Tumgik
#ler!m’gann
thebest-medicine · 2 months
Note
If you're stilling accepting prompts for the Summers sentence fic thing I saw you were willing to write for Young Justice so could we get 43 and 46 for M'Gann and Superboy? I always thought they were a sweet couple.
Prompt 43 - “Lighten up, have a laugh!”
Prompt 46 - “I’m not letting you off that easy.”
A/N: I’ve been going through and watching young justice (just got to zatanna hopping in for missions so I’m like 80% through season 1) and these guys are so cute! I love how many good cartoons dc has / is making :)
...
M’Gann tilted her head, smiling at her stubborn boyfriend. “You really should lighten up.” She snapped her fingers. “I know, have a laugh!”
Suddenly, fingers were on Conner’s sides. He shivered, stiffening under the touch and still-new sensation. “H-Hey!” He hissed, his stoic expression faltering slightly.
“Come onnnnnn, you know you want to laugh~!” She teased. “Can I get a little giggle, hmm?”
“No.” Conner replied shortly. He stepped back, fighting his urge to flee or force his way out of her grasp as M’Gann continued to tickle along his sides, pinching gently and scribbling her fingers.
He grasped her wrists when she got up to his ribs and scratched at the bones ticklishly. “Don’t.” He whispered, a smile wavering on his lips.
M’Gann let out a little giggle of her own. “Oh no, I’m not letting you off that easy.” She laughed a little louder as she tickled further up his ribs, unimpeded by his meager defenses.
Conner bent forward, his head coming down onto her shoulder. One of his arms left its attempt at deflecting her hands and instead wrapped around his middle. “Nnnm—” Conner gasped at one particular rib pinch. “M-M’Gann- wahahahait!”
“There we go!” M’Gann grinned, still tickling with one hand as she drew him in closer for a half-hug half-tickle. He snickered sweetly into her shoulder as she continued to lightly tickle away.
[more sentence starter fic prompts]
[other sentence starter fics]
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cherrywritter · 7 months
Text
Corações
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
3ª semana de outubro
Conner havia invadido a mansão pela varanda do meu quarto. A minha distração, ou melhor dizendo, meu hiper foco não permitia que, ao menos em casa, movimentações aos redores da mansão, Bristol ou da cidade não fossem percebidas. Nem mesmo as energias ou respirações que estavam próximas a mim, dentro da mansão, eram despercebidas. Meu cérebro está tão treinado a reações rotineiras que ser surpreendida em zonas de conforto se tornou costume.
Virei-me, deixando minhas anotações e meus livros de lado, o vi abalado, porém não era uma situação incomum vinda dele. Cassie já havia comentado comigo e a convivência devido ao nosso relacionamento demonstrava ainda mais suas inseguranças e o psicológico de um jovem de dezesseis anos.
- Como você lida com tudo isso?
- O que quer dizer, Conner? – O moreno suspirou sôfrego. Estava de cabeça baixa, completamente molhado e, levando em conta o outono de Gotham, ele se resfriaria na certa.
Caminhei até o armário do banheiro, separei algumas toalhas e caminhei até ele para o cobrir e secar. Foi quando o toquei que meus poderes acordaram. Senti-me incomodada, mas decidi ignorar. Fechei as portas da varanda logo atrás de mim e liguei o aquecedor para que mantivesse a temperatura agradável do quarto. Tentei ler a mente de Conner, porém só conseguia sentir sua energia. Estava péssima, estava machucado, quase destruído. A marca em sua face só confirmou minhas suspeitas. Havia uma mão estampada na sua face esquerda.
Senti a energia de quem não gostaria. Mordi os lábios me sentindo hesitante, mas toquei seu rosto e o levei até o recamier para se sentar. Agachei a sua frente e encarei seus olhos azuis mareados. As lágrimas escorriam sem sessar. Meu coração começou a disparar e minha cabeça a questionar o que havia acontecido para deixá-lo desse jeito. O que ela havia dito a ele para que ficasse dessa forma.
- Digo... – Ele engole a seco e tenta controlar a voz. – Eu não envelheço... estou preso em um corpo de dezesseis anos pelo resto da minha vida.
- E por que veio me dizer isso? – O amargor começou a tomar conta da minha boca. Parecia que eu já sabia a resposta, mas insistia em querer escutá-la.
- Esse foi o motivo de ter terminado com a M’gann.
Conner ainda a ama. Era óbvio que Conner sempre se sentia desconfortável na frente da M’gann e o clima pesava. Quando ela beijava outro, ele se retirava. Só um cego não veria que ele ainda mantinha sentimentos por ela e só estava a evitando por um motivo em específico. Bem-vinda a realidade da humanidade. Todos têm sentimentos não correspondidos e ter se tornado humana fez com que eu caísse nessa cama de gato.
A energia vital gritava comigo
Gritava alto e em vermelho
- Nós discutimos de novo. Discutimos feio. – Ele riu nasalmente. – E eu não consegui pensar em outro lugar sem ser aqui.
- Conner, eu não sou tapa buraco. – Meu sangue subiu e começou a ferver em minhas veias como lava. Sentia meu corpo queimar. Estava irritada e me sentindo usada não importando o motivo da briga. – Posso ser eterna, mas... têm coisas que não dá!!
- Vic? Está tudo bem aí? – Tim perguntava do outro lado da porta. Acabei levantando a voz mais do que deveria. – Temos que sair daqui a pouco. Não esquece.
- São só as notícias. Desculpa. Está tudo bem. Vou desliga e já desço para irmos para Crime Alley. – Me viro para Conner e o encaro. – Não me use para curar ou remendar seu coração. Existem tipos de feridas que não se fecham até que saibamos lidar com elas. Se a ama, enfrente a droga do sentimento. Não é porque se comprometeu comigo que isso vai segurar um relacionamento insustentável, assim como sentimentos não são suficientes para também manter um.
Logo que terminei, senti a garganta fechar. Segurei a respiração e senti meu corpo se energizar sem meus comandos. Estava claro que começaria a chorar e eu não poderia me dar ao luxo de fazer isso na frente dele. Passando a mão pelos meus olhos, senti minha máscara aparecer e cobrir meu rosto. As orelhas de morcego surgiram logo em seguida junto a camiseta de manga longa que enluvava as mãos e a saia vermelha, curta e grampeada. Meu pijama estava dobrado em cima da cama como de costume e Conner estava sentando no recamier sem reação.
Não volte atrás com suas palavras
Abri a porta do quarto, engoli o choro e caminhei em direção ao elevador da batcaverna. Tim me acompanhou e me encarou diversas vezes antes de subirmos na renovada moto das Empresas Wayne. Acelerei vendo a energia estática dançar pelos meus dedos senti-me fora do meu ‘eu’ que eu havia me conectado e fundido. Não parecia ter um excelente controle daquela energia crescente em mim, porém ficar em casa não resolveria em nada a minha situação. Era melhore extravasar de uma vez do que acumular e causar um provável estrago na rede elétrica.
Crime Alley – Gotham
Mais tarde
Sentados no topo de um prédio, em cima de uma marquise, para seguir a dica de Pinguim, era isso que Robin e eu estávamos fazendo. Segundo o vilão, haveria uma reunião de gangues pela região e era uma boa oportunidade de conhecer quem era a felizarda nova guardiã da cidade. Precisávamos sermos pacientes e saborear nosso jantar enquanto a ação não nos dava o ar da graça.
Os homens enfim chegaram. Estavam em carros luxuosos e provavelmente blindados. Pareciam capangas do Máscara Negra com belos malotes de heroína pura. O cheiro da droga era indiscutível para o meu olfato apurado. Ainda bem que a droga em si não afetava meus sentidos. Máscara Negra estava basicamente se tornando mais forte do que as outras máfias e alcançando mais gente. A cidade estava ficando doente para o sustentar e enriquecer, mas ainda não podíamos fazer muito. Papai disse que precisávamos ter paciência para pegá-lo na hora certa e o entregar ao Comissário Gordon.
- Vai contar o que aconteceu? – Tim questionou-me.
- Não é hora. – Digo abocanhando um bom lanche triplo bacon com hamburgueres de cento e sessenta gramas.
- Vic... – Balancei a cabeça em negativa.
- Vamos ver se ela vai aparecer. – Digo mudando de assunto.
- Não precisávamos fazer isso se ela está ajudando... – Eu o encarei.
- Você sabe quem é, não é? – Robin apertou os lábios. Ele sabia.
- Stephanie Brown. A filha do Cluemaster. A chamam de Spoiler. Sua vez.
- Conner.
- Vocês brigaram? – Bufei e sorri.
- Não chamo aquilo de briga, mas descaso. Talvez eu tenha sido errada em não buscar mais informações, mas. – Inspiro e expiro profundamente. – Me senti usada, Tim. Um tampão na vida dele. Um tapa buraco, uma experiência de tentativa de um projeto chamado “como viver em um relacionamento com um super-herói que ainda pensa na ex”.
- Você gosta dele.
- Eu o amo, mas não irei nutrir mais esse sentimento. Ele nunca foi para mim ou ele não quer ser. Não sei, sinceramente. A única certeza que tenho é que estou magoada por ele estar comigo e ainda nutrir algum tipo de sentimento pela marciana. Estão entrando nos carros.
- Devem estar indo para Cape Carmine ou Port Adams. – Neguei.
- Dixon Docks. É melhor distribuir as drogas pelos containers de lá. Acesso ilimitado e nenhum estrangeiro quer se meter com a máfia. Ajude para não levar um tiro na melhor das hipóteses.
- Eu vou para Cape. – Assenti.
Dixon Docks – Chinatown
Minutos mais tarde
Estava curiosa para saber quem estava por trás da máscara negra e tinha a certeza de que o encontraria nas docas de Chinatown. O homem tinha a fama construída por sua brutalidade e teimosia, além de utilizar dublês para que jamais fosse capturado. Era um criminoso escorregadio e que, assim como o Coringa, não era possível saber sobre sua identidade.
Os capangas chegaram com maletas de dinheiro e mostraram a um homem alto, robusto e de terno e gravata branca. Se não era ele, era um de seus dublês. Eles caminhavam por entre os containers sem preocupação e sem medo da segurança. Provavelmente estavam com as mãos molhadas ou ameaçados de morte. Os vi chegarem em um navio abandonado na beira mais escondida das docas. Entraram no cargueiro e acenderam algumas luzes pelo caminho. Estavam indo para o fundo dele. Olhei para os lados e vi os capangas distraídos. Poderia ser uma boa oportunidade. Flutuando com cuidado para não ser percebida ou para que minha sombra aparecesse no chão, entrei pela polpa do cargueiro e procurei as escadas. Desci cuidadosamente para que não me escutassem.
Meu azar foi escutar passos vindos na minha direção. O teto era baixo, não havia portas e nem mesmo como voltar para trás. Os passos vinham da minha frente e pelas minhas costas. Nunca imaginei desejar desaparecer como o Caçador. Pelo menos atravessar os materiais seria útil nessas horas. Os mascarados pararam quando me viram. Um mais à frente inclinou a cabeça para o lado e soltou uma risada sarcástica. Olhando para trás mais deles surgiam. Estavam armados com metralhadoras automáticas e pistolas.
- Se perdeu de casa, boneca? Aqui não é o seu lugar. – Dizia com a voz abafada.
- Noite ruim. – Sorrio. – Caos. – Ofereço minha mão com a maior cara limpa e eles a encaram sem saber muito como reagir. Sorria e acene, Vic.
- Sei quem você é. Agora é a questão: você sabe em que covil se meteu?
- Tecnicamente esta é a área do Chapeleiro. Poderíamos fingir que não nos vimos e continuar nosso caminho, que tal?
- Não vamos deixar você sair daqui, boneca. Não brincamos em serviço.
Escutei engatilharem as armas e revirei os olhos. Ainda bem que o Robin não estava no meu lugar. Bufei. Eu devia ter pensado melhor antes de ter me enfiado aqui. Olhando para os lados, ergui minhas mãos como se estivesse me rendendo e fiz as armas beijarem o teto. Alguns tiros foram disparados, mascarados tentavam se desprender das alças das armas e o restante vinha para cima de mim. Os afastei os jogando no chão em efeito dominó. Golpes e mais golpes eram desferidos. O espaço era tão pequeno que acabavam se nocauteando sozinhos. Abri e fechei as mãos sentindo a energia vital fluir descontroladamente. As correntes elétricas corriam por entre meus dedos mesmo que eu estivesse com as luvas para controlar. Fechando meu punho, estourei uma das paredes e finalmente sai daquele lugar claustrofóbico.
Entrei em uma sala de cargas cheia de caixas de madeira. Meu corpo tremeu e escutei os homens gemerem. As luzes piscaram e estouraram uma atrás da outra. Pico de energia. Olhei para as minhas mãos e agora elas se iluminavam junto a todas as veias do meu corpo. Minha pele se tornava um azul pálido e iluminado. Azul claro e neon. A energia se acumulava mais e mais causando arrepios.
Sete homens vieram na minha direção e eu os parei sem muito esforço. Foi apenas meu reflexo. Meu brilho refletia em suas máscaras metalizadas. Era estranho e incrível. Até mesmo as veias do rosto estavam iluminadas. Minha máscara estava integrada a elas. Sorrio sentindo prazer com a sensação. Mais outros homens vierem ajudar e eu também os parei. Chacoalhava minha mão e os via chacoalhar em sincronia. Quando fechei meu punho os vi apagar. Não me preocupei se ainda respiravam, pois a energia de todos era bem presente. E também não era uma assassina.
Toquei meu ponto e chamei por Robin. Pedi para que ele contatasse o Comissário Gordon e pedisse transporte para trinta homens na Dixon Docks perto do cais abandonado. Sem muito esforço, tirei todos do cargueiro e os deixei amontoados na frente da área de embarque. Voltei para a área de carga e encontrei bichos de pelúcia lotados com saquinhos de heroína. O símbolo era bem comum nas casas noturnas mais badaladas de Neville e pelo subúrbio, principalmente perto do Iceberg Lounge. Retirei uma caixa de cada vez e as empilhei ao lado dos capangas caídos. Devia ter mais do que duzentas caixas grandes como aquelas que usam para transportar itens de museus.
- Caos.
- Comissário. – Sorrio. – É um prazer vê-lo.
- Fez um bom trabalho aqui. Tenho certeza de que vamos identificar todos.
- As armas ficaram grudadas no teto do corredor em que eles me encontraram. Não sei se vão conseguir recuperar elas enquanto eu estiver por perto. São automáticas. As caixas estão cheias de pelúcias recheadas com heroína. Um clássico. Com certeza eles iriam distribuir pelos containers e os enviar para outras cidades e para fora do país.
- Ele não estava aqui? – Neguei. – Esse desgraçado!
- Vamos pegá-lo, comissário. Não perca a fé.
- É o que eu mais tenho nessa cidade, Caos. Obrigado por mais essa ajuda. – Ele limpou a garganta e se aproximou ainda mais. – O Batman está bem?
- Só ocupado com problemas ainda maiores. Não se preocupe. – Ele assentiu.
Gordon se virou para os policiais e começou a organizar toda a bagunça. Aproveitei o momento para sair à francesa e seguir para o topo da Torre do Relógio para ver Barb. As Aves de Rapina também poderiam precisar de ajuda.
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
1ª semana de dezembro
Ficar em Gotham fez com que eu me distanciasse da E.O.E. por um tempo. Era muito mais confortável estar em casa do que voltar para a Caverna. Voltar para aquele ambiente não me beneficiaria em nada no estado em que estava. Havia dias em que era obrigatório me trancar na cela de contenção para que não fritasse todos os eletrônicos em volta ou causasse danos piores. Meus poderes gritavam comigo, impulsos intensos e fortes, sensações novas, sentimentos novos. Não estava no controle e não era correto colocar pessoas em risco por isso.
Desconfortável era o adjetivo que exemplificava as seis semanas. Qualquer movimentação que tinha, mesmo que do outro lado da propriedade, eu percebia. Não era apenas a sensibilidade entre os cinco sentidos, mas todo o resto. A energia vital começou a brincar com o meu juízo, minhas moléculas dançavam entre minha versão puramente kryptoniana e a mestiça de Arthur Curry, meta-humano. A relé telepática me perturbava principalmente durante a noite. Escutava o pensamento de todos em Bristol e aos redores do bairro.
Sabia que meu isolamento começaria a afetar minha família, mas não tinha escolha. Era melhor ficar afastada por um tempo antes de tomar uma atitude errada e acabar com tudo a minha volta. Alfred não demorou muito para também tomar a frente e conversar comigo. Com certeza ele era a voz da experiência. Não seria o primeiro caso de frustação amorosa que ele lidaria. Quando papai voltou de viagem, se surpreendeu por eu estar novamente no isolamento. Realmente não era uma cena comum já que, desde que eu havia conseguido controlar meus poderes ao chegar na mansão, foram duas ou três vezes que voltei para a cela.
- Não era melhor você extravasar um pouco dessa energia em campo? Você podia retornar para a equipe. Tornado e Canário estavam reclamando do desfalque noite passada. – Meu pai comentava enquanto Alfred servia seu café.
- Eu não estou bem para servir a equipe. Não adianta eu ir e não estar cem porcento lá. Isso acaba com o planejamento e desempenho geral. Eles estão melhores sem mim e eu tenho Gotham para me ocupar. Sacrifícios, senhor Wayne. – Jogando o guardanapo em cima da mesa, me levanto e sigo para fora. – Abrigada, Alfred, mas perdi o apetite.
- Victoria... – O escutei vir atrás de mim a passos largos. Acelerei os meus, mas não a tempo. Papai me alcançou no meio da escada e segurou meu braço para que eu o olhasse. Senti o choro travar na garganta e os olhos se encherem de lágrimas. – Filha, converse comigo. – Quando meus olhos encontraram os seus azuis não consegui mais me segurar. O abracei com força e deixei o choro sair. Ele me pegou nos braços e me levou até seu quarto. Sentamos ali, na cama, e ele ficou ali comigo até que eu parasse de chorar. – O que houve, filha?
- Dês que Conner veio aqui eu perdi o controle. O senhor estava fora. Foi quando ajudamos o comissário a pegar parte do contrabando de drogas do Máscara Negra. Ele havia discutido com a M’gann e veio chorar para mim. Meu sangue ferveu... eu não sou de ferro, pai. É cansativo.
- E seus poderes dispararam. – Assenti. – Não acha que é por causa desse sentimento que você está tentando aprisionar?
- Talvez. Por isso não quero voltar para a equipe. Estou bem em Gotham. Saio com o Tim ou com a Bárbara. Às vezes até o Dick me chama para ajudar. Consigo dar conta por aqui e volto para a contenção quando acho que não vou segurar. Eu... só não quero ver ele. Nem ele e nem a M’gann. Não estou pronta para isso. – Papai assentiu.
- Se acha melhor. – Papai não discutiu ou tentou encontrar uma solução. – Temos uma reunião hoje à noite.
- Da Liga? – Assentiu.
- Gostaria que estivesse presente. Depois você pode aproveitar o festival que está acontecendo no Amusement Park. Tenha uma noite de jovem. Chame suas amigas.
- Tudo bem. Irei adiantar as coisas e resolver alguns problemas na universidade. Farei o possível para chegar a tempo.
Os membros líderes da Liga estavam jantando na sala de jantar quando cheguei. Ainda era estranhos os ver na mansão com seus trajes cotidianos em vez dos de super-heróis. Alfred preparou um jantar belíssimo. Me desculpei pelo atraso e me sentei junto a eles assim como meu pai havia pedido. Após o jantar, tivemos uma conversa sobre as reformas da Liga, os problemas universais e da galáxia. Com os assuntos resolvidos, a conversa se tornou leve e de bar rodeando todas as aventuras que eles passaram juntos e separados. Falavam dos pupilos, das batalhas, das loucuras e das burrices.
As meninas me obrigaram a me arrumar com a melhor roupa casual que eu tinha no guarda-roupa. Queria tanto uma calça e me obrigaram a usar um vestido ou elas rasgariam minhas calças sociais e eu sabia que elas o fariam. Escolhi um vestido de tricô capuccino com gorro e punhos, meias por baixo e botas cano alto com salto. Alfred fez questão de nos levar. Era perto de casa e ele já não tinha mais nenhuma tarefa para cumprir. Estava livre por aquela noite.
O clima estava frio e úmido. As folhas das árvores estavam em tons de laranja banhando as ruas e as calçadas de Gotham. O parque estava lotado de jovens de todas as idades e em grupos. Barb logo foi comprar bebidas quentes para nós e hot-dogs. Jogamos tiro ao alvo, vimos apresentações do festival de outono e nos esbaldamos nos brinquedos de alta adrenalina como montanha-russa, gira-gira, casa dos horrores, casa dos espelhos. Riamos mais do que nos surpreendíamos. Éramos cria da adrenalina e aquilo jamais se compararia ao que passávamos em campo.
Momentos mais tarde, rapazes encostaram em nós e começaram a conversar. Carismáticos, boa lábia e nos deram o mais importante: comida. Nos levaram a um restaurante temático do parque. Ainda assim, sabia as intenções deles e não correspondia as minhas intenções. Apenas precisava esfriar a cabeça e relaxar. Tomar um tempo.
- Nunca imaginaria te encontrar aqui. – O rapaz comentou enquanto caminhávamos pelo parque. Comprou dois algodão-doce e me entregou um deles.
- Minhas amigas me obrigaram a vir. Não tenho o costume de sair.
- A universidade, não é? – Assenti. – Muita gente te admira por isso. Dois cursos ao mesmo tempo. Você é brilhante. – Sorri sem jeito. – Imagino que escute isso de muitos caras.
- Não é como imaginam. Passo a maior parte do tempo estudando. Não tenho tempo para encontros e rapazes. Quando não estou na Academia, estou na universidade, resolvendo problemas da universidade ou indo estagiar na empresa. Não é uma vida que permite abundancias de lazer e tempo livre.
- Então esse é o seu primeiro encontro?
- Não exatamente.
- Você quer dizer sobre o sobrinho do jornalista de Metropolis? – Assenti. – Não estão juntos?
- Não. – Ele se surpreendeu e sorriu.
- Então sou um cara sortudo.
Sua frase me congelou. O rapaz se aproximava, mas tudo que eu via era Conner. Aquela mesma frase que ele me disse no primeiro dia que nos vimos.
Meus olhos marejaram e quando ele estava pronto para me beijar, virei meu rosto e me afastei. Senti as lágrimas escorrerem e vi seus olhos encontrarem os meus, surpreso. Ele não sabia o que fazer. Balançava suavemente a cabeça em negativa tentando entender o que havia acontecido. Parecia sincero com sua preocupação, mas nem eu mesma sabia como sair daquela situação.
- Fiz algo de errado, Victoria? Me desculpe. Achei que...
- Não. Não. Eu que peço desculpas. Acho que estou emotiva demais. Me desculpa. Droga. Estou envergonhada.
- Tudo bem. Imagino que tenham terminado recentemente. – Ele limpa minhas lágrimas e sorri. – Posso ao menos te levar para casa em segurança?
Assenti e sorri sem graça. A julgar pelo ânimo das minhas amigas, elas deveriam estar curtindo o resto da noite com os rapazes. Eu amava Conner e esquecê-lo havia se tornado uma tarefa impossível.
Caminhamos até o estacionamento e entramos em seu carro. Não demorou muito para chegarmos a Mansão Wayne, em Bristol. O rapaz me acompanhou até a porta e se despediu sem remorsos. Beijei seu rosto e agradeci por tudo, era o mínimo que poderia fazer por sua gentileza. Coloquei meu número na lista de contatos dele e esperei que ele saísse das minhas vistas. Já em casa, arranquei minhas botas e desliguei meu celular. Papai estava no topo da escada me esperando com sua xícara de café. Sentei-me ao seu lado e demos as mãos. Era bom estar em casa.
- Vocês não se beijaram?! – Bárbara estava inconformada.
- Não! E não cometi nenhum crime por isso, Barb. – Digo subindo as escadas até o meu quarto com a toalha em volta do pescoço. – Estava tudo indo bem até que ele disse a mesma frase que o Conner tinha dito e eu comecei a chorar. Ele foi um fofo. Limpou minhas lágrimas, me trouxe em casa.
- Deu seu telefone? – Assenti, porém, estava incomodada. – E fingir que está tudo bem e treinar como uma louca vai fazer com que você esqueça o Conner? Você acabou de ter a prova de que não está pronta. O sentimento tá aí. Enfrente. Não foi isso que disse ao Conner antes de socar uns capangas do outro lado da cidade?
- Bárbara, chega. Eu sou mais um ombro amigo do que alguém visto para ter ao lado como uma companheira de vida. Eu o amo e preciso esquecê-lo. Só dói. Eles brigaram e ele veio bater na minha porta! Talvez ele ainda a ame. – Bárbara me encarava sem saber o que dizer. Ela sabia muito bem que eu não iria atrás nem me desgastaria em uma batalha perdida.
- E se não? Ele está mal desde que vocês se afastaram. Você sumiu da Caverna e da equipe. Dick disse que lá está o verdadeiro inferno. Conner não é mais o mesmo. Está para baixo, mais irritado e mal-humorado do que o normal. Nem o Lobo está chegando perto dele. Essa briga de vocês tirou o chão dele também.
- Não brigamos e isso não é problema meu. – Digo enquanto passo a toalha no meu rosto – Ele que pensasse antes de se aproximar de mim com história de que era um cara sortudo mesmo ainda tendo olhos para a M’gann. Eu fiquei na linha de tiro fazendo papel de idiota. Engoli todos os desaforos possíveis e imagináveis apenas por ele.
- Vic, as coisas não dão certo de primeira. Olhe para mim e Dick. Vamos e voltamos toda hora, mas nunca nos firmamos em um relacionamento. Isso não impede nossos sentimentos de continuarem ou não a existirem.
- Não, Barb. – Jogo a toalha sobre cadeira e retiro minha regata completamente suada. Já estava cansada de bater na mesma tecla e, talvez, pronta para sair da equipe definitivamente. – Vou dar um jeito de servir apenas a Liga, já que é apenas uma questão de tempo até que os poderes dominantes tomem conta e que eu consiga controlá-los por completo. Enquanto isso, vou tentar achar um cara legal que não queira filhos e vou fingir que envelheço até ele morrer ou talvez seja melhor ser sozinha e tentar aproveitar a vida de alguma forma. O tempo deve me ensinar isso. Se Dianna conseguiu, eu também consigo.
- Mas a Dianna nunca tirou do coração o amor que sentia. Ele se foi e ela continua o amando.
- Mas ela seguiu em frente e é isso que eu tenho que fazer.
- Não vai querer sair essa noite?
- Não estou com cabeça. O Dick vem jantar aqui, vocês poderiam aproveitar, já que gosta desse romance ioiô de vocês.
- Vic...
- Me deixe em paz, Barb.
Pego um camisão, roupa íntima e sigo para o banho. Escuto a porta do meu quarto se fechar e concluo que Bárbara finalmente decidiu me deixar sozinha.
Deixo a água quente escorrer pela minha cabeça e encosto a testa no azulejo gelado. Meus músculos se contraem por causa do treino e me fazem pensar se realmente tudo que eu havia feito até então tinha valido a pena. Não era sensação de arrependimento, mas também estava longe da satisfação. Após o longo banho, me arrumei, desci para jantar e segui mais tarde para o laboratório. Fiz mais provas, realizei atividades e continuei me estudando. Minhas células mudavam constantemente e continuava se energizando infinitamente. Comparando com amostras antigas, eu não tinha os mesmos poderes de antes.
- Filha.
- Eu já subo, papai.
- Agora! – Seu tom firme arrepiou minha espinha. Ele definitivamente estava cansado e não iria falar uma terceira vez.
Papai havia chegado das ruas a meia hora e já havia mandado eu voltar para o quarto para descansar. Deveria ser três ou quatro da manhã. Eu sempre perdia a noção das horas quando ficava no subsolo. Me levantei e caminhei até o elevador o vendo me esperar. Ele continuava com os borrões pretos nos olhos. Nunca limpava direito.
Após limpar seu rosto, voltei para o meu quarto para seguir para a cama. Não estava me sentindo cansada, mas precisava dormir para me desligar um pouco. Alfred já havia fechado todo meu quarto e o aquecedor estava ligado no mínimo.
Estava procurando minhas meias no guarda-roupa quando levei um susto ao escutar uma respiração perto de mim. Bati minha cabeça nas prateleiras antes de acionar a luz. Conner estava ao lado do guarda-roupa com um buquê belíssimo em mãos. O encarei por longos instantes sem saber como reagir. Ele estava com a piores das caras, com olheiras profundas e energia baixa, triste.
- Tem um tempo para um semi-alienígena que quebrou seu coração?
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