#literatura anglófona
Explore tagged Tumblr posts
Text
NOTAS SOBRE O LUTO (Chimamanda Ngozi Adichie)
1. Era meu irmão quem organizava da Inglaterra as chamadas dominicais de Zoom, nosso turbulento ritual de lockdown: dois de nós entravam de Lagos, outros três dos Estados Unidos, e meus pais, às vezes com muitos ecos e chiados, de Abba, a cidade de nossos antepassados no Sudoeste da Nigéria. No dia 7 de junho lá estava meu pai, como de costume só com a testa aparecendo na tela, porque ele nunca sabia muito bem como segurar o telefone durante as chamadas de vídeo. “Mude um pouco a posição do telefone, pai”, dizia um de nós. Meu pai estava provocando meu irmão Okey por causa de um novo apelido, depois disse que não jantou porque tinha almoçado tarde, depois falou sobre o bilionário da cidade vizinha que queria confiscar as terras ancestrais da nossa aldeia. Não estava se sentindo muito bem e andava dormindo mal, mas não precisávamos nos preocupar. No dia 8 de junho, Okey foi visitá-lo em Abba e disse que ele parecia cansado. No dia 9, não me alonguei muito em nossa conversa para ele poder descansar. Ele riu baixinho quando fiz minha imitação brincalhona de um parente. “Ka chi fo”, disse. Boa-noite. Suas últimas palavras para mim. No dia 10 de junho, ele se foi. Meu irmão Chuks me ligou para avisar, e eu desmoronei. 2. Minha filha de quatro anos diz que eu a assustei. Ela se ajoelha no chão para demonstrar e sobe e desce no ar o punho cerrado, e por sua imitação posso ver como eu estava: inteiramente fora de mim, aos gritos, dando murros no chão. A notícia é como um desenraizamento cruel. Ela me arranca do mundo que conheço desde a infância. E eu resisto: meu pai leu o jornal naquela tarde, brincou com Okey sobre fazer a barba antes da sua consulta com o nefrologista em Onitsha no dia seguinte, debateu o resultado dos exames feitos no hospital com minha irmã Ijeoma, que é médica… então como isso pode estar acontecendo? Mas lá está ele. Okey segura o celular acima do rosto de meu pai, e ele parece estar dormindo, o semblante em repouso belo e relaxado. Nossa chamada de Zoom é surreal, e nós só conseguimos chorar, chorar e chorar em diferentes partes do mundo, olhando incrédulos para um pai adorado que agora deita imóvel numa cama de hospital. Aconteceu poucos minutos antes da meia-noite, horário da Nigéria, com Okey ao seu lado e Chuks no viva-voz. Não paro de encarar meu pai. Não consigo respirar direito. Será isso o choque, quando o ar se transforma em cola? Minha irmã Uche diz que acaba de avisar por mensagem um amigo da família, e eu quase grito: “Não! Não conte para ninguém, porque se a gente contar vira verdade”. Meu marido diz: “Respire devagar, tome, beba um pouco d’água”. O casaco que sempre uso em casa, meu uniforme de lockdown, está jogado no chão todo embolado. Mais tarde meu irmão Kene dirá, de brincadeira: “Tomara que você nunca receba nenhuma notícia devastadora em público, já que a sua reação ao choque é arrancar as próprias roupas”. 3. O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras. Por que sinto tanta dor e tanto desconforto nas laterais do corpo? É de tanto chorar, dizem. Não sabia que a gente chorava com os músculos. A dor não me causa espanto, mas seu aspecto físico sim: minha língua insuportavelmente amarga, como se eu tivesse comido algo nojento e esquecido de escovar os dentes; no peito um peso enorme, horroroso; e dentro do corpo uma sensação de eterna dissolução. Meu coração me escapa — meu coração de verdade, físico, nada de figurativo aqui — e vira algo separado de mim, batendo depressa demais num ritmo incompatível com o meu. É um tormento não apenas do espírito, mas também do corpo, feito de dores e perda de força. Carne, músculos, órgãos, tudo fica comprometido. Nenhuma posição é confortável. Passo semanas com o estômago embrulhado, tenso e contraído de apreensão, com a certeza sempre presente de que alguém mais irá morrer, de que mais coisas irão se perder.
#chimamanda ngozi adichie#trecho de livro#notas sobre o luto#literatura anglófona#literatura nigeriana
3 notes
·
View notes
Text
LITERATURA ANGLÓFONA
Apresentação de "Os Contos da Cantuária" de Geoffrey Chacer
Apresentação do Romance "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley.
Noite dos Poetas - Apresentação do poema Ode to the West Wind de P.B. Sheley
Nesse componente, apresentamos uma análise em perspectiva dialógica dos romances apresentados, com base no artigo "Uma perspectiva dialógica de teoria, método e análise" de Beth Brait.
Também, aprendemos o processo criativo através das peças de Shakespeare, com base nos estudos de Bárbara Heliodora.
0 notes
Text
A pesquisadora Ana Resende avisa que, nos meses de janeiro e fevereiro, ela irá ministrar o curso “O retrato assombrado na literatura gótica, de Horace Walpole a Edith Nesbit” em parceria com o projeto Literaturas Anglófonas, da Universidade de Santa Maria.
As inscrições são limitadas e estarão abertas durante esta semana e a próxima. https://www.sympla.com.br/o-retrato-assombrado-na-literatura-gotica-de-horace-walpole-a-edith-nesbit__1829542?share_id=0
0 notes
Text
BreakOutEdu
¿Qué mecánicas crees que pueden usarse en un BreakOutEdu?
Cuando hablamos de un BreakOutEdu existen múltiples dinámicas que se pueden emplear como pequeñas actividades, ejercicios o juegos (podemos llamarles “misiones”) que presentan cierta dificultad y para las cuales se necesita emplear los conocimientos adquiridos en el aula. Para ello, resulta interesante establecer limitaciones que fomenten la competitividad, como establecer un límite de tiempo, otorgar puntos por méritos y valorar la creatividad y el trabajo en equipo.
¿Qué dinámicas puedes incluir?
Ejercicios en equipo que conlleven la participación de diferentes miembros del grupo y que impliquen ejercitar diferentes habilidades (memorísticas, comunicativas o físicas, por ejemplo). El objetivo es que alumnos con diferentes perfiles puedan participar y se sientan valorados dentro del grupo. En mi caso, mis alumnos son adultos y aprenden idiomas, con lo que las dinámicas estarán relacionadas con el uso de estructuras gramaticales y términos de vocabulario.
¿Has pensado en qué narrativa podrías usar para tu BreakOutEdu?
Seguramente mi BreakOut gire en torno a la resolución de un crimen e incluya elementos culturales propios de la literatura anglófona como Sherlock Holmes o Agatha Christie.
1 note
·
View note
Text
CARTA ABERTA SOBRE A APERTURA Á TRADUCIÓN DAS PEQUENAS EDITORIAIS INDEPENDENTES NO MERCADO EDITORIAL BRITÁNICO, E DE POR QUE A LITERATURA GALEGA DEBERÍA SABER APROVEITAR ESTA OPORTUNIDADE
En relación ás críticas do prolífico tradutor e editor Jonathan Dunne en redes sociais e listas de discusión sobre o programa do evento: http://consellodacultura.gal/evento.php?id=200826 As críticas cómpre non obvialas porque sempre se aprende delas. Neste caso, brindáronme a oportunidade de reflexionar sobre cuestións que, até o de agora, se cadra non se tiñan debatido moito en aberto. E tamén, de reflexionar sobre canto queda aínda por facer. As reflexións van a seguir, nesta Carta Aberta sobre cuestións que semellaron quedar incomprendidas e sobre as cales cómpre debater para poder avanzarmos no interese común que nos une: pór a literatura a galega a disposición do maior número posíbel de lectoras/es que non poden acceder a ela en galego. E no caso concreto que nos ocupa, póla a disposición do maior número posíbel de lectores/as en lingua inglesa.
As xornadas “The Internationalization of Galician Literature in English Translation: New Opportunities in a More Welcoming Irish/British Book Market” celébranse en Santiago de Compostela o día 17 de xuño, seguidas de obradoiros formativos sobre internacionalización dirixidos a editorais galegas e para escritoras/es galegos, impartidos por unha axencia literaria especializada en literaturas minorizadas.
Como impulsora e responsábel da programación destas xornadas, confirmo que NON SE INVITOU ÁS XORNADAS A JONATHAN DUNNE, prolífico tradutor e director da editorial Small Station Press, a cal editou “41 dos 66 títulos galegos en inglés na última década” e que por tanto artífice dun labor encomiábel a prol da tradución ao inglés de literatura galega. TAMPOUCO SE INVITOU A FALAR A TRADUTORAS/ES LITERARIAS en activo galego-inglés. Ambas as dúas foron decisións moi meditadas e reflexionadas, tomadas desde o convencemento de facer o máis acaído para lograr o obxectivo das xornadas.
Quen lera con suficiente atención, actitude correcta e mentalidade aberta a descrición destas xornadas pode que botara en falta nun principio a Small Stations Press e ás tradutoras/es. Porén, axiña debería poder decatarse de que estas xornadas están centradas no SISTEMA META BRITÁNICO (e en menor medida, tamén no irlandés) e ademais, moi especialmente nun dos varios axentes dos proxectos de tradución: as EDITORIAIS (as GALEGAS e as BRITÁNICAS, para que se coñezan e iso frutifique en negocios, e de aí que se tivera moi en conta á Asociación Galega de Editoras na planificación da programación). Mais é tamén unha xornada para DARLLE A AXENTES CULTURAIS (incluídas as TRADUTORXS) a OPORTUNIDADE DE COÑECER MELLOR O SISTEMA EDITORIAL BRITÁNICO E GALEGO e albiscar oportunidades para facer negocio.
Este é polo tanto un acto innovador (inspirado no sistema de apoio e axudas á tradución do Instituto Ramon Llull – véxase embaixo). Até onde eu sei, nunca se fixera nada igual en Galiza. Mais é tamén un acto necesariamente limitado no enfoque, temática e tempo. Así pois, sería fabuloso que puidese complementarse con outros actos futuros. Mais o feito de non poder abranguelo todo, de non invitar a Small Stations ou a tradutoras/es para seren relatoras... pois non o invalida.
**Por que non está Small Stations Press? Ou sobre os obxectivos concretos desta xornada**
Non semella moi lóxico nin sustentábel que unha soa editorial traduza máis do 65% da literatura galega a inglés. O lóxico e sustentábel sería, semella, DIVERSIFICAR E QUE MÁIS EDITORIAIS TRADUZAN, e así, sumando esforzos, lograr unha mellor recepción da literatura galega traducida en inglés entre a audiencia anglófona en xeral (e no caso que nos ocupa, ao público británico –e irlandés– en particular).
Dito isto, Small Stations Press abofé ten cousas moi importantes que contarnos da súa experiencia de traducir moitas/os autores. Pero o obxectivo desta xornada non é visibilizar o labor (encomiábel, insisto) dunha editorial que xa traduce máis do 65% da literatura galega ao inglés (e a quen estudamos os circuítos da tradución do galego ao inglés non se nos escapa esta enxalzadora entrada de blog na famosa web de Three Percent da Universidade Rochester, que celebramos). O obxectivo da xornada tampouco é mostrar o labor dunha editorial que XA COÑECE AS AXUDAS DE TRADUCIÓN DA XUNTA e o dificultoso proceso para pedilas, e que por tanto leva practicamente todos os (poucos) cartos de tradución do galego ao inglés (malia os atrasos que as editoriais estranxeiras agraciadas padecen para cobralas); e sobre todo, o obxectivo das xornadas tampouco é ensinar o traballo de editoriais cun amplo catálogo de tradución ao inglés, pero que NON PARTICIPAN DOS CIRCUÍTOS DE DISTRIBUCIÓN E PROMOCIÓN HABITUAIS DAS EDITORIAIS BRITÁNICAS (presenza en feiras, librarías, etc) e que, por tanto, NON CHEGAN AO PÚBLICO BRITÁNICO na medida e no xeito que si teñen capacidade para chegar outras editoriais británicas. Niso inflúe, abofé, que Small Stations estea radicada en Bulgaria e que venda todo en internet a través de cinco librarías en liña (tres delas, Amazon.es, Amazon.com e Amazon.co.uk). Isto non lle quita mérito ningún ao loábel traballo da editorial, mais si que determina certas tendencias que teñen que ver coa recepción.
O obxectivo desta xornada, pola contra, si é internacionalizar a literatura galega mediante a súa tradución ao inglés, aproveitando que o MERCADO EDITORIAL BRITÁNICO ESTÁ EN PROCESO DE APERTURA Á TRADUCIÓN, sobre todo de linguas europeas. A quen estudamos o lugar da tradución no mercado editorial británico, tampouco se nos escapan noticias ben recentes coma esta de The Guardian, na que se explica como “UK readers flock to European authors”. Hai anos apenas se traducía doutras linguas ao inglés; agora non é que se traduza moitísimo, pero si hai avances importantes como o aumento significativo do índice de vendas de literatura en tradución publicada por editoriais británicas, sobre todo de literatura contemporánea (e non clásicos), e un papel clave nese cambio de tendencia téñeno as ‘small independent presses’. Varios informes (véxanse este ou estoutro) demostran que agora, o sistema británico está moi receptivo a recibir literatura doutras linguas, principalmente europeas. E polo tanto, A LITERATURA GALEGA DEBERÍA SABER VER AS OPORTUNIDADES E SACAR PROVEITO, é dicir, que EDITORIAIS GALEGAS VENDAN OS SEUS DEREITOS DE TRADUCIÓN A EDITORIAIS BRITÁNICAS (sobre todo small independent presses) ávidas por publicar traducións, que EDITORIAIS BRITÁNICAS INTERESADAS TRADUZAN LITERATURA GALEGA E QUE A SITÚEN NOS CIRCUÍTOS DE DISTRIBUCIÓN PARA QUE CHEGUE AO PÚBLICO BRITÁNICO a través dos mecanismos de promoción de literatura que funcionan no mercado británico.
A promoción da literatura galega en tradución ten moitos atrancos. Tantos, que unha soa xornada non vai resolvelos todos. Pero unha xornada si pode centrarse nun aspecto en concreto, e achegar un grao de area para avanzarmos. Porque ESTAMOS TODXS NO MESMO BARCO: O DE SUMAR E AVANZAR POLO BEN DA LITERATURA E CULTURA GALEGA. No canto de dividir e cuestionar aquilo no que a un non o invitaron, podería terse optado por aplaudir iniciativas (si, necesariamente incompletas) e discorrer xeitos de complementalas con outras (abofé que necesarias).
**A elaboración do programa, ou de por que a escolla consciente e reflexionada das tres editoras invitadas**
Na elaboración do programa tivemos moi en conta AS ACHEGAS QUE NOS FIXERON DESDE A ASOCIACIÓN GALEGA DE EDITORAS, até o punto de dedicar unha hora a “Doing business” (das 19 ás 20h), un espazo para que as editoriais galegas e británicas manteñan reunións de traballo. Co mesmo obxectivo, a ESCOLLA MOI MEDITADA E REFLEXIONADA das tres empresas editoriais realizouse en base a UN CRITERIO moi claro: que fosen EDITORIAIS BRITÁNICAS QUE ESTÁN A TRADUCIR AUTORAS E AUTORES SIMILARES AOS GALEGOS/AS, todas elas moi centradas en traducir literatura contemporánea, e que (nos contactos informais que eu mesma fixen) amosasen moito interese por saber máis da nosa literatura con vistas potenciais a facer negocios e a poder acabar comprando ás editoriais galegas dereitos de tradución dalgunas obras.
Unha foi “PARTHIAN BOOKS” con base en Gales, que publicou en 2018 dous libros en tradución do éuscaro (un deles traducido por Amaia Gabantxo, formada con Peter Bush na británica UEA). Esta editorial ten unha colección específica dedicada á tradución doutras linguas europeas, a “Europa Carnivale”, perfecta para acoller literatura galega. Outra foi “AND OTHER STORIES” con base en Sheffield, que publicou en 2018 un libro en tradución do catalán, que ten uns principios éticos que celebramos, que foi a única editorial británica que participou en 2018 no ‘The Year of Publishing Women’, e cuxo bo facer foi avalado polo feito de unha das súas traducións ser finalista do prestixioso e selecto premio de tradución ao inglés Man Booker International Prize neste 2019. O director de And Other Stories fala brasileiro e, por tanto, terá acceso directo a ler literatura galega. Por motivos políticos e ambientais moi respectábeis, el non viaxa en avión dentro de Europa. As súas ocupacións familiares impedíanlle ausentarse da casa tantos días para desprazarse a Galiza en tren, xustamente nesas datas. Malia estar por videoconferencia, ao falar brasileiro, con el poderanse entender todos os editores e editoras galegas que, logo de teren feito as presentacións iniciais, o contacten. Amais delas, contamos con “FRANCIS BOUTLE PUBLISHERS”, situada en Londres e a única editorial británica que publicou unha narradora galega en tradución ao inglés en Gran Bretaña (foi hai dous meses, en abril de 2019, e sen axudas da Xunta de Galicia). Esa tradución si gañou un premio do PEN English Award e outro Premio Ostana de Escritura en Lingua Materna para o seu tradutor, o cal avala tamén o bo facer da editorial e lle dá recoñecemento nos circuítos de distribución e de promoción da tradución británicos. Esa editorial xa tiña publicado ensaios de autores clásicos galegos, poesía, antoloxías e libros académicos sobre a cultura galega, e agora súmase á tendencia aperturista que hai na tradución de narrativa en Gran Bretaña, manifestando un fondo interese por coñecer máis das novidades literarias, e para seguir publicando literatura galega en tradución ao inglés.
As editoriais británicas veñen a Compostela para presentar o seu “business plan” ou plan de negocio, e a DARLLES CLAVES ÁS EDITORIAIS GALEGAS DE COMO FACER PARA QUE A LITERATURA GALEGA ENCAIXE NESE SEU PLAN DE NEGOCIO e poida ser POTENCIALMENTE TRADUCIDA.
Quixemos, ademais, que todas as editoriais fosen ‘SMALL INDEPENDENT PRESSES’ ou pequenas editoriais independentes, polo labor fundamental que están a ter estas no activismo en tradución, até o punto de que haxa quen as defina como “cultural talent scouts” (ligazón aquí). De novo, quen coñeza o sistema editorial británico saberá que 11 das 13 obras preseleccionadas (long-listed) e 6 das 6 finalistas (short-listed) do prestixioso premio de tradución Man Booker International Prize foron publicadas por pequenas editoriais independentes británicas, como ben destaca en marzo deste ano o xornal británico The Guardian. O potencial público lector da tradución galega en inglés a publicar en Gran Bretaña está nelas.
Abofé, poderían ter vido moitas outras. Como coñecedora que son do sector editorial británico que se dedica á tradución, teño trato cunha vintena de editoriais. Se tivese os cartos para invitalas a todas e o tempo para que todas puideran falar, non estaría mal traelas a todas. Pero OS CARTOS E OS TEMPOS SON LIMITADOS: nunha xornada dun día, só podemos dedicar a isto un panel no que falan tres, logo da introdución de 10 minutos que eu mesma farei. O vicepresidente da Asociación Galega de Editoras retrucará nese panel, apuntando a onde están as oportunidades pero tamén os desafíos para as editoriais galegas. Por certo, os cartos das viaxes de quen vén de Gran Bretaña non saen dos petos das galegas e galegos (vaia, do Consello), senón que VEÑEN DA MIÑA UNIVERSIDADE BRITÁNICA, a través dunha partida que conseguín para fomentar “synergies between British and Galician stakeholders” e ligado a un proxecto de investigación que dirixo.
Conclúo reiterando o que xa é obvio: o programa foi moi meditado e reflexionado, mais tamén ten que ser necesariamente limitado.
**Por que Gran Bretaña (e un pouquiño de Irlanda) en particular?**
Por varios motivos. Primeiro, polo feito constatable de apertura á tradución que vivimos neste momento no sector editorial británico, o cal converte á actividade en moi oportuna. E segundo, porque EU SON A IMPULSORA DESTA INICIATIVA, e a actividade xurdiu ao abeiro do meu proxecto de investigación financiado con cartos británicos polo prestixioso organismo British Academy / Leverhulme Trust, titulado “STATELESS CULTURES IN TRANSLATION: THE CASE OF 21st CENTURY BASQUE, CATALAN AND GALICIAN LITERATURES IN THE UK”, para o que traballa como axudante de investigación a experta Laura Linares, que está a rematar a súa tese de doutoramento en Cork. O meu proxecto “Stateless Cultures ” levoume a ter conversado xa con axentes da tradución en Cataluña, Valencia e Euscadi, tanto institucionais (Ramon Llull, Etxepare, etc) como empresariais (as respectivas Asociacións de Editoriais destes tres territorios). Por certo, as vascas e as valencianas xa se inscribiron na xornada do día 17, porque consideran un acerto e unha actividade totalmente novidosa a de traer editoriais británicas a Galiza para que coñezan de primeira man a literatura galega. Agradecen que se retransmitan en ‘streaming’, mais non queren perder a oportunidade de poderen participar nos debates e facer ‘networking’, con intención de poderen facer algo semellante nos seus respectivos territorios. Desta vez, a cultura/literatura galega non van por detrás!
O meu proxecto “Stateless Cultures” levoume tamén á FEIRA DE FRÁNCFORT en outubro de 2018, o principal encontro a nivel internacional onde se venden e compran dereitos de tradución. Alí constatei a axuda institucional (en formas e contías diversas) que recibían as editoriais vascas, catalás e valencianas para acudiren á feira e poderen facer negocios; en contraposición á situación das editoriais galegas. Logo de varias comunicacións coa Asociación Galega de Editoras, o meu activismo a prol da literatura galega e da tradución fíxome intentar buscar o xeito de axudar.
Inspirada polo programa de axudas á tradución do RAMON LLULL (que inclúen ESTADÍAS EN CATALUÑA DE VARIOS DÍAS, PARA EDITORIAIS ESTRANXEIRAS CON INTERESE EN COMEZAR A PUBLICAR LITERATURA CATALANA), discorrín estas xornadas, con todas os acertos e limitacións que teñen. Facendo horas extras fóra do meu traballo remunerado e con boa vontade fixen esta proposta no Consello da Cultura Galega en xaneiro deste ano. O INNOVADOR, reitereilles, é CENTRARNOS NO MERCADO DA TRADUCIÓN EN GRAN BRETAÑA E IRLANDA, en apertura, E TRAER A 8 PERSOAS QUE FALEN DESE SISTEMA CULTURA DE CHEGADA, 6 delas que nunca antes estiveran en Galiza. As introducións e retruques si os facemos xente ‘da casa’, porque é aí onde trataremos de contextualizar o caso galego (introducións) e de ver a aplicabilidade do que nos contaron esas persoas expertas no sistema meta (retruques).
Dada a achega económica que conseguín da miña Universidade primeiro e tamén dunha Universidade irlandesa despois, e dada a colaboración da Asociación Galega de Editoras e da Asociación de Escritoras e Escritores en lingua galega (e así continuar as xornadas con dous días de talleres formativos para editoriais galegas e para escritoras-es galegos, impartidos por unha axencia literaria especializada en literaturas minorizadas á que cheguei durante o meu traballo de campo na Feira de Fráncfort), O CONSELLO APROBOU A MIÑA PROPOSTA. Desde o Consello ratificáronme o seu interese prioritario nesta liña de traballo, e viron esta xornada ESPECÍFICA SOBRE O MERCADO DA TRADUCIÓN BRITÁNICO, como unha continuación a unha xornada que organizaran en setembro do 2018, coordinada por Xosé Ballesteros e dispoñíbel aquí.
**Pero entón, quen fixo o programa?**
Quedou xa dito que fun eu a impulsora desta iniciativa. Unha vez aprobada, Laura Linares sumouse á súa organización, avalada polo seu fondo coñecemento das políticas de tradución da literatura galega ao inglés, do sector editorial galego, irlandés e anglófono en xeral, e tamén pola nosa relación profesional frutífera que cristalizou xa noutros proxectos académicos.
Non entro aquí a debater as funcións do Consello da Cultura Galega, o seu orzamento, os seus acertos e os seus erros, mais si debo aclarar que neste caso en concreto, O CONSELLO ACEPTOU TODAS AS NOSAS PROPOSTAS SOBRE O PROGRAMA, e deixounos facer e desfacer ao noso antollo, respectando o noso papel de coñecedoras dos sistemas meta. As nosas foron sempre PROPOSTAS MOI MEDITADAS, XUSTIFICADAS E RAZOADAS, EN BASE A COMO CONSEGUIR OS OBXECTIVOS PROPOSTOS. Xustamente por iso, compartimos os nosos borradores coa Asociación Galega de Editoras, que fixeron suxestións que tratamos sempre de termos en conta. O obxectivo último, e isto cómpre non perdelo de vista, é SER DE AXUDA para que o SECTOR EDITORIAL GALEGO aproveite a situación de apertura á tradución no sector editorial británico e poida facer negocios e vender alí dereitos de tradución.
**Por que non hai tradutoras/es?**
Hai moitas e moitos axentes culturais partícipes nun proxecto de tradución. Todas e todos son necesarios para que a tradución exista e chegue á audiencia meta (británica e irlandesa, neste caso). Estas xornadas céntranse desde un principio no eido das empresas EDITORIAIS GALEGAS que venden os dereitos de tradución e nas EDITORIAIS BRITÁNICAS que son as que teñen que compralos, normalmente antes de que a obra poida traducirse.
Constatamos a preocupación de que non participe case ningunha tradutora ou tradutor literario en activo do galego ao inglés nestas xornadas como relator/a (porque algún si que hai). Abofé, as tradutoras/es moitas veces teñen un papel primordial en ser ‘iniciadores’ dun proxecto de tradución, ao lle faceren propostas de tradución a editoriais. Xustamente por isto último, valoramos facer unha mesa coas experiencias de tradutoras/es-iniciadoras/es.
As limitacións de tempo non nos permitían máis ca tres mesas de debate. De novo, as decisións tomáronse volvendo aos obxectivos das xornadas E PENSANDO COIDADOSAMENTE DE QUE XEITO SE PODERÍAN CONSEGUIR MELLOR ESES OBXECTIVOS. Consideramos, por tanto, que sería máis acaído priorizar tres:
A primeira, con estudosos e estudosas da tradución que puidesen ofrecer unha PERSPECTIVA ACTUAL DA APERTURA DO SISTEMA EDITORIAL IRLANDÉS E BRITÁNICO EN POESÍA E NARRATIVA, con especial atención ás posibilidades para as narradoras galegas (segue a ser inexplicábel como, se realmente temos un “boom das narradoras” no sistema editorial galego e elas gañaron 9 premios Xerais nos últimos 17 anos, elas continúan a ser discriminadas e non traducidas mentres eles si o son).
A segunda, con estudosos dos sistemas de AXUDAS Á TRADUCIÓN QUE HAI EN GALIZA, pero como esas non son as únicas que se poden pedir, pois tamén as que hai no SISTEMA LITERARIO META (IRLANDA E GRAN BRETAÑA), así como NOUTRAS ‘NACIÓNS PEQUENAS’ DE EUROPA. Isto presentarase desde unha perspectiva crítica, para que as editorais galegas e británicas os coñecesen; e con tempo para debate sobre os acertos e posíbeis desafíos ou dificultades que existen con estas axudas na actualidade e contando, por suposto, en diálogo con cargos da Xunta de Galicia, como organismo convocante dalgunhas das axudas das que se van falar e coa responsabilidade de velar pola nosa literatura.
A mesa con PEQUENAS EDITORIAIS INDEPENDENTES BRITÁNICAS que están a publicar traducións e que amosaron un INTERESE por potencialmente traducir do galego, e das que xa falei.
Malia non termos ‘tradutoras-es invitados’, si temos 1 hora e 30 minutos de debates públicos e 25 minutos máis de pausa café, na que desde o público a participación desas tradutoras/es será non só moi benvida, senón moi necesaria. Por iso, hai xa unha semana eu mesma enviei a información das xornadas á ASOCIACIÓN DE TRADUTORES (SIC) GALEGOS, á ASOCIACIÓN GALEGA DE PROFESIONAIS DA TRADUCIÓN E INTERPRETACIÓN e á LISTA DE TRADUTORXS TRADGAL, explicando o programa e invitando á participación como asistentes en persoa ou a facer o seguimento da retransmisión en streaming, para quen teña interese en saber máis do mercado editorial británico da tradución, das axudas existentes en Galiza e en Gran Bretaña e Irlanda, e dos plans de negocio en concreto das editoriais británicas invitadas. Até o de agora, só recibín emails de comprensión e agradecemento como resposta, e mesmo emails individuais de tradutoras-es que nos escribiron para manifestarnos de maneira individual que alí estarán.
Xa que logo, non invitarmos a tradutoræs en activo que poidan falar do seu papel como “iniciadoras” de proxectos de tradución ao inglés británico pode verse como unha limitación, porque si o é; e desta limitación falarei xustamente na benvida e presentación das xornadas. Sería un aspecto mellorábel se as circunstancias fosen outras e houbese máis tempo. Ora ben, dúas puntualizacións: Unha, non invitar a tradutores-as a falar desde a palestra implica non darlles voz, pero non implica necesariamente invisibilizar o seu labor. E dúas, estas xornadas non teñen vontade de resolver todos os ‘problemas’ da promoción da tradución, senón en centrarse no MERCADO EDITORIAL BRITÁNICO, así que ben poderían complementarse con outras xornadas específicas sobre AS TRADUTORAS-ES COMO INICIADORES DE PROXECTOS DE TRADUCIÓN. Animo a quen queira a organizalas, dándolle xa de antemán todo o meu apoio.
**As expertas e expertos das universidades**
Ora ben, unha “preocupación” que nin comprendo nin comparto é a de que na xornada vaian “falar da TRADUCIÓN REPRESENTANTES DE SEIS UNIVERSIDADES, COMO EXPERTOS (sic)”. Primeiro, non van falar da tradución en abstracto, senón de cuestións concretas sobre as políticas editoriais de tradución no mercado británico (e irlandés) das que saben bastante porque é o seu tema de investigación. Por dar un exemplo, o checo Ondrej Vimr é investigador posdoutoral en Bristol cun prestixioso proxecto Marie Curie sobre esta temática. Se as estudosas da tradución non estamos capacitadas para falar de maneira divulgativa, pero sempre desde a análise rigorosa das situacións e con suficiente distancia crítica, pois non entendo cal é o noso labor. Amais, lonxe están os tempos nos que as profesoras/es universitarios estaban nas súas torres de marfil e non falaban coa sociedade. Hoxe, no sistema universitario británico no que eu traballo, o noso labor investigador réxese por xerar “IMPACT BEYOND ACADEMIA”, algo que, polo que sei, no sistema universitario galego vén sendo a “transferencia de coñecemento á sociedade”. Neste caso en concreto buscando SINERXIAS DO ACADÉMICO CO MERCADO EDITORIAL (o que na miña universidade entenden como “stakeholders” ou partes interesadas, e de aí que financien as súas viaxes).
**Coda**
O tempo é limitado e non é posíbel colaborar con todas as causas que unha considera xustas. A nivel profesional, as loitas que escollín facer miñas, desde o meu traballo académico na disciplina dos Estudos de Tradución e desde a miña posición de migrante galega traballando nunha institución educativa de Gran Bretaña, son a do FEMINISMO (como movemento transformador e revolucionario co que lograr a xustiza social e que máis ten mellorado a vida das persoas de maneira pacífica), e a da DEFENSA DAS CULTURAS NON HEXEMÓNICAS E MINORIZADAS COMO É A GALEGA. De aí o esforzo, enerxía, afán e empeño en co-organizar xornadas como as “Translating Women... in the English-language book industry” que terán lugar no prestixioso IMLR da Universidade de Londres no outono, e tamén as xornadas das que aquí falei sobre “New Opportunities in a More Welcoming Irish/British Book Market” para a literatura galega en tradución a inglés. Estas últimas considéroas útiles para que a INDUSTRIA EDITORIAL GALEGA poida SACAR PROVEITO da actual APERTURA CARA Á TRADUCIÓN DO MERCADO EDITORIAL BRITÁNICO e conseguir VENDER DEREITOS DE TRADUCIÓN de obras galegas contemporáneas a editoriais británicas. E isto todo, ao abeiro do proxecto de investigación financiado polo organismo británico British Academy / Leverhulme Grant “Stateless Cultures in Translation”.
Ratifico tamén que a pena polas reaccións levadas ás listas de discusión e ás redes non é paralizante. Mais ben ao contrario, transfórmase en AZOS PARA SEGUIR, PORQUE SI, HAI MOITO QUE FACER. Tanto, que as moitas dificultades para a tradución desde o galego non se van resolver todas nunhas xornadas dun día, como xa dixen. Pero esas xornadas si ASPIRAN A CONTRIBUÍR A SUMAR coas experiencias desde o eido británico.
Só podo animar a outras e outros colegas, activistas e axentes culturais a que sigan sumando e discorrendo xeitos de organizar outros eventos e iniciativas que complementen este e axuden a seguir internacionalizando a nosa literatura. Todas e todos terán, sempre e desde xa, o meu total apoio.
Olga Castro, 3 de xuño de 2019
1 note
·
View note
Text
Chimamanda Ngozi Adichie é uma feminista e escritora nigeriana. Nascida em 1977, é reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas de sucesso, atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana.
#professorgilmar #literatura #nigeria
0 notes
Text
Irlanda celebra los 100 años de ‘Ulises’, la gran novela de James Joyce
Irlanda celebra los 100 años de ‘Ulises’, la gran novela de James Joyce
Los irlandeses celebran este jueves el centenario de la novela de James Joyce, Ulises, obra mayor de la literatura anglófona, con motivo de un tradicional Bloomsday aún más festivo que de costumbre. Ulises, publicado en París en febrero de 1922, cuenta las peregrinaciones de Leopold Bloom, un irlandés ordinario que sigue indirectamente las mismas aventuras que el héroe de la Odisea de Homero…
View On WordPress
0 notes
Photo
Dia 21 - Grandes Escritoras Chimamanda Ngozi Adichie ���� Chimamanda Ngozi Adichie (Enugu, 15 de setembro de 1977) é uma feminista e escritora nigeriana. Ela é reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas de sucesso, atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana. Seu primeiro romance, Purple Hibiscus (2003), recebeu grande aclamação da crítica; foi indicado para o Orange Prize para Ficção (2004) e recebeu o Prêmio Commonwealth Writers como Melhor Primeiro Livro (2005). Em 2010, ela entrou na lista dos 20 autores de ficção mais influentes com menos de 40 anos."Ceiling", foi incluída na edição do The Best American Short Stories 2011.Em 2013 ela publicou seu quarto romance, "Americanah" que foi selecionado pelo New York Times como um dos 10 Melhores Livros de 2013. Em abril de 2014, ela foi nomeada entre um dos 39 escritores mais importantes, com idade inferior a 40 anos, no projeto Festival Hay e Rainbow Book Club. Entre suas obras estão: Hibisco Roxo, Meio Sol Amarelo, No Seu Pescoço, Americanah, Sejamos Todos Feministas, Para Educar Crianças Feministas - Um Manifesto. #marcodamulher #diadamulher #escritoras #amorporlivros #chimamandangoziadichie (em Santana, São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CbXOcFnurKw/?utm_medium=tumblr
0 notes
Text
7 autores contemporâneos de 7 países diferentes para você conhecer
A diversidade é importante por várias questões. Além de nos aproximar de experiências e opiniões diferentes, ela ajuda a ampliar o olhar sobre temas que estão próximos de nós. Que tal aproveitar a quarentena para conhecer escritores de outras partes do mundo que ganharam destaque por trazer temas necessários com uma literatura original?
Scholastique Mukasonga (Ruanda)
Scholastique é uma guardiã da memória da vida em Ruanda, seu país natal. Os livros da premiada escritora tutsi, grupo étnico ruandês e de regiões próximas, são quase biográficos, contando a vida da família antes e depois do genocídio de Ruanda que matou mais de 800 mil pessoas, incluindo sua família, e a fez fugir para a Normandia, na França, onde vive hoje. Entre os livros publicados no Brasil estão Baratas, A Mulher de Pés Descalços e Nossa Senhora do Nilo ((livros sempre em itálico!)). Com narrativas que retratam o cotidiano ruandês pelo olhar feminino e as privações que o povo tutsi sofreu durante o exílio, as narrativas de Scholastique são fortes, tristes e nos ajudam entender uma realidade muito distante da nossa.
Juan Pablo Villalobos (México)
O escritor mexicano dedicou grande parte de sua formação ao estudo da literatura, mas demorou um tempo até descobrir que poderia ser romancista. Com o primeiro livro lançado, Festa no Covil tornou-se referência para um gênero pouco explorado, a “narcoliteratura”, e seguiu para se tornar uma trilogia de histórias independentes. Usando o olhar de um menino, filho de um grande traficante de drogas, para condenar o machismo e a violência no ambiente do narcotráfico, o escritor usa o humor ácido, o sarcasmo e o nonsense (apesar de basear-se na realidade), além de traços autobiográficos para falar sobre a cultura e a sociedade mexicanas.
Veja também
Estudo9 livros de autoras negras que abordam o racismo27 fev 2020 – 21h02
Svetlana Alexievich (Belarus)
Diferentemente dos outros autores que navegam entre as linhas do real e fictício, Svetlana traz a mais pura realidade para suas páginas. A escritora e jornalista bielorrussa, nascida na Ucrânia, recebeu o Nobel de Literatura, em 2015, por suas obras polifônicas. A partir de entrevistas realizadas pela própria autora, seus livros se encarregam de expor as trágicas memórias de quem viveu acontecimentos históricos, como as soviéticas que lutaram na Segunda Guerra Mundial, em A Guerra Não Tem Rosto de Mulher, e os relatos de quem viveu a abertura da URSS para o capitalismo, em O Fim do Homem Soviético.
Kazuo Ishiguro (Japão)
Vencedor do Nobel de Literatura em 2017, o autor japonês que viveu desde os 5 anos na Inglaterra usa eventos da história como plano de fundo para as trajetórias de seus personagens. Em livros recheados de ironia, fantasia e dilemas, suas narrativas, muitas vezes, nos fazem questionar nossa posição sobre a história e como participamos dela. Os Vestígios Do Dia, seu livro mais celebrado, e Quando Éramos Órfãos são ótimos livros para conhecer o autor.
Samantha Schweblin (Argentina)
Apesar da curta carreira, a argentina já foi eleita uma das 22 melhores escritoras da língua espanhola da nova geração pela revista literária Granta. Considerada herdeira do realismo fantástico de escritores como Julio Cortázar, grande autor argentino, as relações familiares e suas dificuldades são os temas que mais a interessam. No livro premiado Pássaros na Boca, Samantha reúne 18 contos sobre situações cotidianas que assumem contornos aterrorizantes. Outra obra da autora, Distância de Resgate deve ser lançado como filme na Netflix.
Veja também
UniversidadesOs 15 livros mais usados em universidades pelo mundo23 out 2019 – 16h10
Elena Ferrante (Itália)
Ninguém sabe com certeza quem é Elena Ferrante. Apenas que é italiana, provavelmente de Nápoles, cenário de grande parte de suas histórias, e que alcançou o reconhecimento internacional com A Amiga Genial, o primeiro livro de sua Série Napolitana. Para além das polêmicas sobre quem estaria por trás do pseudônimo, a autora nos apresenta os subúrbios de Nápoles, conturbados, violentos e nada turísticos, muito diferente da romântica e bela Itália a que estamos acostumados. Parte do seu sucesso se deve a uma narrativa realista, honesta e imersiva.
Chimamanda Ngozi Adichie (Nigéria)
Se você gosta da literatura contemporânea, já deve ter ouvido falar de Chimamanda. A escritora nigeriana tornou-se uma das autoras anglófonas de maior sucesso nos últimos anos por suas abordagens sobre o movimento feminista e a visão limitada que os países ocidentais têm sobre o continente africano, como conta em seu TED Talk sobre “o perigo da história única”. Entre seus livros mais conhecidos, Americanah conta a história de uma mulher nigeriana que deixa seu país para estudar nos EUA, onde, pela primeira vez, ela se enxerga negra e “africana” – como costumamos rotular as pessoas desse continente gigantesco, apesar da diversidade cultural, geográfica e política entre os países.
7 autores contemporâneos de 7 países diferentes para você conhecer Publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br/
1 note
·
View note
Text
Muitos homens e mulheres da cor da terra Excluídos E com corpos Quebrados E sangrando. Negros e suplicando Negros e quase não mais respirando.
Muitas pessoas de pele cor de mel Batidas E queimadas E machucadas E reprimidas.
Muitas crianças de melanina indo para a cama Mais cedo em caixas apertadas, Playgrounds e igrejas Tornando-se cemitérios e túmulos.
Upile Chisala – Eu destilo melanina e mel
1 note
·
View note
Text
LITERATURA ANGLÓFONA
No componente, aprendemos a formação da língua inglesa e a evolução da literatura anglófona até os dias de hoje.
Material complementar:
Fizemos análise do poema épico anglo-saxão Bewolf e o inglês antigo, nele presente. Apresentamos análise dos contos O Poço e o Pêndulo e o Retrato Oval de Edgar Allan Poe. Também, apresentamos uma análise da nossa leitura de "Os Contos de Cantuária" de Geoffrey Chacer.
0 notes
Photo
“En las tiranías, la literatura tiene la función de concienciar” Patrice Nganang ha sido detenido por las autoridades de Camerún acusado de amenazar al presidente, tras visitar la zona anglófona, inmersa en un profundo conflicto con la Administración central http://ift.tt/2oZTOeU
0 notes
Text
Shakespeare & Co
Reduto inglês em Paris, essa livraria não é a histórica livraria em que se encontravam Hemingway, James Joyce e outros grandes nomes da literatura anglófona. Essa fechou em 1941, durante a ocupação alemã em Paris. A atual, fundada pelo americano George Whitman e inaugurada em outro local, tinha o nome de Le Mistral e recebeu o nome Shakespeare & Company em homenagem a sua irmã célebre no…
View On WordPress
0 notes
Text
Tudo o que você precisa saber sobre o TOEFL.
O TOEFL iBT é atualmente aceito por mais de 9000 instituições em mais de 130 países e é o recordista mundial de candidatos. Elaborado pela ETS, uma instituição norte americana sem fins lucrativos, que reúne especialistas em educação e pesquisadores e desenvolve testes de proficiência em língua inglesa.
O TOEFL é primordialmente usado por aqueles que desejam estudar em universidades anglófonas em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido e possui um formato de teste que atualmente é aplicado em computadores. O TOEFL Ibt (internet based test) se divide em quatro partes que se destinam a testar todas as competências de um falante de língua: leitura, escrita, audição e fala e tem um formato acadêmico que busca testar a competência do candidato para lidar com situações em ambiente universitário.
Todos os textos simulam conteúdos de aulas sobre as mais diversas matérias, como por exemplo: geologia, psicologia, literatura, história, astronomia etc., contudo, o exame não se destina a testar os conhecimentos dos candidatos nesses temas, mas sim a habilidade em lidar com textos complexos de tópicos diversificados em Inglês.
Qual a duração do exame?
Aproximadamente 4 horas e meia de prova.
Quanto custa?
US$ 215,00.
Onde e quando posso fazer o exame?
Aqui está um link com os locais e datas onde o exame é aplicado.
Como posso me preparar?
A Total English possui um programa de preparação focado inteiramente no TOEFL. Clique aqui e entre em contato conosco para mais informações.
Como funciona o sistema de pontuação?
Cada parte do exame é pontuada de 0 à 30 e somam 120 pontos totais.
Qual o prazo de validade do exame?
O TOEFL é valido por 2 anos após a aplicação.
Quais instituições e países aceitam o TOEFL?
Clicando neste link você será redirecionado a uma página com o nome das instituições de ensino e países que aceitam o TOEFL.
Com que frequência o TOEFL é aplicado?
De 2 a 9 vezes ao ano no Brasil dependendo do local da prova. Veja as datas das provas e as cidades onde o exame será aplicado esse ano no item “Onde posso fazer o exame?” acima.
#Total English Tips#TotalEnglish#toefl#preparação para TOEFL#programa TOEFL#inglês para adultos#inglês#exame#estudar no exterior
0 notes