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da minha poesia.e dos meus livros|filipe chinita|18outubro2015
. vejamos se de novo.e de vez nos entendemos . eu não quero ser melhor do que ninguém. e de nenhum ponto de vista. nem sequer quero saber se alguns iluminados achem os meus livros 'bons' ou 'maus' e a minha poesia 'boa' ou 'má'. sei só e quero apenas que ela.e eles me expressem o ser e a vida. e expressa(m)-me! inteira a mente.o sangue.a pele. o todo o corpo.a todo o instante.instante! basta-me pois que sejam (os) meus. basta-me (pois) que minha seja. até porque procuro sempre! sentir.compreender.e amar a toda a poesia e não apenas a minha. o outro e não apenas o eu. até porque sem o outro não existe o eu. a minha poesia é apenas a minha.nada mais para ela quero. dela... o rio do tempo e a vida intemporal... dos humanos farão o que bem quiserem. eu apenas de mim sempre.e apenas a pari.em vida. e como vida a quero.a poesia. como 'um fazer' um mundo outro. sem o qual não mais humanos seremos . fj filipe chinita ao momento 18 outubro 2015 11 h 26 min
#filipe chinita ©#poemas fj#os meus livros#sebenta 10.2015#maccc ©#da minha poesia e dos meus livros
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#filipe chinita ©#chão e povo.além do tejo#chão e povo além do tejo.seiva e sangue para sempre.#extractos poema#maccc ©
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maldito|filipe chinita|9 setembro 2015
maldito. maldito sempre serei. para uns por simplesmente aqui inscrever o desejo. como se ele não fosse eminentemente humano.alguns confundindo-o até! com machismo! machismo em mim! vade retro satanás! como se o desejo não fosse masculino e feminino inerente a dois. ou (a) mais sexos. para outros porque comunista sou e porque nunca face à mínima injustiça - venha de onde vier - me calo. para outros.ainda porque sempre falo da morte como coisa una da vida. o que de mais sagrado temos. para outros.também porque não reconheço deus.nem deuses. apenas deusas e todas elas humanas. ou ninfas de mar com quem me reuno sobre as pedras. outros.ainda porque junto tudo isto numa explosiva mistura.única de amante do belo.e da verdade do erótico.e do comum. em favor e defesa de todas as diferenças. entre iguais iguais . fj sempre ao momento filipe chinita 09 setembro2015
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escrita a lápis.como amo fazer. é a minha forma de dizer que tudo na vida efémero é incluso os autores e os seus livros . fj 24julho2015
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estou tramado da vida.como 'poeta'|filipe chinita|11 julho 2015
estou tramado da vida.como 'poeta' já não posso escrever sobre o amor sem que que pensem que alguém de novo estou amando. em paixão. mas não! nem sempre assim é. mas é verdade que eu escrevo quasi.sempre a partir do que de outro(s) chega até mim. mas não quer isso dizer que intimamente os ame. ainda que em palavras efectivamente os ame. é a minha forma de amar e de render homenagem ao humano. é muito! mas é tão só isso . fj 11 julho 2015
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inscrições de memórias de meu pai na minha mente| filipe chinita| 27 fevereiro 2011
o prazer com que saboreavas as burras já frias - assadas no dia anterior - . sentávamo-nos na pequena mesa central da cozinha ante a janela aberta sobre o quintal e de canivete(s) na mão "desossávamos" todo o conteúdo todas as pequenas lascas da saborosíssima carne ainda agarrada ao osso . um pequeno grande prazer que me ensinaste tu
este (o) de bem saborear as burras . burras para quem não saiba são os queixais de porco com toda a sua carne agarrada ao osso assados no forno - o que nos finos restaurantes chamam de bochechas (não confundir com o outro) mas sem o respectivo osso - . ainda hoje sempre que posso o faço exerço esse predilecto passar do tempo com um bom copo de tinto ao lado e sempre o nosso bom pão alentejano para o que der e vier - tal como o fazias tu - . não sei situar que idade teria(s) então mas sei que ainda éramos felizes
sei que guardo esses momentos de cumplicidade como pequenas cintilações de felicidade que me acompanha(ra)m toda a vida . o nosso pequeno mundo escouralense não se havia ainda desmoronado . agradeço-te pois manuel da bia
por este teu tão singelo prazer que fiz meu
para todo o sempre vivo
fjc 27 de Fevereiro de 2011 às 12:56 .
filipe chinita © sebenta 02.2011 sem revisão. ao momento e de uma vez só. pode conter erros falhas de ritmo e falsas perspectivas de arquitectura
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índia| filipe chinita| agosto 2013
já viste a menina atrás de ti. parece-me que olhando os outros meninos, esta menina sorri. e tu, como em lugar assim te sentes - extasiado - ou serei eu a imaginar-me no lugar onde estás tu. empresta-me a tua voz de poeta, diz-me, o que fazes, como estás tu, o que pensas nesse local, amigo meu camarada . eu estou entre eles, olhando o infinito criado pela mão do homem. artesãos de todas as artes da índia em nome de um amor maior.como do tamanho das nossas vidas. só que o meu é um mero.efémero livro.a dois. que arde(m) no calor dos corpos.amando-se. este é uma construção única.erguida ante um ininterrupto fluxo d'águas para o sempre da humanidade . senhora de verde. o olhar... e o que estará ela a pensar? já experimentaste olhar para ela. e os seus ouros… e os lábios de rubro pintados, olha aquele olhar - me dizes . homens no chão sentados, homens pés descalços, mulheres cabelos tapados. meninos . e um amigo maior que o meu pensamento. um amigo que me é muito querido, poeta e meu camarada. o que vês.o que olhas, diz-me meu irmão. companheiro. fala-me na tua voz de poeta. onde estás, o que vês tu . olhem a mão da mulher sobre o seu rosto de véu rosa . movimento, véu em ligeiro esvoaçar. e os dois tons de rosa, sim. também vi isso. e aquele grupo sentado no chão e a menina de rosa lá atrás. a mão. fixa-te na mão. tu que podes ver, repara. e vês cor e movimento. e quem está sentado - a senhora de verde, a menina dos pés descalços, homens - não est(ar)ão, estes, em movimento – com Rómulo, te pergunto . manto com ligeiro esvoaçar - era a mão em que mais falavas . aqui o braço, a mão, a direcção indefinida do olhar... e o sorriso tímido, olhos em alvo distante deste menino. é o menino quem mais me atrai, está triste este menino. e uma mão, só a mão, de um alguém que só posso adivinhar, será a mãe do menino... . raparigas longas tranças que aqui não me parecem feitas - nem de sol nem de luar - mas isso saberás tu que lá estiveste eu só posso uma história - a minha, por mim feita - te contar . e se estou triste a minha história será triste como eu. 2005 - onde estará, o que fará - 2013 - este menino. cor. muita cor. azul lá no fundo ao canto. olhar distante, olhar parado. espectro visível solar. luz e um prisma que só posso imaginar . e a outra rapariga de rosa que está de pé. já viste a mão . e os dois tons de rosa sim. também vi isso. e aquele grupo sentado no chão e a menina de rosa lá atrás e ... agosto de 2013 mural de fj
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sobre 3º andar jardim suspenso|santo tirso|12 abril 2014
3º andar jardim suspenso.
em santo tirso novamente casa cheia para filipe chinita
“obrigado camaradas e amigos de santo tirso. estais para sempre no meu coração. este é o meu povo.o povo fraterno e directo. esta é a humildade orgulhosa que é a minha. quais novos proletários agrícolas.de além-tejo. junto ao ave” .
fj
"(...) o nosso abraço de agradecimento. digamos que santo tirso sabe organizar sessões de poesia! e nelas participar como coisa não menor. estamos prontos para ir pelo país repetindo-as...
obrigado ainda pela presença do senhor presidente de câmara e vereador” . fj
Teve lugar no passado sábado, 12 de Abril, a apresentação de “3º andar jardim suspenso” - a mais recente obra de Filipe Chinita. Quatro meses após o lançamento nacional de "deste temporal de (te) amar", o poeta alentejano regressa à terra onde um dia, como poeta convidado e, para alguns, camarada chegou, e dela como mais um amigo partiu.
Em Santo Tirso, um Museu Municipal Abade de Pedrosa gentilmente cedido pela CMST a quem publicamente mais uma vez agradeço - bem como ao seu director e todos os trabalhadores a colaboração prestada e a oferta que para Filipe Chinita deixou – ao serviço da cultura e da população. Um auditório onde com Isaque Ferreira e Filipe Chinita tive a honra de a mesa partilhar, lotação ultrapassada, cadeiras-extra, pessoas silenciosamente de pé participando junto à porta e no corredor. Em tarde primaveril, a simpatia, a magia de Filipe e da sua poesia, em espaço de cultura, junto ao rio que vindo da Cabreira pela nossa terra passa.
E, num museu transbordando vida, nada naquela tarde faltou – Qualidade. Amizade. Ternura. As artes reunidas em torno da poesia! Reencontros. Humanidade sem hipocrisias nem falsidades, numa, sem dar pelo passar do tempo longa sessão que nenhum de nós esquecerá. E se alguns, por motivos pessoais e de transporte, justificando-se, com pena, uns minutos antes saíram, logo outros os seus lugares ocupavam - quase quatro horas passadas e ninguém arredava pé. Recorro às palavras do Poeta que, publicamente, manifestou o seu contentamento por mais uma vez em Santo Tirso estar.
"(...)
Escrito por um jovem de 21-22 anos, a tempo inteiro revolucionário e poeta algures entre os Setembros que medeiam entre as festas do Avante 77 e 78, 3º andar jardim suspenso é, como referi na minha intervenção de apresentação,a sexta entre as obras poéticas publicadas de Filipe Chinita, outras mais aguardando publicação. Conhecer a obra poética de Filipe é mergulhar num mar de ondas impetuosas e revoltas ora num calmo rio de águas mansas entre jardins de palavras e flores. É embarcar na nave da vontade e do desejo da alegria e da ternura, do inconformismo da luta. É rumar ao universo da constante aprendizagem da revolução e do amor. Da poesia lírica e apaixonada ao poema épico, revolucionário, denunciador. Filipe. Poeta vida, poeta humano, sempre verdade, não fingidor.
3º andar jardim suspenso ou do encantamento – um fim de semana em Lisboa com regresso ao Alentejo, segunda-feira ainda escura madrugada, para continuar pela revolução, pelos ideias do seu partido, sem desistir combatendo – “volto ao combate”.
3º andar jardim suspenso. A reflexão. A busca da criação artística. A demanda constante do belo, do autêntico, da verdade, do justo que durante toda a vida vai manter, ou não seja filipe o poetado amor, da beleza, da justiça, da diferença de todas as humanas diferenças de nos olharmos igual. E num museu com nome de Abade, o belo, a arte, a procura das origens. Filipe!
Isaque Ferreira o já nosso amigo grande declamador. Um livro-poema, um suspenso jardim, a voz de Isaque e um silêncio que até se ouvia... Isaque, a emotividade – inteligência e sensibilidade à flor da pele - que não impediu a perfeição. E o agradecimento de Filipe em extracto de um poema ao grande declamador dedicado
“(…) cumpriu-se finalmente o meu desiderato de o ouvir inteiro. e é mui belo. só quem o não queira ver o não sente. obrigado!”
O grupo “O Andaime”, com Silvestre, o professor e os seus meninos- maravilha, piano, violoncelo, guitarra, viola, saxofone, ... Silvestre, o professor, o "homem dos sete instrumentos", sempre a mil, sempre ocupado, mas que com os seus meninos fez questão de connosco mais uma vez uma tarde de cultura partilhar. José Morais, o camarada cantor, com quem todos em Abril, canções de Abril sentidamente cantámos. E Yulia, a bela e russa piamista!
A sessão não terminou sem a intervenção lúcida e largamente aplaudida de Filipe, nunca poeta neutro, em tudo na vida assumidamente comunista, bem como a participação do público, onde alguns demonstraram por palavras e poemas o que em todos os olhos e sorrisos se via. Diálogo, amizade e partilha que se prolongaram num jantar de confraternização largamente participado.
E num museu tornado espaço da fraternidade, a sessão terminou ao som da vila morena em tarde - que quereríamos o fosse sempre - de povo é quem mais ordena.
Por teres vindo, Filipe, obrigada. A todos quantos connosco, a um jardim de afectos, de livros, de flores (d)e poesia se associaram, nomeadamente ao Senhor Presidente da CMST, Joaquim Couto e ao Senhor Vereador José Pedro Machado, a presença agradeço também. Sem esquecer nunca, os meus e do Filipe queridos camaradas!
Filipe Chinita nasceu na quinta-dos-pretos, em 11 de novembro de 1955, e cresceu na aldeia/vila de Escoural, concelho de Montemor-o-Novo. Publicou em 2009 os seus dois primeiros livros de poesia: o poema 'gente povo todo o dia', e a duo com Manuel Gusmão, 'cantata pranto e louvor', em memória de casquinha e caravela, que nos elucidam quanto à sua umbilical ligação com o Alentejo, com a luta anti-fascista, e com o tempo em que aí permaneceu entre 1974 e 1980. Em 2012 publicou na editora colibri 'do tamanho das nossas vidas' escrito a duas mãos, em moscovo, em 1976, onde se encontram inscritos aqueles que foram os primeiros poemas que guardou. no mesmo ano publica 'maior é o povo.aqui é campo maior' na novel editora página a página, 2º volume do seu tríptico sobre o Alentejo, que 'gente povo.todo o dia' inaugurou e que 'chão e povo.além do tejo' muito em breve fechará. Além de 'deste temporal de (te) amar' que teve apresentação nacional em Santo Tirso a 14 de Dezembro, continuação temporal de 'do tamanho das nossa vidas, publica agora '3º andar jardim suspenso' na editora Pastelaria Estúdios de Lisboa. Tem ainda fechados para editar vários outros livros, de cariz diverso.
Mais uma vez Filipe distribuiu amizade e simpatia. Deixou livros, muitos livros. Filipe partindo, connosco ficou. Filipe partindo, no coração Santo Tirso levou. E as palavras que após o nosso "temporal de poesia" ouvi, continuam a chegar-me. Quando volta - me perguntam. Não te esqueças de avisar.
maria augusta carvalho
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dos meus livros|filipe chinita|23 setembro 2014
. façam deles o que bem queiram.o que bem quiserem. os vossos não gestos.nem palavras deixaram finalmente de me incomodar. ainda que para sempre continue eu dizendo o que sobre tudo penso. de resto a única coisa certa - enquanto for vivo e vista tiver - é que continuarei lutando e escrevendo. o desejo. a vida.a verdade.e o belo. o desejo. a ternura.a amizade.e o amor. o desejo. a sensualidade.a volúpia.e o erotismo. o desejo. a liberdade.a revolução.e o comunismo. o desejo. e a constante revolta contra todas as injustiças. venham elas de onde vierem . continuarei escrevendo.as todas as igualdades. o livre sonho que quero e sei construir(emos). em que apenas elas mandem. em que apenas elas. as igualdades. reinem.em paz . continuarei escrevendo contra aqueles contra todos aqueles que repudiem qualquer uma das diferenças que a nós humanos nos (per)fazem. iguais . fj 23 setembro 2014
. filipe chinita © sebenta 09.2014 sem revisão. ao momento e de uma vez só. pode conter erros falhas de ritmo e falsas perspectivas de arquitectura
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chão e povo além do tejo.seiva e sangue para sempre| filipe chinita
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joão domingos serra | Uma Família do Alentejo | filipe chinita| maio de 2010
1. quantos hoje ainda vivos o conheceram quantos ainda hoje se lembram de joão domingos serra alguns decerto particularmente em lavre sua terra natal - onde nasceu a 9 de fevereiro de 1905 e morreu em 19 de agosto de 1982 - 2. mas quantos saberão que a partir de 8 de agosto de 1972 com 67 anos de idade e já doente empreendeu - ele que apenas frequentara a 2ª classe da primária - a escrita da história da sua vida - que começa com o casamento de seus pais em 1904 - e se prolonga na dos seus filhos chegando a abril 25 à liberdade pérola tão ditosa que as Forças Armadas nos ofereceram e segue depois até às intentonas contra-revolucionárias do 28 de setembro e do 11 de março tendo como última sequência um texto a que chama A política em 1976 no qual o último facto narrado é o da morte de sua filha carolina - a 14 de Agosto de 1977 - 3. o nome que atribuiu a estas suas memórias inscrevendo-o ao cimo da primeira página é o longo título Datas e Factos, duma História Familiar e, Mistérios da Natureza e, Política 4. lembra(va)-o a família sim que guarda(va) o manuscrito como património intocável seu testamento de vida alguns amigos ainda vivos decerto mas poucos mais quem o conheceu passará a conhecê-lo melhor e quem o não conheceu descobri-lo-á agora pois que estando morto vivo está nestas suas linhas inscritas a negro pelo próprio punho numa contínua mancha de texto ao longo de 152 páginas de papel almaço quadriculado 5. mas não apenas ele também o tempo em que viveu pois que narrando-nos a sua própria vida e a da sua família nos conta afinal as experiências de toda uma geração de proletários agrícolas alentejanos que caso estivessem vivos nestas páginas se reconheceriam muitíssimas vezes como se suas fossem 6. para os filhos e netos desses operários agrícolas será uma magnífica aprendizagem das condições de vida que os seus maiores enfrentaram naquele(s) tempo(s) 7. enfim quem não se espantará ao ler este texto do quase iletrado joão domingos serra que a fundação saramago - com o nosso humilde contributo - agora resgata do esquecimento editando-o sob o título Uma Família do Alentejo .................................................................................................................................................. a edição contou com o apoio da junta de lavre da câmara municipal de montemor-o-novo levantado do chão e do concelho vizinho de vendas novas o livro abre com um prefácio do próprio josé saramago e nele se insere também o seu artigo Recado para João Bezuga, Alentejano publicado no Extra de 8 de setembro de 1977 - portanto, antes ainda, da publicação de levantado do chão e fecha com um posfácio do professor catedrático manuel gusmão sob o nome Algumas notas sobre o Escrito e o Oral A propósito de um romance de Saramago e de um manuscrito de João Domingos Serra .................................................................................................................................................. 8. no prefácio saramago introduz-nos no porquê da sua ida primeira ao Lavre e de como ali se vem a fixar tendo em vista escrever levantado do chão e de como ao ler este manuscrito que o próprio joão domingos lhe entregou em mãos contraiu para com ele uma dívida que nunca poderá pagar já que esse livro mítico sobre o alentejo - ainda que tivéssemos de esperar mais três anos para que a história amadurecesse na cabeça do futuro prémio nobel- começou a ser escrito nesse dia 9. no posfácio manuel gusmão fala-nos sobre o texto de joão domingos serra dos seus pontos de contactos com levantado do chão e de como com esses dois textos se tocam e afastam 10. na casa do alentejo - a 24 de janeiro de 1980 - aquando do lançamento de levantado do chão joão domingos serra não pode estar presente por se encontrar doente mas fez-se representar por uma sua filha - também ela já hoje falecida - . saramago nessa sessão considerou o texto de joão domingos serra um documento incomum - conforme os jornais da época noticiaram - feliz expressão que caracteriza bem a sua excepcionalidade e a sua dimensão de testemunho 11. é à leitura deste emotivo documento humano escrito pelo autor ao longo de cinco anos que vos convidamos nele encontrareis inscrita a vida do - nosso - alentejo sentida e contada por quem no concreto a viveu e que de memória com os seus parcos meios a conta em toda a sua pungente dura e acusadora verdade 12. já lá vão cerca de 30 anos desde que joão domingos serra deixou de estar presente entre nós num nobre gesto josé saramago e a sua fundação através da publicação deste seu relato trazem-no até nós como se possível fôra transmitir-lhe um novo fôlego de vida fjc maio de 2010 na revista monte mor + magazine nº 6, da cm de montemor-o-novo publicado em prosa corrida, claro. (publicado em 26 de Fevereiro de 2011 às 2:33)
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GAITA FINO E ARISCO COMO UM PARDAL
amanhã levantarei bem cedo quando o gaita - o camponês – partir para a apanha da azeitona açoitando a mula . se não estiver – já – de pé ele encarregar-se-à de me chamar e fazer levantar - da enxerga em que me dá dormida em sua casa – trazendo-me de volta ao dia gaita o camponês a quem para sempre estou em dívida não pela sua cama ou mesa que sei nunca me cobrará mas sim pela vergasta hiperbólica de gestos e palavras como nunca outra vi e com a qual .- para sempre – tomou - conta – (d)a minha mente gaita - o camponês – sem arrebiques fino e arisco como pardal contador das palavras que lhe queimam as entranhas - das palavras – que salteadoras o assaltam de modo tal lhe saem da boca - para fora – como se as não pudesse conter deter em si gaita - o analfabeto – de ouvido e experiências letrado tudo nele é oralidade sábio das comparações inesperadas e exemplares simples e complexas tal a rugosidade a fome angulosa que lhe (de) marca o rosto as vivas arestas do rosto gaita - o camarada – o abano das orelhas a pele incrustada de rios sulcos de vida - quase – como as gretadas mãos dos seus gestos amplos o grande anfiteatro dos teus braços gaita articulando discursos sem mais - querer(es) – parar com essa mesma mão erguida a que diariamente cuida dos olivais como poucos unindo a vida num só gesto numa só fala num só abraço
nunca mais descobri exemplar humano que se te assemelhasse (a)comparasse reinas para todo o sempre em mim gaita
filipe chinita, maior é o povo aqui é campo maior, página a página
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eu
eu limito-me a intentar ser eu . eu não me queixo . digo grito clamo o que sinto com toda a força interior com que me apeteça fazê-lo . isso é coragem e não queixisse . são coisas bem distintas não as confundais . dou(-vos) a minha mais profunda e intensa humanidade . é o profundo humano . que em cada um de vós . que em cada gesto e palavra me interessa . como pode alguém vir pedir-me -ousar pedir-me- que me desgaste em banais conversas de nada . fj .
18 de Dezembro de 2011 às 12:13 . filipe chinita © sebenta 12.2011 sem revisão. ao momento e de uma vez só. pode conter erros falhas de ritmo e falsas perspectivas de arquitectura.
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árvore de natal.
árvore de natal. vida. a vida é apenas (o) cada dia. um a seguir ao outro. e nada.nada mais.nada... a não ser a memória de vida e morte que em (cada um de) nós.já transportamos fj 14 dezembro 2013 . filipe chinita © sebenta 12.2013 sem revisão. ao momento e de uma vez só. pode conter erros falhas de ritmo e falsas perspectivas de arquitectura.
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o pão caseiro alentejano
o pão caseiro alentejano.a oferenda que mais gosto de fazer. ao(s) outro(s).que amo ou respeito. é como se lhes levasse a essência do (meu) alentejo.as papoilas por entre as espigas . fj 05dezembro2014 . filipe chinita © sebenta 12.2014 sem revisão. ao momento e de uma vez só. pode conter erros falhas de ritmo e falsas perspectivas de arquitectura
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