#nãoaosrótulos
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bluemoonrp · 6 years ago
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#Sabedoria e #discernimento, muitas vezes #bomsenso , é #fundamental, principalmente à um #chefe de uma casa, de um #ministério tão importante, ainda mais nos #diasatuais. ~♡~ #Deus , #Jeová , #Buda , seja qual for sua religião/crença, o caminho principal é o #AMOR pelo próximo, a humildade de reconhecer que #todossomosiguais ! #porumpaísigualitário #porumBrasilético #porumBrasilsemcorrupção #porummundomelhor #iguais #nãoaopreconceito #nãoaosrótulos https://www.instagram.com/p/BsMKeYdgqFd/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1b2j417ropr4a
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ttanttao · 7 years ago
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#NãoAosRótulos
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manubelmino-blog · 8 years ago
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Rótulos são para embalagens. Somos feitos para sermos o que quisermos. 😉 #blogueira #fashionblogger #beautyblogger #nãoaosrótulos #sejaoquequiser
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quiltbpag-any · 8 years ago
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Sobre labels
OBS: Se alguém não tiver tempo para ler tudo, pule para o fim do texto.
Volta e meia, aparece sempre alguém que diz que labels não deviam existir, ou que só deveriam existir as labels hétero e homossexual. Recentemente até fiquei a saber da campanha #NãoAosRótulos - a qual não acompanhei e que poderia perfeitamente ter um conteúdo em concordância com o que vou dizer neste post, mas se esse for o caso, um título mais assertivo seria #NãoÀObrigatoriedadeDosRótulos (o que ficaria enorme, mas serve o propósito). Neste post, eu vim tentar falar de literalmente todas as questões que se relacionam com o assunto, para tentar deixar claro que não usar rótulos é uma decisão pessoal perfeitamente válida, mas que tentar retirar as labels das outras pessoas é uma forma de as desempoderar.
Porquê que labels importam e são tantas?
Estes 2 textos são basicamente contra-argumentos a perguntas idiotas que muita gente expressa. Uma vez que as duas perguntas são semelhantes, os tópicos da resposta podem parecer um pouco reciclados também, mas tento fazer uma abordagem ligeiramente diferente.
» Porquê que não se pode ter só as labels hétero e homossexual? Era mais fácil as pessoas identificarem-se pelas relações presentes.
Reparem em como nesse argumento está presente um double-standard: Se as labels servissem para definir as relações presentes, sempre que alguém estivesse solteiro, ou fosse celibatário, seria assexual – por essa lógica – contudo, ao omitir esse detalhe, fica claro que quem fez tal pergunta a) desconhece as várias definições b) está apenas interessado em reduzir um espectro a uma binária que lhe permita ter de saber menos nomes c) ambas as alternativas.
Porque, ao fim e ao cabo, não é assim que se aplicam as labels, então perguntar “Porquê que não podemos só ter os nomes hétero/homossexual?” é tão produtivo quanto perguntar “Porquê que não podemos chamar isto *pega na cadeira* de mesa?”. Você até pode usar a terminologia errada, e arranjar uma justificativa para isso – por exemplo, a similaridade entre uma mesa e uma cadeira / uma sexualidade e outra – mas toda a gente está no direito de reclamar disso, porque não são os termos certos, e criariam confusões. Experimente dizer quando não tem onde se sentar “Falta uma mesa”. Ridículo, não é? Contudo, ironicamente, toda a gente parece aceitável dizer “Ele é gay” quando a pessoa é bi ou “Ela é hétero” quando a pessoa é assexual. Isso acontece até mesmo na mídia, em que as celebridades bissexuais são chamadas quer de gays, quer de aliadas (só não tem problema se elas se identificarem como tal).
Porque é redutor. Há, de facto, similaridades entre as sexualidades – mas quais é que se deve privilegiar para formar critérios objetivos? Multissexuais tanto experienciam homofobia como bi/panfobia [ver diferenças: www], e ainda há que juntar a isso ocasional "privilégio" hétero [ver a problemática desse termo: www]; Homossexuais e heterossexuais, caso não fosse pelo preconceito que os primeiros sofrem, teriam experiências equivalentes porque ambos são monossexuais; bissexuais e assexuais sofrem com um apagamento e contra-argumentos semelhantes; a desconsideração por géneros não binários afeta tanto a comunidade trans como pessoas m-spec; Pessoas transgénero, apesar de muito diferentes de homossexuais, são recebidas com uma hostilidade similar; Far-se-ia o quê? Reduzir pessoas trans, que até podem ser héteros, a homossexuais por não atenderem as expectativas de género e precisarem de uma palavra que as distinga? Reduzir Assexuais a Zed/Alossexuais – e, caso sejam multirromânticos – reduzirem-se ainda mais a uma binária (hétero/homo)? Isso falharia em captar as diferentes experiências das pessoas. Podem não ser o fator de maior peso na vida de alguém, mas têm uma grande influência mesmo assim. Se as experiências, tanto as boas como as más, não forem validadas, causam uma grande ansiedade e uma sensação de desonestidade da parte de quem as vive. Não só isso, caracteríticas distintas implicam que as pessoas serão confrontadas com tipos diferentes de discriminação, e não é possível combater uma coisa que não se reconhece que existe.
Porque, devido às mencionadas experiências, uma pessoa assexual homorromântica – por exemplo – não se sente totalmente integrada na comunidade homossexual. Uma pessoa negra agénero deseja encontrar um grupo de pessoas que compreenda tudo aquilo que vivenciou e tem a partilhar, ou que tenham passado por situações semelhantes e possam dar dicas que não sejam limitados a uma perspectiva só. As pessoas merecem poder definir-se e conhecer-se, merecem nomes que considerem todos os aspectos da sua identidade. Os nomes ajudam a encontrar uma comunidade, empoderamento e paz interior.
Não é prático. Creio que o exemplo da cadeira/mesa já mostrou isso, mas agora imaginemos fazer uma pesquisa na internet, onde convém usar palavras-chave nos motores de busca, em vez de descrições inteiras. Imaginem um greysexual heterorromântico a querer aprender mais sobre si mesmo, a ter de pesquisar: “Pessoas que não sentem muita, mas sentem ocasional, atração sexual e sentem atração romântica pelo género oposto”. Ups, um bocado longo. Terceira analogia do texto: Suponham que não há nomes para as “cores principais”, e que as cores eram chamadas apenas de “cores quentes” e “cores frias” – vocês queriam indicar a um amigo uma pessoa num outro grupo, sem se aproximarem muito, e descreviam-na como “Aquela rapariga com uma camisola cor fria” – se no grupo houvesse uma rapariga com uma camisola azul, e outra com uma camisola roxa, qual delas é que seria? E se ambas tivessem camisolas azuis? Não seria mais prático poder distinguir entre termos mais específicos debaixo do “guarda-chuva azul”, como azul claro e azul escuro? Oh sim, seria. Ainda mais um caso: Imaginem uma pessoa pansexual que quer conhecer alguém que possa partilhar consigo conversas ou experiências que teve com vários géneros, alguém que veja filmes consigo e faça comentários a admirar pessoas de todos os géneros. Para procurar comunidades que encaixem na descrição, não havendo a label pan, teria de escrever esse texto todo? Ridículo de novo. Para uma pessoa se informar, precisa de nomes para aquilo que procura.
Acima de tudo, porque é desrespeitador. Respeito não consiste em “Tratar igual porque se percepciona como igual”, e sim em “Tratar de forma equitativa quem é diferente”, para além de ter de ser um ato consciente. Primeiro, o que é equidade? Equidade é compensar pelas pequenas diferenças e pelas desigualdades causadas pelo sistema com soluções alternativas, ou (melhor ainda) adaptar a sociedade às necessidades especiais de cada indivíduo removendo a barreira estrutural – como uma imagem vale mais que mil palavras: [www]; Ignorar as diferenças é ignorar as experiências, calá-las é desvalidá-las, tolerar o convívio com quem as vive desde que esse aspeto das pessoas não esteja visível é viver cegamente - darei um exemplo com racismo: Colorblindness é cometido por pessoas que querem tanto não parecer racistas que dizem “Eu não vejo cor, só pessoas!”, esquecendo-se de que a cor de pele pode ser motivo tanto de orgulho e felicidade, como de dificuldades. Então, não só se está a proibir POC de partilharem episódios felizes RELACIONADOS à cor de pele, como se está a desvalidar as suas origens e ainda a recusar ajuda a quem eventualmente precise dela. É uma forma de silenciamento e desresponsabilização. Por fim, a questão de intencionalidade: se alguém decidir conviver com uma cultura com a qual não está familiarizado, corre o risco de se comportar de uma maneira extremamente ofensiva  - agora imaginem que a dita pessoa, por coincidência, conseguiu evitar fazer isso. Foi apenas sorte, não boa vontade ou respeito. Uma ignorância que saiu impune, não conhecimento ou apreciação pela cultura. Não foi intencional. Reduzir as labels a apenas duas, que nos permitam ter de aprender menos coisas, nunca irá compensar as micro/macro agressões DISTINTAS vividas por cada subgrupo, irá acabar com a comunicação (arruinando as chances de se encontrar alguém como nós, de partilhar experiências felizes e de acolhimento/integração/compreensão plena), e mesmo que se consiga – por sorte – respeitar as tais pequenas diferenças, isso estará longe de ser equivalente a ter empatia e compreensão pelo outro. Não é algo digno de ser chamado respeito.
» Labels são ferramentas, não rótulos: Aqui está uma série de coisas que muita gente diz para tentar acabar ou limitar as labels, e às quais eu tentarei responder. Sintam-se livres para adicionar motivos.
“Eu aceito as labels hétero e homossexual, mas porquê que precisam de tantas?”  - Basicamente, porque isso seria pouco prático, traria mais confusão do que resolveria e invalidaria muita coisa, como explicado na parte anterior do texto.
“Eu não ando por aí a dizer que sou cis/hétero!” – Claro que não, porque é o que toda a gente assume sobre toda a gente, e portanto cis/héteros nunca sentem que estão a ser desonestos com quem os rodeia, nunca se sentem reduzidos a um termo desadequado e nunca sentem pressão para silenciar a maneira como se sentem (ou seja, nunca estão no armário). Também não é algo considerado errado por algumas pessoas – pelo contrário, a cisheteronormatividade é o padrão considerado socialmente correto – então não precisam de lutar pelos seus direitos, nem usar uma label para que os vossos argumentos sejam tidos em consideração ou simplesmente ouvidos.
“Porquê que vocês têm de dizer coisas tão íntimas?” – Dizer por quem nos sentimos – ou não - sexualmente/romanticamente atraídos, de forma tão genérica, é íntimo? Então talvez fosse melhor não se assumir que ninguém é hétero – uma vez que essa é uma condição exactamente do mesmo nível, já que estamos a julgar que as pessoas se sentem exclusivamente atraídas por alguém do género e/ou sexo oposto (aliás, por essa lógica seria ainda mais íntimo, porque as pessoas estão familiarizadas com o seu próprio sexo, mas não com o(s) outros). Agora, uma sexualidade não é mais íntima que outra. Vamos evitar double-standards, pode ser?
“Mas eu não preciso de conhecer todas essas labels para vos respeitar: tenho amigos gays!” – Isso não quer dizer nada. Ter amigos gays (pare de os [tokenizar] -.-) não é sinónimo de os respeitar devidamente, não ser homofóbico não é sinónimo de não ser bifóbico/transfóbico/acefóbico, e há muitos homossexuais que são, eles próprios, preconceituosos em relação a outras pessoas da comunidade. Aliás, é possível ser homossexual e homofóbico, e eu sou bissexual e fui bifóbica por muito tempo, uma vez que acreditava em tantos estereótipos e desconhecia imensa coisa. É preciso conhecer pelo menos as labels do acrónimo – completo – LGBTQIAP ou QUILTBAG, e saber um mínimo sobre elas, caso contrário, a ignorância irá impedir o respeito e a compreensão. Preconceito não deriva da intenção, e sim da desinformação – são conceitos ou julgamentos pré-formados, ANTES de uma pessoa se informar e quebrar todos os estereótipos que absorveu ao longo da vida. Para respeitar, tem de conhecer.
“Vocês são pessoas, não precisam de rótulos!” – Primeiro, “pessoa” é uma palavra tão descritiva quando “hétero”. Segundo, sempre achei este tipo de imagem [www] idiota porque toda a gente se enquadra em várias categorias ao mesmo tempo - a sexualidade de alguém não anula o facto de se ser pessoa – são duas coisas que coexistem, que TÊM de coexistir, pois mesmo quem não usa labels É alguma coisa – e colocar “pessoa” como opção é tão absurdo quanto perguntar “Qual é a tua cor favorita?” e ter as opções “Azul, vermelho, amarelo, comida”, para além de que pessoas trans têm de ser de alguma sexualidade, e não faz sentido numa imagem dessas misturar sexualidade com género. Terceiro, pessoas têm atributos – alto, baixo, magro, gordo, branco, preto/negro, hétero, homossexual, e todas as categorias intermédias ou para além dessas – a sexualidade é tão “rótulo” quanto qualquer uma dessas palavras. Ignorar isso é semelhante ao que acontece com colorblindness – ao se clamar “Eu não vejo cores!”, está-se a ser racista porque A COR ESTÁ LÁ, e não reconhecer isso faz com que não se reconheça que esse atributo traz experiências positivas e negativas por arrasto, o que é desvalidador.
CONCLUSÃO:
Assim, labels validam, confortam, libertam, ajudam as pessoas a encontrar quem as compreenda (o que NÃO significa que as labels simbolizem rivalidades/conflitos entre si, até porque há pessoas que pertencem a mais de uma comunidade), e empoderam minorias. Se mesmo assim não conseguem compreender, PENSEM NUM GATO: Gatos adoram caixas, mas detestam ser lá colocados pelas pessoas ou forçados contra a sua vontade, e são eles que decidem que caixas é que lhes servem – mesmo quando os donos acham que a caixa é demasiado pequena ou grande para eles.
Além disso, o preconceito não é um problema individual, e sim colectivo – em grande parte, propagado devido aos meios de comunicação e aos seus estereótipos tendenciosos – mas tem de ser quebrado a nível individual [ver como aqui: www]. O dia em que as pessoas pararem de assumir a sexualidade e género de toda a gente, ainda que com base nas presentes relações, será o dia em que as labels passarão a ser usadas apenas como termos técnicos, sem importância real no dia a dia. Nessa altura, a representatividade será bem feita e equilibrada, as experiências das pessoas serão validadas sem precisarem de ser nomeadas, e as diferenças serão reconhecidas como algo natural e belo. Nesse dia, deixará de haver preconceito.
OBS: Com "labels como termos técnicos", não me refiro ainda assim a definições estritas. Afinal, a mesma label pode ter significados e interpretações distintas para as várias pessoas que a clamam. Por exemplo, há uma multitude de razões para alguém optar - ou não - entre bi e pan [ver aqui].
Resumindo, labels importam porque:
São ferramentas que potenciam a comunicação
Permitem às pessoas encontrar uma comunidade
Empoderam e validam os traços que diferenciam cada identidade
Podem ser o que impede alguém de ter uma vida vazia (no pior caso)
Permitem fazer trocadilhos engraçados ;)
Recusar labels:
É uma escolha perfeitamente aceitável se for individual
Não pode ser forçada a pessoas que ficam mais confortáveis com rótulos
Às vezes é uma escolha que denota um certo privilégio e distanciamento do ativismo
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