluspt #disneyplusbr #disneyplusuk (em Sintra, Portugal) https://www.instagram.com/p/CNsp5Halq93/?igshid=1tee8m577uc46
#moulinrouge#2001#raridade#nicolekidman#ewanmcgregor#bazluhrmann#foxfilm#uk#portugal#england#brasil#europe#paris#bluray#midiacollection#meusfilmes#minhacoleção#coment#followme#disneypluspt#disneyplusbr#disneyplusuk
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Para marcar os 40 anos do poema "No meio do caminho", Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1967, o livro "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", no qual reuniu uma ampla seleção com o que foi dito sobre os famosos versos. O Instituto Moreira Salles lançou em 2010 uma nova edição do livro concebido pelo próprio Drummond, ampliada pelo também poeta Eucanaã Ferraz.
Por ocasião do lançamento, o IMS produziu um vídeo com a leitura de "No meio do caminho" em vários idiomas.
Leituras por:
Eucanaã Ferraz (português)
Matthew Shirts (inglês)
Yael Steiner (hebráico)
Heloisa Jahn (dinamarquês)
Jean-Claude Bernardet
(francês) Pieter Tjabbes
(holandês) Davi Arrigucci Jr.
(italiano) Paulo Schiller
Mariana Schiller (húngaro)
Jana Binder (alemão)
Sidney Calheiros (latim)
Laura Hosiasson (espanhol)
Carlos Papa (tupi)
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ESTUDOS: “VIVA ESPERANÇA”
Zc 9:12: ”Voltai à fortaleza ó presos de esperança, também hoje te anuncio que te recompensarei em dobro”.
PV 24:14:”Porque deveras terá uma recompensa, não será malograda a tua esperança”.
A esperança é expectativa da alma humana, pois todo ser humano sonha com um mundo melhor. Ou, é a confiança no cumprimento das promessas: Ver Jesus (Sl 17:15; 1Co 13:12); e a Sua manifestação na segunda vinda (Cl 3:4), e estar com Jesus (1 Co 13:12): ver o lar eterno (Jo 14:3), daí porque a esperança anima (Tt 3:7); opera purificação (1Jo 3:3); e, é maravilhosa (Cl 1:27). O seu símbolo é a âncora (Hb 6:18-19).
Na Bíblia, a palavra “esperança” pode significar o ato de esperar (Rm 4.18; 1Co 9.10) quanto ao que se espera (Cl 1:5; 1Pe 1:3). A fonte de esperança do cristão é Deus, porque Ele é a viva esperança (Sl 39:7), e tem respaldo na firme segurança invisível do futuro (Rm 8:24-25; Hb 11:1,7). Daí porque, a esperança distingue o cristão do não cristão que não tem esperança (Ef 2:12; 1 Ts 4:13), uma vez que ela habita no cristão (1 Pe 3.15 e 1 Jo 3.3).
Todos desejam paz, mas somente há conflito! E diante disso, quem não tem esperança em Jesus Cristo vive em aflição. A Bíblia diz que: “Infelizes são os que não têm esperança” (Ef 2:12 e 1 Ts 4:13), porque é a segunda virtude mencionada em 1 Co 13:13 e se baseia na confiança em Deus. Rm 8:24: Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?
A Bíblia explica em Ef 2.12: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças das promessas; não tendo esperança e sem Deus no mundo”.
Se você acha que sua vida é miserável e vive dizendo como o salmista do Sl 88: 3, 6, 8 e 9: “Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura. Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças. Livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão. Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas. Sobre mim pesa o teu furor; tu me afligiste com todas as tuas ondas. Alongaste de mim os meus conhecidos, puseste-me em extrema abominação para com eles. Estou fechado, e não posso sair. A minha vista desmaia por causa da aflição. SENHOR, tenho clamado a ti todo o dia, tenho estendido para ti as minhas mãos.”
Veja que a despeito da situação desesperadora do salmista, ele começa com: “Senhor Deus da minha salvação”. Aí estava a sua esperança: No Senhor! E nessa esperança ele encontrou forças. E assim, confirma o que diz a Palavra: “Mas, agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Ef 2:12-13). Em 1Tm 1:1 lemos: “...Cristo Jesus, nossa esperança”, e Tito 1:2 diz: “... na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos tempos eternos”.
Então, todo ser humano que tem sua vida entregue a Jesus Cristo, já alcançou o alvo de sua esperança e por isso, sua vida presente e futura é sustentada por essa viva esperança. Pv 10:28 diz: “A esperança do justo é alegria”; e Pv 14:12 acrescenta: “o justo até na sua morte tem esperança”. Cl 1:23: “Se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes...”. “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:5).
A Palavra mostra claramente que Deus responde oração de servos firmados na esperança, veja exemplos: 1Rs 17:21: “Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao SENHOR, e disse: O SENHOR meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele. Js 10:12: “Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detém em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom.” Mt 8:16-17: E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e Jesus com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.” Assim, pela oração vemos renascer o poder da esperança.
Para o cristão, a esperança não é ilusão, ao contrário é a certeza que coisas boas irão acontecer com base nas promessas contidas na Palavra de Deus, e que virão como resposta de oração. Assim, a vida só tem sentido enquanto vivida em amor, fé e esperança. Sem acreditar no Deus da vida, esperançosos de que Ele caminha com os cristãos e os ilumina, e, sem procurar transformar essa esperança em prática concreta de amor ao próximo, a vida do cristão perde o sentido. A vida humana é marcada também por alegrias e sofrimentos. Mas ela é mais plena quanto maior a solidariedade, perdão e justiça. É nessa plenificação da vida que encontramos a sabedoria que está presente na vida bem vivida. Então podemos dizer sempre: “Lm 3:21: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
E então, vivemos em direção à vida, não em direção à morte. Portanto, a esperança é direito do cristão. É também propriedade nossa agora, por quê? Porque a esperança de vida eterna é marcada pela Cruz do Calvário e o Sepulcro vazio! Por isso o apóstolo Pedro diz: “Bendito o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.” (1 Pe 1:3), incrédulos não tem esperança, conforme diz Ef 2:12: “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. E, 1 Ts 4:13: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança”.
Na esperança já fomos salvos. Ver o que se espera já não é esperar. Como se pode esperar o que já se vê? Mas, se esperamos o que não vemos, é na perseverança que o aguardamos (Rm 8.24-25).
Mentes e corações sadios pressupõem: vida no altar, com oração e estudo constante da Palavra: O cristão deve amar a Palavra de Deus como sugere o Sl 119, no qual, por 17 vezes o salmista expressa seu grande amor pela Palavra, nos versículos: 24, 40, 47, 48, 72, 97, 103, 111, 113, 127, 129, 140, 143, 159, 162, 165, 168, para que todos possam dizer como o Apóstolo João: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 Jo 2); a saúde mental vem da saúde espiritual: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (1Tm 1:7).
O segredo da boa saúde é colocar a esperança em Deus, louvando-O de todo o coração e orando quando há problemas a serem solucionados, sob a direção do Parakletos que habita nos cristãos.
Assim, deve o cristão seguir o conselho do apóstolo João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 João 3:2-3).
Ap 1.3 diz: ”E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus”.
E Deus preparou maravilhas para aqueles que amam ao Senhor Jesus Cristo, e os aguarda na eternidade. Isaías 64:4 diz: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que n’Ele espera”. E é o próprio Deus que glorioso em Sua grandeza se inclina em direção ao homem e faz bem “aqueles que confiam e esperam n’Ele”!
Segundo a Wikipédia: Sören Kierkegaard foi um filósofo dinamarquês, teólogo, poeta, crítico social e autor religioso, amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista que bem expressou isso numa poesia: “Mas um curto prazo e a batalha estará ganha, todo conflito terá se diluído em nada, então poderei deliciar-me em fontes de vida, e, para sempre, por todo sempre falar com Jesus.” Essa expectativa se concretizará nitidamente na volta de Jesus, pois o próprio Senhor o disse: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos...” (Mt 16:27).
E a igreja será revelada juntamente com Jesus em sua Glória: “Quando Cristo, que é a nossa vida se manifestar, então vós também sereis manifestados, com ele em glória” (Cl 3:4). A Igreja de Jesus terá parte nessa glória: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado...” (Jo 17:22). Também, temos em 1 Pe 1:3-4: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que segundo a Sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós, que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo.“ E em Ef 2:6: “E juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
Portanto, esperança produz corações fortes: Ela anima (Tt 3:7) e opera a purificação (1 Jo 3:3). E é indescritivelmente maravilhosa: “é Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:27).
Sê forte e corajoso, e espera no Senhor (Sl 27:14).
Hebreus 7:19 fala da esperança superior pela qual nos achegamos a Deus.
Tito 2:13 “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do Grande Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo”.
A Igreja de Cristo tem a “esperança superior” fundada na Nova Aliança (Hb 7:19), nela é oferecida a todos a salvação mediante a obra da Nova Aliança, realizada por Cristo como posteridade de Abraão (Gn 22:17-18 e Gl 3:16); e todas as famílias da Terra são abençoadas.
Entre as virtudes da fé e do amor, a esperança apoia na primeira e nutre-se na segunda. “E esta esperança superior é vivificada, iluminada e fortalecida pelo Espírito Santo (Rm 15:3, Gl 3:5; Ef 1:17), que é fonte permanente de segurança, conforto e alegria, que nos permite suportar com a perseverança fortalecida” (Rm 5:4; 2 Co 1:7). 1 Co 15:19: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. Assim, por termos a esperança superior, vivemos pela glória futura com Jesus Cristo. Então, três coisas são extremamente importantes:
1) “Guardemos firmes a confissão da esperança sem vacilar, pois, quem fez a promessa é fiel” (Hb 10:23). E a Palavra ainda exorta: No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido...”(Cl 1:22-23).
2) “E a si mesmo se purifique todo o que n’Ele tem essa esperança, assim como Ele é puro” (1 Jo 3:3). “Ora amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (2 Co 7:1).
Quem não crê em Jesus como único, suficiente, exclusivo e eterno salvador de suas vidas, não se purifica, e por isso, a fé não se manifesta para obter a viva esperança da vida eterna, pela salvação em Jesus Cristo e ser como Ele na eternidade. Daí, o conselho da Palavra de Deus no Salmo 119:116: “Sustenta-me conforme a tua Palavra, para que viva, e não me deixes envergonhado da minha esperança”. Sl 39:8: E agora Senhor, o que posso esperar? Em Ti “se encontra a minha esperança”.
E isso todos os cristãos podem fazer na perseverança da fé e na força do Senhor, nos termos do Sl 146:5: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no SENHOR seu Deus”; para dizer como Davi: Sl 72:5: “Ó minha alma, espera somente em Deus, porque d’Ele vem a minha esperança”.
Disse também o rei Davi no Sl 39:7: “Agora, pois, SENHOR, que espero eu? A minha esperança está em ti”; e o apóstolo Paulo exorta em Rm 15:13: “Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo”. E Rm 12:12 arremata: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”.
Por Valdely Cardoso Brito.
https://pazevida.org.br/estudos/8747-2018-11-10-15-55-49.html
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“A vida não é um problema a ser resolvido, mas uma realidade a ser experimentada.” - Soren Kierkegaard (1813-1855) Sören Aabye Kierkegaard foi um filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês, amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista. #edsoncamara #edsoncamaraplaytowin #fiqueemcasa (em Fortaleza, Brazil) https://www.instagram.com/p/CBN5jPYHrMd/?igshid=dp83bfhwe76a
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Hans Christian Andersen. O escritor dinamarquês de contos infantis morre em 4 de agosto de 1875. Em suas histórias, como O Patinho Feio e João e Maria, misturava lendas populares, ensinamentos morais e humor. Ele nasceu em 2 de abril de 1805. Era pobre, desajeitado e alto demais quando criança, o que influenciou seus textos. 1851 - Um golpe militar liderado pelo general Muñoz derruba o presidente Laureano Pineda na Nicarágua. 1875 - Morre Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês de contos infantis. 1900 - Nasce Elizabeth, rainha-mãe da Inglaterra. 1901 - Nasce Louis Armstrong, músico norte-americano. 1903 - O cardial Giuseppe Sarto é eleito Papa, com o nome de Pío X. 1914 - Primeira Guerra Mundial: forças alemãs entram na Bélgica. 1919 - A República dos Conselhor da Hungria é exterminada depois de 133 dias de existência. Forças romanas entram em Budapeste e os dirigentes soviéticos saem do país, no que é considerado como a primeira derrota mundial do comunismo. 1933 - O líder indiano Mahatma Ghandi é preso por autoridades coloniais britânicas pelo seu chamamento à desobediência civil. 1934 - Morre Marie Curie, pesquisadora polaca, prêmio Nobel de Física em 1903. 1946 - Gabriel Videla é eleito presidente do Chile. 1950 - Dois fortes terremotos atingem o oeste da Venezuela: a cidade de Tocoyo é totalmente destruída. 1955 - O jornal "El Tiempo", o mais importante da Colômbia, é fechado pelo Governo militar. 1957 - O piloto argentino Juan Manuel Fangio conquista o título de pentacampeão na Fórmula 1. 1961 - O Parlamento britânico aprova a adesão do país à Comunidade Econômica Européia, proposta pelo Governo. 1964 - Estados Unidos começam a bombardear o Vietnã do Norte. 1978 - Um decreto-lei assinado pelo presidente Ernesto Geisel proibi a greve nos setores de segurança nacional e serviços de primeira necessidade. 1981 - Morre Melvyn Douglas, ator americano. 1982 - Morre Carlos Sabat Ercarty, poeta uruguaio. 1983 - Bettino Craxi torna-se o primeiro chefe de governo socialista na Itália desde que a democracia se reestabeleceu. 1993 - Assinatura de um acordo de paz que põe fim a três anos de guerra civil na Tanzânia. (em Tijuca, Rio De Janeiro, Brazil) https://www.instagram.com/p/B0vCTB5n1IP/?igshid=jlhjgmcy2mla
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A FLIP está certa: a literatura é inútil
O escritor Hilaire Belloc (1870-1953), um anglo-francês amigo de G.K. Chesterton, disse: “Metade do escrevemos é prejudicial; o resto, inútil”.
Belloc foi poeta, político, ensaísta, católico fervoroso e esquizoide. Eu acho, pelo menos. Um “anglo-francês” é uma esquisitice tão grande quanto um “argentino-brasileiro”. Um ser imaginário que não faz sentido algum aos olhos de deus e dos homens. No entanto, Belloc está certo quando diz que escrever é uma atividade ridícula e desprezível. Pra quê serve a literatura, afinal? Pra nada. Absolutamente nada. Fez muito bem a FLIP em se transformar numa feirinha de ativistas. A turba bolsonarista que tentava impedir a palestra de Glenn Greenwald é a imagem que vai ficar do encontro. O resumo.
Livrarias fecham, editoras agonizam e só funcionários públicos podem se dedicar à literatura no Brasil, mas está tudo bem. Afinal, pra que serve a literatura? Pra nada. O que os dramas burgueses de Machado fizeram pela emancipação do proletariado? Nada. O que o indeciso príncipe dinamarquês de Shakespeare fez pela restauração do catolicismo na Inglaterra? Nada. O que Euclides fez pelo banimento dos canudos? Acertou: nada. Eu poderia comentar ainda o papel de Cervantes na emancipação da mulher negra (nenhum) ou de Mário de Andrade na demarcação de terras indígenas (zero), mas acredito que o argumento esteja claro. A literatura é uma atividade inútil e é uma absoluta perda de tempo se ocupar com essa bobagem. Ativismo, sim! Essa é a glória que fica, eleva, honra e consola.
Afinal, pra que serve a literatura? Só pra uma coisa, que é, no entanto, desprezível, desnecessária e dispensável: criar o imaginário de um povo. Uma ideia de nação. Uma ideia de país. Uma ideia de cultura. Uma ideia de futuro. Uma ideia de passado. Mas quem precisa disso? Não o Brasil, muito obrigado.
Passamos da barbárie à decadência sem fazer escala na civilização. Ficamos reduzidos a duas tribos políticas antagônicas que só se encontram no atraso. De um lado, a corrupção corporativista primitiva e cínica comandada por uma triste figura sebastianista endeusada por padres sem fé. De outro, o fascismo ignorante violento e tosco liderado por uma patética figura endeusada por pastores com fé apenas no dinheiro. Em 500 anos, foi isso o que conseguimos produzir. Quer dizer, 500 não, que isso é de um eurocentrismo pra lá de abjeto. São 13.500, a contar da chegada de Luzia na nossa horta. Luzia, o fóssil mais antigo das Américas. Aquele que quase virou cinzas quando o Museu Nacional pegou fogo, lembra?
Diante desse abissal tempo perdido, para que serve a literatura? Para construir um imaginário diferente desse que está aí? Para unir as tribos belicosas numa cultura comum? Ah, fala sério. Quem precisa disso? A Terra é plana, a cabeça é oca e a FLIP está certa em se encher de lobbystas em vez de autores.
Afinal, se todo mundo bater bumbo o tempo inteiro, ninguém vai ouvir o brasileiro gritando: “O horror! O horror! O horror!”
A FLIP está certa: a literatura é inútil publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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Jô Soares faz o texto mais divertido e refinado sobre Bolsonaro
Jô Soares publicou, na Folha, uma carta aberta destinada ao presidente Jair Bolsonaro. É o texto mais divertido e refinado já publicado sobre o repertório intelectual do presidente. O texto é provocado pelo debate gerado pelo governo sobre o nazismo ser de esquerda.
“Caro presidente Jair Bolsonaro. Entendo a reação provocada quando o senhor afirmou que o nazismo era de esquerda. Isso se deve ao fato de que, depois da Primeira Guerra Mundial, vários pequenos grupos se formaram, à direita e à esquerda.
Um desses grupos foi o NSDAP: em alemão, sigla do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Entre seus fundadores originais havia dois irmãos: Otto e Gregor Strasser. Otto era um socialista convicto, queria orientar o movimento do partido à esquerda. Foi expulso e a cabeça posta a prêmio.
Seu irmão Gregor preferiu unir-se ao grupo do Camelô do Apocalipse. Quanto a Otto, que não concordava com essa vertente, nem com as teorias racistas, teve sua cabeça posta a prêmio por Joseph Goebbels pela quantia de US$ 500 mil. Foi obrigado a fugir para o exílio, só conseguindo voltar à Alemanha anos depois do final da guerra. Hitler apressou-se em tirar o ‘social’ da sigla do partido. Mais tarde, Gregor foi eliminado junto com Ernst Röhm, chefe das S.A., na famigerada ‘Noite das Facas Longas’.
Devo lhe confessar que também já fui alvo de chacota, mas por um motivo totalmente diferente: só peço que não deboche muito de mim.
Imagine o senhor que confundi o dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta, crítico social e autor religioso, e amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista, com o filósofo Ludwig Wittgenstein, que, como o senhor está farto de saber, foi um filósofo austríaco, naturalizado britânico e um dos principais autores da virada linguística na filosofia do século 20.
Finalmente, um conselho: não se deixe influenciar por certas palavras. Seguem alguns exemplos:
1. Quando chegar a um prédio e o levarem para o elevador social, entre sem receio. Isso não fará do senhor um trotskista fanático;
2. A expressão ‘no pasarán!’, utilizada por Dolores Ibárruri Gómez, conhecida como ‘La Pasionaria’, não era uma convocação feminista para que as mulheres deixassem de passar as roupas dos seus maridos;
3. ‘Social climber’ não se refere a uma alpinista de esquerda;
4. Rosa Luxemburgo não era assim chamada porque só vendia rosas vermelhas;
5. Picasso: não usou o partido para divulgar seus gigantescos atributos físicos;
6. Quanto à palavra ‘social’, ela consta até no seu partido.
Finalmente, adoraria convidá-lo para assistir ao meu espetáculo.
Foi quando surgiu um dilema impossível de resolver. Claro que eu o colocaria na plateia à direita. Assim, o senhor, à direita, me veria no palco à direita. Só que, do meu lugar no palco, eu seria obrigado a vê-lo sempre à esquerda.
Espero que minha despretensiosa missiva lhe sirva de alguma utilidade.
Convicto de ter feito o melhor possível, subscrevo-me.”
Jô Soares, Influenciador analógico
Jô Soares faz o texto mais divertido e refinado sobre Bolsonaropublicado primeiro em como se vestir bem
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O que aprendi com Hamlet Há livros que jazem em grutas cerebrais obscuras. Estão lá e mandam mensagens da sua possibilidade de existência de quando em vez. Clamam pela matéria impressa e querem ultrapassar a barreira para o mundo externo. Por um mistério profundo, seu nascimento é adiado. Meu texto sobre o Hamlet foi assim. Era algo como 1988 e, na pós-graduação da USP, fiz um trabalho sobre a Tempestade de Shakespeare. Ao discuti-lo, pensei que eu deveria escrever sobre a obra Hamlet. A água fluiu sob a ponte. Dei palestras, muitas, sobre o príncipe dinamarquês. Participei de debates e fui professor em curso de tradução e interpretação. Encenei Hamlet com alunos. Na Unicamp, há uns 15 anos ou mais, Shakespeare foi um dos meus cursos mais populares. Vi todos os filmes e muitas, muitas, muitas representações teatrais. Só para registro, em festival teatral na França, vi Hamlet em cambojano. Não captei uma sílaba do que foi falado e sabia o que estava ocorrendo a cada cena. O príncipe pedia para sair da minha mente e eu preferia ler mais Bloom, uma pitada de Updike e pletoras de Bárbara Heliodora. O manto de Penélope das preliminares shakespearianas é quase infinito. O Graal implica sacrifícios. A pressão interna aumentou. Em janeiro, sozinho em Stratford-upon-Avon, tomei da pena (agora denominada tablet) e escrevi a primeira frase do livro, diante do túmulo do Bardo. O primeiro dedo do príncipe cruzava o umbral da existência. Iniciei lá o texto O Que Eu Aprendi com Hamlet. A ideia não era colocar uma pedra nova na colina dos bardólatras, os amantes incondicionais do poeta. Não queria estudar um aspecto com erudição, ainda que eu admire o conhecimento técnico sobre as referências históricas de Shakespeare. Eu queria pensar algo direto: como eu mudei, cresci, questionei e vivi lendo e relendo a obra máxima do teatro elisabetano. Minha vaidade é grande, porém não deliro sempre. Precisei de ajuda e só poderia ter vindo de uma grande amiga tradutora e, como eu, fascinada pela verve do dramaturgo. Valderez Carneiro da Silva aceitou e foi fundamental. Nossas conversas prosseguiram entre vinhos e risadas. #LEANDROKARNAL #ESTADÃO https://www.instagram.com/p/Bq_eGeLD3qX/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=jkoydxibh5zj
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Cobertura "Festival Lanterna Mágica" - Mostra Nacional
O Festival Lanterna Mágica chega a sua segunda edição, neste ano de 2018. E o blog Pipoca com Pequi não poderia ficar de fora dessa. Fui convidado a dar uma boa espiada nos filmes da Mostra Competitiva Nacional de Curtas-Metragens, que acontece hoje e amanhã, às 17h, no Espaço Sonhus, que fica no Lyceu de Goiânia, no centro de cidade. E posso dizer que está imperdível.
Para esse primeiro dia, as temáticas apresentadas nos curtas-metragens estão bem variadas. Vão desde questões que tratam da injustiça e das desigualdades sociais, passando pela violência urbana que culminam em guerras civis, tramas fantásticas e de empoderamento feminino, temas filosóficos, e finalizando com histórias mais cômicas.
"Santa Fumaça"
Então, não perdendo mais tempo, você pode ler abaixo as minhas impressões sobre os filmes do primeiro dia da Mostra Competitiva Nacional de Curtas-Metragens.
“Invisível”, de Rayane Cunha, Tamara Martins e Wendel Gouveia – 3’29’’ (RJ).
Partindo de um trabalho universitário, os diretores deste singelo curta-metragem tocam em um tema recorrente da sociedade atual e refletem um pouco da realidade daquelas pessoas que vivem em situação de rua, que são invisíveis aos nossos olhos, mas talvez mais à nossa compaixão. Chegando ao final do curta, que traz certo alívio e paz para o fatídico fim da personagem central, a trama acabou me lembrando um pouco da adaptação animada do conto infantil “A Pequena Vendedora de Fósforos”, do poeta e escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, realizada pelo animador norte americano Roger Allers.
“Invisível”
“Solito”, de Eduardo Reis – 5’ (RS).
O trabalho do diretor Eduardo Reis impacta não só pela trama apresentada, que traz a solidão como um espectro que acompanha um morador de rua e, de certo modo, reflete mimeticamente a sua triste vida. Mais que isso, o curta surpreende pelas referências estéticas ligadas diretamente ao tema. Os materiais utilizados para a construção do curta são aqueles aproveitados por essas pessoas. A localidade é feita totalmente de papelão, e as personagens são feitas de papel. Além disso, o tema traz uma resolução que foge do trivial. É possível encontrar amor em outro tipo de configuração familiar. Os desenhos dos créditos finais são inspiradores.
“Aviãozinho”, de Antônio Jr. – 5’43’’ (CE/RJ)
O curta “Aviãozinho”, do diretor Antônio Jr., revela em sua narrativa uma das possíveis trajetórias dos jovens que vivem nas favelas, que deixam se levar pela possibilidade do dinheiro fácil ao se tornarem os principais fornecedores de drogas aos usuários. A ideia de demarcar toda a trama, em voz off, como se fosse uma história medieval, trouxe certos problemas, por vez ou outra não se concentrar nessa analogia. Mas é interessante perceber como o caminho da droga transforma não somente a vida de quem a fornece, mas também a de seus usuários.
“Aviãozinho”
“A Guerra do Brasil”, de Alessandro Alvim – 14’27’’ (RJ).
Em tempo de guerras civis, que estampam os vários noticiários impressos e televisivos brasileiros, o minidocumentário “A Guerra do Brasil”, do diretor Alessandro Alvim, também jornalista do “O Globo”, traça um diagnóstico da violência que assola o país, e dialoga com o público, por meio da linguagem de videográficos (infográficos animados), sobre as diversas formas pelas quais o povo brasileiro anda sendo dizimado. As referências comparativas com o imenso número da violência no Brasil partem das várias estatísticas que permeiam todo o filme, passando pelo fatídico “11 de setembro”, pelas guerras da Síria e do Iraque, até a luta entre palestinos e judeus, na Faixa de Gaza. Aqui percebemos que não é preciso visualizar as mortes, mas sim entender o contexto e as diversas referências, através dos números que aparecem na tela, para entender a situação em que se encontra o país neste momento. Atual e urgente, para uma possibilidade de discussão, o documentário ganha muito em expressão com a luxuosa participação narrativa de Lázaro Ramos.
"A Guerra do Brasil"
“La Loba”, de Julia Nicolescu – 3’09’’ (RJ).
Este curta, da diretora Julia Nicolescu, traz como temática o instituto feminino primordial, numa bela animação com temática fantástica, e que tem como referência o livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, da psicóloga jungiana Clarissa Pinkola Estés. Aqui, o saber ancestral da Xamã, que traz à vida uma mulher nascida dos ossos de uma loba, reflete não só a psique da alma feminina, mas também o lugar da mulher no mundo, como um ser selvagem, o sexo forte, que não se deixa domesticar.
“Mira”, de Janaína da Veiga – 7’56’’ (PR).
Sem apresentar uma trama para “guiar” o espectador, o curta-metragem de Janaína da Veiga traz a possibilidade de uma miscelânea de ideias, de monstros e viagens, que mais parecem saídos de sonhos ou de histórias fantásticas. Se nos atentarmos às imagens, percebemos uma forte relação com a estética noir, e na sua trilha sonora, com músicas eletrônicas. Um curta-metragem com uma proposta de experimentação sensorial, de fato.
“Amsterdam, 2016”, de Fernanda Resende – 4’59’’ (SP).
Se fechássemos os olhos durante a exibição do curta, seríamos transportados imediatamente para Amsterdam, a capital holandesa, somente pela construção sonora produzida para o curta. Mas é em consonância com o sentido visual que a diretora Fernanda Resende quer que sintamos a indignação de uma mulher latina, que ao entrar num restaurante, não recebe atendimento. As várias facetas apresentadas pelos desenhos, com seus ângulos inusitados, mostram que tanto a questão da etnia, quanto de gênero, ainda segregam o mundo, independente de onde você esteja.
"La Loba"
“Destino”, de Moisés Pantolfi – 1’ (SP).
É interessante como em um minuto é possível desenvolver uma história que amplia uma discussão metafísica de uma vida inteira. E tudo feito a partir de uma animação tradicional, com uma simples caneta bic. O diretor Moisés Pantolfi desenvolve uma belíssima animação, que reconstrói uma reflexão primordial do ser humano. Com incrível apuro técnico, e traços estilizados, o curta me lembrou muito as produções do também animador norte americano, Bill Plympton.
“Para onde?”, de Diego Faria, Ellen Victoria, Gustavo Henrique, Leif Breno, Luanna Lima e Yasmin Muller – 1’26’’ (MG).
Por meio de um passeio de trem, que se inicia por Minas Gerais, as lembranças de outras viagens são construídas através de diversas técnicas de animação. A que mais se sobressai é a colagem, que dá o tom dos diversos lugares percorridos pelo mundo, onde se desenvolvem em referências artísticas, como o dadaísmo e o surrealismo. Pena que seja uma viagem rápida, que se detêm mais a revelar as técnicas do que ampliar os lugares por onde o trem passa.
“Criações”, de Dustan Oeven – 2’13’’ (GO).
O curta-metragem do goiano Dustan Oeven dialoga com a metalinguagem, e se desenvolve de maneira interessante aqui. As ideias de criação do curta se confundem com a sua própria temática, transformando-o num diálogo da invenção não só dos personagens, mas da própria trama em si. Se a significação da criação é atribuir vida animada a um objeto inanimado, como bem se coloca, até que ponto é possível ter certeza de que a criatura não se rebelará contra o seu criador?
“Por um som orgânico”, de Fábio Purper – 3’51’’ (GO).
O tema tenebroso desse curta-metragem é a busca por um som inigualável, muito mais impressionante e único do que o som de um violino Stradivarius. Se o ser que busca esse som já é algo que lembra muito as criaturas mais emblemáticas do cinema mudo, era de se imaginar qual poderia ser o modelo de seu instrumento. Horripilante em seu desfecho, o curta traz em contraponto a beleza na desfiguração das imagens dos locais onde esse ser vive, e na caracterização das personagens.
“Por um som orgânico”
“Cinco formas de autoconhecimento”, de Christian Caselli – 4’ (RJ).
A impressão que tive sobre esse curta-metragem talvez se resumisse na famosa frase proferida pela esfinge, na tragédia grega “Édipo Rei”, de Sófocles: “Decifra-me ou te devoro!” A nossa existência é assim. Eu ainda me sinto como o cachorro que corre atrás do próprio rabo... É difícil entender quem somos e porque agimos de determinada maneira. Mas, talvez, este seja o grande desafio.
“O Pássaro de Wolinski”, de Christian Caselli – 4’ (RJ).
O curta-metragem de Christian Caselli traz uma singela homenagem ao cartunista e escritor francês Georges Wolinski, assassinado no massacre do Charlie Hebdo, ocorrido em 2015. Utilizando-se dos traços e se baseando em uma das histórias da HQ do artista, Caselli propõe uma reflexão: mesmo sendo um profundo conhecedor de vários temas, como é viver sem a companhia de alguém, em uma completa solidão?
“O Suicídio”, de David Lucas – 1’51’’ (MG).
Depois de vários curtas-metragens com temáticas mais introspectivas, existencialistas, este vem trazer um pouco de alívio cômico. Ainda que o título fale sobre algo mórbido, a trama gira em torno da busca de um pombo por um pacote de amendoins. Bem produzido, é um respiro (talvez o último para o personagem, pelo menos!) para seguirmos adiante com os outros filmes.
“O Suicídio”
“O Multiverso”, de Rafael Marquetto – 2’30’’ (SP).
O que dizer de um curta-metragem que zoa com um dos piores filmes de todos os tempos: o live-action do Pernalonga com o astro do basquete Michael Jordan? Aqui, o lance é só deixar seu cérebro derreter e se divertir. A dura realidade dos diversos multiversos.
“Santa Fumaça”, de Felipe Mascarenhas e Luiz Bellini – 4’51’’ (SP).
O problema do vício de dois matadores profissionais pode se tornar a salvação para ambos. Ou não. A melhor forma de conseguir fazer um trabalho talvez seja confiar em seu próprio nariz! Uma animação com desenhos muito bacanas, e com uma das melhores duplas de personagens já feitas para um filme de aventura, ainda que não gostem do Roupa Nova...
Confiram a programação Festival Lanterna Mágica para esse fim de semana.
Leandro Alves é acadêmico do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás e graduado em Letras pela mesma instituição. Gosta de filmes, séries, desenhos animados, bem como escrever análises e críticas sobre eles. Já colaborou para o jornal O Popular e para a Revista Janela.
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