#mas para quê gastar o meu tempo
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nyxticiis · 7 months ago
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Why the fuck do I even bother?
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cherrywritter · 10 months ago
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Isca
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
1ª semana de setembro
A Wayne Foundation organizou um buffet completo para uma das associações que fazíamos doação como uma forma de presenteá-los ainda mais, comentário dito por alguns membros da diretoria, e, obviamente, colocar o nome da empresa em destaque fazendo com que o mercado aquecesse, houvesse uma alta nas ações e várias notícias que provavelmente varreriam os noticiários e os sites de fofocas pelos próximos quinze dias.
Claro que tudo era jogada de marketing para deixar uma boa imagem para as empresas associadas à nossa, donos e sócios. Ainda assim, eu ficava feliz de ver que, mesmo por marketing, estávamos ajudando quem precisava, mas eu queria poder fazer muito mais do que apenas um buffet completo para órfãos que nossas doações sustentavam. Papai, quando tinha tempo, me ensinava sobre os negócios e como lidar com as negociações, setores e sócios da Wayne. Tudo questão de atenção e o uso correto das palavras. Basicamente passei quase todos os meus dias em Diamond District e, quando não estava com Bruce, era assistente do senhor Fox. Os dias eram feitos de negócios, estudos e reuniões. Chatices corporativa como as vezes meu pai reclamava. As noites eram feitas de adrenalina vagando pelas ruas de Gotham e trabalhando para a Corporação Batman. Meu pai tinha planos para mim.
Estava no meu laboratório, no primeiro subsolo na tentativa de, mais uma vez, encontrar respostas para a minha genética e minha condição, sempre atenta aos andares acima, vendo Alfred e papai passando horas no escritório. Era difícil aceitar o peso da imortalidade, a constante mudança de poderes e o surgimento de uma ou outra habilidade nova. Os dias passavam e cada vez mais eu começava a ter noção de que tinha uma responsabilidade enorme e uma promessa a cumprir, mas era doloroso demais permanecer ali e ver os outros partirem. Frustrada, segui para a sala de treinamento para gastar um pouco de energia.
A reunião entre os dois estava me deixando tensa e preocupada. Nunca havia os visto passarem tanto tempo trancados no mesmo cômodo a não ser que fosse na batcaverna. Tinha consciência de que estava passando mais tempo em Gotham do que com a Equipe de Operações Especiais e, talvez, esse fosse o assunto que estivessem discutindo. Ele podia estar insatisfeito com o meu gerenciamento de tempo, mas também poderia ser qualquer outro assunto.
Não poderia mentir, ia para a Caverna quando tinha missões com Cassie, Tim, Conner e Bart. Era renovador estar e trabalhar com eles. Às vezes me colocava ao lado de Dick e de Kaldur. Também tinha Gar, Rachel e Kory. Tudo, qualquer equipe, menos missões com M’gann. De qualquer forma, teria de me contentar em apenas olhar para cima e ver os dois gesticularem constantemente. Por mais que eu tentasse me concentrar, era angustiante a sensação de não estar correspondendo às expectativas.
- Você devia se preocupar menos, Victoria. – Digo a mim mesma durante o treino com o bastão. Os hologramas eram apenas um passatempo a essa altura.
- Precisa de ajuda? – Tim ainda estava trajado de Robin quando adentrou a sala. A roupa estava completamente suja de terra, sangue e uma gosma verde não identificada.
- Preciso que tome um banho, senhor Drake. Está fedendo. – O odor era horrível e fazia arder o nariz. – O que é isso? – O olhei de cima a baixo na tentativa de identificar o conteúdo. – Vomito do Crocodilo? – Digo rindo e ele começa a se aproximar com os braços abertos. – Timothy Drake... não...
- Não o quê? Só quero um abraço da princesa de Gotham! – Dizia enquanto acelerava os passos com um sorriso travesso no rosto. Ah não!
Mesmo dando passos para trás, Tim ficava cada vez mais próximo. Foi quando minhas costas encostaram nos espelhos que eu me vi sem saída e com o mais novo se preparando para correr atrás de mim. Meu coração começou a palpitar e o desespero bateu. Ele estava fedendo demais e estava doido para me lambuzar com o mesmo conteúdo nojento.
Eu e Tim tínhamos um ano de diferença, mas continuávamos agindo como crianças. Era bom ser criança mesmo um pouco longe dessa idade. Ter Tim ao meu lado era sinônimo de resgatar toda minha humanidade e as fases da vida. Eu estava torcendo para que ele se cansasse e parasse de correr atrás de mim para me sujar. Não queria usar os poderes, seria injusto também. Estávamos na décima quinta volta quando tropecei e o vi voar para cima de mim. Foi quando um limpar de garganta nos fez parar.
- Pensei que tinha jovens treinados em casa. – Era visível que meu pai segurava um sorriso que tampava com o punho fechado.
- Fugir um pouco da rotina faz bem, senhor Wayne. Faz com que sejamos jovens de espírito. – Retruquei em tom de provocação.
- Hmm. Bem. – Começou sério. – Já que tocou no assunto... eu e Alfred estávamos pensando sobre isso. Você tem pouco contato com a equipe e já está há um ano na Caverna. Eu sei que é repentino, mas achamos melhor que fosse passar o restante das férias por lá para que haja um melhor desempenho e harmonização com os membros.
- E Tim?
- Ele pode fazer o mesmo se desejar e se não houver problemas com o pai dele, mas você...
- É, eu sei. É uma ordem. Tudo bem. Se é pelo bem da equipe, eu faço.
- Faltam duas horas para a festa. Estejam prontos até as vinte e uma horas. Seu pai não vai estranhar estar comigo?
- Não, Bruce. Eu disse que faz parte do programa. Que você vê muito desempenho em mim e quis que eu também fizesse parte disso. Fazer o social. – Papai assentiu.
Ainda em tom de brincadeira, eu e Tim subimos correndo até nossos quartos. O hacker conseguiu me sujar, mas não me importava mais. Estava me divertindo, afinal. Já no quarto, separei um vestido com decote na parte da frente, nada muito profundo, com fenda na lateral e completamente vermelho melancia. Eu adorava quando o tom do tecido se destacava com a cor da minha pele. Ele era leve, delicado e deixava meu corpo desenhado, mas com pudor assim como papai e Alfred haviam me ensinado. Depois de um bom banho perfumado, fiquei de frente para o espelho, me maquiei, coloquei meus brincos, anéis e, por fim, o salto agulha. Já nas escadas, me surpreendi com o que vi.
Quando eu soube da festa, pensei e repensei diversas vezes sobre convidar Conner para o evento. Seria muita exposição, mas a recusa sempre seria uma resposta garantida. Conversamos sobre e nada de resposta. Podia ser uma tentativa falha de o fazer se enturmar no mundo, mas eu queria tentar mesmo assim. Quis, assim como Kaldur, Dick e Wally, mostrar o mundo a ele mesmo que ele ainda fosse o mesmo adolescente inconstante e instável com psicológico de dezesseis anos. Poderia ser minha chance de mostrar a todos que eu não tinha medo das consequências que poderiam vir e que eu sempre estaria ao lado dele.
Tinha sentimentos sinceros por Conner. Estávamos juntos a pouco tempo, esse movimento seria um grande passo para nós dois. Diferente do que mantínhamos entre nós dois e nossos amigos, divulgar publicamente essa união seria um passo não só para o nosso círculo, mas para toda uma sociedade. Claro que fomos flagrados em nossas folgas por paparazzis quando decidíamos ir a algum evento público, mas esse seria o momento de oficializar as fofocas.
Custei a acreditar que ele estava na entrada, trajado a rigor enquanto eu descia cada degrau. Era a melhor das visões. Ele, assim como eu, estava surpreso e eu não podia negar que o ver daquela maneira me deixava abalada. Ele estava incrível. Um jovem da alta nata de Gotham.
- Isso é desconfortável... – Dizia enquanto tentava arrumar os botões do punho.
- Ainda está em tempo de desistir. – Arrumo as abotoaduras, sua gravata e alinho a gola da camisa. – Está perfeito. – Digo sem jeito. Meus olhos dançavam entre os seus e minha mãos.
- Nunca estive em uma festa dessa categoria. Tudo tão elegante. – Ele pausou e encarou meus olhos. – Além disso, acredito que o senhor Wayne tem trabalho em afastar companhias indesejadas da mais bela moça de Gotham. Irei ajudá-lo a afastar aproveitadores de uma moça tão delicada como você. – Ironizou e beijou o topo da minha testa.
- A mais bela moça de Gotham ainda sabe se defender, senhor Kent. Não preciso de guarda-costas. Agora, você tem plena consciência de que Luthor e qualquer outra pessoa estará de olho em você naquele lugar e que amanhã estará nos jornais e revistas como o par da senhorita Wayne, não é?
- Estou pronto para correr esse risco. Vai ser divertido ver até onde nosso pai irá para recuperar suas armas. – Disse segurando minha mão.
Nosso pai. De fato, Luthor era nosso pai. Seu DNA corria por suas veias e, quanto a mim, ele era o criador. Ele era a parte humana da engenharia genética de Conner. A minha sorte, por sua vez, foi ter Bruce como DNA estabilizador, mesmo que eu tivesse parte do Flash ou do Aquaman, se é que ele pode ser considerado legalmente humano. Luthor é ganancioso e não iria abrir mão de duas das suas armas mais poderosas. Era um risco, mas até meu pai sabia que era melhor conhecer os passos do inimigo, pelo menos parte dos passos, para poder identificar os diferentes cenários a seguir. Ele não queria correr um novo risco e passar dias em desespero por aquele monstro ter nos alcançado e estar passos à frente dos nossos.
- Oh! Conner! Fico feliz que esteja aqui e que tenha aceito nosso plano. – Papai, elegante como sempre, esbanjava sensualidade e poder. Até que consigo entender o motivo de até vilãs caírem aos seus pés e em sua cama. Não é à toa. Meu pai era um pecado ambulante.
- Senhor Wayne, é uma honra.
- Tenho algo para lhe dar. – Disse mexendo no bolso do paletó. – São abotoadura. Pedi para que fizessem para você. – As abotoaduras tinham as iniciais CK, douradas como a do meu pai. Ele o ajudou a colocar e sorriu. – Cuide bem da minha filha durante a festa. Ela costuma atrair olhares. – Piscou para Conner, que entendeu o recado.
- Nem consigo imaginar o porquê. – Ele disse sorrindo e ambos trocaram olhares. Era óbvio que levantariam muralhas para que eu fosse intocável.
- Vocês poderiam se recordar de que eu sei me defender e que ainda estou aqui, cavalheiros? – Encarando ambos, apenas recebi um sorriso complacente.
- Podemos, senhor Wayne? – Alfred questionou com as chaves em mãos. Só vi Tim correndo pelas escadas e não consegui acreditar que ele as desceu tão rápido sem tropeçar ou rolar por ela.
Kane Hotel – Neville, Gotham
21 horas e 00 minutos
Alfred nos levou de limusine até o hotel dos nossos primos, a família Kane. Os paparazzis estavam à postos com as câmeras em mãos. Pareciam vampiros loucos por sangue ou zumbis por carne fresca. Quando a porta foi aberta, flashes e mais flashes eram jogados contra nós. Mulheres gritavam “Bruce, Bruce Wayne!” com uma intimidade ilusória. Existem coisas que não mudam, pensei. Sempre existirá aquelas tietes loucas para encherem a boca e dizer: eu dormi com Bruce Wayne, o último playboy de Gotham.
Meu pai e Tim saíram primeiro. Um costume criado pelos dois. Conner, como um cavalheiro, saiu na minha frente e me ofereceu a mão para que eu saísse. Um silêncio se colocou de prontidão por longos segundos para logo ser quebrado por mais sons de flashes e burburinhos desconexos. Fui a última a sair, mas não menos importante. De braços enlaçados, caminhamos até a entrada do belíssimo prédio. Era realmente luxuoso, não podia negar, os Kanes tinham bom gosto. Os cochichos sobre quem era meu acompanhante me faziam rir. Era engraçado como qualquer pequeno detalhe fazia a comunidade surtar.
A recepção foi como planejada. Estava cheia de luz, vida, música ambiente moderna e snacks para todos os gostos. Os jovens estavam felizes com a fartura de comida e bebida. Muitas delas eles nunca tinham experimentado e nem mesmo eu. Isso me deixava satisfeita e feliz. Demorei duas semanas para organizar todo buffet. Estava com medo de não agradar aos jovens e de não satisfazer os empresários, diretores e sócios, mas parecia que eu havia feito a escolha certa. O prazo era curto.
Meu pai me ofereceu um desafio de organizar toda a festa. Muitos dos diretores não ficaram felizes com essa informação e tentaram me barrar diversas vezes para me boicotar, mas eu sabia que eu podia confiar em uma pessoa ali dentro: Lucius Fox. Realizei todas as pesquisas de fornecedores possíveis e imagináveis, revisei a lista que a Wayne tinha, analisei os valores, custos, avaliações de satisfação. Criei uma nova lista, minha, para que pudesse ter controle de tudo o que eu precisava para que a festa fosse perfeita para ambos os lados.
Os doces foram os primeiros que encomendei. Eles precisavam de tempo para serem feitos em grande quantidade. Depois as flores e a decoração. Simples e elegante. O cardápio foi providenciado com a ajuda do senhor Fox, seguindo a ideia de agradar os paladares mais exigentes. O restante do cardápio foi escolhido por mim, já que era algo que eu tinha completo contato. A cartela de bebidas quentes foi a parte mais difícil, já que não bebia, mas os rostos sorridentes me deixavam mais uma vez satisfeita. Faltava apenas a música. Após cumprimentar a todos, eu, Tim e Conner pegamos nossas bebidas e nos encostamos em uma parede perto do DJ. Os meninos fizeram questão de me deixar entre eles.
- Você sabe quem escolheu as músicas? – Tim me questionou enquanto mexia no celular com certo tédio.
- O senhor Fox disse que já tinha uma lista preparada, então confiei. Não achei ruim a música ambiente que estava tocando. Era até bem moderna.
- Mas a lista inclui Beethoven? Tem mais música clássica do que música de verdade.
- Consegue mudar isso, senhor Drake? – Perguntei erguendo a sobrancelha em desafio.
- Pode ter certeza, senhorita Wayne.
Tim começou a digitar freneticamente no celular. A música começou a travar e o DJ, que eu pensei que serviria para alguma coisa, continuou parado. Só estava ali parado para receber o pagamento no final da noite. Eu o encarei furiosa e tive uma conversa direta com ele. Ou ele fazia o trabalho direito ou estaria na rua em menos de quinze minutos. Entreguei a ele um drive com as músicas que Tim separou e esperei que fizesse o que tinha vindo fazer.
Ao sair do pequeno palco, vi alguns dos diretores virem na minha direção após papai apontar para mim. Com meu melhor sorriso ensaiada que fazia meu maxilar doer, os cumprimentei, conversei sobre alguns pontos sobre a parte filantropa que fazíamos e sobre as novas organizações que podíamos nos conectar. Havia uma lista em que tínhamos em vista, alguns movimentos formidáveis e estratégias sociais para serem aplicadas. Interessados, eles continuaram a me questionar sobre os projetos e sobre os demais movimentos, além de chamarem colegas investidores para acompanhar meu seminário não programado.
Finalmente liberta dos empresários, conversei com os jovens para fazê-los se sentirem em casa ou ao menos próximo a esse sentimento. Eles estavam felizes por terem sido escolhidos para participarem deste momento, estavam adorando a comida, a música e estavam gratos pelos presentes e bolsas que a Wayne e outras empresas parceiras ofereceram.
- Costuma ser tão entediante assim? – Conner perguntou enquanto passava a mão pela minha cintura.
- Quase sempre, senhor Kent. – Sorrio. – Mas podemos melhorar isso se quiser. – Eu o puxo mais para perto dos outro para dançarmos.
Conner estava um pouco desajeitado com toda aquela situação e era visível seu esforço. Eu tento o distrair enquanto o abraço, direcionando suas mãos pelo meu corpo, e o deixo livre para se soltar em seu ritmo. A música foi acelerando e tomando conta dos nossos movimentos quase se tornando uma balada. Os mais velhos nos olhavam com um pouco de desgosto do mezanino, que era basicamente um camarote muito bem estruturado e com isolamento acústico. Estava tudo bem até que senti alguém tocar em mim, apertar meu ombro e me virar para o lado com certa rudez. O perfume masculino era caro e forte. Chegava a causar dor de cabeça e ardência nas narinas.
O rapaz devia ter vinte e um anos ou um pouco a mais. Loiro, olhos verdes, cabelo bem cortado e penteado. O terno era um dos mais caros que havia visto na festa. Talvez um Vanquish II. Era a grife mais cara que eu conhecia por usar um dos tecidos mais caros do mundo e nem mesmo meu pai chegava a fazer uma coleção deles. Tinha um ou dois. Nunca gostávamos de esbanjar tanto nas vestes apesar da sociedade nos cobrar isso. Costumávamos comprar ternos William Fioravanti para o dia a dia e William Westmancott para momentos mais especiais.
Conner, ao perceber o clima tenso, logo enrijeceu-se, mas eu não podia arrumar confusão. Não mais do que eu já tinha arrumado em situações anteriores para conseguir uma boa festa. Respirando fundo, me afastei sutilmente de Conner e encarei o tal rapaz de nariz em pé. Controle era tudo que eu precisava, mas não iria garantir mantê-lo por muito tempo. Minha bateria social estava se esgotando.
- Senhorita Wayne, gostaria de dançar comigo?
- Me desculpe, como? – Senti Tim se aproximando, ficando ao lado de Conner. Sorri e franzi a testa para o rapaz com sensação de que aquilo não iria prestar. Pelo menos era o que a energia me dizia.
- Oh! Perdão! Sou Gregory Hills, filho de John Hills. Então, senhorita Wayne, por que não dançar comigo?
- Com licença. – Conner se colocou à frente. Eu podia escutar o ranger de seus ossos enquanto ele se controlava para não socar a cara daquele rapaz. Sua energia era tão intensa que chegava a me arrepiar.  – Se não percebeu, ela está dançando comigo.
- E o que a Princesa de Gotham vai querer com um pé de chinelo como você? Parente de um jornalista de Metropolis que não tem dinheiro algum. – Disse desdenhando. – O que acha que pode oferecer a alguém do nosso patamar? – Mordi minha língua para não cometer uma atrocidade verbal. Escutei os punhos de Conner cerrarem. Me coloco a sua frente, o olho sorrindo e balançando a cabeça em negativo. Deixo minhas mãos para trás para segurar seu punho.
- Gregory, certo? Conheço seu pai. Ele é um senhor muito educado e é um dos únicos diretores que me respeita dentro da sala de reuniões e fora dela. Me explique como o filho dele pode ser tão mimado e soberbo quanto você é. Tenho certeza de que uma boa conversa resolva. Mas, antes disso, uma dica: mulheres que enxergam o homem pelo dinheiro que possui são tão fúteis quanto o homem que acredita que conquista uma mulher pelo mesmo motivo.
- Você não ousaria! – Gregory levantou a voz fazendo com que todos nos olhassem rapidamente com curiosidade e desejo de confusão. Dei o infeliz azar da música ter acabado no mesmo instante.
- Ei. Abaixe seu tom de voz, senhor Hills. – Digo com um sorriso e passo a mão pelos seus ombros, fingindo ser atenciosa. – Se seu pai algum dia comentou sobre mim, tenho certeza de que você sabe do que sou capaz. – Passo para a gravata e a ajeito. – Então não vamos estragar a imagem da sua família. Divirta-se. – Digo dando tapinhas em seu ombro. – Pode ser a sua última festa na minha empresa por um bom tempo.
Depois de toda uma noite de festa, junto ao meu pai, fiz os agradecimentos e pedi para conversar com John Hills sobre o comportamento de seu filho. O senhor estava completamente envergonhado com a situação. Não sabia onde colocar o rosto. Meu pai exigiu que o filho ficasse longe da empresa e, de antemão, anunciou que o treinamento dele estava cancelado. Tive pena do senhor John. Era seu filho mais velho, mas não era certo deixar o jovem impune. Eu sentia que seu chão tinha ido embora e queria acolhê-lo. O abracei com empatia e disse que aquilo não era o fim.
Era apenas uma atitude de momento e que seu filho poderia mostrar posteriormente um desempenho mais profissional. Ainda éramos jovens demais para desistirmos, mas para o senhor Hills aquilo já havia manchado a imagem de sua família e, o pobre senhor, continuou pedindo incansavelmente desculpas para o meu pai e para mim sobre a situação de mais cedo.
Caverna, Monte das Ostras – Happy Harbor, Rhode Island
Antigo Monte da Justiça, horas mais tarde
Fomos da festa direto para a Caverna. Estávamos exaustos e loucos por um banho e cama. Nem sabia como tínhamos conseguido não arrumar problemas na festa mesmo depois de toda a situação. O banho foi longo para poder relaxar os nervos e finalmente descansar um pouco os pés daquele salto agulha que eu insistia em calçar. Era desgastante manter a estabilidade dos poderes, mas era uma questão de segurança essencial para não causar adversidades em público e acabar com nossa vida dupla.
Jogada na cama vestindo um moletom de Tim, comecei a escutar murmúrios vindos da sala de reuniões. Devia ser sete ou oito horas da manhã. Eu sabia que minha chegada era repentina, mas os murmúrios delatavam que eu não era muito bem-vinda.
- Ela não pode ficar aqui! Ninguém a conhece de verdade. Ninguém sabe o que se passa na cabeça dela! É como o Tornado, só que em versão biológica.
- E já pensou que isso é da natureza dela ou que apenas ela queira privacidade? – Era Cassie me defendendo. Isso me fez sorrir. Sempre seria minha melhor amiga.
- Você diz isso porque é amiga dela.
- A Victoria foi sincera com todos. Um livro aberto. Ela cuidou de mim! Salvou a vida do Bart e vocês ainda não confiam nela?!
- Garfield está certo. Isso tem que parar... – Bart completou.
- E se ela for mais um espião? Ela é um projeto de Cadmus. Roy apareceu como se fosse o original, ganhou confiança. Ela pode muito bem ser mais uma arma pronta para nos aniquilar.
- Então quer dizer que qualquer um de Cadmus é um projeto da L.U.Z para acabar com a equipe? É isso que vocês veem quando olham para mim?
- Conner...
- Não, M’gann. Você disse o suficiente. Você implica com a Victoria desde que o Batman a trouxe para cá. Faz dez anos que aquilo aconteceu! Apenas aceite como todos! Se a vê como inimigo, eu também sou!
- Mas Conner...
- Não encoste em mim. Estou farto disso.
Estava cochilando quando escutei a porta bater seguido de passos pesados que faziam o chão vibrar.  Não sei como aqueles andares não caiam com tanta força de seus pisares. Cada vez mais próximo, me levantei e vi Conner adentrar meu quarto e socar a parede, deixando o local visivelmente afundado e rachado. Estava furioso e abalado. O rosto estava vermelho de raiva.
Chateada e frustrada por mais um dia conturbado na Caverna, me aproximei dele e o abracei por trás. As lágrimas pingavam nas minhas mãos e deixava meu coração cada vez mais apertado. Sua respiração estava pesada e dolorida me machucando por dentro. Ficando a sua frente, enlacei meus dedos nos seus e o puxei para a cama colocando sua cabeça no meu peito e acalmá-lo. Adormecemos logo depois. A festa tinha acabado conosco. O momento de enfrentar M’gann havia chego e eu teria de acabar com isso de uma vez por todas.
Acordei revigorada e vi Conner ainda dormindo ao meu lado. Meu corpo pulava de ansiedade e nervosismo por perceber o quanto M’gann mexia com ele, o quanto era difícil a aceitação de qualquer pessoa que viesse de Cadmus e pela negação por parte dela sobre a minha participação na equipe. Então, com todo cuidado do mundo e torcendo para que ele estivesse com um sono bem pesado, deixei a cama e segui pelo corredor da Caverna até encontrar a marciana na cozinha. Não sei dizer se minha cara estava péssima ou irada, mas sabia que havia a assustado. Sorrindo, apenas me sentei em um dos bancos da ilha e a encarei.
- Victoria! Espero não ter te acordado. Estava preparando o jantar.
- Qual é o seu problema comigo? O fato de realmente não poder ler minha mente ou o fato de que Conner está comigo?
- Eu...
- Eu ouvi tudo. Se o problema é não saber nada sobre mim, estou aqui para te dar a chave das minhas memórias. Agora, se o problema é por conta do meu relacionamento, cresça e assuma o que fez para si mesma. Você foi a primeira a desistir de tudo e sair aos beijos com o Lacustre, então nos deixe em paz. O deixe seguir em frente ou isso não vai acabar bem.
- Victoria...
- Não venha com Victoria com esse tom de inocência, de ingenuidade! Não caio nas suas hipocrisias e não tenho medo de você e muito menos de enfrentá-la! Cansei disso, M’gann! Cansei de ignorar seus comentários. Cansei de ter que fugir de missões ao seu lado e cansei de me fazer de abnegada para que você continue me tratando dessa forma. Se o problema está entre eu e Conner, pare de brincar com a cabeça dele antes que ele enlouqueça e acabe cometendo um erro. Ele é humano, tem medo, problemas! Respeite isso! Respeite os sentimentos dele assim como ele vem respeitando os seus. Faça jus a sua idade marciana ou eu terei de tomar as providências e da próxima vez que quiser falar mal de mim, não se esqueça que eu tenho audição do Superman. Fique longe do nosso namoro!
M’gann não conseguiu retrucar. Ficou parada. boquiaberta. Estava sem reação. Dando uma última olhada, sai da Caverna pelo cais e fiquei observando a lua e as estrelas. Estava quente, a água estava morna. Decidi mergulhar e ficar boiando no horizonte sem fim. Ainda tinha quase um mês para ficar ali. Só voltaria para Gotham para o meu aniversário ou quando desse a sorte de ser chamada pelo papai ou pelo Alfred. Pelo menos, depois de tanto tempo engolindo tudo que a marciana fazia, tomei coragem para colocar meus bofes para fora. Estava me sentindo leve apesar de tudo. É engraçado como os seres se apegam aos outros ou as coisas. Como cada um se acha no direito de julgar antes mesmo de conhecer ou se dar o prazer disso. Independente, sempre se acham no direito de ser dono de alguém. Ser um projeto de Cadmus não significa ser espião de Luthor. Não significa trabalhar para a L.U.Z. Já carregamos fardos suficientes, não precisamos ser postos a dúvida por um erro alheio.
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olympestael · 1 year ago
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Era comum que já tivesse, no iniciar de um novo dia, suas tarefas definidas; não só mentalmente, como em uma pequena lista disposta na porta de seu dormitório. Sabia qual animal atenderia e o motivo, se era checagem de rotina ou se estava sob um tratamento específico. A falta de flexibilidade em seus planos era semelhante à sua relutância em compartilhar seu espaço com estranhos. Por isso, quando notou um rosto desconhecido se aproximando dos estábulos, seu corpo tenso reagiu automaticamente.
Não levou tanto tempo para associá-lo com a equipe de repórteres que inundou o castelo naquela manhã. Sabia, por sua expressão corporal e intuição, que provavelmente não estava em seus planos entrevistá-la dentre todas as outras opções disponíveis no castelo. Porém, ele era um subordinado, assim como ela, e por regras invisíveis do mundo do trabalho, nenhum parecia inclinado a admitir que tinha coisas melhores a fazer do que gastar dez minutos perguntando ou respondendo questões que ninguém realmente se importaria com as respostas. Por isso, quando o homem insistiu para que parasse e lhe respondesse, Olympe respirou fundo, preparando-se mentalmente para dez minutos de respostas evasivas... Ou talvez nem tanto.
EN: como está sendo trabalhar no evento mais assistido da frança?
OS: em termos de trabalho em si, acaba não impactando tanto para mim. porém, é um pouco estranho ver tantos rostos novos em versailles. leva um tempo para acostumar, acredito.
EN: qual é a coisa mais esquisita que os convidados ou as selecionadas já te pediram ou perguntaram?
OS: é meio estranho falar disso e eu espero que ela não se importe que eu cite, mas uma das selecionadas (@celivailles) me perguntou se eu era uma princesa. (risada sem graça) não faço ideia de onde tirou essa ideia. não deixo de me sentir lisonjeada, no entanto. sinto decepcionar.
EN: no seu trabalho, qual vem sendo a parte mais chata e difícil? e a mais divertida?
OS: a mais difícil é impedir que os convidados deem comidas para os animais do castelo, sejam os cavalos, cachorros, gatos... ou até mesmo os silvestres. sei que é normal o ímpeto de querer alimentar, mas torna minha vida um pouco mais difícil. não tivemos intoxicações, ainda bem, porém angus... o cavalo de vossa alteza... parece um pouco mais mimado. (indicou o animal com a cabeça, sendo o mais próximo de onde estava. era dia de cuidar da limpeza de seus cascos) me pergunto o que é que possa ter influenciado essa mudança.
EN: acredita que a frança precisa aprender algo dos convidados?
OS: não acho que seja meu lugar para julgar, mas acredito que acabamos aprendendo com a convivência de diferentes culturas de uma forma ou de outra.
EN: o quão indispensável seu trabalho é? fale mais de sua função.
OS: depende do ponto de vista. não é tão indispensável para o funcionamento interno de versailles, se analisar friamente, porém ainda se trata de vidas... vidas que são muito importantes para os membros da família real. então, gosto de pensar que é indispensável, não só para a saúde dos bichinhos, como para o emocional de nossos representantes.
EN: se pudesse trocar de lugar ou até mesmo trabalho, trocaria? com quem? e por quê?
OS: eu posso escolher vossa alteza real, a princesa (@princesasapatona)? sinto que merece uma folga com todos os acontecimentos recentes e leva jeito para lidar com animais. (risada fraca) mas não sei. gosto do meu trabalho, não sei se realmente trocaria com alguém. talvez com daphne (@daphnedeselincourt), a atual assistente pessoal da princesa, porque é a pessoa mais bem informada que conheço.
EN: qual é a pior parte de servir muito mais que o dobro de pessoas nesse momento? e a melhor?
OS: como eu disse antes, não impacta tanto meu trabalho como outros setores. sinto que os cachorros estão mais felizes, no entanto, então colocaria essa como a melhor parte. os cavalos já estão um pouco mais tensos, então seria a pior... acho que é só questão de se acostumarem com os rostos novos.
EN: depois de conhecer e ver tantas pessoas, deseja visitar algum lugar em especial? por quê?
OS: não tenho em mente algum específico, porém não vou negar que o pensamento de deixar a frança para conhecer novos ares me ocorreu algumas vezes. no futuro, talvez.
EN: e por último e não menos importante, já tem a torcida pendendo para alguém?
OS: minha única torcida é para que vossa alteza faça uma boa escolha. no final do dia, a seleção ainda é sobre sua vida e seu futuro, os quais espero que sejam felizes.
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wxllflowers · 9 months ago
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THE TORTURED DAUGHTERS DEPARTMENT
Durante as sessões de terapia, o terapeuta de Olivia a aconselhou a colocar todos os seus medos, memórias em cartas, afim de auxiliar na recuperação não só de seu corpo, como também de sua mente.
Nas últimas sessões, Olivia foi orientada à escrever uma carta para cada pessoa que marcou sua vida, de forma negativa ou positiva.
A quarta carta, ela escreveu para seu irmão mais velho, Christopher Aaron Priestly. Abaixo, você lerá a carta escrita por Priestly.
Atenção! O conteúdo a seguir pode conter gatilhos como: linguagem imprópria, menção à abuso físico e bullying.
Por sua conta em risco, boa leitura.
Para ler as demais cartas, Clique Aqui.
Sugestão: Para uma melhor leitura, escute who's afraid of little old me?
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Querido Christopher,
Não queria gastar meu tempo, nem minhas palavras, ou meus pensamentos em você, mas se essa é uma oportunidade de me curar, irei correr esse risco. Espero, do fundo do meu coração, que você não leia essas linhas, e, se ler, espero que você se foda, tome bem no olho do seu cu, seu desgraçado.
Sempre observei as famílias ao nosso redor, e os invejei por isso. Coraline tinha os irmãos, que mesmo com um relacionamento explosivo, eles sempre a protegeram. Lucien tinha o Marcelo ao seu lado e, antes de todo esse drama, eles se davam tão bem, tinham uma cumplicidade que nunca tivemos.
Por quê, Christopher, por quê você me odeia tanto? O que eu te fiz para você me odiar tanto? Eu só fui uma irmãzinha patética que queria te acompanhar, tinha mesmo a necessidade de fazer tudo o que me fez?
Jamais entenderei o porque você me chama de veneno, de traiçoeira, venenosa, asquerosa e tudo de ruim, se nunca tentei te machucar. Mas confesso que agora penso o quanto eu poderia foder com a sua vida.
Penso todos os dias o quanto você é um psicopata desgraçado, que fazia o que queria comigo, e nossos pais deixavam. Talvez isso seja culpa do seu pau pequeno, e você quis descontar em mim, não é?
Você já imaginou como sua vida poderia se tornar um inferno se eu contasse tudo o que você me fez? O que as pessoas diriam, Chris, se soubessem quantas vezes você me prendeu em lugares pequenos e me largou lá, por um longo tempo, ignorando o quanto eu gritava e implorava pela minha vida? Você seria aceito no seu trabalho, se soubessem quantas vezes você já tentou me afogar na piscina de casa? Sua nova namorada ainda te amaria se soubesse que você foi o culpado por eu ser excluída na escola, a ponto de não comer no colégio, já que não queriam sentar ao meu lado na mesa? Que tipo de medalha você ganharia, Christopher, se soubessem que todas as cicatrizes que tenho pelo meu corpo, são inteiramente culpa sua?
Christopher, você não tem medo do quanto posso arruinar sua vida, mais do que já arruinou a minha? E nem preciso bater em você, ou mergulhar a sua cabeça em uma privada, é só eu contar as coisas horríveis que me fez e, puft, sua vida acaba. Acha que o mundo acreditaria em você, um empresário fracassado que está no seu terceiro casamento em menos de 10 anos, ou em Ivy Priestly, uma atriz famosa que estampa revistas e tabloides?
Se eu fosse você, teria medo de mim.
Mas como eu disse, não quero perder minha vida por você. Você simplesmente não vale a pena.
Você nunca valeu à pena, Christopher.
Espero que você queime no fogo do inferno, você e a putinha da sua mãe.
Da sua irmã venenosa,
Ivy.
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journaldemarina · 2 years ago
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Quarta-feira, 12 de julho de 2023
Chove demais em Porto Alegre. Bati a porta do carro dele, não olhei para trás para o "tchau!" de costume, abri o portão do condomínio rápido e corri subindo o primeiro e único lance de escadas até o meu apartamento. Sou lembrada da bagunça que permanece e nunca consigo tempo nem coragem para arrumar. A minha cama tá tão confortável, não quero sair daqui mais. Quero chorar tudo que preciso chorar à vista, não gosto de parcelas.
Lembrei o porquê terminei com ele.
É a mesma pessoa e vai seguir a mesma pessoa, independente de tempo, terapia, medicação, perdões.
* * *
Pra ser sincero não espero de você Mais do que educação Beijo sem paixão Crime sem castigo Aperto de mãos Apenas bons amigos
* * *
Tô cansadíssima e chorosa e provavelmente entrando num hiato de interações. Quero me enfiar num buraco.
 Mas a manhã começou boa. Encontrei no Tinder a menina do Tumblr, me diverti passando reto todo mundo até esbarrar por querer nela. 1678 km de distância. Uma pessoa em comum, veja só. Meu cérebro fez um texto bem organizado que nunca será escrito relacionando essa busca, meu livro favorito do início da adolescência, "Insônia", e o filme "84 Charing Cross Road". As vezes a internet pode ser divertida.
* * *
01h18 da madrugada acordei no susto e peguei o celular. Faço a menor ideia o porquê, mas lembrei que jamais respondi o e-mail que um menino me mandou em 2011. Pesquisei o nome dele e, pah!, lá estava a carta. Reli e fiquei chocada com o quão insensível eu fui, para dizer a verdade. Ele falando de depressão, da morte do pai, sobre perder o emprego, que estava perdido e muito apaixonado por mim. Namoramos por dois meses só, foi meu primeiro namoradinho (e eu que terminei). Achei graça que ele escreveu no início do e-mail "eu ia te mandar por SMS mas acho que iria gastar muito".
* * *
— Caralho! gritou.
Amaranta, que começava a pôr a roupa no baú, pensou que ela tido sido picada por um escorpião.
— Onde está? — perguntou alarmada. — O quê? — O animal! — esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
— Aqui — disse.
* * *
Um dia de cada. Uma coisa de cada vez. Amanhã é outro dia.
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calsnaps · 1 year ago
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UnderBrothers - Parte final
Puzzle olha para trás, e se vê entre Sans e Frisk, se encarando, Sans tinha o rosto escondido pelas sombras, Frisk tinha uma expressão de medo, que com a fala do esqueleto se transforma em um sorriso irônico.
"Obviamente… Por que você não pode ser bobo também?" Puzzle!Frisk
"Qual é a graça de enganar meu irmão?" Puzzle!Sans
O peito de Puzzle começou a doer, ele parou de respirar e sentiu suas costas pesarem.
"Não sei, é apenas divertido, e você, quão idiota é pra procurar sentido em alguém que literalmente saiu matando vários da sua raça por achar graça?" Puzzle!Frisk
"O tipo de idiota que vai te trazer um dia ruim" Puzzle!Sans
Puzzle!Papyrus começou a chorar em silencio, se sentando no escuro e assistindo, suas pernas fraquejaram, ele não conseguiria ficar de pé agora, tudo que ele pode fazer foi colocar a mão a frente do rosto para tentar não deixar seu choro ser alto a ponto deles escutarem, ele não tinha outra alma para gastar caso mudasse quem vence a luta sem querer.
"Do mesmo jeito que trouxe uma vida ruim para seu irmão?" Puzzle!Frisk
"Eu vou recompensar ele depois que acabar com você, prometo a você que todos os sorrisos que ele der vão ser através de palavras verdadeiras… " Puzzle!Sans
"E eu prometo que a morte dele vai ser dolorosa e lenta" Puzzle!Frisk
Sans se enfureceu com aquele comentário, ele levantou a mão e usando sua magia azul, jogou Frisk contra a parede, que levou dano com isso, mas Frisk estranhou a situação, Frisk já tinha passado pela rota genocida clássica algumas vezes, antes do criador da AU fazer alterações, porém, isso era devido do fato de Sans não ter cuidado de Papyrus, ele treinou mais que o Sans Clássico, por toda sua vida, o que fazia dele, mais forte que Frisk.
Sans invoca um Blaster ao mesmo tempo que faz ossos surgirem por todo chão, fazendo Frisk ter de desviar, dos ossos pulando, mas levando um susto ao ver o Blaster, mas o mesmo usa sua faca para dar um ataque para o lado, se impulsionando no ar e desviando do ataque do blaster, mas Sans já esperando por isso, faz com que ossos mais altos surjam aonde ele se impulsionou, e por ainda estar no ar, não conseguiu fazer nada para impedir, sendo atravessado no meio por um dos ossos, manchando o chão e os ossos de Puzzle!Sans de vermelho.
"Voc-ê… Por quê?" Puzzle!Frisk
"Eu quero que ele seja feliz, mesmo que eu não saiba ser um bom irmão, pelo menos posso te levar pro inferno por fazer isso com ele, espero que tenha sorte lá, Pivete" Puzzle!Sans
Puzzle!Papyrus ficou algum tempo ainda olhando e chorando, mas logo ele se levanta e começa a ir até Sans e passos arrastados, Sans se assusta e joga um osso na direção do mesmo, que desvia já esperando pelo osso, com o osso acertando o chão, Sans vê quem era, e se sente de certa forma aliviado de não ter acertado, mas estranha a aparência de Papyrus, o que tinha acontecido com ele?
Papyrus corre meio tropeçando nos próprio passos e abraça Sans com força, o levantando do chão, por sua estatura mais baixa, as lágrimas corriam de seus olhos mais rápido do que ele próprio corria.
"Sans me perdoa, por favor, ainda queira ser meu irmão" Puzzle!Papyrus
". . . Ah… Papys?" Puzzle!Sans
"Sim?" Puzzle!Papyrus
"Está tudo legal aí, irmão?" Puzzle!Sans
"Não… Posso continuar te abraçando?" Puzzle!Papyrus
". . . Pode" Puzzle!Sans
Eles ficaram ali, se abraçando, por um longo tempo, era esmagadora a sensação de ter odiado seu irmão por tanto tempo, a culpa estava o consumindo por dentro, não ter confiado nele, acreditado que ele era alguém ruim ou louco, enquanto na verdade, Sans só queria o proteger a cima de tudo, pode não ter sido o melhor irmão de todos, mas ainda era seu irmão.
Após algum tempo, ele finalmente deixou Sans no chão, respirou fundo e se sentou no chão, ficando quase do mesmo tamanho que Sans de pé, que o encarava curioso, já Papyrus encara o chão e começa a contar tudo, como tudo aconteceu até ele resetar e ver a luta de Sans e Frisk desde o começo, ele sentiu sua garganta doer enquanto se afundava cada vez mais em lágrimas, quando finalmente terminou, o silencio foi constrangedor para Papyrus, ele levantou os olhos e viu nojo nos olhos de seu irmão, viu rancor e viu um ódio que teria reconhecido em seus próprios olhos a algum tempo atrás, ele entendia a raiva de Sans, ele não o culparia se Sans gritasse com ele, o xingasse ou até o matasse, Sans tinha acabado de lutar para proteger alguém desprezível e abominável… Mas as expectativas de Papyrus sobre Sans foram muito baixas.
"Então… Esse osso na sua cabeça… Fui eu? " Puzzle!Sans
"Ah… Foi… Por quê?" Puzzle!Papyrus
Papyrus ficou confuso, o olhar de Sans parecia mais angustiado agora, Sans deu alguns passos para trás, criou um osso e o mirou em sua própria cabeça, quando finalmente Papyrus entendeu o que isso era, ele pulou em Sans e o impediu, o segurando pelos braços.
"Ei! O que pensa que está fazendo?" Puzzle!Papyrus
O rosto de Sans ainda demonstrava chateação
"Ficando igual a você! Eu te machuquei, tenho que pagar o preço" Puzzle!Sans
Papyrus ficou ainda mais em choque com o comentário, Sans realmente tinha escutado tudo que ele disse e só se importou com a parte que ele tinha sido machucado?
"Sans! Eu matei pessoas! Eu matei você!" Puzzle!Papyrus
"E eu acabei de matar seu melhor amigo na sua frente, eu não conhecia nem uma das outras pessoas que você matou e eu não faço ideia se minha vida vale realmente a pena, então não dou a mínima para o que você fez!" Puzzle!Sans
Papyrus voltou a chorar e abraçou Sans mais uma vez, que suspirou e começou a fazer carinho na cabeça de Papyrus assim eles ficaram, até Papyrus acabar dormindo enquanto chorava, Sans vendo isso o levantou e o levou para casa nos braços, deixou Papyrus em sua própria cama, pegou uma cadeira, deixou ao lado da cama de Papyrus e dormiu ali, ele sabia que os dois ainda tinham muito que conversar.
No dia seguinte, Papyrus foi o primeiro a acordar, ele viu Sans dormindo e deu um pequeno sorriso, ele não fazia ideia de quem ele seria a partir de agora, mas ele queria ser alguém que seu irmão sentisse orgulho, ele devia isso a Sans.
Papyrus foi até a cozinha e preparou algo para ele e Sans comerem, tentando entender tudo que tinha acontecido, era muita coisa para ele raciocinar de uma vez, ele apoia seus cotovelos na mesa e sua cabeça em suas mãos, fechando os olhos, ele estava tentando não gritar ou surtar, queria se manter calmo, para não cometer mais erros, desde que ouviu as palavras de Sans, todo o ódio que sentiu, se voltou contra ele próprio, novamente o consumindo por dentro, o quebrando em cacos cortantes de vidro, sangrando e morrendo por suas próprias ações, como um suicídio não proposital, como se acabasse de dar o último passo para pular de um prédio, de olhos vendados, apenas por apreciar o vento que fazia ali, sentindo se, quando notou o que fez, ter seu sangue vazado de si, por feridas invisíveis, como um vaso de flores, que serve para carregar algo tão bonito, porém é inútil quebrado, deixando toda água fugir.
Puzzle!Papyrus volta a chorar, dessa vez segurando com força a respiração, para o seu irmão não o escutar lá em cima, mas a dor de sua culpa era maior do que seu folego e seus soluços foram altos, a ponto de Sans escutar, ele acordou a alguns minutos, e estava em seu quarto, também pensando em tudo que aconteceu, mas ao ouvir o choro de seu irmão tentando ser abafado, ele se levantou da cadeira e foi até ele, quando chegou na cozinha e viu o estado de Papyrus, mesmo que ele quisesse fazer algo, e ajudar, viu um estranho em sua frente, ainda que tivesse lutado por seu irmão e do fundo de si desejasse o bem dele, não sabia como o fazer, não fazia ideia de quem seu irmão precisava, não sabia o que era ser um irmão, ou como agir como um, ele dá passos arrastados até o lado de Papyrus, estando indeciso, e coloca a mão no braço do mesmo.
Papyrus dá um pequeno pulo de susto ao abrir os olhos e encarar a mesa por um segundo, se virando lentamente e olhando Sans, com uma expressão preocupada.
"Ah… Quer companhia? Ou prefere ficar só Ossizinho aí?" Puzzle|!Sans
Papyrus solta um risada baixa e fraca
"Piadas numa hora dessa?" Puzzle!Papyrus
"Sim, achei que seria dahora" Puzzle!Sans
Papyrus suspira, já tinha visto muitos Sans fazerem piadas, antes de morrer ou ao serem levados e torturados por ele, nunca tinha escutado nem uma de Puzzle!Sans, por serem realmente muito distantes um do outro, ele realmente odiava elas, mas ele se esforçaria para se acostumar em ouvir.
"Que foi… ? Minhas piadas não estão Bones o suficiente? Acho que to' perdendo o jeito, bem, to morrendo de dor de cabeça, vou lá arrumar ela rapidinho e já volto" Puzzle!Sans
Papyrus fica confuso, vendo Sans sair dali, ir para seu próprio quarto, ele tenta raciocinar por alguns instantes até entender e correr escadas a cima, gritando o nome do irmão, quando ele chega no quarto viu Sans segurando uma caneta, ele tinha desenhado um X na própria cabeça, enquanto se encarava no espelho, para mirar melhor aonde deveria acertar seu próprio osso, mas leva um leve tapa do irmão, o fazendo largar o que segurava e deixar o osso cair no chão.
"O que você pensa que tá fazendo? Já mandei parar, seu Cabeça Dura!" Puzzle!Papyrus
Sans para por um instante e tenta raciocinar, como um sistema em download, ele olha para Papyrus com um olhar desacreditado, Papyrus cruza os braços e dá um leve sorriso forçado.
"Você fez…" Puzzle!Sans
"E também não vai ser a última que eu faço… Só… Vamos esquecer isso… Ok? " Puzzle!Papyrus
Sans deu um sorriso e ambos foram lá pra baixo comer, os dias se passaram estranhos, conhecer alguém, de uma hora para outra, que você conviveu a vida inteira antes, mas ainda sim era um desconhecido, é imensamente estranho, aos poucos e com pequenas piadas, até grandes risadas e muito esforço, os dois começam a se entender, uma ponte construída aos pouquinhos para não desabar, Sans ainda fez lapides para todos monstros, Papyrus apenas o assistiu, ele se sentaram e dessa vez quem chorou e foi consolado, foi Sans, Papyrus já não ligava para nem uma daquelas mortes, Sans foi levado a outras AU, viu outros Sans, Papyrus mostrou muito do que conhecia, o apresentou muitas coisas e foi paciente, tentando tampar os danos causados pelo luto, sendo cuidadoso em qual AU levaria Sans ou não, a maioria eram AU que ele conheceu e não interferiu pois tinha noção de que não era forte o suficiente ainda, mas agora nunca faria nada contra, Papyrus também apresentou Metta!Naps para Sans, ele ficou triste ao saber que Mettaton não teve concerto, mais feliz por terem aproveitado do que sobrou dele.
Aos poucos a pilha de pequenas pedras foi se construindo, foram se juntando e agora estava cada vez mais belo e importante, cada vez ficando mais inseparável, cada vez menos quebrável, um ficou cada vez mais precioso para o outro e finalmente eles iam entendendo o que significava ser uma família, esses laços se pretendo, se enrolando e se amarrando, se tornando um tudo para o outro.
Naps!Sans foi algumas vezes atrás de Puzzle!Papyrus, mas não via nada de errado, e ia embora de volta, esperando que ele tivesse desistido de tudo, mas ainda se preparando para o pior.
Puzzle!Papyrus, deu o cachecol que tinha pego daquele outro Papyrus a Puzzle!Sans, como marca para lembrar de tudo que ouve, tentando convencer Sans a não tentar mais se machucar para parecer com ele, mas apesar do pedido de Puzzle!Papyrus, Puzzle!Sans não parava de tentar ter um osso cravado em seu crânio, ele queria uma prova fisica de que se importava com Papyrus, de que tinha se arrependido de ser um péssimo irmão, porém um cachecol não demonstrava do jeito que ele queria, era apenas uma lembrança, não fazia ele e Papyrus terem algo em comum como viu em tantas outras AU, mas sempre sendo impedido por Papyrus ou Metta!Naps.
Até que Metta!Naps, cansado de ter que cuidar do irmão problemático de seu amigo, teve uma ideia de presente, que podia ou resolver, ou adiar as coisas, ele pegou algumas peças que nunca conseguiu devolver ao corpo de Mettaton e as juntou, em uma solda, talvez Sans tivesse piadas sobre isso mais tarde, o que fazia parecer mais certo, e incrivelmente, Sans pareceu satisfeito temporariamente, ele e Papyrus até saíram para comemorar, tirando uma foto de recordação, coisa que eles nunca tiveram antes, e agora guardariam essa com carinho, para sempre.
Com o tempo passando e os dois ficando mais próximos, as dores também foram passando, ficando o aprendizado dos erros e lá estavam os dois, comendo o horrível espaguete que Papyrus tentou fazer, mas esse dois assumiam que estava péssimo e riam juntos disso, até Sans apoiar o cotovelo na mesa e olhar Papyrus com uma seriedade, que agora Papyrus reconhecia.
"O que ouve? Ficou com dor de barriga?" Puzzle!Papyrus
"Não… Só tenho pensado que… A gente tá devendo aqueles caras de Napstale" Puzzle!Sans
"Hum… É, EU estou devendo eles" Puzzle!Papyrus
"A gente devia resolver isso" Puzzle!Sans
"E como você imagina que faríamos isso?" Puzzle!Papyrus
"Eles ficam por aí tentando salvar AU, né?" Puzzle!Sans
"Sim… " Puzzle!Papyrus
Papyrus estava com medo de aonde isso estava indo, Sans apenas sorri para ele.
"Vamos trabalhar pra eles então" Puzzle!Sans
"Que? Claro que não! Eu nunca faria isso, não conseguiria encarar Naps depois de tudo que eu fiz, não sou cara de pau igual você, irmão" Puzzle!Papyrus
Horas depois, na frente da casa de Sans e Papyrus de Napstale
"Ah…. E por isso vocês decidiram 'trabalhar para a gente'?" Naps!Sans
"Sim, responde logo que eu não tenho o dia inteiro" Puzzle!Papyrus
"A gente tem o dia inteiro sim, demorem o quanto quiserem" Puzzle!Sans
Puzzle!Papyrus suspira, de braços cruzados e cara virada, ele claramente estava fazendo birra, enquanto Puzzle!Sans sorria animado, ele estava amando aquele momento, e o jeito revoltado do irmão era impagável, os irmãos de Napstale encaravam aquela cena meio horrorizados, aquilo era completamente assustador, como um cara que quase sequer tinha L.O.V.E, estava mandando em alguém como Puzzle!Papyrus, que dava uma surra em Naps!Sans em seus plenos 45 de L.O.V.E? Definitivamente eles não esperavam por algo assim, e os dois de UnderBrothers também não explicaram muita coisa, falaram que Puzzle!Papyrus se arrependeu de tudo que fez, que Puzzle!Sans tinha ficado algum tempo longe e que os dois queriam pagar suas dividas.
Naps!Papyrus, após o susto, falou animado que aceitava eles, fazendo Naps!Sans quase ter um ataque cardíaco, Naps!Sans tentou convencer o outro a não deixar eles ficarem, o que não funcionou, no fim, estavam Naps!Papyrus e Puzzle!Sans animados rindo e falando várias coisas sobre os irmãos e sobre eles próprios, compartilhando as diferenças de suas AU, enquanto Naps!Sans olhava para seus próprios pés, tendo que estar na mesma sala e aceitar o culpado de seus maiores traumas, bem ali, em sua casa, enquanto Puzzle!Papyrus o olha de relance, procurando forças para um pedido de desculpas, o que demora alguns longos minutos para acontecer.
"Eu… Fui tolo demais para enxergar, sem seu irmão me mostrar a verdade" Puzzle!Papyrus
Naps!Sans agora o encara, enquanto os irmãos dos dois conversam sem se importar com eles
"Meu irmão é realmente incrível, ele cometeu erros, mas…" Naps!Sans
"Ele não errou com você, eu errei" Puzzle!Papyrus
"Não, você não sabe do que tá falando… Ele-" Naps!Sans
"Ele nunca fez nada para te machucar, eu fiz o sanduíche" Puzzle!Papyrus
"Eu sei, mas-" Naps!Sans
"Eu fiz eles agirem daquele jeito também" Puzzle!Papyrus
Naps!Sans fica em abaixa a cabeça, e ficando assim por um instante, ele se levanta, vai até Puzzle!Papyrus, o puxa pela blusa e o tira de sua casa, fora dali, com os olhos cheios de ódio, ele fala de forma que demonstrasse sua raiva, mas falando baixo, para os dois lá dentro, não escutarem, apesar de terem parado a conversa preocupados com a atitude de Naps!Sans.
"Que história é essa? E que tipo de idiota você é pra falar isso alto perto do Papyr- do outro Papyrus, só se arrepender não é o suficiente, ok?" Naps!Sans
"Eu sei… Não quero que faça isso pelo meu arrependimento, quero que faça isso porque me entende" Puzzle!Papyrus
"Te entendo? Quem disse que eu te ente-" Naps!Sans
"Ei! Vocês dois não vão brigar, né?" Naps!Papyrus
Naps!Sans olha para trás e vê os olhos preocupados de Papyrus de Napstale, ele faz uma careta e suspira, mas seus olhar desce e encara ao lado de Papyrus o outro Sans ali, vendo os mesmo olhos preocupados de seu irmão, sua expressão fica levemente compreensiva, ele se vira olhando para Puzzle!Papyrus.
"Família muda a gente, quando precisamos, nos colocam nos trilhos de novo, por favor, não me impede de fazer isso, devo isso a ele" Puzzle!Papyrus
Naps!Sans bate o pé levemente contra o chão algumas vezes antes de encolher os ombros.
"Tá… Não faça eu me arrepender" Naps!Sans
Os dias passaram, parecendo mais rápidos agora, Naps!Sans se acostumou com a ideia dos irmãos de UnderBrothers os ajudarem, um dia foi visitar eles na AU deles, quando viu que eles foram os únicos que sobraram de uma rota genocida, tentou, em vão, convence-los a ir morar em Napstale, até Through!Naps dizer como Naps!Sans o salvou de sua própria rota e pedir o mesmo, porém usando contra eles o argumento mais valido que pode.
"Isso me lembra da minha AU… Se vocês não virem com a gente… Vão ser como eu esperando algo que nunca voltaria, vão se prender a sentimentos que não deviam, mesmo que esses dias tenham ensinado muito a vocês e vocês tenham conseguido se reerguer aqui, não vale a pena agarrar as coisas ruins quando vocês podem levar as boas aonde vocês quiserem, vão ter um ao outro fora daqui também" Through!Naps
Os dois se entreolharam, graças a Puzzle!Papyrus, Puzzle!Sans também sabia que Through existe por causa do Puzzle!Papyrus, e a culpa bateu forte, fora as falas dele fazerem sentido, esses dois fatos os convenceram a se mudar, Naps!Alphys ficou muito feliz ao ter mais material de pesquisa, no qual ela nem sempre era permitida de mexer, mas…
"Ei, a gente não vai voltar durante 5 horas, é todo seu" Naps!Sans
Ela pega as chaves que ele jogou para ela, enquanto ajeita seus óculos e sorri contido
"Obrigada" Naps!Alphys
Frisk não gostava da proximidade com quem fez tanto mau a sua AU, na qual ele viu quase desmoronar sem conseguir ajudar em nada, Frisk não tratava o outro de forma grosseira, mas costumava sair quando ele chegava e não aceitava conversar com ele, apesar de ter feito uma rota pacifista, e de se sentir traído por si mesmo ao não tentar o ajudar a resolver problemas como sempre fez antes, seus sentimentos em relação aos amigos que foram prejudicados, foi maior que sua vontade de ajudar os Puzzle e assim ele decidiu agir contra esses sentimentos, que vinham contra ele como ondas do mar, até a praia, levando os pequenos grãos de areia a cada batida e arrastar, intendente da força, sempre modifica, desgasta e diminui aos poucos, cada centímetro de areia que a água toca.
Apesar dos desentendimentos e de todo passado, os Puzzle se acostumaram a morar junto dos Naps!Papyrus e Naps!Sans, eles agora moravam na superfície, então foi mais fácil de eles terem aonde ficar, com o espaço, os monstros construíram uma casa para os dois, perto do laboratório de Alphys, era aconchegante e bonita, apesar de os dois quase não usarem, já que Puzzle!Papyrus ficava o dia todo no laboratório, por ter desaprendido a ter uma vida normal, não fazia nada além de estudar, amenos Puzzle!Sans, Metta!Naps e Naps!Alphys aproveitavam para fazer experimentos malucos junto dele, o que fazia os três se afundarem ali até altas horas e dormirem em cima das mesas, sofá ou no chão, depois de estudos cansativos, apesar de divertidos, Naps!Sans e Naps!Papyrus também iam lá ver o que eles tanto faziam, mas preferiam o mundo fora daquelas paredes de metal, por isso arrastavam os Irmãos de UnderBrothers com eles, enquanto Naps!Undyne levava Naps!Alphys a alguma espécie estranha de encontro e Metta!Naps ia procurar Through!Naps que se perdeu de novo, ou eles iam junto dos dois Sans e dois Papyrus se divertir em algum lugar.
Ainda tendo seus dias de diversão e estudos, eles iam de AU em AU, conhecendo suas histórias e tentando ajudar, aqueles que não tinham histórias tão felizes ou apenas falta de sorte, sempre que um Frisk ou Chara Genocida se metia no caminho, eles o paravam, não tendo medo de matar alguém, eles não queriam ser bonzinhos, eles queriam impedir que histórias como as deles acontecessem, não se consideravam heróis, mas se sentiam responsáveis pela quantidade de tecnologia e força que tinham, fora que tanto L.O.V.E não valia a pena não ser usado, isso podia ser útil para alguém.
Puzzle!Sans ao longo de algumas AU ficou com um total de 7 de L.O.V.E, Naps!Papyrus sempre com 0, ele não mataria nem o mais cruel dos humanos, Naps!Sans com 73, apesar de quase não fazer diferença, por culpa da composição do sanduiche, mais da metade dos pontos de L.O.V.E não aumentam seu ataque, HP ou defesa, mas mesmo que ele tivesse, não chega perto dos pontos de Puzzle!Papyrus, porém, os únicos que sabem quantos pontos são, foram os dois Sans, os dois Napstablook, Naps!Undyne e Naps!Alphys….
Que foi? Tá esperando o que? Eu também não sei!! Pergunte a eles!
Corrigido por @markin1314
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rodroxd · 6 months ago
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Abortar para evitar o sofrimento?
Meu filho é PCD, mas mesmo se eu soubesse disto antes, eu nunca tentaria aborta-lo...
É fato que uma criança especial ou em condição irreversível é um duro fardo. Como todo ser humano ela vai sofrer e ainda mais devido às suas limitações.
No passado os espartanos praticavam eugenia matando os bebês com deficiência ou abandonando-os para morrer. A justificativa era ter uma população forte, não gastar tempo e recursos em um ser inferior que não poderia contribuir com a província, com trabalho ou com serviço militar.
Isso pode parecer lógico para o contexto de guerras daquela época, mas não deixa de ser uma crueldade, um genocídio e assassinato de inocentes.
Hoje em tempos modernos a discussão que ocorre sobre o aborto mascara a verdade. Muito se diz sobre pobreza, deficiências, convencias, incertezas, mas nos fim a verdade é que as pessoas não querem assumir as consequências de seus atos. Não querem a responsabilidade de arcar com os custos, tempo e dedicação dessa vida que esta se formando e crescendo dentro do útero, sendo em sua essência outro ser, um ser distinto de seus pais, mas ao mesmo tempo uma mistura dos dois e isso independe das condições que que este pequeno ser foi concebido, pois o mesmo não tem culpa. A diferença entre o aborto moderno e o sacrifício de inocentes espartano é que os bebês nascidos e mortos na Grécia antiga tiveram tempo de crescer e se nutrir até o nascimento e os fetos abortados hoje não tiveram este tempo, mas tinham todo o potencial de se tornarem bebês comuns, assim como um dia foram os que lhes tiraram a oportunidade de viver, muitas vezes os envenenando, cortando, despedaçando, raspando e sugando por um tubo para depois descarta-los assim como eram descartados os bebês gregos.
Um grito silencioso e inaudível de um pequeno ser humano que nem ao menos sabe o por quê de tal destino terrível.
Por tanto reafirmo, meu filho é PCD, mas mesmo se eu soubesse disto antes, eu nunca tentaria aborta-lo...
Aprendi e continuo aprendendo muito com ele. Não vou mentir dizendo que não tem dias de dor e sofrimento, mas é justamente isso que me torna mais forte, me faz dar mais valor as coisas simples do dia-a-dia, me torna um pai e humano melhor. Eu nunca trocaria isso por conforto, conveniência ou comodidade. Meu filho é perfeito aos meus olhos e até o meu último suspiro de vida vou lutar por ele e por tantos inocentes quanto eu puder. Afinal, até mesmo eu poderia ser vitima de um aborto se minha mãe não tivesse tomado a difícil escolha de dar a luz ao quarto filho. Eu não a conheci, pois morreu vitima de um crime hediondo, mas sou grato a força dela e a honrarei até o fim.
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berealit · 10 months ago
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March 27, 2024.
Estava reorganizando suas coisas em caixas e malas, ter conseguido um dormitório maior e mais confortável para as seis tinha sido, para si, uma das maiores vitórias da semana. Pensar que agora as garotas teriam quartos individuais e uma geladeira decente — já que teriam uma cozinha — nas acomodações oferecidas pela universidade a deixava feliz, assistia em silêncio as meninas organizarem suas coisas enquanto se segurava para não sorrir ou tagarelar demais, como costumava fazer quando estava feliz. Ver as meninas agitadas por algo positivo a fazia se sentir como uma mãe orgulhosa.
— Vou tomar um banho e volto logo, podem fazer as coisas no tempo de vocês, sem pressa.
Apesar do que havia dito, talvez precisasse de certa pressa, sim, estavam as seis atrasadas para suas respectivas aulas; mas não ousaria interromper o momento de empolgação com a mudança. Havia prometido um almoço mas, tristemente, aquilo teve de ser adiado devido às mudanças que ainda não tinham sido realizadas e porque havia prometido a sua vó que passaria o final de semana com ela em Busan e levaria companhia. Seriam dias sabáticos e de muito dengo. Enquanto se preparava para tomar banho, fez sua rotina de skincare pela manhã enquanto se permitia tagarelar para o pequeno gravador aos cochichos.
— Gravação do dia vinte e sete de março de dois mil e vinte e quatro. As vezes sinto que esse mês passou voando, mas ao mesmo tempo parece ter tido um ano dentro dele. Apesar dos contratempos que, bom, todo mundo tem... Foi um mês bem produtivo. Ou extremamente produtivo. Preciso olhar o lado bom antes de tudo. Falo sozinha para esse gravador todos os dias mas enfatizar não faz mal, né?
A garota revirou os olhos enquanto passava o sabonete facial nas bochechas cheinhas, havia comprado em uma loja de produtos naturais e era, longe, uma de suas melhores compras para cuidar da pele. Talvez, só talvez, a Ko fosse um tanto obcecada por cuidados pessoais e boa parte de sua autoestima estava em seus cabelos, unhas e pele.
— Tirei boas notas, socializei, fiz novos laços, joguei um esporte e até hoje não sei como consegui... Comi coisas gostosas, pintei minhas unhas com mais frequência, isso me deixa feliz, logo, é importante. Entreguei meu primeiro currículo, conseguimos um dormitório melhor para as meninas e eu ficarmos e não precisarmos gastar com aluguel, Ewha, pare de esconder ouro. Dancei, cantei num karaoke.
Fazia a contagem nos dedos e de olhos cerrados para não se perder, até se dar conta de que precisava enxaguar o rosto, então parou e o fez, antes de retomar sua fala.
— Ganhei meu primeiro fansite e até agora é uma puta loucura isso, tipo... POR QUÊ? É realmente chocante pensar que ganhei popularidade na universidade gratuitamente. Me sinto tão mimada e querida que vou acabar mal acostumada. Ah, lembrando que isso aí me gerou uma consequência deliciosa, hein. Quem diria que eu estaria modelando agora? Ganhar dinheiro por ser bonita é algo que eu realmente não esperava.
Se permitiu rir da própria fala, realmente ficava empolgada com aquilo. A gargalhada foi sincera e divertida, mas abafada pela toalha que secava o próprio rosto.
— É... Foi um mês do caralho, convenhamos. A gravação hoje foi corrida, meu tempo tá bem curto e tenho coisa pra cacete pra fazer ainda, inclusive estou atrasada. Se der, mais tarde solto o verbo de novo.
E assim, desligou o gravador de voz para seguir com sua rotina.
ⓒ 𝟤𝟣𝗌𝗍 𝖢𝖤𝖭𝖳𝖴𝖱𝖸 𝖦𝖨𝖱𝖫'𝗌 𝖵𝖮𝖨𝖢𝖤 𝖱𝖤𝖢 ● ──┈ 고부미의 마음속에 무슨 일이 있는 걸까요? 한번 알아봅시다!고부미 씨의 머릿속에 무슨 일이 일어나고 있는지 생각해 본 적이 있나요? 한번 알아봅시다!~~ ㅋㅋㅋ
ᅟᅟ         
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tortura-diaria · 1 year ago
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Diário 27/09/2023
Dediquei muito tempo, foco, pensamentos e pra quê? Nada disso foi valorizado.
Se você sumir ou não, agora tanto faz, eu mesma faço questão de sumir, pouco me importa o que quer que seja; apenas estou farta de gastar minhas energias com pessoas rasas, pessoas que não merecem, com pessoas que não dão a mínima para a atenção e dedicação dos outros.
Pelo contrário, apenas reagindo no silêncio, no desprezo, no ser ignorado. E não preciso disso.
Mesmo sendo aceito com todas as falhas e mistérios, mesmo estando no escuro absurdo, ainda assim, aqui estava eu, porque a sua companhia e atenção, seu interesse e conversas boas eram o pagamento por não saber nada sobre você ou sua vida, nem mesmo seu rosto ou sua voz. Só que agora nem isso é me dado, nem as pequenas migalhas foram jogadas, então meu bem, eu não estarei bem aqui quando você quiser, não responderei prontamente suas mensagens, pelo contrário, talvez até visualize e não responda, como você, talvez os dias passem sem que tenha vontade de ao menos dizer "oi". Porque eu te dei muito de mim, muita atenção, disponibilidade, cuidado; mas nada disso foi o bastante, então okay, preciso do bastante para mim também, tenho meus sentimentos e necessidades também. Não vou viver uma vida de disponibilidade pra alguém, essa época acabou.
Tudo em mim hoje vive para mim, egoísta, hedonista, eu. E isso foi um processo muito longo, muito doloroso e sofrido, para abrir mão hoje, até por ser ainda estar em evolução e crescimento. E não vou perder, não vou me perder por ninguém. Talvez pareça errado para alguns, mas é um ato de amor próprio.
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falseg0d13 · 1 year ago
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de volta a julho (22/09/2023)
querido,
venho confessar que nas últimas noites de insônias eu reparei que tenho voltado constantemente para julho de 2021. dessa vez não por você, mas por mim.
os desafios atuais estão me obrigando a gastar minhas energias pensando nos por quês das coisas terem ocorrido daquela forma. no começo não era pra ser, mas acabou sendo. eu sei que forcei. eu sei que insisti. mas por que você permitiu, quando todos os outros fizeram o contrário?
eu lembro que abandonei tudo de mim. meu orgulho, minha timidez-limitada-a-situações-especiais, meu amor próprio, minha paz. hoje eu sei que eu fiz tudo isso por mim porque eu sou egoísta pra caralho. seu inferno era mais tolerável do que o meu, mesmo que por tempo limitado. eu estava em busca da minha primeira experiência em amar, sentir, ser e ter. independente de quem você fosse. nunca foi por você. foi por mim.
as vezes eu penso que se você tivesse sido um homem melhor, você também teria sido um homem de sorte porque eu nunca teria partido. eu fui um vinho envelhecido na sua vida. num golpe de sorte você me ganhou, mas quanto mais a temperatura daquela cidade baixava, mais você me perdia. você ficou longe demais a ponto de não evitar que meu amor limitado acabasse.
novo lugar, nova vida, novas perspectivas. você não poderia ter ficado longe por tanto tempo. a culpa foi sua. você também volta a julho enquanto tenta dormir? você lembra de andarmos de mãos-dadas por aquelas ruas até nos perdermos? você lembra do jeito apaixonante que nós ríamos? essa foi sua última tentativa de me manter ao seu lado, mas eu já estava longe demais.
eu lembro de tudo muito bem.
lembro porque aquele dia foi marcante para nós dois. para você, por ter me perdido. para mim, por ter me libertado. essa não foi a última vez que nos vimos porque um dia eu tropecei e caí na sua cama. péssima ideia, certo? mas me conforta saber que hoje eu estou melhor sem você.
agora, estou me imaginando entregando esta carta em suas mãos. vá. sinta-se usado e fale mal de mim. me xingue e jure meu nome pros seus amigos da mesma forma que eu assistia você fazer com suas exs. aqui está a motivação dela: eu voltei para julho porque eu quero que você se arrependa de mim.
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meandmypurpleheart · 2 years ago
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"— Allysa me traiu.
As palavras de Marshall me deixam tão perplexa que fico calada por uns cinco segundos.
— O... o quê?
— Faz muito tempo. A gente conseguiu se resolver, mas, cacete, doeu pra caramba. Ela partiu meu coração.
Estou balançando a cabeça, tentando assimilar a informação. Ele continua falando, contudo, então tento acompanhar.
— Não estávamos num momento bom. Estudávamos em universidades diferentes, tentamos fazer o relacionamento à distância dar certo, e éramos jovens. E nem foi nada de mais. Ela bebeu e pegou um cara qualquer numa festa antes de lembrar o quanto eu sou maravilhoso. Mas quando ela me contou... Nunca senti tanta raiva na vida. Nada jamais me ferira daquele jeito. Quis retaliar, quis traí-la para ela saber como era, quis furar seus pneus e gastar todo o limite dos seus cartões de crédito e queimar todas as suas roupas. Mas, por mais que eu estivesse furioso, quando ela estava na minha frente, eu jamais, nem por um segundo, pensei em machucá-la fisicamente. Na verdade, eu só queria abraçá-la e chorar no ombro dela.
Marshall me olha com sinceridade.
— Quando penso em Ryle te batendo... sinto uma raiva absurda. Porque amo o cara. Amo mesmo. Ele é meu melhor amigo desde que éramos crianças. Mas também o odeio por ele não ser uma pessoa melhor. Nada do que você fez e nada do que você poderia fazer justificaria um homem pôr as mãos em você por raiva. Lembre-se disso, Lily. Você tomou a decisão certa ao sair daquela situação. E jamais deveria se sentir culpada por isso. Tudo o que você deveria sentir é orgulho.
Eu não fazia ideia do quanto isso estava pesando em mim, mas as palavras de Marshall tiram um fardo tão grande de cima de mim que senti como se pudesse voar."
— É ASSIM QUE COMEÇA
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chloefolks · 2 years ago
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Pressa
Vejo tanta gente indo e vindo
Tanta vida acontecendo
Mas será que sabem?
Será que estão ansiosos pela passagem ligeira do tempo?
Para o próximo fim de semana
O próximo encontro
Sempre o próximo
Nunca o hoje, o momento
"Geleia ontem e geleia amanhã, mas nunca hoje"
Será que não é possível desfrutar do hoje?
Do momento?
Não podemos fazer do agora o nosso oasis?
Por que tanta pressa?
Se o tempo é relativo eu vou gastar o meu correndo pra um amanhã que depende do hoje?
E se o fim dessa corrida é a morte, pra quê tanta pressa?
Por Fernanda Gonçalves
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truthsofaheart · 2 years ago
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Amores rasos
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Faço uma reflexão ponderada em que me pergunto, afinal a tecnologia nos uniu ou nos separou? Quem olha no olho? Quem sorri na rua? Quem está atento para olhar ao seu redor ao invés da tela do seu celular? É que de repente curtida em storie virou flerte. Aplicativo de relacionamento é sinônimo de encontro casual. O cara do reality show em que se casam as cegas disse jamais ter se dado o trabalho de conhecer a essência de uma mulher e os casais que ousaram se casar com um desconhecido, bem, qualquer coisa é só pedir o divórcio...
O quanto nossas relações tornaram se fúteis, voláteis, rasas... E se são rasas não tem raízes, e se não tem raízes no primeiro vento que surge desmorona ao chão. É que de repente é fácil desistir do outro, qualquer deslize ou qualquer ato que não seja do meu agrado, eu digo adeus, parto pra outra, a fila anda... Afinal, tem tanta gente por aí, tantas bocas pra beijar, tantos corpos para visitar, tantos gostos pra provar... É que estabelecer conexão dá trabalho e requer tempo e eu não tenho paciência para gastar e tempo para desperdiçar.
E quem é que pensa em se casar? Pra quê casar? Se tenho todos os direitos do casamento a minha mão apartados dos deveres de uma união em que envolva Deus e o estado... Quando se fala em casamento, logo pensa se em bens ou no corpo perfeito, afinal qual será o troféu que irei exibir na minha estante chamada rede social que tem como única e exclusiva finalidade a projeção de uma ilusão de uma vida perfeita, a vida dos sonhos, o conto de fadas contemporâneo?
Um rapaz bonitinho me chamou pra ir na casa dele... E daí que eu não o conheço? Como eu ousaria recusar tal proposta, afinal ele é tão bonito e me proporcionaria tantos prazeres momentâneos, pra quê eu iria querer algo além disso? O outro me chamou para sair, foi até divertido, mas no final do encontro esperava por sexo casual... Como eu ousaria recusar tal proposta, afinal vivenciamos um momento tão bom juntos e ele me proporcionaria tantos prazeres momentâneos, pra quê eu iria querer algo além disso? O outro era mais audacioso, se deu o trabalho de me conquistar e até atuou ter amado conhecer a minha alma, mas se dizia efêmero... Como eu ousaria recusar tal proposta, afinal tudo bem "amar" de qualquer jeito, o importante é viver o momento, pra quê eu iria querer algo além disso?
Desculpe, é que eu não sou desse jeito, não sou desse tempo. Na minha visão os seus prazeres e suas relações líquidas consistem nas migalhas que vocês insistem em aceitar, no tratamento ao outro como se fossem descartáveis, na falta de respeito a si próprio em que doam os seus corpos a qualquer um em nome do prazer, somente para satisfazer o desejo da carne e suprir a sua carência... É que não nasci para amores rasos ou para a vida de aparências. Entre estar numa relação rasa, em que não há profundidade e conexão eu prefiro estar só: acompanhada do meu amor próprio e da minha verdade. Me recuso a fazer parte dessa dança das cadeiras, desse exibicionismo leviano, desse show de horrores fútil e superficial. Me recuso a vender minha alma para me encaixar e me sentir pertencida. Me recuso a aceitar alguém pela metade por puro medo de estar somente na minha própria companhia. 
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imagines-1directioner · 4 years ago
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First Time Parents- w/ Louis Tomlinson
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- Lou, ela ainda está quentinha. - disse preocupada com minha filha de seis meses, que estava em meu colo enquanto andava para lá e para cá em seu quartinho amarelo.
- Vou buscar o termômetro na cozinha. - meu marido correu em direção ao cômodo e eu deitei Olivia no trocador delicadamente, acariciando sua bochecha de leve.
- Aí, filha. O que é que você tem, meu anjinho?
- Aqui, S/A. Vamos medir a temperatura dela mais uma vez. - Louis levantou a camisetinha de manga longa da bebê e colocou o aparelho embaixo do seu braço.
- O que você acha que ela tem, amor? - perguntei apreensiva a Louis e ele, como resposta, abraçou-me de lado.
- Ser pais de primeira viagem é não ter certeza de absolutamente nada. - após sua resposta, deitei minha cabeça em seu ombro e suspirei fundo, preocupada com a nossa bonequinha.
Depois de um ou dois minutos, tirei o termômetro debaixo do bracinho dela e respirei aliviada quando vi o temperatura.
- Trinta e seis e meio. - falei, dando um sorriso fraco e notei que Louis retirou toda a tensão de seu corpo depois que finalizei minha fala.
- Graças a Deus. - seu suspiro de alívio foi profundo e ele logo pegou nossa menininha no colo, abraçando-a com força mas sendo delicado em seus movimentos. - Por favor, princesa, não assusta mais o papai. Já estava querendo te levar correndo para o hospital.
- E você acha que não devemos?
- Será, amor? A febre baixou. E ela não está mais espirrando.
- Ai, eu não sei! Algo me diz que ela está sentindo dor. - por mais que meus sentimentos maternos ainda fossem recentes, sentia que Olivia estava muito quietinha e sem ânimo, o que para nós foi uma surpresa, já que ela vivia rindo e brincando conosco, seja na sala, na cama ou em seu próprio quarto.
- Nós já demos o remédio para ela. Caso a febre volte ou outro sintoma aparecer, nós iremos imediatamente para o hospital, tudo bem? - assenti e aproximei-me dela, que estava com a cabecinha deitada no ombro de Louis, com os olhinhos fechados e a mãozinha na bochecha. Sorri ao vê-la naquela posição e coloquei meus dedos mais uma vez em sua testa, conferindo se a quentura havia mesmo ido embora. - Está quente? - Louis perguntou preocupado.
- Não. - respondi calma e ele sorriu. - Acho que ela dormiu.
- Vamos deixar ela com a gente essa noite? Assim ficamos atentos caso aconteça alguma coisa. - concordei com sua sugestão e assim levamos Olivia até nosso quarto.
Meu marido depositou ela com cuidado na cama e como se a pequena soubesse que não estav mais no colo do pai, se mexeu assim que as costas encontraram o colchão.
- Parece que alguém gosta do seu chamego. - comentei rindo fraco e ele encarou-me dando um sorriso leve. - Além de mim, é claro. - Louis puxou minha cintura quando chegou mais perto e juntou nossos corpos lentamente.
- Você gosta? - sua pergunta saiu com um sorriso bobo e eu apenas concordei, iniciando um beijo devagar, o qual acalmou todo o meu ser.
- Fica acordado comigo? Não vou conseguir dormir sabendo que ela pode piorar a qualquer instante.
- Claro, amor. Não vou te deixar sozinha nessa. Até porque estou nervoso assim como você.
- Ela vai ficar bem, não é? - perguntei olhando para nossa garotinha, deitada na cama, dormindo sem preocupações.
- Vai meu, amor. Essa febre veio apenas para nos assustar. - senti suas mãos abraçarem-me por trás e seu queixo encaixar-se em meu ombro direito. - Olha só para ela, Olivia está numa boa. Não se preocupe, está bem? - o moreno beijou minha bochecha antes de virar meu rosto para lhe dar um selinho demorado.
- Obrigada por me passar tanta segurança, babe.. Você não tem noção do quanto suas palavras me tranquilizam. - observei um sorriso fofo surgir em seus lábios e logo me deu um abraço forte, acariciando minhas costas de maneira gostosa.
- Isso só acontece porque eu te amo muito. E te tranquilizarei para todo sempre, pois meu amor por você vai além dessa vida. - o abraço foi tão confortável e acolhedor ao ponto de esquecer por alguns segundos daquela agonia mínima e soltar uma risada, a qual Louis estranhou ao se afastar de mim. - Você riu da minha declaração, garota?
- Não! - respondi ainda gargalhando baixo para não acordar a pequena. - Estava apenas lembrando de uma situação que passamos quando a Olivia nasceu.
- Qual?
- Quando você sem querer bateu a cabeça dela no batente da porta. - a feição do moreno mudou em segundos quando contei a lembrança de meses atrás, levado a mão direita até a boca para segurar o riso.
- Por que a gente tá rindo disso? Foi assustador!
*Flashback on*
Sentada no sofá, eu finalmente pude relaxar por mereos minutos depois de passar horas com Olivia. Por mais que amasse vê-la em qualquer posição que fosse e estava completamente apaixonada por aquele pedacinho de ser humano que tinha somente um mês e quinze dias de vida, ainda sim a rotina de mãe era extremamente cansativa. Dar de mamar é doloroso; dormir é um privilégio e estar disposta é quase impossível.
No entanto, Louis, após chegar do mercado, insistiu para que eu fosse descansar enquanto ele cuidava da pequenina, que estava se divertindo com suas mãos no berço antes do pai pegá-la. Eu até gostaria de passar um tempinho com eles, mas meus olhos não paravam abertos e eu necessitava de uma recarga de energia urgente.
Ao encostar meu pescoço no estofado, meu corpo agradeceu mentalmente por ter sedido depois de muito tempo ligada no 220W. Um suspiro, acompanhado de um gemido de alívio saiu de minha boca e assim fechei as pálpebras, permanecendo naquele posição por apenas cinco minutos.. ou menos.
- S/N!! Corre aqui! Rápido! - o grito de Louis foi alto o bastante para assustar-me e meus olhos abrirem sem nem pensar duas vezes. Contudo, só corri para o quarto quando escutei um choro estridente. Pronto, não temos mais um filha.
- O que que foi? - perguntei assustada ao chegar já no corredor e encontrá-los chorando. Bom, quase chorando.
- Eu.. eu fui levá-la para sala, e ela estava deitadinha no meu colo, assim. - demonstrou a cena ao tentar colocar a bebê na posição em que estava, mas com toda aquela choradeira e incômodo aparentemente foi bem difícil.
- Tá, e daí? - eu estava eufórica, mas de um jeito ruim. Bem ruim.
- E então sem querer, sem querer mesmo, amor, eu juro!
- Fala logo, Louis!
- Eu bati a cabecinha dela no batente da porta..
- O quê? - meu coração bateu mais rápido assim que meu marido confessou o que aconteceu. O choro de Olivia não era de fralda suja, nem de fome ou muito menos manha. O choro era de dor. E foi aí que desesperei. - Me dá ela aqui!
- Foi sem querer, S/A.. - Louis tinha os olhos marrejados, assustados e culposos de certa forma, mas eu sabia que aquilo não foi intencional.
- Eu sei, eu sei. - respirei fundo após a fala assim que peguei nossa filha no colo. - A gente vai dar um jeito, não se preocupa.
- Isso já aconteceu antes com você?
- Não né! - respondi de forma óbvia e a expressão dele volta ao pavor.
- E o que a gente faz?
- Eu não sei. - eu realmente estava surtando, quase juntando-me a Olivia nas lágrimas.
- Vamos para o hospital. - falou decidido e logo correu até a bolsa creme com detalhes em vermelho da maternidade, com o nome da menininha que estava em prantos em meu colo e não parava em nenhum instante, mesmo balançando-a.
- Hospital? Eles vão rir da gente!
- Você tem uma ideia melhor? - a pergunta soou retórica até demais, além da feição irônica do moreno que me irritou levemente. Entretando, aquela não era uma boa hora para discutir. Por isso decidi ficar em silêncio e olhar para a criança em meus braços, desesperada, quase o mesmo tanto que eu. E ali vi que de fato não tinha nada que nós, pobres mortais no quisito criar um filho, poderíamos fazer. Meu silêncio funcionou como resposta, por mais que ele não quisesse. - Foi o que eu pensei.
- Pega a minha bolsa no quarto que eu pego a chave do carro.
- Ok. - em tempo recorde pegamos tudo o que era necessário e fomos rápido ao hospital em que Olivia nasceu, o qual a pediatra dela trabalhava, entrando como emergência pelo choro, não por ter alguma lesão visível.
- Oi, mamãe e papai! - disse Sunny, a médica responsável pela nossa garotinha. - É a nossa primeira emergência?
- Sim.. - respondemos sem graça, já com Olivia quieta, mas gemendo de vez em quando.
- Então digam, o que houve? - eu e Louis nos olhamos e a médica riu. - Deixa eu adivinhar, ela bateu a cabeça?
- Como você sabe? - perguntou Lou.
- Pela cara de vocês deu para perceber. - respondeu com um riso fraco ao levantar da cadeira a sua mesa e caminhar até a maca para examinar nossa menina. - E isso é super comum com os recém pais. - ao escutar aquela frase, nós respiramos pela primeira vez desde o incidente, como se um peso saísse de nossas costas. Um suspiro de alívio. - Podem ficar tranquilos.
- Ai, doutora, que bom ouvir isso. - falei rindo.
- Vamos ver se a situação causou algum machucado em você, princesa. - Olivia, ao ser deixada na maca por mim, olhou para a médica, quietinha, como se aquele choro de minutos atrás nunca tivesse acontecido. - Qual lado foi batido?
- O direito. - meu esposo respondeu, ainda um pouco apreensivo.
- Bom, aqui só tem um galinho pequeno. Sem laceração, fissura ou algo anormal.
- Mas ela chorou bastante. Não pode ser algo que possa ser visto apenas com raio-x?
- Olha, acho que não tem necessidade. - comentou. - Ela por acaso vomitou ou desmaiou?
- Não. - respondi.
- Então eu acho que não precisa gastar mais tempo aqui. O choro foi apenas de susto. - Sunny pegou Olivia no colo e deu ao pai. - Vão para casa, deem uma atenção especial para elas e façam uma compreensa com paninho gelado no galo, que vai ficar tudo bem de novo.
- Obrigada pela atenção, doutora.
- Imagina. Precisando de mim, sabem onde me encontrar. - sorrindo, nos despidimos dela e voltamos para casa, rindo o caminho todo pela vergonha que passamos.
*Feedback off*
- Mas temos que admitir que a volta para casa foi muito engraçada, quando percebemos que não teve nada grave naquilo.
- Porra, mas a gente não sabia como agir. - Tomlinson disse de modo divertido. - A única coisa que eu pensei foi ir aonde existem pessoas capacitadas.
- Tudo bem, eu te dou um desconto.
- Mas foi uma lição muito bem dada, porque eu nunca mais fui descuidado ou atrapalhado com ela no colo.
- Há controvérsias. - brinquei, prendendo o riso.
- Você gosta de me provocar, né?
- Adoro! - dessa vez a risada saiu e eu o puxei para um beijo e logo um abraço. - Mas você sabe que te acho um excelente pai.
- Mesmo?
- Claro. Só você para fazer ela gargalhar com as bobeiras que faz. Eu nunca consegui isso.
- Ponto para mim.
- Bobinho. - empurrei de leve seu peito para trás, rindo fraco, assim como ele.
- Você também merece um pontinho.
- Um? - questionei indignada.
- Tá bom, dois então.
- Você é ridículo. - mais uma vez as risadas fizeram parte do cenário em que estávamos, mas agora um pouco mais alta que o normal, fazendo Olivia remexer-se na cama e então levarmos a mão à boca em um tentativa de silenciar a nossa bagunça.
- Eu admiro o fato de, mesmo exausta, dolorida e com muito sono grande parte do dia, você coloca um sorriso no rosto, alegra a minha vida e fica ainda mais linda. - ele cochichou no meu ouvido, abraçando-me por trás. - E isso só me deixa mais apaixonado pela esposa e mãe maravilhosa que você está se tornando. - o sorriso em meus lábios veio em poucos segundos e eu agradeci mentalmente por ter tido a sorte te compartilhar a vida ao lado da pessoa que foi feita, definitivamente, para mim.
- Eu te amo demais, Louis.. - com o pescoço virado para ter uma visão melhor daquele rosto lindo, sussurrei a frase amorosa e um selinho veio como resposta para comprovar e selar a união, afeto e carinho que construíamos ao longo dos anos.
- Eu também, S/N.. Amo muito mesmo.
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Se possível, deixe seu feedback na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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menestrell · 3 years ago
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Aprendi a expressar-me,você amigo é quem pode testemunhar o peso de minhas palavras ao passar do tempo,sendo assim vejo meu lugar ao pódio,mas não encontrei um lugar no mundo,nem pelo o quê ativar posicionamento e me fazer presente; Sabe que nada quis carregar nos braços e fazer disso a vida uma causa. Escrevo porquê já não gostaria de gastar palavras aos quatros cantos,não pretendo a ninguem convencer,quero ser um caminho a ser seguido,escrevo para dizer que a vida a mim veio e é sagrada,a melhor forma de vive-la é apaixonar-se por ela.
Laryssa Salles
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imagines-1d-zayn · 4 years ago
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Imagine - Harry Styles.
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Sabem o pedido que ela passa um trote nele, dizendo que quer terminar? Eu fiz uma continuação básica! O pedido original está nesse link.
Espero que gostem! 🤩
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Sai correndo do estúdio e pedi que meu motorista fosse o mais rápido possível e que o limite de velocidade permitisse. Eu precisava chegar logo em casa.
Eu sempre gostei de fazer brincadeiras com meus amigos, de passar trotes e fazer trolagens. Mas eu nunca tinha feito isso com o Harry, e sentia que tinha passado de todos os limites. Ouvi-lo chorando e implorando para que eu não terminasse com ele partiu meu coração, e eu só queria passar o resto do dia me desculpando.
Quando destranquei a porta, a casa estava em completo silêncio. Deixei minha bolsa na sala e caminhei em passos rápidos até o quarto. Harry estava sentado na ponta da cama, mexendo no celular. Seus olhos estavam inchados e seu nariz vermelho. Meu coração se partiu em milhares de pedacinhos.
- Babe... – Chamei enquanto caminhava até ele. Ele olhou para mim. – Me perdoa!
Ele se levantou e me puxou para um abraço apertado. Ele encaixou sua cabeça no meu pescoço e ouvi ele fungar. Apertei mais ainda meus braços em volta dele.
- Era mentira mesmo, né? Você não vai terminar comigo? – Ele perguntou baixinho e eu neguei com a cabeça.
- Não! Claro que não! – Acariciei seus cabelos. – Era tudo uma brincadeira. Desculpa por te deixar assim. – Ele balançou a cabeça e me olhou.
- Eu fiquei apavorado. De verdade. – Ele fez biquinho e eu fiz um carinho no seu rosto. – De onde surgiu a brilhante ideia de fazer essa brincadeira sem graça? – Ele sorriu um pouco e sentou na cama de novo.
- Ellen! – Sorri e me sentei no colo dele. – Estávamos falando sobre meu canal no YouTube e sobre o vídeo com a Barbara e o Dylan. Ai ela me desafiou a passar um trote em você, dizendo que queria terminar. Eu juro que não queria fazer, e fiquei muito feliz quando você não atendeu da primeira vez que liguei.  Mas ela mandou ligar até você atender... – Levantei os ombros e ele sorriu.
- Você foi bem convincente. – Ele disse brincando com os meus cabelos.
- A ideia era justamente essa! – Ri. – Mas eu fiquei muito mal quando vi o jeito como você ficou. Eu jamais terminaria com você por você estar focado na sua carreira, e muito menos por uma ligação! – Ele concordou com a cabeça.
- De qualquer forma, me desculpa se eu te deixei de lado mesmo. Não era minha intenção, e eu... – Não deixei ele continuar e grudei meus lábios nos seus, em um selinho demorado.
- Você nunca me deixou de lado, pelo contrário. Você é perfeito, Harry, e eu não posso falar nada sobre você, ou sobre o jeito como você me trata ou como você cuida do nosso relacionamento. Eu te amo demais, nunca duvide disso, ok? – Ele concordou com a cabeça. – Foi a primeira coisa que me veio na cabeça, e eu sabia que as chances de você acreditar eram maiores do que seu eu falasse que conheci outra pessoa. – Ele riu.
- Eu acreditei, pode apostar. – Concordei com a cabeça.
- Todo mundo percebeu, babe! – Sorri. – Mas eu achei que você iria ficar desconfiado ou que não ia acreditar. – Ele negou com a cabeça.
- Você é uma excelente atriz e falou de um jeito que parecia ser real. Não tinha como não acreditar. – Sorri e beijei sua bochecha mais uma vez.
- Pelo menos mostrei como sou boa atuando! – Ele riu. – Você está bravo comigo? – Ele negou com a cabeça e fez um carinho na minha coxa.
- Estou aliviado demais para ficar bravo. – Ri com ele. – Só me prometa que nunca mais vai fazer isso. Eu não vou aguentar.
- Eu prometo! – Selei seus lábios. – O que eu posso fazer para compensar você?
Ele sorriu de lado e sua mão alcançou minha cabeça. Ele segurou minha nuca e me puxou para um beijo lento. Eu acariciava seus cabeços e ele apertava minha cintura. Seus beijos tomaram rumo do meu pescoço, arrepiando todo meu corpo.
Meu corpo foi deitado na cama com o dele em cima do meu.
- Eu só quero ficar assim com você o resto do dia. Sem desgrudar por um segundo. – Ele disse baixinho e eu sorri.
- Eu acho que posso fazer esse sacrifício. – Ele sorri. – Vem!
O puxo até o banheiro e faço ele tirar as roupas que vestia. Ligo o chuveiro e entramos no box juntos. Tomamos um banho longo, sem malícia ou segundas intenções. Apenas um banho, alguns beijos longos enquanto a água morna caía sobre nós.
Depois de nos secar e vestir roupas confortáveis, deitamos na cama e ele me abraça. Ele faz um carinho leve nas minhas costas, me deixando com sono.
- Você não me falou como foi a entrevista, no final das contas.
- Foi boa! Conversamos sobre minha carreira, desde o início. Falamos sobre meus principais trabalhos, sobre meu último filme e sobre minha parceria com a Tommy. Nada excepcional, mas foi bem bom estar lá.
- Quando vai ao ar? – Ele perguntou enquanto bocejava.
- Na semana que vem. – Me aconcheguei mais perto dele. – Está com sono?
- Um pouco...
- Dorme um pouco, babe. Aproveita essa folga para descansar. – Ele negou com a cabeça.
- Eu quero ficar com você. – Ele resmungou.
- Mas eu vou estar aqui o tempo todo. – Olhei para ele. – Eu prometo que não vou sair correndo! – Ele riu fraco e me apertou no seu abraço.
Sua mão alcançou meu rosto e ele fez um carinho na minha bochecha antes de me puxar para um beijo lento e carinhoso. Nossas pernas estavam emboladas de uma forma confortável e meu corpo estava colado no dele. Meu lugar favorito no mundo todo.
- Eu te amo. – Ele disse assim que separou nossos lábios, ainda com os olhos fechados.
- Eu te amo muito mais! – Ele abriu os olhos e sorriu.
- Fala de novo...
- Eu te amo, meu menino carente e dengoso. – Ele riu e rolou seu corpo para cima do meu.
- Eu não sou carente e nem dengoso. – Ri.
- É sim! – Ele revirou os olhos.
- Tudo bem, eu sou um pouco. – Ergui as sobrancelhas. – Mas só quando se trata de você! – Concordei com a cabeça. – O que você vai fazer amanhã?
- Eu tenho que provar alguns figurinos de manhã. Mas não vou gastar mais de 1 hora com isso. Por quê?
- Você podia ir para o set comigo. Seria bom ter uma atriz competente por perto me dando apoio. – Ri.
- Você vai ter um monte de atrizes competentes perto de você amanhã!
- Sim, mas nenhuma delas é você! – Ele mordeu meu lábio inferior.
- Mas, de qualquer forma, eu teria que ficar no seu camarim o tempo todo. Eu não posso ver absolutamente nada sobre o filme. – Ele levantou os ombros.
- Eu ia gostar de saber que você está por perto, de qualquer forma. Além disso, poderíamos aproveitar o tempo em que eu não estiver gravando... – Ele aperta minha cintura e eu rio alto.
- Você não presta! – Ele nega com a cabeça sorrindo. – Bom, você tem até amanhã de manhã para me convencer a ir com você.
- Eu consigo pensar em muitos meios de te convencer! – Um sorriso malicioso surge nos seus lábios e eu sorrio.
- Estou louca para saber quais são!
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