#não deixa de ser uma vergonha do caralho ela ter sido a única e só durante 5 meses mas enfim
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maizixie · 4 months ago
Note
A Maria de Lourdes Pintasilgo, se não me engano, não devia qualificar Portugal porque aquilo diz que não estava a contar líderes intermédios.
a Maria de Lourdes Pintassilgo conta porque aquela estatística inclui chefes de governo e de estado, o PM em Portugal é o chefe de governo
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juliecristiny · 6 years ago
Text
Oi amor, eu desisti, mas queria que você lesse esse texto toda vez que pensar em mim ou que sentir minha falta e imaginar que estou te abraçando beeeem forte, eu to tentando achar maneiras de deixar esse texto o menos melancólico possível, queria que lembrasse só dos momentos bons que tivemos. Bom, eu não sei como fazer isso sem te machucar, isso era a última coisa que eu queria, acho que eu devia ter começado pelas desculpas, mas ai vai minhas desculpas, amor desculpa por todas as vezes que fiz você chorar, por as brigas, por ser assim, eu queria que tudo fosse diferente, eu não queria que isso tivesse acontecido, desculpa mesmo.
É, eu desisti, eu tava tentando me expulsar da sua vida a um tempo, por achar q isso era o melhor pra você, eu não achava que você merecia uma pessoa como eu sabe, eu sou doente e sei que vou te magoar, eu te amo o suficiente pra não ser egoísta e te prender nisso.
Eu queria que você soubesse algumas coisas antes de qualquer coisa, então vou listar elas aqui pra você. (algumas delas você já deve saber, e que com certeza vai ser as coisas que vão me dar saudade).
Eu amo o jeitinho que vc fica com a língua na boca quando está concentrado em alguma coisa
Eu amo quando você dorme com as mãos debaixo do seu rosto ou o braço, fica igual um bebê (vou mandar uma foto)
Eu amo passar a mão na sua barriga, pq eu gosto pra caralho dela
Eu amo o toque das suas mãos, e o jeito que ela consegue deixar tudo melhor, isso vai de um cafuné até as coisas mais íntimas que fazemos
Eu amo quando você fala "mor te amo"
Eu amo quando você aperta minhas bochechas e fala alguma coisa com voz de neném (eu faço marra só por charme, mas eu adoro isso)
Eu amo te ver dormindo (foto)
Eu amo sua bunda snnsksk
Eu amo quando vc deita com o nariz no meu pescoço
Eu amo seu carinho nas costas
Eu amo o formato e o desenho perfeito da sua boca, e amo seu beijo
Eu amo quando faz carinho na minha coxa
Eu amo quando tira minha maquiagem
Eu amo quando você me troca
Eu amo quando a gente deita e vc solta meu cabelo
Eu amo sua massagem nos pés
Eu amo quando a gente ta andando e você me tira do lado da rua
Eu amo seu abraço e seu beijo na testa
Eu amo quando eu não deixo você fazer alguma coisa e vc faz cara e uma voz de manha
Eu amo seus olhos e seus cílios
Eu amo seu macarrão, seu misto quente, seu suco de laranja e seu bolo de chocolate
Eu amo nosso sexo
Eu amo nossa intimidade
Eu amo como você consegue deixar qualquer coisa boa, e o domínio que vc tem sobre mim
Eu amo você sem roupa e com roupa
Eu amo seu corpo todo, até seu nariz e sua orelha e seu pé
Vou falar umas coisas sobre mim agora e algumas manias
Eu só durmo com pijama se for par
Eu tenho toc, se eu mexo o dedo de uma mão, tenho que mexer na outra, isso se aplicada a tudo
Eu faço as coisas tudo em número par
Eu penso em você todos os dias, e encaixo você em tudo oq eu faço
Eu lavo seu cabelo de final de semana pra vc
Eu pego o cel de 5 em 5 segundos p ver se tem mensagem sua
Eu finjo que to deitada toda noite com você antes de dormir
Eu odeio quando vc usa aquele shorts cinza
Eu gosto da sua cara de sono quando vc acorda (vou te mandar umas fts que provam isso)
Eu morro de vergonha de ficar te encarando muito tempo
Eu faço tudo pra te agradar, isso inclui cabelo, roupa, comportamento
Me irrita quando vc dorme e me deixa acordada, mas eu adoro te ver dormindo (ja disse isso)
Eu tenho mais de 1 personalidade e sou bipolar, uma das minhas personalidades ama preto e a outra rosa com glitter
As vezes tenho 60 anos e as vezes 3 anos
Eu sonho com você umas 5 vezes por semana, tenho sonhos obsessivos por isso não te conto
Tenho muito medo de você me trair, acho que é a coisa que mais me dá medo, eu digo qualquer tipo de traição, pq você é a pessoa que eu mais confio
Eu sou viciada em sangue e em mortes, a minha cabeça pensa nisso o tempo, sangue sangue sangue sangue
Quando eu era criança eu era inteligente pra caralho, e achava que iria ser médica
Eu perdi a fé em tudo, não consigo me prender a religião e em pensamentos comuns sabe? não consigo me encaixar em nada que me doutrine, eu acho q não acredito em nada mais
Eu não sei o que me fez se tornar uma pessoa tão diferente sabe, isso é bom, mas é assustador, eu não me encaixo nem na minha família
Eu não tenho um pingo de auto estima, eu me sinto mal em público e sempre me boto p baixo
Eu não tenho muito o que falar de mim, mas eu costumava ter muitos planos sabe, e eu queria muito eles, eu sempre achei que ia conseguir tudo oq eu quis, pq eu acreditava nisso, e agora eu me pergunto aonde foi parar essa parte otimista que tinha em mim, eu olho minhas fotos antigas ou coisas antigas e eu lembro que era uma época foda também, mas eu não desistia sabe? eu conseguia lidar bem com aquilo, mas eu fui me afundando, e faz uns anos que eu desisti de tudo, inclusive de mim, meus dias tem sido pesados, eu sinto como se eu ja tivesse morrido faz tempo, eu não tenho perspectiva e expectativa de nada mais, eu não sinto nada além de vazio em mim, eu perdi totalmente o prazer nas coisas, eu to sozinha amor, faz tempo que estou sozinha. Eu tenho você nos finais de semana e isso me anima pra caralho, eu sinto que meus problemas sumiram, eu esqueço de todas as merdas quando estou com você, eu sinto que tem motivo pra eu ficar e tentar sabe, mas quando vou embora eu sinto tudo de novo, tudo oq ficou acumulado cai em mim, e eu não consigo mais, são 5 dias contra 2 eu to sozinha o tempo todo, amor eu sinto uma agonia enorme e eu não consigo explicar, mas mano é uma coisa sufocante que faz eu perder o ar e parece que não ia conseguir sair disso, tenho a sensação que estou me afogando constantemente, e eu to me afogando e várias pessoas ao meu redor, mas eu to sozinha afundando, talvez eu seja dramática e tudo isso seja exagerado, mas eu realmente acredito que sou doente, e não soube lidar com isso, eu to te escrevendo isso porque não quero que sinta culpa pelo oq aconteceu comigo, queria te falar que você é o amor da minha vida, e sempre vai ser, eu sei que é difícil pra você, mas não acabou pra vc, você tem a chance de recomeçar e achar outra pessoa, eu quero você feliz, mesmo que não seja comigo, mesmo que eu não esteja aqui pra ver, eu to vendo como vc tá progredindo e eu tenho muito orgulho de você, na moral, eu tenho orgulho de ter você como namorado, e eu não quero que aceite alguém que não veja isso em você, e eu quero agradecer pelos melhores dias da minha vida, você fez eu sentir coisas que eu jamais achei que pudesse sentir, eu nunca amei uma pessoa, eu nunca quis ter alguem do meu lado pro resto da vida, desculpa por acabar com nossos planos, eu queria ser forte pra ter ficado pra poder ver você acordar todos os dias, eu imagino nós dois em uma casa, com uns bichinhos, a gente largados em um sofá, pensando em como tudo valeu a pena, é só nisso que eu to pensando no momento, e acho q é isso que vai ficar cmg, daqui 14 dias, faz 2 anos que te beijei pela primeira vez, nem imaginava que você seria a minha pessoa, dia 20 a gente faria 1 ano e 8 meses juntos, 608 dias que eu sinto como é ser amada, como é dividir uma vida com você, 608 dias que você fez tudo por mim, 608 dias que eu tive o melhor apoio e o melhor colo, eu te amo mais do que 608 vezes, eu te amo mais do que tudo, eu te amo tanto que não dá nem pra por em uma escala, mano eu só queria grudar seu rostinho no meu e ficar pra sempre, quero que saiba do meu amor por você, quero que acredite nele, porque é tudo de mais verdadeiro. Eu queria que achassem isso e te mostrassem, mas você é a unica pessoa que eu quero que leia isso, é feito só pra você, então eu vou te mandar, mano eu to chorando no banheiro agora kskskksks eu sei que esse é um texto diferente dos que você costumava ler, mas eu quero que leve pro lado de que é uma declaração de amor.
Meus dias tem sido difíceis pra caralho, eu não aguento mais chorar sozinha amor, é toda noite a mesma coisa, eu nem sei qual foi a última vez que dormi direito, eu to cansada de não ser suficiente, eu não queria decepcionar ninguém, inclusive você, eu to bebendo p caralho pq é algo que me tira da consciência sabe, eu não gosto de pensar as coisas que eu penso, mas não consigo controlar, no momento eu estou tendo outra crise fodida, e eu acho que vc é a única pessoa que sabe das minhas crises, elas acabaram comigo, desculpa por não ter sido mais forte, eu tentei por você, mesmo, eu não consigo tirar da cabeça "você é doente", me entreguei nisso, todo mundo me vê de um jeito que eu não sou, eu to cansada de fingir, eu nunca fui eu mesma, meus pais estão melhor sem mim e vc tbm vai ficar, eu estrago tudo.
Espero não te magoar tanto, espero que fique bem, não se sinta culpado por eu ter desistido, quero que prometa que vai ficar bem, e acima de tudo me desculpa, eu te amo pra caralho e eu acho que vc vai ser a única coisa daqui que eu vou sentir falta, eu fiquei vendo essas fotos e gifs (vou te mandar) e vi que vou sentir falta pra CARALHO, você é muito lindo na moral, eu sou pirada no seu rostinho. Não queria dizer adeus pq eu acho muito forte, então eu te amo e me perdoa ta?
13/02 00:30
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tiascar · 3 years ago
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Motel
Adrien só queria fazer uma surpresa para Marinette quando completaram seis meses de namoro, mas tudo deu errado quando ambos apareceram em vários sites de fofoca após Adrien - sem querer - colocar fogo na cortina do motel com velas aromáticas.
único; por fogo - no literal.
Seis meses de namoro era uma marca boa para se comemorar. Principalmente quando eles eram seis meses de namoro com Marinette Dupain-Cheng.
Somente Adrien sabia o quanto de tempo ele levou para conseguir o posto de namorado. O tanto que ele - na psique de sua alma dramática - sofreu para conseguir chegar até ali. E em sua concepção, o sofrimento havia sido grande.
Passou seis anos em tentativas, pensou em desistir, até mesmo chegou a namorar outras pessoas, mas a paixão avassaladora não abandonou seu espirito.
Contudo, o ditado de dar tempo ao tempo era valido e acabou sendo isso o fator motriz para desencadear o relacionamento.
Adrien e Marinette se aproximaram mais depois dos vinte anos de idade. Viviam com o mesmo círculo de amigos, tinham gostos parecidos e outros fatores que os unira ainda mais. Quando perceberam, a amizade fluiu para um algo a mais.
O pedido de namoro veio no aniversario de vinte e um dela, com direito a um buquê de flores clichê e bombons. Marinette fingiu não aceitar, Adrien ficou que só faltou chorar, mas um beiço ficou em seu rosto quando ela acabou rindo da reação do outro.
E então, ela aceitou com um brilho indescritível no olhar.
Desde aquele dia, Adrien afirmava com facilidade e certeza que aqueles foram seus meses mais felizes. Ele estava enamorado, ser correspondido deixava tudo ainda mais belo. Marinette era – sem dúvidas – incrível.
Ele se sentia nada menos do que sortudo.
Para comemorar os aniversários de namoro, eles sempre trocavam presentes: um ursinho, um chaveiro, chocolates e até mesmo bilhetinhos eram válidos.
Todavia, seis meses era algo muito abrangente para não ter uma comemoração especial.
Por isso Adrien planejou aquilo: uma noite confortável em um motel cinco estrelas com direito a hidromassagem e o que ela quisesse, depois de um jantar. Foi algo que ele colocou na mente que faria, e quando Adrien cismava com algo, ele ia até o fim.
Mas nem tudo que reluz é ouro, e nem toda ideia de Adrien acabava bem.
No começo, tudo pareceu muito bom. O jantar fora incrível, Marinette pareceu animada com a ideia de irem para o motel e Adrien estava ainda mais animado do que ela, com tamanha esperança.
Chegaram aos beijos e amassos, Marinette decidiu que preferia tomar um banho antes de qualquer coisa. Adrien ficou sozinho no quarto, olhando os arredores. Aproveitou o tempo para tirar a roupa, ficando somente com uma toalha enrolada na cintura.
Foi quando ele descobriu as benditas velas aromáticas.
Adrien ficou encantado com a variedade de cores. Acendeu duas sobre a cômoda, no momento exato que viu a chama queimar a vela, ouviu Marinette, que voltou para o quarto enrolada em um roupão.
Nenhum deles perdeu tempo.
Trocaram beijos e amassos, mãos bobas que corriam pelos corpos. Pararam na cama em poucos momentos, as roupas abandonadas e espalhadas pelo quarto, assim como o roupão e a toalha.
Adrien estava por cima quando Marinette chamou-o de um modo um tanto exasperado.
Mas ele não ligou muito. Pensou que ela estava daquele modo por ele estar fazendo um bom trabalho naquele momento.
Não era por isso.
O loiro percebeu quando um cheiro de queimado adentrou suas narinas.
Foi quando ele percebeu a cortina que estava queimando junto com as velas, fazendo com que todo o quarto começasse a ficar cheio de fumaça.
Os minutos seguintes foram uma bagunça: Adrien estava tentando apagar o fogo da cortina, mas tudo o que acontecia era o reverso: a chama somente aumentava. Ele começou a entrar em desespero, chegando ao pânico quando a chama alcançou a ponta da colcha sobre a cama.
Adrien – então – começou a realmente passar mal.
E tanto ele como Marinette só tiveram tempo de enrolar uma toalha no corpo antes de – junto com os outros que estavam em outros quartos – tiverem de evacuar o local.
Obviamente, a situação inusitada não ficaria alheia ou exclusa dos noticiais e paginas online. Não era sempre que alguém conseguia por fogo no motel – no literal – e ainda com velas aromáticas.
Além da multa paga ao estabelecimento, Adrien – agora – precisava lidar com as inúmeras fotos vazadas online.
— Da próxima vez que formos sair, pelo amor de tudo que for sagrado, me faça pesquisar se tem ou não risco de incêndio no planejamento.
Marinette murmurou de um modo debochado. Felizmente eles haviam chego em casa depois do desastre que havia sido aquela comemoração. Os cabelos ainda estavam molhados, e a única coisa que envolvia seu corpo era a toalha.
Adrien não sabia se ria ou se sentia alivio por – pelo menos – estar vivo.
— Poderia ter sido pior, a gente poderia não estar vivo.
— Adrien, eu não 'tô viva. — A Dupain-Cheng deixou que as mãos fixassem em sua cintura. — Eu morri de vergonha na primeira foto.
O Agreste rolou os olhos com preguiça.
— Ah, elas não ficaram tão ruins.
— Meu cabelo nem secou, Adrien! — A Dupain-Cheng choramingou ao se jogar no sofá. — Por sorte consegui recuperar minha bolsa e a sua carteira, ou eu teria que tirar todos os documentos novamente.
— Pelo menos nos divertimos... ai!
Adrien reclamou quando uma almofada o acertou de modo certeiro.
— Para de procurar motivo bom nisso.
Marinette adotou um bico resmungão, aquilo acabou fazendo o Agreste rir. Com tamanha malandragem, o maior se aproximou dela, que estava largada no canto oposto do sofá da sala.
Beijou-a a bochecha, e teve o rosto afastado pela mão dela.
— Princesa...
— Nem vem que eu 'tô puta contigo.
Adrien riu, uma risada gostosa e um tanto gananciosa. Marinette puxou o lábio ínfero com os dentes, tentando não se sentir afetada por aquele sonzinho deveras gracioso.
— Ei, eu só quero pedir desculpas, você sabe que eu não planejei isso.
— Uhum.
A boca do maior resvalou pelo pescoço alheio, com pequenos beijinhos espaçados.
— Coração...
Marinette sentiu um rápido arrepio percorrendo sua espinha, perdeu o folego por um momento, principalmente por Adrien ter sugado com delicadeza sua pele, deixando uma marca nem tão forte graças ao pequeno chupão.
Ela respirou fundo.
— O que foi?
— Deixa eu me desculpar...
— E como você vai fazer isso?
Adrien estalou a língua antes de encará-la.
— Vem descobrir.
Adrien saiu andando em direção ao corredor, mas não sem antes soltar a toalha perto do batente da porta. Marinette encarou o caminho feito por ele, pensando se era – ou não – uma boa.
Bem, as coisas já haviam dado suficientemente errado por uma noite. Que mal teria de aproveitar o que ainda restava?
Com esse pensamento, Marinette fez o caminho percorrido por Adrien.
Chegou no quarto, abandonando a toalha na porta. Olhou aos arredores, surpreendendo-se quando a porta foi fechada e a luz apagada. Um par de mãos fixaram-se em seguida em sua cintura, Marinette tombou o rosto para trás, deixando que a parte traseira da cabeça se encostasse no peito do maior.
— Por um momento eu pensei que não fosse vir...
— Eu não perderia a oportunidade. — A menor resfolegou quando a boca do Agreste percorreu o lábio contrario daquele já beijado de seu pescoço, tombando o rosto para a esquerda e liberando mais espaço para que ele mostrasse todos os seus atributos com a língua. — Não vai acender as luzes?
— Acho que isso de iluminação já nos deu muito trabalho hoje, por isso... pensei em fazermos algo só com o que entrar pela janela aberta... — O tom do maior saiu baixo e rouco. — O que acha, princesa?
— É uma... uma boa ideia...
Marinette rebolou involuntariamente quando as mãos do Agreste chegaram em seus seios, envolvendo-os com as palmas. O ventre contraiu por um momento quando as mãos admiráveis do maior os apertou, com tamanha robustez.
Ela arfou.
— Adrien...
O gemido saiu baixinho, em uma lufada de ar. O corpo começou a parecer muitíssimo difícil de permanecer em pé, principalmente com ele ali. Suas mãos brincavam com as mamas medianas, beliscando os bicos vez ou outra.
Adrien gostava deles durinhos.
Ela também gostava.
A voz dela alterou-se momentaneamente em um ganidinho sôfrego quando a palma esquerda de Adrien se enfurnou entre suas coxas. Os dígitos começaram uma massagem lenta e sutil que caminhou pela virilha, logo chegando a fenda ali localizada. Marinette rolou os olhos, o peito pareceu pesar quando ele a tocou ali de um modo sublime e até mesmo majestoso.
Ainda distribuindo selares por todo o pescoço exposto da mestiça.
— Você 'tá ficando molhadinha de novo 'pra mim, princesa... — A voz rouca contra a orelha alheia fê-la contrair-se, as pernas pareceram ser feitas de gelatina quando ele levou dois dedos para a entrada da Dupain-Cheng.
— Você gosta quando eu fico assim...
Marinette respondeu, entre pequenos suspiros. Adrien riu.
— Aprecio muito.
Um resmungo reclamão saiu pela boca dela quando Adrien puxou a própria mão, mas teve o corpo girado com tamanha rapidez. A boca faminta do maior não tardou em encontrar a dela, tragando-a para perto, puxando os lábios alheios e provando da boca da Dupain-Cheng.
Caminhou empurrando-a contra a cama. Marinette sentou-se ali, e logo Adrien fugiu de seu campo de visão pouco aparente pela falta de luz. O que vinha da janela não era lá muito, mas quando ela se ajeitou na cama, teve a visão perfeita do loiro que se ajoelhou em sua frente.
Fechou os olhos, tombando o rosto para trás quando a boca de Adrien traçou beijos na altura de sua coxa, percorrendo toda a pele, mas trocando de coxa antes de chegar no espaço onde ela mais necessitava de beijos e carinhos.
— Ah...
Rolou os olhos ao ter uma das pernas elevadas. Adrien apoiou a esquerda sobre seu ombro antes de puxar o quadril da mestiça. Encaixou a boca ali, entre as coxas grossas da mulher, deslizando a língua molhada por toda a extensão da virilha alheia, chegando certeiro entre os grandes lábios.
Marinette – sem dó – agarrou o lençol quando ele a chupou, fazendo-a arfar.
— Adrien... oh... caralho...
Firmou o calcanhar nas costas do loiro quando a língua afagou seu clitóris com tamanha destreza, deixando a mão livre agarrar os fios loiros do Agreste em questão. Um gemido escapuliu pelos lábios quando ele a puxou mais para perto, devorando-a com a boca.
Se Adrien desejava se redimir, ele estava no caminho certo.
Marinette jogou o corpo para trás, deitando-se na cama. Adrien ergueu o corpo, elevando ambas as pernas da mulher e apoiando-as contra o peito.
Ela sorriu, e mesmo com a baixa iluminação, Adrien ficou ainda mais apaixonado pela figura de cabelos desgrenhados que estava espatifada na cama, com o peito subindo e descendo com tamanha rapidez.
Aproveitou-se por já estar com a camisinha, puxando o quadril alheio. Elevou-o, e sua estatura favoreceu que seu membro entrasse pelo canal apertado da Dupain-Cheng de um modo forte, chocando a própria virilha a dela.
Marinette gemeu, assim como ele.
— Estar dentro de você é um paraíso, porra...
Adrien soltou. Marinette riu baixinho.
— Então não pare tão cedo...
— Não pretendo mesmo. — Ele sorriu. — Vamos fazer esse quarto ficar mais quente do que aquele do motel, e nem vamos precisar de velas para isso.
[...]
Duas da manhã, Adrien e Marinette estavam deitados sobre a cama do maior, ainda com as luzes apagadas, abraçados e ofegantes.
— Feliz seis meses de namoro...
Ele murmurou, deixando que a canhota acariciasse os fios do cabelo da mestiça. Marinette riu baixinho.
— Seis meses e um dia.
— Quanto mais tempo contigo melhor.
Marinette sorriu sentindo as bochechas esquentarem. Aproximou-se ainda mais do loiro, depositando beijinhos pela clavícula alheia. Adrien suspirou, as mãos massageavam com cuidado a cintura da menor, sentindo a maciez da tez alheia.
Foram tirados do momento quando celular de Adrien vibrou sobre a escrivaninha. Ele puxou. Viu ser um áudio de Nathalie, com o cenho franzido, apertou no play.
— Adrien?! Que merda foi essa hoje?! Fogo num motel!? Você poderia ter morrido e matado sua namorada junto! Inclusive, como ela está? Seu pai está uma fera e...
Adrien rolou os olhos, desligando o celular e guardando-o no fundo da gaveta da mesa de cabeceira. Marinette o encarou.
— Não vai responder? — Ele negou. — Por que?
— Porque quero aproveitar esse dia somente com você. Depois eu respondo o resto, não são importantes no momento.
Marinette não poupou um sorriso.
— Eu amo você...
— Eu também te amo, princesa... — Ele roçou a ponta do nariz contra a dela. — Agora... podemos falar sobre filhos?
Ela arregalou os olhos.
— Fi-Filhos?
— Sim... — Ele deu de ombros. — Precisamos de um hamster.
— Eu sempre quis um hamster...
— Eu também! — Adrien abriu um sorriso. — E o nome dele pode ser...
Adrien sussurrou na orelha dela, atraindo risadas da menor.
— Eu gostei, podemos adotá-lo amanhã.
— Uma ótima ideia.
Adrien deu-a um beijinho, mas então ela o parou. Encarou-o curiosa.
— Você não vai por fogo nele por engano, não é?
— MARINETTE!
Adrien fechou a cara, emburrado, e ela gargalhou.
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whothefuckislucmiller · 6 years ago
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CAPÍTULO  10 - #O ESCADÃO
Nem acreditava que ainda era terça-feira, queria dormir e acordar no sábado. Peguei o primeiro ônibus que passou pra ir pra escola. Não esperei os meninos, eles provavelmente não iriam ficar bolados comigo por causa disso. Fui o trajeto inteiro ouvindo uma única musica que tinha ouvido pela primeira vez jogando um jogo, Crosses. Essa música me acalma de uma forma inacreditável, me faz ter vontade de juntar minhas roupas num mala, capuccino, meu ipod e sair viajando pelo mundo. Capuccino e meu ipod estão entre as coisas que mais amo no mundo.
Chegando na escola, haviam muitas pessoas mostrando algo no celular para outras, imaginei que alguém tinha vazado algum nude ou coisa parecida. Quando entrei na sala, geral estava reunido em grupinhos, o professor não tinha chegado ainda, estavam todos conversando e tava muito alto.
Nic: Aehoooo.
Nic é sempre a pessoa que mais fica feliz quando me vê.
Nic: Mano tu é loco.
Eu: An ?
Nic: A gente sabe cara...tipo, eu e o Lenn apenas.
Eu: Do que ?
Nic: Que foram você e a Bruna que espalharam o vídeo.
Eu: Mano...que vídeo ?
Nic: O vídeo do namorado, quer dizer, ex-namorado da Natália comendo a Paula.
Droga.
Eu: Mas não foi e....
Quando eu ia explicar a Bruna veio correndo na minha direção me empurrando pra fora da sala e deixando o Nic pra trás.
Bruna: Luc, nem sei por onde começar.
Eu: Sei la, tenta falar primeiro por que caralhos todo mundo tá com o vídeo que você gravou ?
Bruna: Eu mostrei a Natália hoje de manhã, a minha amiga que eu tinha dito, e bom, ela pediu pra eu enviar pra ela, só que ao invés de ela apenas ficar de boa e ir resolver as coisas com o namorado dela, ela simplesmente saiu mandando o vídeo pra todo mundo pra se vingar dele.
Eu: E por que você disse pro Nic que fomos nós que espalhamos ?
Bruna: Eu não disse isso, ele que entendeu do jeito dele.
Eu: Puta merda, o ex dela sabe que fomos nós que estivemos na casa dele ?
Bruna: Não, ela não disse pra ele quem gravou.
Eu: Tem certeza ?
Bruna: Ééé...não, mas acho que ela não faria isso.
Eu: Ah que ótimo.
Bruna: Relaxa Luc, vai dar tudo certo.
Eu: Tudo certo ? Tu invadiu a casa dum maluco que a gente nem conhece e filmou ele transando por 3 minutos, espalhou o vídeo e acha que vai dar tudo certo ? Isso é errado de tantas formas....
Bruna: Calm...
A Bruna ia dizer algo mas antes de dizer o Nic me puxou prum canto,
Nic: Cara, olha.
Ele apontou pro fundo da sala. Era o Lenn, ele tava ouvindo musica no fone com a cabeça em cima da mesa, parecia estar triste, o Lenn não é muito extrovertido mas ele geralmente sempre fica onde eu ou o Nic está.
Eu: O que ouve ?
Nic: Não consegue pensar em nada ?
...
Eu: Não e você ?
Nic: A Paula cara, o vídeo, ele gosta dela.
Caralho é mesmo.
Eu: Puta merda.
Nic: Pois é cara, ele tá arrasado.
Eu: Mas eles não estavam namorando nem nada.
Nic: Cara, ele tava começando a gostar dela e saindo com ela, de repente ele vê um vídeo dela transando com um maluco que tem namorada e ainda por cima não aguenta nem 3 minutos direito, é normal ele ficar desse jeito. Ele esperava que ela também estivesse curtindo ele.
Eu: Entendo, acho que vou conversar com ele.
Nic: Beleza, qualquer coisa me chama. Ah, e parabéns.
Eu: Pelo que ?
Nic: A Bruna disse que passou a noite na tua casa.
Eu: Não aconteceu nada.
Nic: Nada ? Nem um...
Eu: Nada.
Ele fez cara de desaprovação.
Nic: Você me decepciona.
Ele me deu um tapa na costela de saiu de perto.
Eu: Eai cara, que pega ?
Lenn: Ah cara, só to meio triste com isso tudo, tava começando a curtir ela.
Eu: Relaxa mano, foi só um vídeo dela transando por alguns minutos, e na boa, eu não tenho nada haver com isso, a Bruna que teve a brilhante ideia de mandar o vídeo pra amiga dela.
Lenn: Não é só sobre isso, eu na minha inocência achava que ela gostava de mim e que só teria olhos pra mim. Ver ela trepando com um cara que ainda por cima tem namorada me deixa meio triste.
Eu: Você achar que ela só teria olhos pra você é meio egoísta da sua parte. Mas eu imagino como é ver a guria que tu tá curtindo dando pra outro cara, esquece isso, tem mulher pra caralho por ai, ela não vai ser a ultima guria que você vai curtir na vida.
Lenn: Vou tentar passar por isso.
Eu: Confio em você pra isso, tenho certeza que você aguentaria mais que 3 minutos.
Nessa hora o professor de filosofia chegou o nome dele era Giovani Casagrande, mas todo mundo chamava ele apenas de Casagrande, era um maluco muito inteligente, mas o que ele tinha de inteligente ele não tinha em interação social. Era um maluco alto e tinha a cara fechada, super sério, era impressionante como que por mais chato que fosse a aula dele, a galera sempre ficava calada, na real eu acho que o pessoal tinha medo dele, mó psicopata.
Ele esperou todos ficarem em silencio, tinha uns 3 alunos no fundo da sala que não percebeu que ele tinha entrado na sala e continuaram conversando, ele sorrateiramente foi até o fundo da sala e se sentou próximo aos 3 e ficou observando eles sorrindo na esperança que eles parassem de conversar e notassem que o professor estava na sala.
Eles perceberam e pararam e ficaram encarando o professor com medo de ele dar algum esporro ou advertência. Mas ao invés disso ele continuou sentado e olhando os 3 e começou a rir.
O Nic deu um grito.
Nic: Ih alá galera, o Casagrande ta rindo hahaha filmem isso porque isso só acontece uma vez a cada 78 anos.
A sala inteira começou a rir inclusive o professor.
O Nic tava certo, nesses meses que tivemos aula com ele nunca o vimos sorrir nem nada parecido.
Nic: Aposto que deu uma afogada no ganso noite passada né professor !?
Todo mundo começou a rir mais ainda, acho que o Nic sabe ler as pessoas muito bem, porque o professor ficou vermelho de vergonha depois disso. Olhei pra trás e o Lenn tava rindo, fiquei alegre por ele não está se afundando tanto na bad.
O resto da aula foi boa, eu não sou o tipo de pessoa mais interessada do mundo em estudar mas gosto muito de filosofia, o Casagrande em especial fazia a gente pensar e refletir sobre certos assuntos e trazia a sala pra debates.
A aula dele tinha acabado, era intervalo e estávamos esperando o próximo horário que seria inglês.
A professora de inglês não tinha queixo, bom, até tinha mas era minúsculo, a galera da sala chamava ela de Pombo por causa disso. A aula dela era um porre, ela falava devagar e não tinha autoridade então era sempre uma puta zuera na sala. Eu e a Bruna aproveitávamos pra conversar.
Bruna: O Lenn vai ficar bem ?
Ele ainda tava cabisbaixo na carteira dele como o fone no ouvido.
Eu: Provavelmente, com o tempo ele acostuma.
Acho que o Lenn tava começando a gostar da Paula, isso é bom pra ele aprender a não se apegar tanto.
Eu: Tem alguma chance do maluco do vídeo saber que foi a gente, quer dizer, você que gravou o vídeo ?
Bruna: Provavelmente não, minha amiga disse que ele ficou o tempo todo perguntando quem gravou o vídeo mas ela não disse.
De repente todo mundo da sala começa a rir e apontar pro alto. Tinha a porra de uma camisinha grudada no ventilador de teto rodando junto com ele, estava prestes a cair.
Eu: Quem foi o animal que grudou a merda de uma camisinha usada no ventilador ?
Eu comecei a rir também, comecei a apostar com a Bruna na cabeça de quem cairia, ela tinha colocado a blusa xadrez dela em cima da cabeça com medo de cair nela. A professora começou a falar pra todos se acalmarem que ela iria desligar o ventilador, só que ao invés de desligar, ela apertou o botão de aumentar a velocidade, nessa hora as meninas começaram a gritar e os meninos a rirem mais ainda. A camisinha desgrudou e caiu exatamente na testa do Lenn.
Eu: hahahahahaha puta que pariu.
A sala e até a professora começaram a rir sem parar. Foi a merda mais engraçada que já vi, a camisinha fez até um estalo quando atingiu a testa dele. Ele tirou ela rapidamente segurando ela com as pontas dos dedos e jogando no chão, ele tava com nojo porque assim como ele, ninguém sabia de onde tinha vindo aquela porra, eu tava com dó dele mas eu tava rindo pra caralho e não consegui dizer nada.
A professora rindo mandou ele descer e lavar as mãos e a testa. O sinal do intervalo soou antes de ele subir novamente e eu e o Nic decidimos esperar ele no Paladino.
Nic: Caralho eu nunca imaginaria que ia cair exatamente na cara dele.
Eu: Ninguém imaginaria.
Nic: Queria que tivesse caído na professora.
Bruna: Que maldade Nic.
O Lenn tinha chegado finalmente, ele tava com uma puta cara de triste, quando ele chegou todos menos o Nic pararam de rir da cena.
Nic: Ih alá o CamisinhaMan.
Eu tentei segurar o riso pra não deixar ele mais constrangido ainda.
Lenn: Não tem graça cara, eu não usei quem usou aquilo, posso muito bem estar até com aids agora.
Nic: Cara não fique tão sério, a camisinha te escolheu, você foi o escolhido dentre 38 pessoas que estavam presentes naquela sala.
Nunca vi o semblante do Lenn ficar aquele jeito, ele tava muito puto.
Lenn: Caralho Nic, pra você tudo é a porra de uma piada, você tem noção que uma camisinha USADA caiu na porra da minha cara e eu tive que encostar nela ? Eu to cansado de você sempre zoar com tudo e não levar nada a serio nem por um instante, eu to cansado de você cara.
Todo mundo incluindo o Nic ficou em silêncio e sério, eu olhei pra Bruna e ela olhou pra mim, a Manu puxou a mão da Bruna como sinal pra elas irem embora porque o clima tava ficando meio bad.
O Nic voltou a sorrir, eu fiquei puto por ele ainda está achando graça mesmo depois de o Lenn mandar a real pra ele, eu ia xingar ele mas ele começou a falar antes de mim.
Ele encostou a mão no ombro do Lenn.
Nic: Cara, quem tacou a camisinha no ventilador foi eu.
Eu: O que ?
O Lenn fez uma cara de perplexidade.
Bruna: Nic...
Manu: Não sei porque eu pensei que tinha sido outra pessoa.
Nic: A gostosa da Luana me desafiou a tacar uma camisinha no ventilador, eu abri uma e estiquei até ficar larga, daí taquei, mas tive a infelicidade de atingir meu amigo com corpo de louva-a-deus bem na face.
A Manu revirou os olhos.
Manu: Se ela te desafiar a pular num buraco tu também vai ?
Nic: Só se você estiver juntinho comigo no buraco.
Disse isso segurando a mão dela mas ela tirou a mão dele.
O Lenn ficou tão aliviado que começou a rir também.
Nic: Mas eu ainda to triste por essas palavras que você acabou de falar sobre mim Lenn.
Lenn: Desculpa.
Nic: Só desculpo se você comprar uma porção de batatas fritas pra mim.
O Lenn assentiu e foi no balcão pedir a porção.
Eu: Cara você é muito retardado tem hora.
Nic: Eu sou retardado sempre, mas você não parava de rir.
Eu: É, foi bem engraçado pra dizer a verdade.
Bruna: Foi sim, mas por favor não faça isso de novo.
Nic: Não garanto nada.
O Nic acenou pra Manu e os dois saíram da mesa.
Nic: Já volto...
Manu: Eu também.
Eu: O que rola entre os dois ?
Bruna: Os dois se pegam de vez em quando.
Eu: Hmm.
Bruna: A Manu tá curtindo ele, só que ela fica chateada quando ele fica com outras gurias ou é grosso com ela, coisa que ele é a maior parte do tempo.
Eu: Mulheres...Sempre correndo atrás do cara errado.
Bruna: Nem sempre.
Eu: Então acho que o Nic não é o cara errado. Bruna: Acho que você é mais errado que ele. Eu: Então deveria ter alguém correndo atrás de mim. Bruna: Talvez tenha e você não perceba. Eu: Se tivesse eu perceberia. Bruna: Acho que você não perceberia nem se essa pessoa gritasse no seu ouvido.
Eu: Se for levar em consideração que eu escuto mal ouvido esquerdo, talvez você esteja certa.
Bruna: Bobo . - Disse ela bagunçando meu cabelo indo em direção ao balconista comprar qualquer coisa.
Eu: Lenn...Psiu...
Lenn tava distraído ouvindo musica gangorrando na cadeira.
Lenn: Fala.
Eu: Vou la na sua casa hoje.
Lenn: Meu pai vai ta la, ele não curte muito você.
Eu: Pau no cu dele, vou mesmo assim.
Lenn: Você que sabe...
Fui pro fumódromo, acendi um cigarro de palha dessa vez, a Bruna chegou logo em seguida com uma barra de chocolate na mão.
Bruna: Esse cigarro fede menos que o outro que você costuma fumar.
Eu: Quer experimentar ?
Ela fez que sim com a cabeça.
Ela tragou e novamente tossiu.
Bruna: É mais suportável mas continua sendo ruim.
Eu: Eu sei que um dia você vai curtir.
Bruna: Deus me livre.
Ela deu uma cambaleada e eu a segurei para não cair no chão.
Eu: Você tragou demais, esse tipo de cigarro abaixa a pressão muito fácil.
Bruna: Agora que você me diz.
Eu: Tem um lugar aqui perto da escola que chama Escadão, é onde eu e o Nic vamos fumar depois da aula, quer ir lá comigo no final da aula ?
Bruna: Mas por quê lá ? Vocês podem fumar em outro lugar.
Olhei pra ela com uma cara de deboche.
Bruna: Aaaahh sim...Entendi.
Eu: Seu pai vai te buscar hoje ?
Bruna: Sim, mas eu posso falar com ele que eu vou passar no shopping e que irei embora de ônibus.
Eu: Você não era assim quando eu te conheci.
Bruna: hahaha é só uma pequena mentirinha.
Eu: É assim mesmo que começar, uma mentirinha aqui, outra ali, depois você é pega com 10 quilos de maconha e vem falar que não era seu e que colocaram dentro da sua mochila.
Bruna: hahaha se isso acontecer eu saberei que foi você quem denunciou.
O sorriso dela era como uma arco-íris após uma tormenta numa terça-feira.
A aula passou rápido dessa vez, pois um professor faltou e o ultimo horário era educação física.
Eu: Nic, eu a Bruna vamos no escadão, ta afim de bolar um ?
Nic: haha eu sei que você bola mal mas dessa vez não vai da pra te ajudar, vou dar umas voltas com a Manu. - Ele sorriu com uma cara de safado e pôs a língua pra fora.
Não precisou nem de ele explicar onde eles estavam indo, a cara do Nic era óbvia.
Manu: Por que você sempre que dar tanto esparro ?
A Manu deu um soco no ombro dele e foi andando pra longe e o Nic foi atrás dela.
Nic: Ei gatinha volta aqui...
Eu: Lenn vai querer ir com a gente ?
Ele fez que sim com a cabeça e fomos nós três em direção ao Escadão.
Atravessamos um lote vago com a maior parte dele composto por terra e mato.
Era uma escadaria gigante, tanto de altura quanto de largura, no final da escadaria ficava um campo de futebol e em volta era cheio de árvores e grama, por conta disso era um lugar pouco visível da rua e que como não tinha nenhum jogo rolando, não havia ninguém lá além de nós três.
Bruna: Que lugar lindo.
Fomos pra parte debaixo da escadaria pra nos protegermos do sol, já passava do meio dia.
Sentamos numa parte gramada em baixo de algumas árvores.
Tirei um pouco de maconha da minha mochila e comecei a dichavar.
Lenn: Olha, eu não vou fumar isso.
Eu: Relaxa, até tu chegar em casa o efeito já passou.
Lenn: Tem certeza ?
Eu: Bom, depende de quanto tu fumar.
Lenn: E até qual quantidade o efeito passa rápido ?
Eu: Porra eu não sei, não tenho uma tabela de quantidade certa pra fumar sem morrer de overdose.
Bruna: Não precisa xingar ele Luc.
Lenn: Relaxa, é o jeito dele, eu nem me importo mais.
Eu: Bom galera, eu sou péssimo pra bolar então peço a compreensão de vocês.
Bruna: Me da isso aqui.
Eu: Pra que ?
Bruna: Me da logo menino.
Achei que ela queria cheirar, mas ela pegou o dichavador e a seda da minha mão e bolou um beck quase perfeito, se não a conhecesse diria que ela é uma viciada.
Lenn: Ué.
Eu: Tá, quem é você e o que você fez com a Bruna ?
Bruna: haha calma eu não sou nenhuma drogada.
Eu: Beleza mas como tu bolou isso ? Tá parecendo uma fucking vela.
Bruna: Eu namorei uma vez com um cara que plantava maconha no quintal da casa dele e fumava com os amigos dele. Acontece que ele não ligava muito pra mim e me deixava sozinha as vezes enquanto conversava com os amigos dele. A relação não era muito boa mas pelo menos vendo ele, eu aprendi a bolar um baseado muito bem.
Eu: Nossa você tem muitos segredos.
Bruna: Você nem faz ideia o quanto.
Eu: Mas você fuma ?
Bruna: Não, mas não porque eu não gosto e sim porque eu não tenho dinheiro pra comprar mesmo.
Eu: Caralho, sua drogada, e você me julgando por eu fumar cigarro.
Bruna: Mas cigarro causa câncer.
Eu: E maconha não ?
Bruna: Bom, existem poucos estudos nessa área envolvendo maconha.
Eu: Eu to tão perplexo contigo que vou até acender isso logo antes que você fale que é traficante de narcóticos.
Bruna: Olha...
Eu: Ah não.
Bruna: To brincando haha.
Puxei e passei pro Lenn e depois pra Bruna.
Ela nem tossiu. Tá bom que eu não tenho porra nenhuma a ver com a vida dela mas eu me senti um pouco enganado, porra ela parecia ser uma guria muito santinha.
Bruna: Não vou fumar pra ficar muito chapada, alias, você tem colírio ai ?
Eu: Sempre.
A onda bateu em mim primeiro, em seguida na Bruna, e por último no Lenn, acho que ele tava fumando errado.
Os dois riam sem parar, o Lenn se deitou na grama sorrindo sem abrir os dentes olhando pro céu acho que ele já tava fora de área.
A Bruna sorria olhando pra mim sem falar nada e eu olhando pra ela sorrindo com os olhos, não sei se isso é possível mas na hora eu achei que fosse.
Coloquei uma música pra tocar no meu celular, Triggered do Chase Atlantic, uma dessas bandas que o Lenn sempre me mostra no ônibus.
Bruna: Vamos Lucas, eu te contei algo pessoal, agora sua vez.
Eu: Hmm..Vejamos...Eu tenho medo de prédios.
Bruna: Não isso idiota haha. Mas você tem mesmo medo de prédios ?
Eu: Sim, eu tenho medo deles caírem, desabarem, sei lá, sou neurado com essas coisas.
Bruna: Tá, mas agora me conte algo que nunca contou a ninguém.
Fiquei pensando durante um momento.
Eu: Eu pareço a pessoa mais segura do mundo, mas na real eu tenho medo de quem eu gosto ir embora, sou seco porque as vezes acho que se eu mostrar o que eu sinto por dentro elas vão acabar indo embora, não se isso faz sentido pra você, mas faz pra mim.
Bruna: Desde o momento que eu te vi eu sabia que você era muito mais do que aparentava, tem algo sobre você que me encanta, e me intriga ao mesmo tempo.
Eu: Só to falando essas coisas porque estou drogado, você está se aproveitando de um momento de fraqueza haha.
Bruna: Vou me aproveitar mais vezes pode ter certeza.
Ela não parava de sorrir, os olhos delas estavam bem vermelinhos, pareciam duas amoras.
Eu: Já falei alguma vez que você tem o sorriso mais lindo que já vi ?
As bochechas dela ficaram vermelhas.
Bruna: Não.
Como um vento forte de uma tempestade senti que fui empurrado em direção à ela, era algo magnético, segurei com uma mão a mão dela que estava escorando seu corpo no chão e a outra coloquei próximo ao pescoço dela e a beijei.
Por um momento nós paramos e nos afastamos, ambos estavam atônitos, eu não sabia se ela tinha gostado, fiquei envergonhado e olhei pra baixo evitando contato visual.
Ela me puxou pela gola da camisa e voltou a me beijar. O tempo parecia ter parado, abrimos uma fenda no espaço-tempo onde as únicas coisas que aconteciam era eu e ela nos beijando e a música no celular do Lenn tocando.
Acho que o efeito da maconha acabou tornando as coisas mais intensas, o beijo foi tão gostoso que eu esqueci de todos os outros que eu havia dado, esqueci de todas as bocas que havia tocado e de todas as garotas que havia olhado.
De súbito, o Lenn me cutuca.
Me afasto da Bruna, ela com vergonha do Lenn e eu também.
Lenn: Mano, tá tarde, e os caras já tão vindo jogar bola.
Eu: Que tarde mano, a gente chegou agora.
Lenn: Não cara, o sol já tá se pondo.
Olhei pro céu e realmente o sol já estava dando adeus no horizonte.
Eu: Vamos.
Ajudei a Bruna a se levantar mas ainda estava com vergonha de olhar pra ela, percebi que ela estava com o mesmo sentimento que eu, não trocou uma palavra comigo até chegarmos no topo da escadaria.
Eu: Olha.
Apontei pro horizonte, dava pra ver toda a cidade e o final dela seguido por uma extensa floresta e o sol no final de tudo como se tivesse passado só pra trazer calor e luz.
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Bruna: Nossa.
Lenn: Vou tirar uma foto.
Nos despedimos da Bruna, dei um abraço nela, ela sussurrou no meu ouvido.
Bruna: Você tem o melhor abraço do mundo.
Eu sorri.
Ela bagunçou meu cabelo e foi embora esperar o ônibus pra ir embora e eu e o Lenn descemos pro nosso ponto de ônibus.
Lenn: Finalmente.
Eu: An ?
Lenn: Você e a Bruna, finalmente se pegaram.
Eu: Como assim finalmente ?
Lenn: Ué cara, ela ta afinzona de ti desde o dia que te viu, todo mundo vê isso.
Eu: Você ainda tá chapado.
Lenn: Papo reto cara, ela sempre sorri quando vê você chegando na escola, sempre quando eu chego antes de você eu percebo.
Eu: Nunca reparei.
Lenn: As vezes você é mais lerdo que eu.
Eu realmente nunca havia reparado, acho que ela nunca demonstrou pra mim de forma que eu percebesse.
Chegamos na casa do Lenn, o pai dele não tava lá mas a mãe gostosa dele estava.
O bom de ter um amigo há tanto tempo como o Lenn é que eu já chego na casa dele abrindo a geladeira e vendo se tem coisa de comer.
Tava numa larica desgraçada então peguei uma cerveja e uma tigela com um bolo de chocolate.
Lenn: Mano tu é doido ? Tu ta pegando a porra do bolo inteiro, mora três pessoas nessa casa, meu pai já não te curte e tu ainda vai pegar o bolo pra comer sozinho.
Eu: Não vou comer sozinho, vai comer eu e tu.
Lenn: Não vou conseguir comer um bolo inteiro.
Eu: Mas eu vou.
O Lenn fez uma puta cara de desaprovação pra mim.
Eu: Ta mano..cara chato...
Lenn: Valeu.
Eu: Mas os pão de queijo é meu quero nem saber.
Lenn: Beleza
Peguei um pacote de pão de queijo e subimos pro quarto do Lenn, os pães de queijo desapareceram em 2 minutos perto da gente. A cerveja descia rasgando minha garganta
Lenn: Então, o que você pretende agora com a Bruna ?
Eu: Como assim pretender ?
Lenn: Tipo, tu vai namorar com ela ?
Eu: Caralho como assim namorar ? Eu só dei um beijo nela.
Lenn: Tá, mas você vai continuar ficando com ela ?
Eu: Não sei, acho que só foi um beijo, a gente tava drogado, se pah isso nem deve rolar de novo.
Lenn: Eu tenho certeza que vai.
Eu: Vai nada.
De repente ouvimos o pai do Lenn gritando do primeiro andar.
!: Quem pegou minha cerveja ?
Eu: Eita porra !
Lenn: Merda, eu esqueci que a cerveja era dele, ele compra cerveja pra tomar vendo o time dele jogar.
Eu: Pô mano mete o loco ai e fala que foi tu, se ele descobre que foi eu ele nem deixa eu entrar aqui mais.
Lenn: Caralho vei ele vai ficar puto comigo.
Eu: Mano é eu ou você, essa tu vai ter que se sacrificar por mim, estou numa posição mais vulnerável
O Lenn me olhou com muita raiva.
Lenn: FOI MAL !!!
Pai do Lenn: Puta merda, tu vai sair agora e comprar outra pra mim antes que o jogo comece senão vou cortar tua mesada esse mês.
Lenn: Ta bom.
A gente saiu e fomos comprar a cerveja pro pai do Lenn.
Lenn: Viu no que tu me mete.
Eu: Relaxa, nem deu nada.
Fui com ele até a padaria, após comprar a cerveja, me despedi dele e fui embora.
Cheguei e pra variar minha mãe estava dormindo.
Fiquei acordado até tarde pensando na Bruna.
Ainda sentia o gosto da boca dela, e o cheiro dela.
Eu: O que será que ela sente por mim Schneider ?
Meu gato me ignorou.
Espero que nada mude entre a gente.
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webspdl-blog · 8 years ago
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15. Closer
Alícia’s POV:
Minha rotina seguia normal. Quer dizer, “normal” pra uma pessoa realmente normal, não para Alícia. Nunca que nos últimos meses eu parei tanto em casa como nos últimos dias, acho que essa depressão pós Jade serviu pra pelo menos deixar meu fígado e meu corpo descansarem, mas em compensação, minha mente estava a milhão como nunca esteve antes. Eu só sei que após a escola durante a semana, a única coisa que me servia tão bem era minha cama e meus fones de ouvido. E quer saber? Até eu estava me saindo bem nisso, tirando as partes em que minha playlist me boicotava e dava play aleatoriamente em alguma música triste. Vez ou outra meu celular dava uma pausa de alguns segundos nas músicas, por conta de alguma atualização ou até mesmo por mensagens recebidas. A segunda opção era mais frequente.
“Fala comigo, por favor!” “Eu não quis dizer aquilo” “Alícia!” “Você sabe que eu adoro a sua amizade, qual é.”
Jade, para variar.  Eu não sei se eu sentia mais raiva a cada mensagem recebida ou se eu dava risada e achava cômico. Afinal, amizade? Que tipo de amizade é essa que tu praticamente transa com alguém, dá vários beijos e deixa a pessoa completamente na tua pra depois vazar? O conceito dela de amizade com certeza era muito diferente do meu. Mas tudo bem, é só ir levando né. Se nem as alegrias são infinitas, quem dirá as dores. Como sempre, eu estava sozinha em casa… Estava realmente achando estranho o fato de minha mãe ter se tornado um “espelho” meu, mas ok, ela deve ter arrumado algum paquera. Ficar sozinha recebendo aquelas mensagens só me deixaria ainda pior, então decidi sair um pouco, dessa vez sem me arrumar. Meu cabelo estava solto, com leves cachos na pontas que por incrível que pareça, combinavam com a minha blusa que era umas duas vezes maior que eu e meu vans surrado. Quem diria, Alícia Berard saindo de casa assim. Assim que fechei a porta de casa, desci a rua de bicicleta, virando entre algumas ruas, até finalmente chegar em uma rua bem vazia, mas arrumadinha. Parecia um desses bairros cinematográficos, já que aquelas casas estavam sempre vazias, só se via pessoas lá em épocas de temporadas, como final de ano e feriados, quando os turistas decidiam aproveitar a praia.   Encostei a bicicleta no jardim de uma das casas, era uma verde, a mais bonita que havia ali, não tinha  piscina como as outras ou mil andares, era bem simples até. Não era difícil pular o muro e eu não me sentia marginal ao fazer isso, já que não entrava para pichar ou roubar algo, era apenas pra ficar de boa, sem pessoas por perto. Assim que consegui pular o muro, me pendurei na janela mais baixa que tinha, escalando os beirais até finalmente conseguir chegar no ponto mais alto: uma pequena janela, na qual dava pra pegar um impulso e chegar ao telhado da casa. E foi isso que eu fiz.
A vista de lá era foda pra caralho, dava pra ver os carros e as pessoas lá em baixo. Algo inexplicável… Eu realmente adorava estar lá. As pessoas com certeza seriam mais felizes se houvessem mais telhados pra subir. Enquanto eu observava a vista, parecia que os últimos dias passavam como um filme na minha cabeça: O João e seu sumiço depois da briga com aqueles caras; a Jade sendo uma completa imbecil; o Tarik… É, o Tarik, ele saberia o que fazer, eu acho. “Um abraço agora seria pedir muita coisa?” — Ok, era só enviar.   Não demorou muito para o celular vibrar de volta com a resposta dele. “Eu estava quase dormindo.” — É, ele não podia.
Fiquei um tempo ali, observando a vista até colocar meus fones. Into Your Arms, do The Maine era uma música que com certeza me acalmava, mas só quando tocada na versão acústica. E ela servia perfeitamente pro momento. Após algumas músicas, ouvi um barulho estranho ao deixar um dos fones escapar. Nunca ia ninguém ali, qual é… Não me diz que eu ia morrer naquele momento, ou ser assaltada, ou estuprada, qual é, Deus!
— Tu quer o abraço agora? – Ouvi a voz do Tarik e assim que me virei, ali estava ele, se sentando ao meu lado. — Eu não acredito que tu… Espera, como tu sabia que eu estava aqui? – Perguntei com um sorriso bobo no rosto. Eu tinha o melhor amigo do mundo, cara! — Esqueceu que eu te conheço há anos? Eu sei exatamente onde te achar até mesmo quando você não me responde onde está. – Ele me encarava com uma pureza no olhar, que me dava vontade de guarda-lo pra sempre.
Eu não soube o que responder, ninguém podia negar que o Tata me conhecia como ninguém. Tudo o que eu conseguir fazer foi abraça-lo com todas as minhas forças, porém, após alguns minutos presa nos seus braços, senti algumas lágrimas escorrem do meu rosto.  Sabe, às vezes é bom pra caralho saber que você não está sozinha. Sempre vai ter aquele amigo que tem o melhor abraço do mundo, o abraço em que cabe teu mundo, o abraço que te faz se sentir a melhor do mundo. Sabe como é, tu sempre vai ter um amigo que te mantenha com os pés no chão. Esse era ele. Assim que ele sentiu sua camiseta ficar molhada devido aquele chororô todo, me soltou devagar, me encarando com a mesma serenidade de antes enquanto enxugava cada lágrima, sem dizer uma palavra. Ele não precisava dizer nada, só ficar ali e com certeza sabia disso tanto quanto eu. Ele me puxou um pouco mais pra perto, de modo com que eu praticamente ficasse no seu colo e aquilo me trazia uma paz absurda, eu não conseguia pensar em mais nada além de eu ter sorte por tê-lo comigo. Isso sim é uma amizade, Jade.
— Sabe, eu não sei qual foi… Provavelmente devem ser teus pais de novo. Ou alguma garota. Mas se não quiser me contar, está tudo bem. Só não chora, sem caô. – Ele disse enquanto passava a mão nos meus cabelos.
— Eu não queria chorar, acredite. Você sabe mais do que ninguém o quanto eu odeio chorar, Tarik! Mas tem sido impossível. E não é algo com uma garota ou com meus pais, é tudo isso junto. A Jade é uma egoísta do caralho, eu nem sei o que ela quer comigo. Eu não vejo minha mãe há dias e quando vejo, mal nos olhamos. E meu pai… Eu nem sei o que dizer dele, nem sei por que ainda o chamo assim.  Eu só tenho você, entende? Só você e bebidas, drogas, festas... É isso. Só não me deixa, Tarik, não me deixa. – Eu falei tudo isso sem pausas pra respirar e quando terminei, parecia ter descarregado um peso, aí sim pude respirar enquanto ele me abraçava um pouco mais forte. — Não vou deixar você, Lícia. Você sabe, não é? Eu não te deixei quando você nos fez parar na diretoria na quinta série. Eu não te deixei quando você manchou minha blusa favorita com suco de uva na sexta série. Eu não te deixei quando você deixou meu videogame novo cair no chão dois meses depois que nos conhecemos. Por que eu te deixaria agora? – Ele ria enquanto citava as coisas “boas” que eu já havia o feito passar quando éramos mais novos e juro que eu achei a coisa mais… Fofa do mundo. E gay. — Obrigada, você é o melhor do universo, loiro, nerd, enjoado e careta! – Eu me afundei nos seus braços enquanto dizia isso, parecendo uma criança. — Eu amo você, morena irresponsável. – Me chamar de morena com certeza era algo que me derretia. Eu o amava tanto. Mas obviamente não disse que o amava de volta, aquilo tudo já estava meloso demais, eca! Hahaha. Me retirei dos braços dele e voltei a me sentar do seu lado, ele me encarava, mas não de um jeito ruim. Ele sabia como me encarar sem que eu me sentisse mal com tal feito. Ele passou a mão no meu rosto o acariciando enquanto chegava mais perto, depositou alguns beijos na minha bochecha e foi guiando alguns até o pescoço e… Eu não me senti incomodada. O que estava acontecendo? Não me diga que… Ele continuou com os beijos por mais alguns segundos até passar a mão no meu rosto de modo com que eu tivesse que virar pra ele. E foi aí que a coisa mais impossível da face da Terra, do universo, da galáxia aconteceu… Exatamente isso. Eu não acreditava que eu estava beijando o Tarik. A minha boca na boca dele, que porra era aquela?! Mas ele beijava bem até, sabe… Eu ainda preferia garotas, mas nada contra o beijo dele. Quero dizer, nada contra além de ele ser o meu melhor amigo. Assim que a minha ficha caiu, separamos nossas bocas, mas antes disso ele me roubou alguns selinhos, bem coisa de casal. Eu gostava muito do Tata, mas não daquele jeito. Ou será que gostava? Ok, naquele momento eu realmente estava mais confusa do que quando eu cheguei lá. Eu não sabia como dizer pra ele que aquilo não devia mais acontecer, não queria magoa-lo, mas também não queria fazer com ele o que a Jade havia acabado de fazer comigo. Porra, Alícia, tu só se fode hein!
— Agora eu entendi por que tem várias garotas te querendo depois de te beijar. – Ele disse entre algumas risadas, enquanto encarava minha boca. — Ah, entendeu? – Eu realmente não tinha sacado o que ele queria dizer. — É, sabe, seu beijo é bom demais. Você é adorável. – Adorável. Ok, ninguém nunca tinha me dito que eu era adorável. Como reagir a algo do tipo? — Ham, obrigada, Tata. Você também é um ótimo amigo. – Eu não quis parecer grossa ou dar um fora, mas foi o que saiu na hora. Eu estava tão constrangida que nem ao menos controlava minha boca e as palavras que saíam dela. Ele se levantou, mas não pareceu bravo. Acho que eu nunca o vi realmente bravo, ele era tão zen, não sei como conseguia. Assim que se levantou, me estendeu a mão pra que eu pudesse me levantar também, sorte que estava escuro, porque com certeza se estivesse um pouco mais claro, eu estaria completamente vermelha, morrendo de vergonha. Peguei em sua mão, ficando de pé. Não demoramos muito para descermos dali e ele me acompanhar até o inicio da rua, enquanto ele mesmo empurrava minha bicicleta com uma mão, segurando a minha mão com a outra. Parecíamos realmente um casal para quem olhasse de fora. Eu amava o Tarik, amava as sensações que ele me trazia, o sentimento de segurança, sinceridade, calma… Ele era perfeito. Mas nunca tinha o visto como algo além disso, até aquele dia. Ele realmente me fazia um bem imenso. Mas será que haveria algo além daquilo? Essa era uma pergunta que eu não sabia responder, talvez nem ele. Mas o sorriso em seu rosto enquanto ele encarava as rodas da bicicleta a cada giro que davam, indicavam que ele parecia muito feliz. Eu me sentia culpada por não poder retribuir toda aquela felicidade. Ou não conseguir esboçar qualquer sentimento, com certeza resolver um cubo mágico em 2 segundos seria mais fácil do que colocar meus sentimentos em ordem naquela noite. Após alguns minutos de “discussão” sobre não haver necessidade de ele andar até a minha casa só para me acompanhar, já que eu estava de bicicleta, eu venci. Ele pegou minha cintura com uma das mãos que estava livre e me puxou pra si, dando um beijo no meu rosto e um cheiro no meu pescoço. — Boa noite, pedala devagar e vê se não mata ninguém no caminho… Morena! – Ele deve ter percebido como me derreti com o “morena” e decidiu tentar de novo. Funcionou, já que abri um sorriso involuntário no mesmo segundo. — Boa noite, loiro. Vou tentar! – Ele riu, talvez realmente rezando pra que eu não matasse ninguém. Me despedi acenando conforme ele se distanciava, até finalmente subir na bicicleta e subir a rua.  Uma das ruas pela qual eu havia passado antes estava fechada.
Parece que havia tido um acidente de carro, acontecia direto por ali, ainda mais nos finais de semana. Tive de dar a volta por outra rua, um pouco mais movimentada, mas tudo bem, eu não estava com pressa alguma. Entrei na rua alternativa que dava na minha casa, nela havia um salão, no qual parecia estar tendo uma festa. Tinha umas gurias bem arrumadas na porta, não parecia ser uma das festas que eu o Gabriel frequentávamos. Algumas gurias estavam conversando, pude reconhecer uma delas de longe… Aquele cabelo e aquela cinturinha fina não tinham como ser confundidos, era Luna. Ela me viu também, mas não pareceu ter gostado de me ver, acho que ela ainda devia pensar que eu tinha algo com o Gabriel, tudo bem. Ou talvez tenha sido algo com ele que não devia ter a deixado feliz em me ver. Seja lá o que, eu não ia cumprimenta-la agora. Apenas dei um sorriso e segui pedalando. Ela sorriu de volta antes que eu sumisse de vista, mesmo forçando, o sorriso dela era muito bonito. Aliás, ela era bonita por inteiro e naquele vestido de festa, ficava ainda mais. Chega de pensar nela, Alícia, você já tem problemas “amorosos” demais por hoje, não precisa de uma guria nova pra babar. Não demorou muito pra que eu chegasse em casa, finalmente. Pelo barulho na cozinha, minha mãe estava em casa, mas parecia ter acabado de chegar e já estar se aprontando pra sair novamente. Às vezes eu só queria que ela ficasse um pouco em casa ou olhasse na minha cara, mas querer não era poder. Ela apenas me deu boa noite e eu respondi enquanto ela dizia o que havia de jantar na geladeira, se é que se podia chamar a pizza que ela tinha trago de sei lá onde, de jantar digno. Parecia estar fria e ter sido comprada há mais de vinte e quatro horas, mas beleza. Eu não estava com fome mesmo. Só precisava era deitar na minha cama e desligar o cérebro, os pensamentos, os nós da minha mente e tudo ia se ajeitar. Ou pelo menos era disso que eu tentava me convencer.
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A estreia da 9ª temporada de RuPaul’s Drag Race foi marcada pela participação inédita de Lady Gaga no programa. Sabe o que isso representa? Bem, o relato a seguir é de Eric Pinheiro.
Não consigo começar a explicar a minha admiração por ela sem contar um pouco da minha história e de como ela me fortaleceu.
No começo da minha adolescência, enquanto eu tava naquela confusão de descoberta sexual e identitária, me questionando de quem eu era e o que eu queria pra vida, eu fui apresentado às músicas dela. Tudo que eu conseguia ver ali era uma mulher corajosa e com nenhuma vergonha de admitir seus desejos e ambições, uma mulher forte que não deixaria ninguém passar por cima dela. Estive com ela aí.
Quando comecei a compreender que muito provavelmente eu era LGBT, já me sentia assustado. Como seria a minha vida? Minha mãe estava decepcionada e a sociedade era intolerante (infelizmente ainda é). Eu tinha medo, mas principalmente vergonha de causar esse “mal” pra minha família.
Então a Mother tava lá com sua música me mandando uma mensagem de aceitação e amor, falando que eu era simplesmente lindo do meu jeito, não importava se eu era gay, hétero, lésbica ou transgênero que eu estava no caminho certo, e que eu tinha nascido pra ser corajoso. Essa mulher dizia isso pra mim, me pegava no colo e me falava que não tinha absolutamente nada de errado comigo, que eu era lindo da minha maneira.
Por toda sua carreira ela se mostrou defensora dos direitos da população LGBT, ela teve na minha vida um papel de mãe. A sua música me ajudou a ter dimensão de quão incrível eu sou. Enquanto toda uma sociedade era capaz de repudiar um jovem e fazer ele desacreditar no seu valor, uma única mulher com sua voz foi talentosa suficiente pra alcançar meu coração e reconhecer meu valor enquanto pessoa. Ela me tornou forte, ela foi carinhosa e atenciosa, foi cuidadosa. Não é à toa que chamamos ela de Mother Monster e nos chamamos de little monsters.
E o que é mais incrível e óbvio em tudo isso é que a carreira dela mandou mensagens positivas e fortalecedoras para um mundo de pessoas. Quando assisti o primeiro episódio da 9ª temporada de RuPaul’s e a Eureka se emocionou ao falar pra Gaga como ela a ajudou e inspira as pessoas. Nesse momento eu já tava assistindo e chorando porque é exatamente o que eu farei quando vê-la, vou agradecer por tudo. Ela me deu uma segunda chance de existir, me fez ser orgulhoso de quem eu sou. Enquanto a Mother estiver comigo eu sei que ninguém vai conseguir me derrubar.
Eric Pinheiro, 21 anos
  Quantos de nós não tivemos a vida impactada por outra pessoa? Lady Gaga é uma grande artista com uma bela mensagem de força, amor e aceitação. Não é por acaso que ela atinge em cheio o peito as novas integrantes da dinastia queen em RuPaul’s Drag Race. Mais do que nunca, a participação dela no programa reforça aquela cutucada no olho do conservadorismo. É a afirmação de que, sim!, a gente não precisa ser algo para defender e conceder espaço de destaque para uma parcela da comunidade.
Nos olhos de cada uma das 13 participantes, podemos enxergar a confusão, a surpresa e a extrema alegria de encontrar Lady Gaga. No fim das contas, o episódio fluiu como uma homenagem a essa mulher que tanto batalha pelos direitos da comunidade LGBTQ+. Pra você se dar conta do quanto ela é respeitada nesse contexto, nem o próprio RuPaul entrou na sua drag durante todos os 40 minutos de exibição: um sinal de que, naquele momento, era Gaga quem deveria receber a atenção.
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Mas o piloto dessa temporada não foi atípico somente por isso. A quebra no roteiro se torna evidente já no comecinho, quando RuPaul afirma que nenhuma delas seria eliminada naquele dia. Naquele dia, né? Mas a surpresa já não é mais tão forte, principalmente depois das mudanças apresentadas no All Stars 2. Bateria um medo se, por um mero acaso, fosse exatamente no mesmo estilo: participantes eliminando concorrência.
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Na prova, relembrando o início da 7ª temporada, as bunitas devem competir no Miss Charisma, Uniqueness, Nerve and Talent Pageant, onde irão desfilar 2 looks diferentes: o primeiro deve representar o lugar de onde vieram e o segundo (BUM!) é uma montação inspirada nos looks de Gaga. Vou citar aqui 3 destaques pessoais durante o todo o episódio, numa espécie de Top 3, ok? Lezgo!
3º lugar – Eureka
Essa queen chegou toda quietinha, toda fofis, toda simpática com uma brusinha que simula uma falsa silhueta em combinação com a saia. Linda, gorda e com cintura acentuada… Não é isso que precisa pra ganhar a competição, Violet Chachki? Moving on…
No primeiro look da prova, Eureka representou Johnson City, no Tennesee, com um sotaque beeeeem carregado de garota country e alguns estereótipos que levaram a performance dela para o lado do humor. Cheia dos birimbelo pendurados, carregando uma criança nos braços, maquiagem derrubada e os cigarros pregados no cabelo, foi extremamente divertido ver Eureka ir do glamour a algo assim.
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Completando a performance nesse primeiro episódio, ela ainda levou o look de Telephone, de Gaga sendo presa. Essa é uma peça bem icônica em que não dá pra dissociar aquela composição de imagem com outra pessoa, a não ser a própria Gaga. Foi uma bela homenagem e, mais uma vez, a gata tava no ponto de bala.
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2º lugar – Nina Bo’Nina Banana Fofana Osama bin Laden Brown
Com um nome desses, não tem como deixar de reparar nela, né? E a bixa chegou no programa já mostrando a força performática que guarda no bolso. Entrou na workroom bem Minnie Mouse, bem garota, orelinhas de papel, numa maquiagem super bem elaborada e os contornos do enchimento bem exagerados e redondinhos.
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Mas o melhor ainda veio depois! Não satisfeita, para o famigerado chalenge ela preparou uma cabeça de pêssego, também com papel, e incorporou a peça com uma make super intensa, e um virtido simples pra não pesar nos olhos do público. No look inspirado em Gaga, ela tacou a renda rosinha e acertou direto na peça que Gaga usou no VMA. Arrasou: nada simples, mas bela, bem ratinha, bem pêssega, bem Bad Romance.
1º – Charlie Hides
Quem é a bixa mais velha do programa? Não vale dizer que é RuPaul, o dinheiro não deixa ela ter uma ruga. É a Charlie Hides, com 52 anos e um senso absurdo de cultura pop atual. Charlie chegou toda toda, encorpada no humor, uma brusinha simples com um rosto desenhado e um colar em formato de óculos bem discreto.
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Não dá pra subestimar alguém por ser mais velho: essa galera tem muita bagagem e experiência dentro e fora da drag. De Boston, em Massachusetts, Charlie levou um traje típico dos puritanos que fundaram a comunidade que se estabeleceu ali em 1620. Também é onde fica Salém, e onde várias mulheres foram perseguidas e mortas queimadas acusadas de bruxaria. Charlie revelar o look por baixo daquele traje (por mais travado que o movimento fosse), revelou que a gata é bem estratégica e consolida bem um conceito.
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Charlie já fez algumas montações inspiradas na Gaga no seu canal no Youtube, então era de se esperar que ela tirasse de letra. Brit Awards, de 2010, foi o que ela levou para o programa, algo que é, por si, bem enigmático. Mas também carrega muita simblogia dos primeiros sucessos de Gaga.
SPOILER on the runway
No fim das contas, quem acabou ganhando foi Nina, e merecidíssima. Foi criativa pra caralho, mostrou que pode ir de um extremo a outro em pouquíssimo tempo e ainda executar tudo com uma perfeição eu poucas pessoas conseguiriam. O que me deixou com uma pulga atrás da orelha foi RuPaul’s, mais uma vez, usando de cliffhanger pra todo mundo ficar ligado no episódio que sai hoje à noite (31/03). Como se precisasse, né?
Não são mais 13, são 14 sim! Quem é a 14ª? Vai saber, né…
Não ter eliminação e não ter um bottom two foi meio cagado. O ponto alto da maioria dos episódios é justamente o lipsync for your life e acabou faltando. Mesmo em um episódio totalmente dedicado à Lady Gaga, um tributo poderia ter sido feito, fosse individualmente, fosse em grupo. Na minha percepção, foi como se só metade do episódio tivesse funcionado bem, levando em conta que a marca Drag Race tá estampada ali.
Mas foi lindo? Foi! Foi intenso? Foi! Extremamente marcante é a mensagem que se transmite ao unir RuPaul e Gaga: aceitação, amor, energia e luta. Mais do que nunca, a máxima da corrida das drags caiu como uma luva:“If you can’t love yourself, how the hell you gonna love somebody else?” São esses artistas que nos inspiram e nos instigam a seguir cada dia na batalha pelas pequenas alegrias da vida. Relembrando o que o Eric disse no começo desse post:
Enquanto a Mother estiver comigo eu sei que ninguém vai conseguir me derrubar.
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Oh. My. Gaga! - RuPaul's Drag Race [review] feat. Eric Pinheiro A estreia da 9ª temporada de RuPaul's Drag Race foi marcada pela participação inédita de Lady Gaga…
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dragmedownff · 8 years ago
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Cap. 6
Lizzy
Um toque alto me acordou, abri os olhos meio zonza e olhei ao redor, de onde diabos estava vindo aquilo? Sentei na cama a procura do meu celular, onde peste estava aquela porra?
Percorri a mão pelos lençóis da cama e o avistei em um canto, me estiquei para pegá-lo e é claro que acabei caindo da cama coberta totalmente por lençóis. Xinguei umas mil vezes antes de conseguir ficar de pé, chutando tudo que estava no chão do quarto e enfim pegando o celular.
-Mas que diabos...? – escutei o toque novamente e então percebi que não era meu celular e sim o interfone. – só pode ser brincadeira.
Me arrastei literalmente até a cozinha e mais me pendurei do que o peguei propriamente o aparelho.
-Mario por favor, me diz que o prédio está pegando fogo e que ele já está no nosso andar.
-Não Lizzy, você tem visita.
-Merda, o fogo é tão mais fácil de lidar, é só correr e gritar e depois comprar um apartamento novo com o dinheiro que vamos ganhar com prostituição.
-Lizzy para de reclamar e me diz, posso deixar subir?
-Deixa né, fazer o que?
-Ok então.
Quando Mario desligou o interfone eu tive vontade de morrer, eu nem tinha perguntado quem era.
Voltei me arrastando para o quarto e acabei caindo de cara na cama, estava cansada, sonolenta e as cervejas da noite anterior não tinham ajudado muito na minha situação física atual.
-Lizzy, a campainha. – a voz da Debby me fez desenfiar a cara do colchão .
-Por que você não abre?
-Porque estou no banheiro.
-Está cagando por acaso?
-Lizzy a merda da porta cacete.
-Mariana vai dar seu cú caralho, vai abrir você então.
-Eu to ocupada.
-E quem te falou que eu não? Jackie? – chamei, mas nenhum som foi emitido. – essa peste fez foi morrer?
Me arrastei da forma que estava na direção da porta, provavelmente era alguma amiga das meninas com aqueles lindos cafés de BOOOOMMMM DIAAA SUNSHINE que eu tanto odiava.
Bocejei e abri a porta, quando vi quem estava parado do outro lado minha única reação foi não me mover, ficar simplesmente ali, parada, congelada, muda.
-Nossa, gostei da recepção. Bom dia Lizzy.
-Que porra você está fazendo aqui?
Ele não respondeu, simplesmente esticou a cabeça na direção de dentro do meu apartamento.
-As meninas estão aí?
-Claro que sim.
-Uma pena, você vestida assim, se o apartamento estivesse vazio...
E então eu me toquei que vestia apenas uma camisola e que ela era de certa forma curta demais.
-Vai tomar no cú, vai.
Ele sorriu enquanto eu entrava apartamento adentro para trocar de roupa, eu ainda não acreditava que ele tinha me visto daquela maneira, os cabelos arrepiados, a cara amassada e sem falar na falta de roupa.
-Bom dia Debby.
O grito que ela soltou antes de correr e se trancar no quarto deve ter sido ouvido da Austrália.
-Eu nunca tinha causado esse tipo de histeria coletiva. – ele falou rindo quando viu que Jackelline que ía para o banheiro também voltou correndo e se trancou no quarto.
-Ei bom dia. – Mariana foi a única a se aproximar dele.
-Está todo mundo doido?
-Não, a Lizzy só deve estar com raiva e as outras duas com vergonha.
-E você?
-Eu? Eu to com fome.
-Então é seu dia de sorte, vim levar vocês para tomar café.
-Ótimo por mim.
-Mari.
-Oi?
-Você não vai trocar de roupa?
-Ah é verdade, volto já.
Ele esperou um tempo sozinho na sala olhando ao redor, ele notou que haviam muitos livros, alguns objetos da cultura nerd como almofadas de star wars e Doctor who, viu também que tinham muitos livros e especialmente cds, começou a mexer em alguns, estava analisando um cd do Kiss quando a voz chamou sua atenção.
-Se você derrubar minha edição de ouro do cd do kiss eu arranco sua cabeça.
Ergueu os olhos para dar de cara comigo. Eu estava de pé escorada no arco da porta, tinha os cabelos molhados do banho recente e uma roupa qualquer, o rosto já não estava assim tão amassado e o humor assim tão ruim.
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-Eu consigo viver sem a minha cabeça, a banda não precisa dela na verdade.
-Estou falando da de baixo, Styles.
Ele fez uma careta colocando a mão de imediato nas partes baixas.
-Acho melhor deixar isso aqui então.
-O que você veio fazer aqui? Quer dizer, como chegou aqui?
-A gente veio aqui ontem a noite, ou hoje de manhã sei lá, lembra?
-Mais ou menos, mais pra menos do que pra mais.
Ele riu.
-Eu também, por isso o motorista de ontem que me trouxe. – ele falou dando de ombros.
-Ok, o que você veio fazer aqui?
-Te chamar pra tomar café.
-Harry são... Que horas são?
-Três da tarde.
-Café as três?
-Se quiser a gente pode almoçar.
-E se eu disser que não vou a lugar algum com você?
-Eu choro e depois trago um chefe de cozinha pra dentro do seu apartamento.
-Um chefe de cozinha?
-Sim, mais normalmente conhecido como Niall Horan, mas o problema é que ele tem tendência a comer a comida que está preparando aí não deu muito certo pra ele nesse ramo e ele teve que virar cantor.
-Entendi. – falei deixando escapar um sorriso.
-Vamos, os caras estão lá em baixo esperando.
-Você trouxe a banda toda de novo?
Ele deu de ombros de novo.
-Toda não, eu trouxe Zayn, Niall e nosso coach Jesse.
-Styles eu pensei que tinha sido uma coisa de uma noite só.
-Você me disse ontem que a cidade era interessante, fiquei curioso.
-E o show hoje a noite?
-Não temos show hoje, é nosso dia livre. Vaaaaaaaamos por favooooooorrrr. – ele falou fazendo birra.
-Está certo eu vou chamar as meninas.
-Yeahhhh. – ele começou fazendo uma voz mais do que fina e uma dancinha estranha.
-Styles, se controla.
-Desculpa.
Ok, o que diabos eu estava fazendo da vida indo almoçar com Harry Styles?
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