#mexeu comigo
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strangevante · 1 year ago
Note
eu lendo isso
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Oii, bao diaa.
Gostei do prompt "nĂŁo faz isso, quero ouvir vocĂȘ gemer" e acho que poderia ser interessante ele com o mark, talvez na primeira vez dele com vocĂȘ e que vocĂȘ esteja com vergonha?? ou algo que vocĂȘ imaginar com esse prompt + mark!
enfim, eu adoraria ver isso na sua escrita, obrigada💖💖
GRANDE EVENTO DE 1 ANO DE ANIVERSÁRIO DO NONUWHORE!!!! đŸ„łđŸ„łđŸ„ł
 19. “NĂŁo faz isso, quero ouvir vocĂȘ gemer.” contĂ©m: boyfriend!mark; fluff; cocky!mark porque a gente nĂŁo pode esquecer nunca que ele Ă© leonino (e esses sĂŁo os melhores); apelidos (princesa, amor); linguagem vulgar; smut: morning sex; dirty talk, thigh fuck; mordidas; menção a ejaculação; praise;  contagem de palavras: 1,5k nota da autora: entĂŁo, a histĂłria acabou saindo um pouquinho diferente kkkkk mas acho que mantive a ideia central. espero que vocĂȘ goste, de verdade!!!! muito obrigada por participar do evento <3
“Princesa”, a voz meio quebrada de um Mark que acabara de acordar te chamou. Ainda levemente adormecida, vocĂȘ a ouviu longe, mas reconheceu quem te chamava e o tom de culpa que ela carregava.
“Hum?”, vocĂȘ respondeu, sonolenta, e sabendo o que viria a seguir.
“Eu não consigo dormir mais
 Já são oito horas
”, ele fez a afirmação parecer um absurdo, como se só pessoas malucas dormissem depois disso. Sentiu sua cintura sendo enlaçada pelo braço dele, junto do quadril encontrando o seu e a barba nascendo no queixo alcançar sua nuca. Um beijo, delicado e quase imperceptível. Outro, mais demorado e pesado. Mais outro, molhado e seguido de uma mordiscada tímida.
“Mark!”, vocĂȘ instintivamente o empurrou usando ancas e ele riu.
“É assim que vocĂȘ pretende me afastar? Acho que nĂŁo vai dar certo”, ele riu sacana e te puxou para perto mais uma vez, se encaixando com cuidado na curva do seu corpo.
“Pelo amor de Deus, Ă© domingo, me deixa dormir!”, vocĂȘ implorou.
“VocĂȘ jĂĄ dormiu muito! Olha que lindo o dia lĂĄ fora, a gente podia estar fazendo tanta coisa!”, e apontou para a cortina meio aberta que mostrava o azul lĂ­mpido do cĂ©u. 
“Foda-se a beleza do dia, eu ‘tĂŽ de folga, quero dormir!”, vocĂȘ se debateu, fazendo birra, e ele se calou, mas vocĂȘ sabia que isso nĂŁo tinha acabado.
VocĂȘs tinham o mesmo problema todos os finais de semana hĂĄ seis meses, que foi quando ele te pediu em namoro. Ele estava tĂŁo nervoso, as palavras saiam da boca sem nenhuma relação sintĂĄtica, apenas uma grande sopa de “cara”, “tipo”, â€œĂ© que”, e se vocĂȘ se perguntou se aquele era o mesmo Mark Lee que vocĂȘ conhecia das histĂłrias que corriam pelo campus. O mesmo Mark Lee que nĂŁo perdia nenhuma festa do curso de vocĂȘs - e de outros -  e nunca teve problema para falar com nenhuma caloura, nenhuma mesmo, atĂ© vocĂȘ chegar. NĂŁo que ele nĂŁo tivesse tentado, vocĂȘ sĂł era completamente inacessĂ­vel, sempre fazendo a cara mais assustadora quando alguĂ©m do centro acadĂȘmico chegava perto nos corredores e evitando todos os trabalhos em grupos possĂ­veis. SĂł que o professor de Introdução ao Desenvolvimento de Sistemas de Software de vocĂȘs nĂŁo curtia muito essa ideia e resolveu fazer um sorteio de duplas para apresentação de um trabalho, e adivinha quem caiu com vocĂȘ. Evitar que Mark se aproximasse durante todo um semestre foi exaustivo e improdutivo, mesmo ambos nĂŁo tendo nada em comum alĂ©m dessa disciplina especĂ­fica, depois de duas semanas ele jĂĄ aparecia no seu dormitĂłrio toda noite com os lanches mais famosos do campus para vocĂȘ provar e dizer nĂŁo para ele, a partir dali, se tornou impossĂ­vel. Esse momento, que vocĂȘs vivam agora, nunca seria uma exceção. 
“Mark”, vocĂȘ o chamou e ele te apertou mais um pouco, o sorriso dele pressionado contra o seu ombro.
“Dormiu bem?”, perguntou, com a mesma voz manhosa que quase fez vocĂȘs ficarem de recuperação, porque, depois de um tempo, vocĂȘs passam mais tempo jogando qualquer coisa que ele achava na internet ou assistindo sĂ©ries longuĂ­ssimas que vocĂȘ nĂŁo lembrava nada da histĂłria, jĂĄ que metade do tempo os dedos dele estavam dentro da sua calcinha. 
“Sempre tem como melhorar, nĂ©?” ele soltou um risinho apertado com seu tom de sarcasmo. 
“Sabe com o que eu sonhei?”, vocĂȘ balançou a cabeça e segurou a mĂŁo dele que apertava a sua barriga. “Sonhei que a gente ‘tava brincando de esconde-esconde. E eu era muito ruim, porque nĂŁo te achei nenhuma vez”, vocĂȘ nĂŁo precisava se virar para saber que nesse momento seu namorado tinha um bico feito com os lĂĄbios.
“Ou
 Eu era muito boa, jĂĄ pensou nessa possibilidade?”, vocĂȘ provocou sabendo como Mark era competitivo. 
Ele riu, cheio de si, “Claro, sempre há a possibilidade.”
“VocĂȘ precisa parar de achar que Ă© bom em tudo, Mark.”
“Mas eu sou. Uma mĂĄquina de Ășltima geração.”
VocĂȘ empurrou sua bunda contra o colo dele. “VocĂȘ Ă© bem ruim em resistir a isso aqui”, e repetiu o movimento, se esfregando um pouco mais no membro adormecido.
Mark gemeu, sacando sua jogada. “Entendi, vocĂȘ quer provar um ponto
”
“Quero”, e parou, esperando o que ele faria a seguir, mas morrendo de vergonha de ter tomado a iniciativa. VocĂȘ conseguia ouvir ele pensando e sentia o volume dentro da calça crescer.
“Que isso, amor
 O que te deu hoje?”
“Talvez alguĂ©m tenha me acordado antes da hora
 E fazer isso enquanto eu nĂŁo te encaro Ă© mais fĂĄcil”, vocĂȘ foi sincera e automaticamente perdeu a coragem que vocĂȘ tinha acumulado desde o dia anterior, quando vocĂȘ queria deixar claro que adoraria passar a noite com Mark dentro de vocĂȘ, mas nĂŁo conseguiu, perdendo seu namorado para o video game.
“VocĂȘ vai mesmo me fazer morder a lĂ­ngua”, ele se grudou a vocĂȘ de novo, deslizando a extensĂŁo rĂ­gida bastante Ăłbvia por conta do short fino no meio da sua bunda e enfiando a mĂŁo dentro do seu pijama, segurando um dos seus seios como se eles fossem a Ășltima esperança da terra. Os dentes seguram a pele da sua nuca e do seu pescoço enquanto ele beliscava seu mamilo, ativando os todos os sentidos de ambos.
VocĂȘ suspirava pesado, contendo a vontade de gemer e pedir que ele te fodesse logo, porque sua calcinha jĂĄ tinha virado sopa. Se limitou a segurar a mĂŁo dele por cima do seu peito, apertando com mais vontade, e ajudando a fricção que ele fazia em vocĂȘ, aflita por mais. 
“Droga, vocĂȘ ‘tava tĂŁo certa”, vocĂȘ o sentiu se afastar de vocĂȘ, descendo a roupa de baixo dele e sua, e o membro quente pressionado mais uma vez contra o vĂŁo da sua bunda. Ele deslizou com cuidado, assistindo seu quadril fazendo o movimento contrĂĄrio, em um sincronia ensaiada, e apertou sua cintura com força. “Eu nunca vou me acostumar com como vocĂȘ Ă© gostosa, principalmente com essa atitude”, sussurrou mordendo sua orelha e soltando o hĂĄlito quente que arrepiou atĂ© pelos que vocĂȘ nĂŁo sabia que tinha.
“Mark
”, vocĂȘ sabia que hoje nĂŁo ia conseguir se conter, principalmente se ele fosse usar esse tom com vocĂȘ.
“VocĂȘ vai gemer meu nome hoje? Diz que vai
”, te provocou, direcionando o membro com as mĂŁos para o centro das suas pernas, mas sem te penetrar, o deslizava entre os lĂĄbios ensopados com mais facilidade que o normal e suas coxas automaticamente o apertaram, dando uma sensação parecida com a que ele tinha quando estava dentro de vocĂȘ.
O ritmo vagaroso provavelmente ia te matar. Ele não tinha pressa pra se movimentar e nem pra beijar seu pescoço e morde-lo, soltando a pele lentamente. A ponta gordinha resvalou no clitoris implorando por atenção e foi o bastante para te fazer abafar o chiado com as costas da mão. 
 “NĂŁo faz isso, quero ouvir vocĂȘ gemer”, ele pediu, segurando a mesma mĂŁo e aumentando um pouco a cadĂȘncia em que fodia sua coxa. “Se eu nĂŁo te torturar, vocĂȘ promete que geme pra mim? Promete?”, e sua cabeça confirmou com tanta força e rapidez que fez ele sorrir, boquiaberto com o quĂŁo molhada vocĂȘ estava e o quanto isso o deixava mais maluco pra te fazer gozar.
Como prometido, ele passou a estocar com mais vontade o espaço apertadinho que vocĂȘ criou para ele, escorregando por toda a sua intimidade, e te fazendo gemer alto, sem 
calcular nenhuma das suas açÔes. “Eu vou ficar viciado nessa porra, vou te querer assim toda vez”, disse se referindo ao jeito que sua garganta liberava os sons mais dolorosamente estimulantes. Pensar em fazer de novo fez seu corpo erupcionar em um longo e paralisante orgasmo, te deixando completamente travada e sentido todo o tipo de prazer enquanto Mark era o Ășnico a balançar a cama em um frenesi que o levou ao limite logo em seguida. Seus lĂ­quidos e os deles se misturavam no tecido da roupa de cama que colava na sua pele do mesmo jeito que Mark se agarrava a vocĂȘ. 
“VocĂȘ consegue me olhar agora?”, perguntou, retomando o que vocĂȘ disse anteriormente. Seu olhar encontrou o dele, rapidamente, e voltou a encarar o canto da parede. Ele riu, perdido pela expressĂŁo cansada e envergonhada no seu rosto. “VocĂȘ tem vergonha de dizer que tĂĄ com vontade, amor?”
“Ainda não, Mark Lee. Ainda não.”
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tecontos · 27 days ago
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Meu vizinho começou a me comer assim :
By; Camila
Oi meu nome Ă© Camila, tenho 22 anos esse histĂłria que conto hoje, aconteceu jĂĄ a alguns anos. Eu tenho 1, 60m, 53kg, cabelos negros, lisos e bem compridos.
Eu moro com meus pais, e aqui no prédio tem um vizinho, dois andares acima, que não posso negar, sempre mexeu comigo... Rsrs.
Numa tarde de feriado prolongado, eu estava chegando em casa. Estava usando um vestidinho curto, mas nĂŁo muito ousado, e por baixo eu usava uma calcinha daquelas tipo cuequinha, que cobre bem o bumbum, mas fica aparecendo as poupinhas... Quando entrei no elevador, dei de cara com ele, dei um sorriso cordial e entrei.
Fiquei de costas pra ele perto dos botÔes. Ele se aproximou, pra apertar o botão do andar dele, e depois colocou a mão na minha bunda! Eu virei a cabeça pra trås, achando que logo ele tiraria a mão... Mas muito pelo contrårio! Ele ficou me olhando, e desceu a mão, acariciando minha bunda, agora por baixo do vestido.
Confesso que gelei naquela hora... Eu nĂŁo devia, mas estava gostando! Eu nĂŁo podia deixar aquilo acontecer, ali assim, daquele jeito! Pelo menos nĂŁo devia!
Quando ouvi a porta abrir, tinha chegado ao meu andar. Minha reação foi virar a cabeça pra frente e sair... Mas pra minha surpresa, ele jå estava com o dedo do meio bem no meio da minha bunda, o que eu não percebi, foi o polegar que ele jå tinha colocado por baixo da calcinha... Quando eu dei um passo à frente, o que aconteceu foi que ele me segurou... E pelos fundos da calcinha!
Minha calcinha enterrou toda na minha buceta! Não tive outra reação se não voltar os quadris pra trås! A calcinha atolada na buceta, quando arrebitei a bunda a calcinha entrou toda atrås também! E com o dedo ele junto!
Eu fiquei toda arrepiada, como nunca tinha ficado na vida. A porta se fechou, eu olhei pra ele novamente, mas nem sei dizer se estava com cara de brava, ou o que... Rsrs
Ele me beijou, e começou a mexer o dedinho, que a esse altura estava bem em cima do meu cuzinho.
Eu jĂĄ nĂŁo resistia mais... Arrebitei ainda mais minha bundinha... Eu sei que devia era dar um tapa da cara dele... Rsrs
Quando a porta abriu no andar dele... Ele me empurrou de leve pra frente. Eu fui andando... Bem devagar, com o dedo dele pressionando meu botĂŁozinho... Confesso que foi uma sensação que nunca tinha sentido! Estava andando num lugar pĂșblico! Com um homem acariciando meu cuzinho!
Quando entramos, ele fechou a porta, me encostou de costas pra parede, e me beijou profundamente, com as mãos nos meus seios. Nesta hora senti seu pau latejando nas minhas coxas. Ele foi descendo as mãos pela minha cintura, chegando as minhas coxas, foi se abaixando e levantando meu vestido. Ficou de cara com a minha xaninha e começou a baixar minha calcinha. Eu senti ele passando a ponta da lí­ngua sobre meu grelinho, fechei os olhos e jå não tinha mais forças pra resistir.
Ele me chupou ali em pé, encostada na parede. Primeiro devagar... Depois eu jå estava com as mãos na cabeça dele e ele enterrando a lí­ngua dentro de mim... Gozei como uma louca ali mesmo...
Depois ele subiu, tirando meu vestido, me deixando peladinha. Me pegou no colo, e me levou para o quarto sugando meus mamilos.
Me sentou na cama, e abriu sua calça, colocando o pau pra fora, quase na minha cara... Depois de acabar de gozar, nĂŁo consegui pensar em mais nada... Abocanhei aquele mastro lindo que apontava para o meu rosto... Segurei ele com as duas mĂŁos, enquanto chupava e lambia a cabeça vermelha e aveludada... Fui punhetando ele com uma mĂŁo, e com a outra acariciava as bolas... Ele foi se empolgando, e segurou meus cabelos... Começou a forçar mais na minha garganta... Eu ali, entregue aquele momento, uma fĂȘmea louca de tesĂŁo submissa ao seu macho. Ele enfiou o pau na minha boca... E segurando meus cabelos, enterrou ele na minha garganta... Eu senti ele latejando, sabia que ia gozar... E foi o que ele fez, gozou no fundo da minha garganta, e eu tentando nĂŁo engasgar, engoli o que pude e limpei o que restou.
Ele me colocou de quatro na beirada da cama, eu senti as mĂŁos dele abrindo minha bunda... Me deixando toda exposta e eu que nĂŁo me fiz de rogada arrebitei bem a bundinha pra ele me chupar novamente.
Desta vez ele estava chupando minha buceta com o rosto enfiado em minha bundinha. Eu podia sentir as vezes ele roçando o nariz no meu cuzinho, as vezes acariciando ele com os dedos... Louca de tesão, eu rebolava na cara dele... Quando ele levantou subiu na cama, me agarrou por trås, pela cintura, e apontou aquele mastro na minha bucetinha a essa altura encharcada!
Foi uma estocada lenta e firme... Senti apontar... Abrir os låbios... Encaixar a cabeça... E ir me penetrando... Abrindo espaço... Centí­metro por centí­metro...
Eu gemi alto de tanto tesão... Até que ele enterrou aquele cacete gostoso inteirinho dentro de mim. Ele só parou quando senti as bolas pressionando meu grelo. Eu estava preenchida com aquele pedaço de carne cheio de veias, latejando dentro de mim. Ele começou com estocadas lentas, e foi acelerando... Eu rebolava como uma putinha no cio!
Ele agarrou meus longos cabelos e me cavalgava como uma potranca sendo possuí­da. Gozei como nunca tinha gozado na vida. Ainda mais eu que aquela altura tinha transado poucas vezes na vida...
Essa é a história de como meu vizinho começou a me comer.
Enviado ao Te Contos por Camila
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sssssgirl · 9 months ago
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Eu não lembro o user mas alguém aqui fez um post falando que ser magra é sobre não estar confortåvel com tudo, não poder comer oque quer e etc, e isso mexeu muito comigo pq tipo, se eu quero ser magra pq eu sempre faço minhas vontades como se fosse uma criança mimada? Eu passo meu dia pensando nesse post, e outro q tbm mexeu com minha cabeça foi aquele de "magras lavam as mãos, gordas lambem os dedos" eu juro que dps desse post nunca mais lambi um dedo na vida e isso jå é meio q inconsciente sabe, pra quem fez esses pots saibam que graças a vcs estou mais um passo perto da Ana ent muito obrigada de vdd
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artmiabynana · 2 months ago
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Shameless; (Felipe OtĂŁno)
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NotasÂč: Oii, feliz halloween 🎃đŸ§č (vai rolar parte 2, um dia. đŸ€)
Avisos: Felipe Virgem; Matías e Pardella tentando ajudar ele; Palavras de baixo calão; Descrição de atos sexuais.
— Como assim "nunca aconteceu"?! - Matías praticamente berra ao descobrir a informação de Otãno, recebendo um tapa nas costas de Pardella. - AI!
— Precisa constranger ele assim, seu sem noção?! Como se vocĂȘ fosse O pegador, nĂ©? - Nega com a cabeça e volta a observar Pipe, que tinha o rosto escondido entre as mĂŁos. - NĂŁo fica assim, OtĂŁno, demora mesmo pra acontecer. VocĂȘ nĂŁo precisa ser um puto, tipo algumas pessoas aqui. - A indireta recai em Recalt, que revira os olhos. Pardella abraça as costas de OtĂŁno com a mĂŁo, o apertando.
Felipe solta uma risadinha baixa, nega com a cabeça e retribui o abraço de Pardella. Do trio de amigos, Agustín sempre é o mais compreensível e o que Pipe confiava quando precisava conversar.
— Mas assim, vocĂȘ nunca sentiu vontade de tentar? - Perguntou apĂłs romper o afeto e voltar comer uma azeitona, que servia como petisco na festa em que estavam.
— Ah, claro que jĂĄ senti, mas nunca consegui ir atĂ© o fim. - Pipe explicou e sentiu a ponta das orelhas ficarem vermelhas pela exposição.
Acontece que Felipe, em seus plenos 21 anos de vida, ainda era virgem. O argentino era o Ășnico no trio que ainda era, jĂĄ que Pardella era praticamente casado e MatĂ­as era o famoso putifero, pegando desde mulheres, homens, e se duvidar atĂ© anĂ”es.
— Nunca tive vontade, sabe? A ideia de ter alguĂ©m me tocando dessa forma Ă© meio... asqueroso. - Deu de ombros, bebendo o restante de sua bebida.
Matías riu, mexeu a cabeça e encarou Otãno bem de perto.
— VocĂȘ quer ajuda, Pipe? Hm? Diz pra mim - Voltou a atentar e ficou mais prĂłximo ainda, sentindo as mĂŁos do argentino o segurarem e pedirem para que ele se afastasse. As gargalhadas dos trĂȘs eram escutadas por quem passasse perto, chamando a atenção.
Pipe se livrou de Matías quando ficou em pé e revirou os olhos.
— VocĂȘ seria a Ășltima pessoa que eu pegaria, MatĂ­. - Caçoou, se sentando no apoio do sofĂĄ. - NĂŁo curto homens.
— Como sabe? Nunca nem pegou mulher. - Foi o tempo de terminar a frase e receber outro beliscĂŁo de Pardella. - Ah, qual ïżœïżœ! AtĂ© vocĂȘ pensa isso.
— Mas eu nĂŁo saio falando, manĂ©! - Esbraveja e termina de beber sua cerveja. - AĂ­, nunca sentiu atração por ninguĂ©m? Tipo, se vocĂȘ olhar aqui agora pra qualquer menina, nĂŁo sente nada?
Felipe levanta a cabeça e olha ao redor. NinguĂ©m chama muito a sua atenção, a maioria das garotas estĂŁo acompanhadas, ou bĂȘbadas, ou simplesmente nĂŁo eram atrativas para si. Negou com a cabeça, fazendo Pardella suspirar confuso.
— Ah, isso demora mesmo, Pipe. NĂŁo esquenta a cabeça. - Tenta suavizar o assunto, agradece a Deus por MatĂ­as nĂŁo provocar dessa vez e seguir o mesmo pensamento. - Eu demorei tambĂ©m, e atĂ© hoje namoro com a menina que tambĂ©m teve a primeira vez comigo.
— Eu me arrependo de ter perdido a virgindade tĂŁo cedo, mesmo eu sendo maior de idade. - Recalt confessa, recosta a cabeça no encosto do sofĂĄ. - Por isso que atĂ© hoje eu prefiro experimentar por aĂ­, pra ver se encontro algo que me chame a atenção. Eu pego no seu pĂ©, Pipe, mas te admiro de certa forma... sĂł nĂŁo se acostuma.
Os trĂȘs riem, e Pipe agradece pelas palavras dos amigos Valeu pessoal.
— A gente pode te ajudar, sabia? - Matías comenta enquanto mexe na corrente em seu pescoço
— Ele nĂŁo vai transar com vocĂȘ, MatĂ­as, sossega. - Pardella tira onda, recebendo um tapa no peito de Recalt, arrancando mais risadas.
— NĂŁo Ă© isso. - Rebate rindo - Eu posso te descolar uma mina. Quer? - Oferece, virando o corpo para poder observĂĄ-lo melhor.
— Ah Matí, não sei não... - Coça a nuca com a mão.
— Vamos, eu te ajudo e se nĂŁo der nada, nĂŁo deu e vocĂȘ vai pra outra. - Levanta do sofĂĄ rapidinho e caminha atĂ© a multidĂŁo de pessoas, fazendo sinal de tempo pro argentino.
— O que vocĂȘ acha, Pardella? - Perguntou encarando o amigo, que riu e concordou com a cabeça.
— VĂȘ o que vocĂȘ acha, mas lembra de usar camisinha e ser respeitoso, e que nĂŁo Ă© nĂŁo. - Deu um tapinha sobre o ombro de Pipe, se afastando para ir pegar mais cerveja.
Felipe sentia suas pernas tremerem em ansiedade. Não sabia quanto tempo tinha passado desde que Matías tinha sumido, e mesmo procurando ele com os olhos, não tinha nem sinal do baixinho. Decidido que iria sair dali, se levantou e tentou ir até a porta, mas foi parado por um par de mãos segurando seu braço esquerdo.
— VocĂȘ Ă© o Felipe? O amigo do MatĂ­as? - A abordagem o faz querer sair correndo, dizer que nĂŁo, que nĂŁo Ă© Felipe OtĂŁno e que precisa muito ir embora.
— S-sou eu. - Concorda, idiota, pensa. Agora vocĂȘ sabe que ele Ă© O amigo virgem de MatĂ­as.
— O MatĂ­as comentou que vocĂȘ... precisava de ajuda. - Mexeu a cabeça enquanto falava, apontando pra escada.
Felipe encara a direção, respira fundo e decide ser educado. Não quer negar ali na frente de todo mundo, então a intenção dele era de ir contigo até lå em cima e negar, ser educado, como Pardella disse.
Sobem pro andar de cima rapidamente, e Felipe admira como vocĂȘ sabe aonde ir. No pequeno tempo em que tem segundos livres para admirar vocĂȘ, OtĂŁno estuda seu corpo, afinal precisa tentar ter interesse, nĂŁo Ă©?
Sua estatura nĂŁo Ă© tĂŁo alta, mas nĂŁo Ă© tĂŁo pequena. Seu tom de pele chega a ser brilhante, e vocĂȘ Ă© muito cheirosa, um cheiro fresco, nem doce e nem frutado. Seu cabelo chama atenção pelo volume, tipo de fio e a curvatura, alĂ©m da cor que o argentino julga interessante.
A sua roupa combina contigo, o cropped azul claro, a saia um pouco larga nas pernas e bem apertada na sua cintura, os brincos delicados em contraste com a maquiagem marcante e diferente. Gostou das pequenas pérolas no seu delineado, a cor do seu batom da contraste com a sua pele e destaca, também é um alvo dos olhos azuis.
Consegue achar um quarto livre e o deixa entrar primeiro. Encosta a porta e recosta ali, mexe na tranca e garante que ninguém vai abrir a mesma se forçar.
Pipe respira fundo antes de falar, observa a decoração do quarto, tenta se distrair.
— Então, moça... - Começa, mexe as mãos e te encara. - Eu não -
— Eu sei que vocĂȘ nĂŁo quer transar, Felipe. - Responde apĂłs tirar os sapatos de seus pĂ©s, ri da expressĂŁo que ele faz de surpeso. - Eu nĂŁo vou transar com um desconhecido e vocĂȘ tambĂ©m nĂŁo vai. E meu nome Ă© [...]
Se senta na cama, observa ele parado, estĂĄtico. Meu Deus, como pode ser tĂŁo lerdo?
— SĂł aceitei pro MatĂ­as parar de te encher o saco. Sei como Ă© passar por isso. - Contou enquanto tirava seus brincos e mexia em sua orelha, aliviando a dor devido ao peso.
— VocĂȘ sabe? - Se senta ao seu lado e vĂȘ vocĂȘ concordar com a cabeça. - NĂŁo parece. Do jeito que vocĂȘ me abordou, sabe? TĂŁo...
— Certa do que iria fazer? É, eu tenho essa mania. - Ri baixinho, encara ele e consegue prestar mais atenção na face do garoto.
Certo, ele é bonito. Bonito pra cacete. Os olhos azuis são tão intensos que parecem o próprio oceano, a pele branca é chamativa, as sobrancelhas grossas, os låbios vermelhos, o bigode claro acima forma um contraste com o rosto. O corpo grande, alto, forte, os braços fortes e as mãos grandes também te chamam a atenção e tenta muito não pensar em algo indecente naquele momento.
— Mas sabe, vocĂȘ nĂŁo deveria ter topado essa maluquice. E se uma menina maluca vem atĂ© vocĂȘ?
— E quem disse que vocĂȘ nĂŁo Ă© maluca? - Rebate e começa a rir ao ver sua expressĂŁo de indignada.
— Ah, vai se foder! - Empurra ele da cama, rindo junto ao argentino. Deita no estofado e relaxa o corpo. Seja lĂĄ de quem for a cama, ela Ă© macia pra cacete.
— Mas Ă© sĂ©rio, obrigado por me salvar do Recalt. NĂŁo sabia o que fazer pra evitar tudo isso. – leva os olhos atĂ© os seus, sorrindo de maneira fraca.
— Disponha. Mas a gente precisa ficar por aqui, por... - Observa o relógio no celular - Uns 50 minutos, talvez uma hora. - Desliga o aparelho.
— Uma hora?! Isso Ă© podcast? - Se deita ao seu lado, esfregando a face com as mĂŁos.
— Hm, sinto muito se quando vocĂȘ se toca, goza em 10 minutos. - Dispara viperina, vendo o argentino te encarar surpreso - Quando Ă© com alguĂ©m experiente e que sabe fazer, demora muito mais.
— Eu não gozo em 10 minutos, tá? - Responde emburrado, o ego ferido.
— TĂĄ bom, virgem, tĂĄ bom. - Brinca com ele, rindo ao vĂȘ-lo revitar os olhos. ‐ Mas me responde uma coisa, porque ainda Ă© virgem?
— NĂŁo achei uma menina especial, sabe? É meio clichĂȘ, mas quero que seja alguĂ©m legal, num clima legal... - Te assiste concordar com a cabeça
— E vocĂȘ nĂŁo tĂĄ errado. Precisa ser desse jeito mesmo, sabe? Nada de pressa ou com alguĂ©m babaca. - Deu de ombros, mexendo na ponta dos cabelos.
— A sua primeira vez foi boa?
— É... ele foi respeitoso, não forçou quando eu disse que 'tava doendo, mas não passou de uma noite, sabe? - Explicou, encarando os olhos azuis.
— SĂł isso? Ele nĂŁo quis te ver depois? NĂŁo cuidou de vocĂȘ? - As perguntas te fazem soltar um riso baixinho. Era fofo como ele se importava, mesmo te conhecendo a poucos minutos.
— NĂŁo, mas eu nĂŁo liguei tambĂ©m. Eu pedi pra ele me ensinar, ele ensinou e foi isso. - Suspirou ao lembrar. - Foi dolorido depois que ele foi embora, porque fica meio estranho, sabe? Mas eu consegui me virar.
Otãno observa sua face de maneira atÎnita, se pergunta quem foi o babaca que não teve a simpatia de cuidar de ti após algo tão íntimo. Com esse mesmo pensamento, faz uma promessa a si mesmo de que, quando tiver sua primeira vez vai cuidar de sua parceira, independente se eles forem ter algo sério ou não.
— Felipe? - Estala um dedo a frente dele, o chamando de volta ao local atual. - Tudo bem?
— É... tĂĄ, tĂĄ sim. - Engole a seco e finge uma tosse. - VocĂȘ pode... sabe, me fazer um favor?
— VocĂȘ sempre fica nervoso perto de mulher? - Interrompe com mais uma pergunta, encarando ele.
— Não sei, nunca tive contatos com muitas sem serem as da minha família. - Admite com as bochechas coradas.
— O que vocĂȘ quer saber?
— VocĂȘ pode me ensinar a como chegar em uma menina, sabe, sem ser aqueles papos cafonas? - Mexe na ponta do travesseiro antes de voltar a te encarar, a tempo de ver vocĂȘ soltar uma risada e fechar os olhos. - Por favor! NĂŁo ri, vai. Eu to morrendo de vergonha de te pedir isso, mas eu tĂŽ desesperado.
VocĂȘ nĂŁo aguenta e acaba rindo mais, se curva sobre a cama e coloca um travesseiro sobre o rosto. CĂ©us, ele Ă© tĂŁo fofo!
— Eu ensino vocĂȘ, OtĂŁno. - Volta a se deitar ao lado dele, dessa vez encarando o teto. - O que vocĂȘ quer saber primeiro?
— Como eu posso chegar em alguĂ©m?
— Depende. Se for numa festa, pelo menos eu gosto de ser abordada de vĂĄrias maneiras. Quando convidam pra dançar, ir pro camarote, ou atĂ© pra pagar uma bebida. - Explica, mexendo as mĂŁos. - Mas entenda que nĂŁo Ă© nĂŁo, tĂĄ? É chato quando insistem. É sĂł falar que tudo bem e partir pra outra pessoa.
— E se alguĂ©m chegar em mim?
— AĂ­ vocĂȘ vĂȘ o mĂ©todo que a pessoa usa contigo, e se vocĂȘ gostar, vai.
— E depois? - Deita quase grudado a ti, observando o teto tambĂ©m.
— Se der certo, vocĂȘ começa a investir. - Olha para ele rapidinho - VocĂȘ dança?
— Não muito....
— EntĂŁo faz assim, abraça ela e segura na cintura. - Fica em pĂ© e mostra onde ele precisa tocar - De inĂ­cio, tĂĄ? Fica bem grudadinho com ela, dança uns minutinhos assim, troca uns beijinhos, alguns no pescoço tambĂ©m pra ir preparando o territĂłrio. - Explica ao mostrar as regiĂ”es em seu corpo.
Felipe prestava atenção em tudo que vocĂȘ falava, mas a cabeça dele começou o sabotar quando, ao imaginar as cenas, colocava vocĂȘ como a garota com quem ele queria dançar.
— Uma coisa que Ă© gostosa, Ă© quando beija debaixo da orelha e deixa uma lambidinha. - Ri travessa, nega com a cabeça.
— Tá bom, e depois? - Se senta sobre o estofado.
— Se vocĂȘs estiverem confortĂĄveis, vocĂȘs podem ir pra algum lugar melhor. NĂŁo recomendo transar no banheiro. É fedido e desconfortĂĄvel. VĂŁo pra um carro, ou pra casa um do outro, ou pra um motel, sabe?
— Essa parte, eu mais ou menos sei o que fazer. Posso perguntar mais? - Ergue os olhos para ti, vendo tu concordar com a cabeça. - Como se faz um bom oral em uma mulher?
A pergunta te pega desprovida, e sente uma pontada em sua fenda Ă­ntima. Engole a seco antes de responder. Ele sĂł queria saber por enquanto, e nĂŁo aprender agora.
— Como que eu posso te explicar? - se questiona e pensa em alguns mĂ©todos. Volta a se sentar ao lado dele, apesar de seu corpo começar a dar sinais de excitação pelo momento. - Me dĂĄ as suas mĂŁos...
Ele as estica para ti e observa sua face confuso. VcĂȘ encara os dedos dele com atenção, vendo que todos eram grandes e grossos. Seu cĂ©rebro rapidamente imagina como seria senti-los em sua buceta, mas volta a focar no momento.
— É... sabe, tem muitos homens que nĂŁo gostam de oral. Preferem partir pra penetração logo, e isso Ă© um pouco ruim.
— Porque?
— Porque as vezes, o oral compensa o que o pau dele nĂŁo faz. - Solta as mĂŁos dele devagar e respira fundo, se contĂ©m. - VocĂȘ tem dez dedos grandes, uma boca e uma lĂ­ngua. É sĂł aprender a usar, e nessa parte, vocĂȘ pode perguntar pra garota o que ela gosta.
— E isso pode ser, tipo o que? - nota sua respiração ficar mais acelerada, e gosta da cena.
— Tem mulheres que gostam de sentir os dedos, outras preferem só a língua brincando um pouquinho, ou as vezes gostam dos dois. - Sente uma gota de suor escorrer em suas costas. Cacete, tão excitada.
— E o que vocĂȘ gosta? - Chega mais perto e toca a sua mĂŁo com a ponta do dedo.
— Eu... - sente a voz falhar - Gosto dos dois, mas precisa ser com carinho. Tem mulheres que sĂŁo mais apertadas, e precisa abrir um pouco com a ajuda dos dedos. AĂ­ depois vocĂȘ pode, sabe, entrar. Mas precisa ir devagar pra nĂŁo doer... a nĂŁo ser que ela te peça pra ir com força.
— Porra. - o argentino reverba, precisa parar de te encarar para pode respirar direito e ignorar que seu pau está teso, duro demais.
Os dois estĂŁo ofegantes demais pra continuar o assunto, excitados. VocĂȘ toma a iniciativa de se levantar e andar pelo quarto, tentando distrair sua cabeça para nĂŁo acabar transando com o OtĂŁno. Tudo bem, na situação que ele estĂĄ e pelo jeito que ele te encara, sabe que ele aceitaria transar contigo ali mesmo, mas quer que ele peça pra ti. Gostou de vĂȘ-lo tĂŁo vulnerĂĄvel, e nĂŁo achava ruim continuar.
Verifica o horĂĄrio no celular, jĂĄ tinha dado uma hora que estavam ali. Respira frustrada, se sente dolorida.
— Hm... OtĂŁno? - o chama, sente o olhar do argentino subir atĂ© encontrar a sua face. Gagueja de repente. Os olhos dele parecem mais escuros, as bochechas estĂŁo tĂŁo coradas que parecem dois morangos, e pode notar que ele tĂĄ levemente suado. - JĂĄ deu uma hora... vocĂȘ quer sair primeiro?
Felipe parece sentir um tapa na cara ao ver que vocĂȘ tambĂ©m resistia, pensa em pedir pra vocĂȘ ficar e fazer tudo o que tinha ensinado, mas repensa e decide concordar. Iria atrĂĄs de ti.
— Claro, pode ser sim. - Seca as mĂŁos na prĂłpria calça, se levanta meio atordoado e se despede com uma leve erguida de mĂŁo. – É... atĂ© um dia, aĂ­.
— Ei, espera aĂ­. - toca o ombro dele, espera o mesmo virar de frente e encara os olhos azuis. Pareciam estar mais escuros? NĂŁo era sĂł impressĂŁo. - VocĂȘ precisa... provar que perdeu a virgindade hoje.
— Ah, fica tranquila quanto a is - interrompe a própria fala ao admirar a cena de ti, se abaixando e mexendo em suas roupas. - O que tá fazendo?
Feito um pimentĂŁo vermelho, Felipe encara sua calcinha na prĂłpria mĂŁo, perdido no roteiro. Engole a seco, observando vocĂȘ dobrar ela cuidadosamente e colocar no bolso traseiro da calça que usava.
— Precisa ter uma prova, caso alguĂ©m te pergunte. - Responde ao terminar de guardar o item, arrumando a barra de sua saia. - Pode jogar depois, e eu sou limpa, ok? NĂŁo precisa esquentar sobre doenças ou algo assim.
Felipe nĂŁo tinha o que dizer, atĂŽnito. Deu passos para trĂĄs e saiu de dentro do quarto, gaguejou vĂĄrios "tchau" e tentou formular um "a gente se vĂȘ".
Sente o coração acelerado demais, desce as escadas e vai pra fora da casa, caça Matías pelos arredores. Encontra o amigo pendurado no pescoço de um homem mais alto, e não tem medo de puxå-lo para longe.
— Que isso?! Tá maluco? - Escuta a voz do Recalt, que puxa o próprio braço e para de andar. - O que aconteceu?
— Muito obrigado.
— Hã? Pelo o que? - Pergunta confuso.
— Por me apresentar pra aquela menina. SĂ©rio, ela Ă© tĂŁo... bonita, meu Deus, parece uma deusa! - Exclama sorridente, sente as bochechas vermelhas, mas vai diminuindo o riso ao ver o amigo nĂŁo o seguir no humor.
— NĂŁo sei do que vocĂȘ tĂĄ falando. NĂŁo falei com ninguĂ©m sobre vocĂȘ, Felipe.
— Para com isso, ela mesmo me falou. - Coça a nuca, sentindo os olhos arregalados.
— Felipe, eu nĂŁo falei com ninguĂ©m sobre o seu "problema". - fez aspas com as mĂŁos - Falei aquilo sĂł pra te assustar, e ver se vocĂȘ tomava jeito.
— Como assim? Então ela... como ela sabia? - Perguntou ainda mais confuso, parecendo que estava falando sozinho e não com o Recalt.
— As vezes ela ouviu, quis te ajudar. Sei lĂĄ. - Deu de ombros, acompanhando o amigo para fora do lote, procurando por um tĂĄxi. - Quem sabe vocĂȘs se encontram de novo, e aĂ­ vocĂȘ esclarece isso com ela.
Perdidas? Calma, eu explico a vocĂȘs.
Quando desejamos muito alguma coisa, independente do que seja, isso pode vir a acontecer. E foi exatamente isso que aconteceu com o nosso Felipe OtĂŁno.
Ele desejou tanto por alguĂ©m, que ela surgiu. Ela nĂŁo tem um nome, uma histĂłria, um apelido, ou um sussurro de como fazĂȘ-la surgir. Simplesmente surge para quem quer surgir, e realiza o que tem para realizar.
Mas a histĂłria entre ela e Felipe nĂŁo acabou por aqui.
Feliz Halloween. 🎃đŸ§č
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sunshyni · 3 months ago
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FDP ♡ LEE HAECHAN | ⚠ SUGESTIVO ⚠ | 0.9K
❝Mulher nunca Ă© problema, ah se vocĂȘ soubesse...❞
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✰ ATENÇÃO - Esse conto faz parte da sĂ©rie “Maloqueiro romĂąntico”, que vocĂȘ pode acessar por aqui!
✰ NOTINHA DA SUN - Me deixem saber quando vocĂȘs se cansarem de ler coisa minha com o Haechan, ou melhor dizendo: Haechan + Gaab KKKKKK O cenĂĄrio desse nĂŁo Ă© muito rico nĂŁo, mas eu atĂ© que gostei!
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Haechan revirou os olhos ao te avistar no bar do hotel luxuoso onde estava hospedado para uma turnĂȘ nacional. VocĂȘ sorriu provocativa, passou a mĂŁo pelos ombros dele e se sentou no banquinho alto ao lado dele. Haechan continuou olhando para frente, mexeu no copo de uĂ­sque e sorveu o restinho do lĂ­quido antes de te olhar, na verdade, olhar para suas coxas, metade descobertas por uma sainha jeans.
— 'CĂȘ nĂŁo cansa de me perseguir? — Ele questionou, e vocĂȘ nĂŁo conseguiu esconder o sorriso de orelha a orelha. Amava perturbĂĄ-lo, amava ter a certeza de que, nĂŁo importando com quantas pessoas ele ficasse, o destino sempre fazia vocĂȘs se cruzarem novamente. E vocĂȘ sabia que, por trĂĄs de toda aquela armadura marrenta, ele te amava, e vocĂȘ inconscientemente sentia o mesmo.
VocĂȘ se inclinou um pouco, aproximando o rosto do dele para tentar chamar a atenção e fazĂȘ-lo virar o rosto bonito sĂł um pouquinho na sua direção.
— Para de fazer doce, Haechan. VocĂȘ tava doido pra me ver aqui — Ele finalmente virou o rosto. VocĂȘ sorriu, tinha vencido dessa vez. O Lee reparou nas mudanças em sua fisionomia; o cabelo curto, acima dos ombros, o deixou com um misto de tristeza e tesĂŁo. Gostava de fazer uma trança despretensiosa no seu cabelo pra depois levĂĄ-la atĂ© um cantinho escondido e devorĂĄ-la lentamente, puxando seus cabelos do jeito que ele sabia que vocĂȘ venerava, que te fazia ficar de joelhos, e ele adorava te ver naquele Ăąngulo. — CadĂȘ a sua namoradinha?
— Era ficante, vocĂȘ sabe — VocĂȘ assentiu, se afastando um pouco para bebericar a taça de gin tĂŽnica que pediu. — Ficou com ciĂșmes, Ă©? Postou aquela foto nos amigos prĂłximos sĂł pra me deixar na vontade, nĂ©?
— NĂŁo sei, vocĂȘ ficou? — VocĂȘ questionou, inocente, lembrando da foto seminua que tinha postado nos stories apenas para ele, para provocĂĄ-lo do seu jeitinho. Haechan pesou a palma da mĂŁo contra a pele de uma de suas coxas, aproximando-se de vocĂȘ, meio embriagado, com as bochechas ligeiramente rosadas, mas sua fala era perfeita.
— Para de responder com outras perguntas. VocĂȘ tenta ser enigmĂĄtica, mas todo mundo sabe por que tĂĄ aqui — VocĂȘ olhou para ele, odiava Haechan, pensava nele o tempo todo, se preocupava como se estivessem em um relacionamento de verdade, mas seu ego o impedia de mandar uma mensagem, de vĂȘ-lo pessoalmente. EntĂŁo, viviam nesse lance perigoso em que ocasionalmente se encontravam e, quando isso acontecia, todos os ambientes, incluindo seus corpos, se incendiavam.
— Me diz entĂŁo, por que eu tĂŽ aqui? — VocĂȘ pediu, e Haechan subiu a mĂŁo um pouco, separando suas pernas e deixando a prĂłpria mĂŁo se esquentar ali no meio das suas coxas, prĂłximo demais da sua intimidade, que vocĂȘ percebeu pulsar quase sem estĂ­mulo algum.
— TĂĄ louca pra me dar — VocĂȘ riu, tirando a mĂŁo de Haechan dali e beijando-a suavemente no dorso.
— Eu que tĂŽ doida pra te dar? Haechan, Ă© vocĂȘ que nĂŁo vive sem mim. Te dispensei e nĂŁo demorou nem um dia pra vocĂȘ achar uma substituta — Haechan odiava seu tom ĂĄcido, detestava como vocĂȘ conseguia atingi-lo com as palavras e como ele continuava te querendo cada vez mais, como queria marcar sua pele com a palma, com os dentes, queria que vocĂȘ fosse dele, mas vocĂȘ dificultava que ele te dissesse aquilo com aquele seu jeitinho desgraçado. — SĂł que, no final, sou sĂł eu que faço do jeito que vocĂȘ gosta. VocĂȘ Ă© um Ă­mĂŁ para mina interesseira.
— Então, fica comigo, porra — Ele disse num sussurro exclamado, se levantando e tocando seu rosto com carinho, envolvendo suas bochechas com as mãos e te beijando suavemente. Enfiou a língua na sua boca, envolvendo a sua língua, borrando seu batom que ele limpou cuidadosamente com o polegar, mesmo sabendo que não pararia de te beijar tão cedo.
— Fica comigo, nem que seja sĂł pra sentar em mim, preciso de vocĂȘ — Ouvir aquilo de Haechan fez vocĂȘ segurar o rosto dele pra ter certeza de que ele nĂŁo estava bĂȘbado demais. Seus olhos estavam levemente marejados, ainda sĂłbrios. Seu corpo esquentou de repente; pela primeira vez, vocĂȘ nĂŁo sabia o que dizer, nĂŁo sabia com qual provocação correspondĂȘ-lo, mas aquilo nĂŁo era sĂł tesĂŁo, era de verdade.
— VocĂȘ sabe que eu nĂŁo consigo sĂł sentar em vocĂȘ, gosto de fazer todo o resto — VocĂȘ disse com um sorriso, e ele sorriu de novo, te levou, segurando sua mĂŁo, atĂ© a suĂ­te dele. Livrou-se daquela sainha mĂ­nima que vocĂȘ estava usando, beijou suas coxas, seus tornozelos, e te fez deitar suavemente na cama king size. Quando vocĂȘ desceu a mĂŁo lentamente atĂ© o lugarzinho entre as suas pernas, numa tentativa de finalmente se dedilhar enquanto Haechan te encarava fascinado, ele engatinhou atĂ© vocĂȘ, pegou sua mĂŁo e chupou seu dedo mĂ©dio devagar.
— Para de ser uma filha da puta egoĂ­sta — vocĂȘ sorriu e ele te beijou forte, pressionando o quadril contra o seu, te fazendo sentir cada parte dele que pulsava de prazer.
— VocĂȘ ama isso, nĂ©? — Haechan te olhou amoroso, beijando sua bochecha de leve.
— Amo vocĂȘ — Ele disse, pegando sua mĂŁo novamente e te obrigando a adentrĂĄ-la na sua calcinha, – nĂŁo que aquilo fosse um sacrilĂ©gio – a palma dele sobre a sua. VocĂȘ sorriu, a respiração acalorada, o coração acelerado.
— Amo vocĂȘ tambĂ©m.
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✰ NOTINHA DA SUNÂČ - Eu NUNCA conseguiria escrever um dark romance, porque os meus enemies to lovers sempre ficam đŸ„° no final KKKKK Enfim, amo escrever sobre amor, sobre amar, seja “amor com sacanagem”, quanto “amor fofinho” KKKKKK Me deixem saber como tĂŽ me saindo no primeiro tipo de amor KKKKK
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creads · 8 months ago
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nossa cams o hc dos pirralhos chamando a leitora de mami mexeu MUITO comigo ainda mais o matĂ­as sendo o primeiro a comer ela na vida
pfv disserte mais sobre, matĂ­ tirando a virgindade da lobinha Ă© meu ponto fraco đŸ˜«
*meme do sim gostosa* kkkk um estante me empolguei muito nessa
 eat it up lobinhas
» cw: uso de maconha; oral fem recieving + perda de virgindade; sexo desprotegido; friends to lovers
aconteceria depois que vocĂȘs fumaram um, estĂŁo no jardim dele conversando quando ele novamente te provoca por ser virgem, e vocĂȘ mete um “ah Ă© mr pirocudo gostosĂŁo abalador de vaginas” e ficam batendo boca sobre isso, e de alguma forma nesse vai e vem, ele te leva pro quarto.
quando chegam lĂĄ, ele vai te empurrando devagarinho pra contra a parede, te beija, mas BEIJA. vocĂȘ jĂĄ tava com o corpo molinho entĂŁo se entrega totalmente ao melhor beijo da sua vida: com muita lĂ­ngua, muito lentinho e gostoso, as mĂŁos dele bagunçam seu cabelo todo, a mĂŁo vai por baixo da sua blusa, depois passam pela sua coxa, e quando ele vai te guiar atĂ© a cama, faz isso com as mĂŁos na sua nuca. ele te deita e depois fica em cima de vocĂȘ, com um cotovelo se apoiando, ele quebra o beijo, fica te olhando, pelo jeito que ele olha pro seu rostinho atĂ© parece que ele vai falar a coisa mais romantica do mundo. e quando vocĂȘ pergunta “que foi?”, ele diz: “se vocĂȘ nĂŁo fosse tĂŁo chatinha assim, com certeza nĂŁo seria virgem, pq porra
 voce Ă© muito linda
” (o que na verdade para matias recalt essa Ă© a coisa mais romĂąntica do mundo sim temos que aceitar).
ainda deitado em cima de vocĂȘ, ele vai continuar te beijando MUITO, e tudo num ritmo muito devagarinho, torturante atĂ©. vai tirar sua blusa e beijar seu colo todinho, a barriga tambĂ©m. quando tirar seu sutiĂŁ, vai mamar seus peitos muito lentinho e com muita vontade, vai chupar e soltar com a boca pra fazer aquele estalinho, vai fazer cĂ­rculos com os dedos ao redor do mamilo babadinho, apertar os seios juntos e beijar sua pele toda. vai descendo dando beijinhos na sua barriga atĂ© chegar no seu short, tira e â˜đŸ»ele vai sim te provocar por vc nĂŁo estar usando uma calcinha sexy. ele vai beijar sua buceta por cima da calcinha, e ainda vai ter a pachorra de ficar CHOCADO com o tanto que vocĂȘ tĂĄ molhada “caralho que vagabunda, vocĂȘ molhou minha cama
” e vocĂȘ ⁉”porra matias vsf mlk olha o jeito que vocĂȘ tĂĄ me pegando como Ă© que eu nĂŁo vou ficar molhada” e ele vai ficar todo vaidosinho mas vai esconder tĂĄ? enquanto ele tira sua calcinha, ainda vai falar â€œĂ© normal isso que eu tĂŽ fazendo, uĂ©. vocĂȘ que Ă© a virgenzinha aqui” (e nĂŁo nĂŁo Ă© normal!!! ele sĂł Ă© realmente muito bom de cama e ainda por cima tĂĄ dando a performance of a lifetime pq Ă© com vocĂȘ).
ele vai colocar suas pernas em cima dos ombros dele enquanto te chupa, e ainda vai te fazer gozar em menos de um minuto. e ele vai subir pra perto do seu rosto com o queixo todo molhado e um sorriso deste âœ‹đŸ» đŸ€šđŸ»tamanho “nĂŁo vou nem falar nada
”. ele vai te virar de bruços e dar beijos pelas suas costas atĂ© chegar na sua bunda mas interrompeâ˜đŸ» pra colocar um travesseiro embaixo do seu quadril, pra vocĂȘ ficar empinadinha. ele vai abrir suas pernas pra conseguir encaixar ali dentro de vocĂȘ, mas manas
 quando ele vĂȘ o combo sua bunda + coxas + vocĂȘ abertinha pra ele + sua buceta literalmente encharcada e a parte da coxa que tambĂ©m molhou. ele perde todas as estribeiras. fica encarando enquanto aperta sua bunda. “vai meter em mim agora, mati?” e vira a cabeca pra trĂĄs sĂł pra ver o que ele tĂĄ fazendo. ele te olha tipo 🙂olha eu atĂ© ia mas quero te chupar de novo. e antes que vocĂȘ pudesse falar qualquer coisa ele se enfia lĂĄ de novo, afasta a sua bunda e te lambe todinha, passa o dedinho recolhendo a sua umidez e enfia um na sua buceta. e ele vai se preocupar tĂĄ? nĂŁo vai meter o louco nĂŁo. “ta doendo ou tĂĄ gostoso, nena?” e quando vĂȘ que vocĂȘ tĂĄ tipo đŸ„”đŸ„”đŸ„”đŸ„”đŸ€ŻđŸ€Ż ele começa a mexer o dedo devagarinho enquanto volta a te chupar, e ele aproveita e dĂĄ mordidinhas na sua bunda enquanto te deda. te faz gozar rapidinho de novo
quando ele finalmente se posiciona entre suas pernas, sĂł esfrega a cabecinha, nĂŁo chega a entrar sem avisar. “posso colocar, bebita?” e quando vocĂȘ diz que sim, coloca muuuuito devagarinho, atĂ© para de enfiar quando vocĂȘ faz algum sinal de dor, te dĂĄ tempo pra acostumar. quando colocou tudo, da beijinhos no seu pescoço e pergunta se pode começar a se mexer. vai te fuder muuuuuuito lentinho, muito gostoso mesmo. gemendo no seu ouvido e lambendo seu lĂłbulo. nessa altura do campeonato, com vocĂȘ apertando TANTO ele, sĂł sai praise da boca dele, fala que vocĂȘ Ă© a mulher mais gostosa que ele jĂĄ comeu, fala que tava doido pra fazer isso hĂĄ muito tempo
ele vai falar como sua buceta tĂĄ apertando ele e que vai fazer ele gozar rĂĄpido que nem um virgenzinho tambĂ©m... e vocĂȘ entre gemidos teve a luz divina de provocar ele, que nem ele sempre faz com vocĂȘ, “depois de hoje, vocĂȘ nĂŁo vai poder implicar comigo por ser virgem mais”. ele solta uma risadinha (tĂĄ apaixonado lalalala) e diz “agora eu entendi porque vocĂȘ Ă© virgem, mami
 tava guardando essa bucetinha gostosa sĂł pra mim, nĂŁo tava?”
â˜đŸ»desculpa people (eu) literally died
e gente i hate to say it mas ele não vai gozar dentro!!! vai gozar na sua bunda e costas. mas só pq ele sabe que ainda vai te comer mais vezes depois, então terá outras oportunidades 🎀
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nevalisca · 2 years ago
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agora Ă© tarde demais pra vocĂȘ voltar atrĂĄs.
hoje, sem querer, encontrei um bilhete seu no fundo da minha gaveta de meias. o bilhete nada mais era do que nossos nomes escritos no meio de um coração e um "para sempre" embaixo. aquilo mexeu comigo, mas não da maneira como costumava mexer, não me fez tão mal quando achei que faria, não como fazia antes. eu simplesmente ri e joguei fora.
foi-se o tempo em que eu chorava por vocĂȘ pelos cantos, foi-se o tempo em que deixava a porta entre aberta pra vocĂȘ, foi-se o tempo em que esperava que vocĂȘ voltasse. agora, o que mais quero Ă© deixar a porta fechada e te manter o mais longe possĂ­vel de mim.
[agora Ă© tarde demais pra vocĂȘ decidir voltar.]
bianca dias; nevalisca.
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dunmeshistash · 3 months ago
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eu acho que mithrun tem uma das histĂłrias mais tristes que jĂĄ vi, nĂŁo sou de ler muitos mangĂĄs, mas a histĂłria dele mexeu muito comigo e eu nunca cheguei a ler a histĂłria de um personagem que Ă© tĂŁo comovente assim antes
quando eu li a histĂłria dele eu realmente chorei muito porque pra mim realmente fazia tipo uma metĂĄfora pra abuso sexual, principalmente por conta da forma que o demĂŽnio estava segurando o mithrun.
ele Ă© um dos meus personagens favoritos justamente por conta da histĂłria dele e de como ele tĂĄ melhorando aos poucos.
A historia dele Ă© muito boa, e muito tragica
Mithrun é meu favorito por muitos motivos, depois de tudo que ele passou, a forma como ele quer impedir os outros dungeon lords de passar pelo mesmo, a forma como os outros canaries acham que não tem mais esperanças para ele mas no final ele percebe que ainda tem valor e que pode criar novos desejos...
NĂŁo sei por em palavras direito todos os sentimentos complexos mas eu amo o Mithrun demais <3
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s1ckstears · 5 days ago
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HistĂłria com o ED!
Acho que a minha relação com o meu corpo começou a piorar quando eu tinha 8 anos. Nessa época eu fui dançar na festa junina da escola, e tinha um vestido que eu usava quase todos os anos, mas quando eu fui colocar ele, ele tinha ficado apertado, mas mesmo assim fui me apresentar com ele, naquele dia, eu reparei em como todas as meninas estavam vestidas, as roupas largas, braços finos, a barriga não estava marcando, enquanto eu estava totalmente ao contrårio daquilo. Foi com oito anos que eu comecei a me sentir um ogro.
Mas foi no ano seguinte que tudo piorou e ai de fato eu comecei a me odiar, a me julgar, a me achar uma vergonha, a querer sumir! Naquele ano, minha melhor amiga tinha me trocado por umas meninas e só ficava comigo quando elas iam embora ou faltavam e aquilo mexeu muito comigo (ainda mexe, na real) e com aquilo, eu comecei a me aproximar de uma amiga que eu não falava hå algum tempo, e ela era super extrovertida, tinha amizade com praticamente a escola toda, e nisso ela era amiga de dois meninos 1 ano mais velhos que a gente, e eles eram meio que "apaixonados" nela, eles disputavam pra ver quem ia sentar do lado dela no transporte escolar, ficavam dando vårias coisas para ela, no geral, faziam de tudo por ela e como eu sempre tava com ela e consequentemente com eles também, eu achava que era amiga deles, até gostava de um deles, inclusive até cheguei a me "declarar" mas nem lembro qual foi a resposta, só sei que me senti péssima! Enfim, eles me ignoravam completamente, eu me sentia invisível ao lado deles, no transporte escolar, um deles sentavam no canto, a minha amiga no meio, um do outro lado e no final sentava eu, eles simplesmente se fechavam entre eles e eu não participava de quase na conversa, e essa minha amiga era super magra, e eu, uma porca imunda, e com isso, foi inevitåvel que eu não associasse uma coisa na outra. Todos os dias, quando eu ficava só no transporte, eu chorava, me desmontava em lågrimas e em crises de ansiedade (que na época eu não sabia que era isso). Depois desse ocorrido, os problemas com o meu corpo só foram piorando, e minha socialização mais ainda, comecei a me achar horrenda e insuportåvel, foi ai que eu me fechei ainda mais para o mundo, qualquer coisa que falassem de mim eu jå associava que era ao fato de eu ser gorda (e talvez realmente fosse).
SĂł sei que esse ano tudo piorou de vez! O bullying na escola ficou ainda mais pesado, tudo o que eu fazia as pessoas achavam de extrema vergonha, mexiam comigo o tempo todo, jĂĄ me chamaram de sapo boi, hipopĂłtamo, gorda e entre outras coisas. SĂł sei que esse ano foi um verdadeiro inferno! Eu comecei a passar horas sem comer, mas depois comia tudo de uma vez, me fechei muito mais, ainda mais por ser a garota mais gorda da sala. AtĂ© que eu conheci a comunidade, me intendifiquei com muitas coisas, com muitos sentimentos e sensaçÔes, foi como encontrar uma parte que faltava, apesar de ter aquela consciĂȘncia que iria me fazer mal ou que eu nĂŁo devia fazer isso comigo mesma e que seguir uma dieta de 1500 kcal por dia era melhor, no final de tudo, eu sĂł entrei de vez no mar que eu estava molhando os meus pĂ©s por anos.
(Ainda faltam vĂĄrios pontos que me fizeram pensar dessa forma do meu prĂłprio corpo, mas eu acredito que essas foram as causas principais ou as que eu ainda nĂŁo superei totalmente.)
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iamfrankiewritter · 7 months ago
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Ohma Tokita
— É realmente impressionante como neste barco, em breve, todos os homens irão se matar naquela arena. — tomo o meu drink tranquilamente à beira da piscina.
— Comum, mas Ă© assustador. Graças a Deus tenho uma alma feminina ao meu lado. — Kaede se ajeita sobre a cadeira e coloca seus Ăłculos de sol.
— Eu só vim por causa que
 O Yamashita não sabe dizer “não” e na primeira oportunidade que tiver, vai se borrar nas calças.
Nós rimos e trocamos um olhar engraçado.
— Aham, com certeza [Nome], apenas pelo senhor Yamashita.
— O que está insinuando, Kaede?
Eu sabia exatamente onde ela queria chegar, mas não dou o braço a torcer.
— VocĂȘ sabe. NĂŁo Ă© sĂł pelo senhor Yamashita que vocĂȘ veio, tem um motivo a mais.
— Desconheço
 — fiz-me de idiota e desviei o olhar, sentindo as bochechas esquentarem.
Era verdade que eu nutria um carinho enorme pelo Kazuo, ele sempre foi como um pai para mim e vĂȘ-lo em um estado tĂŁo deplorĂĄvel nos Ășltimos meses mexeu muito com o meu coração, fez com que eu sentisse a constante necessidade de estar prĂłxima dele.
No entanto
 Quando seu comportamento mudou da noite para o dia, quando ele me contou que tinha encontrado um novo motivo para viver e tinha recuperado toda a sua vitalidade, eu genuinamente quis saber o motivo.
E maldita — ou bendita — foi a hora em que descobri o “motivo”, ou melhor, o homem responsável por levantar o ñnimo do pobre coitado.
Ohma Tokita.
Um homem de passado desconhecido e estranhamente forte, frio e rĂșstico.
Ele serĂĄ o responsĂĄvel para representar a Corporação Yamashita quando as partidas Kengan começarem, e confesso que vĂȘ-lo lutar contra dois fortes oponentes me deixou muito curiosa sobre a sua pessoa, apesar de ele ser uma pessoa extremamente reservada.
Quando o assisti lutar contra o Lihito, um cara visualmente maior e mais forte do que ele, eu me senti dentro de um filme de ação, ficando emocionada a todo momento, a cada golpe e a cada técnica. Ele literalmente macetou o coitado na maior tranquilidade. Não me recordo muito bem o momento em que comecei a realmente prestar atenção no moreno, mas tenho uma breve noção quando assisti a luta contra o Sekibayashi.
Nunca vi tanta vontade assassina emanar de uma pessoa durante uma luta, ainda mais quando eu tinha certeza da evidente derrota, Ohma derrotou aquele brutamontes com um nocaute inesperado.
E para terminar, houve a briga no navio, uma vĂĄrzea total e desbalanceada, mas ainda sim, ele foi capaz de sobreviver como se nada tivesse acontecido.
— Aí, [Nome].
— O que Ă©?
— Sabe que precisa disfarçar mais quando eu quase mencionei o nome do Ohma, certo?
— E-eu não sei Kaede, pare de me provocar!
— Eu nĂŁo provoco, vocĂȘ mesma se entrega, ainda mais quando estamos em reuniĂŁo e o senhor Yamashita elogia o Ohma. EstĂĄ estampado na sua testa o quanto vocĂȘ quer estar perto dele. — solta uma risadinha.
— VocĂȘ precisa ficar do meu lado Kaede!
— NĂŁo misturo meu trabalho profissional com relaçÔes amorosas, apesar de achĂĄ-lo muito atraente.
— Ah, claro, vocĂȘ sĂł tem olhos para o Lihito.
— Não mencione esse nome perto de mim, já não chega-
— Olha sĂł! NĂŁo sabia que essa piscina era frequentada por moças tĂŁo bonitas quanto vocĂȘs.
Falando no diabo

— O que as senhoritas estão conversando? — o loiro se aproximou com um enorme sorriso.
— Assuntos de mulheres, Lihito. — Kaede pegou uma revista que estava ao seu alcance e cobriu o rosto para evitar contato visual com o lutador.
— Por acaso esses “assuntos” tem a ver comigo? — seu tom de voz se intensificou para tentar seduzi-la.
— Humpf, com certeza não, nós temos outras coisas mais interessantes para conversar.
— Aaahh, não seja tão dura comigo, senhorita Akiyama!
Parei de prestar atenção na conversa dos dois quando percebi a presença de Ohma, logo atrås de Lihito.
As mãos tipicamente enfiadas nos bolsos da calça jeans que costumeiramente usava, os cabelos negros como carvão sempre rebeldes, as mechas escuras sempre caídas sobre o rosto bem definido com algumas escoriaçÔes e machucados a se curar.
— Oi
 — cumprimentei num tom quase inaudível.
— [Nome]. — ele respondeu o cumprimento no mesmo tom sĂ©rio de sempre.
— Lihito, por favor... VocĂȘ deveria voltar ao cassino.
— Eu cansei de perder! Pelo menos, vindo aqui, eu ganho alguma atenção de vocĂȘs. NĂŁo Ă©, [Nome]?
— Por que vocĂȘ nĂŁo para de incomodar ela?
O loiro ficou surpreso ao escutar a voz do amigo. Ohma raramente fazia isso, e para quem ele dirigia a palavra?
— Qual Ă© Tokita! Deixa de ser chato. — afastou-se da loira e pegou uma cadeira, sentando ao meu lado.
NĂŁo era bem vocĂȘ que eu gostaria que estivesse ao meu lado, mas ok.
— Bom, jĂĄ que a senhorita Akiyama nĂŁo me dĂĄ nenhum pingo de atenção, eu pelo menos posso me sentar aqui, nĂ© [Nome]?
— Ah, aham... Claro.
— Humpf.
Pode ter sido uma impressĂŁo sĂł minha, mas escutei Ohma suspirar ao notar que agora eu me encontro acompanhada.
— E então, [Nome]... O que acha de dar uma volta comigo para conhecer o navio?
— Tá um calor danado, eu prefiro curtir o sol daqui.
Eu genuinamente queria ficar ali, deitadinha e curtindo o meu drink.
— Ah vamos! Vai ser legal, eu prometo que vocĂȘ vai gostar. — ele sorriu e colocou o braço sobre os meus ombros.
— Lihito, eu não- olha, eu só quero apreciar a piscina, talvez outra hora. — dei um sorriso simpático, na esperança que ele me entendesse.
— NinguĂ©m quer me fazer companhia, jĂĄ entendi. — Lihito encostou a cabeça sobre o meu ombro.
— Sai. De. Perto.
Ohma se aproximou de nĂłs e pegou o lutador pelo ombro, o tirando abruptamente de cima de mim.
— Qual que Ă© a tua, Tokita?! — Lihito pareceu ligeiramente irritado.
— Preciso repetir? Sai de perto da [Nome].
— Eu nem fiz nada!
— VocĂȘ tĂĄ incomodando, sĂł sai de perto.
— Ohma, t-tá tudo bem, deixa pra lá. — eu tentei acalmá-lo.
Coloquei a minha bebida sobre a mesinha ali do lado.
— VocĂȘ nĂŁo entende nada, nĂŁo Ă©? — o tom colĂ©rico fez com que o meu coração disparasse. — Deixa. A. [Nome]. Em. Paz. — pegou Lihito pelo colarinho da camiseta.
— Já entendi, seu idiota. Se tá tão puto por eu querer dar uma volta com a sua namoradinha-
— Já chega Lihito, precisamos conversar. — Kaede interviu segurando no braço do loiro.
— ... — o moreno continuava a encará-lo mortalmente.
Como na primeira vez em que lutaram.
— Vamos. — novamente a loira o tirou dos próprios pensamentos.
— Isso não vai ficar assim, Tokita! Depois a gente conversa melhor... — fez um sinal de "soco" com os punhos e sorriu.
E eu? Fiquei ali parada esperando que o pior acontecesse, mas ainda bem, Kaede interviu e agora estamos sĂł nĂłs.
Mas espera aí? Eu ouvi direito? “Namoradinha”?
— Tsk, que saco. — o moreno interrompeu os meus pensamentos e saiu andando.
— Ohma, espera!
— 
  — ele não disse nada, mas parou quando pedi.
— Desculpa pelo Lihito, eu deveria ter sido mais-
— NĂŁo peça desculpas, nĂŁo Ă© sua culpa. É sĂł que
 — Tokita virou-se para me encarar, porĂ©m nĂŁo tinha aquela mesma expressĂŁo de sempre.
Ele estava
 Nervoso? Tenso?
— Eu nĂŁo quero que ele chegue perto de vocĂȘ de novo, isso me dĂĄ muita raiva.
Os punhos por debaixo do bolso da calça se apertaram e tornaram-se evidentes. A cena anterior me deixou tão embasbacada que eu nem tive como continuar aquela conversa.
Tokita percebeu que nada mais sairia da minha boca e saiu do deck da piscina em passos lentos até desaparecer da minha visão.
[...]
Os eventos que sucederam a nossa discussão no deck, não tiveram muita importùncia. Logo, as partidas Kengan começaram e todos os competidores estavam concentrados em destruir os seus oponentes, e isso incluía Ohma e Lihito. Quase nem falei com os dois na semana.
Na verdade, eu fiquei um pouco aliviada em não ter de dar as caras para encontrar o loiro, não sei bem como reagir depois daquela cena chata, se bem que
 É, não deve acontecer mais, depois das fofas ameaças do Ohma.
Eu, Kaede, Kazuo — e vez ou outra o Ohma — assistimos todas as partidas, analisando todos os competidores e chegamos a conclusĂŁo: todos aqueles homens eram monstros dotados de uma força imensurĂĄvel, e ninguĂ©m poderia descansar atĂ© o tĂ©rmino do torneio.
Quando a quarta luta começou, quando Ohma e Inaba se enfrentaram, eu pensei que a vitĂłria estivesse garantida. Doce ilusĂŁo a minha. Apesar de pequeno, o Inaba Ă© muito habilidoso e me deixou deveras preocupada. É um choque ver um homem tĂŁo forte como Ohma ser jogado pra lĂĄ e pra cĂĄ como um boneco no meio da arena.
Mas a onda do baixinho logo acabou quando o moreno usou um Empréstimo e o estraçalhou, fazendo-o se arrepender de todos os golpes desferidos.
— O Ohma não aprende, ele não pode ficar usando essas
 Essas coisas! — o velho exclamou assim que a luta acabou.
— Se ele continuar assim, nĂŁo vai chegar atĂ© a Ășltima partida.
— Oh, vocĂȘs dois! Parem de exagero.
Por mais que me doa admitir, eles estĂŁo certos.
— NĂŁo Ă© exagero [Nome].
— 
 Eu preciso falar com ele.
— Ele deve estar na enfermaria, tratando os machucados. — Kaede sugeriu.
— Se precisarem de mim, estarei lĂĄ. — levantei da minha cadeira e comecei a caminhar atĂ© a enfermaria.
— [Nome]. — Kazuo me chamou.
— Hm?
— Por favor, tome conta dele.
O sorriso sincero e preocupado do velho me trouxe uma sensação de calma e eu retribuí o sorriso.
— Pode deixar.
Caminhando dentro dos corredores do estådio, demorei alguns minutos para finalmente chegar até a enfermaria.
E como uma coincidĂȘncia do destino, Lihito estava saindo de lĂĄ naquele instante.
— Oh, [Nome]. — nós paramos um de frente para o outro.
— Lihito
 Veio ver o Ohma?
— Vim ver como ele estava depois da luta com aquele tampinha.
— E está tudo bem? — não sei bem como desenvolver uma conversa com ele depois da discussão

— NĂŁo se preocupe, nada que um pratĂŁo de filĂ© nĂŁo resolva. — o sorriso sincero do lutador seguido de um “positivo” confortaram o meu coração.
— Isso nĂŁo Ă© nada complicado.
— [Nome], vocĂȘ veio aqui para vĂȘ-lo?
— Sim, eu
 Não consigo ficar parada quando o vejo machucado. — decidi ser sincera, mesmo que isso me deixasse envergonhada e como um pimentão.
— O Tokita tĂĄ lĂĄ dentro, te esperando. Mas antes de vocĂȘ entrar, eu preciso pedir desculpas.
— Desculpas? Ah.
— Eu
 Não devia ter sido tão impertinente no deck da piscina, desculpe por isso.
— Fica tranquilo, eu te desculpo. Estamos bem, nĂ©?
— Com certeza. Eu gosto muito de vocĂȘ [Nome], e nĂŁo quero pĂŽr tudo a perder por uma briga besta.
— Tudo bem, vamos esquecer esse assunto.
— Vai lá cuidar dele.
Com um sorriso, nĂłs nos despedimos e meu coração ficou mais leve. O Lihito Ă© um cara bacana, e a nossa amizade nĂŁo podia se deixar abater por uma coisa besta — e um ciĂșmes cuja causa ainda nĂŁo descobri —.
Entrei na enfermaria, todas as macas estavam ocupadas com lutadores ou pessoas ordinårias, os médicos andavam de um lado para o outro com as enfermeiras, atendendo os feridos e prestando serviços aos casos mais graves. Não demorei a encontrar o moreno, que estava de pé, escorado sobre a parede com os olhos fechados e com os braços cruzados.
Ao me aproximar, pude reparar nos hematomas nos seus braços, pernas, por todo o seu corpo
 No seu rosto. Meu coração se apertou de novo, por mais que ele fosse um homem forte e cheio de marra, ainda era um ser humano que sofria como qualquer outro.
Pensei que ele nem notaria a minha presença, mas estava redondamente enganada.
— O que vocĂȘ tĂĄ fazendo aqui?
— Eu vim ver vocĂȘ, Ohma.
— Hm. — ele continuava com os olhos fechados.
— Vem, deixa eu fazer um-
— Não preciso que cuidem de mim, eu tî bem.
— NĂŁo quero saber, vocĂȘ tĂĄ com o corpo inteiro machucado, eu nĂŁo posso te deixar aĂ­, simplesmente existindo. — eu me aproximei um pouco mais e o peguei pelo braço.
— [Nome], eu já-
— Deixa de ser teimoso, Tokita. — elevei um pouco a voz e só assim ele pareceu perceber que eu não estava de brincadeira.
Os olhos escuros por debaixo das pĂĄlpebras se revelaram e me encararam, um pouco emburrados, mas pouco me importei.
— Vamos, ninguĂ©m pode cuidar de vocĂȘ agora, todas as enfermeiras estĂŁo ocupadas.
— Posso esperar
 — mais uma vez, relutante.
— NĂŁo me faça ter que cuidar de vocĂȘ Ă  força.
— Humpf, como se vocĂȘ conseguisse me obrigar a fazer alguma coisa. JĂĄ esqueceu quem Ă© o mais forte aqui?
LĂĄ vem ele com as provocaçÔes

— VocĂȘ pode ser o mais forte na arena, mas aqui na enfermaria, tem de me obedecer se quiser participar da prĂłxima partida.
— Vou te lembrar quem está em posição de mandar alguma coisa.
Ohma foi råpido. Ele inverteu os nossos papéis, puxando-me pelo braço e me pressionando sobre a parede em que estava escorado. O movimento foi tão råpido que só percebi essa diferença quando as minhas costas bateram contra a parede do lugar.
Ao abrir os olhos, o rosto do moreno estava tão próximo do meu, um sorriso de canto se formou, além da sua respiração quente batendo contra o meu rosto. Não é possível que um homem tenha tanto poder sobre mim mesmo depois de ter sido espancado em uma briga.
— E agora? Vai mesmo me enfrentar?
— Isso nĂŁo Ă© uma briga, Ohma
 Eu sĂł quero cuidar de vocĂȘ, porque eu me importo. — engoli seco, estou mesmo me confessando? Numa hora dessas?!
— Talvez vocĂȘ devesse guardar essa sua preocupação para outra pessoa. — seu sorriso desapareceu e deu lugar a uma expressĂŁo carrancuda.
— “Outra pessoa”? Do que- não, não pode ser isso.
— Hm?
— Por acaso estĂĄ com ciĂșmes do Lihito?
Toquei na ferida, pois o seu corpo ficou tenso, e apesar disso,  nada saiu da sua boca.
— É isso? VocĂȘ estĂĄ com ciĂșmes dele?!
— Eu nĂŁo tenho ciĂșmes de ninguĂ©m.
— Pois Ă© o que estĂĄ parecendo.
— NĂŁo quero discutir isso com vocĂȘ, eu nĂŁo tenho ciĂșmes nenhum de vocĂȘ. — ele fez questĂŁo de enfatizar o “vocĂȘ”.
— TĂĄ, jĂĄ entendi. — eu me dei por vencida, mas depois quero arrancar isso dele. — Posso sĂł cuidar de vocĂȘ entĂŁo? Como uma pessoa que se importa muito contigo?
— 
 — suspirou. — Pode.
— Eu prometo que não vai doer, depois de tanta pancada, eu serei cuidadosa.
Ohma não respondeu, afastou-se de mim e permitiu que eu o sentasse em uma das cadeiras livres. Eu vasculhei aquela enfermaria cuidadosamente em busca de algum ålcool, alguns algodÔes e bandagens para pelo menos tratar aqueles machucados abertos, não quero que o campeão da Corporação Yamashita pegue alguma infecção.
— Aqui, voltei. — eu me sentei ao seu lado. — Fique quietinho e não se mexa, isso pode arder um pouco

— Só faz o que precisa ser feito.
Até os mais durÔes não conseguem disfarçar a careta de dor quando um pingo de ålcool cai sobre uma ferida aberta, mas isso não é fraqueza.
À medida que eu passava o algodão encharcado com álcool sobre as feridas abertas sobre o seu abdîmen, tive de segurar o sorriso por estar tão perto dele assim
 Eu deveria me sentir culpada por esse sentimento? Eu certamente estou me aproveitando dessa situação delicada para ficar mais próxima do moreno.
Em contrapartida, o que conforta e me deixa fazer com que eu trabalhe direito como enfermeira, é que estou cuidando dele,  é por uma boa causa, e eu sei que o Ohma não liga que eu fique por perto.
Mas ainda bem que aquela sessão de vergonha passou, terminei de tratar as suas feridas, chegou a hora de dar uma olhada no rosto

— Eu preciso que vocĂȘ olhe pra mim
 Acho melhor eu pegar uma bolsa de gelo. — levantei-me da cadeira.
LĂĄ vou eu em busca de uma bolsa de gelo para acalmar aquela pele irritada.
— Não.
Abruptamente, sinto uma mĂŁo sobre o meu pulso e sou obrigada a olhar para o lado. Ohma me segura firmemente e me olha profundamente com aqueles olhos escuros.
— Ohma, eu-
— Fica. Não preciso da bolsa agora, depois eu resolvo isso com o Kazuo Yamashita.
Fica.
— Promete pra mim então?
— Sim, agora termina o que vocĂȘ começou. — ele deu um leve puxĂŁo no meu braço para que eu voltasse a me sentar perto dele.
— Sim senhor. — dei um sorriso involuntário.
Perceber que ele me queria por perto aqueceu o meu coração. Para um cara tão durão e frio, isso com certeza derreteria os mais gélidos dos ice bergs.
— Vou ser mais delicada, não se preocupe. — eu me acomodei de frente para ele e molhei o algodão com um pouco de álcool.
— VocĂȘ jĂĄ Ă©.
Decidi ignorar aquele comentĂĄrio, nĂŁo sei se estou pronta para iniciar uma conversa tĂŁo Ă­ntima assim com ele.
Só que não pude deixar de notar o rubor nas suas bochechas, talvez seja por conta da reação ardente do ålcool contra a sua pele, talvez seja porque eu esteja olhando fixamente para o seu rosto, concentrada em cuidar das feridas.
— VocĂȘ viu o Lihito?
— Hm? — eu estava tão concentrada em passar o algodão sobre a sua sobrancelha que não escutei direito.
— O Lihito, vocĂȘ viu ele?
— Sim
 A gente se esbarrou na porta da enfermaria. Ele me disse pra cuidar bem de vocĂȘ.
— E o que mais?
Por que essa curiosidade?
— Ele se desculpou comigo, disse que não deveria ter insistido. Confesso que fiquei aliviada, eu não gostaria de ficar brigada com ele por uma coisa besta.
— Humpf, Ă© bom mesmo. NĂŁo quero que ele chegue tĂŁo perto de vocĂȘ.
Parei de passar o tecido macio sobre a sua pele e o encarei.
— Ohma, pra quĂȘ isso?
— Como assim?
— Isso é  CiĂșmes?
— NĂŁo, eu
 Ele quer ficar muito perto de vocĂȘ e eu nĂŁo quero isso.
— Mas ele Ă© o meu amigo. — falei como se Ăłbvio fosse.
— Sei muito bem quais as intençÔes dele.
O moreno segura o meu pulso delicadamente e o abaixa, colocando sobre o meu colo.
— Ohma, vocĂȘ Ă© estranho. — dei risada. — NĂŁo consegue me dizer com clareza o por quĂȘ de estar se sentindo assim?
— 
 — ele nĂŁo desvia o olhar nem por um segundo sequer. — VocĂȘ Ă© muito lenta.
Sem que eu pudesse dar continuidade à nossa discussão, a sua mão que segurava o meu pulso me puxou de maneira brusca, fazendo o meu corpo pender para frente, deixando o meu rosto ainda mais perto do dele

— O-Ohma, o que foi?! — o rubor se espalhou pela minha cara inteira e eu pressionei os lábios, um contra o outro.
— Eu sei que sou pĂ©ssimo para me expressar, acho que nesse caso, eu preciso te mostrar.
O estreito espaço entre os nossos rostos desapareceu  quando sua boca encostou na minha, dando início a um beijo. A mão forte e calejada passeou sobre o meu braço e foi ao encontro do meu rosto pegando fogo. Apesar da surpresa, não sou besta nem nada, tratei de aproveitar aqueles segundos em que ficamos conectados.
Para buscar algum apoio, coloquei uma das mĂŁos sobre o seu ombro nu e suspirei, nĂŁo era possĂ­vel que aquilo estivesse acontecendo, certo? Errado, era real e eu percebi quando Ohma quis aprofundar o beijo, mas nĂŁo permiti — nĂŁo de imediato —, pois estĂĄvamos dentro de uma enfermaria com diversos feridos ali dentro, o momento pede mais decĂȘncia.
Eu fui obrigada a nos separar, afastando o seu rosto do meu, segurando e apertando seu ombro forte. NĂŁo consegui encarĂĄ-lo por alguns segundos, entĂŁo encarei o belo chĂŁo daquela enfermaria e o analisei para ver se os faxineiros sabem mesmo varrer um chĂŁo.
Cacete, o que estou pensando?!
— É por isso que eu nĂŁo quero que o Lihito chegue perto de vocĂȘ. NĂŁo quero que ele te tenha para ele.
— “Para ele”? Pelo amor de Deus, não sou uma propriedade!
— VocĂȘ entendeu. — bufou. — NĂŁo quero ter que lembrĂĄ-lo do quanto eu te quero.
— Agora vocĂȘ decidiu falar, Ă©? — soltei uma risada nervosa. — E ainda decide ser bem direto.
— Eu nĂŁo tenho o porquĂȘ ficar com indiretas, quando Ă© vocĂȘ.
— Estava atĂ© agora hĂĄ pouco quando sentiu ciĂșmes do Lihito.
— Escuta, para de falar nesse cara, só um pouco.
Tokita me puxou pelo queixo, aproximando os nossos rostos novamente. Deu um sorriso de canto e eu senti mais uma vez a sua respiração quente bater contra o meu nariz.
— Se vocĂȘ nĂŁo parar de falar nele, eu vou ser obrigado a te calar de outra maneira.
— O-Ohma, a-aqui não. — engoli seco.
— Isso por acaso Ă© uma confissĂŁo?
— Talvez
 — mordi o lĂĄbio inferior. — Mas aqui nĂŁo Ă© lugar para isso. Estamos na enfermaria! — sussurrei ao ver uma enfermeira passar do nosso lado.
— VocĂȘ Ă© Ohma Tokita? — a voz suave da moça ecoou nos meus ouvidos e eu imediatamente nos separei.
— É ele, sim. — recuperei a minha postura.
— Vamos, precisamos te examinar.
Eu me levantei e o ajudei a fazer o mesmo.
— Essa conversa estĂĄ longe de acabar, [Nome]. — sussurrou ao pĂ© do meu ouvido antes de sumir para dentro da enfermaria.
[...]
Essa conversa estĂĄ longe de acabar, [Nome].
Aquelas palavras reverberam dentro da minha cabeça por muito tempo depois da nossa Ășltima conversa. Eu me segurei e nĂŁo contei a ninguĂ©m sobre o que aconteceu na enfermaria, para preservar ambas as nossas intimidades. Por mais que eu conheça Kaede e sei que posso confiar nela, prefiro eu mesma pensar sobre o que aconteceu e tentar decifrar os meus prĂłprios sentimentos.
O primeiro dia das partidas Kengan chegou ao fim e todos retornaram aos seus devidos dormitórios, e com a Corporação Yamashita não foi diferente. Após a janta, os competidores restantes e seus devidos chefes se dividiram entre descansar e explorar o lugar.
Não encontrei mais com Ohma depois da nossa conversa na enfermaria, e jantei no meu quarto, presumindo que ele já tivesse se recolhido junto ao velho. Kaede precisou sair para resolver algumas cagadas do Lihito no cassino — no fim das contas, ela realmente se importa com o loiro —.
Quando o relĂłgio bateu dez horas, decidi que estava na hora de tomar um banho e me recolher. O chuveiro do dormitĂłrio era surpreendentemente aconchegante e quentinho, o que me fez querer ficar horas ali, mas a conta sairia cara depois, e nĂŁo quero prejudicar o Kazuo.
NĂŁo quero ter que lembrĂĄ-lo do quanto eu te quero.
Merda, nĂŁo posso nem fechar os olhos e apreciar o meu banho em paz que a figura daquele ser me vem Ă  minha mente.
Eu vou ser obrigado a te calar de outra maneira.
O que exatamente ele quer dizer com essas palavras? Ohma é um homem de poucas palavras e uma péssima maneira de se expressar, e eu sou uma pessoa que precisa de respostas råpidas
— “Indiretas”, atĂ© parece Ohma Tokita. — dei uma risada baixa ao desligar o chuveiro.
SaĂ­ do banho e me enrolei na toalha, o cabelo encharcado caĂ­a sobre a minha face ruborizada ao me olhar no espelho. Os Ășltimos pingos daquele chuveiro me fizeram indagar e
 Era inevitĂĄvel nĂŁo sentir a falta dele, ainda mais estando sozinha no prĂłprio dormitĂłrio e depois de uma troca intensa de olhares.
— Preciso me recompor, preciso reagir.
Balancei a cabeça e saí do banheiro, pegando o primeiro pijama que estava à vista sobre a mala, nem me dei ao trabalho de colocar roupas íntimas para dormir.
Afinal, quem Ă© a doida que dorme de sutiĂŁ? TĂĄ pedindo pra sofrer.
Olhei no relĂłgio, dez e trinta e oito da noite. O ponteiro fazia o tĂ­pico barulho de tic tac, deixando os pensamentos menos inĂłspitos dentro da minha cabeça. Liguei a televisĂŁo e os melhores momentos das partidas de hoje estavam passando, e eu atĂ© prestei atenção por alguns longos minutos, atĂ© o moreno aparecer na tela, fazendo seu contra-ataque. A imagem do Tokita me prende tanto a atenção, Ă© inevitĂĄvel nĂŁo sorrir e pensar no quĂŁo escura era a minha vida antes de conhecĂȘ-lo por meio do Kazuo.
NĂŁo quero soar emocionada, nem precoce, mas sĂł a presença dele me deixa distraĂ­da da realidade, como uma vĂĄlvula de escape, e o que me deixa tranquila — pelo menos agora — Ă© que tenho a chance de descobrir que ele sente o mesmo, nĂŁo que esteja evidente, acontece que ninguĂ©m faz o que ele fez hoje mais cedo de graça, para machucar.
Pelo menos, esse nĂŁo Ă© o seu tipo de pessoa.
— O quĂȘ?
Uma batida na porta me despertou dos pensamentos e eu pisquei algumas vezes.
— Voltamos apĂłs os comerciais com mais momentos marcantes das partidas Kengan! NĂŁo percam! — o anĂșncio do apresentador me ajudou a despertar do transe e eu saltei da cama.
— Quem Ă©? Kaede? — chamei ajeitando o pijama e caminhando atĂ© a porta.
— [Nome], sou eu.
A voz grossa e gélida denunciou a figura que estava atrås da porta, Ohma Tokita.
Minha mão pousou sobre a maçaneta e eu suspirei de maneira profunda antes de responder, abrindo a porta ao mesmo tempo.
— Ohma, o que foi?
Ao abrir a porta, deparei-me com a sua figura vestida com a sua típica camiseta preta e branca, vestindo uma calça de moletom cinza. O rosto coberto com algumas bandagens e esparadrapos, o cabelo levemente bagunçado e o olhar predominantemente desinteressado podiam diferenciå-lo de qualquer um.
— CadĂȘ a Kaede Akiyama?
— Ela saiu
 Foi resolver uns assuntos com o Lihito no cassino, de novo. Aconteceu alguma coisa com o Kazuo?!
Só o que me faltava aquele velho ter saído pro bar e bebido até não se aguentar.
— NĂŁo tem nada a ver com ele, eu vim ver vocĂȘ.
— Eu? — escorei-me sobre o batente da porta.
— Já se esqueceu? — o desinteresse sumiu da sua face, dando lugar a um sorriso e olhos fechados.
— Não achei que viesse tão tarde da noite.
— VocĂȘ nĂŁo apareceu para jantar com os outros, nĂŁo tive outra chance.
— E agora parece ser a hora certa? Quase onze horas da noite?
— Quando se trata de vocĂȘ, nĂŁo consigo esperar muito. — cruzou os braços. — NĂłs vamos conversar ou eu vou ficar plantado aqui?
— Ah, e-entra então.
Dei espaço para que ele passasse e antes de trancar a porta, certifiquei-me de que não havia ninguém nos corredores. Por sorte, aparentemente, eståvamos seguros.
Ao me virar para dar continuidade Ă  nossa conversa, o moreno deitou sobre a cama onde Kaede dormia. Confusa, arqueei uma sobrancelha e me sentei sobre a minha cama.
— Por que  vai ficar aí?
— Vai por mim, Ă© melhor assim. — com os braços apoiando a cabeça e encarando o teto, a naturalidade na sua voz me causou ainda mais estranheza.
Não é como se tivéssemos trocado um beijo caloroso hå poucas horas atrås.
— Qual a diferença?
— Nenhuma.
— Então senta aqui, do meu lado?
— VocĂȘ me quer tĂŁo perto assim? — riu baixinho e rouco.
— Sem joguinhos Tokita, vamos conversar direito. NĂŁo Ă© para isso que vocĂȘ veio?
— Eu vim para afirmar uma coisa, e deixar claro de uma vez por todas o que sinto.
— JĂĄ sei! VocĂȘ pensa que eu sou muito mais forte e quer me desafiar pra cair na porrada.
— QuĂȘ?! — ele me encarou com uma expressĂŁo engraçada. — VocĂȘ Ă© bem idiota Ă s vezes, quando quer.
— SĂł para descontrair, nĂŁo Ă© como se fĂŽssemos estranhos.
— Eu
 Eu quero ficar mais prĂłximo de vocĂȘ. Quero te ter por perto. — começou.
— Nós já somos próximos Ohma, precisa se esforçar mais em transmitir o que sente. — vou tentar ajudá-lo
 Para um homem frio igual ele, deve ser complicado mesmo.
Vamos ter um pouco de paciĂȘncia e empatia, certo?
— Eu quero mais, ou melhor
 Eu preciso de vocĂȘ por perto. — o moreno sentou-se sobre a cama e apoiou as mĂŁos no edredom.
— Se eu disser que preciso de vocĂȘ por perto, mais perto, vocĂȘ vem? — bati a mĂŁo mais uma vez sobre a cama.
— 
 Sim.
Ele se levantou e caminhou lentamente até mim, mas eu não o encarei até que ele se sentasse ao meu lado. Só então tive a coragem de me ajeitar e virar de frente para ele.
— Agora sim, bem melhor. — dei-lhe um sorriso.
— Não sei explicar o que aconteceu, ou quando aconteceu, mas eu preciso que fique perto de mim.
— Calma, não precisa jogar esse peso de uma vez.
Era difícil de acreditar, mas o nervosismo começara a aparecer e emanar daquele homem, preciso tomar cuidado e acalmå-lo.
— Eu me sinto estranho quando tĂŽ perto de vocĂȘ, a vida inteira eu sempre busquei ser o mais forte, ter adrenalina correndo no meu corpo, mas ninguĂ©m me preparou pra isso
 Quer dizer, consegui um conselho de alguĂ©m.
Jå posso até imaginar:  Kazuo Yamashita.
— A questĂŁo Ă©, eu te quero por perto.
Ohma pegou a minha mĂŁo e a colocou sobre o peito coberto pelo tecido fino da camiseta.
— Posso falar?
— Uhum.
— Eu quero estar perto de vocĂȘ tambĂ©m
 Sabe, vocĂȘ Ă© forte, sempre parece saber o prĂłximo golpe durante uma luta, entĂŁo
 Na verdade, deixa eu mostrar como eu me sinto?
O moreno assentiu e eu tomei a liberdade de fechar o pequeno espaço entre nós rapidamente.
Minha mão que estava sobre o seu peito subiu até o seu rosto, passei os dedos sobre os machucados recém-feitos e apreciou o meu toque. Eu o beijei novamente, dessa vez aproveitando a oportunidade de estarmos sozinhos naquele quarto, de maneira mais intensa, permitindo que os nossos desejos fossem externados.
Quebrando o beijo, Ohma tomou as rĂ©deas da situação e me pegou no colo, fazendo com que eu me sentasse sobre as suas pernas, e para um maior conforto da minha parte, entrelacei as pernas ao redor da sua cintura. Demos continuação ao beijo — que pareceu ainda mais intenso — enquanto eu brincava com algumas mechas bagunçadas do seu cabelo escuro.
— Tem certeza de que vai ficar sozinha? — perguntou ao nos separar, a cabeça encostada no meu pescoço.
— Quando se trata daquele lĂĄ, aposto que fica atĂ© amanhĂŁ.
Uma risada rouca escapou e logo suas mĂŁos voltaram ao trabalho, percorrendo toda a extensĂŁo das minhas costas.
— EntĂŁo vamos fazer o mesmo
 Ficar atĂ© amanhĂŁ, sem descansar.
Na manhĂŁ seguinte.
Às vezes nós fazemos as coisas sem pensar, e eu confesso ser uma pessoa que pratica muito isso, mas hoje não. Hoje foi diferente. Eu tenho certeza de que não me arrependo de nada que aconteceu na noite passada.
Kaede realmente não voltou por estar resolvendo os problemas do Lihito, então Ohma ficou até o raiar do sol junto comigo. No fim, acho que nós dois somos meio ruins para nos expressar, nesse sentido, restando a melhor forma ser demonstrada fisicamente.
Os raios de sol ultrapassaram as cortinas do quarto e incomodaram os meus olhos, fazendo com que eu fosse obrigada a abri-los e me remexer na cama. Tateei o colchão na esperança de esbarrar com alguma coisa, mas não apalpei nada, não havia ninguém ali. Com esse susto, abri os olhos definitivamente e encarei o vazio ao meu lado.
Um aperto no peito veio, olhei ao redor, em todos os cantos do quarto, e nenhum sinal do Ohma.
— Merda
 Ele já foi embora? — engoli seco e me cobri com o lençol. — Ele não-
De repente, escutei a tranca do banheiro, presumi que fosse apenas um estalo.
Mas nĂŁo.
A porta se abriu em seguida, revelando o moreno com uma baita cara de sono, os cabelos severamente bagunçados e apenas uma toalha cobrindo da cintura para baixo

— Ohma! — exclamei.
— Ah, finalmente está acordada.  — fechou a porta do banheiro.
— Eu pensei que já tivesse saído
 — não pude deixar de não esconder o quão desapontada eu ficaria se ele realmente tivesse saído do quarto sem ao menos ter me dito “bom dia”.
— Desculpe, eu
 — coçou a nuca, parecendo envergonhado. — Eu nĂŁo quis te acordar, vocĂȘ estava dormindo tĂŁo bem.
— Pode me acordar quando for assim. — sorri.
— A água já tá quente, se quiser tomar um banho
 — virou de costas. — Eu preciso voltar, encontrar o Kazuo Yamashita.
— Não pode ficar mais um pouquinho? — pedi com o tom mais meigo possível.
— E vocĂȘ quer que eu fique? Pra quĂȘ?
— T-toma um banho comigo

— 

O olhar surpreso do moreno não me espantou. Por mais valente que fosse dentro da arena ou comprando briga na esquina, Ohma fica tímido quando alguém lhe propÔe algo tão íntimo.
— E-eu acho que não. — o moreno começou a caçar as roupas do chão e a vesti-las ali mesmo.
— Aahh, vamos! Vai ser tão relaxante!
— O-outra hora [Nome].
— Humpf, chato.
Ele pareceu nĂŁo ligar para o meu comentĂĄrio e terminou de se arrumar antes de sair.
— Eu disse que vamos, mas em outra hora. VocĂȘs mulheres sĂŁo ansiosas demais. — deu risada. — Por acaso tem medo que eu fuja de vocĂȘ?
Ao se aproximar — uma distñncia razoável —, ele segurou o meu queixo com o polegar e o ergueu levemente, encarando profundamente os meus olhos.
— NĂŁo Ă© isso
 — engoli seco.
— EntĂŁo o que Ă©? Deixe de ser tĂŁo ansiosa e espere pela prĂłxima vez.
O espaço entre nós se esvaiu com um beijo, e por mais que nós dois quiséssemos, não poderíamos aprofundar.
— Eu te encontro antes da partida? — perguntei ao me separar, acariciando seu rosto.
— Sim.
— EntĂŁo, atĂ© daqui a pouco.
— Vou estar te esperando, pra que vocĂȘ torça por mim. — sorriu.
— Sempre faço isso, Ohma.
— É bom mesmo, pois se eu descobrir que nĂŁo
 VocĂȘ sofrerĂĄ puniçÔes da prĂłxima vez.
Tão provocante, até mesmo na hora de se despedir.
Mal posso esperar para a prĂłxima vez.
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sosomiaaaa · 10 days ago
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Ontem um cara me chamou de gorda "brincando" no trabalho e eu fiquei mal PRA UM CARALHO com isso, eu tÎ com o olho inchado até agora de tanto que eu chorei, fazia anos e anos e anos que ninguém me chamava de gorda e isso mexeu pra um caralho comigo, comecei a fazer NF mas eu sou muito ruim com NF então tÎ pensando em fazer essa dieta daqui pra eu ir me acostumando
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Definitivamente voltei.
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tecontos · 8 months ago
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TÎ traindo meu marido. (Março-2024)
By; Vera
Me chamo Vera, sou doméstica, 38 anos, mas aparento menos. Tenho 1, 70 de altura, pele morena, cabelos pretos ondulados, tenho seios médios, bumbum grande, redondo e durinho, coxas bem torneadas, låbios e nariz finos. Sou casada, tenho 3 filhos. Meu marido é professor, um homem inteligente, carinhoso, mas às vezes me deixa de lado, se é que me entendem. Sempre fui fiel, esposa exemplar, mas me sentia desvalorizada.
Decidi passar a me arrumar mais, mas mesmo assim meu marido me deixava de lado. Comecei a receber elogios e cantadas, e isso me deixava muito feliz.
Um dia desses, um rapaz mexeu comigo na rua, começou a puxar papo, me elogiar
 Aquilo me deixou alegre, me fez sentir viva, e dei meu nĂșmero pra ele. Ele me chamou no whattsap e ficamos conversando por vĂĄrios dias. Ele tambĂ©m Ă© casado, taxista e trabalhava no mesmo bairro que eu. Finalmente marcamos de sair depois que eu largasse serviço.
Ele me pegou no tåxi assim que saí­ do trabalho. Eu estava bastante nervosa, mas topei ir para o motel, que ficava numa rodovia próxima. Fiquei meio travada, mas ele foi me beijando, me tocando e tirando minha roupa devagar, me deixou toda pelada, enquanto continuava me sarrando. Eu fiquei tremendo enquanto ele me beijava gostoso, enfiando a lí­ngua na minha boca e acariciando minha xota, que estava toda melada, eu tinha deixado ela rapadinha, e estava inchada de tesão.
Ele tirou a camisa de uma vez, e ao abaixar as calças e jå estava duro feito um pedaço de madeira, e assim que eu toquei naquele pau, cheio de veias grossas, parecia que formava calos ao longo do pau. A cabeça mais parecida uma lùmpada acesa, toda melada querendo rasgar minha bocetinha. Fiquei com medo, porque o pau do meu marido estava longe daquilo. Eu dei uma risada, mas de nervoso, e falei pro cara ;
– Seu pau Ă© muito grande, pode me machucar
E ele;  – Vou colocar devagarzinho, vocĂȘ vai gostar 
Apesar desse medo eu tava morrendo de tesão, e ele começou a chupar meus peitos, aí­ sim fiquei mais louca e comecei a gemer alto. Logo ele foi beijando meu corpo até chegar no meio das minhas pernas. Aí­ não aguentei, comecei a dar uns gritinhos tentando abafar com a mão enquanto ele mamava gostoso meu grelo. Gozei na lí­ngua dele.
Comecei a pedir o cacete dele na minha xota que jĂĄ estava babando sem parar. Ele relava aquela cabeçorra na minha buceta sĂł pra me tentar
 Fui empurrando devagar a boceta naquela pica gigante. Centí­metro por centí­metro alargando meu buraquinho. Que delí­cia, eu toda arreganhada deitada na cama e ele por cima metendo em mim gostoso. A pica dele parecia preencher cada espaço do meu ventre. Aquela vara cabeçuda dava socos no meu Ăștero, e eu sentia como nunca havia sentido, parecia estar no cĂ©u. O saco dele era pesado e ficava batendo no meu cu, que piscava de tesĂŁo.
Quando eu percebi jĂĄ estava berrando igual uma puta. Ele me pĂŽs de quatro, subiu em mim feito uma Ă©gua e me comeu como ninguĂ©m. Eu olhava a cena no espelho, algo que me envergonharia, mas naquele momento eu estava me sentindo completamente realizada, ainda mais quando ele me segurou pelos cabelos e começou a me xingar. “puta!” “vadia!” “cadela!” e eu nĂŁo parava de gozar.
Foi entĂŁo que cheguei ao ĂĄpice quando ele molhou o dedĂŁo na minha boca e depois enfiou a pontinha no meu cu. Gozei como nenhuma vagabunda jamais gozou nessa vida. Ele sentiu minha boceta comprimindo o pau dele e gozou forte dentro dela. Um mar de leite. Parecia ter me inundado de esperma quente. Me lembro que ele falou que queria gozar na minha boca, mas nĂŁo aguentou. Disse pra ele que nĂŁo tinha costume de fazer isso nem chupar meu marido.
Depois de nos recompor, fomos para o chuveiro, e ele me comeu lå outra vez. Voltamos pra cama e ele me fez sentar naquele mastro. Senti a vara quase rasgar minha boceta, e quando ele gozou de novo dentro, saí­ de cima dele e vi minha xota, parecia uma cratera, recheada de leite morno escorrendo.
Ao chegar em casa, minha calcinha estava encharcada, e no banho nĂŁo parava de descer aquela porra junto com a ĂĄgua pelas minhas pernas.
Nesse dia dormi maravilhosamente bem, apesar de certa culpa.
Enviado ao Te Contos por Vera
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artescomgiz · 3 months ago
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No momento em que eu te vi, eu jĂĄ sabia que nĂŁo serĂ­amos mais os mesmos depois daquele dia, vocĂȘ mexeu comigo de uma forma tĂŁo linda e me fez sentir algo que me fez querer ficar entre os seus braços para sempre, e o melhor de tudo isso Ă© que eu sabia que nĂŁo era o Ășnico que estava me sentindo assim. VocĂȘ faz eu me sentir tĂŁo bem, faz eu querer ficar ao seu lado todos os dias. Me faz acreditar em um amor limpo, puro e libertador. É vocĂȘ que me deu asas e cor.. E a vida Ă© com certeza mais feliz e melhor ao seu lado. Obrigado por ser alguĂ©m tĂŁo incrĂ­vel e por me dar a oportunidade de ter alguĂ©m assim comigo. É gratificante saber que nĂłs temos tantos momentos lindos e que atĂ© os momentos que estamos longe um do outro, tornam-se lindas memĂłrias por saber que sempre lutamos pelo nosso amor. Luto por ti e por nĂłs sempre. VocĂȘ Ă© de longe meu maior orgulho e a minha certeza! VocĂȘ foi o maior sinal que universo me enviou para dizer que o que era meu, sempre esteve guardado ali, para mim. A sensação de te ter Ă© Ășnica. Obrigado por existir. NĂŁo Ă© nenhum dia especial.. Mesmo que todos sejam ao seu lado. Obrigado por tudo, meu coelhinho, eu sei que vocĂȘ Ă© para sempre. Somos a maior prova de amor que eu jĂĄ vi, vocĂȘ Ă© a minha maior referĂȘncia de vida. Eu te amo! E que todos os nossos momentos sejam sempre assim, tĂŁo especiais. A vida Ă© linda e vocĂȘ me prova isso a cada segundo. Seu sorriso Ă© meu lar. Eu te amo, meu vampirinho. @llsgcf
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combinava · 9 months ago
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Sobre vocĂȘ...
Por muito tempo evitei de vir atĂ© aqui, achei que esse espaço seria uma fase em que eu jĂĄ havia superado por muito tempo, mas aĂ­ chegou vocĂȘ, e eu precisava voltar a escrever, precisava me abrir com alguĂ©m...
VocĂȘ chegou tĂŁo de repente, e sinceramente nĂŁo sei como isso mexeu tanto comigo, me questionei se aquilo era realmente real ou se eu estava tendo um surto coletivo dentro de mim.
Eu o vi lĂĄ, com aquele sorriso de moleque, gritando e enaltecendo outras pessoas e eu lĂĄ te olhando feito uma boba. Me senti na adolescĂȘncia de novo, com borboletas no estĂŽmago e observando cada atitude sua por um curto perĂ­odo de tempo
Da porta para fora, tudo acabava e eu retornava ao meu eu, e ficava tudo bem. Mas os dias foram passando e eu me acostumei com aquilo e desenvolvi algo que realmente ficava feliz em sentir, mas era platĂŽnico e sempre serĂĄ...
Até mais, olhos castanhos!
Como conversamos, nĂŁo mentimos um para outro, mas dessa vez eu preciso mentir!
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sunshyni · 7 months ago
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𖧊 ᖘcontagem de palavras:ᖙ 1.6k ✮◮
ᖘnotinhas da Sun:ᖙ mais uma com o maioral, mister Lee KKKKK Porque eu quero tanto esse homem que chega a doer, meus dias nunca mais seriam cinzentos se eu tivesse esse solzinho brilhando pra mim todos os dias KKKKKK Ele Ă© realmente o meu rockstar ⭐
đ–Šč. 𖣯 Voltando ao que interessa, eu odiei isso que escrevi, mas fiquei apaixonada pelo contexto, Ă© um clĂĄssico “friends to lovers” que vai te fazer lembrar de “Simplesmente acontece” e apĂłs revisĂŁo do texto, percebi que parece que me inspirei em “Broken melodies” tambĂ©m, (Por isso a imagem acima) mas foi pura coincidĂȘncia!!! Enfim, desconsidere a escrita e aproveite!!!
Boa leitura, docinhos!!! ✹
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1. capĂ­tulo Ășnico: I hate this distance and I hate singing/writing
Era uma noite normal, exceto aos seus olhos porque aquela seria uma das Ășltimas vezes em que vocĂȘ e Haechan estariam na frente um do outro, sem uma distĂąncia de quilĂŽmetros a dividi-los. Posicionados na varanda da casa de sua famĂ­lia, sob um dossel de estrelas, vocĂȘ trocou histĂłrias e aspiraçÔes com Haechan. A tranquilidade que envolvia vocĂȘs dois foi quebrada por suas risadas, fazendo com que Haechan lançasse seu olhar sobre vocĂȘ, aquele sorriso capaz de roubar seu fĂŽlego retornando mais uma vez no seu rosto.
— VocĂȘ sabe que sempre pode contar comigo, certo? — Sua voz era suave — NĂŁo importa aonde a vida nos leve.
VocĂȘ sorriu, sentindo seu coração apertar. VocĂȘ sabia que precisava contar para ele, precisava que ele soubesse e atĂ© conseguiu abrir a boca para liberar as primeiras palavras:
— Haechan, eu... — Sua coragem vacilou quando vocĂȘ começou a falar e desviou o olhar, fingindo interesse em algo no chĂŁo. Ele inclinou a cabeça curiosamente.
— O que foi? — Haechan indagou, o olhar levemente preocupado, mas por dentro ele tinha expectativas que faziam seu pobre coração bater mais rápido.
— Nada — VocĂȘ sussurrou baixinho — SĂł... Nada.
[...]
— TĂĄ com sono? — Haechan questionou enquanto brincava com seus dedos. VocĂȘ assentiu, finalmente percebendo o incĂŽmodo de ter revirado a noite anterior com a ajuda de latinhas de energĂ©tico. — Quer que eu desligue?
Ele se referia ao notebook que estava entre vocĂȘs, deitados no sofĂĄ-cama da sua casa, enquanto o perĂ­odo da tarde conferia ao cĂ©u aquele tom alaranjado. Haechan fez menção de alcançar o touchpad para pausar a sitcom que rolava na tela. No entanto, vocĂȘ o impediu segurando os dedos indicador e mĂ©dio dele, ainda com os olhos fechados.
— NĂŁo precisa — vocĂȘ abriu os olhos, direcionando-os para o monitor do laptop, onde se reproduzia uma filmagem de 1995 de “I Dream of Jeannie”, seu seriado favorito desde que Haechan, um adolescente com mania de curtir o clĂĄssico, te apresentou no clube de cinĂ©filos da escola. Olhou para Haechan, para o cabelo que ele precisava urgentemente aparar, considerando que as mechas quase ocupavam seu campo de visĂŁo. Como esperado, ele ficava deslumbrante com aquele banho de iluminação da golden hour que perpassava o tecido fino, quase ilusĂłrio, das cortinas da sala dos seus pais. — E se nada der certo? E se eu nĂŁo for boa o bastante para Oxford? E se vocĂȘ nĂŁo for bem em Los Angeles?
— E se der certo? E se vocĂȘ for Ăłtima em Oxford? E se eu for o prĂłximo Zayn do 1D? — VocĂȘ riu, cutucando-o na barriga para provocĂĄ-lo cĂłcegas, mas o que obteve foi uma reação exagerada como se vocĂȘ tivesse acabado de esfaqueĂĄ-lo.
— Foi o primeiro integrante de boy band que vocĂȘ supĂŽs ser asiĂĄtico? Porque o Zayn Ă© britĂąnico, nĂŁo indiano. VocĂȘ sabe, nĂ©? — Haechan mexeu a cabeça como se fosse aqueles cachorrinhos intrigados com o barulho agudo de uma bolinha. VocĂȘ sorriu, retirando o fone de ambos. — E se eu sentir muito a sua falta?
Haechan uniu as mĂŁos como se estivesse fazendo uma prece e as encaixou como um travesseiro para sua bochecha, te encarando sem saber ao certo o que te dizer. Embora soubesse que sentiria sua falta nos prĂłximos trĂȘs meses do programa de mĂșsica que participaria, tinha atĂ© medo de pensar sobre isso, porque ele secretamente gostava de vocĂȘ, queria vivenciar as primeiras vezes com vocĂȘ, mas o receio de estragar a relação que tinham era tamanho que o paralisava, e ele nĂŁo seria tolo o bastante para te dizer tudo isso quando tanto vocĂȘ quanto ele partiriam dali a algumas semanas.
— Rodeada por um monte de almofadinha? VocĂȘ nĂŁo vai sentir a minha falta — Ele disse, e vocĂȘ o acertou com uma almofada que vivia enfeitando o sofĂĄ. Haechan se protegeu com os braços, mas um sorriso enfeitava os lĂĄbios rosados quando ele abraçou a almofada fofinha, virando o rosto para dirigir as palavras para vocĂȘ. — Me avisa se sentir muita falta. Juro que pego o primeiro voo que encontrar pra te ver.
[...]
Depois de quatro meses sem ver Haechan todos os dias pessoalmente, vocĂȘ achou que poderia enlouquecer a qualquer momento. Mesmo com a rotina exaustiva de aulas, muito conteĂșdo para absorver, e uma lista de livros obrigatĂłrios para terminar em duas semanas, vocĂȘ simplesmente nĂŁo conseguia parar de pensar no seu amigo a quem, infelizmente, nutria sentimentos, mas era medrosa demais para dizĂȘ-los em voz alta. No entanto, nos Ășltimos tempos vocĂȘ tentara com afinco esquecĂȘ-lo um bocado, frequentando pubs e festas no pouco tempo livre que tinha, mas no final sempre parecia mais irrequieta para ir embora num horĂĄrio adequado para fazer a ligação de chamada de vĂ­deo mais aguardada de todos os dias.
— TĂĄ com sono? — VocĂȘ adorava ouvi-lo dizer, mesmo que sua voz nĂŁo tivesse o calor que tinha quando estava diante de vocĂȘ e estivesse um pouco robotizada devido Ă  tecnologia. Sempre se encontravam num horĂĄrio propĂ­cio demais para te fazer imaginar porque, enquanto vocĂȘ ainda vestia um casaco pesado e um cachecol esparramada na cama do seu dormitĂłrio, sozinha jĂĄ que sua colega de quarto ainda nĂŁo tinha chegado, Haechan vestia a habitual camisa branca, deitado numa cama espaçosa e com o cabelo ligeiramente bagunçado. Era como se estivessem na mesma cama, sĂł que em continentes diferentes. — VocĂȘ bebeu? TĂĄ coradinha.
— Eu te amo — VocĂȘ realmente havia bebido e estava sonolenta. Haechan sempre se assustava com suas declaraçÔes espontĂąneas e sĂșbitas, morrendo de saudades de vocĂȘ, querendo muito envolvĂȘ-la com os braços para nunca mais te soltar e te encher de beijos. No entanto, ele ainda nĂŁo fazia ideia do que aquele “Eu te amo” significava e se entristecia porque estava convicto de que vocĂȘ nĂŁo se sentia da mesma forma que ele.
— Eu tambĂ©m te amo — Ele sussurrou, vendo-a cair num sono inevitĂĄvel e demorando um pouquinho mais para se levantar da cama e começar o dia, jĂĄ que te olhar pela telinha daquele celular era hipnotizante.
Ele atĂ© tentou te ignorar, conheceu pessoas novas, flertou com pessoas novas, mas ele nĂŁo conseguia te tirar da cabeça. Assim como vocĂȘ, tudo parecia mais difĂ­cil sem ele, mais pesado. Era por isso que, depois de seis meses numa agonia constante, quando o grupo de Haechan havia sido formalizado e eles fariam o primeiro show dentro de alguns dias, vocĂȘ buscou pela primeira passagem que encontrou e escolheu o assento mais barato.
Aterrissou uma hora antes do show e correu feito uma maluca até lå. Obviamente não poderia entrar no backstage, foi barrada e estava quase chorando quando Haechan apareceu de repente, te reconhecendo.
— O que vocĂȘ tĂĄ fazendo aqui? — Ele perguntou, e vocĂȘ o abraçou, da mesma forma que fez quando contou para ele que tinha passado na universidade dos seus sonhos. Como da Ășltima vez, ele inalou o cheiro dos seus cabelos e te abraçou um pouco mais forte, se aquilo era possĂ­vel, morrendo de saudades de vocĂȘ. — Por que nĂŁo me contou que vinha?
— Por que nĂŁo me deixou te dizer que eu gostava de vocĂȘ naquele dia? — VocĂȘ perguntou se afastando, e Haechan lambeu o lĂĄbio inferior sem saber o que dizer. — Me diz por quĂȘ. NĂŁo Ă© recĂ­proco? Pode me dizer de uma vez por todas.
— É claro que Ă© recĂ­proco — Ele segurou seu rosto com as mĂŁos, te olhando com carinho. — Mas a gente ficaria separados por anos. Eu nĂŁo poderia te prender a mim dessa forma.
— Eu posso desistir, posso desistir da faculdade pra ficar aqui com vocĂȘ — VocĂȘ disse, e Haechan te beijou suavemente, pela primeira vez. O primeiro beijo de vocĂȘs tinha gosto de menta, provavelmente alguma balinha infantil que ele tinha descoberto naquele dia.
— VocĂȘ nĂŁo vai desistir de nada — Ele disse, e vocĂȘ quase chorava. Sentiu tanta saudade dele num paĂ­s desconhecido com gente desconhecida que, ao vĂȘ-lo novamente, sĂł queria voltar para algum dos quartos de vocĂȘs e voltar a ler aquele livro que ainda estava inacabado na estante da casa dos seus pais. — A gente vai fazer dar certo.
[...]
— Meu nome tĂĄ na dedicatĂłria? — Haechan apareceu de repente no seu escritĂłrio, e vocĂȘ elevou os olhos da tela do computador, embora digitasse furiosamente um texto que tinha que entregar naquela mesma tarde. — TĂŽ te atrapalhando?
— NĂŁo, vem cĂĄ — VocĂȘ incentivou, e Haechan entrou no cĂŽmodo. VocĂȘ afastou um pouco a cadeira da mesa e nĂŁo esperava que ele fosse se sentar em vocĂȘ como se fosse uma criança. VocĂȘ riu, mas colocou a mĂŁo sobre uma das coxas dele. — NĂŁo coloca todo seu peso, idiota.
— Meu nome tĂĄ na dedicatĂłria, linda? — Ele perguntou de novo, te beijando suavemente e se levantando. VocĂȘ se levantou tambĂ©m e o beijou mais uma vez. — TĂĄ, nĂ©?
— É claro que tĂĄ. Eu escrevi tudo isso pensando em vocĂȘ, por que nĂŁo estaria? — VocĂȘ disse, e Haechan enlaçou sua cintura para te ter mais perto. Ele afastou o cabelo do seu pescoço e beijou ali, mordendo de leve a pele macia.
— Certo, escreveu sobre mim?
— O protagonista parece com vocĂȘ — Ele sorriu. VocĂȘ estava naquele mesmo projeto jĂĄ fazia algum tempo. Seria o seu primeiro livro publicado por uma editora famosa e queria dar o melhor de si. — VocĂȘ terminou aquela mĂșsica?
— Aham, Ă© sobre vocĂȘ — VocĂȘ sorriu. Amava que a arte unia vocĂȘs dois mais do que nunca. — Eu nĂŁo te disse que a gente daria um jeito?
— É, vocĂȘ disse.
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maayaainsworth · 21 days ago
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Carmilla | RESENHA?
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Carmilla Ă© um livro INCRÍVEL!!
Quando falamos sobre vampiros na literatura, Carmilla Ă© uma obra que nĂŁo pode passar despercebida. Desde que li, essa histĂłria se tornou meu “ImpĂ©rio Romano” — aquele pensamento que aparece quase todos os dias, nĂŁo apenas por que o ser vampiro seja algo que me fascina, mas sim a figura que ele tambĂ©m representa.
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Para entender Carmilla, é preciso voltar àquela época em que a história estava sendo escrita. A Era Vitoriana (1837-1901) foi um período de transformaçÔes sociais profundas, com o capitalismo e a revolução industrial consolidando o poder da burguesia e afastando a nobreza. Apesar das mudanças significativas, essa época também foi marcada pela repressão, especialmente para as mulheres, que eram confinadas ao espaço doméstico e vistas como símbolos de pureza e fragilidade.
A literatura vitoriana, incluindo os romances, desempenhava um papel fundamental na propagação desses ideais, muitas vezes moldando as expectativas sobre comportamento feminino. As histórias eram verdadeiros tratados de moralidade, criando modelos como mãe, filha, virgem pura e mulher demoníaca. Era um reflexo de uma sociedade que tentava controlar todos os aspectos da vida, incluindo principalmente a sexualidade das mulheres.
Carmilla, ao inserir uma figura monstruosa como o vampiro, oferece uma oportunidade de explorar esses desejos reprimidos e medos ocultos, desde que, a figura do vampiro masculina Ă© vista como uma figura poderosa e transgressora, a figura feminina do vampiro Ă© representada como bela, frĂĄgil, destruidora de lares e sexualizada ao extremo.
Carmilla, uma vampira nobre, com uma aura sombria e uma identidade monstruosa, representa uma ameaça ao patriarcado. Sua presença é uma afronta direta às expectativas sociais da época, onde as mulheres eram vistas como frågeis e puras. Ela desafia essas normas e se torna uma figura que deve ser combatida e moralizada.
O relacionamento entre Carmilla e Laura Ă© carregado de uma dualidade onde hĂĄ amor, desejo e repulsa, o que reflete a repressĂŁo sexual que era tĂŁo predominante na Era Vitoriana. Carmilla nĂŁo Ă© sĂł uma vampira que bebe sangue; ela representa o que Ă© proibido e desejĂĄvel ao mesmo tempo. Sua figura, assim como seu desejo por Laura, sĂŁo indicativos dos sentimentos que a sociedade tentava suprimir.
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A ambientação gĂłtica de Carmilla tambĂ©m Ă© um destaque. O cenĂĄrio — castelos sombrios, florestas enevoadas e um silĂȘncio inquietante — cria um ambiente perfeito para o mistĂ©rio e a tensĂŁo que permeiam toda a narrativa. É um mundo onde o medo e a sedução se encontram, e onde cada movimento Ă© carregado de possibilidades.
No final, Carmilla Ă© mais do que uma simples histĂłria de vampiros. É uma outra visĂŁo sobre os desejos reprimidos, sobre como a sociedade vitoriana tentou suprimir qualquer tipo de liberdade pessoal, seja emocional ou sexual. É uma narrativa que desafia convençÔes, nĂŁo sendo atoa que se tornou um clĂĄssico, e questiona o que realmente significa ser livre. Para mim, foi uma leitura inesquecĂ­vel, uma leitura que mexeu profundamente comigo, com todo o romantismo e a sutileza que existe naquele livro.
Se vocĂȘ Ă© apaixonado por literatura gĂłtica, Carmilla Ă© uma leitura essencial. É impossĂ­vel ler Carmilla e sair ileso — e, na verdade, quem gostaria de sair?
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Fonte/Material Utilizado para escrever esse post:
Artigo | VAMPIRISM AND LESBIANISM IN CARMILLA BY JOSEPH SHERIDAN LE FANU por MarĂ­lia Milhomem Moscoso Maia
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