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#meninos detetives mortos
pony-unicorn · 19 hours
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The goal for the petition changed to 25000, we reached the 15000 signatures!!! Please remember to share with as many people and social medias as possible!!!
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filmes-online-facil · 2 years
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Assistir Filme City Hall - Conspiração no Alto Escalão Online fácil
Assistir Filme City Hall - Conspiração no Alto Escalão Online Fácil é só aqui: https://filmesonlinefacil.com/filme/city-hall-conspiracao-no-alto-escalao/
City Hall - Conspiração no Alto Escalão - Filmes Online Fácil
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Num dia chuvoso em Nova York, um tiroteio entre um detetive da Delegacia de Narcóticos e um traficante de drogas deixa ambos mortos, sendo que uma bala perdida mata também um menino de 6 anos. John Papas (Al Pacino), o prefeito, busca contornar o problema da melhor forma possível, mas Kevin Calhoun (John Cusack), o vice-prefeito, é um idealista e resolve averiguar, descobrindo que foi dada sursis a um criminoso ao qual originariamente tinha sido recomendado uma pena entre dez e vinte anos, sendo que por acaso este criminoso é também filho do chefe da Máfia local.
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fabioferreiraroc · 4 years
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Os 10 melhores filmes disponíveis no Amazon Prime Video
O serviço de streaming Prime Video, pertencente à empresa de comércio eletrônico Amazon, possui boas opções de filmes em seu catálogo. A Revista Bula analisou o acervo do site e reuniu em uma lista os dez melhores títulos disponíveis para os usuários da plataforma. Todos os filmes selecionados receberam elogios da crítica especializada e dos espectadores.
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O Amazon Prime Video é o serviço de streaming da empresa de comércio eletrônico Amazon. Com catálogo próprio, oferece boas opções de filmes, séries e documentários mediante o pagamento de uma assinatura, que custa entre R$7,90 e R$14,90. A Revista Bula vasculhou o acervo da plataforma e reuniu em uma lista os dez melhores filmes que estão disponíveis para os usuários. Entre os destaques, estão o recente Green Book (2018), de Peter Farrelly; e “Entre Facas e Segredos” (2019), dirigido por Rian Johnson. O aplicativo pode ser acessado em computadores, tablets, smartphones e nos modelos mais atuais de Smart TV’s.
Imagens: Divulgação / Reprodução Amazon Prime Video
Caixa Preta (2020), de Emmanuel Osei-Kuffour
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O fotógrafo Nolan passou por um grave acidente, no qual perdeu a mulher e a memória. Agora, ele precisa criar sozinho a filha, que deixa lembretes pela casa para ajudá-lo na readaptação. Com o passar do tempo, Nolan fica mais curioso sobre sua história de vida. Então, ele encontra um tratamento experimental que envolve o uso de uma caixa preta para reavivar suas memórias. Mas, quando revisita o passado, Nolan começa a ver imagens assustadoras.
Dark Waters — O Preço da Verdade (2020), Todd Haynes
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Robert Bilott é um advogado corporativo famoso por defender indústrias de químicos. Mas, ao representar um fazendeiro cujo terreno foi contaminado pelo lixo tóxico da grande DuPont, ele muda de lado. Por mais de 20 anos, Bilott leva ao tribunal os crimes ambientais da empresa. Quanto mais investiga, mais descobre mortes e corrupções. Mas, sua luta pode colocar em risco sua carreira e sua família.
Entre Facas e Segredos (2019), Rian Johnson
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O famoso escritor de histórias policiais Harlan Thrombley convida toda a sua família para comemorar com ele seu aniversário de 85 anos. Mas, um dia após a festa, a empregada da casa encontra Harlan morto em seu escritório. A polícia e o detetive particular Benoit Blanc são chamados para investigar o caso. Da família disfuncional do escritor aos empregados, Blanc examina todos para descobrir a verdade por trás do assassinato.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (2019), Ari Aster
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Dani e Christian são um jovem casal com o relacionamento em crise. Mas, após perder toda a sua família em um acidente, Dani desiste da separação. Os dois viajam com um grupo de amigos para um festival de verão que acontece em uma remota vila da Suécia. Dani espera relaxar e superar o luto, mas tudo se transforma em um pesadelo quando os moradores da vila começam a realizar rituais de adoração pagã assustadores.
The Report (2019), Scott Z. Burns
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Os jornais norte-americanos noticiam que o governo destruiu as fitas do Programa de Investigação e Interrogatório da CIA, criado após os atentados de 11 de setembro. Encarregado pela senadora Diane Feinstein, o agente Daniel J. Jones lidera uma investigação interna sobre o caso. Mesmo com dificuldade para conseguir os documentos necessários, Daniel se dedica ao relatório por quase uma década, sem saber se as revelações descobertas por ele serão expostas ao público algum dia.
Distúrbio (2018), Steven Soderbergh
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Sawyer Valentini está sendo perseguida por um stalker virtual, que ela acredita ser seu ex-namorado. Exausta e traumatizada, ela resolve buscar ajuda legal. Mas, acaba sendo levada involuntariamente para uma clínica psiquiátrica, onde fica internada. Durante o isolamento, Sawyer fica se perguntando se o seu algoz está no local ou se tudo não passa de um devaneio de sua mente.
Green Book (2018), Peter Farrelly
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O filme se baseia numa história real dos anos 1960, quando as leis de segregação racial ainda estavam em vigor nos Estados Unidos. Tony Lip precisa de dinheiro após a falência de seu negócio e aceita trabalhar como motorista para Don Shirley, um celebrado pianista negro. Os dois são muito diferentes e Tony é um bocado racista. Mas, aos poucos, Tony e Don se tornam bons amigos. O longa foi vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2019.
Infiltrado na Klan (2018), Spike Lee
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O filme conta a história real de Ron Stallworth, um policial negro dos Estados Unidos. Em 1978, ele desenvolveu um plano para se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os membros do grupo por meio de cartas e telefonemas e, quando precisava estar presente, enviava seu colega de trabalho branco, Flip Zimmerman. Logo Ron se tornou o líder da seita e conseguiu sabotar dezenas crimes de ódio planejados pelos racistas.
O Sacrifício do Cervo Sagrado (2018), Yórgos Lánthimos
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Steven é um cardiologista casado e pai de dois filhos. Ele é muito conceituado em sua área, mas na verdade é alcoólatra. Quando um paciente morre durante uma cirurgia executada por ele, Steven decide se aproximar do filho do homem, Martin, de 16 anos. Ele começa a presentear o garoto e o apresenta para toda a família. Mas, quando Martin percebe que está sendo deixado de lado, elabora um plano de vingança contra o médico.
Boyhood: Da Infância à Juventude (2014), Richard Linklater
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O filme é centrado em Mason, um garoto cujos pais se divorciam. A trama narra a vida do menino durante um período de 12 anos, da infância à juventude, mostrando a relação dele com os pais conforme vai amadurecendo. Como o filme foi gravado ao longo desses 12 anos, é possível, literalmente, assistir ao garoto crescer diante da tela, enquanto enfrenta descobertas, novas experiências e conflitos.
O Segredo dos Seus Olhos (2010), Juan José Campanella
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Benjamin Esposito se aposenta do cargo de oficial de justiça e decide escrever um livro. Sua inspiração é uma história trágica, da qual foi testemunha em 1974. Na época, o departamento onde ele trabalhava foi designado para investigar o estupro e o consequente assassinato de uma jovem. Em sua jornada, Benjamin conhece o marido da vítima e promete ajudá-lo a encontrar o culpado.
Bônus
Get Duked! (2020), Ninian Doff
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Três amigos jovens infratores são obrigados a participar de um acampamento para adolescentes nas montanhas da Escócia. Junto a eles, vai um supervisor que só aceitou a oportunidade para preencher o currículo. Os quatro se dão bem, até que começam a ser perseguidos por caçadores ricos que desejam matá-los apenas por diversão. A polícia aparece, mas não dá suporte aos garotos, que precisam se defender sozinhos.
Um Pequeno Favor (2018), Paul Feig
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Stephanie é uma jovem mãe que se aventura como digital influencer e posta vídeos de culinária na internet. Por ser muito solitária, ela se torna obcecada pela vida da mãe de um colega de seu filho, Emily, que é uma mulher estilosa e bem-sucedida. Um dia, Emily desaparece sem deixar rastros. A polícia tem dificuldades para lidar com o caso e Stephanie começa a buscar pistas sozinha. Durante a investigação, ela descobre que Emily mentia sobre quem realmente era.
O Passado (2014), Asghar Farhadi
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Após morar em Teerã por quatro anos, Ahmad retorna à Paris para finalizar o processo de divórcio com sua ex, Marie, já que ela pretende se casar novamente, desta vez com Samir. Durante sua breve estadia, Ahmad percebe que Marie está tendo problemas para lidar com as filhas e se preocupa ao saber que a ex-mulher de Samir tentou cometer suicídio e está internada, em coma.
Os 10 melhores filmes disponíveis no Amazon Prime Video Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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dealxrs · 4 years
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Entertainer: Curiosidades
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1. Skyler odeia o perfume “Kouros” da marca “Yves Saint Laurent”, no caso, o perfume favorito de Liam.
2. Liam nunca teve interesse no cassino.
3. Hailey e Skyler se conheceram aos dez anos de idade.
4. Quando criança, Zayn desejava ser policial, mas acabou herdando a empresa da família.
5. Skyler sabe tocar violino e piano.
6. Uma das comidas favoritas de Skyler é o macarrão à carbonara feito por Liam, mas ela nunca o admitiu isso.
7. Anthony Payne, possuía um temperamento explosivo e problemas com bebida.
8. Audrey Payne, morreu durante o parto de Skyler.
9. Skyler tem uma personalidade difícil por ter crescido sem afeto do pai e a atenção do irmão, sendo mais solitária que o normal.
10. Harry nutre sentimentos por Skyler.
11. Skyler raramente demonstra seus sentimentos pois pensa que isso a torna vulnerável e fraca.
12. Skyler não gosta de abraços e que invadam seu espaço pessoal.
13. Liam sente falta da amizade com Zayn.
14. As marcas favoritas de Skyler são “Tom Ford” e “Balmain”.
15. Skyler tem sérios problemas de confiança, então nunca acredita em absolutamente nada que é dito a ela.
16. O perfume favorito de Skyler é “Olympéa” de Paco Rabanne.
17. Zayn começou a ter suas “Malikas” para esquecer Josephine.
18. O signo de Skyler é Escorpião e seu aniversário é dia 23 de Outubro.
19. O filme favorito de Zayn é “Um Drink no Inferno” de Quentin Tarantino.
20. Harry fumou por cinco anos.
21. Hailey sempre foi muito tímida, sua amizade com Skyler a ajudou a combater a timidez.
22. Liam possuí mais segredos do que Skyler imagina.
23. Zayn sente falta da amizade com Liam.
24. Skyler não gosta da ideia de relacionamentos, pois não concorda em confiar toda a sua particularidade à alguém.
25. Hailey é bissexual.
26. Anthony Payne impedia Skyler de falar sobre a mãe.
27. Skyler e Liam possuem uma avó que mora na Itália, Antonella não teve interesse em comandar o Bellagio, diz que foi o cassino quem matou o filho.
28. Zayn não tem contato com sua família à anos pois brigou com o pai, que o impediu de ter contato com suas irmãs e a mãe.
29. Harry tem um irmão mais velho.
30. Diferentemente dos outros, Harry é próximo de sua família, que é composta por seu irmão e sua mãe.
31. Liam já levou surras do pai para proteger Skyler.
32. Skyler é parcialmente claustrofóbica.
33. Skyler tem uma cicatriz no pulso esquerdo por ter escorregado aos dez anos em uma poça de Gin feita por uma garrafa quebrada pelo pai, um dos cacos a causou um pequeno corte.
34. Louis tem uma irmã mais nova.
35. Skyler odeia ser comparada a qualquer outra pessoa pela mídia.
36. Zayn teve uma infância complicada.
37. Zayn tem duas irmãs mais novas.
38. Louis odeia o Detetive Wilden pois já se desentendeu com ele em outro caso.
39. A cor favorita de Skyler é o vermelho, para ela a cor ressalta confiança.
40. Quando criança, Skyler dormia com Liam após ter pesadelos, ela tentou dormir com o pai uma vez, mas ele negou o pedido.
41. Liam, assim como Skyler, não gosta da ideia de relacionamentos, mas por ter medo de ser um marido e pai ruim, como o dele foi.
42. Niall não foi o primeiro a ser morto no Bellagio.
43. Zayn sempre frequentou o cassino com a intenção de se aproximar de Skyler para se vingar de Liam, era por isso que ela sempre o via por lá.
44. Anthony nunca quis uma filha, esperava que Skyler fosse um menino.
45. Mesmo sem planos de ter um relacionamento, Skyler sempre quis ter um filho.
46. Skyler já considerou fugir de casa durante a pré-adolescência por não suportar mais o pai, e os comentários dos homens com quem ele trabalhava.
47. O livro favorito de Skyler é “O Colecionador” de John Fowles.
48. Liam tem uma tatuagem do olho de Skyler no braço esquerdo.
49. Zayn está realmente disposto a conquistar Skyler.
50. As cicatrizes feitas por Zayn, em Skyler, desapareceram.
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keyfichas · 4 years
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›  PARTE OOC.
Bucky, ele/dele.
›  PARTE IC.
OLIVER JAMES ELROY pode até dizer que não pediu para estar em Eskye, mas agora é um pouco tarde para querer voltar pra casa... Com apenas 28 ANOS, já perdi as contas de quantas vezes ele disse que é só um DETETIVE que veio direto de CHICAGO/ESTADOS UNIDOS. Por aqui, já ficou conhecido como THE CONSCIENTIOUS e comenta-se até que usou a Chave Espelho para roubar o rosto de TREVANTE RHODES.
›  BREVE RESUMO.
Oliver, nascido em Chicago/Illinois, chegou ao mundo em uma família muito humilde, filho de mãe enfermeira e pai oficial de polícia, o menino cresceu tendo que conviver com o dia a dia violento do bairro de Englewood, em que a família morava. Na escola sempre foi um menino aplicado e dedicado, em casa foi um filho obediente, porém grande parte da infância foi solitária, sem muitos amigos, e pouco contato com os pais, a mãe trabalhava a noite no hospital local, e o pai passava grande parte do dia a serviço do departamento de polícia.
Aos 12 anos Oliver recebeu a notícia de que o James seu pai havia falecido em trabalho, em uma troca de tiros com traficantes locais. Apesar de passarem pouco tempo juntos, o pai sempre foi um herói para o jovem, era um homem íntegro, respeitador e divertido, e que ensinou a Oliver as melhores lições de sua vida. A partir desta data, tudo foi diferente. As condições financeiras da família diminuíram ainda mais, a mãe não estava dando conta de prover as condições que sabia que o filho merecia. Apesar de ela ser contra, o rapaz começou a trabalhar, queria se sentir útil, e preencher a falta que o pai havia deixado. O dinheiro que recebia era usado quase que integralmente para ajudar nas despesas mensais, trabalhava como entregador de jornais e garçom dentre outras atividades que foi desempenhando com o decorrer do tempo. A vida nunca foi fácil, mas isso lhe ensinou algumas lições. Não era muito aberto a conversas, era focado, e mesmo morando em um local considerado muito perigoso, era respeitado mesmo pelos locais.
Com os anos se passando, Oliver já havia se tornando um homem, e tomou a decisão de seguir os passos do pai. Ingressou no departamento de polícia aos 21 anos, no cargo de oficial, o mesmo cargo que seu pai ocupava quando foi assassinado. A cada dia que se passava Oliver se tornava mais habilidoso, mais forte e mais dedicado ao trabalho, em poucos anos de carreira recebeu uma promoção e passou a ocupar a atividade de Detetive, nesta etapa Oliver não estava nem perto de ser um homem rico, mas já tinha condições financeiras muito melhores do que possuía na infância, havia conseguido comprar uma casa para sua mãe, e realizar o primeiro grande sonho de sua vida.
O trabalho era difícil, mas era uma vocação como alguns costumam dizer; era como se todas as decisões da vida lhe tivessem levado aquele momento. Nas vésperas de completar 28 anos, algo determinante aconteceu em sua vida: alguns jovens foram encontrados brutalmente mortos em prédio abandonado a apenas alguns quarteirões da antiga casa em que Oliver morou na infância. Desempenhando a função de detetive, ele foi designado a chefiar a investigação. No curso do trabalho, uma pista surgiu e levou os policiais do departamento até um galpão abandonado na parte leste da cidade. Apesar de muito ariscado, Oliver decidiu juntar uma pequena equipe e ir até o local. Tudo parecia muito quieto ao chegarem, o dia estava chegando próximo do fim, e o sol lhes castigava os olhos. Ao entrarem pela grande porta, os policiais se depararam com uma emboscada. Armas foram disparadas e Oliver ouviu o som de uma RPG-7 disparada em direção a camionete que seguia a sua frente. No calor do momento, era como se tudo acontecesse em câmera lenta: Oliver viu a explosão, saiu do carro, conseguiu abater alguns, porém não foi o suficiente para salvar a vida de seus companheiros. Mesmo que estivessem preparados para o combate, o que os esperava estava além de suas capacidades.
Se sentindo completamente cercado por todos os lados, com a munição de sua arma acabando, a morte parecia eminente. Então, tudo mudou. Sentiu como se tivesse mergulhado: em um momento a escuridão completa, e então luz. Estava em um local totalmente novo, luminoso e bem cuidado. O primeiro pensamento que teve foi de que havia sido morto e que a vida após a morte realmente era real, porém o que viu a seguir provou o contrário. Ainda estava vivo, e aparentemente tinha uma nova missão a desempenhar.
APARÊNCIA.
Ao analisar o próprio corpo, Oliver não reconheceu o que viu. Poderosas asas respondiam a seus comandos, eram como asas de águia, ele podia sentir sua força. Mesmo que estranhas a seu antigo corpo, era como se sempre estivessem estado ali, como se fossem seus braços dada a forma com que respondiam a seus comandos. Foi um choque, mas seus instintos lhe diziam que aquilo era bom.
›  PODER.
Proficiência com Armas, poder com o qual o usuário só precisa pegar uma arma que se tornará proficiente nela. No caso de Oliver, porém, isso se aplica apenas a armas que disparem projéteis, como armas de fogo e arcos.
›  ARMA PREFERIDA.
Duas Pistolas Berettas gêmeas calibre 45.
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mindestruction-blog · 4 years
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Listando Livros: Harry Potter
Boa noite!
Eu perdi tudo que tinha escrito sobre este post uma vez. Isso foi lamentável.
Agora eu simplesmente não lembro o que tinha escrito, mas acho que era algo como “resolvi fazer uma postagem aqui respondendo uma tal de tag aí de livros que encontrei na internet bem aqui nesse Dreamland Book Blog = https://dreamlandbookblog.wordpress.com/2016/08/13/tag-the-harry-potter-spells-tag/ (veja que este não é o site que inventou a tag, que aparentemente se chama Written Word Worlds e não mais existe).” Eu estava achando divertido construir esta postagem até que perdi tudo que já estava feito.... mas tudo bem. Vida que segue.
O tema da #tag é Harry Potter e os feitiços desse mundo. Me pareceu bom o bastante, vamos ver o que acontece logo após esta gravura de um senhor idoso que é pra ser um cosplay de Dumbledore. Também já aviso que estou chamando absolutamente tudo de feitiço aqui. Obrigado.
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1 - FLAGRATE, feitiço de escrever: um livro que você achou interessante, mas que gostaria de reescrever.
A Estrada da Noite - Joe Hill
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Esse livro é legal, gostei de acompanhar a vida de um astro do rock das antigas em plena decadência que possui uma coleção de itens macabros e que acaba de adquirir seu item mais sinistro: um fantasmão de verdade. O fantasma é até interessante, mas em alguns momentos o livro acaba tomando um rumo mais cômico do que aterrorizante e esses momentos seriam atacados pela minha caneta mágica, tornando tudo mais tenebroso.
2 - ALOHOMORA, feitiço de destrancamento: o primeiro livro de uma série que te fisgou.
O Império Final - Brandon Sanderson
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Fiquei muito animado com a leitura deste livro, que tem sim algumas barrigas, como os bailes intermináveis para os quais a Vin deveria ir como espiã, mas se mostrou uma porta de entrada show de bola para um mundo fascinante. Destaco o cuidado que a obra tem com o sistema de magia vigente naquela terra e como todas as coisas fazem sentido e vão se encaixando ao longo da história. Eu achei mesmo que poderia ficar fortão se chupasse alguma barra de ferro aqui (o poder nesta história vem dos metais. E não é ferro que dá força, mas acho que o peltre não é tão comum assim na vida real, então decidi escrever ferro mesmo).   
O Brandon é um cara muito criativo e é louco pensar que na saga Mistborn acompanhamos apenas um planeta de todo um universo que o autor está criando.
3 - ACCIO, feitiço de fazer as coisas irem até você: um livro que você gostaria de possuir neste exato momento.
Sobre Meninos e Lobos - Dennis Lehane
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Decidi colocar este livro aqui pelo fato de ele aparentemente estar esgotado, então não se encontra ele fácil por aí. Ele não é uma prioridade para mim no momento, mas sim, eu quero conhecer essa história e o Lehane, que é a mente por trás, entre outras coisas, do livro que deu origem ao filme Ilha do Medo.
Não sei muitos detalhes do que ocorre neste filme, mas creio que ele fala sobre crianças sofrendo uma experiência traumática e tendo que lidar com isso no futuro, quando já são adultas. Esta premissa já é batida, sobretudo por causa de It, mas ainda me deixa curioso. Recentemente eu li um livro neste estilo, O Homem de Giz, e foi uma boa leitura. Além disso, muitas pessoas na internet falam bem sobre o livro, então ele tá em algum lugar perdido aqui no meu radar.
4 - AVADA KEDAVRA, feitiço da morte: um livro matador.
Trilogia dos Espinhos - Mark Lawrence
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Aqui se encontra uma quantidade enorme de defuntos, por isso o livro está marcado com a bandeira do Avada Kedavra. Rola até mesmo uma necromancia braba na história, ou seja, o morto pode morrer mais de uma vez. Ademais também encontramos no livro, que na verdade reúne três livros que formam a Trilogia dos Espinhos num formato omnibus, uma série de outros crimes completamente hediondos.
5 - CONFUNDO, feitiço de confusão: um livro que você achou confuso.
O Demonologista - Andrew Pyper
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O que falar sobre um livro que te deixou confuso? Acho que a pior parte foi o final. Estou por agora começando a gostar de finais mais abertos, mas fiquei com a impressão de que o fim deste livro não é simplesmente aberto, mas incompleto. Sei não, parece que o autor cansou e jogou tudo pra cima os papel. Lembro que tem um capiroto na história e um professor meio metido a Robert Langdon, daí ele se envolve com uma investigação misteriosa e sua filha some. Ao final não sabemos se a filha é o cão, se ele tá vivo ou morto, se a menina é mesmo sua filha, se lemos mesmo aquele livro. Exagerei um pouco. Perdão. Ainda assim quero ler outro livro do Pyper que tenho aqui.
6 - EXPECTO PATRONUM, feitiço guardião: um livro que é seu spirit animal.
O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
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Pelo que entendi, nesta parte devo dizer um livro com o qual me identifico. Para ser sincero, não tem um livro que me representa completamente, mas optei pela história do Holden Caulfield por ele ser um rapaz perdido na vida, o que, querendo ou não, lembra a mim de mim mesmo. Faz sentido o que escrevi?
Enfim, eu acho que o Holden é um bom rapaz e espero que tudo tenha ficado bem com ele depois do que acontece no livro. Vai dar tudo certo.
Não me alongarei mais neste tópico. Aliás, só mais uma alongadinha: o Holden gosta de ler uns livrinhos, como eu. Show.
7 - SECTUMSEMPRA, feitiço obscuro: um livro obscuro e sinistro.
A Floresta das Árvores Retorcidas - Alexandre Callari
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Eu ia colocar aqui O Exorcista, que de fato acho mais sinistro, mas sinto que falo muito deste livro, então decidi colocar outro no lugar do feitiço obscuro.
No livro do Alexandre temos um monte de sangue e algumas perversões (só que nada dá medo de verdade…………….), então acho que ele se qualifica aqui pra esta posição de algum modo. As perversões me parecem alinhadas ao termo “twisted” da tag original. E é isso, é um livro de terror, afinal de contas.
8 - (Oxente, essa já foi. Enfim.) EXPECTO PATRONUM, feitiço guardião: um livro da sua infância que evoca boas memórias.
Eles Morrem, Você Mata - Stella Carr
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Acredito que este é o livro que mais li em toda a minha vida. Essa capa me desperta uma nostalgia que não é brincadeira. A Stella Carr me mostrou como pode ser instigante o mundo dos mistérios, e também essa coisa de livro, com este livro e com seu outro: O Monstro do Morumbi. Eu os pegava na biblioteca da escola e da cidade de Ceilândia e lia rapidinho, enquanto outros livros eram uma tortura absoluta, por isso essas histórias são marcantes para mim. Até hoje eu fico com vontade de dar uma de detetive por causa delas.
Um detalhe é que eu encarava o Eles Morrem, Você Mata como um segredo. Meus pais, na minha cabeça, jamais poderiam saber que eu estava lendo um livro sobre pessoas mortas, o que deve ter contribuído pra eu achar tudo mais interessante.
9 - EXPELLIARMUS, feitiço de desarme: um livro que te pegou de surpresa.
Confissões - Kanae Minato
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Este livro me deixou surpreso pelo simples fato de ter superado as minhas expectativas, eu achava, antes de ler, que seria uma experiência boa, digamos que uma nota ⅘, mas ele acabou sendo bem mais bacana. Eu tinha visto, antes de começar a ler, que o livro trazia diferentes pontos de vista sobre uma mesma coisa: a morte da filha  de uma professora japonesa. Isso me pareceu meio chato, pois achei que seria repetitivo, mas acabou sendo interessante perceber todos os detalhes envolvidos com a morte da garota e como se desenrolava a vigança da professora contra… seus prórpios alunos. Pois é.
10 - PRIOR INCANTATO, feitiço de reversão: o último livro que você leu.
O Sol Desvelado - Isaac Asimov
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Estou seguindo adiante com a série dos robôs do Isaac Asimov, sendo este o segundo de uma quadrilogia. Foi melhor que o primeiro, gostei de ver as aventuras do detetive Elijah Baley no planeta Solaria, onde há muito mais robô que gente. Ele mostrou praqueles siderais o valor dos terráqueos, que orgulho. 
Gosto dessa mistura que o Asimov faz de ficção científica com romance policial, apesar de achar que um robô como o R. Daneel Olivaw, parceiro do Baley, seria bem mais perspicaz do que ele de fato é. Mas tá bem.
11 - RIDDIKULUS, feitiço para repelir bichos-papões: um livro que você achou engraçado.
As Sereias de Titã - Kurt Vonnegut
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Coloco este livro aqui por ele possuir uma boa quantidade de piadas bestas que me divertiram ao longo da leitura. O livro tem algumas coisas que me incomodaram, mas gostei do senso de humor na maior parte das vezes. Vale lembrar que o Guia do Mochileiro das Galáxias parece ser uma bela de uma cópia deste livro do Vonnegut. Se fosse pra comparar os dois, eu diria que o Sereias de Titã é mais engraçado, talvez por não ser tão absurdo quanto o outro, apesar de, sim, ser um livro completamente maluco.
12 - SONORUS, feitiço amplificador: um livro que você acha que todos deveriam conhecer.
E Não Sobrou Nenhum - Agatha Christie
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É meio estranho pensar que este livro passou por uma revisão pra ser aeceito nos dias atuais, mas achei que o resultado ficou muito bom.
Enfim. Acho que este é um livro que todos deveriam conhecer por ter uma linguagem bem acessível e um mistério que deixa o leitor preso na história até que ela seja revelada. E quando de fato tudo é esclarecido, ficamos satisfeitos com o final. Penso que a possibilidade de ser uma leitura agradável é bem alta, por isso enquadrei o livro nessa categoria, que fala sobre um livro que TODOS deveriam conhecer.
Só teve uma coisinha que me incomodou na resolução de todo o rolê do livro, uma ideia meio estapafúrdia. Porém, consegui relevar legal.
13 - OBLIVIATE, feitiço de apagar memórias: um livro que você gostaria de esquecer que já leu.
A Princesa Prometida - William Goldman
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Esse tópico é algo mais positivo que negativo, na minha opinião. Se você esquecer um livro, pode ler o mesmo novamente como se fosse a primeira vez e, se o livro for show de bola, você terá uma experiência agradável a mais em sua vida.
Ler esse livro foi uma experiência show de bola, pois entrei de cabeça nas ideias malucas do autor de misturar o mundo real com acontecimentos e lugares irreais, inclusive sobre ele mesmo. Eu achei terrivelmente divertido o lance que ele inventa sobre o Stephen King ser um representante de Florin, por exemplo.
Acredito que a nostalgia de ter visto o filme baseado nesta obra quando criança na Sessão da Tarde contribuiu bastante para a experiência de leitura, então eu apagaria somente a memória do livro mesmo, o resto deixaria intocado.
14 - IMPERIO, feitiço de controle: um livro que você teve que ler para a escola.
Capitães da Areia - Jorge Amado
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Me lembro que gostei de ter lido este livro para a escola. Talvez tenha sido o único que era obrigatório e que gostei. Os outros que eram obrigatórios e dos quais eu não gostava simplesmente não eram lidos, mas fui até o fim com o livro do Jorge Amado.
Achei muito legal o grupo de crianças que é o núcleo principal de personagens do livro, eu mesmo vivia algo parecido com meus amigos. Talvez seja forçar a barra traçar essa comparação, mas eu me sentia amigo do pessoal do livro como me sentia amigo dos meus amigos.
Quero reler este livro.
15 - CRUCIO, feitiço de tortura: um livro que foi doloroso de ler.
A Hora da Estrela - Clarice Lispector
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Acho que dolorosa não é a melhor palavra para descrever a leitura deste livro, me parece que chata seria a melhor opção. Eu não fui muito com a cara do narrador da história e ele entrava com força nela muitas vezes. Também percebi que a escrita da Clarice tem uma série de floreios, algo que me lembrou o Fahrenheit 451, do Ray Bradbury, e isso não me cativa, pelo menos não até hoje. Eu gostaria de ter gostado mais deste livro, ainda mais por saber que foi o último escrito pela Clarice e que, por este motivo, carrega todo um peso que vem com a aproximação da partida deste mundo.
Apesar de tudo, achei uma leitura válida e fiquei interessado em saber o que ocorreria na linha principal da história.
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É isso.
Glória a Deux. Muito obrigado, forte abraço!
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rodrigues17 · 4 years
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O COVEIRO
Se você gosta de Suspense e Mistério ou ainda gosta de brincar de detetive, entre pelos largos portões do Landstrong, mas cuidado, pode não haver volta.
Distante uns três quilômetros de Greenfield há um grande cemitério, seu nome é Landstrong. Lá há um velho coveiro de face repugnante e poucos amigos. Todos os dias o velho coveiro entra em uma pequena casa, onde há uma mulher indefesa e um menino muito curioso, que desconfia que o velho esconda algo muito secreto por trás dos grandes muros do cemitério. Os homens poderosos da cidade investem no Landstrong e tentam comprá-lo, mas o menino, agora um rapaz, tenta descobrir quais são os reais segredos que há no Landstrong e na cidade de Greenfield e que envolvem todos da sua família. O coveiro, como será conhecido nos quatro cantos de Greenfield, mergulhará em um mundo gótico, rodeado de trevas, mistérios, assassinatos e armadilhas para encontrar a vida que muitos buscavam entre os mortos.
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thiagodlf · 4 years
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#Chucky SINOPSE E DETALHES Um #serialkiller é morto em um tiroteio com a #polícia, mas antes de morrer utiliza seus conhecimentos de #vodu e transfere sua #alma para um #boneco. Um menino ganha exatamente este brinquedo como presente da sua mãe. O #menino tenta alertar que o boneco está vivo, mas sua mãe e um #detetive da #polícia só acreditam nele após o #brinquedo ter feito várias #vítimas. Mas o boneco está realmente interessado é no garoto, pois só no corpo dele poderá continuar vivo, e isto coloca a #criança em grande #perigo. #aarteestanaveia #camisascustomizadas #camisaspersonalizadas #aerografia (em Diadema Taboão) https://www.instagram.com/p/B-vaqdFAMhg/?igshid=k306t0vfo2xw
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pony-unicorn · 16 days
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I don't trust people that like Edwin and hate Crystal at the same time
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mulherama · 7 years
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Netflix começa 2018 com o pé direito com 3ª temporada de ‘Lovesick’ e muito mais
O catálogo de lançamentos do serviço de streaming para o início de 2018 traz o retorno de séries queridas pelos fãs e novas produções originais; veja
2018 ainda não chegou, mas a Netflix já está prometendo começar logo o primeiro dia do novo ano com muitos lançamentos. Para os fãs dos serviços de streaming, logo no inicio do ano há o lançamento da terceira temporada de “Lovesick” e, na mesma semana, a estreia de uma série que promete ser regada a muitas risadas – e café!
“Lovesick” retorna em sua terceira temporada na Netflix em janeiro de 2018
Foto: Reprodução
Apesar de já ter rodado durante alguns anos, a série “Weeds” vem para o serviço de streaming com um combo: todas as suas oito temporadas estarão disponíveis em janeiro para matar as saudades. Do retorno de séries ao lançamento de filmes originais, confira quais são os destaques da Netflix para o mês de janeiro:
Série
“Weeds: Temporadas 1 a 8”
A premiada série protagonizada por Mary-Louise Parker, que venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz estreia logo no primeiro dia do ano na Netflix com todas as oito temporadas de uma vez para o telespectador passar o mês inteiro dentro da trama! A produção conta a história de Nancy Brown que está disposta a tudo para sustentar sua família após a repentina morte do marido – até vender maconha!
“Lovesick: Temporada 3”
A série original da Netflix retorna no dia 1º de janeiro com a história de Dylan, que enquanto busca seu verdadeiro amor, Dylan é diagnosticado com clamídia. Com os amigos Evie e Luke, ele faz uma recapitulação dos seus namoros ao contar seu quadro a todas suas ex.
“Comedians in Cars Getting Coffee Collections”
Nesta série original que estreia no dia 5 de janeiro, o Jerry Seinfield leva um comediante convidado para passear em um carro descolado, resultando em diversos papos hilários regados a muita cafeína.
“Devilman Crybaby: Temporada 1”
No dia 5 de janeiro a Netflix lança mais uma série original. A história conta a vida de um demônio que depois de possuir o corpo de um menino morto, passa a praticar o mal. Entretanto, ele acaba mudando radicalmente ao se apaixonar por uma garota. A produção e baseada no mangá de Go Nagai.
“Dirk Gently’s Holistic Detective Agency: Temporada 2”
Outra série original da Netflix retornano dia 5 de janeiro. Um excêntrico detetive e seu relutante assistente usam métodos pouco convencionais para tentar solucionar um perigoso mistério sobrenatural.
“Disjointed: Parte 2”
Outro retorno vai marcar a primeira quinzena de janeiro na Netflix. No dia 12 de janeiro A ativista Ruth Whitefeather Feldman, dona de uma loja de maconha medicinal onde incentiva os pacientes a relaxar e curtir a brisa retoma com mais histórias e cenas hilárias no serviço de streaming.
“Grace and Frankie: Temporada 4”
O mergulho dessas duas amigas que viram os seus ex-maridos assumirem a homossexualidade e o relacionamento um com o outro retorna no dia 19 de janeiro. Indicado ao Emmy de Melhor Série de Comédia, a amizade entre as duas promete trazer mais histórias e risadas logo no inicio do ano.
“Van Helsing: Temporada 2”
Também no dia 19 de janeiro outra série original da Netflix retorna ao serviço de streaming. Depois de três anos em coma, Vanessa desperta em um mundo devastado pelos vampiros. Agora, ela e um bando de sobreviventes precisam lutar para permanecerem vivos.
“Black Lightning: Temporada 1”
Esta série que estreia no dia 23 janeiro promete agitar semanalmente o serviço de streaming. Com novos episódios a cada semana, a produção traz a história de Um ex-justiceiro decide deixar sua rotina pacata como diretor de escola e volta à ativa para proteger a cidade de New Orleans.
Filmes
“O Rei da Polca”
O primeiro filme original de 2018 da Netflix estreia no dia 12 de janeiro trazendo a história do músico polonês Jan Lewan e seu sonho americano que atrai os fãs de sua banda de polca para uma pirâmide financeira. A comédia é baseada em uma história real.
“Vende-se esta Casa”
No dia 19 de janeiro, a história de terror de Logan e a sua mãe tomam conta do serviço de streaming. Depois da morte do pai, os dois decidem passar um tempo na casa de uma tia distante nas montanhas. Entretanto os moradores de lá são estranhos e fenômenos domésticos inexplicáveis criam uma atmosfera de tensão e ansiedade.
“Fútil e Inútil”
Will Forte e Domhnall Gleeson estrelam este mergulho na vida e carreira de Doug Kenney, um dos fundadores da épica “National Lampoon”, a revista de humor dos anos 70. Filme original Netflix, estreia dia 26 de janeiro.
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dominiogirls · 7 years
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Oi moress, vou mostrar pra voces umas séries fodas que se começarem, não param mais, HAHA!
1. BATES MOTEL
A série começa com Norman e Norma chegando na cidade, após comprarem um motel á beira da estrada, depois da morte trágica do pai de Norman. O garoto começa a frequentar o colégio e faz amizade com Bradley Martin, saindo com ela para passear pela cidade, enquanto o antigo dono do motel resolve fazer uma visita para sua mãe Norma. As coisas saem do controle e mãe e filho acabam com um corpo para esconder (Não é spoiler, sério. Acontece tudo isso só no episódio piloto). Um pouco depois eles recebem a visita do Xerife Romero  e do Investigador Shelby, que parecem estar suspeitando de alguma coisa.
2. LÚCIFER 
A série se desenvolve ao redor de Lucifer Morningstar, que está entediado e infeliz como o Senhor do Inferno. Ele renuncia seu trono e abandona seu reinado para tirar férias em Los Angeles, onde dá início a uma casa noturna com a ajuda de sua aliada demoníaca chamada Mazikeen. Depois que uma celebridade a quem Lucifer ajudou a alcançar a fama é assassinada, ele se envolve com a polícia de Los Angeles, onde começa a ajudar a Detetive Chloe Decker a resolver casos de homicídio e encontrar os responsáveis para que possa "puni-los".
3. SCREAM
Depois de um incidente de cyber-bullying resultar em um assassinato brutal, a violência reacende a memória de uma série de assassinatos que ocorreram no passado em Lakewood, que intrigaram alguns e talvez tenham inspirado um novo serial killer. Um grupo de adolescentes, com dois velhos amigos tentando se reconectarem, se tornam amantes, inimigos, suspeitos, alvos e vítimas de um assassino que está à procura de sangue.
4. TEEN WOLF
O jovem Scott McCall é estudante do ensino médio no colégio fictício de Beacon Hills e vive como um garoto comum, passando por problemas naturais da juventude. Ao ir caminhar na floresta em busca de um suposto corpo morto, o menino é mordido por um lobisomem. Nos dias seguintes, Scott logo nota as mudanças em seu corpo e nos seus sentidos, concluindo que tornou-se um lobisomem. Ele se esforça para esconder de seus colegas a nova característica, com exceção do melhor amigo Stiles Stilinsk , da namorada Allison Argent  e do companheiro Derek Hale, com quem conta para enfrentar a nova fase.
5. SHADOW HUNTERS
Clary Fray é uma adolescente de 15 anos que, sem querer, presencia o acontecimento de um crime. Mas este não é um crime como outro qualquer: três adolescentes cobertos com tatuagens estranhas são os responsáveis pelo assassinato, executado com armas que Clary nunca viu antes. Antes de ela conseguir fazer alguma coisa, os três justiceiros se apresentam para ela: Jace, Alec e Isabelle são Caçadores de Sombras, responsáveis por proteger o mundo de vampiros, lobisomens e monstros que querem fazer o mal.
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fabioferreiraroc · 4 years
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20 filmes eróticos para maiores de 18 anos, disponíveis no Amazon Prime Video e na Netflix
Quando, no início de 2020, a Netflix lançou o erótico “365 DNI”, o longa permaneceu em alta por dias seguidos e foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Para ajudar os leitores que procuram filmes nesse estilo, a Bula reuniu em uma lista 20 títulos proibidos para menores de 18 anos, disponíveis na Netflix ou no Amazon Prime Video.
É inegável que os espectadores procuram filmes eróticos nos serviços de streaming. Quando, no início de 2020, a Netflix lançou “365 DNI”, filme considerado uma releitura de “50 Tons de Cinza” (2015), o longa permaneceu em alta por dias seguidos e foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Para ajudar, a Bula reuniu em uma lista esse e outros vários filmes picantes, proibidos para menores de 18 anos, disponíveis na Netflix ou no Amazon Prime Video. “Desejos da Tarde” (2013), de Jill Soloway; e “Branquinha” (2016), de Elizabeth Wood; são alguns dos selecionados. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento.
Amazon Prime Video
Iris (2016), Jalil Lespert
Iris, a mulher de Antoine, um banqueiro rico, desaparece misteriosamente no centro de Paris. Após algumas horas, o sequestrador exige meio milhão de euros para o resgate. Max, um jovem mecânico com muitas dívidas, parece ser o principal suspeito do crime. Mas, à medida que a investigação avança, a polícia descobre segredos importantes que podem levar a outro culpado.
Satan Said Dance (2016), Katarzyna Rosłeniec
Karolina é uma jovem de 27 anos que vive intensamente, se envolve em relacionamentos complexos e tem um comportamento autodestrutivo. Ela não é como seus amigos, que têm trabalhos formais — ela é artista e acaba de lançar seu primeiro romance, uma versão moderna de Lolita. Com o sucesso do livro, Karolina passa um tempo viajando pelo mundo e enfrenta uma profunda crise existencial.
A Vida Secreta de Zoe (2014), Bille Woodruff
Zoe Reynard tem a vida que sempre sonhou: além de ser uma empresária de sucesso, ela é casada com o homem que ama desde a infância e tem três filhos. Mas, Zoe esconde de todos uma compulsão cada vez maior por sexo e trai seu marido com outros homens. Com medo de perder as pessoas que ama, ela procura uma terapeuta, para quem conta todas as suas histórias.
Desejos da Tarde (2013), Jill Soloway
Casada e mãe de um menino, a dona de casa Rachel se sente frustrada pela falta de animação em sua vida sexual. Para reacender o relacionamento, ela segue o conselho de uma amiga e vai a uma boate de striptease com o marido. No local, ela conhece a jovem prostituta McKenna e decide levá-la para morar em sua casa, na tentativa de “salvá-la”. Rachel contrata McKenna como babá de seu filho, mas precisa enfrentar os próprios preconceitos contra a garota de programa.
Cherry (2010), Jeffrey Fine
Aaron é um estudante brilhante de 17 anos. Ele decide fazer engenharia apenas para agradar os pais, já que gostaria de estudar artes. Na universidade, ele se apaixona por Linda, uma mulher de mais de 30 anos que está retomando os estudos agora. Os dois se tornam amigos e Linda incentiva Aaron a seguir seus sonhos. Mas, tudo se complica quando Beth, a filha adolescente de Linda, desenvolve uma paixão agressiva por Aaron.
Deep in the Valley (2009), Christian Forte
Carl está insatisfeito com o relacionamento com sua noiva, mas não tem coragem de terminar, já que trabalha na empresa do pai dela. Seu melhor amigo, Lester, é um homem muito mais despreocupado, que coleciona filmes pornográficos como hobby. Um dia, os dois entram em uma misteriosa cabine de vídeos e são transportados para uma realidade alternativa, na qual todos agem como se estivessem em um filme pornô.
Babysitters de Luxo (2008), David Ross
Shirley é uma adolescente de 16 anos que trabalha como babá para juntar dinheiro e pagar a universidade no futuro. Um dia, ela acaba se envolvendo com um patrão, que lhe dá 200 dólares para não contar nada à mulher dele. Mas, ele acaba se gabando aos amigos, que começam a requisitar os serviços de Shirley. Vendo uma oportunidade de ganhar mais dinheiro, ela abre uma agência de babás que oferece garotas de programa para pais de crianças pequenas.
Sedutora e Diabólica (2006), Nick Guthe
Mini é uma jovem sedutora que está disposta a fazer qualquer coisa para se livrar da mãe alcoólatra e pouco amorosa, Diane. Ela seduz o padrasto, Martin, e tenta envolvê-lo num plano mirabolante para fazer com que a mãe seja declarada incapaz e internada. Mas, as coisas saem do controle e um assassinato ocorre. Agora, Mini é investigada pelo detetive John Garson.
The Magdalene Sisters (2004), Peter Mullan
Na Irlanda dos anos 1960, mulheres consideradas transgressoras pela sociedade são enviadas para um convento, para “pagar seus pecados”. A punição tem tempo indeterminado, o que significa que elas podem passar o resto da vida sendo exploradas na lavanderia da instituição. Humilhadas pelas freiras, elas tentam encontrar uma forma de fugir. Bernadette, uma das internas, seduz um entregador para convencê-lo a ajudá-las.
Misteriosa Paixão (1999), Roland Joffe
Sandra aparentemente é uma mulher caridosa e religiosa. Mas, na verdade, ela está tendo um caso com o cunhado, Ben, o irmão de seu marido, Jake. Jake começa a desconfiar que está sendo traído pela mulher, mas não imagina que o amante dela é seu próprio irmão. Para encobrir o romance, Ben e Sandra acabam se envolvendo em muitos problemas, até que um assassinato acontece. Agora, eles são observados de perto pela investigadora Rita.
Netflix
365 DNI (2020), Barbara Białowąs
Laura Biel comemora seu aniversário de 29 anos na Itália, com os amigos e o namorado, Martin. Após ser envergonhada por Martin, ela resolve passear sozinha e é sequestrada por Massimo Torricelli, o líder da máfia siciliana. Massimo está encantado pela beleza de Laura, então diz que pretende mantê-la refém por 365 dias, até que ela se apaixone por ele. Laura tenta fugir, mas acaba cedendo à insistência de Massimo.
Clímax (2019), Gaspar Noé
Nos anos 1990, um grupo de dançarinos franceses se reúne em um isolado internato para ensaiar os passos de uma importante apresentação. À noite, durante uma festa organizada no local, os dançarinos chegam à conclusão de que alguém misturou LSD no drink que todos estão bebendo. Sob o efeito da droga, os jovens mergulham em um turbilhão de paranoia e psicose, revelando paixões e desejos escondidos.
Beach Rats (2018) Eliza Hittman
Sem ambições e com uma família problemática, Frankie está descobrindo sua sexualidade. Tentando levar uma vida comum, ele sai com amigos heterossexuais, se diverte em festas, fica com garotas e usa drogas. Mas, sozinho em casa, passa as noites em chats online conversando com homens mais velhos. Apesar disso, Frankie não consegue se aceitar gay e diz que está apenas experimentando novas possibilidades.
Duck Butter (2018), Miguel Arteta
Naima é uma atriz frustrada. Sergio é uma conturbada cantora espanhola. As duas se conhecem numa festa e, apesar das diferenças, se sentem atraídas uma pela outra. Insatisfeitas com as mentiras de seus relacionamentos anteriores, elas querem descobrir novas formas de intimidade e decidem passar as próximas 24 horas acordadas, conversando e fazendo sexo de hora em hora.
Amar (2017), Esteban Crespo
O filme narra a história de Laura e Carlos, dois jovens de 17 anos que vivem a loucura do primeiro amor e tudo que o acompanha: ciúmes, inseguranças, descontrole, escapadas do colégio e as descobertas do sexo. Eles se amam tão intensamente, que a relação é quase doentia, fazendo com que eles descubram o lado obscuro dos relacionamentos.
Desejarás o Noivo da Sua Irmã (2017), Diego Kaplan
Lucia e Ofelia são duas irmãs que não se falam. Lucia vai se casar e a mãe, Carmem, decide convidar Ofelia, para que as duas coloquem um fim à rivalidade. Apesar da relação conturbada, as irmãs estão dispostas a relevar os problemas do passado durante a cerimônia. No entanto, o clima tenso toma conta da festa quando Ofelia e o noivo da irmã se sentem atraídos de uma forma que não conseguem controlar.
Branquinha (2016), Elizabeth Wood
Leah, uma jovem estudante de Nova York, recebe amigas em casa e decide ir comprar drogas para animar a noite. É nesse momento que ela conhece o traficante latino Blue, por quem se apaixona perdidamente. As coisas se complicam após uma festa e Blue acaba sendo preso. Para tirá-lo da cadeia, Leah faz de tudo, inclusive vender drogas e se prostituir para conseguir dinheiro.
Holding the Man (2015), Neil Armfield
Tim e John se conhecem durante a adolescência, em um colégio para garotos, nos anos 1970. Enquanto John comanda o time do futebol, Tim faz parte do grupo de teatro. Os dois se apaixonam e, apesar do preconceito, formam um casal disposto a enfrentar tudo. Até que, 15 anos depois, são diagnosticados com AIDS. O filme é inspirado no livro autobiográfico de Timothy Conigray, também intitulado “Holding the Man” (1995).
Lang Tong (2014), Sam Loh
Zach é um homem mulherengo e trapaceiro: após seduzir uma mulher e conseguir dinheiro, ele parte para outro romance. Sua nova vítima é a rica e sedutora Li Ling, que se apaixona por ele. Mas, as coisas mudam quando Zach se sente atraído por Li Er, a irmã mais nova de Li Ling. Os dois começam a ter um caso e Li Er pede ajuda ao amante para matar a irmã, a quem ela considera culpada pela morte dos pais.
Instinto Selvagem (1992), Paul Verhoeven
Johnny Boz, antiga estrela do rock, é encontrado morto em sua casa. A principal suspeita do crime é Catherine Tramell, uma escritora bela e sedutora que mantinha um caso antigo com Boz. A desconfiança aumenta quando a polícia descobre que o assassinato de Boz foi copiado de um dos romances de Catherine. O caso é entregue ao detetive Nick Curran, mas ele não consegue controlar a atração que sente pela escritora.
20 filmes eróticos para maiores de 18 anos, disponíveis no Amazon Prime Video e na Netflix Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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edififf · 6 years
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NÃO HÁ MAIS O QUE FAZER
Após muitas investigações, detetives descobrem a causa da morte do garoto de 17 anos.
No dia 09/07/2019 (em uma quarta-feira), um garoto é encontrado morto no Bairro das Castanheiras, na Rua 13 de Outubro.
A família havia notado a ausência do menino desde a manhã anterior e então, foram logo à procura; ligaram pra polícia, mas até então nada tinha sido resolvido. Até que, na manhã desta quarta-feira acharam o garoto já sem vida. Detetives foram à procura de pistas para resolver o caso, foi quando um vizinho próximo da família deu um relato que era de assustar qualquer um.
O motivo não foi nada mais que a cor do menino. Sendo um garoto de 17 anos e negro, os policiais o mataram por acharem que ele tinha algum envolvimento com a máfia mais perigosa da região. E como já era de se esperar, os familiares não conseguiram aceitar o que havia acontecido, e foram prestar queixa contra os policias, que no dia seguinte estariam presentes no tribunal para se justificarem com tamanha ação violenta e desumana que havia sido feita.
#Luisa Motta Nunes #102 - Edificações
#Editorial sobre preconceito
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palavrasinfinitas · 6 years
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Please, let me save you | One-shot
Todos assistiam em silêncio Himiko se acabar em lágrimas. Ver as mortes de Angie e Tenko, as duas pessoas mais queridas para ela, ambas no mesmo dia… Isso acabou com a pobre garota. Por mais que ela enfim tenha demonstrado alguma emoção depois de tanto tempo se fingindo de indiferente, ela agora estava quebrada por dentro e todos percebiam isso.
Mas Shuichi estava distraído. Não é como se ele não se importasse com Himiko — na realidade, todas as mortes para ele foram no mínimo chocantes e ver Himiko assim o deixava muito triste também. Porém, ele não conseguia parar de encarar Kokichi no fundo, que tinha uma expressão estranha e um olhar vidrado que encarava o nada. Isso definitivamente não era normal. Àquela altura, Kokichi já estaria fazendo alguma piada, uma forma até para distrair a atenção de todo mundo daquele clima pesado ao sentirem raiva dele. Mas ao invés disso ele estava quieto, sem mover um único músculo do lugar.
Certo, isso era mesmo estranho. Ele estava antes bem ativo durante o julgamento, até mesmo fazendo aquela brincadeira sem graça ao mentir dizendo ser o assassino. Como sempre, Shuichi teve que esfriar a raiva de todos e provar que ele estava mentindo para proteger o menino. Isso sempre parecia divertir Kokichi, que não se cansava de provocar o jovem detetive de todas as formas possíveis, aparentemente. E já não bastava ele ter se fingido de morto antes também! Shuichi tinha quase sentido seu coração parar naquele instante com o choque da visão, para no fim ser só mais uma mentira. Às vezes isso o tirava mesmo do sério.
...Mas, agora que parava para pensar nisso, Kokichi realmente havia se machucado naquele instante, não havia? Era muito estranho que ele estivesse se sentindo bem já depois daquilo. Porém, durante o julgamento ele parecia normal! Seria apenas sua impressão…?
Lentamente Shuichi se aproximou dele, tocando de leve em seu ombro. O garoto mal se mexeu, dando apenas um sorriso fraco.
— Ah, ei, Shuichi… Mais um caso resolvido, não…? Você realmente… não decepciona... — falou, a voz estando realmente baixa e um tanto falhada. Kokichi era alguém naturalmente já muito pálido, mas agora ele parecia mesmo em um aspecto doentio, sendo possível ver o suor em sua testa e os lábios já sem cor, fazendo o detetive arregalar os olhos com isso.
Fazia quanto tempo já que ele estava assim? Ambos ficam relativamente distantes durante os julgamentos, então Shuichi não estava perto o suficiente para notar qualquer coisa. Mas por que ele fingiu estar bem esse tempo todo? E por que ele continua sem falar nada ainda sobre isso?!
— ...Você vem comigo — disse, agarrando sua mão e o puxando para a saída. O jovem líder o encarou com hesitação, franzindo o cenho.
— Espere, o quê…
— Shuichi, está tudo bem? — Tsumugi perguntou, os encarando com confusão.
— Eu estou indo com o Kokichi para a enfermaria — Shuichi respondeu simplesmente. Todos agora os encaravam, menos Himiko que ainda chorava sozinha, sem nem notar nada ao seu redor.
— Enfermaria? Algo aconteceu? — Kaito indagou, já se movendo para ir junto, preocupado.
— Não, Kaito, você não precisa… — mas se interrompeu ao notar Kokichi caindo para frente, mais do que depressa o agarrando com os braços. Não era apenas sua mão, ele estava todo gelado! Como conseguiu ficar em pé esse tempo todo?!
Kaito se aproximou com rapidez, ajudando a segurar o menino.
— Aqui, abaixe-se — ele o instruiu, ajudando a colocar Kokichi sobre as suas costas. Shuichi nunca se considerou alguém realmente forte, mas o outro garoto era realmente leve e pequeno, então não era tão difícil de carregar. Apesar disso, Kaito foi junto para ter certeza de que o menino não iria cair.
Shuichi estava mesmo ficando nervoso já. Nunca pensou que veria Kokichi tão… indefeso assim. Para ele, o jovem líder era alguém quase intocável, nada conseguindo realmente o atingir. Vê-lo fraco dessa forma estava o fazendo se sentir muito mal, a preocupação corroendo sua mente com pensamentos pessimistas. Trincando os dentes, ele tentava respirar fundo em uma forma de se acalmar.
“Está tudo bem… Kokichi não está morrendo, ele só desmaiou… Não ocorreu nenhum assassinato com ele, foi só um acidente… Monokuma não anunciou nenhum corpo, ninguém mais vai morrer hoje, está tudo bem… Kokichi está bem…”, ficava repetindo para si mesmo, mas já sentia as lágrimas subirem aos olhos.
Já não aguentava mais se sentir assim. A sensação de não saber o que pode acontecer no próximo minuto, o desespero de pensar que alguém querido para ele pode morrer bem diante de seus olhos… Ele estava já tão cansado de tudo isso.
Ele era um detetive. Estava acostumado a ver pessoas mortas e a resolver os seus casos, mas era só isso. Uma vez morta, a pessoa não volta nunca mais. Como detetive, não havia nada que ele pudesse fazer para evitar este destino.
Ele não conseguia salvar ninguém.
Kaito o encarou de canto, engolindo em seco. Sabia que o Shuichi passava às vezes o tempo com esse estranho garoto, mas nunca conseguiu entender o porquê o seu amigo ainda fazia isso. Kaito simplesmente não conseguia gostar de Kokichi, não importava como olhasse, pois alguém como ele não podia ser confiável. Mas nunca imaginou que Shuichi se preocupava com o Kokichi a este ponto. Dava para notar claramente as lágrimas subindo aos seus olhos e o desespero em sua expressão. O quão profunda podia ser a relação de ambos…?
Enfim chegando na enfermaria, mais do que depressa os dois rapazes colocaram Kokichi na cama, que ainda continuava desacordado. Pegando algumas bandagens e remédios, Shuichi passou a tratar a área ferida em sua cabeça com cuidado e em silêncio. 
Após alguns minutos, Kaito pigarreou, sem graça.
— Hã, você quer que eu chame a Maki Roll? Ela é muito boa com primeiros-socorros.
— Não. A Maki não gosta do Kokichi. Ela já tentou matar ele uma vez, esqueceu? — respondeu, parando o que estava fazendo para passar os dedos com delicadeza agora sobre o pescoço do Kokichi por baixo do lenço. Ainda conseguia ver os hematomas lá, ficando irritado com a visão. — Ela não vai tratá-lo bem. Eu gosto dela e quero acreditar que ela seja uma boa pessoa como você diz, mas não vou deixar ela se aproximar do Kokichi nunca mais — disse com dureza. Kaito então fez uma careta, desconcertado.
— Bem, eu não posso dizer que aprovo o que ela fez também. Não gosto de ver ela agindo daquela forma porque eu sei que ela é uma boa pessoa. Mas eu entendo que ela teve os motivos dela, sabe.
— O quê, por ela não conseguir confiar nele?
— ...É.
— ...Tudo bem, eu ENTENDO isso também. Kokichi criou essa fama para si mesmo, conseguindo ganhar a desconfiança de todos os outros, aparentemente — Shuichi suspirou, pegando agora as bandagens ao lado para colocar na cabeça do mais baixo. Para o alívio de Kaito, ele parecia já estar um pouco mais calmo agora que viu que Kokichi estava descansando bem. Mas ainda mantinha o olhar triste em seu rosto. — Eu ainda não entendi o porquê ele fez tudo isso, mas deve ter um motivo, não é? E é justamente por isso que eu tenho que ajudar... Ele não é o vilão que diz ser, Kaito. Eu tenho certeza disso. E vou fazer tudo o que puder como detetive para poder provar.
Kaito o encarou por mais alguns segundos, hesitante. Shuichi não podia estar sério, certo? Kokichi já deixou mais do que óbvio de que não era alguém em que se podia acreditar. Por mais que ele parecesse gostar de Shuichi, ainda assim...
Suspirando, decidiu enfim ceder — afinal, acreditava que a confiança que sentia em Shuichi era maior do que a desconfiança que tinha quanto ao outro. Não significava que iria abaixar a guarda com o pequeno menino, mas, se pudesse deixar Shuichi feliz com isso… Bem, podia se esforçar um pouco em aceitar.
— Tudo bem, eu acredito em você. Afinal, você é o meu sidekick! Se eu não puder contar contigo, em quem mais poderia me apoiar? — Kaito respondeu, batendo no ombro de seu amigo. Ele sorriu também, agradecido.
— Obrigado, Kaito. De verdade.
— Para, você não tem que agradecer nada! Eu vou agora no refeitório pegar algo para vocês dois comerem, nem que seja só algumas barrinhas mesmo. Quer que eu pegue mais alguma coisa?
— Ah, pode pegar o meu livro? Está no meu quarto.
— O que, pretende passar a noite aqui o fazendo companhia? — Kaito brincou, erguendo uma sobrancelha. Imediatamente foi possível ver o rosto de Shuichi corar, fazendo o outro rir. — Eu estou brincando, cara. Eu sei que você está preocupado com ele, relaxa. Eu já volto, ok?
Mesmo depois de Kaito já ter saído, Shuichi continuava olhando para baixo, ainda muito corado. Sim, é claro que estava preocupado. É normal se preocupar com amigos, não? Não tinha nada demais nisso! Faria a mesma coisa se fosse com o Kaito. Mas por algum motivo realmente ficou constrangido, como se tivesse sido pego em algum ato vergonhoso. Mas o que tinha de vergonhoso nisso? Kokichi era só seu amigo. Só isso.
Apesar de que… bem, ele sabia que Kokichi gostava dele, apenas não sabia o que sentia sobre isso. Apesar de todas as brincadeiras e mentiras, o olhar de Kokichi parecia estar sempre nele, com o mais baixo sempre querendo chamar sua atenção de alguma forma.
Além disso, quando ele conseguiu a chave e encontrou Kokichi no hotel… Apesar de tudo, aquilo foi real demais. Mas, quando Kokichi disse que o amava, temeu que fosse apenas mais uma de suas mentiras. E como temeu se machucar com isso… Mas no fim, não conseguiu evitar de desejar que ele não tivesse ido embora. Não queria que tivesse acabado. Lembrava-se bem de como tinha sentido seus joelhos falharem, sem o obedecer enquanto apenas observava consternado Kokichi sair. No fim, se perguntava como poderia ter sido se tivesse acreditado em suas palavras. Se tivesse se deixado levar pelo momento. Deixado ser amado. Tudo poderia ser tão diferente...
Shuichi então viu Kaito entrar novamente com a comida e seu livro, percebendo que não notou o tempo passar enquanto estava perdido em pensamentos. Não havia nem terminado de enfaixar Kokichi! Não podia se distrair assim, caramba!
— Shuichi, está tudo bem? — Kaito perguntou, notando que seu amigo estava ainda mais corado do que quando havia saído. O garoto acenou rapidamente com a cabeça, se atrapalhando levemente com as bandagens enquanto terminava de enrolar ela em Kokichi com pressa.
— S-sim, eu só estou t-terminando isso aqui — ele gaguejou, constrangido. Kaito segurou a vontade de rir, achando engraçada a atitude dele.
— Tudo bem, então. Eu vou deixar essas barrinhas e o seu livro aqui em cima da cômoda, ok? Imagino que você não vá querer treinar hoje comigo e com a Maki Roll, afinal — ele disse com graça. Shuichi apenas deu de ombros, embaraçado.
— Amanhã eu volto a treinar com vocês, pede desculpas para a Maki por mim. Apesar de que eu acho que ela não vai gostar muito de saber que eu não vou por causa do Kokichi... — ele murmurou, ainda sem graça. Não é como se ele se importasse realmente com o que a Maki pensasse, mas ainda se sentia mal por deixá-los na mão.
— Ah, se eu estou conseguindo aceitar isso, então a Maki supera também. E vai ter a minha incrível companhia só para ela! Que pena que você vai perder eu vencendo ela nas abdominais hoje!
— Isso se você não se distrair enquanto admira as estrelas, como sempre.
— Ei, eu sou um futuro astronauta, você não pode me julgar por gostar das estrelas! E é claro que eu faço isso para dar a ela uma chance de ganhar também, sou um cara justo!
— Ah, sim, é claro. Você ganhando da Maki é totalmente possível — Shuichi brincou, revirando os olhos.
— Eu não sei agora se você está aprendendo a mentir com o Kokichi, ou se você realmente tem fé em mim. Acho que vou acreditar na segunda opção — ele respondeu, ambos rindo em seguida.
Morrendo já a risada, Shuichi voltou a ficar sério, encarando agora suas mãos.
— Por sinal, eu não cheguei a perguntar… Como está a Himiko? — indagou, hesitante. Kaito amuou, coçando a cabeça.
— Bem, depois que a Himiko se acalmou, ela acabou desmaiando, acho que de exaustão mesmo. Gonta carregou ela de volta para o quarto, mas deve ficar bem. Realmente não foi fácil para ela, afinal. Acho que… nunca vai ser fácil para nenhum de nós.
Shuichi concordou lentamente, engolindo em seco. O killing game estava destruindo todos por dentro. Sabia bem como Himiko se sentia, pois sentiu o mesmo quando Kaede se foi. E tudo porque ela queria proteger eles… Tudo para poder acabar com o killing game. Mas nada parecia funcionar. E, mesmo sendo detetive, ele também não conseguia encontrar uma resposta.
Se é que havia alguma.
E o desespero de pensar que mais alguém que ama pode ser mais uma vítima também… Esse sentimento nunca o abandonava. Era um medo constante que assombrava-lhe nos pesadelos e quando acordado. Simplesmente não tinha como escapar.
Mas ele não podia ficar pensando nisso, iria enlouquecer. Além disso, ele prometeu a Kaede que não desistiria. Tinha que acreditar que havia esperança, tinha que ter alguma resposta. Precisava ter...
Ouvindo o anúncio de nighttime, Kaito se despediu com um boa noite, enfim saindo. Sem muito o que fazer agora, Shuichi pegou seu livro, tentando se distrair. Mas de minuto em minuto levantava o rosto, esperando ansiosamente ver alguma reação em Kokichi. Porém o garoto continuava desacordado, parecendo em um sono profundo. Shuichi então mordeu o lábio, cada vez mais ansioso.
Por que ele não acordava? O ferimento seria mais sério do que pensava? E se ele fez algo errado na hora de tratar?
Por que ele não acordava?!?
Respirando fundo, voltou a ler o livro. Não podia ficar nervoso, Kokichi estava bem. Era questão de tempo até acordar e Shuichi sabia disso. Só precisava se manter calmo… Mas às vezes era tão difícil.
As horas então passaram. Abrindo os olhos lentamente, Kokichi encarou com confusão o novo ambiente em que se encontrava. As memórias voltavam devagar, enfim se recordando das ações de Shuichi no final do julgamento, franzindo então o cenho. Virando o rosto, notou que o mesmo tinha adormecido sobre um livro que lia, apoiado sobre os braços cruzados na cama. Pensou em acordar ele, mas admitia que achou a visão adorável, considerando o quão sereno ele parecia enquanto dormia. Tinha ficado o tempo todo ao seu lado ali?
Não, não podia ser isso.
Ninguém mais gostava de Kokichi. Não que realmente se importasse, visto que era essa a sua intenção mesmo. Mas então, por que qualquer um deles se importaria se estava bem ou não? Ele era o vilão agora. Já pensaram em matá-lo mais de uma vez. Por que Shuichi perderia seu tempo com ele?
Lembrou-se de quando havia se declarado para o garoto. Parecia tudo um sonho, só que ao mesmo tempo muito real. Porém, lembrava-se bem de como Shuichi havia reagido, pois o garoto obviamente não havia acreditado em suas palavras... Não que pudesse julgar, afinal realmente era um mentiroso. E justamente por ser assim, contar a verdade muitas vezes doía. Mentir então era simplesmente mais fácil, mesmo que para isso tivesse que mentir para si mesmo também, algo que já estava mais do que acostumado a fazer.
Mas, ao mesmo tempo, Kokichi obviamente ainda não havia desistido do detetive. Quando ele quer algo, ele vai até o fim para conseguir. É assim que um verdadeiro líder age, afinal. Era apenas natural que tudo o que desejasse estivesse sob o seu poder!
...Ou talvez isso fosse só mais uma mentira. Não sentia como se quisesse forçar Shuichi a fazer qualquer coisa contra a vontade dele. Por conta de sua personalidade orgulhosa e possessiva, essa era uma sensação bem incomum e frustrante, mas a grande verdade é que ele faria absolutamente tudo pela felicidade de Shuichi, mesmo que tivesse que deixar a sua própria de lado, sendo a primeira pessoa a conseguir tal efeito sobre ele.
Mas, bem, por mais que não fosse forçar nada, ainda valia a tentativa. Não iria ficar criando grandes expectativas, mas, agora que estavam a sós, talvez… só talvez a noite pudesse ficar mais interessante.
Encostando os dedos em sua própria testa, notou as faixas enroladas. Pareciam bagunçadas e estavam um pouco apertadas demais, mas ainda assim apreciou. Fora Shuichi quem fez também?
Esse menino era mesmo um mistério para ele.
Encarando-o novamente, decidiu acordá-lo por fim. Aproximando o rosto do dele, o observou de perto. Ainda dormia como um bebê, seus enormes cílios tremendo levemente. Se perguntou sobre o que ele poderia estar sonhando. Apesar de ter o achado sereno antes, pela sua expressão agora notava que não parecia ser um sonho muito bom.
Depois de o encarar por alguns instantes, sorriu com graça. E então, segurando levemente o nariz do menino adormecido, ele tampou sua respiração.
Não levou mais do que cinco segundos. Shuichi levantou a cabeça com rapidez, assustado com a falta de ar, perdendo o equilíbrio da cadeira e caindo com um baque no chão. Kokichi então começou a gargalhar.
— PFFFF, você tinha que ver a sua cara! — disse entre os risos, olhando zombeteiro para o garoto que se levantava agora com dificuldade. — Sério, você sempre é divertido de alguma forma, não é?
— Há-há, muito engraçado — Shuichi resmungou, já sentando na cadeira novamente, olhando bravo para Kokichi. — Será que dá para você parar de me matar do coração assim?
— Non, non. Essa não é uma opção — respondeu, colocando um dedo sobre os lábios, ainda o olhando com graça. — Inclusive, eu gosto de ver você cuidando assim de mim. Posso me acostumar?
— Não, não pode — Shuichi respondeu em um suspiro. Então virou-se para a cômoda ao lado, deixando seu livro e pegando uma barrinha de cereal, uma garrafa e alguns comprimidos que tinha deixado lá. — Toma isso. Vão ajudar se estiver sentindo dor.
— Ok, está decidido. Eu definitivamente vou me acostumar com você cuidando de mim — brincou, tomando os remédios em seguida. Mas então fez uma careta, olhando ofendido para a garrafa. — Espere, isso é soro? Por que você me deu essa coisa nojenta?
— É isso o que geralmente te dão em hospitais quando você se sente mal, sabe. Você inclusive desmaiou, se não percebeu ainda, então um pouco de sal e açúcar não vão te machucar. E já que você gosta taaanto de mim cuidando de você, com certeza você vai tomar sem reclamar, certo?
— Touché — riu, entornando então a garrafa, sem conseguir evitar de fazer outra careta depois. Aquilo era definitivamente horrível, mais do que depressa comendo a barrinha para tirar o gosto da boca.
Enquanto via ele comendo, Shuichi decidiu ir já direto para o assunto, apontando agora o dedo para ele.
— Posso saber o que diabos aconteceu?
— Hm? Du que focê tá faando? — indagou com a boca cheia, engolindo depois com pressa. — Se é sobre o ferimento, você chegou a ver…
— Não, eu não estou falando sobre o ferimento, estou falando sobre depois disso. Por que você não pediu ajuda? Ninguém levou a sério porque você depois fingiu estar perfeitamente bem.
Para a sua surpresa, Kokichi desviou o rosto para não o encarar.
— ...Não é como se qualquer um fosse me ajudar, de qualquer forma — respondeu simplesmente, dando então de ombros.
Shuichi desviou o rosto também. Trincando os dentes, ele sentiu o punho tremer enquanto apertava o lençol da cama.
— ...Você me considera tão pouco assim? — ele indagou em um sussurro. Isso atraiu a atenção de Kokichi, que passou a analisá-lo com cuidado.
— ...Te considerar pouco? Você realmente pensa isso?
O menino não respondeu, ainda sem o encarar. Kokichi então suspirou também, levantando os joelhos e apoiando o queixo sobre eles, refletindo.
— ...Eu estou sempre te observando, sabe? — começou a dizer, levantando a mão esquerda para encarar o curativo solto em seu dedo anelar. E então sorriu. — Esse lugar e as pessoas daqui muitas vezes são um tédio, mas você sempre chama minha atenção. Tudo o que eu digo e faço é imaginando como você reagiria. Cada provocação é para ver diferentes respostas suas. E todas as vezes você me surpreende. Não importa quantas vezes eu te provoque, você nunca parece desistir de mim. E isso me fascina.
Shuichi voltou a olhá-lo com hesitação.
— ...Te fascina? O que isso deveria significar?
— É bem simples. Significa que você não é nem um pouco entediante. Incrível, não é?
Normalmente quando alguém ouvisse isso, essa pessoa acharia um tanto rude e ficaria ofendida. Como alguém pode demonstrar afeto pelo outro ao compará-lo com o tédio? Isso não é algo que se faça.
Porém, Shuichi sorriu. Estava a tempo demais ao lado de Kokichi para saber o que aquilo significava. Essa é a forma do garoto dizer se alguém o marcou de alguma forma ou não, sendo um sinal tanto de respeito quanto de afeto. E como era difícil o ver falando isso para alguém! Na realidade, a única outra pessoa que Shuichi se lembrava de ter sido chamada assim fora Kaede, uma pessoa na qual Kokichi gostava também, tendo ouvido ele dizer essas mesmas palavras para ela antes da mesma morrer. Era um tanto estranho, mas essa era a forma como o garoto demonstrava seu carinho, afinal.
— ...Você não está mentindo para mim, está? — Shuichi perguntou com receio. Kokichi então revirou os olhos, rindo em seguida.
— Bem, eu poderia te dizer que é mentira, mas aí eu poderia estar mentindo ao falar isso. Como é que se acredita em um mentiroso, afinal? Eu até hoje não entendi o porquê você parece confiar em mim.
— Mas nem tudo o que você diz é mentira. Agora mesmo eu tenho certeza que você estava falando a verdade — afirmou com convicção, para logo em seguida pigarrear. — ...Não é?
— E lá vai você perguntando para o mentiroso de novo! Sério, Shuichi, você é terrível nisso. E ainda se diz ser detetive.
— Bem, eu também não me acho assim tão incrível como todos dizem, mas eu sou realmente um detetive. O problema é que você é naturalmente muito confuso.
— ...Mas então, me investigar é ainda mais interessante, não é? — Kokichi murmurou de forma zombeteira, aproximando o rosto do dele. Shuichi ia recuar, mas no fim ficou parado, encarando-o nos olhos. — Me diz. O que você já descobriu sobre mim?
— Hm… — o outro murmurou, engolindo em seco. Tinha que admitir, estava com dificuldade para pensar ao ver o rosto de Kokichi tão próximo do seu. Seus olhos violetas o observavam com intensidade, sem desviar dos seus por um segundo sequer. Shuichi segurou a vontade de pegar a mecha arroxeada de seu cabelo que estava solta no meio de seu rosto, tentando ao invés disso clarear a mente para poder responder. — B-bem… Você aparentemente é o líder de uma organização secreta, e-e…
— Não, não, essas são as coisas chatas sobre mim. Eu quero saber as interessantes. Você já descobriu alguma, certo?
Shuichi não sabia exatamente ao que ele se referia, mas agora começou a ter uma ideia. Corando fortemente, ele enfim desviou os olhos, embaraçado.
— ...Que você… t-talvez goste... de mim? — murmurou de forma gaguejada, apertando os lábios no fim. Kokichi o encarou por alguns segundos, surpreso. Admitia, tinha provocado mais para poder vê-lo envergonhado, então não esperava que ele fosse realmente falar. Vendo isso, não conseguiu evitar de rir.
— Você parece uma menininha do colegial que acabou de se declarar para o senpai, sabia? — falou com graça, rindo ainda mais ao ver Shuichi corando cada vez mais forte.
— E você às vezes é insuportável.
— Agora já está mais para uma tsundere mesmo. Devo dizer que eu gosto, até.
Shuichi estava prestes a retrucar, mas se calou ao ver Kokichi colocar a mão sobre o seu rosto. Diferente de quando ele havia desmaiado, sua mão agora estava mais quente, com seus dedos pequenos acariciando sua bochecha. O pobre detetive agora sentia que seu rosto iria explodir.
— E então? Vai me rejeitar mais uma vez? — Kokichi indagou, sorrindo. — Você sabe que não tem como escapar de mim, certo? Eu sempre consigo o que eu quero no fim.
— ...Você fala como se eu fosse um objeto seu.
— Não, objeto não. Mas você definitivamente é meu. E eu nunca desisto daquilo que me pertence.
Shuichi queria se afastar. Sempre que ouvia Kokichi dizer coisas como aquela, se sentia extremamente inseguro de ficar perto dele. Mas ele simplesmente não conseguia mais. Ele estava praticamente hipnotizado pelos olhos violetas, que pareciam quase devorá-lo vivo. Por isso, não conseguia reagir enquanto via o rosto do outro se aproximar cada vez mais do seu.
Então Kokichi o beijou.
Para a sua surpresa, fora um beijo leve e lento. Imaginou que Kokichi tentaria o dominar logo de cara, mas seu parceiro não parecia ter pressa enquanto esperava Shuichi relaxar. Apesar de todo o discurso dele o pertencer, Kokichi parecia querer ter certeza de que ele estava a vontade com aquilo tudo, aparentemente. E, agora que parava para pensar nisso, Shuichi percebeu que a mesma coisa aconteceu no dia em que se encontraram no hotel, quando Kokichi se afastou justamente porque notou o quão inseguro o menino estava naquele momento.
Ele realmente se importava com o que Shuichi pensava e sentia. Isso nunca foi uma mentira.
“Salgado”, o garoto pensava enquanto apreciava as sensações que sentia. “Seus lábios estão salgados do soro. Mas ainda tem o hálito de uva de sempre...”
Oh, ele realmente estava se sentindo bem. Admitia que já tinha imaginado muitas vezes como poderia ser o primeiro beijo de ambos, mas estava sendo mais especial do que pensava. Kokichi ainda segurava delicadamente sua bochecha, sendo o mais cuidadoso o possível enquanto movia seus lábios. Quando enfim se afastaram, ele tirou a mão de seu rosto, passando a analisá-lo enquanto esperava ver qualquer reação por parte dele. Para a sua surpresa, Shuichi começou a rir.
— Você é realmente mais cavalheiro do que eu pensava — disse entre os risos.
— Cavalheiro? Você não me chamou disso, não é?! Você vai fazer eu me sentir como o Gonta agora! — ele respondeu com uma careta, fazendo o outro rir mais ainda.
— Só falta você começar a falar em terceira pessoa e então estará idêntico mesmo.
— Espere… Shuichi Saihara zoando alguém?! Você finalmente aprendeu a fazer algo que preste comigo! Agora você só precisa largar o Kaito de uma vez e me aceitar oficialmente como o seu novo parceiro nos casos, assim será perfeito!
— Com você, só se fosse parceiro nos crimes — murmurou entre os risos, apoiando as mãos nas pernas dele. Kokichi ergueu uma sobrancelha com isso.
— Poderia ser também. Qualquer coisa. Se bem que neste exato momento você está sendo um tipo diferente de parceiro bem interessante — respondeu debochado, pegando então as mãos dele e o puxando. — Agora, você não espera que eu deixe você ficar o tempo todo só nessa cadeira, não é? Nosso beijo foi legal e tal, mas você sabe que eu não estou satisfeito só com aquilo, certo?
Shuichi revirou os olhos com graça, permitindo-se erguer para poder sentar ao seu lado na cama. Estava muito nervoso antes, mas agora não conseguia deixar de relaxar ao lado dele. Sabia agora que Kokichi não faria nada com ele se o mesmo não quisesse.
E, bem, admitia… Estava ansioso para ver o que poderia acontecer. Nunca se sentiu assim antes, sendo pura confiança que passou a ter em seu parceiro, deixando seu nervosismo de lado para enfim conseguir aproveitar cada momento.
Kokichi então passou os braços por cima dos ombros dele, o abraçando no pescoço, enquanto Shuichi agora abraçava sua cintura. Os rostos estavam já novamente muito próximos, narizes cruzados enquanto sentiam a respiração do outro sobre suas peles. Logo já estavam se beijando, primeiro lentamente, mas se intensificando bem rápido, com a língua de ambos brincando em suas bocas. Lentamente Shuichi foi caindo sobre ele, ficando ambos deitados um sobre o outro, ainda abraçados enquanto se beijavam com paixão.
Separando enfim seus lábios, Kokichi passou a beijá-lo pelo rosto, se movendo até chegar em sua orelha.
— Você está mais empolgado do que eu pensava — murmurou em um sussurro em seu ouvido, fazendo o outro se arrepiar. Abaixando os braços, passou as suas mãos por dentro do casaco e da camisa do detetive, passeando com seus dedos finos pelas costas nuas do outro, conseguindo sentir bem o corpo que estava arrepiado contra si. — Até mesmo pulou já em cima de mim. Você realmente consegue sempre me surpreender, não é?
— Talvez, se você não me provocasse tanto... — Shuichi começou a dizer contra seu pescoço, fazendo o mais baixo se arrepiar também ao sentir o hálito quente sobre sua pele por trás do lenço. — Você realmente joga sujo às vezes…
— Jogar sujo? Eu sou só um cara ferido e indefeso. Você tem que tomar responsabilidade sobre isso — murmurou com um riso, voltando a beijá-lo pelo rosto para alcançar novamente sua boca. Porém parou, notando que Shuichi havia ficado tenso de repente. — ...Shuichi?
— R-realmente, você está ferido! E-eu devia estar só c-cuidando de você! — o outro murmurou, se apoiando em seguida sobre os cotovelos enquanto o olhava com culpa. — Você tem que repousar, e-eu…
— Ei, ei, ei! É sério que você vai me excitar assim e depois cair fora? — indagou, erguendo mais uma vez a sobrancelha com graça. — Não tínhamos acabado de decidir que seríamos oficialmente parceiros no crime e no sexo?
— ...Estávamos brincando sobre o crime e não chegamos a falar sobre sexo, sabe...
— Bem, você é quem não percebeu nas entrelinhas. Como um mentiroso profissional, eu também sei disfarçar a verdade — comentou, aumentando o sorriso. Ele então levantou uma de suas mãos, brincando com o polegar sobre o lábio inferior do rapaz acima de si. — Eu já te disse antes: você pode fazer o que quiser comigo. Esqueça ferimentos ou qualquer outra coisa. Nós dois juntos é só o que importa agora — murmurou, puxando-o de volta lentamente pelo queixo com a mão que brincava antes em sua boca.
— Kokichi… Você precisa de c-cuidados… — murmurava, mas seu corpo apenas cedia sem ele nem perceber, sendo logo calado com mais um beijo. Lentamente Kokichi foi desabotoando os botões do casaco de seu parceiro, atrapalhando-se um pouco com os dedos por estar distraído com seus lábios, que não haviam parado de se beijar em momento algum. A mente de Shuichi estava nublada, não conseguindo se concentrar em mais nada além dos toques que sentia. Antes que notasse o seu casaco e sua camisa foram jogados ao lado, agora com o seu torso exposto completamente.
Enfim se separando sem fôlego, Kokichi pôde olhar o corpo dele. Tinha sentido já com os dedos, mas ainda assim gostou muito da visão. Não é como se o outro rapaz tivesse muitos músculos ou coisa do tipo, mas definitivamente não era magro como parecia quando está de roupas, tendo um corpo até que bonito para apreciar. Sabia já que ele treinava todas as noites com o Kaito e com a esquisita da Maki, mas não imaginou que realmente já estivesse ajudando no seu físico. Isso foi uma surpresa bem agradável.
Já Shuichi não sabia mais como agir, segurando a vontade de se tampar com as mãos em uma tentativa de se esconder. Nem mesmo no dia em que o convidaram para ir na piscina ele quis tirar a camisa, então, ver-se agora exposto em um momento tão íntimo era um tanto aflitivo para ele. Por conta disso, não conseguiu evitar de ficar um tanto estático no lugar enquanto via Kokichi passar os dedos pelo seu abdômen, o olhando fascinado como se Shuichi fosse a descoberta mais interessante que teve em muito tempo.
— ...Kokichi? — o garoto murmurou, já bem sem graça. Com relutância o outro garoto desviou os olhos, voltando a encarar seu rosto.
— Oh, desculpe. Onde paramos? — perguntou com um sorriso, rindo então ao ver a expressão de Shuichi. — Ei, não me olhe assim. Só estava apreciando a paisagem.
— A paisagem? Sério?
— Tudo bem, é mentira. Mas, convenhamos, com um cara gato desses bem em cima de mim, não tem como eu não me distrair — respondeu, rindo ainda mais ao ver o rosto do outro ficar extremamente rubro. Bufando, começou a tirar o próprio lenço do pescoço. — Pronto, você se sentirá mais à vontade se eu me juntar a você então?
Isso realmente conseguiu desviar a atenção de Shuichi, que observava agora o garoto debaixo de si atirar de lado seu lenço e começar a desabotoar seu próprio casaco. Lembrou-se que as meninas não quiseram convidar ele para ir na piscina naquele dia, então nunca chegou a ver o jovem líder sem o seu típico traje preto e branco.
Quando ele terminou de desabotoar, Shuichi notou que o garoto andava sem camisa por baixo. Por ele ter correias prendendo seus pulsos e cotovelos, Kokichi decidiu que iria ser simplesmente mais fácil se só deixasse o casaco aberto ao invés de tirá-lo, visto que mesmo assim dava para ver perfeitamente seu corpo — visão essa que definitivamente surpreendeu Shuichi.
Kokichi era realmente magro, mas, considerando que ele possuía só 44 quilos — sim, Shuichi lia com frequência o card dele para ver se alguma informação sobre o garoto atualizava —,  esperava no mínimo ver um corpo extremamente seco, mas não era realmente assim. Provavelmente por conta de sua baixa estatura, o peso até que era bem equilibrado, além do fato do menino ter certas curvas relativamente bonitas em um corpo masculino.
E agora fazia sentido o porquê sua mão se encaixava tão bem ao segurar na cintura dele!
Erguendo mais uma vez a sobrancelha, Kokichi observava com graça o garoto de cima envergonhado enquanto absorvia a visão de seu corpo.
— Parece que a vista aqui te agrada também, afinal — ele murmurou, colocando um dedo sobre o lábio em seguida. — Agora que ambos já conseguimos aproveitar as nossas respectivas paisagens, podemos voltar para a parte boa? — indagou. Vendo então o outro garoto perdido, Kokichi revirou os olhos, bufando. — Tudo bem, regra número um: se você não sabe ainda o que fazer, não tente ficar por cima, querido.
Então, sem aviso nenhum ele levantou o próprio corpo, forçando Shuichi a levantar-se com surpresa também. Colocando-se sobre os joelhos, Kokichi sorria enquanto passava ambas as mãos sobre o torso dele novamente, subindo elas lentamente enquanto apreciava seu corpo com os dedos mais uma vez, mordendo o próprio lábio com excitação. Mas após alguns segundos ele enfim deixou seu torso e passou a segurar seus ombros, beijando em seguida seu pescoço enquanto aos poucos o empurrava de leve para que se deitassem no lado oposto da cama, invertendo então as posições de quem ficava sobre quem.
Sem esperar qualquer reação, Kokichi foi abaixando seus lábios para passar a beijar pelo seu peito e abdômen. Àquela altura Shuichi já estava completamente arrepiado, arfando ao sentir o outro se abaixar cada vez mais enquanto beijava e chupava seu corpo, sem ter pressa nenhuma, sendo possível ver já uma leve marca roxa surgindo aqui e ali por onde passava com seus chupões. Porém, quando estava prestes a alcançar suas calças ele parou, levantando o rosto para encarar os olhos de seu parceiro. Parecia quase como se ele estivesse esperando algum tipo de autorização para poder continuar.
“E ainda diz que não é cavalheiro”, Shuichi pensou, sorrindo para si mesmo.
Mas admitia que não sabia exatamente como dar a tal autorização, por isso tentou pensar rápido. E então, mesmo sentindo que seu rosto iria entrar em combustão com isso, Shuichi começou a tirar seu próprio cinto com dificuldade, fazendo Kokichi segurar a vontade de rir. Não importava como olhasse, aquele detetive era um desastre quando se tratava de sexo. Mas isso tornava tudo ainda mais divertido para o pequeno menino, que observava com graça o rosto do outro pegar fogo.
— Ok, com essa cara você parece que está prestes a vomitar. Isso não é muito romântico — Kokichi riu por fim, apoiando um dedo seu logo acima da cueca agora exposta do outro rapaz, acariciando de leve. Ele já estava obviamente muito excitado, considerando o volume. Shuichi desviou o rosto, mordendo o lábio.
— ...E-está tudo bem… Eu q-quero… também... — ele murmurou, tendo plena consciência do toque que acariciava o seu membro inferior. Isso definitivamente dificultava para pensar e falar.
— Então por que você não tenta olhar para mim enquanto diz isso? É muito mais interessante se você participar também, sabe... E, bem, eu admito que quero poder conseguir ver totalmente as suas expressões. A nossa diversão está só começando — comentou, sorrindo com travessura.
Esse garoto iria enlouquecê-lo. Tanto as provocações de suas palavras quanto as de seus toques o fazia perder completamente o equilíbrio, sentindo sua sanidade se esvair aos poucos. Era uma sensação bizarra de querer se esconder com a vergonha, mas ao mesmo tempo a louca vontade de ver até onde conseguiriam ir. E Kokichi sabia muito bem o quanto estava conseguindo mexer com ele… E, oh, como estava gostando disso!
Sem mais enrolar, Kokichi enfim puxou sua calça e cueca, as tirando de suas pernas enquanto via o membro excitado surgir. Começou seu trabalho devagar, apenas com as mãos, fazendo questão de olhar o tempo todo o rosto de seu parceiro, apreciando cada expressão que ele fazia conforme manuseava seu membro duro. Shuichi arfava,  gemendo de leve enquanto tampava a boca com a mão, tentando controlar sua respiração pesada. Não queria fazer barulho, mas estava cada vez mais difícil de se segurar.
Tendo então já apreciado essa visão, enfim Kokichi colocou na boca para chupar. Não demorou mais do que alguns segundos para que Shuichi começasse a gemer muito mais alto, envergando levemente o corpo enquanto agarrava o lençol da cama com força. Seus olhos já não se mantinham fixos em mais nada e sua mente ia a loucura, com os lábios escancarados já sem conseguir mais fechar. Usando tanto a boca quanto sua língua, Kokichi fazia o menino deitado gemer cada vez mais e mais alto, com ele já nem percebendo o fato de que qualquer um que passasse do lado de fora poderia ouvir — mas, mesmo que por um milagre ele percebesse isso, já era impossível de se controlar naquele ponto. Estava completamente entregue a Kokichi. E é claro que cada reação era apreciada pelo pequeno garoto travesso, que não tinha pressa nenhuma enquanto enchia o outro de prazer.
Mas, quando parecia que Shuichi estava para chegar no seu limite, Kokichi parou. Definitivamente não facilitaria para ele. Afinal, estavam ainda por começar!
Shuichi suava, sua respiração saindo arrastada enquanto via com um olhar um tanto perdido Kokichi se erguer.  Não conseguia pensar direito para ver o que estava acontecendo, seu corpo ainda processando o fato do prazer ter parado. Por tal, demorou para se tocar o que Kokichi pretendia fazer até vê-lo se sentar sobre o seu colo, o olhando com tesão.
— Talvez você possa me ajudar aqui, não? Também quero participar da brincadeira — murmurou, sorrindo tentadoramente enquanto desafivelava as correias presas em suas coxas e seu cinto em sua cintura, deixando a calça agora folgada em si. — E eu imagino que você esteja doido para ver quais expressões eu consigo fazer também… Não quer?
Isso foi a gota d'água. Normalmente Shuichi não saberia o que fazer em uma situação como essa, mas agora agia por puro instinto, um desejo louco por experimentar cada face de Kokichi possível. Com isso ele se sentou, mas, ao invés de se deitar sobre ele novamente, apenas o empurrou para o encosto da cama, deixando as costas do garoto contra a parede enquanto o olhava com desejo. Com as mãos em sua cintura, puxou as calças e a cueca de Kokichi contra si, com o outro garoto agilmente deslizando as pernas para deixar que as peças saíssem, deixando-as cair de lado no chão e ficando apenas com o casaco aberto no corpo.
Shuichi estava cheio de tesão. Mas, apesar da loucura que sentia com o desejo, ainda assim hesitou por um instante, olhando enfim para Kokichi com receio.
— N-não está desconfortável? Podemos tentar outra coisa se quiser… — murmurou, relutante. Kokichi bufou, passando os braços novamente em volta de seu pescoço.
— Shuichi, você está no controle agora. Eu farei absolutamente o que você quiser que eu faça, serei todo seu… Então tente me divertir — respondeu, mordendo o lábio em seguida com o desejo que também sentia.
Mesmo que um pouco receoso, Shuichi passou a segurar a bunda de Kokichi com ambas as mãos, posicionando-o sobre si, com o outro passando a abraçar sua cintura com as pernas. A cabeça e os ombros do pequeno estavam encostados contra a parede, encarando seu parceiro agora em pura expectativa. E então, tendo certeza de que Kokichi estava excitado o suficiente, Shuichi começou a entrar dentro do garoto aos poucos.
Com isso, lentamente a expressão de Kokichi passou a mudar. Primeiro começou a arfar, a respiração já saindo pesada e arrastada enquanto o encarava. Mas não demorou muito para que enfim perdesse a compostura, levantando o queixo para começar a gemer alto, seus olhos violetas já não conseguindo se manter fixos enquanto se reviravam perdidos para o teto, antes de enfim se fecharem com força. Agora quem conseguia apreciar as reações era Shuichi, que via atentamente as mudanças no rosto rubro de seu parceiro conforme se movia dentro dele.
Ainda segurando a bunda do menino, Shuichi se inclinou um pouco mais para a frente para poder facilitar a se movimentar, não conseguindo evitar de gemer também com o prazer que sentia. O ritmo aumentava gradativamente, com ambos os garotos indo a loucura. Ainda abraçando Shuichi no pescoço, Kokichi conseguiu se controlar minimamente para encostar seu nariz no do menino, ambos ofegantes agora enquanto voltavam a se encarar mais uma vez. Por mais incríveis que Shuichi pense que os olhos de Kokichi sejam, o jovem líder também amava se perder no olhar cinza do outro, tão profundo e seguro de se apoiar quanto o próprio Shuichi em si. Definitivamente não se cansaria deles jamais.
Mas logo ambos já não viam mais nada, fechando os olhos enquanto se beijavam, as estocadas ainda acontecendo enquanto se colavam de vez. Mal respiravam, línguas se embaralhando enquanto os corpos se moviam, com Shuichi involuntariamente apertando sua bunda com muita força enquanto Kokichi arranhava suas costas ao ponto de sangrar, além das correias de seus pulsos e cotovelos que se apertavam contra a pele do rapaz. Porém, absolutamente nenhum dos dois sequer notavam nada disso.
O prazer imenso que sentiam era mesmo a única coisa que importava.
Chegando ao clímax, já não conseguiam mais se beijar, pois àquela altura era impossível de segurar os altos gemidos dos dois. Shuichi então foi o primeiro a chegar no seu limite, seu corpo tremendo em fortes espasmos enquanto tinha seu orgasmo. Retirando-se de dentro do pequeno garoto, Shuichi o abraçou na cintura, escondendo o rosto em seu ombro enquanto arfava fortemente. Vendo isso, Kokichi retirou um de seus braços que o abraçava no pescoço para segurar o rosto dele, puxando-o levemente pelo queixo para fazer ele o encarar. E então sorriu com graça.
— Você realmente conseguiu me usar bem, não é…? — murmurou ofegante, levantando o outro braço para poder passar a mão em seu cabelo. — Mas ainda posso continuar a ser usado, sabe. Está pronto para me divertir mais um pouco?
Shuichi o encarou cansado, mas a determinação ainda estava clara em seu olhar. Sabia que Kokichi ainda não tinha tido seu orgasmo, então queria poder dar esse último pico de prazer para ele também. Porém, ao mesmo tempo o olhava com culpa, agora sem graça.
— Isso não é muito justo — começou a dizer, ainda também muito ofegante. — Só eu estou aproveitando aqui, você sempre faz tudo por mim… Você tinha que ter a chance de que eu fizesse algo por ti também.
— Você está brincando? Eu não podia estar me divertindo mais! Além disso, convenhamos, você é terrível com o sexo para tentar masturbar.
— ...Sou? — murmurou, desviando o rosto. Já imaginava isso, mas estava triste por ter decepcionado. Contudo, logo em seguida Kokichi começou a rir.
— E você ainda cai nas minhas mentiras! Achei que você já me conhecesse melhor — riu mais ainda, dando um beijo rápido nele. Isso chamou de novo a atenção do menino, que o encarava com dúvida. — Porém, era verdade quando eu disse que estava me divertindo. Só que eu ainda não estou terminado aqui… Mas podemos continuar como você quiser. É só dizer.
— Mas eu r-realmente queria poder fazer algo por você também… Não é mesmo justo — murmurou envergonhado, apertando os lábios de forma emburrada. Ah, isso era tão típico de um virgem inexperiente! Kokichi definitivamente não aguentava ver aquilo, aumentando o sorriso ainda mais.
Shuichi era só tão adorável!
— ...Tudo bem, então. Vou te guiar — respondeu em um sussurro, indo buscar a mão dele, segurando-a com delicadeza. Vendo suas mãos unidas, Shuichi notou seu curativo no dedo anelar já solto novamente, guardando isso na mente para que fosse amarrar de novo assim que terminassem. Por algum motivo era importante para Kokichi, afinal… Então imaginou que ele iria ficar feliz com isso.
Observou em silêncio o pequeno garoto levar sua mão para debaixo de si mesmo, enfim entendendo o que ele queria. Corando fortemente, Shuichi ergueu seus dedos, os colocando dentro de seu parceiro em pequenos movimentos. Com isso Kokichi voltou a gemer de leve, fechando os olhos enquanto sentia mais uma vez o prazer o dominar.
— ...Está bom assim? Não está machucando…? — Shuichi indagou lentamente, ainda muito corado enquanto observava com cuidado o rosto de seu parceiro.
— Hmm… — Kokichi murmurou de forma quase inaudível, deixando Shuichi sem saber se ele estava tentando dizer algo ou se foi apenas mais um gemido seu. Mas enfim o viu abrir os olhos, o encarando com puro desejo. — ...Mais… M-mais rápido…
Hipnotizado por suas diferentes facetas, ele obedeceu, aumentando o ritmo de seus dedos. Agora que era apenas Kokichi a sentir os toques, Shuichi podia apreciar com calma cada diferente expressão que o outro fazia, não podendo negar que estava gostando muito disso. Conforme aumentava o ritmo, Kokichi se perdia sobre si. Se contorcendo de leve em seu colo, sua respiração saía mais uma vez arrastada junto com seus gemidos, agarrando os ombros de seu parceiro com força, coisa que mais uma vez Shuichi mal percebeu, ainda fascinado com o que via.
Isso porque ver Kokichi perder a compostura assim era surreal. O garoto obviamente tinha complexo de domínio, mas com Shuichi tudo era diferente. É como ele tinha dito no hotel... Kokichi queria ser capturado. Queria Shuichi concentrado totalmente nele e somente nele, uma forma possessiva de agir mas ao mesmo tempo completamente apaixonada.
E era isso o que o detetive fazia nesse instante, sua atenção completamente focada no momento em que compartilhavam. Agora, nada mais conseguiria desviar os olhos dele de Kokichi, que ainda ofegava alto sobre o movimento de seus dedos. Ouvir sua voz a gemer, ver suas expressões mudarem a cada toque seu, sentir seu corpo se contorcer e se apertar sobre si… Havia passado a amar cada detalhe em seu amado.
Ainda completamente hipnotizado, aproximou o rosto dele no de Kokichi, chamando a atenção do garoto para mais um longo beijo, ainda sem parar de masturba-lo. E com isso, o beijo se estendeu até o momento em que o pequeno menino chegou ao seu limite, com ele enfim conseguindo ter seu orgasmo também, espasmos espalhando pelo seu corpo enquanto soltava seu último gemido.
Ambos estavam já exaustos, agora apenas se encarando. Kokichi então sorriu, passando a brincar com uma mecha de cabelo caída no rosto do outro rapaz.
— ...Nada mal, para um virgem — murmurou, rindo enquanto o via fazer uma careta.
— Você sempre tem que estragar o momento, não é?
— Eu sabia que afinal você me conhecia bem! — brincou, beijando sua bochecha corada. E então se afastou levemente, o observando com graça. — Mas, sério, você está grudando. Tem chuveiro aqui?
                                              ( ... )
— ...Você não precisa mais de mim cuidando de você, sabe — Shuichi reclamava enquanto esfregava o shampoo no cabelo de Kokichi, com o garoto sentado em um banco para isso. — Pela empolgação que você estava na cama antes, é óbvio que você já está bem, fora que você conseguiu tomar seu banho bem tranquilo. Por que então eu estou lavando seu cabelo?
— Ei, tem um ferimento grave aí na minha cabeça, sabia? Precisa ser tratado com carinho, seu sem coração!
— E, mesmo tendo um ferimento grave, você ainda assim transou comigo?
— Bem, temos que ver as nossas prioridades — ele murmurou com deboche, balançando as pernas no banco como uma criança. — Mas, ah, é realmente bom ter tirado aquelas bandagens! Estavam esmagando meu crânio.
— Apesar de que eu vou colocar novas assim que terminarmos aqui, é claro.
— Espere, o quê? Mas eu estou bem! — disse, para logo em seguida desviar o olhar, pigarreando. — Quero dizer, agora eu não estou, preciso de cuidados. Mas quando você terminar de lavar meu cabelo eu definitivamente vou estar!
— Certo. E isso nem foi mentira, é claro.
— Claro que não! Odeio mentirosos!
Shuichi revirou os olhos, pegando o próximo shampoo para passar nele.
— Se não liga para bandagens, por que ainda mantém esse curativo no dedo? O machucado dele já sarou faz tempo.
Kokichi levantou a mão para olhar seu dedo anelar. O curativo estava úmido por causa do banho, então tinha que pedir para Shuichi trocar. Vendo ele, não conseguiu evitar de sorrir.
— Eu gosto dele! É como um anel de noivado, não acha?
Ouvindo isso, Shuichi engasgou consigo mesmo. Kokichi então riu.
— O que foi? Parece chocado.
— É por isso que você mantém ele? N-nós não estávamos nem juntos na época!
— Mas eu sempre soube que ficaríamos juntos no fim. Eu já disse, consigo tudo o que eu quero! — respondeu contente. E então suspirou, agora mais pensativo. — Mesmo que por pouco tempo, tive você comigo. É isso o que importa.
Shuichi então parou, confuso. Tinha ouvido mesmo certo?
— ...Por pouco tempo? Já está querendo se livrar de mim? — brincou, forçando um sorriso nervoso.
Kokichi levou ainda alguns segundos para responder, olhando fixamente o curativo em seu dedo. Mas então começou a rir, virando o rosto para o olhar com graça.
— É mentira! Você é realmente fácil de enganar, não é?
Shuichi tentou rir junto também, um tanto sem graça. Às vezes Kokichi realmente o desequilibrava com as coisas que dizia. Mas ter ouvido aquilo o fez mesmo se sentir um pouco mal, uma sensação que sempre tinha quando o pequeno inventava alguma de suas loucuras que o colocava em risco.
Mas, bem, aquele era Kokichi. Se Shuichi se preocupasse todas as vezes que ele dissesse algo como aquilo, não teria paz. Provavelmente seria melhor apenas se acostumar com essas coisas, visto que o menino era sempre assim.
— Hã, c-certo…  — murmurou, ainda um tanto nervoso. Engolindo em seco, decidiu simplesmente então só mudar de assunto. — Por sinal, você tinha mesmo que marcar todo o meu corpo assim? Tem um roxo diferente a cada centímetro em mim. Como você sequer fez isso? — indagou, fingindo-se frustrado.
— Oh, eu sou bem possessivo. Mas devo dizer que fiquei surpreso que eu mesmo tenha saído ileso de marcas. Você podia ter me aproveitado mais!
— ...Bem, sua bunda não está tão ilesa — murmurou para si mesmo, lembrando de quando havia apertado antes ela com força. Mas, mesmo tendo dito isso baixo, Kokichi ouviu, surpreso.
— Espere, o quê? — exclamou, erguendo o corpo de lado para tentar ver. — Ho-ho, você não perdeu tempo mesmo, Shuichi! Sabia que fazia o tipo possessivo também!
— N-não, não faço!
— Oh, você é adorável. Mas, ei, eu estou ficando com frio! Liga a água!
Shuichi suspirou. Obedecendo, massageou  sua cabeça enquanto deixava a água tirar o shampoo. Conseguia sentir o machucado dele com os dedos, realmente tentando ser delicado conforme massageava. Quase conseguia ouvir Kokichi ronronar, apreciando o carinho na cabeça.
Voltando a desligar a água, começou a passar o condicionador. Mas o fazia um tanto distraído, lembrando-se dos momentos íntimos que tiveram a pouco tempo, corando com as memórias. Parecia surreal o que passaram, mas a lembrança de cada toque ainda permanecia fresco em sua mente.
Fora… bom. Muito bom. Com Kokichi, sentia que tudo o que fizesse seria a melhor experiência de todas, cada instante com ele sendo especial. Quando havia se apaixonado tanto assim?
Depois de um tempo considerável que passaram em silêncio, enfim Shuichi tomou coragem para perguntar:
— ...Kokichi? Eu sei que é meio repentino, mas… como foi para você? — indagou lentamente, um tanto hesitante. Tinha medo de ser o único a se sentir assim, mordendo o lábio enquanto aguardava a resposta.
...Resposta essa que não surgiu. Kokichi continuou em silêncio, sem nem sequer virar o rosto para o olhar. Shuichi então engoliu em seco, nervoso.
— ...Foi ruim? Imagino que não tenha sido tudo isso… D-desculpe, eu deveria ter tentado mais… — murmurava, se sentindo extremamente triste agora. Vendo que Kokichi ainda não respondia, começou mesmo a ficar chateado, sentindo que logo as lágrimas começariam a subir, respirando fundo para evitar isso. — T-tudo bem, você pode dizer, e-eu aguento! E-eu… — mas então parou de falar, agora confuso.
Certo, esse silêncio estava estranho já. Deixando seu cabelo, foi até sua frente para o encarar, arregalando então os olhos.
Ele tinha cochilado enquanto massageava sua cabeça!
Sentia agora seu rosto ficar rubro de vergonha. Irritado, beliscou a bochecha dele, fazendo o menino acordar em um susto.
— Ai!!
— Sério que você não ouviu nada do que eu disse?! — perguntou, bravo. Kokichi então piscou, confuso.
— ...Pela sua cara, foi alguma coisa importante. Eu juro que não fui eu, foi o Kaito!
Shuichi suspirou novamente. Era incrível como, mesmo sem saber do que se tratava, instintivamente o menino já mentia. Decidiu só então voltar até a mangueira, enxaguando o condicionador de seu cabelo.
— …Deixa para lá. Para ter dormido assim, acho que você ainda não está mesmo totalmente bem como eu tinha pensado. Quando sair daqui eu quero que você repouse de vez, ok? E vai tomar mais soro também.
— Espere, o quê?! Mas eu estou ótimo, nada derruba o supremo líder aqui! Ainda mais com um membro tão valioso da organização cuidando bem de mim assim!
— Eu já disse que não vou me juntar na sua organização.
— Tsc! Você é muito chato. Mas uma hora irá ceder, você sempre cede para mim.
— Claro, vai sonhando — riu, desligando a mangueira e pegando a toalha para secar sua cabeça.
Terminando, sentou ao lado de Kokichi no banco e começou a lavar o próprio cabelo, com o garoto ao seu lado o observando enquanto fazia um bico.
— Você não quer que eu te lave também? Isso é um tanto decepcionante.
— Por que tudo o que eu escuto vindo de você, de alguma forma soa como se tivesse segundas intenções?
— Oh, você percebeu só agora? — comentou, sorrindo com travessura. — Bem, então é mesmo decepcionante. É mais divertido quando você é ingênuo demais para notar.
Shuichi apenas revirou os olhos novamente, já mais do que acostumado com esse jeito dele. Era como ver uma criança que gostava de mentir e aprontar sempre que pudesse, só que com o Shuichi sendo de uma forma pelo menos umas 100x mais pervertida. Às vezes achava engraçado, outras já era irritante, ou então acabava por se derreter todo com suas palavras… Não importava qual fosse sua reação, todas pareciam agradar Kokichi, que nunca se cansava disso.
Terminando, Shuichi pegou as roupas de ambos, estendendo as de Kokichi para que ele pudesse se trocar. O garoto então fez outro bico, emburrado.
— Já vamos nos trocar? E quanto as nossas paisage— foi interrompido com a sua cueca jogada na sua cara, com Shuichi agora o encarando emburrado também.
— Ok, você está oficialmente proibido de continuar com as piadas pervertidas por hoje. Sério.
— Eu não faço ideia do que esteja falando. Sou apenas um ser inocente de desejos carnais.
— Inocente de desejos carnais logo depois de fazer sexo?!
— O que eu quero dizer é que meus pensamentos são puros! Sua falta de fé em mim me choca — murmurou, fazendo sua falsa cara de choro.
Era mesmo impossível de ter uma conversa séria com ele.
Com os dois trocados, voltaram para o quarto, com Shuichi praticamente o forçando a se sentar na cama para poder enfaixá-lo novamente. Entediado, Kokichi brincava com o curativo pendurado no dedo enquanto pensava.
— Acabou que você não treinou com o idiota e com a máquina assassina ontem, hein? — disse casualmente.
— ...Quando diz idiota e máquina assassina, se refere ao Kaito e a Maki?
— Duh.
— Eu não gosto quando você os chama assim. São meus amigos.
— Bem, literalmente todo mundo já chamou o Kaito de idiota pelo menos uma vez já. E máquina assassina é só a constatação de um fato. Eu ainda tenho os hematomas de quando ela tentou me enforcar, sabe... Inclusive, você poderia ter me dado um chupão no pescoço que eu não teria nem percebido, olha que perda de oportunidade!
— Sem piadas pervertidas, esqueceu?
— Oh, claro, foi mal.
— ...Kaito é o meu melhor amigo desde o início de tudo. E Maki… eu não gostei nem um pouco do que ela fez com você, mas ela está mudando. Kaito jura de dedos cruzados que ela é uma boa pessoa e eu acredito nele. E realmente, eu nunca a vi tão aberta com todos desde que começou a sair com ele. É claro, não vou mais me encontrar com vocês dois ao mesmo tempo, não vou deixar que ela se aproxime de você mais. Contudo... eu quero acreditar em todos. Acreditar que podemos ser unidos aqui.
Kokichi definitivamente não gostou da resposta. Mas continuava com a expressão neutra, ainda brincando com o curativo no dedo.
Shuichi era só… inocente demais.
Ele definitivamente era um péssimo detetive quando suas emoções se envolviam. Por amar tanto Kokichi, ele não conseguia perceber o quanto que todos os outros o odiavam. Kokichi sabia muito bem que Maki ainda não havia desistido de matá-lo, porque ela verdadeiramente acreditava que ele fosse o mastermind agora… E não era apenas ela. Já fora ameaçado por todos os outros, e agora mesmo tinha plena noção de que Miu estava criando uma máquina para tentar acabar com ele de vez — não sabia ainda como se livraria disso, mas não se deixaria ser morto assim também, é claro. Pelo menos não ainda.
Se fosse para morrer, que fizesse realmente alguma diferença. Mas, para conseguir o que queria, precisava de ajuda. O único que conseguia pensar para o ajudar era o próprio Shuichi, mas como com ele sendo tão inocente assim?
...Não, não era apenas isso. Não queria envolvê-lo mais. Não queria vê-lo se colocar em perigo por um plano que talvez nem sequer funcionasse. Ele nunca conseguiria pedir algo como isso para Shuichi.
Faria ele sobreviver, não importava como.
Terminando de enfaixar sua cabeça, Shuichi se sentou ao seu lado esquerdo, agora pegando sua mão para ver seu curativo.
— Está todo molhado! Não tirou nem para tomar banho?
— Claro que não! Eu não tinha certeza se você ia trocar, não podia ficar sem. É o meu anel de noivado, afinal!
Shuichi não conseguiu deixar de rir. Eram quase adultos praticamente, porém Kokichi novamente parecia uma criança. Mas, tinha que confessar, achava isso adorável nele.
Tirando a pequena fita de pano, ele observou a pequena cicatriz que a faca tinha deixado no seu dedo, acariciando com o seu polegar enquanto refletia.
— Sério, às vezes você é mesmo bem doido. Até hoje eu não entendi o que passou na sua cabeça quando quis brincar com aquela faca.
— Eu não estava brincando, aquilo era um desafio de vida ou morte!
— Mesmo que no fim você tenha feito tudo isso só para fazer a cantada de que você roubou meu coração?
— ...Bem, sim. Foi um longo caminho até chegar na cantada, mas definitivamente valeu a pena por isso. Mas, ainda assim, não subestime meu teste de coragem!
— Claro. Muito corajoso.
— Ei, não tente mentir para um mentiroso, nada legal! Consegui sentir a ironia daqui — resmungou, fazendo bico mais uma vez. Mas então Shuichi pois a mão em sua cabeça, afagando ela com carinho.
— Foi MUITO corajoso. Eu nunca teria conseguido fazer o mesmo que você. Isso não é mentira — comentou, sorrindo. — Apesar de ter quase me matado do coração na hora com todo o sangue, eu sei que você me deixou ganhar porque não queria que eu me machucasse também. Isso é uma das coisas que eu amo em você.
Pela primeira vez Kokichi ficou mudo, sem saber o que falar. Isso fez Shuichi aumentar ainda mais o sorriso, contente. O jovem líder sempre parecia saber exatamente o que responder, então o ver sem palavras por estar embaraçado era algo que não se via com frequência.
Shuichi então começou a amarrar um novo curativo, com o outro garoto o observando em silêncio. Depois de terminado, Kokichi ergueu a mão, encarando agora seu dedo com um sorriso enorme no rosto.
— Bem melhor!
— De nada — Shuichi respondeu com graça, deitando as costas na cama enquanto encarava agora o teto. — Mas, por mais adorável que seja o motivo, você não pode ficar com isso para sempre, sabe.
— Claro que eu posso! Foi você quem fez para mim, é importante — respondeu, deitando-se também ao lado dele na cama. — Não posso jogar fora um presente assim!
— Bem, não foi exatamente um presente. Você meio que estava sangrando horrores na hora, não tive muita escolha.
— Ainda assim!
Shuichi então pegou sua mão mais uma vez, encarando novamente o curativo enquanto pensava. E então voltou a sorrir.
— ...Acho que eu não tenho outra escolha, então. Quando sairmos daqui, vou ter que te dar algo para substituir isso, aparentemente.
Kokichi estava prestes a perguntar, quando enfim entendeu o que ele quis dizer. Sentando-se novamente na cama, o encarou por cima, surpreso.
— Você quer dizer…
— Bem, eu ainda não recebo muito com os trabalhos de detetive que eu faço, mas deve dar. É importante afinal, não é?
Kokichi o olhava embasbacado. Duas vezes seguidas fora deixado sem palavras, perdido enquanto o encarava. Isso por si só já seria uma vitória para Shuichi, considerando que quase nunca conseguia fazê-lo ficar assim.
...Mas não conseguia mais ficar contente com isso. Não enquanto via a expressão aflita que seu parceiro fazia enquanto o encarava com horror.
Vendo isso, ele então se sentou rapidamente na cama também, desviando o olhar enquanto corava.
— D-desculpe, fui precipitado. Acabamos d-de ficar juntos e já estou sugerindo te dar uma aliança… E-eu não deveria ter falado isso, d-desculpe... — murmurou sem graça, esfregando a cabeça com o nervosismo, já não conseguindo mais o encarar.
Isso fez Kokichi despertar. Percebendo o que fez, ele mais do que depressa pegou suas mãos, sorrindo então.
— N-não, não é isso! Isso é ótimo, isso… Isso é sempre tudo o que eu quis ouvir — disse, parecendo feliz. — É tudo… o que eu precisava ouvir.
Mas não era. Apenas mais uma mentira.
Ele não precisava ouvir isso. Ele não podia ouvir isso. Mas como sempre Shuichi o surpreendia, o pegando com a guarda baixa quando menos esperava.
Era para tudo ser TÃO mais fácil! Tudo o que tinha que fazer era realizar seu plano e então com isso fazer Shuichi sair desse jogo maldito. Tudo o que precisava era… morrer. Simples assim.
Por que Shuichi não facilitava as coisas?!
Saírem dali juntos, vivendo depois uma vida feliz de casal? Oh, seria ótimo. Na realidade, não era exagero dizer que seria o seu maior sonho.
Mas era ingenuidade demais.
Estavam presos ali até que alguém tomasse a atitude certa. E quem mais faria isso? Por mais que todos continuem com aquele discurso tolo deles de que fariam tudo pela amizade que tinham, sabia que não passavam de um bando de hipócritas que valorizavam a própria vida acima de qualquer outra coisa. Nenhum deles teriam sequer a mínima coragem de fazer um décimo do que ele estava planejando.
Isso porque Kokichi era diferente. Assim como sempre protegeu sua organização, ele agora protegeria a pessoa que se tornou mais importante para si. Se para conseguir o que queria ele precisava se sacrificar, então que seja.
Não iria ser um brinquedo nas mãos de ninguém. Não iria continuar participando daquela merda só para poder entreter desconhecidos.
E definitivamente não deixaria Shuichi continuar naquele inferno de jogo.
Mas não podia deixar que ele descobrisse sobre isso. Dando o melhor sorriso que conseguiu, Kokichi segurou sua bochecha, puxando seu rosto para o beijar. Quando se separaram, continuou sorrindo.
E então começou.
— Eu estou feliz com isso.
Mentira.
— É claro que iremos sair daqui.
Mentira.
— Vamos construir as nossas vidas fora deste lugar. Juntos.
Mentira.
Mas por trás de toda mentira existe um fundo de verdade. Os sentimentos que sente por Shuichi que o fez mentir assim são definitivamente reais.
Porque mentir é isso. Existe uma única verdade, mas infinitas possibilidades com a mentira. Com ela, você pode magoar, alegrar, irritar, convencer… inclusive proteger.
Iria terminar com tudo. Iria ganhar aquele jogo. Iria salvar aquele que passou a amar.
A última e maior mentira de todas ainda estava para acontecer.
Shuichi agora o encarava com muita dúvida, sem saber o que pensar. Aquela reação dele foi extremamente estranha, definitivamente não sendo a que esperava quando falou da aliança. Por mais feliz que ele parecesse estar agora, aquela sua primeira expressão aflita… Aquilo não foi normal.
Algo estava errado… Muito errado.
Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouviu alguém bater na porta. Virando-se, viu Miu entrar, com ela então olhando enfezada para eles.
— O que os dois virgens estão fazendo ainda aqui? Se mudaram para a enfermaria, foi?
— O quê, suas drogas acabaram? — Kokichi perguntou, sorrindo com ironia. — Bem que eu estranhei que você estava esperta demais ultimamente. Estava sentindo falta já da boa e velha inútil que você é.
— I-inútil?! Você está falando com uma gênia e provavelmente com a garota mais gostosa que você já viu na sua vida. Por que você não vai se foder sozinho em algum canto e para de encher a porra do meu saco?!
— Ok, chega — Shuichi cortou antes que Kokichi pudesse responder. Se deixasse, os dois ficariam se ofendendo ali durante todo o resto da madrugada. Ele então cruzou os braços, olhando irritado agora para ela. — O que você quer, Miu?
— Kaito mandou te chamar. Parece que a Himiko sumiu, ou qualquer merda do tipo. Gonta ouviu ela exclamar sozinha sobre algo que tinha que mudar, e então viu ela correndo que nem uma louca por aí. Agora aqueles virgens estão desesperados tentando encontrar ela, como se qualquer um deles tivesse a mínima chance com uma garota de verdade — respondeu com graça, fazendo Shuichi suspirar. Miu obviamente entendeu a situação toda errada.
Mas isso não podia ter acontecido em pior hora. Virando-se para Kokichi, o encarou com muita dúvida no olhar. Não que não se preocupasse com Himiko, mas, entre tantos momentos para acontecer aquilo…
— ...Avisa que eu já vou — ele enfim murmurou. A garota então bufou na porta.
— O quê, virei a porra de um pombo-correio agora?
— Miu. Por favor.
— ...Tá, tanto faz. Só espero que vocês troquem esses lençóis depois de terem se pegado a noite toda aqui — resmungou, saindo de lá enquanto deixava Shuichi vermelho de vergonha e Kokichi agora a gargalhar.
— Shuichi, você podia ter deixado um pouco menos óbvio!
— E-eu?! Eu não fiz nada!
— Está na sua cara. Você não podia estar parecendo mais gay — comentou entre os risos, fazendo o outro ficar ainda mais rubro.
— A minha cara é a mesma de sempre!
— Eu sei, eu sei, estou zoando contigo — falou com graça. Mas então amuou, sorrindo agora de canto. — Vai lá ajudar a maga de araque. Eu vou ficar bem.
— Mas…
— Ei, eu estou com o meu super kit de soro nojento aqui comigo! E, tenho que admitir, eu estou mesmo cansado, dormir um pouco não me faria mal. Então pode ir sem se preocupar, é sério.
Shuichi o olhou ainda por alguns segundos, hesitante. Kokichi nunca demonstrava qualquer tipo de fraqueza quando está sério, então, para dizer isso, ou ele estava mesmo verdadeiramente cansado, ou estava mentindo. Como podia não se preocupar?! Isso fora o estranho momento que tiveram antes sobre a aliança. Precisava esclarecer isso com ele com urgência.
Mas não podia deixar Himiko na mão. Respirando fundo, Shuichi o encarou com muita seriedade.
— ...Nós não terminamos ainda aquela nossa conversa — disse, apontando agora o dedo para ele. — Eu vou tentar não demorar, então nem tente fugir daqui. Você tem mesmo que repousar!
— Seu desejo é uma ordem — respondeu, fazendo uma continência. E então sorriu. — Vai lá salvar o dia, detetive.
Shuichi ainda continuou parado por alguns instantes, duvidoso. Pensou em dizer algo, mas desistiu, apenas levantando-se e indo até a saída. Mas não conseguiu evitar de parar na porta, olhando uma última vez para ele com receio.
— ...Eu juro que não demoro. Me promete que vai mesmo me esperar aqui?
— Claro! Não se preocupe.
Ainda que relutante, ele enfim saiu. Suspirando, Kokichi se encostou contra a cabeceira da cama, encarando o teto com tédio. Agora sozinho, ele não conseguiu evitar de pensar o quão estranha a enfermaria era estando silenciosa daquele jeito. Ele realmente não conseguia gostar de ficar assim, afinal.
...Bem, talvez também já fosse hora de parar de brincar de casinha. Afinal, a vida real não é tão inocente assim.
Estava na hora de começar o show.
— ...Eu sei que você já voltou a me observar. Vai mesmo continuar escondido aí? — indagou inexpressivo.
Esperou alguns segundos, mas nada apareceu. Será que ele ainda não havia notado, afinal? Seria bom demais para ser verdade.
Mas, como tinha pensado, infelizmente não demorou para que logo uma silhueta de um urso surgisse ao seu lado.
— ...Foi muita coragem sua desarmar as câmeras da enfermaria comigo aqui — Monokuma murmurou. Kokichi nem sequer piscou, apenas virando o rosto para o observar com tédio.
— Desculpe se estraguei a graça dos seus telespectadores — comentou, sorrindo com deboche em seguida. — Por mais divertido que o killing game seja, eu também gosto de encontrar outras fontes de diversão. Suas câmeras teriam arruinado, infelizmente. Mas nem mesmo o Shuichi notou o que eu fiz, então eu diria que sou mesmo um profissional, não acha?
— ...A sua sorte é que eu gosto de você, Kokichi Ouma — o urso falou, o analisando com o sorriso assustador de sempre no rosto. — Diferente dos outros, você realmente passou a apreciar o killing game e isso tem sido interessante de se ver. Por isso, te darei o benefício da dúvida.
— Oh? Me sinto honrado.
— Contudo, isso foi simplesmente uma afronta demais. Sinto em te dizer, mas eu já tomei providências para que esse seu truque não vá funcionar novamente. Espero que possamos nos divertir juntos, afinal! Mas, se algo como isso acontecer mais uma vez, creio que eu terei que tomar algumas atitudes.
— Não se preocupe. Eu quero me divertir tanto quanto você — murmurou, sorrindo. É claro que não iria comentar que isso o que ele fez não era nada comparado com as eletrobombs que pediu para Miu criar —  antes dela começar a querer o matar, é claro —, além do controle que o dá domínio sobre os Exisals. Isso sim iria estragar toda a diversão.
Porque, oh, Kokichi é um mentiroso. E não apenas com o Monokuma, como também para com todos os outros… Incluindo Shuichi, é claro. Ninguém seria exceção em suas mentiras.
Pois a verdade é que em momento algum pretendeu ficar ali e desistir de seu plano. Pelo contrário, tudo estava apenas para começar. A sua maior mentira, tão grande que iria enganar o mundo todo.
Iria salvar Shuichi. Nem que para isso tivesse que arrastar outros junto consigo mesmo para a morte.
— Mas e então? Você vem... ou não? — Monokuma perguntou, já o esperando na porta. O sorriso de Kokichi apenas aumentou, o olhando de forma maligna.
— ...Você sabe que sim — respondeu, arrancando as faixas em sua cabeça com aspereza e o seguindo até a saída.
E que a reviravolta comece.
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guarita · 7 years
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Um Passeio pela Literatura (UN PASEO POR LA LITERATURA) do Roberto Bolaño
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Última seção do Livro “TRES” , publicado em 2000, Un Paseo Por La Literatura é uma espécie de poema longo de prosa poética que Bolaño fez como um tipo de diário de sonhos que envolviam figuras literárias mundiais. *** UM PASSEIO PELA LITERATURA 
1. Sonhei que Georges Perec tinha três anos e me visitava em casa. Eu o abraçava, beijava, dizia que era um menino precioso.
2. Já na metade ficamos, pai, nem cozidos nem crus, perdidos na grandeza dessa estrumeira interminável, errantes e nos equivocando, matando e pedindo perdão, maníacos depressivos no teu sonho, pai, teu sonho que não tinha limites e que temos desentranhado mil vezes e logo mil vezes mais, como detetives latino-americanos perdidos em um labirinto de vidro e barro, viajando embaixo de chuva, vendo filmes onde aparecem velhos gritando tornado! tornado! olhando as coisas pela última vez, mas sem vê-las, como espectros, como rãs no fundo de um poço, pai, perdidos na miséria do teu sonho utópico, perdidos na variedade das tuas vozes e dos teus abismos, maníacos depressivos na inabarcável sala do Inferno onde se cozinha teu Humor.
3. Já metade feito, nem crus nem cozidos, bipolares capazes de cavalgar o furacão.
4. Nestas desolações, pai, onde do teu riso só ficam restos arqueológicos.
5. Nós, os nec spec nec metus.
6. E alguém disse:
Irmã da nossa memória feroz, sobre o valor é melhor não falar. Quem poderia vencer o medo se fez valente para sempre. Dancemos, então, enquanto a noite passa como uma gigantesca caixa de sapatos por cima do rochedo e do terraço, em uma dobra da realidade, do possível, onde a amabilidade não é uma exceção. Dancemos no reflexo incerto dos detetives latino-americanos, uma poça de chuva onde se refletem nossos rostos a cada dez anos. Depois veio o sonho.
7. Sonhei então que visitava a mansão de Alonso de Ercilla. Eu tinha sessenta anos e estava despedaçado pela enfermidade (literalmente eu estava caindo aos pedaços). Ercilla tinha uns noventa anos e agonizava em uma enorme cama com dossel. O velho me olhava desdenhoso e depois me pedia um copo de aguardente. Eu procurava e procurava a aguardente mas só encontrava apetrechos de montar.
8. Sonhei que ia caminhando pelo Passeio Marítimo de Nova York e via ao longe a figura de Manuel Puig. Vestia uma camisa celeste e umas calças de lona leve, azul claro ou azul escuro, isso depende.
9. Sonhei que Macedonio Fernández aparecia no céu de Nova York na forma de uma nuvem: uma nuvem sem nariz nem orelhas, mas com olhos e boca.
10. Sonhei que estava em uma estrada na África que, de repente, se transformava em uma estrada no México. Sentado em uma falésia, Efraín Huerta jogava dados com os poetas mendicante do DF.
11. Sonhei que em um cemitério esquecido da África encontrava o túmulo de um amigo cujo rosto já não podia recordar.
12. Sonhei que numa tarde batiam à porta da minha casa. Estava nevando. Eu não tinha fogão nem dinheiro. Creio que iriam cortar a luz. E quem estava do outro lado da porta? Enrique Lihn com uma garrafa de vinho, uma sacola com comida e um cheque da Universidade Desconhecida.
13. Sonhei que lia Stendhal na Estação Nuclear de Civitavecchia: uma sombra deslizava pela cerâmica dos reatores. É o fantasma de Stendhal, dizia um jovem com botas e nu da cintura para baixo. E você quem é? eu perguntei. Sou o junkie de cerâmica, o hussardo de cerâmica e de merda, ele disse.
14. Sonhei que estava sonhando, havíamos perdido a revolução antes de faze-la e eu decidia voltar para casa. Quando ia deitar na cama encontrava De Quincey dormindo. Acorde, sr. Tomás, eu disse, já vai amanhecer, você tem que partir. (Como se De Quincey fosse um vampiro.) Mas ninguém me ouvia e eu voltava a sair pelas ruas escuras da Cidade do México.
15. Sonhei que via nascer e morrer Aloysius Bertrand no mesmo dia, quase sem intervalo de tempo, como se os dois vivessem dentro de um calendário de pedra perdido no espaço.
16.
Sonhei que era um detetive velho e enfermo. Tão enfermo que literalmente me caiam pedaços. Ia atrás do rastro de Gui Rosey. Caminhava pelos bairros de um porto que podia ser Marselha ou não. Um afável velho chinês me guiava finalmente a um sótão. Isto é o que resta de Rosey, me disse. Um pequeno monte de cinzas. Do jeito que está, poderia ser Li Po, respondi.
17. Sonhei que era um detetive velho e enfermo e que procurava gente perdida há tempos. Às vezes olhava casualmente no espelho e reconhecia Roberto Bolaño.
18. Sonhei que Archibald McLeish chorava — apenas três lágrimas — no terraço de um restaurante em Cape Code. Era mais de meia-noite e, embora eu não saiba como, acabei bebendo e brindando pelo Indomável Novo Mundo.
19. Sonhei com os Presuntos e as Praias Esquecidas.
20. Sonhei que o cadáver voltava à Terra Prometida montado em uma Legião de Touros Mecânicos.
21. Sonhei que tinha catorze anos e que era o último ser humano do Hemisfério Sul que lia os irmãos Goncourt.
22. Sonhei que encontrava Gabriela Mistral em uma aldeia africana. Havia emagrecido um pouco e adquirira o costume de dormir sentada no chão com a cabeça sobre os joelhos. Até os mosquitos pareciam conhece-la.
23. Sonhei que voltava da África em um ônibus cheio de animais mortos. Numa fronteira qualquer aparecia um veterinário sem rosto. Sua cara era como um gás, mas eu sabia quem ele era.
24. Sonhei que Philip K. Dick passeava pela Estação Nuclear de Civitavecchia.
25. Sonhei que Arquíloco atravessava um deserto de ossos humanos. Ele encorajava a si mesmo: “Vamos, Arquíloco, não desmaie, adiante, adiante.”
26. Sonhei que tinha quinze anos e que ia para casa de Nicanor Parra me despedir. O encontrava de pé, apoiado numa parede negra. Aonde vai, Bolaño?, ele dizia. Longe do Hemisfério Sul, eu respondia.
27. Sonhei que tinha quinze anos e que, na verdade, eu saia do Hemisfério Sul. Quando colocava na mochila o único livro que tinha (Trilce, do Vallejo), ele queimava. Eram sete da noite e eu jogava minha mochila chamuscada pela janela.
28. Sonhei que tinha dezesseis e que Martín Adán me dava aulas de piano. Os dedos do velho, longos como os do Sr. Fantástico, se fundiam no chão e tocavam uma cadeia de vulcões subterrâneos.
29. Sonhei que traduzia Virgílio com uma pedra. Eu estava nu sobre uma grande laje de basalto e o sol, como diziam os pilotos de caça, flutuava perigosamente às 5.
30. Sonhei que estava morrendo em um pátio africano e que um poeta chamado Paulin Joachim me dizia em francês (só entendia fragmentos como “o consolo”, “o tempo”, “os anos que virão”) enquanto um macaco se balançava nos galhos de uma árvore.
31. Sonhei que a Terra acabava. E que o único ser humano que contemplava o fim era Franz Kafka. No céu os Titãs lutavam até a morte. E de um banco de ferro forjado no parque de Nova York, Kafka via o mundo queimar.
32. Sonhei que estava sonhando e que voltava para casa muito tarde. Em casa encontrava Mario de Sá-Carneiro dormindo com meu primeiro amor. Quando tirei o lençol descobri que estavam mortos e mordendo os lábios até fazer sangrar de volta aos caminhos vizinhos.
33. Sonhei que Anacreonte construía seu castelo em cima de uma colina pelada e logo a destruía.
34. Sonhei que era um detetive latino-americano muito velho. Vivia em Nova York e Mark Twain me contratava para salvar sua vida de alguém que não sabia o rosto. Vai ser um caso diabolicamente difícil, senhor Twain, eu dizia.
35. Sonhei que me apaixonava por Alice Sheldon. Ela não me queria. Assim tentava me matar em três continentes. Passaram-se os anos. Finalmente, quando já era muito velho, ela aparecia pelo outro extremo do Passeio Marítimo de Nova York e por sinais (como os que fazem nos porta-aviões para os pilotos aterrissarem) me dizia que sempre havia me amado.
36. Sonhei que fazia um 69 com Anaïs Nin sobre uma enorme laje de basalto.
37. Sonhei que fodia com Carson McCullers em um quarto nas penumbras da primavera de 1981. E nós dois nos sentíamos irracionalmente felizes.
38. Sonhei que voltava a meu velho Liceu e que Alphonse Daudet era meu professor de francês. Algo imperceptível me dizia que estava sonhando. Daudet olhava pela janela enquanto fumava um cachimbo de Tartarín.
39. Sonhei que ficava dormindo enquanto meus colegas do Liceu tentavam libertar Robert Desnos do campo de concentração de Terezin. Quando acordava uma voz me ordenava para que eu me movesse. Rápido, Bolaño, rápido, não há tempo a perder. Ao chegar só encontrava um velho detetive cavando nas ruínas fumegantes do assalto.
40. Sonhei que uma tempestade de números fantasmagóricos era a única coisa que restava dos seres humanos três bilhões de anos depois da Terra ter deixado de existir.
41. Sonhei que estava sonhando e que nos túneis dos sonhos encontrava o sonho de Roque Dalton: o sonho dos corajosos que morreram por uma quimera de merda.
42.
Sonhei que tinha dezoito anos e que via meu melhor amigo de então, que também tinha dezoito anos, fazendo amor com Walt Whitman. O faziam em uma poltrona, contemplando o crepúsculo tormentoso de Civitavecchia.
43. Sonhei que estava preso e que Boecio era meu companheiro de cela. Olha, Bolaño, dizia estendendo a mão e uma caneta na semiescuridão: não tremem! não tremem! (Depois de um tempo, acrescentou com a voz tranquila: mas tremem quando reconhecem o puto do Teodorico.)
44. Sonhei que traduzia Marquês de Sade à machadadas. Eu tinha enlouquecido e vivia em um bosque.
45. Sonhei que Pascal falava do medo com palavras cristalinas em uma taberna de Civitacchia: “Os milagres não servem para converter, mas sim para condenar”, dizia.
46. Sonhei que era um velho detetive latino-americano e que uma Fundação misteriosa me contratava para encontrar os atestados de óbito dos Sudacas Voadores. Viajava por todo o mundo: hospitais, campos de batalha, pulquerias, escolas abandonadas.
47. Sonhei que Baudelaire fazia amor com uma sombra num quarto onde havia acontecido um crime. Mas isso não importava Baudelaire. Sempre é o mesmo, dizia.
48. Sonhei que uma adolescente de dezesseis anos entrava no túnel dos sonhos e nos acordava com dois tipos de bastões. A menina vivia em um manicômio e pouco a pouco ia ficando mais louca.
49. Sonhei que nas diligências que entravam e saiam de Civitavecchai via o rosto de Marcel Schwob. A visão era fugaz. Um rosto quase translúcido, com os olhos cansados, apertados de felicidade e dor.
50. Sonhei que depois de uma tempestade um escritor russo e também seus amigos franceses optavam pela felicidade. Sem perguntar nem pedir nada. Como quem cai sem sentido sobre seu tapete favorito.
51. Sonhei que os sonhadores haviam ido para a guerra florida. Ninguém havia retornado. Nas placas dos quartéis esquecidos nas montanhas conseguia-se ler alguns nomes. A partir de um lugar remoto uma voz transmitia uma e outra vez os lemas pelos quais eles haviam sido condenados.
52. Sonhei que o vento movia o letreiro gasto de uma taberna. Dentro James Mathew Barrie jogava dados com cinco cavaleiros ameaçadores.
53. Sonhei que voltava às estradas, mas desta vez já não tinha quinze anos, mas quarenta. Só possuía um livro, que levava na minha pequena mochila. De repente, enquanto caminhava, o livro começava a arder. Amanhecia e quase não passavam carros. Enquanto jogava a mochila chamuscada em uma vala senti que as minhas costas ardiam como se tivessem asas.
54. Sonhei que as estradas da África estavam cheias de gambuzinos, bandeirantes, sumulistas.
55. Sonhei que ninguém morre na véspera.
56. Sonhei que um homem olhava para trás, sobre a paisagem anamórfica dos sonhos, e que seu olhar era duro como aço mas também se fragmentava em múltiplos olhares cada vez mais inocentes, cada vez mais impotentes.
57. Sonhei que Georges Perec tinha três anos e chorava desconsoladamente. Eu tentava acalma-lo. Pegava-o nos braços, lhe comprava guloseimas, livros para colorir. Depois íamos ao Passeio Marítimo de Nova York e enquanto ele brincava no tobogã eu dizia a mim mesmo: não sirvo para nada, mas sirvo para cuidar de você, ninguém te fará mal, ninguém tentará te matar. Depois começava a chover e voltávamos tranquilamente para casa. Mas onde estava nossa casa?
BLANES, 1994
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p-roseando-blog · 8 years
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Feminismo negro e eu
Abelha Mandaçaia - Elizandra Souza
Tão solitária e negra como eu  Abelha Mandaçaia...  ...sem produção de mel  Desabitada a procura de flor  Para bebericar do seu encanto...
Lápis de olhos... ...a esconder águas salgadas  Como não consolidar este isolamento, que me consome? Esta falta de mãos grudadas ...pele que não afaga Estou rifando essa soledade! Trançar, eu quero, mãos pretas...
É querência de mar, e não de oásis Perenidades entrelaçadas... Em estações lunares e solares...
Meu viver tornou-se deserto... Os dias quentes e as noites congelantes Um corpo sem afeto... Repleto de roedoras, Serpentes  E lagartas... Peles bem alvas...  Alvejando-me por serem preferidas...  Será mesmo que elas resolvem estes traumas de pretos meninos?
Em outras facetas, sou eu, serpente Cascavel do deserto como queira... Movimentando-me em silêncio  Para que as inimigas não me vejam...
Sentimentos fósseis... ... expostos pelas erosões A vida inteira sem beber águas... Longos jejuns sem morrer... Força bruta que me dilacera  Estes secos dias, sem chuvas... Só poeiras machucando minhas retinas.
 O amor tem cor?
Se tem, não é a minha. Se tem, não é da minha avó. Nem da minha bisavó.
Se amor tem cor, não tem a cor da mulher preta.
Se beleza tem cor, não é a minha. Se tem, não é a da minha avó. Nem da minha bisavó. Nem da minha amiga que odeia a cor da sua pele.
Se beleza tem cor, ela não tem a cor da mulher preta.
A gente nasce preta, e a vida em família é teoricamente fácil. Não pra mim. Minha família materna é branca e, enfim, ser considerada bonita nunca foi fácil. Se nem meu pai, que é preto, quis uma mulher preta, por que qualquer outro homem preto vai me querer? Por que qualquer outro homem vai me querer? Eu não sou princesa, não sou rainha, detetive, mocinha. Eu sou barraqueira, cozinheira, empregada, mulata exportação, vulgar, boa de cama, boa de samba, mas não pra casar. Não mereço flores nem que me abram a porta. Não mereço respeito e palavras de carinho.
Saio pro mundo. Escola, aula de balé e de natação. Os olhares de rejeição. Sempre a mais feia da sala, sempre a mais ridícula, a mais revoltada. O destaque por ter fugido pros livros, o mesmo destaque que me deu bolsa de estudos e me jogou no lugar com mais brancos que eu já estive, foi motivo de chacota.
Mas continuei. Na faculdade vai ser diferente. 
Nenhum olhar. Os mesmos comentários. Nenhum olhar. Nenhum carinho. Nenhum convite pro café.
O amor não tem a cor da mulher preta. Eu sofri e chorei.
Mas logo eu, descendente da mulher que levou a família nas costas depois da escravidão? Logo eu a metáfora da dureza? Logo eu?
Forte que sou, aceito. Me ressinto quando sou trocada, largada com um bebê nos braços. Crio como posso. Trabalho e o mando pra escola. Não vai. Não vai porque sabe das dificuldades. É preso. E morto. Seus assassinos inocentados (NÃO ESQUECEREMOS DE VOCÊ, CARANDIRU!).
Continuo. Nas minhas costas, o peso do mundo. Em minhas mãos, mãos que alimentaram o mesmo branco que me quer longe de suas festas de formatura e casamento. Que me quer na cozinha, as mesmas que embalaram, que limparam as merdas que fizeram. As mesmas mãos, renegadas.
A insistência em sobreviver sem amor, sem carinho e sem respeito me obrigam a pisar nos cacos que compõem minha auto estima. A certeza de que estou sozinha, no meio das amizades brancas, do amor branco, da renegação do preto.
Insisto.
Fêmea-Fênix (Conceição Evaristo)
Navego-me eu–mulher e não temo, sei da falsa maciez das águas e quando o receio  me busca, não temo o medo, sei que posso me deslizar  nas pedras e me sair ilesa, com o corpo marcado pelo olor da lama.
Abraso-me eu-mulher e não temo, sei do inebriante calor da chama e quando o temor  me visita, não temo o receio, sei que posso me lançar ao fogo e da fogueira me sair inunda, com o corpo ameigado pelo odor da queima.
Deserto-me eu-mulher e não temo,  sei do cativante vazio da miragem, e quando o pavor  em mim aloja, não temo o medo, sei que posso me fundir ao só,  e em solo ressurgir inteira com o corpo banhado pelo suor  da faina.
Vivifico-me eu-mulher e teimo, na vital carícia de meu cio,  na cálida coragem de meu corpo,  no infindo laço da vida, que jaz em mim  e renasce flor fecunda. Vivifico-me eu-mulher. Fêmea. Fênix. Eu fecundo
Eu escrevi esse texto ontem, num suspiro, depois de ver uma entrevista com a Claudete Alves falando sobre a solidão da mulher negra. Foi um dos textos mais dolorosos que eu escrevi, porque eu sabia que magoaria as amizades e o amor mais profundos que eu tive até hoje. Eu namoro um homem branco e minhas amizades mais próximas são brancas. E eu os amo. Muito.
O que não significa de maneira nenhuma que eu não esteja sozinha. Eu estou sozinha toda vez que vejo ou ouço um comentário racista e alguém faz uma piada racista perto de mim. Eu estou sozinha toda vez que alguém toca meu cabelo sem pedir, que fala sobre minha cor, que diz que eu tenho uma beleza exótica. Eu estou sozinha. Sem chances de falar com qualquer pessoa sobre essa dor.
Conhecer o feminismo negro em 2016 mudou minha vida. Descobrir que a dor não era só minha mudou minha vida. Saber que mulheres como eu se sentiram renegadas desde a infância, que têm problemas de auto estima e ansiedade causadas por isso, que foram escondidas, maltratadas e ficaram lá porque sentiam que mais ninguém as amaria, me fez sentir acompanhada.
No feminismo branco, sou sozinha, porque as pautas não são as minhas e os desejos não são os meus.
Não usem maquiagem, elas me dizem. Mas como não ficar feliz se finalmente tem gente fazendo produto pra minha cor? Como não comemorar e querer comprar um produto se até pouco tempo tinha que misturar 50 bases diferentes pra chegar perto do que eu sou?
Como não ficar feliz se uma mulher negra é eleita a mais bonita de qualquer coisa, se até pouco tempo éramos deixadas tão de lado que não estávamos em lugar algum?
Eu odeio o capitalismo, eu odeio me sentir um lixo, mas eu não consigo não ficar feliz de estar sendo representada em algum lugar, de saber que cada vez menos meninas vão se sentir horrendas e chegar chorando em casa dizendo pra mãe que quer ser loira e quer o cabelo liso. Eu não quero outras eus. Eu quero crianças que amem a Beyoncé, que queiram ser a Moana que se sintam princesas, que saibam exigir respeito sim, mas que tenham carinho por si mesmas e que recebam carinho, porque eu tenho que lutar pelos dois, todos os dias.
Que bom que o seu feminismo branco não precisa mais disso, mas eu preciso. Que bom que o seu feminismo branco pode falar mal de homens a torto e a direito e tirar sarro do jeito que eles falam com vocês, mas vocês não percebem que a gente só queria um pouco dessa melosidade, porque tudo que nós temos são comentários vulgares sobre nossa performance sexual, achando que somos todas pequenas globelezas com menos glitter no rosto e no corpo.
Entendam que falar de feminismo negro é falar muito de mulher negra,mas é falar de sistema carcerário, é falar do homem negro, é falar de casamento, de amor e de política. Se vocês chegaram em um ponto de ter que discutir sobre pelo, eu fico feliz. Eu ainda tenho que lutar por salário justo, pra mim e pros meus irmãos, tenho que lutar por creche e por uma polícia que não mate meus filhos. Enquanto isso ainda for necessário, eu estou literalmente nem aí pra quantos gêneros existem. Eu preciso lutar pela minha vida e dos meus filhos. E se você acha que isso separa o movimento, pode deixar que eu deixo minha carteirinha aqui e vou lutar, com mulheres como eu, por elas e por um movimento menos academicista e seletivo.
Obrigada a esse evento pela oportunidade e parabéns por essa lindeza toda!
Eu escrevi esse texto pra ler em um sarau feminista maravilhoso e agora tomei coragem pra colocar aqui. 
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