#minha amiga que mora em outro país disse que tinha saudades do Brasil
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Sob o Sol do Nordeste, sobre o pampa do Sul Do topo do Agreste até Itaipu Embriagada de guaraná no calor de Dezembro Penso em minha pátria, perco-me nas areias do tempo Um desejo em mim floresce, como um ipê-amarelo Quando, com o canto do olho, vejo passear um cãozinho caramelo De voltar ao meu país, minha casa, meu lar E com esse lábios a terra roxa de minha nação beijar Quase me esqueci como canta o sabiá E entre os desertos do sertão já não sei mais andar Então, ó musa, tu que assistes muda sem pestanejar, Me conceda a graça de sob o Cruzeiro do Sul uma vez mais morar!
#minha amiga que mora em outro país disse que tinha saudades do Brasil#e aí eu escrevi isso hahaha#ela gostou <3#🐝#my post#my writing#pequenosescritores#lardepoetas#writing#writers on tumblr#writeblr#writers and poets#autoral#texto autoral
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Gostaria de fazer um pedido com o Haz em que ele acaba tendo uma discussão com ela por conta de ciúmes, não é a primeira briga e ela não aguenta mais ter ele desconfiando dela e decide terminar, porém ele sente medo de perde-la e implora pra ela não ir embora e promete q vai melhorar o ciúmes dele. (Bem piegas KKKKKKK , triste)
oi meu bem, obrigada pelo pedido e espero que vc tenha gostado <3
não ficou tão triste como eu queria mas ok e nesse imagine trouxe o harry long hair que tem todo o meu coração. só isso mesmo. boa leitura!
CIÚMES OU MEDO DE PERDÊ-LA?
A roda de amigos estava animada, a saudade de se encontrarem em festas deixou aquilo mais incrível. Todos tinham seus compromissos que não o deixavam sair para noitadas, mas hoje todo mundo esqueceu suas obrigações e queria curtir o momento.
S/N pegou mais um shot do garçom que havia passado na mesa dos amigos, Harry olhou em desaprovação pelo sexto shot de tequila, ela deu de ombros para o namorado e bebeu sem fazer cara feia quando o álcool quente desceu pela garganta. A mesma voltou a conversar com os amigos, mas em específico com um. Ele não era um amigo, ainda. Peter, seu amigo antigo e colega de trabalho, trouxe o amigo para se divertir, já que tinha acabado seu relacionamento de anos.
Dylan contava histórias de suas viagens ao mundo e S/N se interessava pelo assunto, sempre falava para Harry que viajaria o mundo com ele. Entre risos e acontecimentos, manias em comuns a conversa fluía bem, deixando eles surpresos pela semelhança que tinham. Harry olhava de canto para a mulher conferindo que o homem ficasse longe dela o suficiente, sem encostar um dedo em sua garota, seu ciúme era impossível evitar e estava transparente em seu rosto.
— O meu lugar favorito no mundo é o Brasil, é incrível como a cultura é diversa lá, e as pessoas são amigáveis e a culinária é perfeita! — Dylan chegou mais perto de S/N para ela escutar, e S/N não se importou com isso. E Harry ficou nem um pouco contente com a aproximação dele.
— Oh meu Deus, como eu esqueci de falar para você. Eu sou brasileira. — contou animada para o homem loiro a sua frente.
— Isso só pode ser brincadeira. Eu amei tanto conhecer lá.
— Veja Harry! — S/N virou-se para ele, chamando a atenção, e ele apenas concordou com a cabeça. — Ele já foi ao Brasil, eu sempre falo para ele que precisamos visitar o Brasil fora da turnê da banda para aproveitar a cidade mas ele não me escuta. — Harry ficou sem graça pela sua fala, ela falando daquele jeito parecia que ele não era um bom namorado e estava nem aí para seu país. Mas era mentira, ele queria muito visitar o Brasil com ela, só não tinha tempo.
— Ei Harry, você deveria escutar ela. Quando for ao Brasil, saiba que precisa ficar mais que dois ou três dias para conhecer algumas paisagens inesquecíveis. — Dylan disse, e Harry queria ir pra cima dele e deixar um de seus olhinhos claros em roxo.
— Claro. — respondeu, e então seu semblante expressava mais raiva. E S/N estava tão animada que nem percebeu isso, mas conhecia ele, sabia que a qualquer momento ele se irritaria e pediria para ir embora, como fez em outros encontros de amigos.
Ainda continuavam a conversar, Styles sentado ao lado de S/N. A mesa redonda, cheia de copos em cima e o banco estofado por courino. Seu rosto ainda expressava raiva, ciúme e vontade de encher de porrada esse tal Dylan.
— Hey mano, por que está com essa cara? — Liam aproximou-se dele e sentou ao lado vazio da mesa.
— Minha cara está normal, Liam. — Harry mentiu e Liam riu.
— Não, sua cara não está normal! É por causa dele? — o amigo apontou com os olhos para Dylan e Harry concordou.
— Não fuja de mim. — Styles escutou a voz de S/N enquanto conversava com Liam, prestou atenção em seus movimentos. — Harry, estou indo no banheiro. — ela avisou quando levantou-se da mesa.
— Me espere! — gritou para S/N que caminhava calmamente até o banheiro do local. Harry deu uma corridinha para acompanhar ela. Antes dela entrar, ele propôs. — S/N, por que não vamos embora e você vai no banheiro de casa? Isso é uma boa ideia, não acha? — ele trancou sua passagem para a porta do banheiro, mexeu no cabelo e olhou em seus olhos. Ele esperava que a resposta fosse "Sim, amor. Vamos".
— Não acho uma boa ideia. Está tão divertido aqui e ainda estou conversando com Dylan. — S/N empurrou ele para sair da sua frente mas falhou miseravelmente, Harry tinha o dobro de força dela.
— Dylan, Dylan e blá blá blá. Não está sendo divertido para mim, você não largou esse cara desde que chegamos aqui. — ela cruzou os braços esperando ele continuar. — Só falta beijar ele, e querer ter filhos também. Se é que já não o beijo quando sai na rua para tomar um ar.
— Você quer mesmo brigar aqui? Quantas vezes terei que repetir que jamais vou trair você? Você não consegue entender isso.
— Estão esperando para ir ao banheiro? — uma mulher de cabelos ruivos interrompeu enquanto eles continuavam parados na frente do banheiro feminino.
— Oh não, desculpa. — S/N puxou Harry para o canto, liberando o espaço.
— Não importa quantas vezes você vai falar para mim, eu acho que isso aconteceu e pronto. — Harry discordou e S/N bufou.
— Ah sim, dono da razão. Está sempre certo em todos suas paranóias impossíveis de acontecer. — retrucou irritada com a desconfiança dele. — Você acha que estou traindo você a meses? — Harry ficou em silêncio. — Responda!
— Acho!
— Vamos para casa. Iremos resolver isso ou acabar com tudo que existe entre nós. — S/N virou as costas para ele, voltou para a mesa com passos fortes.
Despediu-se dos amigos, Harry fez o mesmo mas quando chegou em Liam foi parado pelo mesmo.
— O que você fez? S/N parece estar desanimada, talvez triste. E você estava com aquela cara antes, brigou com ela por ciúmes? — Liam questionou.
O amigo era próximo dos dois, conhecia o casal o suficiente para saber o que estava acontecendo. Harry seria sincero com ele.
— Ainda não brigamos, por isso estamos indo embora. Na porta do banheiro, só falei o que pensava para ela.
— Tome cuidado com o que vai falar. — o amigo avisou e então Harry seguiu para a saída.
As pessoas falavam em tom alto e juntos. A cabeça de Harry doía. Mesmo saindo do local ainda podia escutar vozes e a música que tocava. S/N não olhou para trás, andou de cabeça baixa até o carro. Os pensamentos estavam a mil. Não era a primeira briga que iriam ter pela desconfiança de Harry. E a garota não aguentava mais.
Enquanto ela andava de cabeça baixa, preparava o melhor sermão para Harry. A garota só queria se divertir e tudo que Harry fez foi acabar com a noite.
Harry girou a chave do carro e S/N estava pronta para discutir alí mesmo. Não iria esperar até chegar em casa.
— Eu apenas quero saber uma coisa. Por que essa desconfiança de mim? Você jamais foi assim quando começamos a namorar.
— Quando começamos a namorar, não eram assumidos para o mundo. Se tenho essa desconfiança toda é porque te amo. — Harry disse com os olhos no trânsito.
— Não! Ninguém ama alguém quando faz tudo virar tóxico. É cansativo toda vez que eu saio, você desconfia que eu beijei a pessoa que eu conheci em 10 minutos. Não há motivos para desconfiar de mim, sou totalmente verdadeira em nosso relacionamento. Mas já percebi que não adianta.
— Eu só estou tentando proteger o que é meu! Você acha que eu gosto de ver outros caras olhando pra você só porque é namorada do garoto de uma banda famosa. Eu não quero ser tóxico, mas se for necessário eu irei ser.
Isso foi a gota da água para S/N. Harry estava bravo, mas S/N tremia de raiva. Ela odiava esse Harry possessivo que começou a aparecer a alguns meses.
Dois anos de namoro que provavelmente iriam ser jogados no lixo, e não era culpa dela.
— Eu não aguento mais! — ela gritou. — Eu não quero um relacionamento assim. Eu não sou sua, e você sabe disso. Eu sempre deixei claro que não preciso de você na minha vida. Não preciso da sua fama para ter algo na vida. Eu não conheço esse Harry.
— Então termina logo comigo. Eu sou o mesmo Harry, não mudei nada. — Harry voltou a atenção para o trânsito que agora se movimentava. S/N ficou em silêncio, esperando Harry virar na próxima rua.
— Pare o carro. — ela pediu e Harry parou.
— O que você está fazendo?
— Estou terminando com você. Amanhã busco minhas coisas no apartamento. Fique sabendo que de amanhã não irá passar, não quero deixar nada lá. — S/N pegava suas maquiagens, seus óculos de sol e algumas outras coisas que estavam na carro.
— Não... — Harry sacudiu a cabeça. — Como assim? Para onde você vai agora? Você vai ficar aonde?
— Tenho uma amiga que mora aqui perto, vou ir caminhando. Acho que não temos mais nada para conversar.
— Não abra essa porta, por favor! Vamos jogar dois anos fora e eu sei que é culpa minha. Se eu pudesse mudar o tempo, eu voltaria a alguns minutos atrás e não falaria o que falei. — S/N tinha toda sua atenção. — Eu te amo tanto que não aguento perder você. A qualquer momento acho que você pode achar um cara mil vezes melhor que eu e me esquecer. Eu quero ser o cara mil vezes melhor, e quero ser para você. Não quero deixar meu ciúmes acabar com nosso relacionamento, prometo que irei melhorar mas não quero ver você fechando a porta desse carro e ainda preciso ver você dormindo de boca aberta ao meu lado por mais uns 10 anos ou até mais.
S/N limpou com o dedo a lágrima que escorreu do rosto dele. Abriu um sorriso tímido para Harry.
— Me desculpe amor. Não me deixe por favor, não quero ficar sem sua batida de morango de manhã. Já pensou eu sem ela. — riu fraco da sua piada e olhou para o rádio que estava com o volume baixo mas ainda conseguiam escutar uma música tocando.
— Está tudo bem. Sempre que se sentir inseguro, fale para mim, nunca esconda isso. — S/N agarrou a mão de Harry que estava no banco do carro.
— Mais uma chance para a batida de morango?
— Mais uma chance. — Disse S/N.
gostaria de saber o que achou, sua ask é muito importante para mim!
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2017 chegou e com ele vem o nosso quinto ano de amizade, e tudo bem, pode faltar 8 meses ainda, mas eu acho que não é muito cedo para falar sobre a importância disso em nossas (pelo menos na minha!!) vida. Principalmente se levarmos em consideração a forma como começou, tudo o que aconteceu e como tem se sucedido. Mas eu acho que a minha vontade de falar é por causa do número 5, que a meu ver, significa muita coisa, principalmente para uma amizade, mesmo que eu tenha outras que já duram há mais anos que a nossa, acho que nenhuma delas é tão importante quanto eu e você. Quando eu paro pensar em tudo o que Yasmin e Mess significa em minha vida eu acabo chorando, porque é um pouco dolorido lembrar dos primeiros anos, entre 2012 e 2014, quando tínhamos uma ao lado da outra, sempre, a qualquer coisa, para qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, sem nunca importar significância. É difícil lembrar dos nossos restaurantes japonês de toda sexta-feira ou do cinema dos sábados, dos brigadeiros com conversas jogadas fora aos domingos, das noites da solteiras, das confidências, do seu abraço, do seu sorriso, de tudo o que você já fez por mim, sem sentir vontade de voltar no tempo e nos congelar e eu confesso que se naquela época eu soubesse o que viria a ser Yasmin e Mess em 2017, eu não deixaria acontecer, porque a dor e a saudade por não ter aqui comigo é cada dia maior, todo dia, quando acordo, um pedacinho do meu coração vai embora, porque é mais um dia longe de você, mais um dia sem o seu abraço. Hoje, muita coisa mudou em nossas vidas, nenhuma de nós mora mais no Rio de Janeiro, nem sequer moramos mais no Brasil, seguimos rumos completamente diferentes. Eu lembro que quando te conheci você queria fazer Educação Física, ou pelo menos era isso que você achava e eu queria fazer Hotelaria, depois você me disse que decidiu fazer Relações Internacionais e eu te confessei que continuava na Hotelaria e nesse vai e vêm de escolhas, decidimos tentar vestibular para a mesma faculdade (isso quando você ainda queria Educação Física, lembra?), mesmo que eu quisesse algo melhor que aquilo e você não soubesse exatamente o que queria, talvez porque nossos coração e principalmente nosso inconsciente, queria nos manter juntas (nem que fosse naquele momento tão importante que é o pré-vestibular). No final, tudo mudou, a gente se formou, eu fui para o Sul, comecei minha faculdade de Hotelaria (acho que de tudo, isso foi a única coisa que permaneceu igual) e você voltou para a Síria, se estabeleceu e começou sua faculdade de Ciências Políticas (apesar de eu sempre achar que você acabou escolhendo Relações Internacionais). E é aí que eu volto para a parte em que eu disse que seguimos caminhos completamente opostos aos que planejávamos lá em 2012, quando nos conhecemos (e quando a gente não sabia nada sobre a vida!!), porque de repente (foi tudo muito rápido), em um pouco mais de um ano, nossos mundos viraram de cabeça para baixo, porque antes de eu saber que eu te deixaria (fisicamente, apenas!!!), ou seja, antes de eu sequer cogitar, imaginar ou pensar que eu teria que me mudar para o sul do país para poder dar início a única coisa que até ali permanecia igual, você me disse que ia voltar para a Síria e eu nunca te julguei, e meu Deus, como eu poderia??? Como eu poderia te acusar de ser uma péssima amiga ou de estar me abandonando sabendo o quão foi difícil para você ter tomado essa decisão, sabendo tudo o que estava por trás e os motivos pelo qual você teve que tomar aquela decisão, eu não podia, apesar de uma parte de mim querer ter gritado contigo implorando para não ir, porque eu precisava de você comigo, ao meu lado, eu não podia, eu conseguia enxergar nos seus olhos, que mais do que eu, ou qualquer pessoa no mundo, você queria ficar e eu sei o quanto uma boa parte de você se perdeu quando você se foi, e bom, ela se perdeu, assim como uma parte de mim se perdeu também, se perdeu naquele nosso último abraço, e eu gosto de pensar que na verdade nós não perdemos parte de nós e sim trocamos, é como se essa parte que você acha que perdeu estivesse aqui comigo e a minha parte aí com você, uma ocupou o lugar da outra, para assim, sempre permanecemos vivas dentro de nós. E eu nem preciso dizer que você está mais do que viva em mim, né? Nem preciso dizer que a cada vez que abro um sorriso (recheado de saudade!!) para falar de você, é porque apesar de eu sentir muito a sua falta, eu estou feliz, feliz demais, muito feliz, porque eu tenho você, mesmo que há 12.418 kilometros de mim (saber essa distância em precisão me deixou mais triste ainda, cara, estamos realmente longe!!!), porque eu tenho a melhor amiga de todas e com essa vida de mudança que se baseou o meu 2016 eu recuperei muitas coisas do meu passado, conversas, textos, cartas e eu pude perceber quantas "melhores amigas" eu tive na vida e me dei conta também de que nenhuma delas permaneceu e se antes eu lamentava por ter tido tantas amigas que não permaneceram comigo, eu não lamento mais, porque nenhuma delas era você e nunca serão. Nenhuma delas fez por mim tudo o que você já fez, nenhuma delas me arrancou sorrisos tão sinceros, espontâneos e verdadeiros como você, nenhuma delas nunca se preocupou comigo da forma como você se preocupava e se preocupa até hoje, nenhuma delas nunca me colocou realmente em primeiro lugar ou a frente de tudo e todos e se antes eu não sabia o porquê de nunca dar certo, hoje eu sei e agradeço muito. E me desculpe se eu toda hora ir e voltar nos anos, repetir assuntos, mas é que falar de Yasmin e Victoria sem falar dessas coisas, não é falar da gente. E é por isso que eu vou voltar lá no dia em que você me deu o último abraço (o último até agora, porque eu sei e acredito que terão outros), porque tanta coisa passou na minha cabeça, não lá, na hora, porque naquele momento eu só conseguia pensar que ia ser muito difícil continuar as férias sem a minha maior e melhor companheira, mas depois, quando você foi embora, eu pensei em tanta coisa, foi como se um filme da nossa amizade até ali, que não era de tanto tempo, tivesse passado na minha cabeça e eu revivi cada momento que passamos juntos, até aquele último abraço, mas sobre isso eu vou falar depois. Porque agora eu quero falar sobre a primeira coisa que eu pensei: cara, eu podia ter feito mais! Foi a primeira frase que passou pela minha cabeça quando eu fechei a porta, eu lembro que me escorei nela, porque eu fiquei tonta, foi tudo tão de repente, muito rápido, eu ainda estava confusa. Eu só conseguia pensar: eu podia ter feito mais! E eu sei que podia, eu podia ter feito muito mais por você, por nós duas, eu podia ter sido menos grossa e antipática em alguns momentos, eu poderia ter aproveitado mais teus abraços (ah, se eu soubesse que de todos, um deles seria o último!), eu poderia ter ido a mais baladas contigo, mesmo que eu não gostasse, apenas por saber o quanto aquilo era importante para você, eu sei lá, podia ter aproveitado mais alguns momentos, eu realmente não sei, eu só sei que eu pensei que eu podia ter feito mais e eu sabia disso, eu sei até hoje, assim como sei que mesmo sabendo que eu devia ter feito mais, eu agradeço, todo dia, por ter você, e naquele mesmo dia, quando eu pensei aquilo, eu logo em seguida pensei: "mas cara, eu preciso agradecer, fala sério", e eu talvez não o tenha feito diretamente a ti, pelo menos não aquele dia, mas na minha cabeça eu fiz, eu agradeci cada momento, cada mísero segundo que passei ao seu lado, eu agradeci por você existir e principalmente pelo destino ter me dado a sorte de ter te conhecido, eu agradeci por não ter feito tudo errado e ter te afastado de mim, eu agradeci tanta coisa. Eu lembro que aquele dia foi muito louco, foi tão intenso, uma mistura de sentimentos, sensações, de não saber o que sentir, o que falar, não saber exatamente o que estava acontecendo (na verdade eu sabia, só não queria acreditar), mas acho que o mais louco de tudo foi o quanto eu chorei, e acho que nunca te contei isso, né? Na verdade nunca contei a ninguém, porque quando eu paro para pensar naquele dia, é como se eu sentisse, até hoje, cada dor que aquelas lágrimas continham, era um choro doce e amargo ao mesmo tempo, um pouco ácido também, me doía, tanto, cada gota que escorria pelo meu rosto, era uma dor imensa, como se eu tivesse perdido alguém, e de alguma forma era aquilo que eu sentia, que eu havia perdido alguém. Talvez se isso tivesse acontecido hoje, eu não teria reagido dessa maneira, com certeza eu choraria e muito, mas o drama seria de uma forma diferente, os sentimentos seriam diferentes, mas que culpa eu tenho? Eu tinha 18 anos e recém me despedido da minha única e melhor amiga, acho que era aceitável tanta dor. Eu chorava tanto, por saber que a única pessoa que finalmente tinha me feito sentir que eu não estava sozinha, tido ido embora e eu só queria te puxar de volta, te abraçar e te fazer ficar ali, comigo, para sempre. Mas não era possível. E então você se foi. E talvez, tenha parecido que eu lidei bem com a tua partida, que eu nem me importava tanto, que sabia que era para o teu bem, mas só eu sei o quanto por dentro eu estava destruída, o quanto aquilo me machucava, me machucou, o quanto aquilo doía e dói, até hoje. Mas aí eu lembro tudo o que passamos e de cada momento e de alguma forma, por alguns instantes, tudo fica bem, porque eu sei que você está bem (o que para mim é a coisa mais importante de todas) e que assim que puder, vem me ver, isso, de alguma forma, acalma meu coração. Porque lembrar o quanto você me fez feliz, do quanto você me melhorou, é reconfortante, e eu, apesar de tudo, sou grata por ter essas lembranças. Eu sinto sua falta, todo dia, e acho que isso não é dúvida para ninguém e eu sei que poderia falar isso mais vezes, ser mais presente, te dar mais atenção e me desculpe por não fazê-lo, eu prometo que vou me esforçar mais esse ano (inclusive foi uma das minhas resoluções de ano novo). E eu tinha tanta coisa para te falar aqui, mas eu estou começando a ficar sem palavras e um pouco emocionada também. Eu só queria que você soubesse que, cada vez que falo de ti, é como se eu falasse da melhor coisa que eu já ganhei nessa vida (porque ter te conhecido no dia do meu aniversário só poder ser um presente mesmo) e que eu preservo, conservo, amo e admiro muito. Eu sei como tem dias que para você não é fácil e você não sabe o quanto eu gostaria de poder estar aí com você, mas eu gosto de pensar que em breve estaremos juntas novamente, que tudo vai melhorar. E principalmente que você não está sozinha, mesmo que tua presença me faça muita falta, porque até hoje não conheci ninguém melhor que você, ninguém tão amiga, companheira, parceira mesmo, para todas as horas, como você. E lembra quando eu disse isso lá em cima? Eu falo de novo, porque é a mais pura verdade. Antes de te conhecer eu costumava reclamar comigo mesma que eu estava cansada de ser sempre a que “dava”, sabe? De ser sempre a que procurava, a que fazia ou tentava com que desse certo e como um sopro de esperança a vida surgiu contigo. Porque você era tudo o que eu buscava numa melhor amiga, fazia por mim o que eu fazia por você (às vezes até mais, confesso!!). Eu nunca me esqueço das vezes que eu ia para a casa do meu pai e você me mandava mensagem dizendo que estava com saudade ou perguntando quando eu voltava ou então quando eu não ia a aula (fosse porque eu estava doente ou apenas porque eu perdi o horário) e você me ligava toda preocupava, sabe, talvez eu nunca tenha te dito, mas essas coisas fizeram toda a diferença e fazem até hoje, porque você sempre suportou todas as minhas brincadeiras, piadas e momentos e mesmo que eu não te acompanhasse nas baladas ou nos bares, nas noitadas, festas e coisas do tipo e você precisasse fazer isso com outras pessoas, eu te tinha em outros momentos, fosse quando eu mais precisasse ou quando eu apenas queria companhia para fazer alguma coisa, você sempre deu valor a nossa amizade, me ensinou muitas coisas e eu tive o prazer de viver muitas primeiras coisas ao seu lado. Não sei quando vamos nos ver de novo, pode ser esse ano, daqui 5, 10, mas sei que ainda vamos nos ver. E sei que esse último abraço que deixou um gosto amargo de “quero mais” vai ser reconfortado em breve com um abraço com gosto de “eu ainda continuo aqui, mesmo depois de 5 anos”. Tua amizade tem uma significância gigantesca em minha vida e espero que você saiba disso, porque tanta coisa nela é importante, tanta coisa nela vem só para somar. E nem preciso dizer que quando uma pessoa que você conhece, na porta da escola, no dia do seu aniversário, vira sua melhor amiga, é porque essa é a pessoa certa, né? E foi assim que aconteceu. Eu nunca me esqueço. De você, sentadinha na escada em frente à escola, tímida, meio assustada, sem falar direito português, e eu mesmo assim fui falar com você, te recebi, de braços abertos, porque eu sabia como era ser nova em um lugar novo e nunca me arrependo disso, nunca me arrependo de ter dito “oi, qual é o seu nome?” e ter te acolhido da forma mais pura e sincera que eu sabia fazer naquela época. 5 anos depois e nós continuamos aqui, sobrevivendo a mensagens de “saudades, te amo”, “sinto sua falta”, “quero te ver” sendo trocadas incansavelmente e sabendo que há 12.418 kilometros tem alguém que nós possamos chamar de “irmã”. Eu poderia falar por horas, poderia escrever um livro sobre nós duas e mesmo assim não seria o suficiente para representar tudo o que Yasmin eMess representa para mim, mas eu termino por aqui, termino dizendo, volta logo, porque a saudade aumenta e aperta a cada dia, te amo, muito, serei eternamente grata a você e por ter te conhecido. Obrigada por ser quem você é e por tudo o que fez e faz por mim. Você é a melhor do mundo.
De Messturbation para Yasmin.
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