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MATILDE RA 21 ANOS COORDENADORA
Já perdi a conta ao número de vezes que me perguntaram, nas mais variadas situações, o que é o just a change. Tem graça como, em todas essas vezes, de repente, me saltam as palavras para falar do just. E começo já a pés juntos: para mim, é isto que é ser do just. É sentir este imediato entusiasmo e orgulho por fazer parte desta causa tão maior que eu e querer falar disto a quem me pergunta (ou mesmo a quem não pergunta...ups).
Quando tento resumir a minha experiência àqueles que nunca ouviram falar, não é muito fácil. Isto porque estar no just é tanta coisa... Estar no just é saber que se está cheio de pó em tudo o que podemos chamar corpo humano mas em que rir da situação é sempre a opção preferida. Estar no just é não ter vergonha de se estar com a roupa (mais que) suja de tinta no metro, com a evidente desaprovação dos olhos alheios que se descolam dos telemóveis e que, se pudessem falar, perguntavam-me que asneira tinha feito para estar a fazer trabalho comunitário forçado. Estar no just é saber lutar contra o despertador numa manhã de agosto, sabendo que em pouco tempo se está a mexer em massas e a subir a telhados. Estar no just é num dia estarmos num carro com quatro desconhecidos com conversa de conveniência e, no dia seguinte, com amigos radiantes a falar e partilhar histórias da obra: desde o novo significado da palavra colher, aos mini truques que fizeram de nós os mestres da chapa... há sempre tema.
Das coisas mais importantes que o just me ensinou foi o valor da amizade: “Leva a Amizade a sério”. A super bock deu o slogan, mas o just deu-lhe todo o significado. Sinto que, por ser uma causa que exige tanto que nos despojemos e que demos tudo o que temos de nosso, que as amizades são instantaneamente mais genuínas e sem tantos filtros. Conhecemos tantas pessoas tão diferentes de nós e do que estamos habituados. É incrível a quantidade de pessoas que, apesar de virem de contextos completamente diferentes dos meus e pensarem de uma forma completamente ao lado da minha, têm a mesma vontade que eu de arregaçar as mangas e, literalmente, pôr mãos à obra. Se nos afastarmos e virmos de longe, não é espetacular pensar que aquele grupo específico de pessoas está reunido, não porque fazem parte da mesma turma, não porque jogam todos basketball, mas porque querem mudar o Mundo?
Muitos dizem que fazemos parte da geração dos “jovens de sofá”. Acho mesmo que o just vem chang’ar isso. Para além de nos arrancar do sofá, põe-nos uma talocha e uma colher de pedreiro na mão. Mas engane-se quem acha que o just é só aprender a rebocar paredes ou a pôr pladur (também dá jeito) mas, acima de tudo, dá-me enormes lições de humildade, em que tenho de respeitar e ouvir quem me é superior; de compromisso com a minha equipa e a minha missão; de flexibilidade, com as pessoas com quem lido ou com o que me é pedido fazer e de alegria no desafio. E esta última é das que mais exemplos vivos guardo. Podíamos sair da obra a queixar-nos da vida de trolha, do calor desproporcional que estava ou do impossível que era o que o mestre de obras nos pediu. Mas a realidade é que o que vejo são pessoas genuinamente alegres, com a sensação de dever cumprido e com um orgulho não só em si, mas na equipa e na forma como esta contribuiu para mudar a vida daquela pessoa. Aqueles dedos cheios de feridas passam a segundo plano quando há alguma coisa que lhes dá sentido.
Este sentido vem da realidade de pobreza habitacional que ninguém nos avisou que estava tão perto de nós e para a qual ninguém está realmente preparado. Muitas vezes vou para o just de phones, a pensar onde é que vou estar sexta-feira à noite ou como é que aquele exame correu, e caio na realidade assim que chego à obra. Aquela pessoa, que vive a dez minutos a pé da minha faculdade ou da minha casa, está com chuva a escapar-se entre as telhas, com frio a forçar janelas ou nem casa de banho tem para poder tomar banho. Isto é real. É nessa altura que me apercebo do importante que foi ter-me levantado da cama e de, no tempo que me é dado, cumprir o que me é pedido.
Era muito mais fácil ficar a dormir aquela sexta feira de manhã de turno. Era muito mais fácil ficar a torrar ao sol durante o verão com os amigos de sempre. Era muito mais fácil não ter primário no cabelo o dia inteiro e estar ansiosamente à espera do banho para o lavar... Mas é muito melhor fazer parte do just a change.
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