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midiaqueer · 7 years ago
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Entrevista Com João Maria | Minha Historia - TRANSitou
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Por:  Minha Historia - TRANSitou
ENTREVISTA MAIS DO QUE ESPECIAL COM O NOSSO QUERIDO João Maria
Bem, acho que nesse momento em que vivemos em pleno fascismo e governo golpista, cada pessoa contribui como pode, como acha que está disposta. Dentro da nossa população reconheço que tenho muitos privilégios e, portanto, também tenho responsabilidade social para com travestis e trans. Busco estar inserido aos movimentos que buscam justiça social e também nos de arte e cultura de resistência. Fui membro da coordenação da ONG TransVest por um ano. Sou Delegado Nacional Titular na Comissão de Direitos Humanos, tendo participado de Seminários, Encontros, Congressos e Conferências. Também já participei de rodas de conversa sobre arte e resistência, literatura, gênero, sexualidade, cidadania, população em situação de rua e luta antimanicomial. Fui palestrante no Mulheres em Letras (UFMG), no Encontro Nacional de Estudantes de Assistência Social e no Ciclo de Debates – Construindo, Desconstruindo e Reconstruindo saberes (NEOS/UFMG). Atualmente sou membro da Academia TransLiterária e almejo capacitação enquanto produtor cultural para que eu possa trabalhar com o movimento artístico que acredita na transformação social por meio da arte e da cultura.
Sou autônomo... faço trabalhos de atuação, performance e produção cultural, também faço ímãs e artesanatos. Para complementar minha renda pego freela de cozinheiro, barman e garçom. 
Minha relação com a minha mãe nunca esteve tão boa! A família materna é mais receptiva, compreende e aceita mais as diferenças, demonstram amor e carinho comigo. Já a minha relação familiar paterna é nula. Não tenho contato com meu pai, nem com ninguém da família dele desde o início da minha transição, e também não me permitem contato com minha única irmã de 6 anos, que é filha do segundo casamento dele.  
Acho que na minha vida social é que existem impactos negativos. Creio que nós, travestis e trans, temos o nosso direito a Cidadania negado pelo Estado, que nos exclui de políticas públicas e não nos permite o acesso digno a educação, ao mercado de trabalho, ao serviço de saúde, ao passo que nem o Direito Básico ao nome é respeitado. É muito triste ver que ainda somos patologia em um CID psiquiátrico e o quanto isso traz transtornos para o processo de retificação do nome, quer dizer, é o nosso nome negado! O preconceito e as normativas estão a toda hora presentes na minha vida, depois que tornei pública minha identidade, percebo que a transfobia está em todos os lugares ao mesmo tempo. Seja na fila do pão, seja no afastamento de pessoas que diziam ser amigas, seja naquela piadinha que não tem graça e que só reforça as estatísticas de violência, que traz o Brasil enquanto líder mundial de assassinatos, tentativa de homicídio, suicídio e violação de Direitos Humanos. Psicologicamente nunca estive tão pleno. Sou muito feliz em ser quem eu sou, em poder dizer quem eu sou. Ficaria afetado era se tivesse que me enquadrar no que esperavam que eu fosse, no que disseram que eu era. Sinto-me livre apesar de todos os (des) privilégios sociais que a minha identidade de gênero trouxe. 
Pra quem quiser conhecer o coletivo Academia TransLiteraria.
E aqui o link da Mostra de Artes, Culturas e Diversidades, um projeto que eu idealizei e estou muito feliz que está sendo possível acontecer. Será no Galpão Cine Horto, de 21 a 26 de agosto.  Credito na foto Lucca Najar 
Seguimos, muito obrigado pelo espaço, pelo convite<3 João Maria.
A entrevista acima é de autoria da página Minha Historia - TRANSitou e foi cedida para publicação aqui graças a uma parceira dessa página com nosso blog de notícias Midia Queer.
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midiaqueer · 7 years ago
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Entrevista Com Rafah Alexandre | Minha Historia - TRANSitou
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Por:  Minha Historia - TRANSitou
Dono da página Transformei, conterrâneo cearense ele vem contar um pouco da sua trajetória até aqui.
Rafah Alexandre 25 anos, 4 anos e 4 meses de TH, é formado em eletrônica especializado em automação.
Criei e administro a página Transformei no Facebook para ajudar a dar informações que eu não tive quando iniciei, demorei tempos descobrindo coisas que era simples mas que eu não sabia absolutamente nada e nem tinha onde perguntar.
A página ajuda diariamente muita gente com informações básicas até informações complexas sobre a transição em geral não só o a TH.
Trabalho como Cozinheiro gourmet. Hoje todos aceitam, mas no início não tive apoio e busquei tudo só. Hoje moro sozinho e minha relação é mínima mas saudável com minha família, hoje me sinto bem mais a vontade com o que passo para as pessoas pois é a realidade, verdade.
*th = terapia hormonal
A entrevista acima é de autoria da página Minha Historia - TRANSitou e foi cedida para publicação aqui graças a uma parceira dessa página com nosso blog de notícias Midia Queer.
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midiaqueer · 7 years ago
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Entrevista Com Benji Erthal | Minha Historia - TRANSitou
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Por:  Minha Historia - TRANSitou
Lá vai uma entrevista especial com um pai maravilhoso! Cuidado que tem história boa pra ler.
Benji Erthal, 31 anos, 6 meses em th*, estudando para Design de Moda e Design de Midia Digital. Bem, eu tenho um projeto de página sobre Transativismo no meio nerd em geral (acredite, precisa). E tento ajudar o máximo possível pessoas trans em geral com o conhecimento que tenho. Atualmente atua no ramo de Desenhista Profissional.
Social foi uma bosta. Opressão pela família de sangue (menos minha filha, né), muitos "amigos" meio que viraram as costas etc. Bem, pelo menos eu vi quem era amigo de verdade e esses sim, ficaram ao meu lado e me dão suporte LINDO. Psicológicamente, foi uma maravilha. EU fiquei MUITO melhor do que era antes, MUITO.
Minha relação com minha filha (biológica), a Charlotte, é muito amorosa, sincera e, poxa, eu amo demais a pequena. Ela tem paixões parecidas com as minhas, pra idade dela (6 anos), como desenhar, mundos de fantasia (isso inclui jogos, animes, histórias, o fantástico em geral) e também temos uma ligação muito forte.
Ainda não me chama de pai, mas também, cognitivamente, e pelo tempo que eu virei e falei "mamãe é um menino, e, olha, mamãe vai começar a se transformar em um, tá?", eu estou esperando um ok da psicóloga dela para poder explicar melhor, gradualmente, e então fazer a transição suave para que ela me veja como um pai e mãe. Acho que uma figura materna eu nunca vou deixar de ser, isso é bom! E, claro que vou deixá-la livre pra me chamar do que quiser, porque ela é minha filha, não quero obrigá-la a me chamar de algo que ela se sente incomodada.
*th= terapia hormonal
A entrevista acima é de autoria da página Minha Historia - TRANSitou e foi cedida para publicação aqui graças a uma parceira dessa página com nosso blog de notícias Midia Queer.
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