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thewritersroomblog · 4 years

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O guia para narrativa em terceira pessoa - Parte II

Atenção: Essa é a segunda parte do post, também escrito pela autora Giovanna Almeida. Confira a primeira parte aqui !

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Olá, escritor! Nas palavras dos filósofos contemporâneos Backstreet Boys: “Eu tô de volta!” (em livre tradução). E, agora, com a parte II do nosso guia para narrativa em terceira pessoa.

Se você ainda não leu a parte I e caiu de paraquedas nesse aqui, eu recomendo dar uma olhadinha no primeiro post, porque lá está explicado com detalhes os três tipos de narrador observador, quanto ao nível de onisciência.

Nesse aqui, nós vamos falar menos sobre a proximidade do narrador com o personagem e mais sobre como você pode se divertir e ser criativo ao utilizar uma voz em terceira pessoa. Então, vamos começar?

Quando falamos em narrador observador, a maioria de nós já possui uma pré-concepção do que isso significa: um narrador destacado e afastado da história, sem personalidade, comprometido única e exclusivamente a contar aos leitores sobre os personagens e o que acontece com eles. Mas, apesar de ser essa a voz narrativa mais comum e típica dos livros com os quais temos contato, ela não é a única opção e não precisa ser sempre assim.

A voz narrativa de sua escolha pode, sim, ser simples e objetiva. Contudo, ela também pode funcionar como uma maneira de adicionar originalidade e certa excentricidade à sua história, ser um meio de gerar humor e até mesmo uma ferramenta para criação de plot twists!

Abaixo, nós vamos ver alguns tipos de narrador observador quanto ao estilo de narração. Quanto à proximidade, porém, eles podem cair em qualquer uma das três categorias de narrador que vimos no primeiro post — tudo depende da sua imaginação!

O Observador Imparcial

O Observador Imparcial, também conhecido como observador destacado, é o estilo de narração mais clássico nas obras literárias que tem a terceira pessoa como voz narrativa de escolha. É aquele caso citado acima, o narrador a qual todos nós conhecemos e uma voz extremamente familiar a qualquer leitor, mas que não podia deixar de ser citada e está longe de não ser importante.

Esse tipo de narrador se limita a contar a história e nunca insere qualquer tipo de opinião ou utiliza qualquer palavra que possa chamar atenção para si. Em essência, ele nem mesmo existe. As palavras e os personagens estão ali, mas quem está por trás deles não é importante. O autor é invisível.

É claro que existe uma voz narrativa, mas isso não é detectável porque ela desaparece completamente no texto, como se a história se contasse por ela mesma. Não é apenas o fato do narrador não emitir opinião, ele não tem nem mesmo qualquer indício de personalidade (o narrador, não a narrativa — é definitivamente importante que a sua narrativa tenha sua personalidade, seu estilo e sua assinatura como autor).

Bons exemplos de histórias que utilizam esse tipo de narração são Deuses Americanos (Neil Gaiman), 1984 (George Orwell), a série As Crônicas de Gelo e Fogo (George R. R. Martin) e diversos livros de Stephen King.

Muitos autores optam por essa voz, pois ela é extremamente confiável — já que, se em essência o narrador não existe, ele não está sujeito a erros ou tem sua moral comprometida. Sendo assim, tudo ocorreu exatamente como e quando é contado, sem tirar nem pôr.

É um estilo de narração prático e não é à toa que tenha tamanha popularidade de uso: ele proporciona experiências imersivas, sem tirar o foco dos personagens, dos acontecimentos e do mundo fictício.

O Comentarista

Sem dúvida um dos narradores mais divertidos, o Comentarista, embora fisicamente nunca entre na história, adiciona livremente comentários pontuais (e geralmente cômicos) durante todo decorrer do livro.

Ao contrário do que foi dito sobre o observador imparcial, ele definitivamente existe e é completamente detectável pelo leitor. Ele possui personalidade e pode ter até certo atrevimento ou insolência em relação aos personagens e toda a história – dependendo, é claro, da personalidade que você escolha dar à ele.

Ao utilizar esse tipo de narrador, é necessário que seja perceptível na sua escolha de palavras que existe uma entidade ali e isso não se trata apenas de deixar escapar um “eu” ou “mim” no meio da narração. O importante aqui é colocar também na forma como ele fala e como ele escolhe contar a história, traços que sejam indicativos de determinado caráter e individualidade, pois isso dará coesão e consistência ao seu narrador.

Essa voz narrativa é extremamente interessante, já que permite um comentário sem a necessidade de usar um personagem existente. Também é, comumente, uma ferramenta muito útil para adicionar certa comicidade ao texto, embora não precise ser usado sempre dessa forma: ele pode, por exemplo, acabar sendo um narrador não confiável se, através de críticas, ficar claro que ele não gosta de determinado personagem - e isso não precisa necessariamente conter humor.

Como no exemplo que foi dado, esse tipo de narrador, com frequência (embora não obrigatoriamente), acaba se misturando com outros tipos de narrador que falaremos mais abaixo, já que além de comentar acerca dos acontecimentos e pessoas dentro do mundo fictício, ele também pode falar diretamente com o leitor e/ou se mostrar uma fonte não confiável de informação.

Um exemplo de livro que usa essa voz narrativa é Um Conto de Natal (A Christmas Carol), de Charles Dickens.

O Narrador não confiável

O narrador não confiável é aquele cuja credibilidade é comprometida ou questionada. Seja por ser deliberadamente enganoso ou involuntariamente mal orientado, ele força o leitor a questioná-lo como um contador de histórias.

Esse tipo de narrador é extremamente comum em livros narrados em primeira pessoa (Lolita, de Vladimir Nabokov, é um grande exemplo) e, na realidade, é discutível que qualquer narrativa em primeira pessoa é uma narrativa não confiável — afinal, pessoas estão sujeitas a erros, desejos e julgamentos que estão fora do controle delas mesmas. Contudo, ainda que seja uma característica intrínseca do narrador personagem, sabia que é possível utilizá-lo em terceira pessoa também?

Apesar do nosso narrador observador não-confiável nunca fisicamente entrar na história, existem dicas e informações (algumas diretas e outras nas entrelinhas) que você pode adicionar na narração de forma a indicar que esse narrador, de alguma forma, não é totalmente digno da confiança do leitor.

Algumas vezes, a falta de confiabilidade do narrador pode ser feita evidente já no início da história: esse narrador pode, por exemplo, falando diretamente com o leitor, admitir ter algum distúrbio psicológico (que o faria ser mentalmente distante da realidade), dizer que está com a memória comprometida pela idade ou, até mesmo, informar que a história aconteceu há tempo demais e que pode não se lembrar completamente dos fatos. Ou, já no início também, ele pode fazer uma afirmação no texto tão completamente delirante que seja o suficiente para o leitor pensar duas vezes antes de levar o que ele diz a ferro e fogo — nesse caso, pode ser pego como exemplo algo conspirativo, como a rainha da Inglaterra fazer parte de uma organização secreta de reptilianos (há!).

Outra opção seria a construção de algo sutil, nas entrelinhas; que o leitor perceba com o tempo, como comentários que deixem a entender que esse narrador não goste de um personagem em particular. Em alguns casos, até, essa falta de credibilidade pode ser revelada apenas no final — como, por exemplo, se esse narrador, na verdade, for um personagem escondido da história (falaremos mais abaixo do “Personagem Secreto”).

As possibilidades dentro desse tipo de narrador são diversas: ele pode ser alguém com tendência a exagerar, ser louco, ser alguém com habilidades de narração impactadas pela idade (muito jovem ou muito velho) ou, é claro, ser um grande mentiroso. Pode ser tão enganoso ao ponto do leitor questionar quase tudo o que diz ou ter a veracidade questionada em relação a apenas algumas coisas pontuais.

A regra aqui é deixar a criatividade fluir. Essa é uma voz narrativa muito intrigante, já que força os leitores a reconsiderar seu ponto de vista e toda a sua experiência lendo a história.

Aquele que conversa com o leitor

Na maior parte dos livros o autor — ou mais especificamente, o narrador — está contando a história para um “alguém” ambíguo. Os fatos sem dúvida estão sendo narrados, mas sem nunca ficar claro para quem. Direcionar a palavra diretamente ao leitor, utilizando termos como “você” ou “quem está lendo” é o que chamamos de “quebrar a quarta parede” e esse tipo de voz narrativa realiza exatamente isso.

Eu, enquanto escrevo esse texto, algumas vezes quebro a quarta barreira quando falo diretamente com você, leitor do blog The Writer’s Room e não com um interlocutor indefinido (se é que existente). E eu garanto que para você, isso se torna uma espécie de “cutucão”, te lembrando de que você está lendo um texto escrito por um alguém.

Essa é exatamente a sensação que um narrador que direciona a palavra diretamente aos leitores proporciona: um lembrete amigável de que ele está ouvindo a uma entidade, determinada ou não. Feito corretamente, o uso dessa voz narrativa pode fazer com que o leitor sinta-se ouvindo uma história sendo contada por um bom amigo; utilizando de forma errada, pode prejudicar a imersão do leitor na narrativa ou até irritá-lo, pois ele estará sempre sendo lembrado de que está, de fato, lendo uma história fictícia.

Alguns livros que optam por utilizar esse tipo de narrador escolhem uma abordagem mais evidente e notória, onde o narrador é forte, frequente e extremamente entrelaçado na narrativa; desde o início deixando claro que ele está falando com você. Como, por exemplo, o livro “The Name of This Book Is Secret” de Pseudonymous Bosch:

“Bom. Agora eu sei que posso confiar em você. Você é curioso. Você é corajoso. E você não tem medo de levar uma vida de crime. Mas vamos deixar uma coisa bem clara: se, apesar da minha advertência, você insiste em ler este livro, não pode me responsabilizar pelas consequências.”

Nesse trecho, podemos ver o início da história onde o narrador avisa diretamente o leitor sobre o que começou a ler. E, durante toda a narrativa, são feitas diversas interrupções onde são adicionados comentários, mas sempre de uma forma interessante o suficiente para não ser uma fonte de incômodo ao leitor

(OBS.: o narrador desse livro é também, sem dúvida, do tipo Comentarista — você provavelmente já reparou como esses dois tipos estão normalmente entrelaçados).

Muitas interrupções no texto, onde são feitos comentários sem propósito ou desinteressantes podem dar ao leitor a impressão de estar recebendo uma tour de um livro ao invés de estar lendo um.

Outra abordagem possível para um narrador que fala diretamente com o leitor (e talvez até mais comum) é a realização de parênteses pontuais e menos frequentes. Ao contrário do exemplo acima, onde o leitor mal tem tempo de esquecer da existência de um narrador por ele ser muito presente, nesse caso as interrupções são espaçadas e podem pegar o leitor de surpresa, pois o dá mais tempo para imergir na história de novo.

Nesse caso, você pode dirigir-se ao leitor já na primeira página ou não. Um exemplo de livro que faz um bom uso dessa técnica é Belas Maldições, de Neil Gaiman e Terry Pratchett. Na hora de escrever um livro com um narrador que derruba a quarta parede, mais até do que a dosagem, é importante o discernimento para decidir o que é (ou não) interessante comentar. Se você vai interromper o leitor, faça ser intrigante, engraçado ou irreverente: faça valer a pena.

Narradores Observadores… Mas não exatamente

Tudo bem, os dois narradores abaixo não podem ser considerados exatamente terceira pessoa, visto que estão de certa forma inseridos na narrativa, mas podemos pensar neles como vozes narrativas perdidas em um limbo entre o narrador personagem e o observador. Isso porque, em alguns casos, eles até mesmo podem parecer uma terceira pessoa comum até o final do livro, onde a verdade é revelada.

O Entrevistador

O objetivo do narrador Entrevistador é ser o porta-voz da narrativa de terceiros. Ele é um ouvinte, através do qual o leitor acompanha os eventos narrados por algum personagem da história. Nesse tipo de narração encontramos uma pessoa, o nosso narrador sem importância, que está sendo o interlocutor numa conversa (uma “entrevista”) com algum ou alguns personagens principais da história que estão lhe contando eventos que já aconteceram. Ele também pode narrar para os leitores, com as suas palavras, detalhes de um evento passado que foi anteriormente contado para ele por alguém (no caso, algum personagem).

Ou seja, nesse tipo de narrador, sempre estamos lidando com eventos passados que não envolvem o narrador em primeira pessoa (o Entrevistador), estejam esses eventos saindo da boca de algum personagem num discurso direto ou sejam eles detalhes coletados pelo Entrevistador e sendo contados por ele. Pense, por exemplo, numa psicóloga (a narradora, interlocutora) ouvindo um paciente (o personagem) lhe contar sobre alguma crise ansiosa que teve no dia anterior. Saberemos dessa história através da psicóloga, que é nosso narrador em primeira pessoa que está ouvindo, mas quase tudo o que nos está sendo contado está saindo da boca da paciente em questão, a psicóloga é apenas uma receptora da mensagem.

Nesse tipo de história, o leitor é completamente imerso na fala dos personagens principais (os locutores) ou completamente imerso na narração do Entrevistador dos eventos passados que lhe foram contados, até que algum comentário pontual do Entrevistador, por fala ou pensamento, o traga de volta para o presente. Um exemplo de livro que faz uso desse tipo de narrador é A Viagem do Peregrino da Alvorada, de C.S. Lewis:

“Trouxe-lhes, ao mesmo tempo, um aroma e um som musical. Edmundo e Eustáquio nunca mais quiseram tocar no assunto. Lúcia apenas podia articular: ‘Era de cortar o coração.’ ‘Por quê?’ perguntei eu ‘Era assim tão triste?’ ‘Triste nada!’ disse Lúcia”.

Embora não seja estritamente observador, visto que tem contato direto com ao menos um personagem do livro, ele é, por via de regra, inteiramente irrelevante dentro dos acontecimentos da narrativa em si.

O Personagem Secreto

E por fim, mas definitivamente não menos importante, pois foi o tipo que me inspirou a escrever esse guia inteiro em primeiro lugar, nós temos o Personagem Secreto.

O Personagem Secreto é o tipo de narrador mais interessante para quem está procurando uma nova forma de surpreender os leitores, visto que esse narrador apenas finge ser removido da história (ou ao menos tem sua presença omitida). Esse tipo de voz narrativa começa agindo como um narrador observador “comum” , mas eventualmente a sua identidade será revelada na história, seja por meio de algum personagem que mencione seu nome (e, nesse caso, o nome do narrador já teria sido dito por ele mesmo em algum momento), seja através de algum personagem que por ventura o confronte ou ainda uma revelação que parta dele mesmo nos últimos capítulos (diretamente ou dando a entender).

Para esconder a sua identidade, caso esteja muito envolvido nos eventos da história para não citar a si próprio (sendo ele o vilão, por exemplo, ou uma garota quieta na cafeteria da escola que o protagonista sempre conversa), ele pode até se referir a si mesmo na terceira pessoa até o final, narrando suas ações como as de um terceiro.

É um narrador que abre espaço para deixar a sua imaginação fluir, pois ele pode ser qualquer pessoa: um herói, um vilão, um personagem que parecia não ter a menor importância ou até um personagem que nunca tinha sido citado anteriormente. As alternativas são infinitas.

Contudo, é preciso tomar cuidado em relação ao nível de onisciência que este narrador em questão demonstra ter, pois tendo em vista que ele era um personagem secreto, é preciso existir uma explicação sobre como ele tinha acesso aos pensamentos dos outros personagens, se for o caso de um narrador escrito com alta proximidade a eles. Se ele era um personagem secreto narrando os pensamentos de outros, como ele possuía esse acesso? Ele estava inventando tudo? Estava simplesmente assumindo o que eles pensavam? Ele é um telepata? Ele é um deus?

Mas, a partir do momento que esses detalhes são decididos, optar por esse narrador é uma ótima maneira de dar uma "rasteira" (no melhor sentido) nos seus leitores. Pois além do delicioso plot twist que é descobrir que um simples narrador era na verdade um personagem da história, como consequência da revelação de ser um personagem secreto, ele pode automaticamente se tornar não confiável e fazer o leitor desconfiar que o seu narrador ocultou ou deturpou informações vitais (principalmente se ele for o vilão).

Um grande exemplo desse tipo de narrador está nas páginas da famosa (e longa) série de 13 livros infanto-juvenis, Desventuras em Série. Lemony Snicket é o nome do dono da voz narrativa que dá a vida a essa história e é, sem dúvida, um dos narradores mais peculiares e originais com o qual você vai se deparar em um livro. Ele é o pseudônimo pelo qual o autor, Daniel Handler, assina todos os volumes da série e logo no início da história Lemony se apresenta, deixando claro que é ele quem está contando aquilo tudo — ele conta para os leitores, inclusive, até mesmo um pouco de si mesmo antes do primeiro capítulo começar.

O escritor narra a história dos três irmãos Baudelaire de uma forma extremamente única, divertida e nada imparcial, falando diretamente com o leitor e adicionando seus próprios comentários, notas e opiniões acerca dos eventos trágicos que constituem a trajetória azarada dos nossos heróis — o que faz dele um narrador também do tipo “Comentarista” e “Aquele que fala com o leitor”. Mas apesar de parecer que ele é simplesmente um escritor que se dedicou a relatar a vida dessas crianças, Lemony está também envolvido nos eventos da história!

Isso pode ser visto no seguinte trecho abaixo do livro O Fim, onde Violet e Klaus discutem sobre uma carta que encontraram:

“‘Lemony?’ Violet repetiu. ‘Eles teriam me chamado de Lemony? De onde eles tiraram essa ideia?’ ‘De alguém que morreu, presumivelmente’, disse Klaus.”

Existem muitas possibilidades dentro da narrativa em terceira pessoa e essas são apenas algumas delas. Não tenha medo de deixar a sua imaginação correr: você pode misturar e fazer o seu narrador ser mais de um tipo ao mesmo tempo, pois como vimos, muitos desses conversam entre si com frequência na literatura. Não existe nenhuma regra quando se trata de trabalhos criativos e descobrir novas formas de contar histórias é o que torna a arte de escrever tão fascinante.

Essas são somente dicas e você tem a total liberdade de criar algo diferente no seu livro ou até mesmo manipular um certo estilo aqui citado, para que encaixe mais adequadamente para o que você quer na sua história. Muitas vezes, um narrador fora do comum é exatamente o tom diferencial que o seu livro precisa. Bom, por hoje é só. Espero que esse guia tenha sido útil para vocês e que tenham gostado da minha passagem por aqui. Ciao!

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Sobre a autora:

Olá! Meu nome é Giovanna.

Eu tenho 21 anos, sou uma biomédica em formação e uma escritora apaixonada por mistérios, plot twists, alívios cômicos e aliterações.

Nas horas vagas, eu trabalho nos meus livros, crio histórias na minha cabeça que nunca são passadas pro papel, faço desenhos dificilmente aceitáveis e escrevo artigos por aí. Meu perfil no wattpad: G-iovanna

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Referências:

Are You Talking to Me? Addressing the Reader - Janice Hardy’s Fiction University

What Is an Unreliable Narrator? 4 Ways to Create an Unreliable Narrator in Writing - Masterclass

The 7 Narrator Types: and You Thought There Were Only Two! - Be Kind, Rewrite

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avonweary · 4 years

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| 100 books in a year challenge |

I thought I’d give myself a challenge this year and attempt to read 100 books over 365 days. I’ll be posting every time I start a book, and a review/update whenever I finish one.

Here’s the list of my 100 books (with the last 20 being kept for whatever I feel like reading at the moment):

Oliver Twist - Charles Dickens

Great Expectations - Charles Dickens

A Tale of Two Cities - Charles Dickens

David Copperfield - Charles Dickens

The Old Curiosity Shop - Charles Dickens

Nicholas Nickleby - Charles Dickens

The Pickwick Papers - Charles Dickens

Anne of Windy Poplars - L. M. Montgomery

Anne’s House of Dreams - L. M. Montgomery

Anne of Ingleside - L. M. Montgomery

Rainbow Valley - L. M. Montgomery

Rilla of Ingleside - L. M. Montgomery

Chronicles of Avonlea/Further Chronicles of Avonlea - L. M. Montgomery

Women in Love - D. H. Lawrence

Gerald’s Game - Stephen King

The Stand - Stephen King

Pet Sematary - Stephen King

Where the Past Begins - Amy Tan

Draft No. 4 - John McPhee

The Hobbit - J. R. R. Tolkien

The Fellowship of the Ring - J. R. R. Tolkien

The Two Towers - J. R. R. Tolkien

The Return of the King - J. R. R. Tolkien

Little Women - Louisa May Alcott

Good Wives - Louisa May Alcott

Complete Tales and Poems of Edgar Allen Poe - Edgar Allen Poe

Lolita - Vladimir Nabokov

Jazz - Toni Morrison

The Diary of a Young Girl - Anne Frank

Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children - Ransom Riggs

Hollow City - Ransom Riggs

Library of Souls - Ransom Riggs

Into The Wild (Warriors) - Erin Hunter

Fire and Ice (Warriors) - Erin Hunter

Forest of Secrets (Warriors) - Erin Hunter

Rising Storm (Warriors) - Erin Hunter

A Dangerous Path (Warriors) - Erin Hunter

The Darkest Hour (Warriors) - Erin Hunter

The Odyssey - Homer

The Iliad - Homer

1984 - George Orwell

Lord of the Flies - William Golding

Animal Farm - George Orwell

Frankenstein - Mary Shelley

The Secret History - Donna Tartt

Anna Karenina - Leo Tolstoy

Wuthering Heights - Emily Brontë

Emma - Jane Austen

Mrs. Dalloway - Virginia Woolf

The Picture of Dorian Gray - Oscar Wilde

The Lightning Thief (Percy Jackson and the Olympians) - Rick Riordan

The Sea of Monsters (Percy Jackson and the Olympians) - Rick Riordan

The Titan’s Curse (Percy Jackson and the Olympians) - Rick Riordan

The Battle of the Labyrinth (Percy Jackson and the Olympians)-Rick Riordan

The Last Olympian (Percy Jackson and the Olympians)-Rick Riordan

Odd Thomas (Odd Thomas Series) - Dean Koontz

Forever Odd (Odd Thomas Series)-Dean Koontz

Odd Hours (Odd Thomas Series)-Dean Koontz

Odd Apocalypse (Odd Thomas Series)-Dean Koontz

Deeply Odd (Odd Thomas Series)-Dean Koontz

Don Quixote - Miguel de Cervantes

Inside the Shadow City (Kiki Strike Series) - Kirsten Miller

The Empress’s Tomb (Kiki Strike Series)-Kirsten Miller

The Darkness Dwellers (Kiki Strike Series)-Kirsten Miller

The Name of This Book Is Secret (The Secret Series) - Pseudonymous Bosch

If You’re Reading This It’s Too Late (The Secret Series)- Pseudonymous Bosch

This Book is Not Good For You (The Secret Series)- Pseudonymous Bosch

This Isn’t What It Looks Like (The Secret Series)- Pseudonymous Bosch

You Have to Stop This (The Secret Series)- Pseudonymous Bosch

Bad Magic Series - Pseudonymous Bosch

Alexander Hamilton - Ron Chernow

Erased Vol. 1 - Kei Sanbe

Akira Vol. 1 - Katsuhiro Otomo

Death Note Vol. 1 - Tsugumi Ohba

Death Note Vol. 2 - Tsugumi Ohba

Death Note Vol. 3 - Tsugumi Ohba

Death Note Vol. 4 - Tsugumi Ohba

Death Note Vol. 5 - Tsugumi Ohba

Death Note Vol. 6 - Tsugumi Ohba

War and Peace - Leo Tolstoy

It’s a little ambitious lol, but I hope I can do it! Some of the books are ones I loved as a kid and want to read again, if some of them look like weird choices. Anyway, I’ll see you when I post my first update!

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medea10 · 5 years

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My Review of Bludgeoning Angel Dokuro-Chan

A random guy being struck in the head with a spiked-bat and having his entire skull swiped away in a bloody mess. You’d think I would have picked this up in 2007 when I picked up a punch of other absurd animes like Super Milk Chan. But time does make fools out of all of us. And because the randomizer is being a dick to me currently, I’m now stuck with this ridiculous mess. A student who disappears and no one noticed a thing. The class rep randomly turns into a monkey. Another boy randomly turns into a Shiba Inu. The male protagonist gets half of his skull sliced off and is magically better five seconds later (and the last one happens numerous times throughout the series).

That my friends, is the magic of Dokuro-Chan! Dokuro Mitsukai is an angel sent to the past to take care of a problem that will shape the very future. She was sent to kill a high school boy named Sakura Kusakabe. And before I continue the synopsis, I think this is the first time I’ve ever heard of a boy with the name “Sakura”. Amazing! Anyways, the reason why Sakura has a hit by angels in the future is because in the future, Sakura will come up with a way to stop females from developing at the age of 12 and these women stay like that forever. So imagine if a 67 year old girl looks like a 10 year old! Wow, that’s…oh so illegal! That is just raising the Lolita-fetish by 3000%! Well, Dokuro has taken a liking to Sakura and thinks she can find a way around this without killing him. However, other angels like Sabato Mihashigo and Dokuro’s sister Zakuro think he needs to be destroyed. And every episode we watch as this boy gets whacked eight ways from Sunday! Yeah, this anime is balls-to-the-wall out there, filled with poop jokes, panty-shots, crude humor, and absurdity on Pop Team Epic levels. BETWEEN THE SUB AND THE DUB: So back in the day, this anime was carried by Media Blasters and given an English dub. Now Media Blasters is still around! It’s just that a lot of their older animes have died off and it’s up to other companies to give it a good home. So now Discotek licensed it. The dub has many recognizable voices who thankfully went on to do better things like Wendee Lee, Mela Lee, Laura Bailey, and Johnny Yong Bosch. But again, you have to start somewhere in this business!

And I do find it funny that voice actress Mela Lee makes a call back to this particular anime. When Lee was in Durarara, she said the signature line Dokuro says and hearing her in this makes me giggle. Here’s what you might recognize these folks from. JAPANESE CAST: *Dokuro is played by Saeko Chiba (known for Nagihiko on Shugo Chara, Nina on Code Geass, Miu on NANA, Azmaria on Chrono Crusade, Ruby on Rosario to Vampire, and Neko Musume on xxxHOLiC Kei) *Sakura is played by Reiko Takagi (known for Tadase on Shugo Chara, Holly on Jojo’s Bizarre Adventure: Part 2, Su on Love Hina, and Young Bon on Blue Exorcist) ENGLISH CAST: *Dokuro is played by Wendee Lee (known for Faye on Cowboy Bebop, Konata on Lucky Star, Kirigakure on Blue Exorcist, Yoruichi on Bleach, Yui on Fushigi Yugi, Moegi on Naruto, and Haruhi Suzumiya) *Sakura is played by Johnny Yong Bosch (known for Ichigo on Bleach, Lelouch on Code Geass, Makoto on Free!, Izaya on Durarara, Artemis on Sailor Moon redub, Koizumi on Haruhi Suzumiya, and Yukio on Blue Exorcist) SHIPPING: So it’s obvious that Sakura has eyes for Shizuki, a random girl in his class. But she’ll never express her feelings. At the end of several episodes, she has this face of disappointment given towards Sakura. Probably because the mood is always broken by one Dokuro-chan!

Dokuro seems to like Sakura as she hasn’t tried to kill him and made it stick. Every time she would destroy his body, she would always repair it. Any other angel with the mission of killing Sakura would have laid waste to this kid by the end of episode one. But Dokuro doesn’t want to do so as she likes Sakura. Hell, she defied orders from her superiors, including her younger sister to be with this guy. However, she wouldn’t hesitate killing him for accidentally copping a feel! GUILTY PLEASURE: Pipiru piru piru pipiru pi

…I like the OP theme… I’m officially going to Hell for saying that. ENDING: Well this series is only 4 episodes (or eight 13-minute episodes). Each episode is filled with angel-laced crack and several times an episode we watch as Sakura is disembodied by a spiked-bat. You know, usual shit for an anime like this! So the final episode has Dokuro wanting to start her own club at the school. And hearing Wendee Lee as Dokuro, I am immediately having vivid nightmares of the S.O.S. brigade when she’s talking about joining a club. Much to my dismay, it’s so much worse…for Sakura! Well all that fun and frivolity comes to a sudden stop when the school is visited by Dokuro’s baby sister, Zaruko.

WHO IS NINE YEARS OLD?! DA FUCK, JAPAN?! Because Dokuro broke protocol by not doing away with Sakura like her original mission indicated, she was to immediately go back with her sister and receive a penalty for her crimes. Meanwhile, everything on earth will go back to normal and no one will remember any of this mess. But Dokuro doesn’t want to leave because she loves living with Sakura. Now Sakura has a decision to make. He can either have Dokuro leave and never come back or continue having a loli angel live in his closet and decapitate him every other day. Sakura chooses the latter. But Zaruko ends up taking her away…only for Dokuro to escape. She ends up returning back to Sakura’s room and when he came back thinking things were going to go back to boring life as normal, he’s decapitated. Aw, so abnormality wins in the end!

SEASON TWO: Why is Dokuro’s hair teal-colored now? Oh who the fuck cares? It’s only two episodes! It’s just more random shenanigans. Only now, you’ve got both Dokuro and Zakuro living with Sakura. What else do I have to say, the final two episodes were just more of the same with Sakura being impaled every couple of minutes or so, Sakura striking out with Shizuki, and getting in all sorts of trouble caused by Dokuro. We even get a meaningless cameo from Sabato’s mother who tries to take her daughter back to their time but gives up by the end of the episode. And then mentions something about Dokuro being related to…oh who the fuck cares?! Finally we end up with a bizarre Valentine’s episode. And the series really doesn’t end on any kind of note. It’s just the final episode with no real conclusion and ended like any other regular episode. It’s been 12 years since this anime ever saw the light of day and let’s keep it that way. What the hell did I just watch?

Seriously, this show is just balls-to-the-wall insane. And this is the same person who found some sort of sense and sanity in watching something like Excel Saga. This is like if Super Milk Chan and Puni Puni Poemi had sex and this show was the product of that mess. And then you just fill it with the most absurd things in the world like people being decapitated, panty shots, side-boobs, nip-slips, poop jokes, diarrhea jokes, crude jokes, random cameos from Kim Jong Il and George W. Bush, and random students turning into real life animals (including a baboon, giraffe, and shiba inu). It was all quite insane. Only, AND ONLY IF you are feeling extra curious that I would recommend stumbling upon and watch this. If you’re not a fan of blood, I wouldn’t recommend it. I know the blood-shed that’s used is mostly supposed to be funny (I guess?), but there’s a lot of it. The animation is nothing too special. The comedy is kinda hit-and-miss with me. Then again, there are only 6 episodes and if you’re bored, go ahead and watch this. Okay, now that this nightmare is over, what’s the next anime I’m watching in this category? Nozomi Entertainment/Discotek/Shit made before Fall 1986, and go!

Marmalade Boy! Oh good, I’m always in the mood for a cute shoujo anime. Medea, it’s also surprise incest! Wait, WHAT?! DAMMIT 2019!

#anime review #bludgeoning angel dokuro-chan #bokusatsu tenshi dokuro chan #dokuro mitsukai #sakura kusakabe #zakuro mitsukai

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cherryyharryy · 5 years

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I’ll Be Okay

WC:1k

Warnings: Smut

The interpretations of Dreams, Sigmund Freud. Big Sur and the Oranges of Hieronymus Bosch, Henry Miller. The Grapes of Wrath, John Steinbeck.

It looks like the books are moving. The bed is creaking, an awful, rusted squeaking sound that I’ll remember for years. Sweat is building up in the same places as when I wake in the middle of the night in August. But I can’t get up to stumble across the room to turn the fan on. It looks like the books are moving, but it’s just me.

When I look down I can hardly see my body; he’s covering up so much. I wonder if my sweat bothers him. I guess not, because then he might get off.

Moby Dick, Herman Melville. The Order of Time, Carlo Revelli. A Journal of the Plague Year, Daniel Defoe.

It’s like the books are shaking now. And he’s grunting now. When he stops and pulls out, I realize how dehydrated I am, because it takes too long for relief to register in my brain. And then once it does, it’s too late. I’m flipped over like a doll.

It’s almost two AM. I watch the second hand for an entire revolution. What time was it when I got here? How did I get here?

He said, “I’ve been watching you all night.”

I said, “I just got here.”

I remember the drink he gave me. I poured it out. I pretended to take a sip and then poured it out. And you might think I was being too nice to a guy who thought complimenting my eyes was enough, but it was done out of habit. He couldn’t even see my eyes.

The Persecution and Assassination of Jean-Paul Marat as Performed by the Inmates of the Asylum of Charenton Under the Direction of the Marquis de Sade, Peter Weiss. The Hound of the Baskervilles, Arthur Conan Doyle. The Holy Bible.

He’s good at what he does. He’s patient. He starts with sweet names. Then it’s a hand on your knee. And you think, it’s just my knee, I’m okay. Then a hand on your back, rubbing your neck, thumb on your cheek. I’m okay, I’m okay, I’m okay.

He brought up his apartment like it was a new idea. Like people didn’t visit other people and he’s the first one to think of it. He tugged me off my stool, and I forgot how to say no.

The wallpaper is torn by the door. It’s some God awful print from the 70’s. I smell alcohol. His mouth is by my ear. No, I don’t like that you bastard. I’m okay. I’ll be okay.

And the Hippos Were Boiled in Their Tanks, Jack Kerouac and William S. Burroughs. History of the Rain, Niall Williams. Eleven Poems, Seamus Heaney

The lights are off and there’s a lava lamp on his desk. All my clothes are on the floor. His are still on. My arms are weak, and I fall onto his bed. My face is pushed into the sheets. Not even the pillow. I don’t even get a pillow.

More sweat, accumulating on my skin, like swarms of mosquitoes landing and sticking to me. More and more. I can’t breathe. It hurts. I hate him. I want to die.

He studies English. He wants to travel. He went to Japan three years ago and he’s never been the same. He’s thinking about going vegan. It’s amazing how many facts a man will tell you about themselves when they can’t take their eyes off your breasts. And apparently, I feel so fuckin’ good. I wouldn’t know

I like to read too. Why did I tell him that? Why did I offer anything up? Checkmate. He had me. I opened the door for him. He plowed through before I could step out of the way. You should come over and see my collection. I think you’ll like it.

The Hobbit, J.R.R Tolkien. War and Peace, Leo Tolstoy. Lolita, Vladimir Nabokov.

A very boring city sits outside the window; I have a view now. I’ve been placed ever so delicately on the edge of his bed. The squeaking is worse now. And the headboard bangs against the wall. It’s an old, chipped gold railing type. I’ve hit my head three times so far. I said shit each time and he said nothing.

It’s so dark out I can pretend I’m anywhere. Just a skyline of buildings. New York, London, Paris. I’ll be okay. Paris. I’m in Paris. If I squint, the water tower can be the Eiffel Tower. The power plant...the Leaning Tower of Pisa. I’m in Italy now. Maybe—

“I’m so close.”

Nevermind.

The sounds he makes when he’s finally finishing, are, without exaggeration, revolting. And then as he’s zipping his jeans he’s humming. Rocket Man. I’ll have to remember to delete it off my playlist. I’m surprised—dumbfounded—when he tosses the condom in the trash. I hate that I can’t remember him ever putting it on.

The Curious Incident of the Dog in the Night-Time, Mark Haddon. A Christmas Carol, Charles Dickens. Amusing Ourselves to Death: Public Discourse in the Age of Show Business, Neil Postman and Andrew Postman.

I pick up my clothes piece by piece. They burn when I slide them on.

Television: Seeing by Wire or Wireless, Alfred Dinsdale. Watership Down, Richard Adams. The Midnight Watch: A Novel of the Titanic and the Californian, David Dyer.

“You weren’t lying,” I say, scanning the bookshelf now that they’ve stopped moving.

“‘Course not.”

The Stories of Anton Chekhov, Anton Chekhov. The Sun Also Rises, Ernest Hemingway. A Portrait of the Artist as a Young Man, James Joyce.

He moves past me, the bathroom door shutting a moment after. I step back to see the top shelves.

The Odyssey, Homer. The Brothers Karamazov, Fyodor Dostoyevsky. The Divine Comedy, Dante Alighieri.

I said yes. To everything. I can’t really blame him for hating myself. I reach up and slip Heart of Darkness, Joseph Conrad, off and fan the pages under my nose. The bathroom door starts opening, and I shove the book into the waistband of my pants.

“You wanna stay? Smoke a little?”

“No, I’m just gonna go.”

The Sound and the Fury, by William Faulkner. To Kill a Mockingbird, Harper Lee. The Trial, Frank Kafka.

He says something else, but I’m already passing by his couch. “Thanks for the book,” I whisper. “I’ll add it to my own collection.” You should come see it sometime.

#i forgot all about this #from 2017 #that feels so long ago #cherryyharryy #cherryyharryy writing #my poetry

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metempsicosis · 7 years

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És com quan algú pregunta a una de les víctimes de bullying per què li ha passat a ell i no a algú altre. Tots, totes, responen sempre el mateix: "No ho sé", la qual cosa els fa sentir insegurs, amb por que la persona que se'ls escolta pensi que estan exagerant o arrodonint els fets, o que hi hagi un motiu que ells no han sabut trobar. Però en veritat, dir "No ho sé" és contestar aquesta Pregunta Cop De Puny que els esclata a la cara amb la mà oberta. I tot i així tothom els ho pregunta. Sempre. Encara que ell, com jo, hàgim deixat de preguntar-nos-ho. Jo no recordo haver pensat si hi havia un motiu, si tenien més raons els qui exerceixen la crueltat que jo, que si hi havia una causa també hi havia una explicació, que la veritat la tenia la gent que em feia mal. Recordo avergonyir-me'n, pensar que els havia mostrat alguna cosa de mi que hauria d'haver amagat, recordo la incredulitat i la por. Però no les raons, perquè en veritat, en veritat: mai no n'hi ha. I n'estan farts! Tots els nois i noies amb qui parlo aquests dies em diuen que, sobretot, estan farts que tothom busqui una raó al seu turment, com si això donés als torturadors gairebé la raó. Com si hi hagués un motiu que ells han descobert i nosaltres no (Com vols que et tractin si ets tan malcarada? Per què haurien de voler-se fer amics teus si tu no hi poses res de part teva? Ja està bé que et sentis diferent, però dissimula. Deixa de donar sempre la teva opinió. No vulguis allunyar-te'n. Fes un esforç, hòstia, fes un esforç).

Lolita Bosch, La ràbia, 2016

#lolita bosch #2016

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unpensadoranonimo · 5 years

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Opiniones sobre las corruptelas españolas (14/8/2019)

300 millones al fisco, dos fugados y nadie en la cárcel: la lista Falciani una década después - Rafael Méndez

18 de julio - Julián Casanova

A Espinosa de los Monteros se le atraganta la transparencia - David Bollero

¿Corrupción judicial? - José María Tomás y Tío

Cuando la familia suma puntos en el currículum - David Bollero

Díaz Ayuso, pepera de diseño - David Bollero

Díaz Ayuso y la banda - Jesús Maraña

El favor de Ximo Puig a su periódico con dinero público: un escándalo intolerable - Rubén Arranz

El franquismo, la momia del dictador y el palio democrático - Emilio Silva

En lo único que se convierte una mentira repetida mil veces, es en una mentira mil veces más grande - Benjamín Prado

Es por Pujol, estúpidos - Miquel Giménez

"España no me roba" - Imma Lucas

Franco, ¿por qué me persigues? - Joaquín Ivars

Juego y piratería en Gibraltar - Javier López-Astilleros

La absolución de Ana Botella como paradigma del fracaso político - Ruth Toledano

La estafa de los bebés robados - Maite Rico

La Iglesia ladrona - David Bollero

Las once piezas en las que se queda el 'caso Púnica' - Voz Pópuli

Las seis preguntas del 'caso Ayuso' que la candidata a presidenta no responde - Manuel Rico

Lezo y Gürtel: las veces que Esperanza Aguirre se libró del banquillo - Lupe Carrasco

¡Libertad para Oriol Pujol! - Miquel Giménez

Los amigos de la familia Aznar son quienes juzgan - Cristina Fallarás

Los escándalos sacuden a la banca española en su semana más negra - Alejandro Requeijo y Liliana Ochoa

Los "pecados" de Díaz Ayuso - Ruth Toledano

Madame la condesa y Fuenteovejuna, señor - Lolita Bosch

Nacimiento, apogeo y caída del imperio de los Pujol - Enric Sopena

No solo el Pazo de Meirás: los otros robos de la familia Franco - Juan Luis Valenzuela

¿#porunaleyjusta? - Juan Antonio Lascuraín Sánchez y Jacobo Dopico Gómez-Aller

Preservar la independencia judicial - Baltasar Garzón

Psicosis colectiva: los bebés robados del franquismo... que nadie puede encontrar - Carlos Prieto

Púnica: cinco años de investigación para cercar judicialmente a Esperanza Aguirre - Tono Calleja y Liliana Ochoa

Reflexiones a bote pronto sobre la imputación del BBVA en el caso Villarejo - Miguel Carrión

Torres (BBVA): demasiado poco, demasiado tarde - Jesús Cacho

Un hombre bueno rodeado de lobos esteparios - Jesús Cacho

Unidad de quemados - Rodolfo Irago

Vía libre para que la Administración mercadee con derechos constitucionales - David Bollero

#opiniones #corrupcion #españa #caso memoria historica #caso avalmadrid #caso granados #caso pujol #caso tandem #caso cam #caso ivima #caso falciani

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vera-y-yo · 5 years

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Su padre lo matará en el salón de su casa de un tiro mortal, uno solo, certero, tras haberle disparado a su hermana pequeña y unos segundos antes de terminar con la vida de su esposa, la madre de M, quien será obligada a presenciar, agonizante, todavía incrédula, la muerte de sus dos hijos.

M (Lolita Bosch)

#M #lolitabosch #book #quotes #books #libro #frases #literatura

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eskali55 · 4 years

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Bon dia VIDA..

L'AMOR a la VIDA a la LECTURA.... I un gran DESAMOR a la BUROCRÀCIA (crec que hi falta una R)

Ja fa dies, al menys així m'ho sembla, en el FC vaig descobrir una pàgina "por favor, RESPIRA literatura" em va interesar, especialment pel mot RESPIRA.... Una paraula que ho és tot per a la VIDA...estava convençuda que per allà hi trobaria persones de la meva corda, que de ben segur farien recomanacions de llibres, que amb un xic de sort fins i tot podia trobar alguna coneguda amb qui poder compartir xerrades literàries (en plan casolà)..... Poc a poc vaig veure que era un campus literari i per sorpresa meva oferia unes matriculacions GRATIS.... (paraula altament interesant) així que no m'ho vaig pensar ni dues vegades, vaig fer allò que sempre faig... Apuntar-mi!!!! He de dir que no va ser facil, les coses bones mai ho son, que la adrenalina feia de les seves ja que el temps corria en contra meva per a poder gaudir d'aquest GRATIS... però finalment ho vaig aconseguir.

Poc a poc vaig entrant en l'espai del Campus Lolita Bosch ho faig lentament i em perdo amb facilitat..... totes parlavem de L'ALBUM i jo anava desesperada buscant on m'havia perdut aixecava la mà (ara meil) amb DESESPERACIÓ.... ahir finalment vaig poder escoltar la veu dolça de la Lolita parlant de l'album,... No vaig entendre gran cosa però uns mots si... (..... "les recomiendo que busquen una libreta BONITA" ...) i aquí ho vaig aturar en sec i poc més em peto de riure.... Una llibreta BONICA!!!!! on la podia buscar? si tot està tancat i barrat.... sols hi ha un lloc on buscar!!!!! Dins CASA i doncs mira Sí la vaig trobar, segurament la més bonica del meu petit/gran món......

Ara la meva ment ha fet un gir RESPIRA ADRENALINA DESEPERACIO TEMPS CASA....i m'ha fet caure de pet a l'hospital (la casa dels malalts) on uns RESPIRADORS són tant valuosos, on L'ADRENALINA corre per les venes de les sanitàries de manera galopant i on el TEMPS és or en estat pur.... On el malalts no poden ni aixecar la mà mentre amb una mica de sort no saben que el seu temps s'acaba mentre una burocràcia i uns egos discuteixen homologables /disseny /patents.... 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏 per uns dies deixeu de fer política.. .... Ens hi va la VIDA!!!!!!

#covid19

#quedateencasa

#joemquedoacasa

21 dies de viatge interior

A la foto deixo coses boniques que vaig trobar mentre feia la recerca del meu àlbum bonic.... Van ser un petit regal... Fulles recollides mentre buscàvem bolets amb el meu net... Petits trésors de casa

Que tinguem totes un molt bon dia ple de PAU i SERENOR..... I 🙏🙏🙏necessitem els HOSPITALS i el MATERIAL pels SANITARIS

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balsamrps · 7 years

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hello! could you please suggest first & last names for a cindy kimberly fc? she’s spanish and indonesian, born in the netherlands

sure thing! all of these are a mixture of spanish or indonesian names. I also put a few dutch first names as well. hope some of these pick your fancy.

first names: adelia, adora, anastasia, anisa, antonia, aurora, bibiana, cassandra, cecilia, charo, chelo, cierra, claudia, dea, delores, desi, devi, diana, eldora, elis, emilia, emma, estela, eva, evi, gloria, isa, isabella, jade, laura, lavada, leonor, lola, lolita, marina, marisol, marissa, mercedes, nevada, nina, novita, paloma, rika, rosa, rosalie, saar, santana, sol, sophia, sri, tess, tia, tierra, valentina, verda, yuliana.

surnames: abarca, abaroa, abraham, ackbar, aiza, alam, alamilla, amador, amin, araya, azalea, bayu, bolivar, bosch, cabrera, cardozo, chavez, de la fuente, duarte, fierro, garza, hidayat, ishak, liem, lopez, lucas, merlo, michel, movia, nanda, ortega, paloma, pannata, pena, petit, rasul, sim, sin, windu, winoto, zabala.

#fc help #name help #rph #rps #cindy kimberly fc #anonymous #ask.#character help

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culturizando · 7 years

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#UnDíaComoHoy: 9 de agosto en la historia

El 9 de agosto es el 221.º día del año. Quedan 144 días para finalizar el año. El día de hoy te traemos una lista de eventos importantes que ocurrieron un día como hoy 9 de agosto.

-Hoy se conmemora el Día internacional de los pueblos indígenas. Cada año, el 9 de agosto, se conmemora el Día Internacional de los Pueblos Indígenas. El día se celebra con eventos especiales en todo el mundo. El Día Internacional fue establecido por la Asamblea General, el 23 de diciembre de 1994.

-378 a.C.: se libró Batalla de Adrianópolis. El ejército romano fue derrotado por los visigodos. En la actual Turquía, los visigodos se enfrentaron al ejército romano de 60.000 efectivos liderado por el emperador Valente, que murió en la contienda, junto a otros 40.000 romanos. Tras esta batalla los bárbaros notaron la debilidad de Roma y siguieron haciendo frecuentes incursiones dentro del territorio romano, siendo el principio, en cierta medida, del declive del Imperio, que tras el saqueo de Roma en 410 por las tropas de Alarico, culminó con la caída definitiva en 476.

-1173: en Italia se procede a la colocación de la primera piedra de lo que será la Torre De Pisa, tal como indica la inscripción tallada en la piedra situada a la derecha de la puerta de entrada al mencionado monumento. Su construcción se realizó en tres etapas, y abarcó unos 200 años.

-1516: fallece el pintor holandés Hieronymus Bosch, mejor conocido como El Bosco. Sus cuadros están protagonizados por la Humanidad que incurre en el pecado y es condenada al infierno. La única vía que parece sugerir el artista para redimirse se encuentra en las tablas con vidas de santos que, dedicados a la meditación, deben ser modelo de imitación, aunque estén rodeados por el mal. Ejemplo de ello son las tablas con la Pasión de Cristo a través de la meditación sobre las penas sufridas por Cristo, para rescatar del pecado universal al género humano. Su estilo cambia en los últimos años de su actividad, pintando cuadros con un menor número de figuras, pero de mayor tamaño, que parecen sobresalir del cuadro y acercarse al observador. El Bosco no fechó ninguno de sus cuadros y sólo firmó algunos. El rey Felipe II de España compró muchas de sus obras después de la muerte del pintor. Como resultado, el Museo del Prado de Madrid posee hoy en día varias de sus obras más famosas.

-1884: San José (Costa Rica) se convierte la tercera ciudad en poseer iluminación eléctrica, después de Nueva York y París.

-1945: en Nagasaki (Japón), Estados Unidos realiza el segundo lanzamiento atómico contra civiles en la Historia humana. La devastación causada en Hiroshima no fue suficiente para convencer al Consejo de Guerra japonés de aceptar la demanda de la Conferencia de Potsdam para la rendición incondicional. Los Estados Unidos habían planeado lanzar su segunda bomba atómica, apodada “Fat Man”, el 11 de agosto, pero el mal tiempo previsto para ese día adelantó la fecha para el 9 del mismo mes. La bomba fue lanzada a las 11:02 am, a 1.650 metros sobre la ciudad. La explosión desató la fuerza equivalente a 22.000 toneladas de TNT. El número de muertos se estima entre 60.000 y 80.000 (las cifras exactas son imposibles ya que la explosión hizo desaparecer cuerpos enteros y desintegró registros). El general Leslie R. Groves, hombre responsable de la organización del Proyecto Manhattan, consideraba que otra bomba atómica estaría lista para usarse contra Japón el 17 de agosto, pero no fue necesario. A pesar de que el Consejo de Guerra de Japón seguía dividido (“es demasiado pronto para decir que la guerra está perdida”, opinó el ministro de Guerra), el emperador Hirohito se reunió con el Consejo y declaró que “la continuación de la guerra sólo puede dar lugar a la aniquilación del pueblo japonés…”. Con estas palabras, el emperador de Japón dio su permiso para una rendición incondicional.

-1957: nace Melanie Griffith, actriz estadounidense. Conocida por clásicos del cine como Working Girl, Lolita, Body Double, Something Wild, Night Moves, Crazy in Alabama, entre muchas otras.

-1962: fallece a causa de una hemorragia cerebral el escritor alemán Hermann Hesse. De su prolífica obra, que incluye relatos, novelas y poemas, se han vendido más de 30 millones de copias, y han sido traducidas a más de 40 idiomas. Nació en Wurtemberg, territorio perteneciente al entonces Imperio Alemán, el 2 de julio de 1877. Su contacto con la literatura se dio durante la década de 1890, mientras trabajaba como librero. Por esa época escribió algunos poemas y en 1898 publicó “Canciones románticas”, su primer libro de poesía, el cual no gozó de demasiado éxito. En 1901 se marchó a Italia y comenzó a publicar relatos cortos y poemas en revistas. En 1904 llegó a las librerías su primera novela, “Peter Camenzind”, marcando un punto importante en la vida del escritor. Su segunda novela, “Bajo las Ruedas”, llegó dos años después. Tras la declaración de la Primera Guerra Mundial en 1914, Hesse se presentó como voluntario en la embajada de Alemania. Fue, sin embargo, declarado inútil para el combate y destinado en Berna para asistir a prisioneros de guerra en su embajada. En su nuevo puesto era responsable de la «Librería de los prisioneros de guerra alemanes». Entre sus mejores obras se encuentran “Demian” (1919), “Siddartha” (1922) y “El Lobo Estepario” (1927). Su última novela “El Juego de los Abalorios”, fue publicada en 1943. 3 años después, el autor recibió el Premio Nobel de Literatura.

-1963: nace Whitney Houston, reconocida cantante y actriz estadounidense.

-1968: nace Eric Bana, actor australiano. Conocido por ser parte del elenco de Hulk, Munich, Star Trek, Troy, Black Hawk Down, entre otros films.

-1969: fue encontrada muerta Sharon Tate, actriz estadounidense, esposa del director de cine Roman Polanski, asesinada por la banda de Charles Manson la noche anterior en su residencia en Beverly Hills. La policía llegó a la escena del crimen donde encontraron, en primer lugar el cuerpo sin vida de un joven, identificado posteriormente como Steven Parent, muerto a tiros en su coche, ubicado en la entrada de la casa. Dentro de la casa encontraron los cuerpos de Tate -quien tenía 8 meses de embarazo- y Jay Sebring en el salón de estar, con una cuerda larga atada a sus cuellos para conectarlos entre sí. En el jardín de la entrada, encontraron los cuerpos de Voytek Frykowski y Abigail Folger. Todas las víctimas, a excepción de Parent, habían recibido numerosas puñaladas. En el informe forense se constata que Tate “recibió dieciséis puñaladas, de las cuales cinco hubiesen sido mortales por sí solas”.

-1972: nace Juanes, reconocido cantautor colombiano. Ganador de tres Grammys Latinos.

-1974: en Estados Unidos, el presidente Richard Nixon es echado de la Casa Blanca tras un juicio político.

-1976: nace Audrey Tautou, actriz francesa. Es conocida por participar en películas como The Da Vinci Code, Mood Indigo, Coco Before Chanel, A Very Long Engagement, Ameliè y muchas otras más.

-1985: nace Anna Kendrick, la actriz y cantante estadounidense. Ha participado en producciones como Pitch Perfect, Trolls, Up In the Air, Mike and Dave Need Wedding Dates, entre otras.

-1986: en Inglaterra, Queen realiza su último concierto con sus integrantes originales, antes de la muerte de Mercury en 1991.

-1988: muere Ramón Valdés, actor y comediante mexicano, mejor conocido como Don Ramón.

-2001: en el restaurante Sbarro (en Jerusalén) mueren 15 personas tras la explosión de una bomba.

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tybalt-you-saucy-boi · 7 years

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Since you wrote them I'm guessing you're ok with answering all of them so 1-19

Some of these were actually sorta difficult to answer believe it or not, but here they are.1. How would you describe your political beliefs?Moderate I guess? Tbh I'm not really into politics I kinda just go with the flow.2. What’s your aesthetic?Pictures of Converse, especially worn or a little dirty.3. Do you love anyone romantically?Not right now, no.4. What is your favourite art style?Theatre is a top choice for me, but I also love photography, baking, and sketching is also pretty lit.5. How do you feel right now?Just average I guess. Nothing in particular, a bit tired maybe but what's new.6. What would you change about yourself?A whole heck of a lot, starting with my hair. I could spend hours describing every detail of my ideal self but we won't go into that right now.7. Do you have any weird interests?I'm not actually sure if I have any interests at all.8. What’s an embarrassing memory from your childhood?Gosh. I have too many. One time we had like a family friend over and her oldest son was like a year older than me. I was five or younger, I can't remember. But this guy was sooo picky and would only eat chicken nuggets and ketchup, so my mom brought him some while we were eating outside together and I thought they were for both of us so I took one and ate it and he threw a fit and I got in trouble for taking his food.9. What kind of clothes would you wear if you had unlimited money?Sweet lolita, classic lolita, gothic lolita, cosplay, fairy kei, decora, pastel goth, classic goth, steampunk, scene n emo shit, that sort of stuff. Lots of wigs, tutus, knee high socks, petticoats, skirts, and colourful accesories.10. What’s one food you’ve never tried but really want to?Those fluffy Japanese pancakes. And key lime pie.11. Who’s your favourite author?I like Roald Dahl and Pseudonymous Bosch.12. What’s one thing you like about yourself?My eye colour.13. If you were to write a book what would it be about?I have so many ideas I wouldn't even know where to start, but it would probably either be set in a boarding school or a large forest with small villages in it.14. What fandoms are you in?Lowkey in the Seven Wonders fandom which doesn't really exist because no one knows the books but whatever. Other than that I don't really participate in fandom stuff anymore besides occassionally reblogging some posts and art.15. Are there any common experiences that you feel you don’t relate to?Tbh like most elementary/middle/highschool friend experiences. I kinda missed out on that whole "friend squad" thing.16. What’s an underrated book that you would highly recommend?THE SEVEN WONDERS SERIES BY PETER LERANGIS.17. If you could be any fictional character who would you be?Maybe Ginny Weasley or Alanna of Trebond. Or that lemon-themed girl from Strawberry Shortcake.18. Do you like to take photos?Hell yeah I do.19. Is there anything you want to save forever?Literally everything. Everything.

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eternaltchotchke · 7 years

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Aight and here's all the shit I got plus all the badges I could find for the years I've been to Sabo.

I'll put a read more about like. Everything because I admittedly wanna talk about it, like Sabo as a whole because like I said in my last post, I think that's gonna be the last Saboten I'm going to...at least unless I do a booth. But that's besides the point. So yeah read more if you wanna read all my nostalgia shit. Stop here if you're good, lol. I’m warning you, it’s fucking long AF.

2009: My second ever convention. I actually got to go because a friend of mine got tickets for her birthday and she invited me to go with her. I was, like, the kind of person I think her parents wanted her to be like? ‘Cause at the time I was a nerd, but I was introverted and I think they were under the impression that I was a good christian straight girl(™) and well. Lol, neither of us were. This was way before I ever tried doing cosplay, and well, technically I did a really shitty Misty at PCC that same year, but like. OMG. It was terrible. I think this was the year I did a ‘lolita?’ outfit? But really it was just me trying to be edgy. It was kind of cute, but man, I would never wear it today.

2010: So this was senior year of high school and the con was actually at the Hilton just down the street from my school. It was my third convention and I got tickets for my friend and I invited my cousin, but he got food poisoning on one of the days he was going to go, so I ended up soloing it for the rest of the weekend. I went as Miki from Shugo Chara and...it was...bad, lol. I tried making the hat, and well, it was a craftfoam hat and everything else I just kind of found around the house. I don’t remember much else from this con to be honest, just that...I went as Miki for at least one day.

2011: This was the year that I got a lot more into Hetalia. I had just graduated from high school and was still kind of...figuring myself out. I dragged an, at the time, friend there with me to a Hetalia cafe and that was fun. I think that was the first time I’d had a con squish? Crush??? The America was mega cool and ooh, I know that was also the year I went to the Eyeshine concert! I was really into Johnny Yong Bosch’s voice ‘cause I was watching Code Geass and Bleach at the time, and well. I like voice actors a whole bunch? And the concert was really cool and I still have the video I saved from it...and yeah. Good times. Actually, p great times, heh.

2012: This was the year I finally went with con friends! God, it was such a good time because for once I had people to hang out with the whole weekend. I’d met a good majority of them at the last PCC and one of the main people I remember is Maddi who’s still one of my best of best friends. There’s also Sabby and again, one of the best friends a person can ever have. We weren’t close at the time, but I do have a pic with her in it? So. She was there. And I think one of the people in it is Hanna who is an awesome person and I love her so much. She’s great like, the coolest person and dang it all, I love my friends?

And then there are a lot of people that I hung out with at the time that...admittedly, I want to forget. One of them, I hate so very very much. Because they were a toxic person and terrible to my best friends and fuck, I wish I had actually stood up for my friends when I was younger and called out some of the shit they pulled because I should have. But. Well. Hindsight...and then the other? Well, I don’t hate but...I guess thinking back on things? It’s awkward and I was awkward and man, that was a...time. I see ‘em sometimes and it’s like, sweet bajeebus you haven’t changed at all.

There was a lot of shit that happened on the last day and like, one of it was there was a panel that didn’t go well and then the other was someone was kinda mega rude to a friend? And while yeah I understand their stance on things, they said things in a rude way that just...could’ve been said a lot better or at least in a kinder way.

But as a sidenote, that was the year I got Laboon! And I still have him, and I still love him. He’s a good whale.

2013: ...this was...the year of kind of an end to some things. But, the beginning of some really REALLY great things. This was the year I became really good friends with Jed, who is like, one of the best of best friends a person could have. He’s such a cool dude, and nerd, but also cool and I might not say it often enough but I’m really lucky to have become his friend. I gotta say that for all my friends, especially Sabby, Maddi, and Jed. I love y’all so much and really, I can’t imagine what my life would be like without y’all?

Anyway, this was the most stressful con I had ever been to. Admittedly? The first day was p good, I went as Cecil (here we go, Cecil version 1 lol) and Jed was Carlos and we had a good time all around. Theeeen Twitter ‘cause at the time, there was a lot of like...sonas for the websites and I was like, I have all that, I’ll be twitter! ...but I ended up having to wait a….long time for my friends to arrive and god, there was just...nothing but drama that day. It was not good.

Day 3 was 1000% better because me and Jed went back to Cecil and Carlos and all around that was just a dang good time. I think someone had actually told me that I was their headcanon Cecil? Which like. Literally made everything that weekend so much better because I was using my real hair (which at the time was sort of long) and I played up my brown skin. There were quite a few other Cecils, but from what I could remember, most of them were the blond white ones and that kind of helped me stand out.

Oh, and that was the first year we attempted flower crowns! Well, I tried, I literally got two garlands of roses and wrapped them around each other. We lost them on the first day, but another Carlos and Cecil found them, which was hilarious to me and I was really glad that happened actually, hah.

2014: HELL.

2015: --god no do you really wanna know about 2014? Okay one sec.

2014: So. I didn’t wanna pay for a ticket. I REALLY didn’t wanna pay for a ticket because also I was flat broke and honestly cons were so far out my price range at the time I shouldn’t have done it.

I did it anyway.

So 2014 was the year of volunteering and doing panels. It was also the first year we did a photo shoot, which was really fun and Maddi’s and Sabby’s were great. I still do love the ones we did for me and Jed, but there was something really nice and bright about the X-Ray and Vav stuff. To be completely honest? I don’t remember much like, for specifics of the con, just that we did panels and that I met a p cool Garrus cosplayer (who still cosplayed the same Garrus at PCC this year, and from the looks of it, it didn’t seem he made it at all more comfortable and I was like, DUDE. MAKE IT SO YOU CAN FREAKING SIT HOLY FUCK).

I’ve admittedly been going back through all my social media accounts to see if anything could jog my memory, and the only thing I remember clearly was that someone thought I was master chef in my Geoff cosplay and that was funny to me.

...I was also apparently America for a day. Which was p alright because I was admittedly a dang great America. Funny story, the only reason I know I was America was because someone from my past recognized us and snapped a pic. I’m like, looking at it and it’s just so funny to me that it turned out as good as it was for like, a really quick throw together thing.

2015: SHIT I HAD TO GO BACK TO MY OLD SHIT TO SEE WHAT THE HELL I WAS AND I FORGOT I THREW TOGETHER A CASUAL!DORIAN FOR THAT. Good fucking god, that’s hilarious, I was always somehow left tiddy commitee...even though it was a v casual Dorian, I guess I just had the right amount of hair for it, lol.

Also, it was the year that we did a panel for the Ladies of Hetalia and then we also did a Youtuber Let’s Players panel with prizes and I only remember spending the night before making those prizes, but the one that everyone really loved was the Geoff picture, which also was a fucking pain in the ass to make because would you be surprised that that picture was really hard to find a good enough quality one to print out? The best thing was though, that I kept running into the people who won the picture and I think some sort of cult formed around it. I’m not sure. I worry for that picture frame sometimes…

I think that was also the last time I cosplayed Cecil. Sabby was my Dana, which I mega appreciate her for, and I took a lot of liberties on my outfit...and based it much more heavily on the weirdness of Cec rather than the button up and tie version that was really popular. It was more fun just to do a Cecil cosplay TBH, and I actually can’t tell if Jed was there or not? I’m also not sure if Maddi was either...uhhh, most of the stuff I can find are selfies of me and Sabby which...I’m not sure of a lot of details actually.

2016: Man, that was the year of Undertale, Dragon Age, and Hamsteak. Er. Homestook. HOMESTUCK. Also the year I got a really nice camera to take pictures with. It was really fun because I got some great pics of our God Tier outfits and I’m still p happy with my Dave cape. Special thanks to Jed for making 99% of that hood. I still owe him a fuck ton.

This was also the year that me and Sabby went to a really fun quiz panel with an awesome Mettaton who is still p dang cool. I wasn’t sure if there was another this year? I don’t think I was able to make it to it, and I know that there was just so much work put into it, I was super blown away.

I also brought back Fen one last time, and that was fun. I dabbed for a dude and that made him super happy, then I just fucked around for the rest of the con. Ooh, also there was Naruto running. Late at night because also, sometimes you just gotta be a fucking loser with your friends. We...kind of started a whole thing? And I feel a little bad looking back on it? But it was at least, at first, just me and Hanna that Naruto ran down the empty hallway to Haruka Kanata and that was just. Such a fun time.

We did another photoshoot that year too, got some legit pics for hamsteak cosplays which was awesome. Then I had a lot of fun editing them. I’d say there’s more to say for this con, but...not really. Oh, but we did spend a lot of time in the activity lounge? Which I love the activity lounge ‘cause they have crayons and hang up your drawings on the walls and I did a ‘great’ drawing of Dave and Karkat that someone took home.

2017: So here we are, eight years later. To be honest? I was actually sort of dreading this con. There was so much just...not happening and I was feeling kind of eh...and I should’ve definitely gotten more done on Gabe but I didn’t. So instead I did Boxerwatch which was still fun, and my armor actually held up really fucking well. Which I was mega happy abound.

Saturday was kind of...a time. Like, I wanted to have fun, and I know I looked cool AF? But it was so hot and humid and I was in like, three layers of clothes and craftfoam and I didn’t bring a change of clothes. Which was stupid on my part. But! Jenny lent me her hot dog costume? Which literally made my day and it turned the whole thing from an /eh day to a THIS IS THE BEST DAY EVER sort of time. I’m not gonna lie, I love wearing those mascot sort of costumes because the shenanigans you can have while wearing them. It’s just so good.

Sunday was awesome because I got to hang out with Clyde, Sam, Ray, and I met Keyboard who is p dang cool. Also, I met my hello new person quota of one, so, double accomplishment. On top of that? My armor held up ridiculously well that day and so did my shitty painted on beard and I was literally. So fucking comfortable. I know I was missing a fuck ton of things for Gabe but it worked out alright since I went with a mega casual version. I’m definitely gonna make sure I can wear that jacket anywhere I go though because I love it a bunch? And it was mega comfy. Plus I’m thinking of making the shoulder pads something permanent to the jacket so I could have my own Gabriel Reyes jacket to just. Wear and feel cool in. Well, not cool. More like fucking sweltering because also I live in AZ.

Monday was just a casual day. I think I’m coming down with something and I wasn’t gonna kill myself by wearing Hanzo so, I edged it up. I was kind of really bummed because the Eyeshine concert was cancelled and it was sort of the main thing I was looking forward to all weekend? But I think Sabo might have messed it up p badly because on the website they set it for Sunday at night, which would’ve been perfect ‘cause then all three of us could’ve gone. But the schedule moved it to Monday and I was sad ‘cause it was their farewell tour...and I kind of felt like it’d be just...one of the perfect ways to end my time going to Sabo.

And so yeah, that’s kind of it? Like, I definitely did have fun over the years, there was stress AF during some parts, but then there were some really really great times. I’ve sort of...lost a lot of interest in anime since I started going, and while I will admit, I do still enjoy watching it, I’m so choosy about what I like and what I’ll watch that a lot of the main things available at Sabo don’t interest me nearly as much. There’s one more anime cosplay I wanna do, and admittedly it’d be really freaking easy to pull off...just gotta get the stuff. But other than that single cosplay, I just...I would like to focus on different things. Plus, it’s just so hard to get stuff together because of the timing of it all. Working as a teaching assistant means that I have very little time during those weeks leading up to the con to do anything. The week before was kind of hell, as I had to stay on campus until at least 5:30 most days and god, I couldn’t work on really anything. That and I didn’t have the mental capacity to work on Gabe over the summer, plus I’d planned to have Cyberninja!Hanzo at least started but that just couldn’t happen.

But anyway, that’s it really! This turned out a lot longer than I meant for it to be and I’m probably going to cross post this onto my DeviantArt. So thank you Saboten-Con, it’s been one helluva ride. There were some ups, downs, turns, and spins and while some of those times really really sucked...there were many others that were just so great and I wouldn’t trade them for the world.

#long post technically #sabo2017 #thx for the memories sabo i had a great time #also i apologize to any of the tags this pops up in #i talked a lot about stuff and cosplays and it's probably gonna show up in too many tags im so sorry

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