#mexeu comigo
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Note
eu lendo isso
Oii, bao diaa.
Gostei do prompt "não faz isso, quero ouvir você gemer" e acho que poderia ser interessante ele com o mark, talvez na primeira vez dele com você e que você esteja com vergonha?? ou algo que você imaginar com esse prompt + mark!
enfim, eu adoraria ver isso na sua escrita, obrigada💖💖
GRANDE EVENTO DE 1 ANO DE ANIVERSÁRIO DO NONUWHORE!!!! 🥳🥳🥳
19. “Não faz isso, quero ouvir você gemer.” contém: boyfriend!mark; fluff; cocky!mark porque a gente não pode esquecer nunca que ele é leonino (e esses são os melhores); apelidos (princesa, amor); linguagem vulgar; smut: morning sex; dirty talk, thigh fuck; mordidas; menção a ejaculação; praise; contagem de palavras: 1,5k nota da autora: então, a história acabou saindo um pouquinho diferente kkkkk mas acho que mantive a ideia central. espero que você goste, de verdade!!!! muito obrigada por participar do evento <3
“Princesa”, a voz meio quebrada de um Mark que acabara de acordar te chamou. Ainda levemente adormecida, você a ouviu longe, mas reconheceu quem te chamava e o tom de culpa que ela carregava.
“Hum?”, você respondeu, sonolenta, e sabendo o que viria a seguir.
“Eu não consigo dormir mais… Já são oito horas…”, ele fez a afirmação parecer um absurdo, como se só pessoas malucas dormissem depois disso. Sentiu sua cintura sendo enlaçada pelo braço dele, junto do quadril encontrando o seu e a barba nascendo no queixo alcançar sua nuca. Um beijo, delicado e quase imperceptível. Outro, mais demorado e pesado. Mais outro, molhado e seguido de uma mordiscada tímida.
“Mark!”, você instintivamente o empurrou usando ancas e ele riu.
“É assim que você pretende me afastar? Acho que não vai dar certo”, ele riu sacana e te puxou para perto mais uma vez, se encaixando com cuidado na curva do seu corpo.
“Pelo amor de Deus, é domingo, me deixa dormir!”, você implorou.
“Você já dormiu muito! Olha que lindo o dia lá fora, a gente podia estar fazendo tanta coisa!”, e apontou para a cortina meio aberta que mostrava o azul límpido do céu.
“Foda-se a beleza do dia, eu ‘tô de folga, quero dormir!”, você se debateu, fazendo birra, e ele se calou, mas você sabia que isso não tinha acabado.
Vocês tinham o mesmo problema todos os finais de semana há seis meses, que foi quando ele te pediu em namoro. Ele estava tão nervoso, as palavras saiam da boca sem nenhuma relação sintática, apenas uma grande sopa de “cara”, “tipo”, “é que”, e se você se perguntou se aquele era o mesmo Mark Lee que você conhecia das histórias que corriam pelo campus. O mesmo Mark Lee que não perdia nenhuma festa do curso de vocês - e de outros - e nunca teve problema para falar com nenhuma caloura, nenhuma mesmo, até você chegar. Não que ele não tivesse tentado, você só era completamente inacessível, sempre fazendo a cara mais assustadora quando alguém do centro acadêmico chegava perto nos corredores e evitando todos os trabalhos em grupos possíveis. Só que o professor de Introdução ao Desenvolvimento de Sistemas de Software de vocês não curtia muito essa ideia e resolveu fazer um sorteio de duplas para apresentação de um trabalho, e adivinha quem caiu com você. Evitar que Mark se aproximasse durante todo um semestre foi exaustivo e improdutivo, mesmo ambos não tendo nada em comum além dessa disciplina específica, depois de duas semanas ele já aparecia no seu dormitório toda noite com os lanches mais famosos do campus para você provar e dizer não para ele, a partir dali, se tornou impossível. Esse momento, que vocês vivam agora, nunca seria uma exceção.
“Mark”, você o chamou e ele te apertou mais um pouco, o sorriso dele pressionado contra o seu ombro.
“Dormiu bem?”, perguntou, com a mesma voz manhosa que quase fez vocês ficarem de recuperação, porque, depois de um tempo, vocês passam mais tempo jogando qualquer coisa que ele achava na internet ou assistindo séries longuíssimas que você não lembrava nada da história, já que metade do tempo os dedos dele estavam dentro da sua calcinha.
“Sempre tem como melhorar, né?” ele soltou um risinho apertado com seu tom de sarcasmo.
“Sabe com o que eu sonhei?”, você balançou a cabeça e segurou a mão dele que apertava a sua barriga. “Sonhei que a gente ‘tava brincando de esconde-esconde. E eu era muito ruim, porque não te achei nenhuma vez”, você não precisava se virar para saber que nesse momento seu namorado tinha um bico feito com os lábios.
“Ou… Eu era muito boa, já pensou nessa possibilidade?”, você provocou sabendo como Mark era competitivo.
Ele riu, cheio de si, “Claro, sempre há a possibilidade.”
“Você precisa parar de achar que é bom em tudo, Mark.”
“Mas eu sou. Uma máquina de última geração.”
Você empurrou sua bunda contra o colo dele. “Você é bem ruim em resistir a isso aqui”, e repetiu o movimento, se esfregando um pouco mais no membro adormecido.
Mark gemeu, sacando sua jogada. “Entendi, você quer provar um ponto…”
“Quero”, e parou, esperando o que ele faria a seguir, mas morrendo de vergonha de ter tomado a iniciativa. Você conseguia ouvir ele pensando e sentia o volume dentro da calça crescer.
“Que isso, amor… O que te deu hoje?”
“Talvez alguém tenha me acordado antes da hora… E fazer isso enquanto eu não te encaro é mais fácil”, você foi sincera e automaticamente perdeu a coragem que você tinha acumulado desde o dia anterior, quando você queria deixar claro que adoraria passar a noite com Mark dentro de você, mas não conseguiu, perdendo seu namorado para o video game.
“Você vai mesmo me fazer morder a língua”, ele se grudou a você de novo, deslizando a extensão rígida bastante óbvia por conta do short fino no meio da sua bunda e enfiando a mão dentro do seu pijama, segurando um dos seus seios como se eles fossem a última esperança da terra. Os dentes seguram a pele da sua nuca e do seu pescoço enquanto ele beliscava seu mamilo, ativando os todos os sentidos de ambos.
Você suspirava pesado, contendo a vontade de gemer e pedir que ele te fodesse logo, porque sua calcinha já tinha virado sopa. Se limitou a segurar a mão dele por cima do seu peito, apertando com mais vontade, e ajudando a fricção que ele fazia em você, aflita por mais.
“Droga, você ‘tava tão certa”, você o sentiu se afastar de você, descendo a roupa de baixo dele e sua, e o membro quente pressionado mais uma vez contra o vão da sua bunda. Ele deslizou com cuidado, assistindo seu quadril fazendo o movimento contrário, em um sincronia ensaiada, e apertou sua cintura com força. “Eu nunca vou me acostumar com como você é gostosa, principalmente com essa atitude”, sussurrou mordendo sua orelha e soltando o hálito quente que arrepiou até pelos que você não sabia que tinha.
“Mark…”, você sabia que hoje não ia conseguir se conter, principalmente se ele fosse usar esse tom com você.
“Você vai gemer meu nome hoje? Diz que vai…”, te provocou, direcionando o membro com as mãos para o centro das suas pernas, mas sem te penetrar, o deslizava entre os lábios ensopados com mais facilidade que o normal e suas coxas automaticamente o apertaram, dando uma sensação parecida com a que ele tinha quando estava dentro de você.
O ritmo vagaroso provavelmente ia te matar. Ele não tinha pressa pra se movimentar e nem pra beijar seu pescoço e morde-lo, soltando a pele lentamente. A ponta gordinha resvalou no clitoris implorando por atenção e foi o bastante para te fazer abafar o chiado com as costas da mão.
“Não faz isso, quero ouvir você gemer”, ele pediu, segurando a mesma mão e aumentando um pouco a cadência em que fodia sua coxa. “Se eu não te torturar, você promete que geme pra mim? Promete?”, e sua cabeça confirmou com tanta força e rapidez que fez ele sorrir, boquiaberto com o quão molhada você estava e o quanto isso o deixava mais maluco pra te fazer gozar.
Como prometido, ele passou a estocar com mais vontade o espaço apertadinho que você criou para ele, escorregando por toda a sua intimidade, e te fazendo gemer alto, sem
calcular nenhuma das suas ações. “Eu vou ficar viciado nessa porra, vou te querer assim toda vez”, disse se referindo ao jeito que sua garganta liberava os sons mais dolorosamente estimulantes. Pensar em fazer de novo fez seu corpo erupcionar em um longo e paralisante orgasmo, te deixando completamente travada e sentido todo o tipo de prazer enquanto Mark era o único a balançar a cama em um frenesi que o levou ao limite logo em seguida. Seus líquidos e os deles se misturavam no tecido da roupa de cama que colava na sua pele do mesmo jeito que Mark se agarrava a você.
“Você consegue me olhar agora?”, perguntou, retomando o que você disse anteriormente. Seu olhar encontrou o dele, rapidamente, e voltou a encarar o canto da parede. Ele riu, perdido pela expressão cansada e envergonhada no seu rosto. “Você tem vergonha de dizer que tá com vontade, amor?”
“Ainda não, Mark Lee. Ainda não.”
#eu tenho muita dificuldade de ler smut em português porque qualquer coisinha me deixa morta de vergonha#e sendo bem sincera eu tambem tenho dificuldade de achar bons smuts em pt br (aceito indicações)#mas isso aqui apareceu do nada e MEU DEUS mexeu comigo#serio o jeito que vc escreveu o mark#os diálogos ele sendo convencido e competitivo#as vezes parece que todo mundo esquece que ele é um leonino de primeira mas você lembrou#E COMO LEMBROU
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Eu não lembro o user mas alguém aqui fez um post falando que ser magra é sobre não estar confortável com tudo, não poder comer oque quer e etc, e isso mexeu muito comigo pq tipo, se eu quero ser magra pq eu sempre faço minhas vontades como se fosse uma criança mimada? Eu passo meu dia pensando nesse post, e outro q tbm mexeu com minha cabeça foi aquele de "magras lavam as mãos, gordas lambem os dedos" eu juro que dps desse post nunca mais lambi um dedo na vida e isso já é meio q inconsciente sabe, pra quem fez esses pots saibam que graças a vcs estou mais um passo perto da Ana ent muito obrigada de vdd
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Shameless; (Felipe Otãno)
Notas¹: Oii, feliz halloween 🎃🧹 (vai rolar parte 2, um dia. 🤝)
Avisos: Felipe Virgem; Matías e Pardella tentando ajudar ele; Palavras de baixo calão; Descrição de atos sexuais.
— Como assim "nunca aconteceu"?! - Matías praticamente berra ao descobrir a informação de Otãno, recebendo um tapa nas costas de Pardella. - AI!
— Precisa constranger ele assim, seu sem noção?! Como se você fosse O pegador, né? - Nega com a cabeça e volta a observar Pipe, que tinha o rosto escondido entre as mãos. - Não fica assim, Otãno, demora mesmo pra acontecer. Você não precisa ser um puto, tipo algumas pessoas aqui. - A indireta recai em Recalt, que revira os olhos. Pardella abraça as costas de Otãno com a mão, o apertando.
Felipe solta uma risadinha baixa, nega com a cabeça e retribui o abraço de Pardella. Do trio de amigos, Agustín sempre é o mais compreensível e o que Pipe confiava quando precisava conversar.
— Mas assim, você nunca sentiu vontade de tentar? - Perguntou após romper o afeto e voltar comer uma azeitona, que servia como petisco na festa em que estavam.
— Ah, claro que já senti, mas nunca consegui ir até o fim. - Pipe explicou e sentiu a ponta das orelhas ficarem vermelhas pela exposição.
Acontece que Felipe, em seus plenos 21 anos de vida, ainda era virgem. O argentino era o único no trio que ainda era, já que Pardella era praticamente casado e Matías era o famoso putifero, pegando desde mulheres, homens, e se duvidar até anões.
— Nunca tive vontade, sabe? A ideia de ter alguém me tocando dessa forma é meio... asqueroso. - Deu de ombros, bebendo o restante de sua bebida.
Matías riu, mexeu a cabeça e encarou Otãno bem de perto.
— Você quer ajuda, Pipe? Hm? Diz pra mim - Voltou a atentar e ficou mais próximo ainda, sentindo as mãos do argentino o segurarem e pedirem para que ele se afastasse. As gargalhadas dos três eram escutadas por quem passasse perto, chamando a atenção.
Pipe se livrou de Matías quando ficou em pé e revirou os olhos.
— Você seria a última pessoa que eu pegaria, Matí. - Caçoou, se sentando no apoio do sofá. - Não curto homens.
— Como sabe? Nunca nem pegou mulher. - Foi o tempo de terminar a frase e receber outro beliscão de Pardella. - Ah, qual é! Até você pensa isso.
— Mas eu não saio falando, mané! - Esbraveja e termina de beber sua cerveja. - Aí, nunca sentiu atração por ninguém? Tipo, se você olhar aqui agora pra qualquer menina, não sente nada?
Felipe levanta a cabeça e olha ao redor. Ninguém chama muito a sua atenção, a maioria das garotas estão acompanhadas, ou bêbadas, ou simplesmente não eram atrativas para si. Negou com a cabeça, fazendo Pardella suspirar confuso.
— Ah, isso demora mesmo, Pipe. Não esquenta a cabeça. - Tenta suavizar o assunto, agradece a Deus por Matías não provocar dessa vez e seguir o mesmo pensamento. - Eu demorei também, e até hoje namoro com a menina que também teve a primeira vez comigo.
— Eu me arrependo de ter perdido a virgindade tão cedo, mesmo eu sendo maior de idade. - Recalt confessa, recosta a cabeça no encosto do sofá. - Por isso que até hoje eu prefiro experimentar por aí, pra ver se encontro algo que me chame a atenção. Eu pego no seu pé, Pipe, mas te admiro de certa forma... só não se acostuma.
Os três riem, e Pipe agradece pelas palavras dos amigos Valeu pessoal.
— A gente pode te ajudar, sabia? - Matías comenta enquanto mexe na corrente em seu pescoço
— Ele não vai transar com você, Matías, sossega. - Pardella tira onda, recebendo um tapa no peito de Recalt, arrancando mais risadas.
— Não é isso. - Rebate rindo - Eu posso te descolar uma mina. Quer? - Oferece, virando o corpo para poder observá-lo melhor.
— Ah Matí, não sei não... - Coça a nuca com a mão.
— Vamos, eu te ajudo e se não der nada, não deu e você vai pra outra. - Levanta do sofá rapidinho e caminha até a multidão de pessoas, fazendo sinal de tempo pro argentino.
— O que você acha, Pardella? - Perguntou encarando o amigo, que riu e concordou com a cabeça.
— Vê o que você acha, mas lembra de usar camisinha e ser respeitoso, e que não é não. - Deu um tapinha sobre o ombro de Pipe, se afastando para ir pegar mais cerveja.
Felipe sentia suas pernas tremerem em ansiedade. Não sabia quanto tempo tinha passado desde que Matías tinha sumido, e mesmo procurando ele com os olhos, não tinha nem sinal do baixinho. Decidido que iria sair dali, se levantou e tentou ir até a porta, mas foi parado por um par de mãos segurando seu braço esquerdo.
— Você é o Felipe? O amigo do Matías? - A abordagem o faz querer sair correndo, dizer que não, que não é Felipe Otãno e que precisa muito ir embora.
— S-sou eu. - Concorda, idiota, pensa. Agora você sabe que ele é O amigo virgem de Matías.
— O Matías comentou que você... precisava de ajuda. - Mexeu a cabeça enquanto falava, apontando pra escada.
Felipe encara a direção, respira fundo e decide ser educado. Não quer negar ali na frente de todo mundo, então a intenção dele era de ir contigo até lá em cima e negar, ser educado, como Pardella disse.
Sobem pro andar de cima rapidamente, e Felipe admira como você sabe aonde ir. No pequeno tempo em que tem segundos livres para admirar você, Otãno estuda seu corpo, afinal precisa tentar ter interesse, não é?
Sua estatura não é tão alta, mas não é tão pequena. Seu tom de pele chega a ser brilhante, e você é muito cheirosa, um cheiro fresco, nem doce e nem frutado. Seu cabelo chama atenção pelo volume, tipo de fio e a curvatura, além da cor que o argentino julga interessante.
A sua roupa combina contigo, o cropped azul claro, a saia um pouco larga nas pernas e bem apertada na sua cintura, os brincos delicados em contraste com a maquiagem marcante e diferente. Gostou das pequenas pérolas no seu delineado, a cor do seu batom da contraste com a sua pele e destaca, também é um alvo dos olhos azuis.
Consegue achar um quarto livre e o deixa entrar primeiro. Encosta a porta e recosta ali, mexe na tranca e garante que ninguém vai abrir a mesma se forçar.
Pipe respira fundo antes de falar, observa a decoração do quarto, tenta se distrair.
— Então, moça... - Começa, mexe as mãos e te encara. - Eu não -
— Eu sei que você não quer transar, Felipe. - Responde após tirar os sapatos de seus pés, ri da expressão que ele faz de surpeso. - Eu não vou transar com um desconhecido e você também não vai. E meu nome é [...]
Se senta na cama, observa ele parado, estático. Meu Deus, como pode ser tão lerdo?
— Só aceitei pro Matías parar de te encher o saco. Sei como é passar por isso. - Contou enquanto tirava seus brincos e mexia em sua orelha, aliviando a dor devido ao peso.
— Você sabe? - Se senta ao seu lado e vê você concordar com a cabeça. - Não parece. Do jeito que você me abordou, sabe? Tão...
— Certa do que iria fazer? É, eu tenho essa mania. - Ri baixinho, encara ele e consegue prestar mais atenção na face do garoto.
Certo, ele é bonito. Bonito pra cacete. Os olhos azuis são tão intensos que parecem o próprio oceano, a pele branca é chamativa, as sobrancelhas grossas, os lábios vermelhos, o bigode claro acima forma um contraste com o rosto. O corpo grande, alto, forte, os braços fortes e as mãos grandes também te chamam a atenção e tenta muito não pensar em algo indecente naquele momento.
— Mas sabe, você não deveria ter topado essa maluquice. E se uma menina maluca vem até você?
— E quem disse que você não é maluca? - Rebate e começa a rir ao ver sua expressão de indignada.
— Ah, vai se foder! - Empurra ele da cama, rindo junto ao argentino. Deita no estofado e relaxa o corpo. Seja lá de quem for a cama, ela é macia pra cacete.
— Mas é sério, obrigado por me salvar do Recalt. Não sabia o que fazer pra evitar tudo isso. – leva os olhos até os seus, sorrindo de maneira fraca.
— Disponha. Mas a gente precisa ficar por aqui, por... - Observa o relógio no celular - Uns 50 minutos, talvez uma hora. - Desliga o aparelho.
— Uma hora?! Isso é podcast? - Se deita ao seu lado, esfregando a face com as mãos.
— Hm, sinto muito se quando você se toca, goza em 10 minutos. - Dispara viperina, vendo o argentino te encarar surpreso - Quando é com alguém experiente e que sabe fazer, demora muito mais.
— Eu não gozo em 10 minutos, tá? - Responde emburrado, o ego ferido.
— Tá bom, virgem, tá bom. - Brinca com ele, rindo ao vê-lo revitar os olhos. ‐ Mas me responde uma coisa, porque ainda é virgem?
— Não achei uma menina especial, sabe? É meio clichê, mas quero que seja alguém legal, num clima legal... - Te assiste concordar com a cabeça
— E você não tá errado. Precisa ser desse jeito mesmo, sabe? Nada de pressa ou com alguém babaca. - Deu de ombros, mexendo na ponta dos cabelos.
— A sua primeira vez foi boa?
— É... ele foi respeitoso, não forçou quando eu disse que 'tava doendo, mas não passou de uma noite, sabe? - Explicou, encarando os olhos azuis.
— Só isso? Ele não quis te ver depois? Não cuidou de você? - As perguntas te fazem soltar um riso baixinho. Era fofo como ele se importava, mesmo te conhecendo a poucos minutos.
— Não, mas eu não liguei também. Eu pedi pra ele me ensinar, ele ensinou e foi isso. - Suspirou ao lembrar. - Foi dolorido depois que ele foi embora, porque fica meio estranho, sabe? Mas eu consegui me virar.
Otãno observa sua face de maneira atônita, se pergunta quem foi o babaca que não teve a simpatia de cuidar de ti após algo tão íntimo. Com esse mesmo pensamento, faz uma promessa a si mesmo de que, quando tiver sua primeira vez vai cuidar de sua parceira, independente se eles forem ter algo sério ou não.
— Felipe? - Estala um dedo a frente dele, o chamando de volta ao local atual. - Tudo bem?
— É... tá, tá sim. - Engole a seco e finge uma tosse. - Você pode... sabe, me fazer um favor?
— Você sempre fica nervoso perto de mulher? - Interrompe com mais uma pergunta, encarando ele.
— Não sei, nunca tive contatos com muitas sem serem as da minha família. - Admite com as bochechas coradas.
— O que você quer saber?
— Você pode me ensinar a como chegar em uma menina, sabe, sem ser aqueles papos cafonas? - Mexe na ponta do travesseiro antes de voltar a te encarar, a tempo de ver você soltar uma risada e fechar os olhos. - Por favor! Não ri, vai. Eu to morrendo de vergonha de te pedir isso, mas eu tô desesperado.
Você não aguenta e acaba rindo mais, se curva sobre a cama e coloca um travesseiro sobre o rosto. Céus, ele é tão fofo!
— Eu ensino você, Otãno. - Volta a se deitar ao lado dele, dessa vez encarando o teto. - O que você quer saber primeiro?
— Como eu posso chegar em alguém?
— Depende. Se for numa festa, pelo menos eu gosto de ser abordada de várias maneiras. Quando convidam pra dançar, ir pro camarote, ou até pra pagar uma bebida. - Explica, mexendo as mãos. - Mas entenda que não é não, tá? É chato quando insistem. É só falar que tudo bem e partir pra outra pessoa.
— E se alguém chegar em mim?
— Aí você vê o método que a pessoa usa contigo, e se você gostar, vai.
— E depois? - Deita quase grudado a ti, observando o teto também.
— Se der certo, você começa a investir. - Olha para ele rapidinho - Você dança?
— Não muito....
— Então faz assim, abraça ela e segura na cintura. - Fica em pé e mostra onde ele precisa tocar - De início, tá? Fica bem grudadinho com ela, dança uns minutinhos assim, troca uns beijinhos, alguns no pescoço também pra ir preparando o território. - Explica ao mostrar as regiões em seu corpo.
Felipe prestava atenção em tudo que você falava, mas a cabeça dele começou o sabotar quando, ao imaginar as cenas, colocava você como a garota com quem ele queria dançar.
— Uma coisa que é gostosa, é quando beija debaixo da orelha e deixa uma lambidinha. - Ri travessa, nega com a cabeça.
— Tá bom, e depois? - Se senta sobre o estofado.
— Se vocês estiverem confortáveis, vocês podem ir pra algum lugar melhor. Não recomendo transar no banheiro. É fedido e desconfortável. Vão pra um carro, ou pra casa um do outro, ou pra um motel, sabe?
— Essa parte, eu mais ou menos sei o que fazer. Posso perguntar mais? - Ergue os olhos para ti, vendo tu concordar com a cabeça. - Como se faz um bom oral em uma mulher?
A pergunta te pega desprovida, e sente uma pontada em sua fenda íntima. Engole a seco antes de responder. Ele só queria saber por enquanto, e não aprender agora.
— Como que eu posso te explicar? - se questiona e pensa em alguns métodos. Volta a se sentar ao lado dele, apesar de seu corpo começar a dar sinais de excitação pelo momento. - Me dá as suas mãos...
Ele as estica para ti e observa sua face confuso. Vcê encara os dedos dele com atenção, vendo que todos eram grandes e grossos. Seu cérebro rapidamente imagina como seria senti-los em sua buceta, mas volta a focar no momento.
— É... sabe, tem muitos homens que não gostam de oral. Preferem partir pra penetração logo, e isso é um pouco ruim.
— Porque?
— Porque as vezes, o oral compensa o que o pau dele não faz. - Solta as mãos dele devagar e respira fundo, se contém. - Você tem dez dedos grandes, uma boca e uma língua. É só aprender a usar, e nessa parte, você pode perguntar pra garota o que ela gosta.
— E isso pode ser, tipo o que? - nota sua respiração ficar mais acelerada, e gosta da cena.
— Tem mulheres que gostam de sentir os dedos, outras preferem só a língua brincando um pouquinho, ou as vezes gostam dos dois. - Sente uma gota de suor escorrer em suas costas. Cacete, tão excitada.
— E o que você gosta? - Chega mais perto e toca a sua mão com a ponta do dedo.
— Eu... - sente a voz falhar - Gosto dos dois, mas precisa ser com carinho. Tem mulheres que são mais apertadas, e precisa abrir um pouco com a ajuda dos dedos. Aí depois você pode, sabe, entrar. Mas precisa ir devagar pra não doer... a não ser que ela te peça pra ir com força.
— Porra. - o argentino reverba, precisa parar de te encarar para pode respirar direito e ignorar que seu pau está teso, duro demais.
Os dois estão ofegantes demais pra continuar o assunto, excitados. Você toma a iniciativa de se levantar e andar pelo quarto, tentando distrair sua cabeça para não acabar transando com o Otãno. Tudo bem, na situação que ele está e pelo jeito que ele te encara, sabe que ele aceitaria transar contigo ali mesmo, mas quer que ele peça pra ti. Gostou de vê-lo tão vulnerável, e não achava ruim continuar.
Verifica o horário no celular, já tinha dado uma hora que estavam ali. Respira frustrada, se sente dolorida.
— Hm... Otãno? - o chama, sente o olhar do argentino subir até encontrar a sua face. Gagueja de repente. Os olhos dele parecem mais escuros, as bochechas estão tão coradas que parecem dois morangos, e pode notar que ele tá levemente suado. - Já deu uma hora... você quer sair primeiro?
Felipe parece sentir um tapa na cara ao ver que você também resistia, pensa em pedir pra você ficar e fazer tudo o que tinha ensinado, mas repensa e decide concordar. Iria atrás de ti.
— Claro, pode ser sim. - Seca as mãos na própria calça, se levanta meio atordoado e se despede com uma leve erguida de mão. – É... até um dia, aí.
— Ei, espera aí. - toca o ombro dele, espera o mesmo virar de frente e encara os olhos azuis. Pareciam estar mais escuros? Não era só impressão. - Você precisa... provar que perdeu a virgindade hoje.
— Ah, fica tranquila quanto a is - interrompe a própria fala ao admirar a cena de ti, se abaixando e mexendo em suas roupas. - O que tá fazendo?
Feito um pimentão vermelho, Felipe encara sua calcinha na própria mão, perdido no roteiro. Engole a seco, observando você dobrar ela cuidadosamente e colocar no bolso traseiro da calça que usava.
— Precisa ter uma prova, caso alguém te pergunte. - Responde ao terminar de guardar o item, arrumando a barra de sua saia. - Pode jogar depois, e eu sou limpa, ok? Não precisa esquentar sobre doenças ou algo assim.
Felipe não tinha o que dizer, atônito. Deu passos para trás e saiu de dentro do quarto, gaguejou vários "tchau" e tentou formular um "a gente se vê".
Sente o coração acelerado demais, desce as escadas e vai pra fora da casa, caça Matías pelos arredores. Encontra o amigo pendurado no pescoço de um homem mais alto, e não tem medo de puxá-lo para longe.
— Que isso?! Tá maluco? - Escuta a voz do Recalt, que puxa o próprio braço e para de andar. - O que aconteceu?
— Muito obrigado.
— Hã? Pelo o que? - Pergunta confuso.
— Por me apresentar pra aquela menina. Sério, ela é tão... bonita, meu Deus, parece uma deusa! - Exclama sorridente, sente as bochechas vermelhas, mas vai diminuindo o riso ao ver o amigo não o seguir no humor.
— Não sei do que você tá falando. Não falei com ninguém sobre você, Felipe.
— Para com isso, ela mesmo me falou. - Coça a nuca, sentindo os olhos arregalados.
— Felipe, eu não falei com ninguém sobre o seu "problema". - fez aspas com as mãos - Falei aquilo só pra te assustar, e ver se você tomava jeito.
— Como assim? Então ela... como ela sabia? - Perguntou ainda mais confuso, parecendo que estava falando sozinho e não com o Recalt.
— As vezes ela ouviu, quis te ajudar. Sei lá. - Deu de ombros, acompanhando o amigo para fora do lote, procurando por um táxi. - Quem sabe vocês se encontram de novo, e aí você esclarece isso com ela.
Perdidas? Calma, eu explico a vocês.
Quando desejamos muito alguma coisa, independente do que seja, isso pode vir a acontecer. E foi exatamente isso que aconteceu com o nosso Felipe Otãno.
Ele desejou tanto por alguém, que ela surgiu. Ela não tem um nome, uma história, um apelido, ou um sussurro de como fazê-la surgir. Simplesmente surge para quem quer surgir, e realiza o que tem para realizar.
Mas a história entre ela e Felipe não acabou por aqui.
Feliz Halloween. 🎃🧹
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FDP ♡ LEE HAECHAN | ⚠️ SUGESTIVO ⚠️ | 0.9K
❝Mulher nunca é problema, ah se você soubesse...❞
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✰ ATENÇÃO - Esse conto faz parte da série “Maloqueiro romântico”, que você pode acessar por aqui!
✰ NOTINHA DA SUN - Me deixem saber quando vocês se cansarem de ler coisa minha com o Haechan, ou melhor dizendo: Haechan + Gaab KKKKKK O cenário desse não é muito rico não, mas eu até que gostei!
Haechan revirou os olhos ao te avistar no bar do hotel luxuoso onde estava hospedado para uma turnê nacional. Você sorriu provocativa, passou a mão pelos ombros dele e se sentou no banquinho alto ao lado dele. Haechan continuou olhando para frente, mexeu no copo de uísque e sorveu o restinho do líquido antes de te olhar, na verdade, olhar para suas coxas, metade descobertas por uma sainha jeans.
— 'Cê não cansa de me perseguir? — Ele questionou, e você não conseguiu esconder o sorriso de orelha a orelha. Amava perturbá-lo, amava ter a certeza de que, não importando com quantas pessoas ele ficasse, o destino sempre fazia vocês se cruzarem novamente. E você sabia que, por trás de toda aquela armadura marrenta, ele te amava, e você inconscientemente sentia o mesmo.
Você se inclinou um pouco, aproximando o rosto do dele para tentar chamar a atenção e fazê-lo virar o rosto bonito só um pouquinho na sua direção.
— Para de fazer doce, Haechan. Você tava doido pra me ver aqui — Ele finalmente virou o rosto. Você sorriu, tinha vencido dessa vez. O Lee reparou nas mudanças em sua fisionomia; o cabelo curto, acima dos ombros, o deixou com um misto de tristeza e tesão. Gostava de fazer uma trança despretensiosa no seu cabelo pra depois levá-la até um cantinho escondido e devorá-la lentamente, puxando seus cabelos do jeito que ele sabia que você venerava, que te fazia ficar de joelhos, e ele adorava te ver naquele ângulo. — Cadê a sua namoradinha?
— Era ficante, você sabe — Você assentiu, se afastando um pouco para bebericar a taça de gin tônica que pediu. — Ficou com ciúmes, é? Postou aquela foto nos amigos próximos só pra me deixar na vontade, né?
— Não sei, você ficou? — Você questionou, inocente, lembrando da foto seminua que tinha postado nos stories apenas para ele, para provocá-lo do seu jeitinho. Haechan pesou a palma da mão contra a pele de uma de suas coxas, aproximando-se de você, meio embriagado, com as bochechas ligeiramente rosadas, mas sua fala era perfeita.
— Para de responder com outras perguntas. Você tenta ser enigmática, mas todo mundo sabe por que tá aqui — Você olhou para ele, odiava Haechan, pensava nele o tempo todo, se preocupava como se estivessem em um relacionamento de verdade, mas seu ego o impedia de mandar uma mensagem, de vê-lo pessoalmente. Então, viviam nesse lance perigoso em que ocasionalmente se encontravam e, quando isso acontecia, todos os ambientes, incluindo seus corpos, se incendiavam.
— Me diz então, por que eu tô aqui? — Você pediu, e Haechan subiu a mão um pouco, separando suas pernas e deixando a própria mão se esquentar ali no meio das suas coxas, próximo demais da sua intimidade, que você percebeu pulsar quase sem estímulo algum.
— Tá louca pra me dar — Você riu, tirando a mão de Haechan dali e beijando-a suavemente no dorso.
— Eu que tô doida pra te dar? Haechan, é você que não vive sem mim. Te dispensei e não demorou nem um dia pra você achar uma substituta — Haechan odiava seu tom ácido, detestava como você conseguia atingi-lo com as palavras e como ele continuava te querendo cada vez mais, como queria marcar sua pele com a palma, com os dentes, queria que você fosse dele, mas você dificultava que ele te dissesse aquilo com aquele seu jeitinho desgraçado. — Só que, no final, sou só eu que faço do jeito que você gosta. Você é um ímã para mina interesseira.
— Então, fica comigo, porra — Ele disse num sussurro exclamado, se levantando e tocando seu rosto com carinho, envolvendo suas bochechas com as mãos e te beijando suavemente. Enfiou a língua na sua boca, envolvendo a sua língua, borrando seu batom que ele limpou cuidadosamente com o polegar, mesmo sabendo que não pararia de te beijar tão cedo.
— Fica comigo, nem que seja só pra sentar em mim, preciso de você — Ouvir aquilo de Haechan fez você segurar o rosto dele pra ter certeza de que ele não estava bêbado demais. Seus olhos estavam levemente marejados, ainda sóbrios. Seu corpo esquentou de repente; pela primeira vez, você não sabia o que dizer, não sabia com qual provocação correspondê-lo, mas aquilo não era só tesão, era de verdade.
— Você sabe que eu não consigo só sentar em você, gosto de fazer todo o resto — Você disse com um sorriso, e ele sorriu de novo, te levou, segurando sua mão, até a suíte dele. Livrou-se daquela sainha mínima que você estava usando, beijou suas coxas, seus tornozelos, e te fez deitar suavemente na cama king size. Quando você desceu a mão lentamente até o lugarzinho entre as suas pernas, numa tentativa de finalmente se dedilhar enquanto Haechan te encarava fascinado, ele engatinhou até você, pegou sua mão e chupou seu dedo médio devagar.
— Para de ser uma filha da puta egoísta — você sorriu e ele te beijou forte, pressionando o quadril contra o seu, te fazendo sentir cada parte dele que pulsava de prazer.
— Você ama isso, né? — Haechan te olhou amoroso, beijando sua bochecha de leve.
— Amo você — Ele disse, pegando sua mão novamente e te obrigando a adentrá-la na sua calcinha, – não que aquilo fosse um sacrilégio – a palma dele sobre a sua. Você sorriu, a respiração acalorada, o coração acelerado.
— Amo você também.
✰ NOTINHA DA SUN² - Eu NUNCA conseguiria escrever um dark romance, porque os meus enemies to lovers sempre ficam 🥰 no final KKKKK Enfim, amo escrever sobre amor, sobre amar, seja “amor com sacanagem”, quanto “amor fofinho” KKKKKK Me deixem saber como tô me saindo no primeiro tipo de amor KKKKK
#sun favs#nct fanfic#nct127#nct scenarios#nct 127#nct u#nct br#nct br au#nct dream#nct dream imagines#nct haechan#nct imagines#nct pt br#nct x reader#nct lee donghyuck#lee donghyuck x reader#lee donghyuk x reader#lee donghyuck#haechan imagines#nct dream haechan#lee haechan#haechan#nct dream fic#nct dream fanfic#haechan fanfic#haechan fic#nct 127 imagines#nct 127 fanfic#nct 127 haechan#nct 127 x reader
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nossa cams o hc dos pirralhos chamando a leitora de mami mexeu MUITO comigo ainda mais o matías sendo o primeiro a comer ela na vida
pfv disserte mais sobre, matí tirando a virgindade da lobinha é meu ponto fraco 😫
*meme do sim gostosa* kkkk um estante me empolguei muito nessa… eat it up lobinhas
» cw: uso de maconha; oral fem recieving + perda de virgindade; sexo desprotegido; friends to lovers
aconteceria depois que vocês fumaram um, estão no jardim dele conversando quando ele novamente te provoca por ser virgem, e você mete um “ah é mr pirocudo gostosão abalador de vaginas” e ficam batendo boca sobre isso, e de alguma forma nesse vai e vem, ele te leva pro quarto.
quando chegam lá, ele vai te empurrando devagarinho pra contra a parede, te beija, mas BEIJA. você já tava com o corpo molinho então se entrega totalmente ao melhor beijo da sua vida: com muita língua, muito lentinho e gostoso, as mãos dele bagunçam seu cabelo todo, a mão vai por baixo da sua blusa, depois passam pela sua coxa, e quando ele vai te guiar até a cama, faz isso com as mãos na sua nuca. ele te deita e depois fica em cima de você, com um cotovelo se apoiando, ele quebra o beijo, fica te olhando, pelo jeito que ele olha pro seu rostinho até parece que ele vai falar a coisa mais romantica do mundo. e quando você pergunta “que foi?”, ele diz: “se você não fosse tão chatinha assim, com certeza não seria virgem, pq porra… voce é muito linda…” (o que na verdade para matias recalt essa é a coisa mais romântica do mundo sim temos que aceitar).
ainda deitado em cima de você, ele vai continuar te beijando MUITO, e tudo num ritmo muito devagarinho, torturante até. vai tirar sua blusa e beijar seu colo todinho, a barriga também. quando tirar seu sutiã, vai mamar seus peitos muito lentinho e com muita vontade, vai chupar e soltar com a boca pra fazer aquele estalinho, vai fazer círculos com os dedos ao redor do mamilo babadinho, apertar os seios juntos e beijar sua pele toda. vai descendo dando beijinhos na sua barriga até chegar no seu short, tira e ☝🏻ele vai sim te provocar por vc não estar usando uma calcinha sexy. ele vai beijar sua buceta por cima da calcinha, e ainda vai ter a pachorra de ficar CHOCADO com o tanto que você tá molhada “caralho que vagabunda, você molhou minha cama…” e você ⁉️”porra matias vsf mlk olha o jeito que você tá me pegando como é que eu não vou ficar molhada” e ele vai ficar todo vaidosinho mas vai esconder tá? enquanto ele tira sua calcinha, ainda vai falar “é normal isso que eu tô fazendo, ué. você que é a virgenzinha aqui” (e não não é normal!!! ele só é realmente muito bom de cama e ainda por cima tá dando a performance of a lifetime pq é com você).
ele vai colocar suas pernas em cima dos ombros dele enquanto te chupa, e ainda vai te fazer gozar em menos de um minuto. e ele vai subir pra perto do seu rosto com o queixo todo molhado e um sorriso deste ✋🏻 🤚🏻tamanho “não vou nem falar nada…”. ele vai te virar de bruços e dar beijos pelas suas costas até chegar na sua bunda mas interrompe☝🏻 pra colocar um travesseiro embaixo do seu quadril, pra você ficar empinadinha. ele vai abrir suas pernas pra conseguir encaixar ali dentro de você, mas manas… quando ele vê o combo sua bunda + coxas + você abertinha pra ele + sua buceta literalmente encharcada e a parte da coxa que também molhou. ele perde todas as estribeiras. fica encarando enquanto aperta sua bunda. “vai meter em mim agora, mati?” e vira a cabeca pra trás só pra ver o que ele tá fazendo. ele te olha tipo 🙂olha eu até ia mas quero te chupar de novo. e antes que você pudesse falar qualquer coisa ele se enfia lá de novo, afasta a sua bunda e te lambe todinha, passa o dedinho recolhendo a sua umidez e enfia um na sua buceta. e ele vai se preocupar tá? não vai meter o louco não. “ta doendo ou tá gostoso, nena?” e quando vê que você tá tipo 🥵🥵🥵🥵🤯🤯 ele começa a mexer o dedo devagarinho enquanto volta a te chupar, e ele aproveita e dá mordidinhas na sua bunda enquanto te deda. te faz gozar rapidinho de novo
quando ele finalmente se posiciona entre suas pernas, só esfrega a cabecinha, não chega a entrar sem avisar. “posso colocar, bebita?” e quando você diz que sim, coloca muuuuito devagarinho, até para de enfiar quando você faz algum sinal de dor, te dá tempo pra acostumar. quando colocou tudo, da beijinhos no seu pescoço e pergunta se pode começar a se mexer. vai te fuder muuuuuuito lentinho, muito gostoso mesmo. gemendo no seu ouvido e lambendo seu lóbulo. nessa altura do campeonato, com você apertando TANTO ele, só sai praise da boca dele, fala que você é a mulher mais gostosa que ele já comeu, fala que tava doido pra fazer isso há muito tempo
ele vai falar como sua buceta tá apertando ele e que vai fazer ele gozar rápido que nem um virgenzinho também... e você entre gemidos teve a luz divina de provocar ele, que nem ele sempre faz com você, “depois de hoje, você não vai poder implicar comigo por ser virgem mais”. ele solta uma risadinha (tá apaixonado lalalala) e diz “agora eu entendi porque você é virgem, mami… tava guardando essa bucetinha gostosa só pra mim, não tava?”
☝🏻desculpa people (eu) literally died
e gente i hate to say it mas ele não vai gozar dentro!!! vai gozar na sua bunda e costas. mas só pq ele sabe que ainda vai te comer mais vezes depois, então terá outras oportunidades 🎀
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agora é tarde demais pra você voltar atrás.
hoje, sem querer, encontrei um bilhete seu no fundo da minha gaveta de meias. o bilhete nada mais era do que nossos nomes escritos no meio de um coração e um "para sempre" embaixo. aquilo mexeu comigo, mas não da maneira como costumava mexer, não me fez tão mal quando achei que faria, não como fazia antes. eu simplesmente ri e joguei fora.
foi-se o tempo em que eu chorava por você pelos cantos, foi-se o tempo em que deixava a porta entre aberta pra você, foi-se o tempo em que esperava que você voltasse. agora, o que mais quero é deixar a porta fechada e te manter o mais longe possível de mim.
[agora é tarde demais pra você decidir voltar.]
bianca dias; nevalisca.
#nevalisca#7413#biancadias#textos#autorias#autoral#mentesexpostas#lardepoetas#eglogas#poecitas#liberdadeliteraria#projetoalmaflorida#carteldapoesia#espalhepoesias#pequenosescritores#projetovelhopoema#fumantedealmas#chovendopalavras#julietario#bsdq
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Tô traindo meu marido. (Março-2024)
By; Vera
Me chamo Vera, sou doméstica, 38 anos, mas aparento menos. Tenho 1, 70 de altura, pele morena, cabelos pretos ondulados, tenho seios médios, bumbum grande, redondo e durinho, coxas bem torneadas, lábios e nariz finos. Sou casada, tenho 3 filhos. Meu marido é professor, um homem inteligente, carinhoso, mas às vezes me deixa de lado, se é que me entendem. Sempre fui fiel, esposa exemplar, mas me sentia desvalorizada.
Decidi passar a me arrumar mais, mas mesmo assim meu marido me deixava de lado. Comecei a receber elogios e cantadas, e isso me deixava muito feliz.
Um dia desses, um rapaz mexeu comigo na rua, começou a puxar papo, me elogiar… Aquilo me deixou alegre, me fez sentir viva, e dei meu número pra ele. Ele me chamou no whattsap e ficamos conversando por vários dias. Ele também é casado, taxista e trabalhava no mesmo bairro que eu. Finalmente marcamos de sair depois que eu largasse serviço.
Ele me pegou no táxi assim que saí do trabalho. Eu estava bastante nervosa, mas topei ir para o motel, que ficava numa rodovia próxima. Fiquei meio travada, mas ele foi me beijando, me tocando e tirando minha roupa devagar, me deixou toda pelada, enquanto continuava me sarrando. Eu fiquei tremendo enquanto ele me beijava gostoso, enfiando a língua na minha boca e acariciando minha xota, que estava toda melada, eu tinha deixado ela rapadinha, e estava inchada de tesão.
Ele tirou a camisa de uma vez, e ao abaixar as calças e já estava duro feito um pedaço de madeira, e assim que eu toquei naquele pau, cheio de veias grossas, parecia que formava calos ao longo do pau. A cabeça mais parecida uma lâmpada acesa, toda melada querendo rasgar minha bocetinha. Fiquei com medo, porque o pau do meu marido estava longe daquilo. Eu dei uma risada, mas de nervoso, e falei pro cara ;
– Seu pau é muito grande, pode me machucar
E ele; – Vou colocar devagarzinho, você vai gostar
Apesar desse medo eu tava morrendo de tesão, e ele começou a chupar meus peitos, aí sim fiquei mais louca e comecei a gemer alto. Logo ele foi beijando meu corpo até chegar no meio das minhas pernas. Aí não aguentei, comecei a dar uns gritinhos tentando abafar com a mão enquanto ele mamava gostoso meu grelo. Gozei na língua dele.
Comecei a pedir o cacete dele na minha xota que já estava babando sem parar. Ele relava aquela cabeçorra na minha buceta só pra me tentar… Fui empurrando devagar a boceta naquela pica gigante. Centímetro por centímetro alargando meu buraquinho. Que delícia, eu toda arreganhada deitada na cama e ele por cima metendo em mim gostoso. A pica dele parecia preencher cada espaço do meu ventre. Aquela vara cabeçuda dava socos no meu útero, e eu sentia como nunca havia sentido, parecia estar no céu. O saco dele era pesado e ficava batendo no meu cu, que piscava de tesão.
Quando eu percebi já estava berrando igual uma puta. Ele me pôs de quatro, subiu em mim feito uma égua e me comeu como ninguém. Eu olhava a cena no espelho, algo que me envergonharia, mas naquele momento eu estava me sentindo completamente realizada, ainda mais quando ele me segurou pelos cabelos e começou a me xingar. “puta!” “vadia!” “cadela!” e eu não parava de gozar.
Foi então que cheguei ao ápice quando ele molhou o dedão na minha boca e depois enfiou a pontinha no meu cu. Gozei como nenhuma vagabunda jamais gozou nessa vida. Ele sentiu minha boceta comprimindo o pau dele e gozou forte dentro dela. Um mar de leite. Parecia ter me inundado de esperma quente. Me lembro que ele falou que queria gozar na minha boca, mas não aguentou. Disse pra ele que não tinha costume de fazer isso nem chupar meu marido.
Depois de nos recompor, fomos para o chuveiro, e ele me comeu lá outra vez. Voltamos pra cama e ele me fez sentar naquele mastro. Senti a vara quase rasgar minha boceta, e quando ele gozou de novo dentro, saí de cima dele e vi minha xota, parecia uma cratera, recheada de leite morno escorrendo.
Ao chegar em casa, minha calcinha estava encharcada, e no banho não parava de descer aquela porra junto com a água pelas minhas pernas.
Nesse dia dormi maravilhosamente bem, apesar de certa culpa.
Enviado ao Te Contos por Vera
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eu acho que mithrun tem uma das histórias mais tristes que já vi, não sou de ler muitos mangás, mas a história dele mexeu muito comigo e eu nunca cheguei a ler a história de um personagem que é tão comovente assim antes
quando eu li a história dele eu realmente chorei muito porque pra mim realmente fazia tipo uma metáfora pra abuso sexual, principalmente por conta da forma que o demônio estava segurando o mithrun.
ele é um dos meus personagens favoritos justamente por conta da história dele e de como ele tá melhorando aos poucos.
A historia dele é muito boa, e muito tragica
Mithrun é meu favorito por muitos motivos, depois de tudo que ele passou, a forma como ele quer impedir os outros dungeon lords de passar pelo mesmo, a forma como os outros canaries acham que não tem mais esperanças para ele mas no final ele percebe que ainda tem valor e que pode criar novos desejos...
Não sei por em palavras direito todos os sentimentos complexos mas eu amo o Mithrun demais <3
#About Cyan#Mithrun#Brazil posting#not really but it's portuguese#for non portuguese speakers we're talking about loving Mithrun and how tragic his story is#ask#anonymous
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Ohma Tokita
— É realmente impressionante como neste barco, em breve, todos os homens irão se matar naquela arena. — tomo o meu drink tranquilamente à beira da piscina.
— Comum, mas é assustador. Graças a Deus tenho uma alma feminina ao meu lado. — Kaede se ajeita sobre a cadeira e coloca seus óculos de sol.
— Eu só vim por causa que… O Yamashita não sabe dizer “não” e na primeira oportunidade que tiver, vai se borrar nas calças.
Nós rimos e trocamos um olhar engraçado.
— Aham, com certeza [Nome], apenas pelo senhor Yamashita.
— O que está insinuando, Kaede?
Eu sabia exatamente onde ela queria chegar, mas não dou o braço a torcer.
— Você sabe. Não é só pelo senhor Yamashita que você veio, tem um motivo a mais.
— Desconheço… — fiz-me de idiota e desviei o olhar, sentindo as bochechas esquentarem.
Era verdade que eu nutria um carinho enorme pelo Kazuo, ele sempre foi como um pai para mim e vê-lo em um estado tão deplorável nos últimos meses mexeu muito com o meu coração, fez com que eu sentisse a constante necessidade de estar próxima dele.
No entanto… Quando seu comportamento mudou da noite para o dia, quando ele me contou que tinha encontrado um novo motivo para viver e tinha recuperado toda a sua vitalidade, eu genuinamente quis saber o motivo.
E maldita — ou bendita — foi a hora em que descobri o “motivo”, ou melhor, o homem responsável por levantar o ânimo do pobre coitado.
Ohma Tokita.
Um homem de passado desconhecido e estranhamente forte, frio e rústico.
Ele será o responsável para representar a Corporação Yamashita quando as partidas Kengan começarem, e confesso que vê-lo lutar contra dois fortes oponentes me deixou muito curiosa sobre a sua pessoa, apesar de ele ser uma pessoa extremamente reservada.
Quando o assisti lutar contra o Lihito, um cara visualmente maior e mais forte do que ele, eu me senti dentro de um filme de ação, ficando emocionada a todo momento, a cada golpe e a cada técnica. Ele literalmente macetou o coitado na maior tranquilidade. Não me recordo muito bem o momento em que comecei a realmente prestar atenção no moreno, mas tenho uma breve noção quando assisti a luta contra o Sekibayashi.
Nunca vi tanta vontade assassina emanar de uma pessoa durante uma luta, ainda mais quando eu tinha certeza da evidente derrota, Ohma derrotou aquele brutamontes com um nocaute inesperado.
E para terminar, houve a briga no navio, uma várzea total e desbalanceada, mas ainda sim, ele foi capaz de sobreviver como se nada tivesse acontecido.
— Aí, [Nome].
— O que é?
— Sabe que precisa disfarçar mais quando eu quase mencionei o nome do Ohma, certo?
— E-eu não sei Kaede, pare de me provocar!
— Eu não provoco, você mesma se entrega, ainda mais quando estamos em reunião e o senhor Yamashita elogia o Ohma. Está estampado na sua testa o quanto você quer estar perto dele. — solta uma risadinha.
— Você precisa ficar do meu lado Kaede!
— Não misturo meu trabalho profissional com relações amorosas, apesar de achá-lo muito atraente.
— Ah, claro, você só tem olhos para o Lihito.
— Não mencione esse nome perto de mim, já não chega-
— Olha só! Não sabia que essa piscina era frequentada por moças tão bonitas quanto vocês.
Falando no diabo…
— O que as senhoritas estão conversando? — o loiro se aproximou com um enorme sorriso.
— Assuntos de mulheres, Lihito. — Kaede pegou uma revista que estava ao seu alcance e cobriu o rosto para evitar contato visual com o lutador.
— Por acaso esses “assuntos” tem a ver comigo? — seu tom de voz se intensificou para tentar seduzi-la.
— Humpf, com certeza não, nós temos outras coisas mais interessantes para conversar.
— Aaahh, não seja tão dura comigo, senhorita Akiyama!
Parei de prestar atenção na conversa dos dois quando percebi a presença de Ohma, logo atrás de Lihito.
As mãos tipicamente enfiadas nos bolsos da calça jeans que costumeiramente usava, os cabelos negros como carvão sempre rebeldes, as mechas escuras sempre caídas sobre o rosto bem definido com algumas escoriações e machucados a se curar.
— Oi… — cumprimentei num tom quase inaudível.
— [Nome]. — ele respondeu o cumprimento no mesmo tom sério de sempre.
— Lihito, por favor... Você deveria voltar ao cassino.
— Eu cansei de perder! Pelo menos, vindo aqui, eu ganho alguma atenção de vocês. Não é, [Nome]?
— Por que você não para de incomodar ela?
O loiro ficou surpreso ao escutar a voz do amigo. Ohma raramente fazia isso, e para quem ele dirigia a palavra?
— Qual é Tokita! Deixa de ser chato. — afastou-se da loira e pegou uma cadeira, sentando ao meu lado.
Não era bem você que eu gostaria que estivesse ao meu lado, mas ok.
— Bom, já que a senhorita Akiyama não me dá nenhum pingo de atenção, eu pelo menos posso me sentar aqui, né [Nome]?
— Ah, aham... Claro.
— Humpf.
Pode ter sido uma impressão só minha, mas escutei Ohma suspirar ao notar que agora eu me encontro acompanhada.
— E então, [Nome]... O que acha de dar uma volta comigo para conhecer o navio?
— Tá um calor danado, eu prefiro curtir o sol daqui.
Eu genuinamente queria ficar ali, deitadinha e curtindo o meu drink.
— Ah vamos! Vai ser legal, eu prometo que você vai gostar. — ele sorriu e colocou o braço sobre os meus ombros.
— Lihito, eu não- olha, eu só quero apreciar a piscina, talvez outra hora. — dei um sorriso simpático, na esperança que ele me entendesse.
— Ninguém quer me fazer companhia, já entendi. — Lihito encostou a cabeça sobre o meu ombro.
— Sai. De. Perto.
Ohma se aproximou de nós e pegou o lutador pelo ombro, o tirando abruptamente de cima de mim.
— Qual que é a tua, Tokita?! — Lihito pareceu ligeiramente irritado.
— Preciso repetir? Sai de perto da [Nome].
— Eu nem fiz nada!
— Você tá incomodando, só sai de perto.
— Ohma, t-tá tudo bem, deixa pra lá. — eu tentei acalmá-lo.
Coloquei a minha bebida sobre a mesinha ali do lado.
— Você não entende nada, não é? — o tom colérico fez com que o meu coração disparasse. — Deixa. A. [Nome]. Em. Paz. — pegou Lihito pelo colarinho da camiseta.
— Já entendi, seu idiota. Se tá tão puto por eu querer dar uma volta com a sua namoradinha-
— Já chega Lihito, precisamos conversar. — Kaede interviu segurando no braço do loiro.
— ... — o moreno continuava a encará-lo mortalmente.
Como na primeira vez em que lutaram.
— Vamos. — novamente a loira o tirou dos próprios pensamentos.
— Isso não vai ficar assim, Tokita! Depois a gente conversa melhor... — fez um sinal de "soco" com os punhos e sorriu.
E eu? Fiquei ali parada esperando que o pior acontecesse, mas ainda bem, Kaede interviu e agora estamos só nós.
Mas espera aí? Eu ouvi direito? “Namoradinha”?
— Tsk, que saco. — o moreno interrompeu os meus pensamentos e saiu andando.
— Ohma, espera!
— … — ele não disse nada, mas parou quando pedi.
— Desculpa pelo Lihito, eu deveria ter sido mais-
— Não peça desculpas, não é sua culpa. É só que… — Tokita virou-se para me encarar, porém não tinha aquela mesma expressão de sempre.
Ele estava… Nervoso? Tenso?
— Eu não quero que ele chegue perto de você de novo, isso me dá muita raiva.
Os punhos por debaixo do bolso da calça se apertaram e tornaram-se evidentes. A cena anterior me deixou tão embasbacada que eu nem tive como continuar aquela conversa.
Tokita percebeu que nada mais sairia da minha boca e saiu do deck da piscina em passos lentos até desaparecer da minha visão.
[...]
Os eventos que sucederam a nossa discussão no deck, não tiveram muita importância. Logo, as partidas Kengan começaram e todos os competidores estavam concentrados em destruir os seus oponentes, e isso incluía Ohma e Lihito. Quase nem falei com os dois na semana.
Na verdade, eu fiquei um pouco aliviada em não ter de dar as caras para encontrar o loiro, não sei bem como reagir depois daquela cena chata, se bem que… É, não deve acontecer mais, depois das fofas ameaças do Ohma.
Eu, Kaede, Kazuo — e vez ou outra o Ohma — assistimos todas as partidas, analisando todos os competidores e chegamos a conclusão: todos aqueles homens eram monstros dotados de uma força imensurável, e ninguém poderia descansar até o término do torneio.
Quando a quarta luta começou, quando Ohma e Inaba se enfrentaram, eu pensei que a vitória estivesse garantida. Doce ilusão a minha. Apesar de pequeno, o Inaba é muito habilidoso e me deixou deveras preocupada. É um choque ver um homem tão forte como Ohma ser jogado pra lá e pra cá como um boneco no meio da arena.
Mas a onda do baixinho logo acabou quando o moreno usou um Empréstimo e o estraçalhou, fazendo-o se arrepender de todos os golpes desferidos.
— O Ohma não aprende, ele não pode ficar usando essas… Essas coisas! — o velho exclamou assim que a luta acabou.
— Se ele continuar assim, não vai chegar até a última partida.
— Oh, vocês dois! Parem de exagero.
Por mais que me doa admitir, eles estão certos.
— Não é exagero [Nome].
— … Eu preciso falar com ele.
— Ele deve estar na enfermaria, tratando os machucados. — Kaede sugeriu.
— Se precisarem de mim, estarei lá. — levantei da minha cadeira e comecei a caminhar até a enfermaria.
— [Nome]. — Kazuo me chamou.
— Hm?
— Por favor, tome conta dele.
O sorriso sincero e preocupado do velho me trouxe uma sensação de calma e eu retribuí o sorriso.
— Pode deixar.
Caminhando dentro dos corredores do estádio, demorei alguns minutos para finalmente chegar até a enfermaria.
E como uma coincidência do destino, Lihito estava saindo de lá naquele instante.
— Oh, [Nome]. — nós paramos um de frente para o outro.
— Lihito… Veio ver o Ohma?
— Vim ver como ele estava depois da luta com aquele tampinha.
— E está tudo bem? — não sei bem como desenvolver uma conversa com ele depois da discussão…
— Não se preocupe, nada que um pratão de filé não resolva. — o sorriso sincero do lutador seguido de um “positivo” confortaram o meu coração.
— Isso não é nada complicado.
— [Nome], você veio aqui para vê-lo?
— Sim, eu… Não consigo ficar parada quando o vejo machucado. — decidi ser sincera, mesmo que isso me deixasse envergonhada e como um pimentão.
— O Tokita tá lá dentro, te esperando. Mas antes de você entrar, eu preciso pedir desculpas.
— Desculpas? Ah.
— Eu… Não devia ter sido tão impertinente no deck da piscina, desculpe por isso.
— Fica tranquilo, eu te desculpo. Estamos bem, né?
— Com certeza. Eu gosto muito de você [Nome], e não quero pôr tudo a perder por uma briga besta.
— Tudo bem, vamos esquecer esse assunto.
— Vai lá cuidar dele.
Com um sorriso, nós nos despedimos e meu coração ficou mais leve. O Lihito é um cara bacana, e a nossa amizade não podia se deixar abater por uma coisa besta — e um ciúmes cuja causa ainda não descobri —.
Entrei na enfermaria, todas as macas estavam ocupadas com lutadores ou pessoas ordinárias, os médicos andavam de um lado para o outro com as enfermeiras, atendendo os feridos e prestando serviços aos casos mais graves. Não demorei a encontrar o moreno, que estava de pé, escorado sobre a parede com os olhos fechados e com os braços cruzados.
Ao me aproximar, pude reparar nos hematomas nos seus braços, pernas, por todo o seu corpo… No seu rosto. Meu coração se apertou de novo, por mais que ele fosse um homem forte e cheio de marra, ainda era um ser humano que sofria como qualquer outro.
Pensei que ele nem notaria a minha presença, mas estava redondamente enganada.
— O que você tá fazendo aqui?
— Eu vim ver você, Ohma.
— Hm. — ele continuava com os olhos fechados.
— Vem, deixa eu fazer um-
— Não preciso que cuidem de mim, eu tô bem.
— Não quero saber, você tá com o corpo inteiro machucado, eu não posso te deixar aí, simplesmente existindo. — eu me aproximei um pouco mais e o peguei pelo braço.
— [Nome], eu já-
— Deixa de ser teimoso, Tokita. — elevei um pouco a voz e só assim ele pareceu perceber que eu não estava de brincadeira.
Os olhos escuros por debaixo das pálpebras se revelaram e me encararam, um pouco emburrados, mas pouco me importei.
— Vamos, ninguém pode cuidar de você agora, todas as enfermeiras estão ocupadas.
— Posso esperar… — mais uma vez, relutante.
— Não me faça ter que cuidar de você à força.
— Humpf, como se você conseguisse me obrigar a fazer alguma coisa. Já esqueceu quem é o mais forte aqui?
Lá vem ele com as provocações…
— Você pode ser o mais forte na arena, mas aqui na enfermaria, tem de me obedecer se quiser participar da próxima partida.
— Vou te lembrar quem está em posição de mandar alguma coisa.
Ohma foi rápido. Ele inverteu os nossos papéis, puxando-me pelo braço e me pressionando sobre a parede em que estava escorado. O movimento foi tão rápido que só percebi essa diferença quando as minhas costas bateram contra a parede do lugar.
Ao abrir os olhos, o rosto do moreno estava tão próximo do meu, um sorriso de canto se formou, além da sua respiração quente batendo contra o meu rosto. Não é possível que um homem tenha tanto poder sobre mim mesmo depois de ter sido espancado em uma briga.
— E agora? Vai mesmo me enfrentar?
— Isso não é uma briga, Ohma… Eu só quero cuidar de você, porque eu me importo. — engoli seco, estou mesmo me confessando? Numa hora dessas?!
— Talvez você devesse guardar essa sua preocupação para outra pessoa. — seu sorriso desapareceu e deu lugar a uma expressão carrancuda.
— “Outra pessoa”? Do que- não, não pode ser isso.
— Hm?
— Por acaso está com ciúmes do Lihito?
Toquei na ferida, pois o seu corpo ficou tenso, e apesar disso, nada saiu da sua boca.
— É isso? Você está com ciúmes dele?!
— Eu não tenho ciúmes de ninguém.
— Pois é o que está parecendo.
— Não quero discutir isso com você, eu não tenho ciúmes nenhum de você. — ele fez questão de enfatizar o “você”.
— Tá, já entendi. — eu me dei por vencida, mas depois quero arrancar isso dele. — Posso só cuidar de você então? Como uma pessoa que se importa muito contigo?
— … — suspirou. — Pode.
— Eu prometo que não vai doer, depois de tanta pancada, eu serei cuidadosa.
Ohma não respondeu, afastou-se de mim e permitiu que eu o sentasse em uma das cadeiras livres. Eu vasculhei aquela enfermaria cuidadosamente em busca de algum álcool, alguns algodões e bandagens para pelo menos tratar aqueles machucados abertos, não quero que o campeão da Corporação Yamashita pegue alguma infecção.
— Aqui, voltei. — eu me sentei ao seu lado. — Fique quietinho e não se mexa, isso pode arder um pouco…
— Só faz o que precisa ser feito.
Até os mais durões não conseguem disfarçar a careta de dor quando um pingo de álcool cai sobre uma ferida aberta, mas isso não é fraqueza.
À medida que eu passava o algodão encharcado com álcool sobre as feridas abertas sobre o seu abdômen, tive de segurar o sorriso por estar tão perto dele assim… Eu deveria me sentir culpada por esse sentimento? Eu certamente estou me aproveitando dessa situação delicada para ficar mais próxima do moreno.
Em contrapartida, o que conforta e me deixa fazer com que eu trabalhe direito como enfermeira, é que estou cuidando dele, é por uma boa causa, e eu sei que o Ohma não liga que eu fique por perto.
Mas ainda bem que aquela sessão de vergonha passou, terminei de tratar as suas feridas, chegou a hora de dar uma olhada no rosto…
— Eu preciso que você olhe pra mim… Acho melhor eu pegar uma bolsa de gelo. — levantei-me da cadeira.
Lá vou eu em busca de uma bolsa de gelo para acalmar aquela pele irritada.
— Não.
Abruptamente, sinto uma mão sobre o meu pulso e sou obrigada a olhar para o lado. Ohma me segura firmemente e me olha profundamente com aqueles olhos escuros.
— Ohma, eu-
— Fica. Não preciso da bolsa agora, depois eu resolvo isso com o Kazuo Yamashita.
Fica.
— Promete pra mim então?
— Sim, agora termina o que você começou. — ele deu um leve puxão no meu braço para que eu voltasse a me sentar perto dele.
— Sim senhor. — dei um sorriso involuntário.
Perceber que ele me queria por perto aqueceu o meu coração. Para um cara tão durão e frio, isso com certeza derreteria os mais gélidos dos ice bergs.
— Vou ser mais delicada, não se preocupe. — eu me acomodei de frente para ele e molhei o algodão com um pouco de álcool.
— Você já é.
Decidi ignorar aquele comentário, não sei se estou pronta para iniciar uma conversa tão íntima assim com ele.
Só que não pude deixar de notar o rubor nas suas bochechas, talvez seja por conta da reação ardente do álcool contra a sua pele, talvez seja porque eu esteja olhando fixamente para o seu rosto, concentrada em cuidar das feridas.
— Você viu o Lihito?
— Hm? — eu estava tão concentrada em passar o algodão sobre a sua sobrancelha que não escutei direito.
— O Lihito, você viu ele?
— Sim… A gente se esbarrou na porta da enfermaria. Ele me disse pra cuidar bem de você.
— E o que mais?
Por que essa curiosidade?
— Ele se desculpou comigo, disse que não deveria ter insistido. Confesso que fiquei aliviada, eu não gostaria de ficar brigada com ele por uma coisa besta.
— Humpf, é bom mesmo. Não quero que ele chegue tão perto de você.
Parei de passar o tecido macio sobre a sua pele e o encarei.
— Ohma, pra quê isso?
— Como assim?
— Isso é… Ciúmes?
— Não, eu… Ele quer ficar muito perto de você e eu não quero isso.
— Mas ele é o meu amigo. — falei como se óbvio fosse.
— Sei muito bem quais as intenções dele.
O moreno segura o meu pulso delicadamente e o abaixa, colocando sobre o meu colo.
— Ohma, você é estranho. — dei risada. — Não consegue me dizer com clareza o por quê de estar se sentindo assim?
— … — ele não desvia o olhar nem por um segundo sequer. — Você é muito lenta.
Sem que eu pudesse dar continuidade à nossa discussão, a sua mão que segurava o meu pulso me puxou de maneira brusca, fazendo o meu corpo pender para frente, deixando o meu rosto ainda mais perto do dele…
— O-Ohma, o que foi?! — o rubor se espalhou pela minha cara inteira e eu pressionei os lábios, um contra o outro.
— Eu sei que sou péssimo para me expressar, acho que nesse caso, eu preciso te mostrar.
O estreito espaço entre os nossos rostos desapareceu quando sua boca encostou na minha, dando início a um beijo. A mão forte e calejada passeou sobre o meu braço e foi ao encontro do meu rosto pegando fogo. Apesar da surpresa, não sou besta nem nada, tratei de aproveitar aqueles segundos em que ficamos conectados.
Para buscar algum apoio, coloquei uma das mãos sobre o seu ombro nu e suspirei, não era possível que aquilo estivesse acontecendo, certo? Errado, era real e eu percebi quando Ohma quis aprofundar o beijo, mas não permiti — não de imediato —, pois estávamos dentro de uma enfermaria com diversos feridos ali dentro, o momento pede mais decência.
Eu fui obrigada a nos separar, afastando o seu rosto do meu, segurando e apertando seu ombro forte. Não consegui encará-lo por alguns segundos, então encarei o belo chão daquela enfermaria e o analisei para ver se os faxineiros sabem mesmo varrer um chão.
Cacete, o que estou pensando?!
— É por isso que eu não quero que o Lihito chegue perto de você. Não quero que ele te tenha para ele.
— “Para ele”? Pelo amor de Deus, não sou uma propriedade!
— Você entendeu. — bufou. — Não quero ter que lembrá-lo do quanto eu te quero.
— Agora você decidiu falar, é? — soltei uma risada nervosa. — E ainda decide ser bem direto.
— Eu não tenho o porquê ficar com indiretas, quando é você.
— Estava até agora há pouco quando sentiu ciúmes do Lihito.
— Escuta, para de falar nesse cara, só um pouco.
Tokita me puxou pelo queixo, aproximando os nossos rostos novamente. Deu um sorriso de canto e eu senti mais uma vez a sua respiração quente bater contra o meu nariz.
— Se você não parar de falar nele, eu vou ser obrigado a te calar de outra maneira.
— O-Ohma, a-aqui não. — engoli seco.
— Isso por acaso é uma confissão?
— Talvez… — mordi o lábio inferior. — Mas aqui não é lugar para isso. Estamos na enfermaria! — sussurrei ao ver uma enfermeira passar do nosso lado.
— Você é Ohma Tokita? — a voz suave da moça ecoou nos meus ouvidos e eu imediatamente nos separei.
— É ele, sim. — recuperei a minha postura.
— Vamos, precisamos te examinar.
Eu me levantei e o ajudei a fazer o mesmo.
— Essa conversa está longe de acabar, [Nome]. — sussurrou ao pé do meu ouvido antes de sumir para dentro da enfermaria.
[...]
Essa conversa está longe de acabar, [Nome].
Aquelas palavras reverberam dentro da minha cabeça por muito tempo depois da nossa última conversa. Eu me segurei e não contei a ninguém sobre o que aconteceu na enfermaria, para preservar ambas as nossas intimidades. Por mais que eu conheça Kaede e sei que posso confiar nela, prefiro eu mesma pensar sobre o que aconteceu e tentar decifrar os meus próprios sentimentos.
O primeiro dia das partidas Kengan chegou ao fim e todos retornaram aos seus devidos dormitórios, e com a Corporação Yamashita não foi diferente. Após a janta, os competidores restantes e seus devidos chefes se dividiram entre descansar e explorar o lugar.
Não encontrei mais com Ohma depois da nossa conversa na enfermaria, e jantei no meu quarto, presumindo que ele já tivesse se recolhido junto ao velho. Kaede precisou sair para resolver algumas cagadas do Lihito no cassino — no fim das contas, ela realmente se importa com o loiro —.
Quando o relógio bateu dez horas, decidi que estava na hora de tomar um banho e me recolher. O chuveiro do dormitório era surpreendentemente aconchegante e quentinho, o que me fez querer ficar horas ali, mas a conta sairia cara depois, e não quero prejudicar o Kazuo.
Não quero ter que lembrá-lo do quanto eu te quero.
Merda, não posso nem fechar os olhos e apreciar o meu banho em paz que a figura daquele ser me vem à minha mente.
Eu vou ser obrigado a te calar de outra maneira.
O que exatamente ele quer dizer com essas palavras? Ohma é um homem de poucas palavras e uma péssima maneira de se expressar, e eu sou uma pessoa que precisa de respostas rápidas
— “Indiretas”, até parece Ohma Tokita. — dei uma risada baixa ao desligar o chuveiro.
Saí do banho e me enrolei na toalha, o cabelo encharcado caía sobre a minha face ruborizada ao me olhar no espelho. Os últimos pingos daquele chuveiro me fizeram indagar e… Era inevitável não sentir a falta dele, ainda mais estando sozinha no próprio dormitório e depois de uma troca intensa de olhares.
— Preciso me recompor, preciso reagir.
Balancei a cabeça e saí do banheiro, pegando o primeiro pijama que estava à vista sobre a mala, nem me dei ao trabalho de colocar roupas íntimas para dormir.
Afinal, quem é a doida que dorme de sutiã? Tá pedindo pra sofrer.
Olhei no relógio, dez e trinta e oito da noite. O ponteiro fazia o típico barulho de tic tac, deixando os pensamentos menos inóspitos dentro da minha cabeça. Liguei a televisão e os melhores momentos das partidas de hoje estavam passando, e eu até prestei atenção por alguns longos minutos, até o moreno aparecer na tela, fazendo seu contra-ataque. A imagem do Tokita me prende tanto a atenção, é inevitável não sorrir e pensar no quão escura era a minha vida antes de conhecê-lo por meio do Kazuo.
Não quero soar emocionada, nem precoce, mas só a presença dele me deixa distraída da realidade, como uma válvula de escape, e o que me deixa tranquila — pelo menos agora — é que tenho a chance de descobrir que ele sente o mesmo, não que esteja evidente, acontece que ninguém faz o que ele fez hoje mais cedo de graça, para machucar.
Pelo menos, esse não é o seu tipo de pessoa.
— O quê?
Uma batida na porta me despertou dos pensamentos e eu pisquei algumas vezes.
— Voltamos após os comerciais com mais momentos marcantes das partidas Kengan! Não percam! — o anúncio do apresentador me ajudou a despertar do transe e eu saltei da cama.
— Quem é? Kaede? — chamei ajeitando o pijama e caminhando até a porta.
— [Nome], sou eu.
A voz grossa e gélida denunciou a figura que estava atrás da porta, Ohma Tokita.
Minha mão pousou sobre a maçaneta e eu suspirei de maneira profunda antes de responder, abrindo a porta ao mesmo tempo.
— Ohma, o que foi?
Ao abrir a porta, deparei-me com a sua figura vestida com a sua típica camiseta preta e branca, vestindo uma calça de moletom cinza. O rosto coberto com algumas bandagens e esparadrapos, o cabelo levemente bagunçado e o olhar predominantemente desinteressado podiam diferenciá-lo de qualquer um.
— Cadê a Kaede Akiyama?
— Ela saiu… Foi resolver uns assuntos com o Lihito no cassino, de novo. Aconteceu alguma coisa com o Kazuo?!
Só o que me faltava aquele velho ter saído pro bar e bebido até não se aguentar.
— Não tem nada a ver com ele, eu vim ver você.
— Eu? — escorei-me sobre o batente da porta.
— Já se esqueceu? — o desinteresse sumiu da sua face, dando lugar a um sorriso e olhos fechados.
— Não achei que viesse tão tarde da noite.
— Você não apareceu para jantar com os outros, não tive outra chance.
— E agora parece ser a hora certa? Quase onze horas da noite?
— Quando se trata de você, não consigo esperar muito. — cruzou os braços. — Nós vamos conversar ou eu vou ficar plantado aqui?
— Ah, e-entra então.
Dei espaço para que ele passasse e antes de trancar a porta, certifiquei-me de que não havia ninguém nos corredores. Por sorte, aparentemente, estávamos seguros.
Ao me virar para dar continuidade à nossa conversa, o moreno deitou sobre a cama onde Kaede dormia. Confusa, arqueei uma sobrancelha e me sentei sobre a minha cama.
— Por que vai ficar aí?
— Vai por mim, é melhor assim. — com os braços apoiando a cabeça e encarando o teto, a naturalidade na sua voz me causou ainda mais estranheza.
Não é como se tivéssemos trocado um beijo caloroso há poucas horas atrás.
— Qual a diferença?
— Nenhuma.
— Então senta aqui, do meu lado?
— Você me quer tão perto assim? — riu baixinho e rouco.
— Sem joguinhos Tokita, vamos conversar direito. Não é para isso que você veio?
— Eu vim para afirmar uma coisa, e deixar claro de uma vez por todas o que sinto.
— Já sei! Você pensa que eu sou muito mais forte e quer me desafiar pra cair na porrada.
— Quê?! — ele me encarou com uma expressão engraçada. — Você é bem idiota às vezes, quando quer.
— Só para descontrair, não é como se fôssemos estranhos.
— Eu… Eu quero ficar mais próximo de você. Quero te ter por perto. — começou.
— Nós já somos próximos Ohma, precisa se esforçar mais em transmitir o que sente. — vou tentar ajudá-lo��� Para um homem frio igual ele, deve ser complicado mesmo.
Vamos ter um pouco de paciência e empatia, certo?
— Eu quero mais, ou melhor… Eu preciso de você por perto. — o moreno sentou-se sobre a cama e apoiou as mãos no edredom.
— Se eu disser que preciso de você por perto, mais perto, você vem? — bati a mão mais uma vez sobre a cama.
— … Sim.
Ele se levantou e caminhou lentamente até mim, mas eu não o encarei até que ele se sentasse ao meu lado. Só então tive a coragem de me ajeitar e virar de frente para ele.
— Agora sim, bem melhor. — dei-lhe um sorriso.
— Não sei explicar o que aconteceu, ou quando aconteceu, mas eu preciso que fique perto de mim.
— Calma, não precisa jogar esse peso de uma vez.
Era difícil de acreditar, mas o nervosismo começara a aparecer e emanar daquele homem, preciso tomar cuidado e acalmá-lo.
— Eu me sinto estranho quando tô perto de você, a vida inteira eu sempre busquei ser o mais forte, ter adrenalina correndo no meu corpo, mas ninguém me preparou pra isso… Quer dizer, consegui um conselho de alguém.
Já posso até imaginar: Kazuo Yamashita.
— A questão é, eu te quero por perto.
Ohma pegou a minha mão e a colocou sobre o peito coberto pelo tecido fino da camiseta.
— Posso falar?
— Uhum.
— Eu quero estar perto de você também… Sabe, você é forte, sempre parece saber o próximo golpe durante uma luta, então… Na verdade, deixa eu mostrar como eu me sinto?
O moreno assentiu e eu tomei a liberdade de fechar o pequeno espaço entre nós rapidamente.
Minha mão que estava sobre o seu peito subiu até o seu rosto, passei os dedos sobre os machucados recém-feitos e apreciou o meu toque. Eu o beijei novamente, dessa vez aproveitando a oportunidade de estarmos sozinhos naquele quarto, de maneira mais intensa, permitindo que os nossos desejos fossem externados.
Quebrando o beijo, Ohma tomou as rédeas da situação e me pegou no colo, fazendo com que eu me sentasse sobre as suas pernas, e para um maior conforto da minha parte, entrelacei as pernas ao redor da sua cintura. Demos continuação ao beijo — que pareceu ainda mais intenso — enquanto eu brincava com algumas mechas bagunçadas do seu cabelo escuro.
— Tem certeza de que vai ficar sozinha? — perguntou ao nos separar, a cabeça encostada no meu pescoço.
— Quando se trata daquele lá, aposto que fica até amanhã.
Uma risada rouca escapou e logo suas mãos voltaram ao trabalho, percorrendo toda a extensão das minhas costas.
— Então vamos fazer o mesmo… Ficar até amanhã, sem descansar.
Na manhã seguinte.
Às vezes nós fazemos as coisas sem pensar, e eu confesso ser uma pessoa que pratica muito isso, mas hoje não. Hoje foi diferente. Eu tenho certeza de que não me arrependo de nada que aconteceu na noite passada.
Kaede realmente não voltou por estar resolvendo os problemas do Lihito, então Ohma ficou até o raiar do sol junto comigo. No fim, acho que nós dois somos meio ruins para nos expressar, nesse sentido, restando a melhor forma ser demonstrada fisicamente.
Os raios de sol ultrapassaram as cortinas do quarto e incomodaram os meus olhos, fazendo com que eu fosse obrigada a abri-los e me remexer na cama. Tateei o colchão na esperança de esbarrar com alguma coisa, mas não apalpei nada, não havia ninguém ali. Com esse susto, abri os olhos definitivamente e encarei o vazio ao meu lado.
Um aperto no peito veio, olhei ao redor, em todos os cantos do quarto, e nenhum sinal do Ohma.
— Merda… Ele já foi embora? — engoli seco e me cobri com o lençol. — Ele não-
De repente, escutei a tranca do banheiro, presumi que fosse apenas um estalo.
Mas não.
A porta se abriu em seguida, revelando o moreno com uma baita cara de sono, os cabelos severamente bagunçados e apenas uma toalha cobrindo da cintura para baixo…
— Ohma! — exclamei.
— Ah, finalmente está acordada. — fechou a porta do banheiro.
— Eu pensei que já tivesse saído… — não pude deixar de não esconder o quão desapontada eu ficaria se ele realmente tivesse saído do quarto sem ao menos ter me dito “bom dia”.
— Desculpe, eu… — coçou a nuca, parecendo envergonhado. — Eu não quis te acordar, você estava dormindo tão bem.
— Pode me acordar quando for assim. — sorri.
— A água já tá quente, se quiser tomar um banho… — virou de costas. — Eu preciso voltar, encontrar o Kazuo Yamashita.
— Não pode ficar mais um pouquinho? — pedi com o tom mais meigo possível.
— E você quer que eu fique? Pra quê?
— T-toma um banho comigo…
— …
O olhar surpreso do moreno não me espantou. Por mais valente que fosse dentro da arena ou comprando briga na esquina, Ohma fica tímido quando alguém lhe propõe algo tão íntimo.
— E-eu acho que não. — o moreno começou a caçar as roupas do chão e a vesti-las ali mesmo.
— Aahh, vamos! Vai ser tão relaxante!
— O-outra hora [Nome].
— Humpf, chato.
Ele pareceu não ligar para o meu comentário e terminou de se arrumar antes de sair.
— Eu disse que vamos, mas em outra hora. Vocês mulheres são ansiosas demais. — deu risada. — Por acaso tem medo que eu fuja de você?
Ao se aproximar — uma distância razoável —, ele segurou o meu queixo com o polegar e o ergueu levemente, encarando profundamente os meus olhos.
— Não é isso… — engoli seco.
— Então o que é? Deixe de ser tão ansiosa e espere pela próxima vez.
O espaço entre nós se esvaiu com um beijo, e por mais que nós dois quiséssemos, não poderíamos aprofundar.
— Eu te encontro antes da partida? — perguntei ao me separar, acariciando seu rosto.
— Sim.
— Então, até daqui a pouco.
— Vou estar te esperando, pra que você torça por mim. — sorriu.
— Sempre faço isso, Ohma.
— É bom mesmo, pois se eu descobrir que não… Você sofrerá punições da próxima vez.
Tão provocante, até mesmo na hora de se despedir.
Mal posso esperar para a próxima vez.
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No momento em que eu te vi, eu já sabia que não seríamos mais os mesmos depois daquele dia, você mexeu comigo de uma forma tão linda e me fez sentir algo que me fez querer ficar entre os seus braços para sempre, e o melhor de tudo isso é que eu sabia que não era o único que estava me sentindo assim. Você faz eu me sentir tão bem, faz eu querer ficar ao seu lado todos os dias. Me faz acreditar em um amor limpo, puro e libertador. É você que me deu asas e cor.. E a vida é com certeza mais feliz e melhor ao seu lado. Obrigado por ser alguém tão incrível e por me dar a oportunidade de ter alguém assim comigo. É gratificante saber que nós temos tantos momentos lindos e que até os momentos que estamos longe um do outro, tornam-se lindas memórias por saber que sempre lutamos pelo nosso amor. Luto por ti e por nós sempre. Você é de longe meu maior orgulho e a minha certeza! Você foi o maior sinal que universo me enviou para dizer que o que era meu, sempre esteve guardado ali, para mim. A sensação de te ter é única. Obrigado por existir. Não é nenhum dia especial.. Mesmo que todos sejam ao seu lado. Obrigado por tudo, meu coelhinho, eu sei que você é para sempre. Somos a maior prova de amor que eu já vi, você é a minha maior referência de vida. Eu te amo! E que todos os nossos momentos sejam sempre assim, tão especiais. A vida é linda e você me prova isso a cada segundo. Seu sorriso é meu lar. Eu te amo, meu vampirinho. @llsgcf
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Sobre você...
Por muito tempo evitei de vir até aqui, achei que esse espaço seria uma fase em que eu já havia superado por muito tempo, mas aí chegou você, e eu precisava voltar a escrever, precisava me abrir com alguém...
Você chegou tão de repente, e sinceramente não sei como isso mexeu tanto comigo, me questionei se aquilo era realmente real ou se eu estava tendo um surto coletivo dentro de mim.
Eu o vi lá, com aquele sorriso de moleque, gritando e enaltecendo outras pessoas e eu lá te olhando feito uma boba. Me senti na adolescência de novo, com borboletas no estômago e observando cada atitude sua por um curto período de tempo
Da porta para fora, tudo acabava e eu retornava ao meu eu, e ficava tudo bem. Mas os dias foram passando e eu me acostumei com aquilo e desenvolvi algo que realmente ficava feliz em sentir, mas era platônico e sempre será...
Até mais, olhos castanhos!
Como conversamos, não mentimos um para outro, mas dessa vez eu preciso mentir!
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Yes, Sir! —Capítulo 18
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 23 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo só tem o ponto de vista de Harry.
NotaAutora: Perdão a demora para atualizar a fic.
— Oi! Meu amor. — Violeta disse assim que atendi o telefone — Acabei de deixar as meninas com a babá!
— Ótimo! Já estou indo buscar você. — Tentei parecer animado, mas todo cansaço não me ajudava.
— Você quer cancelar nossa noite?
— Por que?
— Eu conheço você bem o suficiente para saber quando está fingindo.
— Só estou cansado, você já contratou a babá e também fez a reserva, vamos aproveitar.
— Tudo bem, estou te esperando.
Desliguei.
Eu não estava nem um pouco com vontade de sair para um date e não era pelo cansaço. Aurora me ligou, me mandou mensagem e eu nem tive coragem de responder.Eu era simplesmente um covarde miserável que não teve a decência de dizer a ela o que eu sentia, mas como eu poderia? Dizer que a amava não valeria de nada quando ela descobrisse sobre Violeta, porque ela vai descobrir, não há mais tempo para mim.
Assim que estacionei minha esposa entrou toda animada no carro, ela estava linda, sua maquiagem pesada e sua roupa justa, não podia negar que não mexeu comigo, que uma parte de mim sentiu sua falta.
— Oi! — Aquele sorriso um dia fez meu mundo inteiro balançar.
— Oi.
— Posso te beijar? — Ela se tornou uma mulher tímida de uma hora para outra.
— Porque está me perguntando?
— Não sei Harry, ultimamente você tem estado tão distante que nem sei mais se eu posso beijar meu próprio marido.
— Pode.
Aqueles lábios, eram doces, mas não tão bons quanto os de Aurora.
— Vamos?
— Sim. — Ela entrelaçou os dedos aos meus com um sorriso.
A viagem até o restaurante foi terrível, Violeta estava determinada a me provocar, sua mão quente ficou em minha coxa o tempo todo. Eu só queria chegar logo que assim que vi o estacionamento apressei-me para achar uma vaga, logo que o carro desligou eu prontamente fui abrir a porta para ela, estendendo a mão para ajudá-la a sair do carro.
Afinal eu ainda era seu marido, ela merecia isso, uma noite sem que se sentisse rejeitada.
— Obrigado meu amor, que cavalheiro.
Sua mão rapidamente entrelaçaram-se a minha, não hesitei, mas eu deveria?
Já não sei mais o que é certo ou errado, meu coração grita pela Aurora, eu sinto tanto a falta dela, mas Violeta é minha esposa não é a ela a quem deveria estar venerando?
O lugar era lindo, todos os nossos anos de relacionamento nunca jantamos em lugar tão chique, talvez estejamos mesmo, no fundo do poço e Violeta estava tentando de tudo para reacender a chama do nosso amor.
O jantar foi agradável, nós se esquecemos quase completamente a tensão que havia entre nós há muito tempo, nós rimos e flertamos como se fossemos dois recém casados e apaixonados, eu me senti estranho por estar gostando tanto da companhia dela.
— Foi muito legal hoje. — Minha esposa sorriu para mim enquanto caminhavamos para o carro. — Eu me diverti muito.
— Eu também — Sorri de volta abrindo a porta para ajudá-la a entrar.
— Sabe, amor. — Violeta começou assim que entrei no carro. — A noite não precisa acabar agora.— Ela parecia nervosa, ela estava nervosa eu a conhecia muito bem para ler sua expressão facial.
Eu senti meu coração acelerar, quando a sua mão delicada tocou meu rosto o virando para ela
— Eu quero você, H. — Sussurrou antes de unir seus lábios aos meus.
Eu não consegui resistir, me deixei levar pelo momento e o prazer que os lábios da minha esposa me davam, minhas mãos a puxaram mais para mim, até que estivesse sentada em meu colo, suas mãos puxavam meus cabelos, enquanto seus quadris roçaram em mim.
— H.— Ela gemeu baixinho em meu ouvido.
E um estalo, o som da voz de Aurora apareceu em minha mente, eu via ela em minha frente.
— Para!
— O que foi?— Violeta me olhou assustada.
— Acho melhor pararmos.
— Por quê?
— Alguém pode ver— Menti.
Mas eu não podia continuar.
Eu não estava mais apaixonado por Violeta, eu só estava me apagando a um passado onde nós éramos realmente felizes.
— Eu não ligo.
— Baby, vamos para casa, eu não quero fazer isso aqui.— Segurei seu rosto e forcei-me a beija-lá. — Quero fazer direito.
— Promete que vamos transar quando chegar lá? — A voz manhosa e triste dela me fazia sentir culpado.
— Claro. — Afirmei só para vê-la sair de cima de mim.
Eu não sei bem o que aconteceria quando chegasse, não sei se resistiria a minha própria esposa, eu estava muito confuso e me sentindo muito culpado.
— A babá está lá em cima, vou avisá-la para ir. — Violeta dizia enquanto tirava os sapatos assim que chegamos. — Por ser tarde talvez ela precise de carona, você pode levá-la para mim? E passar na farmácia pegar uns preservativos, acho que já encaixotei os que tinham aqui em casa.
— Claro querida.
Aproveitei o momento para ir até o banheiro, entrei rapidamente e lavei meu rosto.
— Mas que porra você está fazendo? — Indaguei a mim mesmo, várias vezes.
Eu amava a Aurora, eu a amava.
Ouvi uma movimentação na cozinha, devia ser a babá.
— Está Pronta? — Questionei arrumando a gola da camisa, sem nem olhar para cima.
Mas no instante que ela se virou eu quis morrer.
Eu fiquei paralisado ali, olhando a mulher a minha frente, minha boca se mexia, mas não saia nada.
Era a Aurora, ali bem na minha frente.
A babá!
Ela era a porra da babá!
— Aurora?! — Minha mente se recusava a acreditar. — Aurora o que faz aqui? — Como ela descobriu? Ela me seguiu? Ela contou tudo a Violeta? — Aurora, me responde. — Eu caminhei rapidamente até ela segurando em seu braço. — Como me achou?
— Achou?! Que porra você está fazendo aqui?! Eu não te achei, eu nem sabia que estaria aqui. Você é irmão da Violeta ou coisa assim? — Ela também parecia tão confusa.
— Querido?! — Violeta surgiu atrás de mim e eu quase gritei. — Aí está você, meu amor não esqueça de dar uma boa gorjeta, ok?
— Aurora!— Violeta gritou assim que a viu cair no chão. — Harry faça alguma coisa. — Eu estava paralisado. — Harry!
— Vamos tentar acordar ela.
Fui de encontro eu corpo pálido no chão, segurei sua cabeça em minha mão, tirei seus cabelos ruivos do rosto, acariciei seu rosto e a vi se mexer.
— Ei você está bem?
— Eu... Sim. — Ela tentava se levantar rápido.
— Tem certeza? Precisa de um médico? — Minha esposa acariciava os cabelos de aurora tão preocupada como eu.
— Eu estou bem, sempre acontece isso, minha pressão cai às vezes.- Aurora se levantou.
— Tem certeza? Você parece um pouco pálida. — Minha esposa tentou tocar nela novamente, mas Aurora pareceu esquivar-se.
— Sim, eu vou indo.
— Espere meu marido vai levá-la.
Porra não!
— Não precisa.
— Você acabou de desmaiar. — Violeta encheu um copo com água e a entregou. — Por favor querida, você foi tão boa para mim hoje o mínimo que posso fazer é isso, já que não quer ir ao médico, tem certeza que não quer sentar um pouco?
Aurora estava cuidando das minhas filhas enquanto eu quase trepei com minha mulher, isso não podia estar acontecendo.
— Eu estou bem, não se preocupe.
— H, ajude-a a chegar em casa, tá bem?
— Ok — Foi tudo o que eu consegui dizer.
Eu ajudei Aurora a entrar no carro, sabendo que tudo estava prestas a desmoronar.
Eu pensei que no instante que estivemos sozinhos ela iria gritar comigo, mas ela ficou quieta, um silêncio absoluto que me causava arrepios.
— Aurora. — Eu queria explicar tudo.
— Não. — Ela desviou o olhar.
— Aurora me deixe explicar.
— Eu não quero! E assim que estivermos longe o suficiente para que ela não veja o carro me deixe sair.
— Eu não posso deixar você sozinha essa hora na rua.
— Eu não posso ficar mais um minuto com você nesse carro.
— Aurora por favor.
— Já estamos longe, por favor me deixa sair?
— Não posso.
— Eu vou pular desse carro, me deixa sair. — Ela tentava abrir a porta do carro com força.
— Aurora, pare de ser estúpida, você vai se machucar.
— ME DEIXE SAIR AGORA!- Ela começou a gritar batendo em meu braço, e por um instante pensei que iria bater, única saída foi parar o carro.
— Aurora!- Gritei assim que a vi saindo correndo do carro. — Pelo amor de Deus espera por favor. — Fui rápido em ir atrás dela. — Aurora, por favor, eu só quero conversar.
— Não há o que falar. Não quero mais ver você.
— Me deixa explicar, eu sinto muito, eu não queria que descobrisse assim.
— Assim como? Na porra da sua casa?! Com a sua família! — Eu podia ver suas lágrimas caírem. — VOCÊ TEM UMA FAMÍLIA! UMA FAMÍLIA HARRY!
— Eu sei, sinto muito, mas é complicado.
— Complicado? É por isso que não respondia minhas mensagens? Eu disse que te amava, como você pôde fazer isso comigo!
— Me perdoe, por favor.
— Você tem sua família, precisa voltar para elas, eu não quero ver você nunca mais.
— Por favor. — Segurei em seu braço. — Aurora, você é importante para mim, me deixe levá-la, me deixe explicar tudo. — Aproximei- me acariciando seus cabelos. — Eu quero poder contar tudo para você.
— Devia ter feito isso antes. — Ela se afastou. — Adeus Harry.
Ela saiu correndo sem rumo, eu não sabia o que fazer, se corria atrás dela ou a deixava ir.
Essa noite, antes de ver Aurora na minha cozinha, eu até cogitei que talvez fosse melhor ficar com Violeta, não porque eu a amava tanto quanto eu amo Aurora, mas, porque era o certo a se fazer, era mais fácil tentar consertar algo que está quebrado do que admitir que aquilo não funciona mais, talvez eu sentisse que merece mais alguém como Violeta do que Aurora em minha vida, afinal Violeta era como eu, uma traidora tentando se redimir, mas Aurora, ela era pura, inocente e eu não deveria ter a metido no meio dessa bagunça que era meu mundo, mas eu fui egoísta demais para deixá-la ir antes que eu fodesse com tudo.
E agora tudo o que o meu coração mais gritava era para não deixá-la ir, eu não conseguiria aceitar a ideia de perder ela.
Eu não podia escolher ela.
Eu não deveria ir atrás dela.
Então como um covarde eu dei meia volta, entrei no meu carro.
Eu a deixei sozinha...
Eu a deixei chorando...
Eu a deixei com medo...
Eu voltei para casa...
— Tudo certo querido? — Violeta tinha aquele olhar de esperança assim que entrei casa. — Querido? — Eu passei por ela sem dizer nenhuma palavra. — Harry? — Eu subi as escadas. — Harry!? — Ela me seguiu e segurou meu braço. — O que foi? Aconteceu algo?
— Eu quero...
— O que você quer?
— Eu quero o divórcio.
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de uma ask é muito apreciado! Também como um reblog para compartilhar minha escrita com outras pessoas!
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KYU MINHA LINDA MEO AMORE AMORECO AMOREQUINHO EU AMO SUA ESCRITA 😭😭😭 vim aq mto humildemente fazer um ask 🥺🥺
entao, eu sempre fui bastante alta pra minha idade (me lembro q ali com meus cinco anos eu ja era a mais alta da minha turminha), e isso sempre mexeu mto comigo por q eu sofri bullying por anos por causa disso, e pq eu nunca consegui me sentir feminina e fofinha nem delicada por causa disso.
hoje em dia eu sou super feminina pra tentar suprir isso, mas me sinto uma farsante por fazer isso, então tenho vergonha de demonstrar essa feminilidade.
queria saber como os meninos reagiriam a isso, e como eles fariam p fazer com que a lobinha se sinta fofinha, pequena e protegida como ela sempre quis (enzo, esteban, etc, etc)
MUITO OBRIGADA DIVA LEVE SEU TEMPO!!!
(ps: eu nem sou tão alta assim (pelo menos, eu não acho), tenho 1,70 🥺🎀)
OIIII MEU AMORE AMORECO AMOREQUINHO 🫶🏼 quero te pedir milhões de desculpas pela demora mas mto mto mto obrigada pela paciência e por amar o que escrevo, viu? 🥹 quero tb pedir desculpa se não ficar do jeito que vc espera, é que acho que não consegui desenvolver tanto pq n tenho essa vivência, sou uma pessoa baixa (n passei dos 1,60m) 😔 mas realmente tbm n acho que 1,70m seja tãooo alta assim amg e MESMO QUE FOSSE VIVA AS MULHERES ALTAS!!!!!! AMAZONAS DA VIDA REAL QUE VIVEM ENTRE NOZES sinto muito que vc tenha passado por essa merda toda mas saiba que é td besteira o que falaram!!! espero que vc consiga se encontrar mais na sua feminilidade (que é diferente pra td mundo!) e se sentir mais confortável pq realmente uma coisa n tem nada a ver com a outra <3 vou dividir o hc em dois blocos, tá? 💋
os que (eu acho que) são mais altos: kuku, fran, pipe, simón, della, rafa, fer, jerónimo. tenho pra mim que esses, por serem mais altos, naturalmente tem um certo senso de proteção mais "tradicional", de querer sempre te aninhar nos braços deles, andar com o braço no teu ombro, te dar abraços de urso que praticamente te devoram. e acho que principalmente por saberem como vc se sente em relação à sua altura fariam isso como forma de te mostrar que eles podem e vão sim te fazer se sentir mais protegida, nesse local mais delicado da relação, da parte menor, principalmente simón, della, fer (!!) e jerónimo (!!!). fran, pipe e rafa tbm amam e te incentivam sempre na sua feminilidade, não importa como ela se apresente: pode esperar um companheiro de manicures, pedicures, penteados novos, maquiagens diferentes... adoram te acompanhar ao shopping pra renovar seu guarda-roupa e elogiam absolutamente todos os seus looks.
os que (eu acho que) são do mesmo tamanho ou mais baixos: enzo, pardella, matías, santi. esses eu acredito que, por serem menores que vc (ou do mesmo tamanho), apostam em formas menos "tradicionais" (lê-se "que dependem menos dessa diferença de altura") para te fazer se sentir cuidada: sempre andam do lado da rua quando estão caminhando na calçada, te trazem para perto de si pela cintura quando estão em público, te guiam com uma mão na lombar em lugares mais cheios, insistem sempre em ser tua conchinha maior na hora de dormir mesmo quando eles mesmos estão precisando de um aninho - o mais importante é te dar o seu aconchego. tbm acho que eles com certeza te dariam tratamento de princesa pra te ajudar a ver o quanto vc pode sim ser feminina e te fazer se sentir cada vez mais confortável, no controle de como vc apresenta isso. vejo o enzo mais nos bastidores, te enchendo de presentes e elogios e bancando teus dias de princesa, enquanto os outros vejo participando em níveis diferentes desses cuidados com vc - cabelo, make, mani/pedi, skin care... aprendem um pouco de tudo para te acompanhar nessa jornada e se bobear fazem até um desfile em casa 💅🏼 namorados que são girls' girl di vdd! 🫶🏼
#n escrevo com o fer e o jerónimo mas fica aqui um agradinho em desculpas pela demora ❤️ e eles são... tão altos né..... nossa....... 🫦#la sociedad de la nieve#lsdln#lsdln cast#lsdln x reader#enzo vogrincic#agustin pardella#agustín pardella#matias recalt#matías recalt#esteban kukuriczka#fran romero#francisco romero#felipe otaño#pipe otaño#simon hempe#simón hempe#fernando contigiani#jerónimo bosia#jeronimo bosia#santi vaca narvaja#santiago vaca narvaja#agustin della corte#agustín della corte#rafael federman#rafa federman#mari.doc#anon#asks#ave maria quanta tag 💀
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𖧊 ᖘcontagem de palavras:ᖙ 1.6k ✴◴
ᖘnotinhas da Sun:ᖙ mais uma com o maioral, mister Lee KKKKK Porque eu quero tanto esse homem que chega a doer, meus dias nunca mais seriam cinzentos se eu tivesse esse solzinho brilhando pra mim todos os dias KKKKKK Ele é realmente o meu rockstar ⭐
𖦹. 𖣯 Voltando ao que interessa, eu odiei isso que escrevi, mas fiquei apaixonada pelo contexto, é um clássico “friends to lovers” que vai te fazer lembrar de “Simplesmente acontece” e após revisão do texto, percebi que parece que me inspirei em “Broken melodies” também, (Por isso a imagem acima) mas foi pura coincidência!!! Enfim, desconsidere a escrita e aproveite!!!
Boa leitura, docinhos!!! ✨
1. capítulo único: I hate this distance and I hate singing/writing
Era uma noite normal, exceto aos seus olhos porque aquela seria uma das últimas vezes em que você e Haechan estariam na frente um do outro, sem uma distância de quilômetros a dividi-los. Posicionados na varanda da casa de sua família, sob um dossel de estrelas, você trocou histórias e aspirações com Haechan. A tranquilidade que envolvia vocês dois foi quebrada por suas risadas, fazendo com que Haechan lançasse seu olhar sobre você, aquele sorriso capaz de roubar seu fôlego retornando mais uma vez no seu rosto.
— Você sabe que sempre pode contar comigo, certo? — Sua voz era suave — Não importa aonde a vida nos leve.
Você sorriu, sentindo seu coração apertar. Você sabia que precisava contar para ele, precisava que ele soubesse e até conseguiu abrir a boca para liberar as primeiras palavras:
— Haechan, eu... — Sua coragem vacilou quando você começou a falar e desviou o olhar, fingindo interesse em algo no chão. Ele inclinou a cabeça curiosamente.
— O que foi? — Haechan indagou, o olhar levemente preocupado, mas por dentro ele tinha expectativas que faziam seu pobre coração bater mais rápido.
— Nada — Você sussurrou baixinho — Só... Nada.
[...]
— Tá com sono? — Haechan questionou enquanto brincava com seus dedos. Você assentiu, finalmente percebendo o incômodo de ter revirado a noite anterior com a ajuda de latinhas de energético. — Quer que eu desligue?
Ele se referia ao notebook que estava entre vocês, deitados no sofá-cama da sua casa, enquanto o período da tarde conferia ao céu aquele tom alaranjado. Haechan fez menção de alcançar o touchpad para pausar a sitcom que rolava na tela. No entanto, você o impediu segurando os dedos indicador e médio dele, ainda com os olhos fechados.
— Não precisa — você abriu os olhos, direcionando-os para o monitor do laptop, onde se reproduzia uma filmagem de 1995 de “I Dream of Jeannie”, seu seriado favorito desde que Haechan, um adolescente com mania de curtir o clássico, te apresentou no clube de cinéfilos da escola. Olhou para Haechan, para o cabelo que ele precisava urgentemente aparar, considerando que as mechas quase ocupavam seu campo de visão. Como esperado, ele ficava deslumbrante com aquele banho de iluminação da golden hour que perpassava o tecido fino, quase ilusório, das cortinas da sala dos seus pais. — E se nada der certo? E se eu não for boa o bastante para Oxford? E se você não for bem em Los Angeles?
— E se der certo? E se você for ótima em Oxford? E se eu for o próximo Zayn do 1D? — Você riu, cutucando-o na barriga para provocá-lo cócegas, mas o que obteve foi uma reação exagerada como se você tivesse acabado de esfaqueá-lo.
— Foi o primeiro integrante de boy band que você supôs ser asiático? Porque o Zayn é britânico, não indiano. Você sabe, né? — Haechan mexeu a cabeça como se fosse aqueles cachorrinhos intrigados com o barulho agudo de uma bolinha. Você sorriu, retirando o fone de ambos. — E se eu sentir muito a sua falta?
Haechan uniu as mãos como se estivesse fazendo uma prece e as encaixou como um travesseiro para sua bochecha, te encarando sem saber ao certo o que te dizer. Embora soubesse que sentiria sua falta nos próximos três meses do programa de música que participaria, tinha até medo de pensar sobre isso, porque ele secretamente gostava de você, queria vivenciar as primeiras vezes com você, mas o receio de estragar a relação que tinham era tamanho que o paralisava, e ele não seria tolo o bastante para te dizer tudo isso quando tanto você quanto ele partiriam dali a algumas semanas.
— Rodeada por um monte de almofadinha? Você não vai sentir a minha falta — Ele disse, e você o acertou com uma almofada que vivia enfeitando o sofá. Haechan se protegeu com os braços, mas um sorriso enfeitava os lábios rosados quando ele abraçou a almofada fofinha, virando o rosto para dirigir as palavras para você. — Me avisa se sentir muita falta. Juro que pego o primeiro voo que encontrar pra te ver.
[...]
Depois de quatro meses sem ver Haechan todos os dias pessoalmente, você achou que poderia enlouquecer a qualquer momento. Mesmo com a rotina exaustiva de aulas, muito conteúdo para absorver, e uma lista de livros obrigatórios para terminar em duas semanas, você simplesmente não conseguia parar de pensar no seu amigo a quem, infelizmente, nutria sentimentos, mas era medrosa demais para dizê-los em voz alta. No entanto, nos últimos tempos você tentara com afinco esquecê-lo um bocado, frequentando pubs e festas no pouco tempo livre que tinha, mas no final sempre parecia mais irrequieta para ir embora num horário adequado para fazer a ligação de chamada de vídeo mais aguardada de todos os dias.
— Tá com sono? — Você adorava ouvi-lo dizer, mesmo que sua voz não tivesse o calor que tinha quando estava diante de você e estivesse um pouco robotizada devido à tecnologia. Sempre se encontravam num horário propício demais para te fazer imaginar porque, enquanto você ainda vestia um casaco pesado e um cachecol esparramada na cama do seu dormitório, sozinha já que sua colega de quarto ainda não tinha chegado, Haechan vestia a habitual camisa branca, deitado numa cama espaçosa e com o cabelo ligeiramente bagunçado. Era como se estivessem na mesma cama, só que em continentes diferentes. — Você bebeu? Tá coradinha.
— Eu te amo — Você realmente havia bebido e estava sonolenta. Haechan sempre se assustava com suas declarações espontâneas e súbitas, morrendo de saudades de você, querendo muito envolvê-la com os braços para nunca mais te soltar e te encher de beijos. No entanto, ele ainda não fazia ideia do que aquele “Eu te amo” significava e se entristecia porque estava convicto de que você não se sentia da mesma forma que ele.
— Eu também te amo — Ele sussurrou, vendo-a cair num sono inevitável e demorando um pouquinho mais para se levantar da cama e começar o dia, já que te olhar pela telinha daquele celular era hipnotizante.
Ele até tentou te ignorar, conheceu pessoas novas, flertou com pessoas novas, mas ele não conseguia te tirar da cabeça. Assim como você, tudo parecia mais difícil sem ele, mais pesado. Era por isso que, depois de seis meses numa agonia constante, quando o grupo de Haechan havia sido formalizado e eles fariam o primeiro show dentro de alguns dias, você buscou pela primeira passagem que encontrou e escolheu o assento mais barato.
Aterrissou uma hora antes do show e correu feito uma maluca até lá. Obviamente não poderia entrar no backstage, foi barrada e estava quase chorando quando Haechan apareceu de repente, te reconhecendo.
— O que você tá fazendo aqui? — Ele perguntou, e você o abraçou, da mesma forma que fez quando contou para ele que tinha passado na universidade dos seus sonhos. Como da última vez, ele inalou o cheiro dos seus cabelos e te abraçou um pouco mais forte, se aquilo era possível, morrendo de saudades de você. — Por que não me contou que vinha?
— Por que não me deixou te dizer que eu gostava de você naquele dia? — Você perguntou se afastando, e Haechan lambeu o lábio inferior sem saber o que dizer. — Me diz por quê. Não é recíproco? Pode me dizer de uma vez por todas.
— É claro que é recíproco — Ele segurou seu rosto com as mãos, te olhando com carinho. — Mas a gente ficaria separados por anos. Eu não poderia te prender a mim dessa forma.
— Eu posso desistir, posso desistir da faculdade pra ficar aqui com você — Você disse, e Haechan te beijou suavemente, pela primeira vez. O primeiro beijo de vocês tinha gosto de menta, provavelmente alguma balinha infantil que ele tinha descoberto naquele dia.
— Você não vai desistir de nada — Ele disse, e você quase chorava. Sentiu tanta saudade dele num país desconhecido com gente desconhecida que, ao vê-lo novamente, só queria voltar para algum dos quartos de vocês e voltar a ler aquele livro que ainda estava inacabado na estante da casa dos seus pais. — A gente vai fazer dar certo.
[...]
— Meu nome tá na dedicatória? — Haechan apareceu de repente no seu escritório, e você elevou os olhos da tela do computador, embora digitasse furiosamente um texto que tinha que entregar naquela mesma tarde. — Tô te atrapalhando?
— Não, vem cá — Você incentivou, e Haechan entrou no cômodo. Você afastou um pouco a cadeira da mesa e não esperava que ele fosse se sentar em você como se fosse uma criança. Você riu, mas colocou a mão sobre uma das coxas dele. — Não coloca todo seu peso, idiota.
— Meu nome tá na dedicatória, linda? — Ele perguntou de novo, te beijando suavemente e se levantando. Você se levantou também e o beijou mais uma vez. — Tá, né?
— É claro que tá. Eu escrevi tudo isso pensando em você, por que não estaria? — Você disse, e Haechan enlaçou sua cintura para te ter mais perto. Ele afastou o cabelo do seu pescoço e beijou ali, mordendo de leve a pele macia.
— Certo, escreveu sobre mim?
— O protagonista parece com você — Ele sorriu. Você estava naquele mesmo projeto já fazia algum tempo. Seria o seu primeiro livro publicado por uma editora famosa e queria dar o melhor de si. — Você terminou aquela música?
— Aham, é sobre você — Você sorriu. Amava que a arte unia vocês dois mais do que nunca. — Eu não te disse que a gente daria um jeito?
— É, você disse.
© sunshyni. Todos os direitos reservados.
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o verão queimou minha pele
a rua aquece meus chinelos brancos
cheios de areia
tudo tem perfume de mar
de pele coberta de sal
e seus olhos cor de pôr do sol
deixa tudo a dois passos do abismo
verão triste
sem você aqui
sol quente ardendo as pernas
cansadas de correr
e cair de joelhos
ultimamente
queimo de propósito
eu sem você
as ondas de ressaca
banho de mar
desintegrar
virar peixe
morrer, nadar
até o carnaval chegar
e a vida ser avisada
pra virar e viver
tenho medo de morrer afogada
tenho medo de morrer
mas você mexeu comigo
quero na praia me lançar
boiando até o céu pertencer
água no corpo
no peito
nos dedos
nos cabelos
sou mar de ressaca que
nem você
sou toda modernista
com alma realista
sentimentos arcadistas
porém romântica no chuveiro
tenho verão em mim
o ano inteiro
e tento ter pinta de artista
só que tem água salgada
ardendo a vista
e eu que queimo
agora deixo a noite me apagar
na cama
a pele ardida de você
tem pena de mim
tenha piedade da minha espera
outono, inverno, primavera
eu sou teu mar
-Yngrid Antonio
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O leitor como voyeur (texto, 2024)
O voyeurismo/exibicionismo se estende mais do que apenas os cinco sentidos.
Já falei da visão, do tato, da audição, e agora outro sentido menos conhecido, que é o da percepção do reconhecimento ao ser lido.
Ao escrever, eu não sei exatamente aonde a história vai terminar. Posso ter uma ideia daonde quero que os personagens cheguem, mas muitas vezes a história é uma novidade pra você leitor assim como é pra mim.
Na fábula que escrevi hoje, a segunda parte do conto "O pássaro e a fonte", alguns elementos da trama surgiram como surpresa pra mim.
Gosto especialmente das fábulas porque eu não tenho um compromisso a realidade enfadonha. Posso criar seres mágicos, eventos inesperados, transformar metáforas em criaturas. De certa forma é uma maneira de transformar eventos para que adquiram uma certa poesia.
Outro conto que terminei de escrever hoje, é uma fábula um pouco mais sensual, envolvendo uma pequena fada e um cogumelo.
Sempre fico surpreso ao ler as opiniões dos meus escritos, pois vejo detalhes que as vezes inicialmente me passaram desapercebidos. As vezes esses detalhes inclusive me motivam a escrever uma continuação, ou estender o tema em outro escrito.
É muito fácil ficar excitado ao ler um conto erótico, porque a mente humana é bastante sugestionável as imagens que lhe são impostas, mesmo que apenas pelas descrições através das sequências das palavras. A mente lê o conto erótico e interpreta como promessa, como um compromisso, algo que vai ou está acontecendo. O corpo recebe as ordens do cérebro, e começa se preparar para o fato, que não é real, é apenas uma descrição, e por mais detalhada que seja, não passa de uma fantasia.
Mas e os escritos que não necessariamente são com teor erótico? Uma conversa agradável, cheia de troca de carinho e atenção, isso também pode excitar? (Spoiler: pode, e muito). Um poema pode deixar alguém molhado de vontade de desejo? (estou tentando!)
Claro, conversas via texto em tempo real transmitem uma gama de sentimentos e emoções, mas e quando se lê um texto antigo, que pode ter centenas, milhares de anos?
É como uma reverência, uma veneração, uma oração?
Como funciona esse diálogo entre você, o leitor, criatura viva, finita, contra a estátua imortal de um texto cujo autor está distante?
Ser percebido pelas impressões de alguém que me lê é algo muito gostoso, eu confesso. Quem não gosta de causar uma impressão positiva ou gostosa?
Alguém que diz "aquela parte mexeu comigo" ou "aquilo que você escreveu me excitou" ou "minha mente viajou alto nessa parte..." não é justamente o que um exibicionista faz? Causar uma reação por sua presença, por aquilo que fez, que demonstra, que aparenta, e nesse caso isso é um escrito que você fez. Um texto, conto, poesia, que engatilhou uma reação prazerosa.
Talvez o escritor, como criador ou como espectador em primeira mão, esteja repassando a versão que o leitor acredita sem duvidar.
Uma frase que o leitor gostaria de ouvir determinada pessoa falando. Uma palavra que nunca ouviu alguém falar. Aquela "cantada" em forma de texto, cujo cérebro lê e começa a viajar.
A leitura estimula muito a criatividade, pois ela é a realidade despida de certos detalhes que a mente vai completar, porque ela odeia informações incompletas. Como uma investigadora enxerida, ela precisa saber dos mínimos detalhes ou então não fica satisfeita. E ela vai completar os detalhes que faltam, com certeza, porque a imaginação da maioria das pessoas é fértil. Trata-se inclusive de uma ferramenta de sobrevivência: se você ficar parado sem imaginar o que está acontecendo pode ficar em perigo. Isso é algo que tentei explorar um pouco em outra fábula (Doriana e o retrato cristalino).
Existe um quê de hipnotismo na escrita, pois ela sugere o que você está vendo. Você confia completamente no que lê porque, qual seria a outra opção? Não existe outro ponto de vista. A não ser que um personagem da história tenha algum contra ponto que queira explorar, e aí é uma conversa com o leitor...
Eu achei interessante escrever sobre isso, graças a uma conversa que tive com alguém aqui na rede.
Esse é o quinto texto relacionado com voyeur/exibicionismo, um tema que comecei a explorar recentemente e que percebo ao conversar e ver as pessoas reagindo com interesse no assunto.
Outros textos da série Voyeur/Exibicionismo.
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