#medo infantil
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lidia-vasconcelos · 4 months ago
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Sobre monstros...
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bat-the-misfit · 10 months ago
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se eu não assistir esse filme em uma semana eu vou pirar na batatinha
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carocineasta · 1 year ago
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Aterrorize sua Sexta-feira 13 com a estreia de Goosebumps no Hulu e Disney Plus - Uma Jornada de Sustos e Nostalgia!
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guiasmaternos · 1 year ago
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Educação Emocional: Como Lidar com Birras, Frustrações e Medos nas Crianças
A educação emocional. Cada vez mais, reconhecemos a importância de ensinar as crianças a entender e gerenciar suas emoções desde cedo.
Olá, queridos pais e cuidadores! Hoje, vamos falar sobre um aspecto fundamental, mas às vezes complexo, da educação dos nossos pequenos: a educação emocional. Cada vez mais, reconhecemos a importância de ensinar as crianças a entender e gerenciar suas emoções desde cedo. Como lidar com birras, frustrações e medos são questões comuns que muitos de nós enfrentamos. Prontos para uma discussão…
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kkuranecklace · 3 months ago
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Introduzindo minha Fame dr ꪆৎ
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— Sofia D’Angelo | actor, singer & songwriter
Born in 2003 - 🇧🇷/🇺🇸
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Sofia D'Angelo, filha de um ex executivo da Disney, atualmente um empresário renomado de celebridades, conquistou o coração de milhões ao longo de sua carreira na Disney. Ela começou como Zuri Ross na série "Jessie" (2011-2015), onde rapidamente se destacou com seu carisma e talento. Com apenas 9 anos, ela conseguiu seu próprio show, "Sofia" (2012-2018), interpretando uma versão fictícia de si mesma. A série foi um sucesso estrondoso, explorando temas como identidade racial e a busca por sonhos, e transformou Sofia em um ícone da TV infantil.
Paralelamente, Sofia reprisou o papel de Zuri em "Acampamento Kikiwaka" (2016-2018) e ainda brilhou como Judy, a androide sarcástica em "Agente K.C." (2015-2018), ao lado de Zendaya. No entanto, nem tudo foi glamour. A rivalidade nos bastidores entre Sofia e Skai Jackson, que perdeu o papel de Zuri para ela, se tornou uma polêmica pública quando a Disney lançou uma série estrelada por Skai, que muitos consideraram uma sátira maliciosa à vida de Sofia.
A situação se complicou ainda mais quando surgiram rumores de que a Disney estava sabotando Sofia por medo de que seu sucesso ofuscasse a própria empresa. Isso culminou no rompimento do contrato de Sofia com a Disney, um movimento que gerou grande repercussão e marcou o fim de uma era. Hoje, Sofia D'Angelo é lembrada tanto por seu talento quanto pelas controvérsias que cercaram sua carreira, deixando uma marca indelével na história da Disney.
[inspo da história : @theogblondegirl ]
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"Sofia" (2012-2018) foi uma das séries mais icônicas da Disney, estrelada pela talentosa Sofia D'Angelo, que na época já era uma das maiores estrelas do canal. A série seguia a vida de Sofia D'Angelo, uma adolescente e filha de um executivo poderoso, navegando pelos altos e baixos da vida em Los Angeles enquanto sonhava em se tornar uma cantora famosa. O show abordava temas importantes como identidade racial, amizade e o desafio de encontrar seu próprio caminho em meio às expectativas dos outros.
No elenco, Sofia brilhou ao lado de colegas da Disney como Skai Jackson, que interpretava sua melhor amiga, mas com quem ela tinha uma relação tensa tanto dentro quanto fora das telas. Outros nomes populares da época, como Cameron Boyce e Peyton List, também faziam parte do elenco, trazendo suas próprias energias e talentos para a série.
"Sofia" foi um sucesso instantâneo, com críticas positivas e uma legião de fãs apaixonados. No entanto, a série não esteve isenta de polêmicas. O sucesso de Sofia começou a ofuscar a própria Disney, levando a rumores de sabotagem por parte da empresa, que supostamente temia que Sofia se tornasse maior do que a marca Disney em si. Essa tensão culminou no cancelamento abrupto da série, apesar de seu enorme sucesso, e no lançamento de uma nova série estrelada por Skai Jackson, que muitos interpretaram como uma crítica velada à Sofia.
Apesar das controvérsias, "Sofia" continua sendo lembrada como um marco na televisão infantil, uma série que não só divertia como também inspirava, e que deixou uma marca profunda na história da Disney.
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𐙚 . 𝓢 inger Carєєг. — ֹ   ₊
Desde que se despediu de sua carreira de atriz na Disney, Sofia D’Angelo não só conseguiu superar as expectativas, mas também redefinir sua presença na indústria do entretenimento. A jovem artista, que conquistou os corações de muitos como Zuri em "Jessie" e a protagonista da série "Sofia," encontrou na música uma nova forma de expressão e conexão com seus fãs.
Sofia estreou no cenário musical com seu álbum de estreia, Delirios de amor (2019), que rapidamente chamou a atenção pela profundidade emocional e vulnerabilidade presente em suas letras. O álbum foi um sucesso instantâneo, estabelecendo Sofia como uma das vozes mais autênticas de sua geração. Cada faixa revelava um pouco mais sobre a complexidade de suas experiências pessoais, especialmente seu relacionamento tumultuado com Jace Norman.
O sucesso continuou com Unleashed (2020), onde Sofia explorou novos sons e temas mais sombrios, incluindo sua saída da Disney e os desafios que enfrentou ao tentar se estabelecer como artista fora do universo infantojuvenil. Este álbum consolidou sua reputação como uma artista que não tem medo de abordar temas difíceis e polêmicos.
Ainda em 2020, Sofia lançou BEloved, um álbum que mostrou um lado mais romântico e introspectivo, dedicado aos amores e desamores que marcaram sua vida. Ela foi elogiada pela crítica por sua habilidade de transformar experiências pessoais em músicas que ressoam profundamente com seu público.
Em 2021, Close to You marcou uma nova fase em sua carreira, com uma sonoridade mais madura e letras que abordavam a dor da perda e a beleza do crescimento pessoal. O álbum recebeu diversas indicações a prêmios e foi um dos mais aclamados do ano.
Com XO (2022) e Sound of Love (2022), Sofia continuou a impressionar, explorando temas de relacionamentos e autodescoberta com uma honestidade que cativou tanto críticos quanto fãs. Ela provou que sua capacidade de criar hits vai muito além do sucesso comercial; sua música tem um impacto emocional real.
Seu álbum mais recente, Yes, and? (2023), trouxe à tona a resiliência de Sofia em meio às críticas e pressões da mídia. O projeto foi um sucesso não só pelas letras afiadas, mas também pela produção impecável, mostrando uma artista que está constantemente evoluindo e desafiando as normas da indústria.
Sofia D’Angelo, não apenas conquistou o coração do público como atriz, mas também quebrou recordes e redefiniu o sucesso na indústria musical. Desde o lançamento de seu álbum de estreia, Delírios de amor, em 2019, Sofia tem se tornado uma das artistas mais celebradas de sua geração, acumulando elogios, prêmios, e uma série impressionante de recordes que solidificam seu lugar no topo da indústria.
Em apenas cinco anos de carreira musical, Sofia já quebrou inúmeros recordes. Seu álbum Delírios de amor tornou-se o álbum de estreia mais rápido a alcançar 1 bilhão de streams no Spotify, superando estrelas como Taylor Swift e Ariana Grande. Além disso, Sofia é a artista mais jovem a ter todos os seus álbuns debutando em primeiro lugar na Billboard 200, um feito que deixou a indústria de queixo caído.. O impacto de Sofia não passou despercebido entre os grandes nomes da música. Taylor Swift, uma das maiores inspirações de Sofia, elogiou publicamente a jovem estrela, destacando sua "capacidade de transformar dor em arte com uma maestria que só cresce a cada lançamento." Beyoncé também expressou sua admiração, chamando Sofia de "uma força inegável e uma inspiração para mulheres jovens em todo o mundo."
Sofia também coleciona prêmios como poucos em sua idade. Ela já levou para casa múltiplos Grammy Awards, incluindo o cobiçado Álbum do Ano por Unleashed em 2021. Além disso, ela é a artista mais jovem a receber o prêmio de Artista do Ano no American Music Awards, um título que reafirma seu domínio sobre a cena musical atual.
Entre outros feitos, Sofia quebrou o recorde de mais músicas simultaneamente no top 10 da Billboard Hot 100, um marco que a coloca ao lado de lendas como The Beatles e Drake. Sua habilidade de se conectar com o público através de letras sinceras e performances cativantes fez dela um ícone cultural e uma referência para a nova geração de artistas.
A jovem estrela também foi elogiada por grandes figuras do entretenimento fora da música. Reese Witherspoon elogiou sua "capacidade de contar histórias de forma autêntica e cativante," enquanto Zendaya, amiga pessoal de Sofia, comentou sobre "a dedicação incansável e o coração gigantesco" que ela traz para cada projeto.
Com uma carreira repleta de recordes e reconhecimentos, Sofia D’Angelo está apenas começando a mostrar ao mundo do que é capaz. Seu impacto na indústria musical é inegável, e seu futuro promete ser ainda mais brilhante, enquanto ela continua a desafiar expectativas e inspirar milhões de fãs ao redor do mundo.
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idollete · 8 months ago
Note
juju, como vc acha que os meninos ficariam dps de brigarem com a pp?
enzo: independentemente do motivo da briga, ele se torna completamente orgulhoso e não dar o braço a torcer, porém, isso se agrava ainda mais se você for a errada da história. o clima provavelmente fica insuportável e é bem capaz dele ir dormir em outro lugar, te avisa antes, mas é impessoal, indiferente, "vou dormir em um hotel", espera uma reação sua. no fundo, ele quer que você peça para ele ficar. e fica um tanto decepcionado quando não recebe isso. no dia seguinte, ele aparece em casa na primeira hora da manhã, porque o enzo é um homem racional, ele sabe que ficar brigados não resolve absolutamente nada, então, está pronto para conversar, colocou a cabeça no lugar e te chama para resolver o problema. se ele for o errado da vez, começa com um pedido de desculpas, tenta explicar o seu lado da história, mas não se esconde atrás de justificativas. ele assume que errou e que quer consertar isso. ele cancela todos os planos do dia para ficar contigo e só fica bem de verdade quando tem a certeza de que vocês estão resolvidos.
esteban: ODEIA brigar e ODEIA mais ainda dormir brigado. te fez prometer, no início do relacionamento, que vocês não seriam o tipo de casal que dorme um no sofá e o outro no quarto depois de uma briga, que sempre resolveriam tudo. porém, ele não é de ferro. fica muito chateado em qualquer situação de conflito e, a princípio, prefere que cada um fique no seu cantinho, colocando a cabeça em ordem, se acalmando. ele vai se ocupar com um livro ou com afazeres domésticos, te evita, mas está ali se preocupando contigo nos pequenos detalhes, põe o teu prato na mesa, te faz um lanche, como todos os dias. a diferença é que agora ele não olha na sua cara enquanto faz isso. é só no finalzinho da tarde que ele aparece na porta do quarto, desarmado e com um semblante de cansado (porque ele fica acabado mentalmente), te perguntando se vocês podem conversar como adultos agora. não é de uma forma irônica, embora parece, é só porque ele considera toda a situação completamente infantil e desnecessária, por isso, o conversar feito adultos. ele tem uma conversa muito madura contigo e não é difícil de se entenderam de novo e tudo volta ao normal de maneira muito natural.
fernando: outro que também não suporta brigas, se puder evitar, vai evitar. mas o fernando fica muito chateado quando vocês passam por essas turbulência, até mais que o esteban. e ele vai reagir a isso, também é do tipo que prefere espairecer longe de ti e passa a tarde andando pela cidade, vai em alguma praça, caminha, caminha, caminha, tudo isso enquanto esfria a cabeça. o fernando não é do tipo que dorme fora de casa, nunca. sempre retorna antes do dia escurecer, chega completamente desarmado e pede desculpas, mesmo quando ele não fez nada de errado, ele se desculpa pela situação, mas não deixa passar batido o quanto se incomodou. põe todos os sentimentos para fora do peito naquele momento e também te escuta com muita atenção. quer entender o teu lado e que você o entenda também, acredita que é só assim que vocês ficarão bem. ele não tem medo de ouvir coisas desagradáveis, de falar também, prefere que sejam completamente honestos um com o outro, não importa o quanto doa naquele instante, porque vocês sempre superam juntos.
pipe: as brigas com ele geralmente são por motivos muito pontuais e os mesmos de sempre, então, vocês já estão meio calejados nessa rotina. o pipe tem o pavio curto, ele é do tipo que se exalta em brigas, exagera, bate no peito se ficar com raiva e estiver assumindo algo, é simplesmente caótico. quando a poeira abaixa, ele se sente péssimo por tudo que fez e falou, vai te pedir desculpas no exato momento em que a cabeça ficou mais fria, embora ele não seja tão bom assim com as palavras e a postura diga que ele está super desconfortável naquele momento. vai coçar a nuca e dizer um "me desculpa, passei dos limites" meio embolado, sem jeito. não é muito do tipo que conversa sobre o problema, ele tem dificuldades com isso, prefere deixar tudo no passado e fingir que não aconteceu, mesmo sabendo que é necessário o diálogo para que se resolvam. então, ele te pergunta se tá tudo bem e até quer saber se você quer conversar (internamente ele torce para que a sua resposta seja não). talvez o clima ainda fique meio zoado no começo, ele fica incerto do que deve fazer, se pode te tocar, te abraçar, mas chega num ponto de muita naturalidade que ele puxa um papo super aleatório contigo e as coisas começam a voltar ao normal a partir desse ponto.
jerónimo: ele também passa do ponto, chega a ser pior do que o pipe, porque ele explode. o jerónimo tem muito a cara de quem vai acumulando, acumulando, acumulando, sem nunca conversar sobre os problemas, até chegar num ponto em que ele está saturado e é isso que causa uma reação mais exasperada. você é quem acaba se afastando dele, junta as coisas e diz que vai para a casa de uma amiga, não diz qual, deixa ele se corroendo sem ter informações sobre ti. a princípio, ele é orgulhoso. não quer dar o braço a torcer, diz que não vai ser o primeiro a ceder, mas tá o tempo inteiro checando o celular para ver se tem algum sinal de vida teu. é assim que ele começa a ficar preocupado, se sente culpado pelo modo como agiu e, muito rapidamente, a atitude vai do 8 ou 80, porque ele sente uma necessidade gritante de te pedir desculpas. fica muito chateado mesmo, quando vocês se reencontram (porque ele bateu na porta de todas as suas amigas), é até provável que ele se emocione no momento, fica com medo de ter de perdido pelo jeito estúpido e te diz que não quis dizer nenhuma daquelas coisas. vai passar o resto de umas boas semanas tentando recuperar a sua confiança, te mostra que ele não é aquele jerónimo que explode, que grita. e faz questão de provar o quanto te ama.
simón: nossa, eu acho que ele odeia briga e, inclusive, é do tipo que vaza no meio de uma discussão, principalmente quando percebe que só estão andando em círculos e repetindo as mesmas coisas. ele não dá o braço a torcer DE JEITO NENHUM quando não é o errado da história, acha completamente injusto que a iniciativa tenha que partir dele sendo que vocês brigaram por algo que vem da tua parte. pode até mesmo ser imaturo, mas ele não se importa com isso. o simón não é do tipo que se humilha depois de uma briga e não tem saco para irracionalidades, quer resolver tudo com clareza, ser justo e colocar os pingos nos is do jeito certo. então, quando você aparece na porta dele, ele te recebe com a mesma educação de sempre, embora o semblante não seja amigável, teme que vocês entrem em um novo embate e tudo se repita. ouve atentamente quando você se desculpa, não te interrompe em momento algum, mas no momento em que você finalizar, minhas amigas...o homem descasca tudo que sente, ele não tem problema nenhum em se abrir e compartilhar contigo tudo que passa na cabeça dele (às vezes ele compartilha até demais). vai pontuar que ficou chateado, que não gostou de como você agiu e que não é o tipo de cara que tem relacionamentos cheios de brigas desse jeito. não tem o coração de pedra, é óbvio que te perdoa no mesmo dia (se a briga for séria, ele vai precisar de mais tempo que isso) e fica tranquilo pelo resto da tarde, põe um filminho tranquilo e fica de chamego por horas e horas.
matías: é o mais dramático de todos. brigar com o matías é sinônimo de ficar sem se falar, sim. por mais brincalhão e leve que ele seja, ele também é a pior pessoa do mundo para se arranjar um problema, porque o matías não tem papas na língua no meio de uma discussão, vai falar tudo o que pensa e não se importa - naquele momento - se vai magoar alguém. não arrega para a discussão e vai até o fim defendendo o lado dele, porque, na cabeça dele, ele sempre está certo. passa dias sem falar contigo, nem olha na tua cara se passa por ti, é orgulhoso, imaturo e teimoso. espera um atitude de ti e vai se frustrando a cada dia que passa e você ainda não reagiu da maneira que ele espera que você reaja. é absurdo? é. mas é como a cabeça de matías recalt funciona. a reconciliação só vem quando um dos dois não aguenta mais o gelo, mas, geralmente, é por intermédio de uma terceira parte, um amigo em comum que tenta colocar juízo na cabeça dos dois. ainda assim, ele aparece com aquela marra de sempre, como se não estivesse fazendo questão nenhuma, vai alfinetar e ficar nervosinho quando é alfinetado de volta, porém já voltou muito mais tranquilo para aquele momento. vai pedir desculpas, depois de mUUUUUUUUUUUUUito tempo, mas pede. e, pouco a pouco, a relação de vocês vai voltando ao normal.
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kazsas · 5 months ago
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dreamies papais
oi👋 aqui é a kaz!
como prometido, voltei com a última parte dos neos papais. caso você queira ler a parte do Mark e do Haechan é só clicar aqui
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런쥔
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o pai presente sonho de toda uma nação.
ama levar o bebezinho pra ter umas experiências mais cults sem muitas telas, quer que ele cresça amando a arte assim como o pai.
faz de tudo para ser um pai presente apesar da agenda lotada, se recusa a perder uma reunião da escolinha, sabe o nome de todas as professoras, desenhos favoritos, etc.
a mãe de Renjun sempre fala como o neto é a cópia do pai quando era bebê, a aparência, os hábitos, gostos, absolutamente TUDO.
pintou o quarto de Shuxian sozinho, fez vários quadrinhos pra que mesmo quando estiver longe, o filho saiba que o papai estará sempre com ele, pensando nele e fazendo tudo por ele.
제노
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outro papai crush de todas as mães da creche, sempre que vai buscar Daehwi recebe um elogio com segundas intenções e se corrói de vergonha.
consegue fazer o bebê dormir em menos de 10 minutos e ninguém sabe qual é a bruxaria que ele faz (são os músculos dos braços que foram adquiridos com muitas horas de academia).
morre de ciúmes toda vez que o filho fica muito tempo com alguém, pra ele não tem essa de que pai só tem ciúmes de menina.
vai no berço 15 vezes durante a noite com medo do bebê parar de respirar do nada, chega até a dormir na cadeira ao lado porque se recusa a deixar Daehwi sozinho.
재민
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papai de menina. esse é headcanon, tenha um bom dia.
é o pai mais coruja do planeta, Haneul não pode resmungar enquanto dorme que ele já levanta e vai olhar o berço.
a bonequinha do papai, ama comprar 500 tiaras, presilhas, sapatilhas, vestidos, laços, amarradores de cabelo, creme, perfume e tudo que a sessão infantil possa oferecer.
odeia quando fazem piadas de que ela "arrumou" um namoradinho na creche, dá o maior sermão e fica emburrado.
deixa a filha puxar os cabelos e colocar vários adesivos no seu rosto, tudo pela princesinha do papai.
천러
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a coisa que ele mais se anima de falar depois de basquete, a dor de cabeça que foi o casamento é com certeza a experiência de ser pai.
ficou em um dilema terrível entre dar cidadania chinesa, coreana ou brasileira pro filho: no final jogou nas suas mãos.
o maior passatempo dos dois é sentar na sala pra montar lego enquanto assistem algum episódio aleatório de Bluey.
Mengying tem a mesma risada de golfinho do pai que dá pesadelos no dream quando os dois começam a rir ao mesmo tempo.
ensinou o filho a jogar basquete, mas pro azar dele Mengying prefere futebol.
지성
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obcecado, completa apaixonado, é literalmente devoto a existência da filha. Sewan pode raspar a cabeça do pai com um gillette e espuma de barbear e ele vai agradecê-la por isso.
ficou horrorizado quando descobriu a gravidez, os dreamies só faltaram serem internados de choque.
toma todo o cuidado para criar uma relação leve e saudável, se recusa a ser o pai que a filha tem medo de falar com.
tira 1001 fotos dela, posta no máximo 1 nos stories por 45 minutos com o rosto dela borrado com medo dos esquisitos da internet.
ama vir para as terras brasileiras e fazer a filha ter uma verdadeira experiência de infância latina brincando na rua e arrancando tampão do dedo (ele brinca mais que ela).
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macsoul · 1 month ago
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Gosto do devagar
do lento
do pestanejar
do silêncio
das horas a passar
na contramão da correria
gosto de sentar e respirar
lembrar que o que sou é maior que todo o medo que me aperta o peito e não me deixa viver
por um instante faço questão de esquecer
do pesar e do sofrer, do caos que engole os dias e nunca se satisfaz
a calmaria, ainda que breve como uma vírgula, me traz a paz, na lembrança e no sentimento, eis o que quero pra vida toda
a tranquilidade de dar um passo de cada vez sem me preocupar com nada mais e nessa confiança infantil, quero viver sem temer a morte, acreditando na vida que se desdobra vagarosa pelos dias.
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chovendopalavras · 2 months ago
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Ainda quero desvendar os mistérios da vida com você. Quero aproveitar cada olhar, cada suspiro, cada sorriso e emoção por te ver feliz, mas também preciso saber realmente se você quer dividir cada um desses momento na minha companhia.
Tudo ocorre muito rápido quando se tem sede de viver a vida e descobrir o mundo, um dos tantos desejos é ter a pessoa que amamos, pois nos estimula a querer explorar cada canto nos proporcionando felicidade que só os momentos a seu lado é capaz de ocasionar.
Quando as coisas acontecem "rapido" demais somos julgados de emocionados. Mas quer saber? Eu não acho essa palavra uma ofensa eu até entendo ela como um elogio, pois acho que ficar fingindo desinteresse sendo que você gosta da pessoa é muito infantil. A vida é muito curta pra você perder a oportunidade de dar aquele beijo por vergonha ou aquele abraço por medo de não ser retribuído. Eu sou do time dos emocionados. Demonstre enquanto é tempo. Você não sabe o que o dia de amanhã te aguarda. Abraça. Beije. Passeie de maos dadas. Veja o por do sol. Aproveite cada segundo. Porque a vida é passageira então não se arrependa de nada que não possa ter feito. Seu amanhã é hoje.
@markowisks + @rascunhosdeescritas + @pecaveis para @chovendopalavras
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louddysgirl · 2 months ago
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amgg você pensa em postar a one do louis sograo?
amiga, eu não tenho mais nada a dizer💕💕💕
“Harry, eu sou o seu sogro e sei que no momento que estava olhando a janela molhada pela chuva, estava doida para fazer desenhos aleatórios com a ponta dos dedos na janela do meu carro. Também sei que está com vergonha e que é uma garota extremamente tímida, por isso gagueja sempre que ousa abrir a boca. Eu também sei que se segurou ao máximo para não chorar na minha frente na hora em que viu o seu esmalte descascado. Tem medo de que eu te ache boba e infantil por você ver isso como um grande problema, já que é o que o meu filho acha. Sei que seu milkshake favorito é o de morango, que o seu maior sonho é abrir um lugar seguro e aconchegante para animais de rua e sei que você tem insegurança com o seu sorriso, apesar de ele ser a coisa mais linda que eu já vi em todos os meus 48 anos.” Louis citava com a voz baixa e melódica para não assustar a pequena garota ao seu lado, que, aliás, parecia desesperada para cavar um buraco no carro e se esconder lá. “Eu sei que a sua pele é sensível e que ela enche de bolinhas quando você passa por situações extremas de stress e nervosismo, é como se fosse uma dermatite. Sei que adora cócegas, tranças, bichinhos de pelúcia e que odeia a sua rinite. Eu poderia escrever a porra de um livro sobre você.”
Louis dirigia tranquilamente até a casa de Harry. Esse era o fim de mais um dos jantares que eram feitos na casa dos Tomlinson para a namorada do filho do casal. Tinham 7 meses que Louis a levava para casa praticamente todos os fins de semana.
“Pergunte ao seu namorado se ele sabe metade dessas coisas, querida.” finalizou ao estacionar. “Está entregue.”
Harry engoliu em seco. Uma pequena lágrima escorreu pelo seu rostinho bonito, porque no fundo, ela sabia que as falas do homem eram verídicas. Isso doía como o inferno.
“Léo é bom para mim, senhor Tomlinson… Por favor, pare de me falar essas coisas. Sabotar a relação do seu filho não vai fazer com que… Com que tenhamos algo a mais.”
Uma risada sarcástica escapou dos lábios finos do mais velho, o homem então, tocou com sutileza na bochecha de Harry, limpando uma outra lágrima que escorreu pela mesma. “Outra lágrima caiu.” lançou-lhe uma piscadela. “Descansa, bebê. Te quero bem.”
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littlewritergreatgirl-blog · 5 months ago
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casos ilícitos
Matías Recalt x F!reader
Cap 13
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Estou tão deprimida, ajo como se fosse meu aniversário todo dia. Eu choro bastante, mas sou muito produtiva, é uma arte. Você sabe que é boa quando consegue até com o coração partido.
Terminei de escrever o capítulo ontem então não deu tempo de revisar direito, então qualquer errinho, por favor relevem 😭
Avisos: Linguagem imprópria
Palavras: 9,5k (me empolguei 👀)
Cada minuto dos dias que vieram pela frente, foram gastos pulando de cenário em cenário, e imaginando cada vez uma versão ainda pior de como seria o seu reencontro com Matías, caso esse acontecesse. Perdida em devaneios de como seria a conversa, ou quem iria falar ou proferir a primeira palavra primeiro, e quem teria a coragem necessária para encarar ao outro. Ele, coragem de te enfrentar depois de tudo o que fez, ou você, de falar poucas e boas na cara dele de novo e tentar não desmoronar no processo. Também pensava em maneiras de poder contornar a situação e escapar dela, assim como do garoto em si.
Se encontrava presa em sentimentos conflituosos constantemente. Se sentia terrivelmente ansiosa para revê-lo ao mesmo tempo em que se sentia extremamente infantil por deixar esses sentimentos se apoderarem tanto de você. Ele era só um garoto. Nada demais. Todo mundo tem um ex-namorado que não gosta, isso não te faz especial, muito menos ele. Afinal, não é como se ele tivesse dito que se casaria com você um dia (ele disse!), ou dito que queria ter filhos com você (ele disse!) ou dito que te amava (ele NÃO disse!), no fim de tudo, foi só você vendo o que queria ver e tinha projetado em sua mente.
Talvez estivesse imaginando demais. Talvez no momento que ele te visse na apresentação, e por acaso o olhar de vocês acabassem se encontrando por alguma brincadeira do destino, ou acabassem se trombando, ele simplesmente te diria um “oi”, te ignoraria e seguiria em frente, como se esse simples ato não fosse o bastante para te desestabilizar pelo resto do dia. Mas achava essa possível falta de interesse por parte dele muito improvável de acontecer, levando em consideração que as flores dele ainda chegavam todo dia em sua casa, o qual você ainda faz a gentileza de presentear sua síndica, ou qualquer outra mulher no condomínio que goste das plantas delicadas e saibam apreciá-las.
Você tentou se preparar mentalmente para todas as possíveis interações e não interações que poderiam ou não acontecer, e mesmo com o seu estômago gelado de medo e antecipação pelo momento que não poderia mais ser adiado, você tenta acalmar a sua mente preocupada, e pensa que talvez dê sorte e ele nem esteja lá. Talvez ele tenha faltado, ou esteja doente, qualquer coisa para que você não seja obrigada a revê-lo.
O anfiteatro já estava todo montado e preparado com as ferramentas necessárias para as apresentações. O laptop conectado ao telão onde seriam mostrados os slides que cada grupo montou, sua professora em seu devido assento com uma caderneta para fazer anotações que achasse útil para mais tarde atribuir as notas, e os alunos convidados, juntamente com seu professor, chegando aos poucos para se acomodarem.
Você percorre os olhos por todos eles, procurando por um rosto em específico, e ficando aliviada quando não encontra nenhum. Mas sabe que é questão de tempo, pois sempre tem alguns alunos que chegam mais tarde, bem quando fica faltando pouco para darem início às apresentações, e não duvidava muito que ele poderia ser um desses.
Suas amigas notam a sua aflição, percebendo como os seus olhos se espantam cada vez que um novo aluno entra na grande sala, e suas orbes que estão grudadas na porta ficam à espera de qualquer movimento suspeito. Mas depois que vários corpos desconhecidos entram, e muito tempo se passa, você começa a pensar que ele não vai vir mais, e não sabe se vai ficar mais decepcionada se vê-lo, ou se não o ver hoje.
Se o visse, sabia que seria uma grande carga emotiva para você lidar, ainda mais em um dia tão importante como esse, então era melhor evitar. Por outro lado, só o pensamento de ver aqueles olhos, aquele rosto mais uma vez, era maravilhoso e de certa forma excitante, apesar de tudo o que aconteceu. Ele ainda está tão bonito como você se lembrava? Está melhor ainda? Está com a aparência perfeita enquanto você se esforçava para sair da cama todo dia e fazer suas coisas?
Não quer admitir, mas colocou um esforço a mais em sua arrumação hoje, simplesmente pela possibilidade de reencontrá-lo. Não para impressioná-lo, ou conseguir um elogio, longe disso, esses dias haviam acabado para você. Somente não queria que ele visse como você está mal e dar essa satisfação a ele. Você poderia estar ruim, mas ele jamais iria ficar sabendo disso:
- Amiga, fica calma, tem tanta gente aqui que você nem vai notar ele – Diz sua amiga e integrante do grupo vindo te confortar. - Que se dane ele, você tá uma gostosa com esse blazer, e vamos arrasar na apresentação. – Continua ela, balançando os seus ombros pra te relaxar e arrancando uma risada sua, te animando.
Todas vocês estão usando trajes sociais hoje, tanto as meninas quanto os rapazes que iriam mostrar o trabalho, pois já era norma que em situações assim, deveriam se portar com mais formalidade. E isso incluíam as roupas, ternos, blazers, gravata, tudo que pudesse passar mais credibilidade e segurança na hora de discutir e debater a respeito do tema estudado.
Você ainda se sentia um pouco estranha em seus saltos altos, junto com sua saia colada (um pouco curta, tem que reconhecer), blazer, e camisa social, parecendo uma secretária. Mas de acordo com suas amigas, uma secretária sexy. O que já faz com que você se sinta um pouco melhor estando nesta pele empoderada, e tentando não se sentir uma garotinha tola por dentro:
- Tudo bem, eu posso fazer isso, já superei ele. - Diz convicta olhando para ela e suas outras amigas no grupo, as assegurando de que tudo ficaria bem.
E elas acreditam, mas essa confiança e convicção só duram até seu olhar ser abruptamente desviado novamente para a porta e desta vez ficando em total choque e espanto, com o seu batimento cardíaco acelerando a mil por hora, e seu rosto se esvaindo de cor. E seguindo a sua linha de visão, elas entendem o motivo.
O dito cujo.
Matías.
Ele havia acabado de chegar.
Ele entra na sala com o rosto em uma expressão séria e fechada, e de olhos atentos, como se também estivesse na procura de alguém. Você começa a avaliá-lo por completo enquanto ele continua correndo os olhos pela sala. Começa notando que o cabelo dele está mais comprido, os mesmos fios pelos quais você adorava correr os dedos, e puxá-los em momentos específicos. Repara também que agora ele tem olheiras profundas e levemente escuras abaixo dos olhos, indicando que ele não tem dormido muito bem ultimamente. “Provavelmente se divertindo até tarde da noite com a nova garota dele” Você pensa com amargor. O rosto está um pouco pálido, e ele está mais magro, o que mesmo não querendo, te preocupa um pouco, afinal ele já era magro antes, não queria que ele acabasse doente por não se alimentar direito. Mas isso não é mais problema seu, tem que se lembrar disso. Agora ele tem a Malena, que deveria estar cuidando muito bem dele, do jeito que ele sempre quis e que sempre foi destinado para ser.
Como se estivesse sentindo o seu olhar grudado na figura dele, os olhos do garoto são atraídos até o seu e te fitam do outro lado da sala. E por um instante, por meros segundos, são apenas os dois naquele salão enorme repleto de pessoas. Os sons desaparecem assim como todo o resto, sobrando apenas vocês dois ali. Não existe mais raiva, melancolia, rancor ou mágoa. Só existe a saudade que tem sentido um pelo outro desde então. Você está impossibilitada de tirar os seus olhos dele, não os desviando por nada, e ele faz o mesmo, ainda estagnado no lugar. Até parece que estão tendo algum tipo de conversa através dos olhares trocados, como se eles pudessem dizer algo que nem mesmo vocês conseguem, ou estão prontos para admitir ainda.
Você quer correr até ele, envolvê-lo em seus braços e beijá-lo até que ambos fiquem sem ar, sem se importar com mais nada além disso. Querendo que ele envolva os braços em sua cintura e te puxem para mais perto, mostrando que nunca mais iria te soltar e te deixar ir. E no único momento que afastasse os lábios dos seus seria para te dizer coisas doces ao pé do ouvido, promessas, juramentos, e frases que te deixariam de pernas bambas e de bochechas extremamente avermelhadas.
Mas o encanto é quebrado quando uma de suas amigas toca o seu ombro, te livrando do feitiço em que você estava envolta e te deixando respirar de novo, já que você nem tinha percebido que tinha prendido a respiração quando o viu. E você se amaldiçoa internamente, pois fica indignada que mesmo depois de todo esse tempo, e depois de tudo que ele fez, ele ainda seja capaz de te deixar sem fôlego.
Como você se permitiu cair nessas fantasias hediondas novamente? Se imaginar voltando com uma pessoa que te causou tanta dor, e mentiu tanto para você? E como se estivesse sendo pega por uma tempestade, é enxurrada com todos os sentimentos ruins todos de uma vez, te acertando bem no peito. O remorso, a dor da traição, da mentira, e de todo o resto. Você volta a encará-lo, mas desta vez ao invés de saudade ou luxúria, só havia ressentimento e rancor, e com o engolir em seco do rapaz, dá pra ver que ele também havia notado a diferença em seu comportamento.
-Precisamos ir, logo começam as apresentações e temos que nos preparar - Diz sua amiga ao seu lado, te livrando do toque leve no ombro - Ou você prefere ficar aqui e ir conversar com o seu príncipe encantado? - Questiona ela com um meio sorriso e arqueando a sobrancelha te provocando.
- Ha-ha, muito engraçado - Você retruca se recompondo e arrumando a postura - Vamos logo - Diz a ela com o rosto corando por ter sido pega em uma situação tão constrangedora, após ter dito que já tinha superado o mesmo.
- Estou falando sério - Ela argumenta - Ele tá vindo aqui agora, e acho que é pra falar com você - Comenta ela, desviando o olhar para a porta, onde você estava fitando agora pouco.
- O que? – Você diz perplexa, se virando para conferir.
Não! Não! Não!
Ele realmente está começando a abrir caminho entre os corpos dos diversos estudantes espalhados pela sala e se aproximando de onde você está, para chegar até sua pessoa. Tudo o que você menos queria agora era ter de falar com ele, e acabarem brigando na frente de todos, o que era provável pois você não queria escutar mais nenhuma das desculpas esfarrapadas, ou mentiras saindo da boca dele. Ou o pior de tudo, acabar cedendo aos encantos dele e se deixar ser franca em um momento desprovido de lucidez. Isso não poderia acontecer.
E como a adulta completamente madura e totalmente responsável que você é, já sabe exatamente como lidar com essa situação:
-Vamos sair daqui – Você diz para a garota ao seu lado - Agora! - Repete apressada, e dando as costas ao rapaz antes que ele tenha a chance de te alcançar.
Seus passos são apressados e ligeiros, querendo deixar a sala o mais rápido possível, e sem olhar para trás nenhuma vez. Ele estava muito enganado se pensava que poderia te encurralar e te forçar a conversar com ele depois de tudo. Você está quase saindo da sala pela porta lateral, com o semblante determinado e punhos apertados, até que é parada de repente, ao sentir um aperto em seu pulso te prendendo e te mantendo firme no lugar. E era impossível não reconhecer a quem pertencia a mão te segurando, sendo que o seu corpo já havia memorizado cada toque, cada carícia que a mesma já havia te feito, e te proporcionado.
Mesmo sabendo que havia chegado ao fim da linha, e que não tinha mais como escapar, você se recusa a se virar para ele, e fecha os olhos por um momento soltando um suspiro pesado e resignado com a situação.
-Espera! Podemos conversar rapidinho? - Você escuta a voz de Matías dizer, parecendo ofegante provavelmente por ter corrido para te alcançar, e sem ainda largar de seu pulso.
Você só puxa sua mão abruptamente se livrando do toque dele, e se vira para finalmente o encarar, e o olhar cara a cara. O seu olhar é cortante, bravo, ferido, como se fosse um animal que ataca para se defender, e no momento, é exatamente assim que você se sente. Ele te encurralou, não te deu o seu espaço, e mais uma vez coloca as necessidades dele acima das suas, como se o fato de te enganar não fosse uma infração ruim o suficiente, e ainda assim, você tem que tentar o seu máximo para ignorar como a sua mão formiga já sentindo falta do calor da palma dele contra a sua.
Por que ele tinha que ser tão bonito assim? Vê-lo tão de perto, e poder admirar o rosto do qual sentiu tanta falta, te fazia às vezes querer esquecer de tudo apenas para poder tê-lo novamente em sua vida. Mas não podia, você tinha mais amor próprio do que isso, e sabia que era um erro deixá-lo se aproximar quando você estava tão confusa, vulnerável e irritada. Mas às vezes era difícil dar razão às vozes de sua cabeça e ficar brava com alguém que um dia tinha sido o seu tudo, e até mesmo por alguns instantes a sua pessoa favorita no mundo todo. Sabia que tudo não havia passado de enganações e uma farsa bem elaborada, apenas uma fachada que ele arquitetou para te prender em sua teia de mentiras. E mesmo que tenha funcionado por um tempo, o amor unilateral que um dia você chegou a sentir por ele, não te faria pegar mais leve com ele, ou com o sentimento que um dia haviam compartilhado juntos.
-Eu estou ocupada, caso você não tenha notado - Diz o encarando brava, sem dar abertura.
Falar que o clima havia ficado pesado era um eufemismo, considerando que ambos se fitavam com afinco, ainda mais você que tinha adagas no olhar e palavras afiadas que queria desferir a qualquer menor palavra inconveniente que saísse dos lábios dele. Sua respiração estava pesada, suas mãos tremendo e suas sobrancelhas franzidas em uma expressão óbvia de descontentamento. Ele, por outro lado, parecia afoito e impaciente para conseguir falar fosse qual fosse a mentira da vez. Sua amiga se meche desconfortável do seu lado, provavelmente sem graça de estar presente no meio do que possivelmente se tornaria uma discussão de relacionamento:
-Na verdade ainda temos uns minutinhos - Diz a sua amiga limpando a garganta e entrando na conversa - Vou ir lá ver como estão as coisas, e qualquer imprevisto eu te chamo – Ela anuncia prontamente, e sem esperar por uma resposta ou concordância sua, ela começa a se afastar - Bom papo – A garota diz ao sair pela porta e te dando uma piscadinha singela no final.
“Traidora” – Você sussurra com os lábios ao fita-la com raiva, e ela somente ri, te deixando ali com o ser indesejado.
Sem alternativa, você cruza os braços na frente do corpo para impor alguma distância entre os dois, e com um revirar de olhos, espera que o garoto comece a dizer logo o que tenha para te falar, para acabar com essa tortura o mais rápido possível. Só que estranhamente, o rapaz que é sempre tão tagarela, parece ter ficado mudo e quieto desprovido de qualquer som. A única coisa que ele conseguia fazer era percorrer os olhos por sua figura, e absorver sua imagem com vontade, para tentar memorizá-la. Assim que os olhos dele fixam na barra de sua saia, que medem um pouco mais do que metade de suas coxas, ele engole em seco, ficando intimidado e nervoso, parecendo que nunca havia visto mais partes de sua pele nua do que agora. E talvez depois de tanto tempo separados, o sentimento seja mesmo esse, já que parece que a ideia dos dois estarem juntos foi há uma vida atrás.
Ficando impaciente com o súbito silêncio dele, e ficando constrangida (e mesmo que não admita isso para mais ninguém, fica satisfeita de ver que não é a única que ficou com cara de boba ao reencontrá-lo) limpa a garganta falsamente chamando a atenção dele:
- Para de ficar me secando seu tarado! – Fala o repreendendo.
- Desculpa – Ele responde rapidamente, e engolindo em seco novamente, arruma a postura e desvia o olhar de seu corpo, focando em seu rosto e ficando sério – É que faz tanto tempo, e você tá tão linda - Te elogia com a voz rouca, arrancando outro revirar de olhos seus e um suspiro frustrado. O típico truque barato dele de te agradar e te acalmar para dar início a uma conversa difícil.
Mas dessa vez não vai funcionar, e com isso você não diz nada, deixando que ele sofra mais um pouco tentando encontrar as palavras certas sobre seu olhar excruciante. Então ainda de braços cruzados, só levanta a sobrancelha e o desafia a continuar:
- Eu tentei falar com você várias vezes. Te mandei mensagem, liguei, te procurei em todo o canto, fui até sua casa e até te mandei flores, espero que tenha recebido. – Ele diz com a voz baixa e pausada, como se doesse admitir que todas as tentativas dele de contato foram fracassadas, e ao menos tinha um pouco de esperança de que você tenha recebido os presentes com os bilhetes afetuosos dele.
Você ainda não disse nada, porque sabe que se abrir a boca neste momento, pode começar a desabar no mesmo instante. Odeia como fica comovida com a feição triste e magoada dele, sendo que foi ele quem te magoou, e era você quem era a vítima aqui. Então porque estava te doendo tanto ver a melancolia nos olhos dele? Ele só estava colhendo o que plantou. Então como se para te lembrar do motivo que levou a tudo isso, pensa nos sonhos que tem tido nos últimos meses. Ele e Malena entrelaçados nus em uma cama, ele por cima dizendo palavras tão bonitas quanto as que te disse durante o namoro, e ele louco de desejo por outra pessoa, porque afinal, isso era tudo o que você era pra ele, um pedaço de carne e um brinquedo descartável.
Matías nota que você não vai ceder, e vai continuar se mantendo séria e calada, e soltando um suspiro sôfrego, ele prossegue com pesar:
-Eu sei que você ainda tá brava, mas você pode dizer alguma coisa? Por favor! - Ele implora deixando os ombros caírem com desânimo ao seu desprezo.
Você está prestes a respondê-lo, e acabar logo com essa palhaçada. Se era pra mandá-lo ir se foder ou colocar as flores que ele te mandou em um lugar bem desagradável, você não saberia dizer com certeza, mas é interrompida de sua futura ofensa a ele por uma voz alta e autoritária se fazendo presente no corredor:
-Atenção! Todos os grupos que vão se apresentar, se reúnam na sala, agora - Ordena sua professora inspecionando os alunos até o local e querendo agilizar a atividade.
E como se um aviso de que a conversa estava encerrada, você o lança um último olhar de desdém, e sem lhe dizer nenhuma palavra de despedida ou satisfação, simplesmente o dá as costas e vai embora, e desta vez mesmo a contragosto, ele te deixa ir.
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Conforme cada grupo vai entrando e saindo do palco de apresentações, você tenta controlar o seu nervosismo e se mostrar confiante para todos, mesmo sendo uma total fraude. Sua amiga não te pergunta a respeito da conversa, sabendo que se você quiser compartilhar o que houve, dirá por vontade própria, o que você a agradeceu internamente por não ter que lidar com essa carga emocional agora.
Assim que chega a sua vez de apresentar o projeto, juntamente com as suas amigas, você faz o possível para evitar de olhar para o rapaz de cabelos castanhos na plateia, fosse para não se distrair ou acabar vacilando nas próprias palavras. E quando finalizam, após esclarecerem as dúvidas que seus colegas possam ter tido, se retiram do local, e é quando finalmente você consegue respirar com calma e relaxar, sabendo que tinha feito um bom trabalho.
A apresentação de todos os grupos depois transcorrem bem sem nenhum incidente, isso se não contar o penúltimo conjunto de rapazes que não souberam responder as dúvidas dos colegas na plateia, e recebeu um olhar afiado e descontente de sua professora, acompanhado de uma anotação furiosa na caderneta da mesma.
Assim que esse processo é finalizado, juntamente com um discurso de agradecimento, as pessoas começam a se dissipar do local, e seguem para as próximas atividades do dia, como a próxima aula, ou um intervalo para comerem alguma coisa no caso de alguns. Para sua infelicidade, Matías parecia que teria o próximo período livre, assim como você, e claro que ele usaria esse tempo vago, para mais uma vez vir te procurar. Ele se levanta com pressa de seu assento, e começa a vir em sua direção, e você corajosa como sempre, os dá as costas outra vez, e foge para evitar qualquer tipo de conversa com ele.
Ele não desiste, e conforme os segundos se passam, você escuta os sons dos passos dele atrás de você se aproximando e quase te alcançando, e em completo pânico, antes que possa pensar direito, vira em um corredor deserto e entra na primeira sala vazia que encontra na universidade, já que tinham várias desocupadas naquele período. Mas antes que possa trancá-la, com as mãos tremendo na fechadura, ele é mais rápido e força sua entrada na mesma, não te dando escolha a não ser aceitá-lo no espaço e enfrentá-lo.
Matías tranca a porta atrás dele, em um aviso claro de que não tinha mais como escapar da conversa e que era a hora de falarem a respeito do que aconteceu, você querendo ou não. Você fica indignada com a atitude dele de te encurralar assim, e tenta preservar o máximo de controle que ainda possuía sobre a situação, colocando o máximo de distância que podia entre os dois, indo para o fundo da sala com raiva, enquanto ele se escorava na porta, e te fitava com o rosto sério:
- Já cansou de fugir de mim? Ou a gente pode finalmente conversar? - Ele questiona exasperado, como se ao menos tivesse o direito de estar chateado com algo nessa situação. Ele era um hipócrita e mesquinho por pensar que tinha algum poder de fala aqui.
Em poucos passos ele atravessa a sala inteira e chega até onde você está, acabando com a sua vontade de estar longe dele. E isso só te enfurece ainda mais:
- Será que você não percebeu que eu não quero falar com você seu idiota? – Retruca raivosamente, e se dirige até a porta para destrancá-la querendo sair dali, o que você também não consegue fazer já que ele entra na sua frente, e impede que você se mova mais um centímetro.
Será que ele não entendia que você realmente não estava com paciência para este tipo de coisa agora?
-Matías eu quero sair, então some da minha frente – Ordena fria e seca em um ranger de dentes.
- Não até a gente conversar direito – Ele retruca sem se mover um milímetro para o lado, mostrando que não tinha intenção nenhuma em te obedecer até que fizesse o que ele queria, o que no momento, era apenas um pouco do seu tempo e atenção - Por favor, me deixa explicar! - Ele insiste mais uma vez com a sua falta de resposta.
-Eu não quero ouvir mais nada vindo de você. - Diz mantendo a sua decisão de evitá-lo.
Matías solta uma respiração profunda com o seu teimosismo constante e prossegue - Eu juro que não dormi com ela, e nem com ninguém desde que te conheci - Afirma com a voz séria tentando te passar certeza, e te olhando olho a olho.
Você só solta um riso de escárnio com as palavras sem significado dele, e com o pensamento estúpido dele achar que você realmente cairia nessas besteiras de desculpas dele:
- Claro, eu acredito muito na sua palavra, Matías, me convenceu muito – Diz irônica. – Além de ser um mentiroso, omitiu coisas de mim. - O relembra com amargura em seu tom de acusação.
- Eu não te contei por que não queria te perder. - O mesmo se defende, com a justificativa mais besta que você já ouviu. - Você é muito importante pra mim e eu não queria perder isso. - Fala com o semblante chateado e cabisbaixo.
- Você nunca me teve pra me perder. – Fala irritada – E não adianta falar essas suas merdas porque eu não acredito em nada do que você diz - Com isso, você dá um passo à frente e aponta o dedo no peito dele, o cutucando com força - Você por acaso tava pensando no quão importante eu era quando foi trepar com ela? Ou isso foi depois de vocês se comerem? - Sua voz começa a falhar nesse momento, com a frustração, vergonha e rancor querendo vir à tona. Mas rapidamente limpa a garganta, não se permitindo que as lágrimas que estão querendo se formar escorrão por seu rosto, e continua - Você já deixou bem claro que ela sempre vai ser a sua escolha, então me deixa fora disso, e me esquece. - Fala com a voz mais composta que consegue.
Ele pega a sua mão que estava com o dedo no peito dele e a segura, a envolvendo na palma dele e acariciando, fazendo carinho com os dedos e apertando com firmeza no calor irradiando do mesmo:
- Eu não a escolhi, aquilo foi um erro, e nunca mais vai se repetir, eu juro. – Ele diz trazendo suas mãos aos lábios e depositando um pequeno selinho ali no local – Por favor, você já me ignorou por tempo demais, não acha? Vamos conversar com calma. - Ele pede, usando os olhos a seu favor, em uma expressão sofrida no rosto.
“Um cafajeste mesmo” você pensa com ódio.
- Pra você mentir pra mim de novo? - Pergunta retoricamente. – Não obrigado. - Responde, afastando as suas mãos do alcance dele e as limpando na barra da blusa, para que ele veja o seu desprezo pelo gesto barato.
Ele vê, e não esconde a insatisfação e mágoa com a sua reação.
- Me desculpa, eu fui um idiota, e deveria ter te contado tudo o que aconteceu, ou melhor, nem ter feito pra começo de conversa – Ele admite agitado – Mas não posso mudar o que aconteceu, só posso prometer ser melhor daqui pra frente. - Diz querendo uma segunda chance.
- Não me importa o que você promete ou deixa de prometer! Só cala a boca porque eu não quero te escutar. – Diz irritada, mas isso não é o suficiente para que ele cesse o roteiro sem fim de desculpas esfarrapadas dele:
- Foi um beijo, nada mais que isso e…
-CALA A BOCA! - Você grita o cortando no meio da frase, e perdendo o pouco controle que ainda te restava.- Não me importa se foi só um beijo, ou uma transa Matías, você não entende não é? Você me traiu de qualquer forma e não tem como consertar isso, então para com esse papo de “foi só um beijo”, ou “ foi antes da gente voltar” porque pra mim não faz diferença alguma. - Você cospe as duras verdades na cara dele.
Com muito pesar, ele finalmente parece entender o seu lado e seu ressentimento, e fita o chão envergonhado por ter causado tanto problema na antiga relação de vocês. Um silêncio se instaura no ambiente, você não quer dizer e nem ouvir mais nada, mas ele se recusa a deixar que a conversa de vocês acabem assim, não depois dele lutar tanto para estarem no mesmo lugar juntos:
- Eu ainda tenho sentimentos por você, e sei que lá no fundo você ainda sente algo por mim – Matías fala quebrando o silêncio com suas afirmações, e voltando a te encarar.
- Você só pode estar de brincadeira! - Diz revirando os olhos - Eu não sinto mais nada por você - Retruca descaradamente com a língua afiada - Até onde eu saiba, não sou eu quem ando atrás de você como um psicopata. – O acusa furiosa com adagas no olhar com a insinuação ridícula do garoto.
- Eu sei que no fundo você gosta, gatinha – Ele diz ao largar a máscara de tristeza de lado, e voltando ao seu jeito babaca e convencido de ser, o que só te dá uma vontade enorme de dar um tapa na cara dele, para que assim essa satisfação e certeza toda saia do mesmo, e antes que pare pra pensar duas vezes, é exatamente isso o que você faz.
A cara dele na mesma hora se vira para o outro lado em um estalo seco e alto, assim que sua mão encosta na bochecha com força e brusquidão. A região afetada imediatamente fica avermelhada, e marcada no formato de seus dedos na pele branca do rapaz, mas em momento algum ele demonstra dor com o seu feito, e volta a te encarar com a mesma expressão provocadora, e debochada quase no mesmo instante.
Se enraivecido ainda mais com a audácia dele, você desfere outro tapa seguido só que no outro lado da face do garoto, o que novamente, não surte efeito algum, e ele volta a te encarar com a expressão malandra na cara. Você pode estar imaginando coisas, mas chega a parecer que ele está até mesmo gostando disso. Como se a sua agressão o estivesse excitando e dando prazer a ele. Mas quando você vai desferir um terceiro tapa, ele te surpreende ao agarrar sua mão no ar e prendê-la, e quando você vai usar sua outra mão para se soltar do aperto dele, ele faz o mesmo, conseguindo assim te prender e te ter literalmente de mãos atadas para ele.
Tendo agora controle sobre você, ele te segura e te empurra para trás, te pressionando contra uma parede, e te deixando frente a frente com o corpo dele e te fazendo soltar um pequeno grito, devido a ação repentina.
Antes que você possa reagir ou fazer algo que não seja arfar de surpresa, ele junta suas duas mãos em uma só no aperto dele, e as prende acima de sua cabeça. Ele chega cada vez mais perto, e levando a outra mão dele que agora estava desocupada, a posiciona em seu queixo, te segurando e forçando o seu olhar a encará-lo:
-Você tá louco? Me solta, Matías! - Você reclama, se debatendo e tentando se soltar do aperto dele, mas sem sucesso algum.
- Nós dois sabemos que você não quer isso, meu bem - Ele diz, ficando com o rosto ainda mais perto do seu e te fitando com afinco.
Ele está tão correto sobre isso que te deixa enfurecida. Mas não somente com ele, mas consigo mesma também. Pois odeia como o calor que está emanando dele te causa sensações já tão familiares da qual seu corpo tem sentido falta nos últimos meses. O modo como as mãos dele estão te segurando com força, as peles em contato uma com a outra, o cheiro dele, tudo como se fosse um convite aberto para que você o recebesse. E mesmo não querendo, com o seu cérebro te dizendo não, o seu corpo grita que sim, e super demonstra isso para ele. Fosse a forma como sua respiração está ficando mais falha, as bochechas ficando coradas, ou o modo que involuntariamente você fricciona as coxas uma contra a outra em busca de alívio.
-Você não sabe o que eu quero - Diz em um fio de voz, não querendo se render tão fácil.
-Ah não? - Ele diz e se aproxima de sua orelha para sussurrar em seu ouvido - Então se eu levantar essa saia minúscula que você tá usando agora, eu não vou encontrar a sua buceta molhada? - Ele pergunta, e mordisca levemente o seu lóbulo, arrancando um gemido baixo seu.
Mas você se recusa a responder a pergunta petulante dele, e com sua falta de palavras, ele decide provar o seu ponto e larga o seu queixo para deixar a mão livre. Você fecha os olhos já sabendo exatamente o que vai acontecer, e não demora muito até que ele leve a mão até o meio de suas coxas e encontre o que tanto procurava:
-Porra! - Ele exclama - Você está encharcada - Ele diz ao apalpar a sua carne sensível com vontade.
E com esse simples toque, tudo está perdido e você é reduzida a uma bagunça melosa e carente por contato do garoto. Assim que ele larga as suas mãos, você se aproveita de sua recém liberdade para entrelaçar os braços no pescoço dele por vontade própria, o agarrando e o trazendo para seu calor, e ele se utilizando desse momento de rendição sua, leva as mãos até a barra de sua saia a puxando com pressa para cima, até alcançar a altura dos quadris. E quando o consegue, te agarra firmemente pelas coxas, e te traz até ele, te erguendo e te carregando até uma das diversas carteiras que haviam espalhadas por ali, te depositando na mesma, para depois se pôr entre suas pernas.
O frio do móvel escolar em seu traseiro, coberto apenas pelo tecido fino da calcinha, é esquecido quando ele leva as mão até sua pele à mostra, e fecha os olhos encostando a testa contra a sua, o que te causa cócegas por conta do cabelo comprido. Você nota como a marca de seus dedos na bochecha dele quase não são mais aparentes, e devido a proximidade dos dois, a virilha dele está encostada em uma posição extremamente precisa e prazerosa para ambos, e isso só se intensifica quando ele começa a se esfregar contra o seu corpo. Não tem como você conter um gemido de escapar de seus lábios, para a satisfação e alegria do rapaz.
-Eu poderia te fazer gozar agora se eu quisesse, te chupando do jeitinho que eu sei que você gosta. - Ele provoca, esfregando o nariz contra o seu, e apalpando suas coxas chegando perto de sua intimidade - Hum? - Ele te atiça querendo uma resposta, e abrindo os olhos para te encarar - O que eu preciso fazer pra te provar que você é a única mulher na minha vida? - Os dedos dele se aproximam ainda mais de seu núcleo - Eu te dou o que você quiser, meus dedos, minha boca, meu pau - Com isso, ele começa a brincar com a barra do tecido de sua calcinha - É só você me pedir com jeitinho.- Diz e deposita um beijo molhado em seu queixo.
A partir deste momento, estar perto não é mais o suficiente, e ele começa a se inclinar mais a fim de juntar os lábios nos seus para finalmente te beijar. E ele está tão perto que você já consegue sentir o hálito mentolado dele em seu queixo.
- Eu sei que você me quer – Ele sussurra prestes a juntar suas bocas.
Mas antes que os lábios deles possam encontrar os seus, o som da maçaneta sendo forçada, e alguém batendo na porta te tira do seu estupor e você o empurra assustada, o afastando como deveria ter feito a muito tempo.
Sem coragem para encará-lo, simplesmente o dá as costas e abaixa sua saia envergonhada, tentando se arrumar e se recompor o melhor que pode. Ainda em choque, e com as pernas bambas parecendo gelatina, você caminha até a porta e a abre, torcendo para sua cara parecer leve e despreocupada, e não deixar transparecer nada do que acabou de acontecer, ou do que poderia ter acontecido. Mas assim que faz isso, se arrepende na mesma hora e sente seu coração acelerando mais ainda, e seus olhos quase saltando, quando vê sua professora parada do lado de fora da sala à sua frente. Que droga ela estava fazendo aqui?
Você engole em seco e sente suas mãos suarem frio, com medo e receio do motivo dela estar ali, afinal, aquela sala não era muito utilizada, você tinha certeza disso. Mesmo em sua pressa, você saberia dizer para onde estava indo, e também sabe que esta ala da faculdade era quase sempre desprovida de professores e estudantes por ficar longe da biblioteca, refeitório e ginásio, então na maioria das vezes só a equipe de limpeza passava por lá. Mas o que mais te assombrava era a possibilidade dela ter escutado alguma coisa, pois sua cara já morria de vergonha com o mero pensamento.
- Olá - Ela cumprimenta rapidamente assim que te avista e abre a boca para dizer mais alguma coisa, mas se detém ao notar seu nervosismo, e te estuda para entender melhor o motivo. Não demora muito para que ela encontre a razão de tudo isso ainda parado no fundo da sala perto dos armários. - Desculpe, estou interrompendo algo? - Ela questiona arqueando a sobrancelha com a cena inusitada:
- Sim! /Não! - Você e Matías dizem ao mesmo tempo. Você completamente constrangida e ele obviamente irritado porque foram interrompidos do que sequer estivessem fazendo.
-Matías - Ela se dirige a ele desgostosa - Ainda estou no aguardo do seu trabalho do terceiro período - Ela o cobra, aproveitando para o medir de cima a baixo com julgamento escancarado no olhar.
- E como eu já tinha dito antes Senhora, eu ainda estou dentro do prazo - Ele retruca não se deixando intimidar pela presença da mais velha.
- Faltam apenas dois dias, não se esqueça - Ela rebate autoritária, e se dirigindo a você com a expressão mais pacífica prossegue - Podemos conversar senhorita? Em particular? Na minha sala? - Pergunta a mesma, olhando de escanteio para o rapaz atrás de você, arrancando um bufo aborrecido dele e quase, QUASE, uma risada sua com a birra dos dois.
- Claro. - Você concorda, ansiosa para sair de lá e se livrar dessa situação merda em que se encontrava com o seu ex.
Ainda com o coração em um ritmo acelerado, você a segue até a sala para que possam conversar. Será que você estava com problemas? Porra! Será que ela ouviu alguma coisa do que aconteceu? Sua mente já estava prestes a entrar em combustão naquele instante se ela não começasse a falar logo:
- Vou direto ao ponto, eu gostei muito da apresentação do seu grupo hoje, e você em especial me chamou a atenção, então vim com uma proposta pra te oferecer. – Ela diz, parecendo ouvir suas preces quando entram em seu escritório, e se endireita na cadeira, para pegar uma pasta preta em sua gaveta.
- Muito obrigado – Agradece as palavras dela se sentando de frente para a mesma – E qual seria? – Questiona curiosa.
- Tenho uma colega na área que está procurando indicações de alunos para estagiarem no escritório dela, e caso você se interesse, posso te fornecer uma excelente carta de recomendação – Ela começa dizendo - É uma ótima oportunidade e eu já venho te observando há algum tempo – Abrindo a pasta, ela começa a folhear o conteúdo das páginas – Realmente impressionante, notas bem acima da média, grande participação nas aulas, trabalhos em dia – Ela pontua, enquanto vai descendo o dedo por cada parte da folha a analisando - E como se não bastasse, apresentou o seu projeto de forma totalmente eloquente e comunicativa hoje. - Finaliza satisfeita.
- Nossa, obrigado! Tô até sem graça com tanto elogio – Diz a ela, arrancando uma risada da mesma.
- Não fique – Ela te acalma e te estende uma folha, a qual você pega no mesmo instante.
- Esse é o termo e contrato do plano de estágio – Ela explica – Caso esteja interessada, além de contar pontos muito bons na sua grade curricular, também te insere com mais profissionais do ramo, os quais para ser sincera, eu admiro muito. – Ela fala.
- Tudo bem, eu tenho interesse. - A comunica com entusiasmo, gostando da ideia. Afinal, seria bom encontrar algo no qual pudesse se distrair e gastar suas energias ao invés de só ficar em casa se lamentando, e claro, um dinheirinho a mais não faria mal nenhum no momento.
- Perfeito! - Ela comemora - Me manda o seu currículo pelo e-mail acadêmico e eu encaminho para ela junto com a recomendação.
- Ok, obrigado – Concorda, agradecendo e se retirando da sala.
Mas assim que você sai pela porta da mulher, e não encontra o inoportuno do seu ex, não sabe se está mais chateada pelo fato de Matías ter vindo te procurar em primeiro lugar, ou pelo fato dele não ter te sequer te esperado sair para conversarem. Você nunca admitiria, mas talvez, assim como ele disse, você realmente gostava da insistência dele.
O que você mal sabia, era que o garoto estava lá até segundos atrás, mas tinha acabado de sair achando que se te importunasse mais alguma vez no dia, era capaz de ao invés de um tapa, você acabasse desferindo um chute nas partes íntimas dele. O que sendo honesta, poderia acabar muito bem acontecendo, já que você não daria o braço a torcer. Então com um suspiro derrotado, ele foi embora.
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Após alguns dias de espera, e uma nota gratificantemente alta em seu histórico e grade curricular, você é agraciada com a notícia e retorno de sua professora a respeito da tal vaga proposta. O colega dela pareceu bastante interessado em seu perfil e quis marcar uma entrevista para poder te conhecer melhor, e poderem alinhar os interesses de cada um, e se chegassem em um acordo benéfico para ambos, entrariam em um vínculo de empregado e empregador o mais rápido possível.
Sua reação é a mais cômica que consegue imaginar, dando pulinhos de excitação e gritinhos de alegria enquanto lê e relê o e-mail com a novidade, animada pela oportunidade e ainda muito grata pela mesma ter pensado em você, dentre tantos alunos para qual a mais velha leciona. Responde a mensagem que contém todas as informações com endereço e horário, e a agradece formalmente (e certamente mais contida do que foi em seu particular) dizendo como está agradecida pela indicação que ela fez.
Pesquisando bastante a respeito do lugar para se preparar, já ensaia as respostas que irá dar no dia, e espera que tudo ocorra bem. Mas no dia marcado, apesar de todos os seus esforços, ainda tem um pingo de nervosismo em seu sistema, o qual tenta conter o melhor que pode, não querendo arruinar tudo.
Quando chega no endereço, você avista um prédio alto e gigantesco completamente espelhado e altamente moderno, e agradece internamente por ter vestido os seus scarpins pretos mais sofisticados para passar um ar de mulher de negócios, mesmo se sentindo um peixe fora d’água em um lugar tão corporativo como este. Está trajando também uma roupa semelhante a da apresentação do projeto, mas dessa vez sendo uma calça lisa escura e um blazer da mesma cor, para dar mais classe, ou ao menos esconder e não parecer que você é o tipo de garota que ainda dorme com seu pijama de ursinhos favorito.
Tomando coragem com um suspiro, passa pelas portas de vidro, e entra no lugar refrigerado e fresco por conta do ar-condicionado, e vai em direção ao balcão. Lá encontra uma secretária ao telefone, e aguarda em um dos acentos da entrada para pedir informações enquanto segura o envelope que contém todas as suas informações acadêmicas e profissionais. Após alguns minutos de espera, enquanto percorre os olhos admirando e observando o local, você finalmente é atendida:
- Bom dia, em que posso te ajudar? – Pergunta a funcionária com um sorriso simpático no rosto e prestativa.
Você não consegue deixar de notar como ela é bonita e sexy em seu terninho chique, ao mesmo tempo em que é formal e discreta em seus trejeitos, passando um ar de jovialidade e de ser uma pessoa culta. E por um instante, você se pergunta se você realmente se encaixaria ali. Pois nunca se considerou uma pessoa muito centrada ou séria, mas sabia que se estava ali, era porque confiavam em seu potencial, então deixando todos os medos bobos e receios de lado, abre um sorriso em resposta e a explica que está ali, pois está se candidatando para uma vaga, e vai fazer uma entrevista hoje marcada com o recrutador:
- Ah sim, você deve ser a estudante de quem me falaram mais cedo – Diz a mulher parecendo se recordar ao olhar para você e depois para a agenda contendo anotações do trabalho – Isso mesmo, entrevista para vaga de estágio às dez, por favor me acompanhe – Ela pede, e começa a caminhar com os saltos finos pelo piso claro do chão, e te levando até um dos elevadores do edifício. Tudo nela exala sofisticação, o caminhar com as pernas longas, o cabelo preso deixando somente algumas mechas soltas propositalmente para moldar o rosto, e as unhas pintadas em um tom escuro e longas que se direcionam até o botão para chamar o elevador:
- Sexto andar, corredor esquerdo, primeira porta à direita – Te instrui com calma, apertando o botão do painel de controle, e você só acena com a cabeça concordando e entrando na caixa metálica, não tendo a mínima ideia se vai conseguir se lembrar das instruções dela quando já estiver no andar indicado. – Boa sorte e boa entrevista – Ela diz sutilmente quando as portas começam e se fechar.
- Obrigado – Você consegue responder com a voz surpreendentemente firme antes que a visão dela de você suma, e você seja consumida apenas pelo vazio do pequeno espaço claustrofóbico.
Assim que as mesmas finalmente se abrem, você sai e tenta se nortear pelo lugar desconhecido. E assim como temia, obviamente que havia esquecido as palavras da mulher e claro que não é preciso muita exploração para dizer que sua busca foi totalmente fracassada, e que você já está completamente perdida nos primeiros minutos deixada sozinha. Você olha para as paredes tentando encontrar algo que mostre alguma direção, algum aviso ou placa, mas não tem nenhuma à vista.
- Oi, precisa de ajuda? – Te pergunta um rapaz, se aproximando ao notar a sua cara de confusão olhando para os cantos frustrada.
Mesmo estando completamente frustrada por estar boiando ali, não consegue deixar de notar como o rapaz é bonito. Ele é o perfeito estereótipo de garoto modelo e padrão, com cabelos em ondas loiras, olhos claros, um nariz acentuado junto com um maxilar bem definido. Mas o que mais te prende, não é a beleza escancarada dele, e sim a forma que os olhos e o pequeno sorriso que ele te lança são ternos e sem julgamento algum, não tiram sarro por conta de sua confusão e contém somente a intenção genuína de te ajudar.
- Oi - Responde a saudação dele - Na verdade preciso sim – Confessa ainda um pouco acanhada – Eu vim fazer uma entrevista e já me perdi na primeira oportunidade que tive – Fala a ele, arrancando uma risada do mesmo, o que por algum motivo te deixa feliz com o feito, e com borboletas no estômago.
- Sem problemas, acontece – Ele diz te acalmando, o que mesmo você achando que é mentira que alguém se perca tão fácil assim, você é grata pelo esforço dele em te fazer se sentir bem – Deve ser para a vaga de estagiário, certo? – Questiona com serenidade, mas parecendo ansioso com sua resposta.
- Sim – Concorda com ele, e pode ser que esteja vendo demais, mas por algum motivo ele parece contente com a sua afirmação, abrindo um sorriso lindo, e parecendo um garotinho que acabou de ganhar doce, o que você achou um charme.
Qual era o seu problema? Você não se encantava tão fácil assim por qualquer cara. Depois de Matías então tudo piorou, pois qualquer um que comparasse com ele parecia completamente sem graça e sem vida. Mas com este era diferente, por alguma razão você não conseguia deixar de notar a feição angelical dele, e com o jeito gentil do mesmo, tudo só ficava melhor. Quer saber? Você está pensando demais. Não tinha problema algum em admirar um cara bonito, ainda mais um tão atraente como este em sua frente, então estava tudo bem. Não é como se você estivesse se apaixonando, certo?
- Belezinha, é por aqui, senhorita – Ele fala te despertando de seu debate interno e começando a te guiar por um dos diversos corredores daquele labirinto em forma de prédio.
Um flashback passa por sua cabeça neste momento, cenas de muito tempo atrás de você igualmente perdida em um corredor, e um estranho vindo te ajudar. Mas esse estranho não era um rapaz excepcionalmente educado, loiro e gentil, e sim um rapaz de cabelos castanhos e um sorriso maroto nos lábios. E com um suspiro baixo e triste, você não consegue deixar de se perguntar até quando tudo em sua vida a fará se lembrar dele. Porque você ao menos estava comparando os dois rapazes? Ou melhor, você queria mesmo saber a resposta pra essa pergunta?
Em poucos segundos vocês chegam em uma sala de espera, que contém outros candidatos aguardando sua entrada, e você tem vontade de se estapear ao ver que o caminho era tão simples, e o problema era você mesmo quem fez a proeza de se perder. De frente a sala tem uma porta branca, a qual o garoto te aponta:
- É naquela sala ali, é só sentar e esperar ser chamada- Te fala apontando para a sala - E a propósito, boa sorte, estou na torcida – O garoto te deseja, enfiando as mãos no bolso da calça envergonhado, e te lançando outro sorriso gentil.
Seu coração começa a bater mais rápido com isso.
- Obrigado.- Você diz em um tom baixo, e tem quase certeza de que suas bochechas estão corando por conta do gesto.
E assim vocês se despedem, e só após isso que você se dá conta de que nem ao menos perguntou o nome daquele anjo, apelido o qual você acabou de carinhosamente e mentalmente dá-lo por conta de sua boa ação e aparência angelical.
Mas deixando o seu fascínio repentino pelo rapaz misterioso, você se senta e aguarda até te chamarem, quase roendo as unhas e arrancando os cabelos de tanta ansiedade no processo. E depois de esperar por poucos minutos, mas que pareceram horas, em uma das cadeiras no local, o seu nome finalmente é dito, e você é convidada a entrar na sala, e engolindo em seco para conter todo o seu nervosismo, você entra.
Adentrando o local bem iluminado e espaçoso, a primeira coisa que você avista é uma senhora sentada de frente para uma mesa, usando óculos e de feição aparentemente gentil:
- Bom dia, tudo bem?- A senhora cumprimenta e você a responde - Pode se sentar por gentileza – Ela diz, apontando para a cadeira de frente com a mesa dela, enquanto começa a ler com cuidado os documentos que você a entrega quando ela estende a mão, e abre um sorriso.
- Vamos nos conhecer um pouco, ouvi falarem coisas ótimas a seu respeito. - Ela comenta guardando a sua ficha e te fitando para começarem a trocar uma ideia.
Ela se apresenta e após uma conversa, a qual você pode considerar não muito longa, mas definitivamente de um tempo considerável, com a conversa fluindo e ela te perguntando a respeito da faculdade, seus interesses, hobbys e outros passatempo nos momentos livres, e você mostrando interesse na vaga, ela parece ter chegado a uma decisão final:
-Estou realmente impressionada - Ela admite - Não vou esperar até semana que vem, já posso te afirmar que o trabalho é seu, e que estamos muito felizes por te receber e te ter na equipe com a gente - Diz a mulher muito educada e com um sorriso acolhedor.
Ela te fala a respeito dos horários, salário, benefícios, e com você estando de acordo, mais do que satisfeita com os valores, ela já te entrega uma cópia do contrato, e após sua assinatura, ela já pede para uma outra funcionária entrar e encaminhar o documento ao RH da empresa, e outra cópia para a secretaria de sua faculdade. Todo o trâmite é bem tranquilo, e você se sente à vontade e mais relaxada com a vaga já garantida.
- Bom agora que você já sabe que passou, vou te explicar melhor como será o processo aqui e nossa gestão - Ela diz simpática e você balança a cabeça concordando para que ela continue - No primeiro momento, o nosso ex-estagiário vai te treinar e te mostrar como funciona tudo, por isso, vão passar muito tempo juntos - Ela te explica, querendo tirar suas possíveis dúvidas - Você vai adorar ele, jovem, simpático, e muito inteligente - Ela te garante.
- Ah ok, tenho certeza de que nos daremos bem. - Você concorda com ela, pois se esse tal funcionário, se mostrar como todos os outros que conheceu até agora, sabe que será tudo perfeito.
- Como ele foi efetivado, você vai ocupar a vaga dele, por isso ele é a melhor pessoa para te pôr a parte de tudo, mas infelizmente hoje ele teve que ir até a outra filial tratar de outros assuntos - Te justifica a ausência dele. – Ele até esteve aqui agora cedo, mas teve que sair com pressa, mas não se preocupe, segunda-feira sem falta ele estará aqui e te ensina tudo.
- Sem problemas. - Você diz a mulher mais velha.
Depois de tudo resolvido, com a garantia de você voltar na próxima semana, mas dessa vez como uma funcionária propriamente dita, você se despede da gentil senhora e vai embora. E passando pela recepção pela segunda vez no dia, reencontrando a primeira moça que te atendeu na entrada, ela te pergunta se foi tudo bem, e você a conta, recebendo os parabéns, e afetuosos boas-vindas dela.
Mas quando passa pelas mesmas portas de vidro, dessa vez saindo do local, ainda sente uma coceira que não sabe explicar o motivo. Só quando já está no metrô a caminho de casa, que descobre o porquê. Não sabe exatamente a razão pela qual o garoto loiro não sai de sua mente, mas sabe que gostaria de dar as boas novas a ele também, e ver a reação do mesmo. Fantasiando se ele ficaria tão contente quanto imaginou que ele ficaria.
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Ainda elétrica por conta da boa notícia, não consegue esperar até chegar em casa para compartilhar a novidade com suas amigas. Você gostaria de dizer que estava planejando fazer um bom uso desse dinheiro extra, fosse o aplicando em uma conta no banco, ou o guardando para um bem maior, mas a verdade é que já estava coçando a mão para planejar um dia das garotas e poder desfrutar de um pouco de luxo que acha que está merecendo, seja comer em um restaurante mais fino ou comprar uma roupa mais cara.
Elas te parabenizam pelo grupo de mensagens e parecem muito animadas por sua mais nova conquista, a qual você não consegue tirar um sorriso do rosto:
-Deveríamos sair hoje pra comemorar- Uma delas diz na próxima mensagem, e não demora muito para que mais pontinhos pulando apareçam na tela, indicando que as outras estão digitando algo:
- Nossa sim!!! Não saímos juntas já tem um tempão. – Reclama uma das garotas concordando.
- Balada? Cinema? Restaurante? Tão a fim do que? – Questiona uma das meninas oferecendo opções.
E por incrível que pareça, você realmente quer sair hoje. É uma sexta-feira alegre, com boas notícias, já que você tinha acabado de receber suas notas exemplares do bimestre, e tudo estava ocorrendo bem em sua vida ultimamente. Bom, quase tudo. Mas ainda assim era motivo para erguer a cabeça e se animar. Por uma noite você não queria pensar no chifre que adornava sua cabeça, ou imaginar o idiota do seu ex que por acaso você quase beijou quarenta e oito horas atrás. Está noite você queria se divertir e esquecer de tudo. Se jogar e viver a parte da sua vida a qual tem se negado nos últimos meses.
Solteira. Você é solteira e já estava na hora de usar isso para seu benefício. Quem sabe encontraria um cara bonito e pudesse se ocupar um pouco com ele. Uma parte sua sabe que só está querendo fazer isso para provar a si mesma que não ficou balançada com o quase beijo com Matías, e que já o superou. Mas a outra quer ir além, quer conhecer novas pessoas e quem sabe assim, depois de uma ficada com um cara qualquer, acordasse para a realidade e visse que os homens são todos iguais. Fosse Matías, ou fosse outra pessoa, você iria gostar de qualquer jeito. Ele não é especial. Ele não tem poder nenhum sobre você. E já estava na hora de você entender isso.
- A gente pode sair pra tomar uns drinks naquele Pub que fui semana passada com meu namorado – Começa uma das garotas sugerindo – É bem legal, eles têm música ao vivo, a comida é boa, e o mais importante, a bebida é de qualidade, e sempre tem uns gatinhos por lá. – Ela termina de relatar, e marca o seu usuário na mensagem, junto com um emoji nada discreto para complementar.
Seu rosto cora na hora com isso, e as outras integrantes mandam mensagens dando risada, a qual você acaba acompanhando também. Assim que vocês terminam de discutir os últimos detalhes para a noite especial, você se despede.
- Até mais tarde. – Você finaliza a conversa e guarda o telefone na bolsa se dirigindo para casa.
Você não sabia muito bem o que esperar da noite que estava por vir, mas queria muito que assim que você retornasse dela, não conseguisse mais se lembrar de um garoto petulante de cabelos castanhos, fosse por estar muito bêbada, ou por estar com outra pessoa. Mas independente do motivo, só queria tirá-lo de seus pensamentos e de seu sistema.
E por tudo que era mais sagrado, você iria conseguir.
Depois de tanto tempo, dei as caras de novo por aqui.🤭 Espero que tenham gostado, e até o próximo 💖😚
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ghstlymess · 3 months ago
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Ela
Ela é aquela tal de menina-mulher
de natureza mansa e gentil
e feroz e selvagem
tudo isso se oculta em seu ser
que tem um quê de bicho etérico
só a enxerga aqueles que querem ver
doce e meiga
brincalhona quando se sente segura — essa é a menina na mulher
infinitamente triste quando machucada
tudo nela é tudo ou nada
ou ama ou nem se quer existe em seu mundo
a fria indiferença é o que dá medo sobre ela
uma hora tu é bicho cativo em seu doce coração, de bom grado, é claro, e em outra tu tá abandonado e ela se encontra mais distante do que o Alasca e tão fria quanto
olha, ela é complexa em sua infantil simplicidade
tu não encontra algo assim em qualquer esquina
uma vez na vida, se tiver sorte,
não posso reclamar, quem a tem por perto sabe que é ter um universo de ser para se inspirar
um constante lembrete de que amor incondicional existe
porque é assim que ela ama
e apesar das tormentas, eu juro:
à noite a vejo brilhar como o mais lindo dos vagalumes.
- @macsoul
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rabo-de-lagartixa · 6 months ago
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Somos encontros meio ao desencontro, a vontade de ir querendo ficar. O desejo de ser esquecido, mas ser reinvindicado no último segundo.
Somos o desejo que negamos, o perdão magoado. A brincadeira séria, a alegria mais triste. Multidões vazias. O infinito vasto limitado dentro de nós mesmo.
Somos exatamente aquilo que achamos não ser; a certeza duvidosa, a paz caótico e a luz mais escura. Coragem medrosa. O adulto infantil que esconde o rosto por medos bobos.
Não somos a complexidade da autossabotagem que ensaiamos frente ao espelho, somos as lacunas não preenchidas; a paralisia de saltar para o desconhecido; o atalho mais fácil.
- Rayner Halstton
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misshcrror · 5 months ago
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              𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's point of view ;
The edge of insane, a trail of blood There's nowhere to run when darkness falls The smoke and flames, they will be your undoings.
tw: trauma religioso, maus tratos infantil, violência, tortura física e psicológica, sangue e suicídio.
Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a tristeza do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos, na casa da alegria. (Eclesiastes 7:2-41 2)
A dor era insuportável, aguda e incessante. A coroa de espinhos pressionava com uma força fora do normal contra o couro cabeludo de Yasemin, seus espinhos fincando-se na pele sensível. Ela sentia o sangue escorrer em finos filetes pelo rosto, misturando-se às lágrimas que não conseguia segurar. O vestido impecável que usava agora estava manchado de vermelho, um contraste cruel com a noite perfeita prometida.
𝐀𝐓𝐎 𝐈: 𝐃𝐄𝐔𝐒
Enquanto se contorcia de dor, a mente de Yasemin foi transportada de volta ao orfanato onde passou sua infância. Lembrava-se com clareza das paredes frias e úmidas, das freiras e padres que a olhavam com desdém e medo. Suas dúvidas e questionamentos eram vistos como heresias, e suas punições eram severas. As sessões para expurgar o diabo de seu corpo, os espancamentos – tudo isso retornava com uma clareza aterrorizante. Era como se estivesse novamente presa naquele quarto escuro, obrigada a rezar incessantemente, privada de comida e água.
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
"Você é filha do diabo," eles diziam. Yasemin nunca entendera por que sua relutância em seguir a doutrina imposta a fazia merecer tanto sofrimento. Mas com o tempo, começou a acreditar que talvez fosse verdade. A dura realidade do orfanato a transformou, tornando-a dura consigo mesma. Sua vida se tornou uma série de gestos e penitências. Uma forma de autopunição para garantir que nunca ferisse outras pessoas. Tudo em nome D'ele.
Corações ao alto. O nosso coração está em Deus.
Naquela época, ainda criança, Yasemin notou. Em meio aos castigos, algo despertou. Quando as freiras a trancavam tentavam lhe tocar, caíam em ilusões aterrorizantes para manter os outros à distância. Quem ousava se aproximar dela, sentia o medo se infiltrar em suas mentes, vendo os próprios demônios surgirem diante de seus olhos. Lembrava-se de uma vez, em particular, quando uma freira mais severa entrou em seu quarto para aplicar outro castigo. Yasemin, desesperada e exausta, permitiu que seu medo e raiva tomassem forma. A freira parou subitamente, seus olhos arregalados de terror enquanto visões deformadas e sombras ameaçadoras a cercaram. Ela fugiu gritando, deixando Yasemin sozinha, tremendo, mas triunfante. Aquela foi a primeira vez que percebeu o poder real que possuía, um poder que podia usar para se proteger.
Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação.
Ao longo dos meses, ela se tornou uma figura de terror silencioso no orfanato, uma presença que poucos ousavam desafiar. As freiras e padres começaram a evitá-la, murmurando orações e fazendo o sinal da cruz sempre que passavam por ela. Esse poder, no entanto, também a isolou ainda mais, fazendo com que se sentisse ainda mais solitária e incompreendida. E então o sátiro chegou e a retirou daquele inferno.
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐈: 𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎
Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. (Pedro 5:8-9)
A raiva e o ressentimento que carregava dentro de si não desapareceram mesmo após quatro anos naquele acampamento. Como poderia? Eles a corroeram, tornando-a mais dura, mais defensiva. Quatro anos se passaram, anos em que Yasemin treinava para se manter estável e em controle. Os olhares tortos e desvios de caminho só mostravam que ela não era bem vinda nem mesmo ali. Não enquanto não tivesse controle de seus poderes.
E então o tal Diabo finalmente chegou. Ou seria Deus com a salvação?
No seu quarto ano, Quíron lhe informou que alguém estava esperando por ela fora do acampamento. Yasemin ficou incrédula. Deimos, o deus do pânico, seu pai, estava ali para treiná-la pessoalmente.
O treinamento com Deimos foi brutal. Os métodos sombrios do deus eram implacáveis. Ele a levava aos limites físicos e mentais, forçando-a a confrontar seus maiores medos e a dominar a arte do pânico.
As chamas dançavam na sua frente, o fogo se alastrando e os gritos dos semideuses. Os rostos assustador, o pavor e o medo no pavilhão. Ela se permitiu um sorriso curto com a situação. Era o terror encarnado. As estrela caindo. Deimos e Fobos. Eles estavam em todas as coisas. Na garotinha assustada com medo do escuro, no estudante com receio de não passar em uma prova importante, no pavilhão pegando fogo independente se fossem seus filhos ali ou não. Independente se o fogo tivesse sido lançado pelo inimigo ou amigo.
Porque o medo e o terror estavam em todas as coisas.
"No medo, há poder," seu pai dizia. "O medo é uma ferramenta mortal, letal. Use-o ou será usada por ele."
Anos antes, Yasemin chorava e lamentava, noites inteiras de dor e sofrimento enquanto Deimos a forçava a confrontar seus traumas. Ele a fazia passar por situações aterrorizantes, replicando suas memórias mais dolorosas do orfanato. Da morte de sua mãe. Do sofrimento de seus poucos amigos no acampamento. Cada sessão era um inferno, mas aos poucos, Yasemin começou a entender. Suas lágrimas se transformaram em uma raiva fria. A fraqueza não era uma opção.
Leyla Solak, ah... Ela certamente agiria como uma leoa protegendo seu filhote. Deimos também, mas com ele eram métodos sombrios. Mas agora, era Yasemin se transformando em uma verdadeira leoa. Sob o treinamento de Deimos, ela aprendeu a controlar melhor seus poderes. Aos poucos sua presença tornou-se sinônimo de medo.
Deimos a ensinou a abraçar o terror, a manipular o pânico em seus inimigos. "Você não é uma vítima," ele dizia. "Você é a portadora do medo. Faça com que todos se lembrem disso."
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐈𝐈: 𝐀 𝐒𝐀𝐍𝐓𝐀
Yasemin sempre carregou consigo a memória de sua mãe, Leyla Solak, como um farol de luz em meio às sombras de sua vida tumultuada. A admiração profunda por sua mãe desde pequena, Leyla fora seu mundo, a fonte de amor, diversão e segurança. As memórias de sua mãe eram vívidas e detalhadas, um alicerce que sustentava Yasemin mesmo nos momentos mais sombrios.
Sempre viu sua mãe como uma figura fascinante e imponente. Seus trabalhos, sombrios e intricados, eram uma janela para os medos mais profundos da humanidade. De alguma maneira, sua mãe conseguiu entender como a humanidade era cruel cedo. E talvez por isso era tão protetora com Yasemin. Sempre foram apenas elas duas afinal.
A família Solak, que já desaprovava as histórias de horror de Leyla, cortou o contato definitivamente quando ela se mudou e ficou grávida de um, até então, desconhecido. Quando Leyla faleceu, Yasemin tinha apenas nove anos. A família foi contatada, mas ninguém a quis. Sem nenhum parente disposto a acolhê-la, foi enviada a um orfanato. Herdeira de uma considerável fortuna deixada por sua mãe, Yasemin tinha recursos, mas lhe faltava o amor e o apoio de uma família.
Desde que perdeu Leyla, Yasemin decidiu que faria de tudo para ser o orgulho de sua mãe. Leyla havia enfrentado o mundo com coragem, desafiando a família e seguindo seu próprio caminho, e Yasemin queria seguir seus passos. Quando foi enviada ao orfanato após a morte de Leyla, a filha de Deimos segurava firmemente as poucas lembranças que tinha de sua mãe. Esses objetos eram suas relíquias sagradas, pedaços tangíveis do amor e da presença de Leyla. No silêncio frio do orfanato, ela se agarrava às memórias das noites em que sua mãe a colocava na cama, contando histórias cheias de heróis. Ela era uma agora... Não era?
Ao chegar ao Acampamento Meio-Sangue, seguiu buscando conforto nas lembranças de sua mãe mesmo que fossem ficadas mais enevoadas com o passar do tempo. Ela se empenhava em ser uma versão mais forte e destemida de si mesma, alguém que sua mãe se orgulharia de chamar de filha. Ela sempre desejou ardentemente que Leyla pudesse vê-la crescida.
Yasemin idolatrava sua mãe em cada aspecto de sua vida. Leyla era seu modelo de força e independência, uma figura quase mítica que havia moldado quem ela era. Ela queria ser a personificação do que sua mãe havia sido: destemida, criativa e poderosa.
A ruiva treinava arduamente, não apenas para honrar seu pai divino, mas, acima de tudo, para ser digna do legado de sua mãe. No entanto, a ausência de Leyla, somada ao sofrimento passado no orfanato, aos métodos sombrios de Deimos e às intensas missões no acampamento, levavam Yasemin por um caminho arriscado e perigoso que nem mesmo ela sabia. A verdade é que ela sempre esteve na borda, no limite.
𝐀𝐓𝐎 𝐈𝐕: 𝐀 𝐂𝐑𝐔𝐂𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎
Yasemin era claramente uma suicídia inconsciente. Essa autodestruição disfarçada não era um ato explícito de tirar a própria vida, mas uma série de escolhas e comportamentos perigosos que refletiam um desejo inconsciente de acabar com a própria existência. Os impulsos autodestrutivos vinham como manifestações do inconsciente, uma forma de lidar com o cansaço e o desgosto de viver. Ela nunca tentou nada de drástico ou definitivo contra seu próprio corpo, mas frequentemente se envolvia em práticas arriscadas e missões perigosas sem a devida precaução. Um sentimento de que nunca teria uma vida normal e que jamais conseguiria formar uma família, algo que sempre desejou, mas acreditava não merecer.
Crescendo no acampamento, Yasemin observava outros semideuses que, apesar dos traumas, alguns tinham sim famílias funcionais e amorosas. Ela, por outro lado, não tinha para onde ir, rejeitada pela própria família após a morte de sua mãe. Essa rejeição e o sentimento de abandono a corroíam por dentro dia após dia. Apesar de ser uma guerreira habilidosa, o vazio dentro dela parecia insuportável. A verdade é que o acampamento e os deuses eram a única família que Yasemin conhecia. Talvez não mais. Embora tivesse construído laços importantes e encontrado um lugar onde podia desenvolver, a dor da perda de sua mãe e a rejeição de sua família eram feridas que nunca cicatrizavam completamente. Yasemin queria ser forte como Leyla, mas a cada dia lutava contra a escuridão que ameaçava engoli-la. Ela estava determinada a honrar o legado de sua mãe, mas o caminho era tortuoso.
Agora, sentada na enfermaria, porque ela se recusava a ficar ali por muito tempo, Yasemin ainda sentia a dor dos espinhos da coroa mesmo que ela já tivesse bem longe de si, mas também a dor mais profunda de suas memórias. Um curandeiro trabalhava, tentando lhe curar e outra sendo afetuosa o suficiente para limpar o sangue já seco que escorreu por entre os fios ruivos e o rosto completamente envolto do vermelho escarlate. A turca sentia uma raiva crescente pela situação no acampamento, um ressentimento fervente contra os deuses que nunca interferiram para ajudá-los. Sentia-se traída e abandonada, não pelo traidor, mas pelos deuses, e por todos aqueles que deveriam tê-la protegido.
Enquanto os curandeiros lhe davam ambrosia e usavam poderes de cura, Yas refletia sobre a ironia de sua situação. Cercada por seres divinos, suas cicatrizes mais profundas não podiam ser curadas por poderes ou magia. A culpa e a raiva que carregava dentro de si eram mais dolorosos do que qualquer coroa de espinhos. No orfanato, ela conheceu um cara que também havia ganhado uma coroa de espinhos quando foi pregado na cruz, acusado e pagou pelo disseram, mas que nunca havia feito nada para que fosse punido.
E então ela soube. Flynn estava morto. Conviviam e se davam bem, foi graças a ele que conseguiu ver sua mãe algumas vezes. Droga, sentiu os olhos marejados e uma lagrima solitária escorreu.
Ela fechou os olhos, tentando encontrar algum alívio na escuridão. Sabia que precisava ser forte, não apenas para si mesma, mas para mostrar ao mundo que não era fraca. E mais do que tudo: precisava provar seu valor para sua mãe. Yasemin não se deixaria abater. Ela sobreviveria, como sempre fez, e usaria sua dor como arma para moldar seu próprio destino. As parcas que lutem, assim como os deuses, porque a sua fúria seria implacável.
Eles precisavam precisava pagar. Ela havia sido moldada para ser uma arma de medo, e agora abraçava isso completamente. Não era ela que estava presa com todos ali, eram eles que estavam presos com Yasemin.
A dor em sua cabeça começou a diminuir gradualmente, à medida que a ambrosia ingerida fazia efeito. A dor emocional, a dor das memórias e do passado, ainda estava lá, profundas e enraizadas. Yasemin sabia que aquela noite, como tantas outras, deixaria cicatrizes que nada poderia curar. Cicatrizes de batalha ela tinha aos montes, mas ela também sabia que essas cicatrizes a tornariam mais forte, mais determinada. E no final, era isso que importava. Ela sobreviveria. Ela sempre sobrevivia.
O mundo ao seu redor havia se transformado em um campo de batalha, e ela estava pronta para entrar nele. Ela cheirava a sangue, violência e terror.
Era ambiciosa. Isso seria sua maior vitória ou sua eterna ruína.
Deuses, os traidores, os pecadores. Que todos eles pagassem. Que o terror começasse.
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omeninodooutrolado · 7 months ago
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Pequeno demais para se dizer apressadamente
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A primeira coisa que ouvi dele após um intenso beijo foi um simples e doce "eu te amo". Talvez as palavras tenham fugido por entre seus lábios, ou apenas queria expelir um sentimento vago pela emoção do momento.
Procurei por um erro, um questionamento ou uma tensão para tornar aquele momento irreal: não consegui. Apenas aceitei, não retribui. Para os escassos de experiência, essa frase pode ser simples e reconfortante, mas ela é elétrica, dolorosa e cortante para os corações partidos.
A eletricidade de retribuir um sentimento nos permite fazer loucuras do corpo e da alma (e outras que não deveriam ser feitas apressadamente). É nesse momento que o coração se torna infantil e se conquista facilmente, o amor fluído já pulsa enlouquecidamente nas artérias causando estragos e se tornando suscetível a dores do imaginar.
Isso é recíproco? Sou apenas uma diversão? Um tapa buraco? O coração muitas vezes sabe, mas ele gosta de brincar . Quando ele decide alertar, já é tarde demais. A imensidão azul solitária engole tudo que há pela frente.
O mundo está vazio e só existe você. As sombras dão medo e as ajudas são duvidosas, os amigos dizem ter comentado (mas não comigo, entre eles) e a culpa te engole mais uma vez.
E então desconfiamos mais uma vez das pessoas, do mundo e até de nós mesmos. "Foda-se tudo", pensa. O maior erro da vida é não saber navegar nas ondas da paixão. A cada nova decepção, ela fica mais densa, a correnteza mais forte e com um tempo só vamos nos afogar em alguma profundeza desconhecida... e nunca mais voltar.
— escrito por O Menino do Outro Lado.
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annyvgrik · 18 days ago
Text
Eu qro emagrecer
Eu qro usar roupas da sessão infantil
Eu qro ser magra a ponto de ngm encostar em mim com medo de que eu vá me quebrar
Eu preciso emagrecer do dia pra noite
Aaaaaaaaaaaa
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