#lembranças do inferno
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SPN! Não sonhe com o sangue
Sempre que Castiel acordava desse jeito, ele permanecia com os olhos fechados.
Se abrisse os olhos, Dean ficaria inquieto e se sentiria culpado por acordá-lo. Desde que Castiel perdeu sua graça e passou a viver como humano junto de Dean, começou a perceber coisas que nunca notaria sobre ele, como sua paixão por torta, os estalos constantes no joelho e o seu jeito repentinamente carinhoso depois de tomar banho. Também percebeu que a mente do caçador nunca relaxava, e os pesadelos de Dean eram preocupantemente frequentes, por mais que ele negasse.
Castiel sentiu o cobertor arrastando-se por sua pele, mas fingiu continuar dormindo para esperar o outro se deitar como sempre fazia; mas mesmo depois de um tempo considerável sentado no escuro, Dean não voltou para seu travesseiro. Ele se moveu um pouco e Castiel conseguiu escutar um grunhido engasgado.
— Dean…?
Dean se assustou, virando a cabeça rapidamente na direção da voz. Seus olhos mostravam um brilho aguado.
— Me perdoa, Cass, eu… — Ele não completou a frase, apertando os olhos e se afastando de Castiel no colchão.
Castiel ergueu-se, podendo olhar bem para o outro na luz fraca vazada da janela. Na ponta da cama, Dean apertava os braços contra o corpo e se mantinha de costas para ele.
— Querido, só…
— Volte a dormir, Castiel.
Apesar de se manter na defensiva, estava claro que Dean lutava contra as próprias lágrimas. Outro dos fatos sobre Dean que Castiel demorou para descobrir é o costume de mentir, de fugir e de esconder tudo que havia dentro dele, deixando o medo e o ressentimento se acumularem. Se pudesse tocar a alma do caçador, sentiria ela cansada e áspera.
Em silêncio, Castiel aproximou-se de Dean, sem saber exatamente o que fazer; desajeitadamente, pôs a mão em seu ombro, movimentando devagar. Dean não recolheu-se, mas olhou para Castiel com um olhar desesperadoramente melancólico.
— Desculpa, Cass…
— Não, Dean, pare de se culpar. Só… Deite comigo e diga o que está acontecendo — Pediu.
Em silêncio, Dean obedeceu.
— Amor, eu estou bem, juro, eu já me acostumei com os pesadelos e tudo mais. Só vamos voltar a dormir.
— Dean, por favor, me ajude a te ajudar. Você acha mesmo que eu acredito nisso? Eu sei que não está tudo bem, e muito provavelmente nunca estará, mas me corrói por dentro ver a única pessoa que me importa desse jeito.
Castiel não sabia exatamente o motivo para ter dito tudo aquilo, mas se sentiu subitamente aliviado, como se um peso saísse de si. Dean suspirou, como se entendesse.
— Eu… eu estava de volta ao Inferno, Castiel, torturando mais uma vez. Faz muito tempo, mas eu consigo lembrar dos gritos e do selo quebrado…
— Dean, são só as lembranças que Alastair deixou. E Alastair foi morto.
— Esse é o problema, Castiel! — Os olhos de Dean voltaram a marejar como antes — Eu torturava você, arrancava a sua pele, cortava cada pedaço do seu corpo, costurava, e cortava outra vez. Você gritava meu nome, pedia misericórdia e eu sorria… — Sem perceber, deixou-se ser envolvido pelos braços de Castiel, que apenas escutava o sonho perturbador em silêncio — Isso não é algo que eu me lembro, Cass, sou eu pensando em torturar friamente a pessoa que eu mais amo na minha vida. Sinceramente, eu mereço ser jogado de volta para a danação.
Castiel estremeceu com a mísera ideia de ver Dean retornar ao Inferno, instintivamente abraçando-o com mais força.
— Não diga isso, Dean. Tudo o que você fez foi sempre por alguém, para proteger quem você ama… Deixe eu te proteger agora, Dean, eu sei como você é um homem bom, valioso, que luta por tudo o que acredita e age pelo que quer. E é por isso e por muito mais que eu te amo, você sabe?
Soltando-se do aperto que o envolvia, Dean admirou o olhar triste, mas inegavelmente apaixonado que Castiel tinha em seu rosto. Um anjo, um deus, um monstro, um salvador, tudo isso pode descrever quem agora é apenas um homem apaixonado como tantos outros nesse mundo.
Dean o beijou vagarosamente, mais emocionado do que gostaria de admitir, segurando o rosto de Castiel como se fosse a única coisa no mundo, as vezes murmurando que também o amava, ou que o amava até mais. Eles voltaram a se deitar, trocando carícias e murmurando declarações sonolentas um para o outro, até adormecerem mais uma vez.
.......
Curtinho, escrevi depois de ver um trecho da quinta temporada pelo twitter <3
#destiel#supernatural#romance#spn#dean winchester#castiel#Alastair#dean x castiel#lembranças do inferno#short#curto#one shot
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Passion et Armes♡
"A introdução poderia ser fatal, mas como ele poderia saber?" – Louis.
"Uma década passou como uma tempestade, restou os resquícios da destruição." – Harry.
Aviso; Larry
Máfia francesa, a família.
Um breve rascunho, que pode ser publicado.
Ltops/Hbottom.
DarkRomance.
Diferença de idade não explícita, ambos maiores de idade.
Descrição: O destruidor de um mundo, o desalinho do destino o convocou. Uma década após terríveis decisões, juntamente do massacre na Itália, Harry se encontrava nos braços do francês que o matou, Louis o conduzia como o diabo que ministrava o inferno.
🕸♤
A fraca neblina começava assombrar aqueles desamparados. A garoa respingava levemente sob as folhas esverdeadas do imenso jardim "Mon coeur est tien" – Meu coração é seu, juntamente da fresca ventania que lá rodopiava. Como a ventania se fazia presente no jardim, a sala de visitas acolchoadas estava quente pela a lareira, lá que iluminava completamente. O rodopio da ventania apenas admirava o rodopiar dos corpos suados e grudados. Louis conduzia Harry em um dança majestosa, seduzindo os poucos olhares presos em si, a atenção deixava o clima mais quente, e a lareira lá queimava. O cheiro do mormaço aumentava gradativamente, mas não assombrava aqueles aparados.
A melodia suave ecoava na sala de visitas, juntamente dela a respiração de cada ser presente naquela apresentação, uma mera sedução, não tão barata como em teatros, uma dança formosa era vista, no silêncio os corações falavam mais que os olhares cheios de lágrimas em direção ao casal. A suavidade da condução deixava Harry simplesmente sem fôlego em seus pulmões corrompidos pela a nicotina cara entre seus dedos, a leveza que seus pés conseguiam acompanhar Louis o deixava sem chão, mesmo que ele pudesse sentir o gélido. Louis, o chefe da família francesa o olhava com tanta devoção e clamor, paixão e ódio na mesa proporção. O azul de seus olhos estavam em um escuro admirado pelo o céu, aquele escuro de tempestade que quase ninguém poderia sobreviver para a contar o depois.
Essa seria a ocasião especial, o depois estava iminente como o final da dança, a sedução chegava ao fim esplêndido, deixando espaço para a lágrimas rolarem nas bochechas avermelhadas de Harry, lembranças inundaram sua mente desgastada, a música, a dança, Louis... Louis e seus olhos famintos por ele, por vingança, paixão e rancor. Harry deixou as lágrimas rolarem, ele não poderia fazer muito, ele não queria mais esconder-se, o cansaço de uma década finalmente o atacou. O consumia como Louis fazia, mas essa forma era mortífera, não tinha prazer.
— A sua punição será a tortura da paixão. – Louis proferiu com tamanha delicadeza ao som clássico do violino que preenchia abertamente na melodia, a queimação de seu dedos na cintura marcada de Harry o deixava insano. Louis viu o arrepio levemente presente no pescoço do seu amado, ou ex-amado. O chefe da família francesa viu quando Harry deixou ainda mais lágrimas rolarem pelo o seu rosto bonito, as bochechas vermelhas como o sangue que poderia ou não está escorrendo de sua cintura pelo o aperto.
Harry tentava não desmaiar nos braços do homem que o destruiu, a sensação angustiante da queimação em suas costelas ele ainda poderia sentir, sentia o gélido se tornando quente e vendo seu sangue ferver ao descer na lâmina cravada em suas costelas marcadas por ele, seu amado passado, Louis.
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Amar é deixar ir
Gosto de imaginar uma vida contigo cheia de possibilidades e com muitos desafios, porque em todos esses momentos passaríamos juntos. Não imaginava que o amor iria com a minha cara e batesse na minha porta tão cedo, mas então você chegou sem avisar e me deixou vulnerável para qualquer sentimento que me permitiu sentir. A dor de cabeça é frequente quando paro para pensar a onde o meu coração escolheu ficar e mesmo sabendo que existe a possibilidade de se machucar, ele insiste em te acolher e deixar você fazer o que quiser. Não tenho controle dos meus pensamentos e da minha imaginação quando se trata de nós, porque é uma gama de planos e sonhos que quero viver com você mesmo sabendo que a nossa história não irá acontecer, você é bom demais para mim e quando olho para a pessoa que me tornei em frente ao espelho entendo porque muitas pessoas decidiram ir embora da minha vida, só restou um corpo sem alma, sem essência e apenas uma casca que cobre as minhas cicatrizes e se existisse a possibilidade até ‘’eu’’ fugiria de mim mesma. Vou permitir sentir o que tiver que sentir, irei amar, sentir saudades, sentir vontade de ligar e de mandar mensagem, irei fazer planos, sorrir por pensar em você e ouvir a sua voz, sentir o meu coração disparar quando chegar uma notificação sua ou ligação, irei colocar a passagem até a sua residência na sacola de compras do site de viagens e idealizar uma futura compra para chegar até você, irei inventar nossa história e como seria nós dois juntos mesmo sabendo que não irá acontecer, não tem como dar certo, você é do mundo, livre, sonhador e a minha pessoa é simplesmente uma pessoa, estou apenas tentando ficar viva ao final do dia para poder conversar um pouco contigo antes de entrar em um sono profundo onde tenho sonhos maravilhosos que vivo com você, mas são apenas sonhos que não irão se realizar. A parte de amar você e saber que esse sentimento irá ficar guardado dentro de mim é desesperador, pensar em você com outra pessoa e vivendo os nossos os sonhos e a nossa história é triste, mas a sua felicidade é a minha, não importa se irá doer feito um inferno, colocarei o sorriso no rosto e falarei para mim mesma que ‘’me permitir amar novamente e me senti viva como nunca, amei, desejei, pensei, sonhei, almejei, sentir saudades e sentir um amor puro e através disso me sinto humana por tudo o que ele me proporcionou e agora seguirei em frente como sempre e quem sabe no final a gente possa rir de tudo isso’’, amar é deixar ir, cuidar, proteger, desejar coisas boas, abrir mão por ter a consciência de que você não pode fazer aquela pessoa feliz, infelizmente não é fácil, mas não podemos segurar algo que não é nosso e com isso espero que onde você estiver e com quem estará ao seu lado que ela te faça feliz como nunca conseguir fazer, tudo o que vivemos será guardado na parte mais pura do meu coração e carregarei o som da sua voz como uma lembrança viva que me fará companhia no caminho que irei seguir, um caminho que andarei sozinha.
Elle Alber
#lardepoetas#espalhepoesias#usem a tag espalhepoesias em suas autorias 🌈#carteldapoesia#escritos#versoefrente#pequenosescritores#pequenospoetas#pequenos textos#pequenosautores#autorias#lardospoetas#pequenosversos#pequenasescritoras
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– 𝐰𝐞 𝐦𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐣𝐮𝐬𝐭 𝐠𝐞𝐭 𝐚𝐰𝐚𝐲 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐢𝐭 ⋆ ˚。 𖹭
𝑤arnings: conteúdo exclusivo para +18.
ೀ ׅ ۫ . ㅇ atendendo a esse pedido; enzo!ficante; inspirada na música ‘false god’ da taylor swift; commitment issues; relacionamento conturbado (tudo que está aqui não passa de mera ficção e não deve ser, de forma alguma, romantizado ou exemplo a ser seguido); uma pitada de angst (?); termos em espanhol (‘eres la chica más hermosa que he visto en mi vida’ - ‘você é a garota mais linda que eu já vi na vida’); praise kink; dirty talk; sexo desprotegido (e vcs já sabem); penetração vag.
notas da autora: ele tá com uma cara TÃO de picudo nessa foto que eu deixaria ele cometer atrocidades comig-
Não foi por falta de aviso. Quando suas amigas te disseram que ele fugia de compromisso, preferiu acreditar que dessa vez seria diferente. Se conheceram em um barzinho e te chamou atenção a introspecção, a expressão de quem não sabia o que estava fazendo naquele ambiente que claramente foi obrigado a ir. Se aproximou, ofereceu uma cerveja, descobriu que ele se chamava Enzo. Foi tão natural o modo como entraram em um “rolo” algumas semanas depois. Não tinham rótulos, ele dizia que eles não importavam desde que estivessem juntos. Você se deixou levar, escolheu acreditar que ele ainda estava se recuperando do relacionamento anterior, afinal, era tudo muito recente.
De repente, a escova dele estava no seu banheiro e o gatinho dele se acostumou com a tua presença. Você observava Nova Iorque despertar e ir dormir da janela do apartamento dele, os bares e teatros de West Village estavam cheios de lembranças de vocês. Não sabe ao certo como aquele oceano se colocou entre os dois, quando tudo que ele fazia parecia te afastar um pouco mais. Pensava que haviam caído na rotina, mas te doía quando ele ficava tão distante, quando parecia impossível acessá-lo.
Se lembra de como ele dizia que morreria por ti no começo de tudo, mas agora preferia encarar a janela com um olhar vazio, como se antes não tivesse te dito que você era a cidade favorita dele.
Se lembra de como, em um dia de raiva e coragem, desafiou Enzo a te deixar, que fosse embora de uma vez e acabasse com tudo, só para assustá-lo.
Tinha essa fé cega de que tudo poderia se resolver, porque quando te fazia dele era como se estivesse no paraíso, ainda que fosse como o inferno quando brigavam. Em meio aos desafios, sabia que eram bons um para o outro, embora Enzo parecesse não reconhecer isso. Se via sorrindo pelos cantos ao lembrar de como em uma madrugada ele disse que era devoto a ti, comparou o que vocês tinham ao religioso.
– Me encantas, nena… – O sussurrou te despertou, estavam deitados se recuperando do orgasmo recente. De bruços, recebia carícias lentas nas costas. – Me faz encontrar a religião sempre que te beijo. – Selou um ombro teu, depois o pescoço, te fazendo encolher, arrepiadinha. – Minha religião está nos seus lábios. – Segredou, enlaçando tua cintura com um dos braços. – E o meu altar está nos seus quadris. – Suspirou ao sentir o membro desperto ser pressionado contra a sua bunda. – E quando eu ‘tô dentro de você, é como se entrasse no paraíso.
– Enzo… – Chamou, cheia de doce, quando ele se esfregou contra o teu íntimo. – Vai me foder de novo? – Olhando por cima do ombro, capturou o momento exato em que ele te deu um sorriso de canto, galanteador. Algo sobre a maneira afetuosa que ele te encarava, embora cheia de luxúria, te deu um friozinho na barriga, sempre ficava nervosa quando Enzo te olhava assim. – O que?!
– Eres la chica más hermosa que he visto en mi vida. – Enzo adorava te elogiar, especialmente em momentos assim, mas você ainda corava e escondia o rosto toda vez. – Não se esconde, não… – Pediu, com um riso bobo no rosto, te pegando pelo queixo com o cuidado de quem pega algo delicado. – Quero te ver. – Tocou os seus lábios com dois dedos, você deu um beijinho neles, lentamente guardando tudinho na boca. – Quero ver o seu rostinho quando eu te fizer gozar de novo.
Esquecia do resto do mundo quando tinha Enzo daquela forma, o calor do peito dele nas suas costas, a respiração quentinha no teu ouvido, os beijos que ele deixava no teu rosto, no ombro. Quando os dedos estavam babadinhos o suficiente, a mão te tocou o clitóris, espalhando a saliva, te deixando pronta para ele.
Empinou o quadril quando o caralho teso pincelou a entradinha, ansiando por ele. Era o paraíso, de fato. Quando a pontinha foi te alargando aos poucos, chiou baixinho, o corpo ainda sensível, recebendo novamente todo o volume. Agarrou o lençol entre os dedos, curvando a coluna ao ser preenchida por inteiro. Teve uma das pernas dobradas, cedendo mais espaço a Enzo, que se encaixava em ti perfeitamente, como se fossem feitos para permanecer daquela forma para sempre. As estocadas iniciais eram lentas, cheias de paixão, o uruguaio ondulava o quadril contra o seu corpinho, acariciava suas curvas, te enchia de beijos.
– Tão grande… – Seu semblante se transformava em puro deleite, dos lábios entreabertos escapavam murmúrios sem sentido.
– Grande, eh? Mas você sempre aguenta tudo… – ‘Tudo’, você repetiu, tontinha de prazer. – É tão boa para mim. – Enzo ondulava contra o seu corpinho, devagarinho, aproveitando cada segundo. – Es mi buena niña.
Os lábios foram tomados em um beijo que seguia o mesmo compasso do quadril masculino, apaixonado, saboreava o teu gosto, as línguas se enroscavam com paixão. Abraçada contra o peito quente, ouvia Enzo se declarar no pé do teu ouvido, sussurrando juras de amor, confessando o quão era fascinado por ti.
– Te quiero, nena…
Seu nome saía como a mais doce melodia dos lábios dele, chamando por ti como em uma prece. Por cima do ombro, você o admirava; o cabelo grandinho bagunçado, caindo sobre os olhos, o cenho franzido com aquele vinco na testa que achava tão charmoso. Enzo te encantava. Mas a sua parte predileta era quando ele te encarava, vidrado nas suas expressões, pulsava ao redor do pau quando usava os dedinhos para se tocar, se arrepiava e se entregava. Se sentia completa e gozava com um sorriso bobo no rosto, ouvindo que ele te adorava e suspirando em alívio.
Porque quando Enzo te amava assim, você sentia que poderiam sair bem dessa.
#enzo vogrincic#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic x lover#enzo vogrincic smut#la sociedad de la nieve#a sociedade da neve#society of the snow#lsdln#lsdln cast#idollete#smut#pt br
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𝐓𝐡𝐞 𝐯𝐢𝐥𝐥𝐚𝐢𝐧'𝐬 𝐦𝐢𝐧𝐝. ⸺ 𝖩𝗈𝗌𝗁 𝖶𝖾𝖺𝗏𝗂𝗇𝗀.
Várias coisas preocupavam Josh naquela ilha e a menor delas era o medo de Circe o transformar em porquinho da Índia. Para ser honesto, ele até preferia se isso fosse resolver de uma vez por todas os seus problemas. Conforme o dia de retornar se aproximava, mais ansioso o filho de Thanatos ficava. Sua mente estava a milhão, assim como as vozes que, graças a proteção da deusa, soavam mais baixas e fáceis de ignorar. Estava cansado de tudo aquilo, de toda aquela manipulação e a única forma de acabar com aquilo era fechando a fenda. Ao menos, era o que ele esperava e torcia para acontecer. A refeição foi interrompida pelas palavras de Circe que rapidamente conseguiu a atenção de todos os semideuses presentes, especialmente a dele. Descobrir que aquilo já havia ocorrido antes, que uma fenda já foi aberta e que uma guerra, tanto interna quanto externa, foi provocada pelos Deuses levou o filho de Thanatos a fechar os palmos em punho. Não evitou encarar a mesa onde os filhos dos três grandes estavam, mas ao invés de culpar cada um ali presente, ele apenas sentiu pena. Pena por serem filhos de três grandes idiotas de egos inflados que não eram capazes de resolver nada sem que milhares de mortais morressem assim como seus filhos. Seu olhar só mudou de direção quando ouviu a respeito do segredo, encarando Dionísio em busca de respostas assim como todos ali presentes. Mas era óbvio que ele não sabia, era esperar demais de um Deus como ele. Na verdade, a única coisa que poderiam esperar de um Deus, seja ele qual fosse, era apenas a destruição.
Dormir depois daquele jantar só foi possível devido a grande exaustão que ainda sentia pelos dias consecutivos sem dormir, mas os sonhos que tinha se tornaram mais vívidos e detalhados. Quando finalmente retornaram para o acampamento, Josh se preparou assim como os outros, ansioso para descobrir e também com receio de saber o que poderia sair dali de dentro. Ele só precisava ter em mente que nada seria real, assim como mostrado no jantar. Quando todos foram convocados a se reunirem frente a fenda, Josh buscou olhar em volta para saber mais ou menos onde as poucas pessoas que lhe importavam estavam. Queria ao menos ter uma noção de distância para eventuais necessidades para conseguir correr a tempo de ajudar. Não fazia mais parte da patrulha, mas o costume por ter pertencido a eles durante anos no passado o fazia agir e, mesmo a contra gosto, obedecer às ordens que conseguia ouvir dos filhos de Ares. Quando os filhos da magia iniciaram o ritual para fechar definitivamente aquele inferno, seus punhos se fecharam com força no cabo da foice, agora dividida em duas.
Não demorou para sentir a terra tremendo e ouvir o grito agudo saindo daquele abismo, ficando ainda mais nervoso diante do que poderia surgir. É tudo uma ilusão, não são reais. Repetia como um mantra em sua mente, mas quando a criatura surgiu, foi difícil manter aquele raciocínio diante de algo tão real. Era impossível deduzir que aquilo era só uma ilusão dada ao que via, se Circe não tivesse alertado e mostrado durante o jantar, facilmente se tornaria um dos campistas atacados naquele momento. Buscou reforçar para os outros que tudo aquilo não poderia ferir, até ajudou alguns a lutarem conforme eram atacados. Não os culpava, muitos ali não eram preparados, muitos ainda tinham o que aprender e muitos estavam vivenciando um ataque pela segunda vez em suas vidas. Quando o chão tremeu mais uma vez e com isso uma hidra surgiu da fenda, por um mísero segundo, quase cometeu o erro de esquecer novamente que aquilo tudo não era real.
Sua atenção acabou se voltando para os tios no instante em que os viu sendo atingidos pelo veneno da hidra, preocupado até tentou alcançar ambos, mas no meio do caminho ele simplesmente parou quando rolou a explosão. A magia vermelha não trouxe lembranças agradáveis, mas seu olhar pairou sobre o filho de Hécate assim que o mesmo levitou diante de todos. Então era ele o traidor? A resposta veio seguida de mais uma surpresa. Quem diria que uma filha de Circe também estava entre eles? Naquele momento podia sentir a raiva tomando conta de si após finalmente descobrir quem havia matado seu irmão. Só que seu ódio tomou outro rumo ao ouvir a voz de Hécate. Novamente eles eram os culpados. Chegou a cogitar se o pai não estava envolvido, afinal, com Hades no meio dificilmente Thanatos ficaria contra seus planos.
Ainda mantinha em mente que as duas criaturas não eram reais, isso o poupou de ferimentos, mas dada a tudo o que vinha acontecendo, apenas ficou parado tentando assimilar as informações. Quando as caçadoras chegaram e a luta retornou, ele até pegou novamente as foices e ajudou, mas a segunda explosão o deixou ainda mais desorientado. O zumbido no ouvido era pior do que as vozes gritando consigo, tanto que acabou levando as mãos até a região na falha tentativa de amenizar o incômodo. E como tudo o que tá ruim ainda pode piorar, os gritos de desperto tomaram conta do lugar, demorou para entender o que estava acontecendo até perder o equilíbrio e quase cair. Ele estava perto demais. Por um momento encarou os monstros sendo sugados, mas logo buscou ajudar os campistas pelo caminho enquanto lutavam contra aquela força que os puxava em direção à fenda. Novamente tudo ocorreu rápido demais.
Precisou de uma pequena pausa antes de ajudar os outros conselheiros na contagem dos campistas, quando constataram que seis haviam desaparecidos, ou melhor, foram sugados para o interior da fenda, não pode deixar de ficar preocupado. Por mais que não fosse tão próximo de todos, tirando Melis que sempre o enchia – mas ele gostava disso – e Tadeu mesmo com os atritos, ele conhecia o local onde provavelmente estariam. Não era seguro para convidados, quem dirá para intrusos, mas seus pensamentos a respeito foram interrompidos graças ao silencio. Não, não era o silencio vindo dos campistas, pelo contrário, dado ao caos do momento tudo ao redor era bem barulho, mas elas, as vozes, não falavam mais. Olhou em volta, chegou a caminhar alguns passos em direção ao local onde minutos atrás tinha um enorme buraco separando o acampamento, mas nada. Ele finalmente havia se libertado daquele tormento. Pelo menos, por enquanto.
@silencehq
#9. 𝗧𝗛𝗘 𝗩𝗜𝗟𝗟𝗔𝗜𝗡 ⸻ development.#SWF:RITUAL#atrasado como sempre mas tá aí#a pior parte é sempre finalizar o POV acho incrível!
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Difícil de amar?!
Existem pessoas que fazem questão de me demonstrar que não sou difícil de amar. Mas, contigo, foi o oposto.
Teu viver em mim foi marcado por essa constante necessidade – da tua parte – de mostrar que meus gestos transbordavam imperfeição. Você fazia questão de pontuar cada uma deles, como se fossem insustentáveis, como se sua boa ação fosse apenas suportá-los. Próxima, talvez. Ao meu lado, jamais. Isso seria pedir demais de você.
Eu nunca pude esperar o mínimo de uma relação amigável, de uma conexão afetuosa, de valor entre dois seres humanos que se conectaram em algum momento através de uma atração. Para você, eu era a mentira em pessoa, um erro grotesco, que você voltava a revisitar quando bem entendia – ou quando o tédio aparecia na sua vida, essa que você sempre fez questão de dizer o quanto era "movimentada".
Dessa última vez, você se superou. Deixou claro que eu era alguém impossível de ser amada, acolhida, relevante, confiável. O teu ego sombrio se impôs, à vista de todos. Era doloroso, dava pena me ver te amando, pedindo licença a cada gesto, cuidado, mensagem, mimo ou até nas tatuagens que fiz, tentando merecer o teu amor, só para conquistar um espaço mínimo no teu coração.
Hoje, consigo ver, de forma clara e palpável, os danos que o teu desamor causou. Cada gatilho de falta de afeto, confiança, credibilidade – cada momento em que você fez questão de ferir o meu sentir. Quem te vê não imagina a sordidez por trás do teu sorriso barato, do teu olhar cínico, do perfume que inebria a dissimulação.
Você me destruiu.
Pisou em cada pedaço que tentei colar, se prontificou a ser cruel, chegou a envolver meus amigos, tentando medir uma confiança que nunca existiu. Todos sabiam do teu caráter duvidoso, da tua fala vazia, do teu ego inchado, das más companhias. Até o troco que eu recebia na mesa do bar você fazia questão de narrar, com um desprezo frio. Tão deplorável quanto as suas atitudes.
Eu não me arrependo do sentimento que tive por você no início. Sei que existiam partes boas, e não importa quantos infernos você tenha enfrentado – nem eu, nem ninguém te deu o direito de ser volúvel, de faltar com a verdade, de se arrepender falsamente. Que tipo de "gostar" é esse que você diz sentir por mim? Nenhuma pessoa merecia tamanho desafeto, desamor, tamanho transtorno mental.
Você desconfigurou a minha cabeça.
E tudo isso não vai embora. A sujeira não vai embora. Eu tento lavá-la do corpo e da mente, em cada banho, na tentativa de apagar as lembranças, as palavras ditas de forma tão falsa.
Não acredito mais em você. Não te amo mais.
Sei que não sou alguém difícil de amar. Sei disso. Sei que você precisa, sim, reconhecer a imundície moral que tanto insiste em verbalizar para ter alguma razão.
#autorais#autorias#poecitas#projetocaligraficou#mentesexpostas#lardepoesias#autoral#lardepoetas#novos poetas#notas de amor#projetocores#projetoalmaflorida#projetosonhantes#carteldapoesia#caligraficou#projetocartel#projetosautorais#meus textos#projetoflorejo#projetovelhopoema#projetoversografando#projetoescritores#projetoconhecencia#poetas malditos#poemas#poets on tumblr#poetizando
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The non english version based on the notes of the other poll (translations are not mine. Apologies for any inaccuracies)
Update: I realize after i made it i put the same Don Quixote quote twice but i cant edit polls so 4 and 9 are the same. oops
update 2: I accidentally put the first line of ch 1 instead of the first line of the prologue for Posthumous Memoirs. the correct quote is "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas".
Translations and sources:
– Iliade by Homer. (“Sing, goddess, of the anger of Achilles, son of Peleus”)
Anna Karenina by Lev Tolstoy ("All happy families resemble one another; every unhappy family is unhappy in its own way.")
One Hundred Years of Solitude by Gabriel García Márquez. ("Many years later, as he faced the firing squad, Colonel Aureliano Buendía was to remember that distant afternoon when his father took him to discover ice.")
Cervantes from Somewhere in La Mancha by Don Quixote, (“In a place whose name I do not care to remember")
The Aeneid. ("I sing of arms and men")
The Metamorphosis by Kafka ("As Gregor Samsa awoke one morning from uneasy dreams he found himself transformed in his bed into a gigantic insect.")
the Inferno by Dante ("When halfway through the journey of our life")
The Stranger by Albert Camus. (Mother died today. Or, maybe, yesterday; I can’t be sure”.)
Miguel de Cervantes by Don Quixote (“Somewhere in la Mancha, in a place whose name I do not care to remember, a gentleman lived not long ago, one of those who has a lance and ancient shield on a shelf and keeps a skinny nag and a greyhound for racing.”)
the Posthumous Memoirs of Brás Cubas by Machado de Assis ("to the worm who first gnawed on the cold flesh of my corpse, I dedicate with fond remembrance these Posthumous Memoirs")
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eu contava os segundos para te encontrar, meu peito enchia daquela dose de ansiedade boa, fazia meu coração pular em alegria toda vez que eu via o seu sorriso na entrada do bloco. você sorria me vendo te encontrar e ali meu mundo ganhava sentido, cor e forma. ali minha vida parecia ter um significado mais profundo, como apenas te amar. nós compartilhavamos o calor do corpo apenas assistindo um casal se apaixonar naquela tela do seu quarto ou se perdíamos olhando um para o outro, vendo o reflexo de um amor tão puro e verdadeiro. quando tudo isso se perdeu? quando tudo isso acabou?
agora eu desço todos os dias e imploro aos céus para que voce não esteja na entrada do bloco, por mais que as vezes ainda deseje silenciosamente apenas por ego. agora eu entendo que aquele amor que eu via nos seus olhos, as pupilas dilatadas e sorrisos bobos, não eram nada além de vazias mentiras. um teatro feito por um ator excelente, tão convincente que me enganou por todos esses dias, amando sozinha, lutando sozinha, por um amor falho, fadado ao fim.
e agora nós somos dois estranhos com memórias, eu não sei as suas, mas as minhas são um show de horrores. memórias que doem e que sangram, memórias da tortura que foi te amar, lembranças que apertam o peito e me fazem desejar não ter te amado, nunca ter te encontrado. você foi a minha punição para que eu pudesse viver livre do carma, essa é a resposta mais sincera para o inferno que eu passei ao seu lado. os 478 dias pisando na brasa quente. os 478 dias andando no meio do tiroteio sem se quer usar colete. tudo apenas por amor a você, apenas para te amar. mas do que adiantou insistir, se era você a doença? do que adiantou, se era você quem atirava com aquela mira perfeita todas as vezes? explodindo sem parar o peito que guardava o coração que te amava. você não teve pena de mim.
e no final, quem foi o maior sofredor? a que está juntando os cacos ou o mentiroso vazio que finge não se importar?
Mikaely Shelly
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para ABIGAIL JEON, uma BRUXA DO COVEN OF THE WHISPERING WOODS, o universo inteiro é uma página aberta. com um salto de fé, sua especialidade em CRIAR PLANTAS VENENOSAS fica um pouco mais forte. por OITENTA E NOVE ANOS, ela sobreviveu a um mundo de magia com sua BENEVOLÊNCIA, CHARME E CORAGEM, assim como sua PERSONALIDADE MÓRBIDA, INFIDELIDADE E DECADÊNCIA. trabalha como ADVOGADA EM UM ESCRITÓRIO INDEPENDENTE, mas esperamos que logo mais, ela possa mudar seu destino ! se uma música pudesse a definir , certamente seria ALL AMERICAN BITCH , de olivia rodrigo. vamos esperar por suas conquistas ! quem é você , um vencedor ou um pecador ?
aesthetics: o sol se pondo em uma esperança eterna, vandalismo aos domingos, entrar em brigas sem intenção de vencer, a crueldade na falta de alguém, mesmas camisetas e mesmos tênis, perder o instinto de sobrevivência, passar tempo de qualidade no cemitério, conversas profundas sem respostas, um pé no solo e outro no ar , balançar as pernas na ponta de um precipício, presa em uma guerra que não é sua, dançar sob a luz da lua ao som de madonna, o último verão da sua juventude é uma lembrança dolorosa, dormir de tarde, sempre atrasada e mais um ano fingindo ser mais jovem do que você realmente é.
ABOUT. i'm sexy and i'm kind & i'm pretty when i cry.
era como se abigail tivesse já nascido irresponsável, e feliz com a vida, ao contrário de sua gêmea - amelia. porém, como um belo clichê de comédias ; eram opostas mas melhores amigas. a adolescência, no entanto, foi difícil. ammy queria reforçar regras e normas, enquanto abby queria ficar fora até mais tarde e sair com garotos duvidosos . brigavam mais do que nunca mas ainda se amavam. ou assim, abby pensou. foi aos dezoito que jurou sua aliança ao coven de the whispering woods, enquanto sua irmã desviava do caminho , uma bruxa sem coven algum, com os olhos cheios de ambição desmedida. aos trinta anos, elas quase não se falavam e a vida de abigail tinha se acalmado, quando amelia voltou com um objetivo perverso. invocou abaddon direto do inferno para um ritual que lhe garantia juventude eterna, mas para isso - precisaria sacrificar uma alma. escolheu a da irmã, que acordou em meio ao ritual e num ato de preservação e desespero , matou a gêmea. o ritual estava completo e o demônio decidiu que ela poderia manter a juventude mas que por não ter sido aquela que o trouxe até ali, a cada crepúsculo de trinta anos - seu coração iria parar & ele viria recuperar um pedaço de sua alma.
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Charlie Campbell: Book rec
ou os oito livros de cabeceira de uma filha de Atena
As Ondas Virginia Woolf
As ondas, considerada uma das mais importantes obras de Virginia Woolf e do século XX, oferece uma visão única e emocionante sobre a vida humana, a natureza da identidade e a importância da conexão. A história é contada por meio de uma série de monólogos interiores ― os fluxos de consciência ― que seguem a vida de seis amigos, da infância à idade adulta. Cada personagem tem sua própria voz e uma perspectiva única, que, juntas, criam uma imagem profunda e complexa da experiência humana. Ao longo do romance experimental, Woolf explora temas como amizade, amor, solidão, autodescoberta, feminismo e espiritualidade a partir das inquietações e sensações íntimas de suas personagens principais, tecendo uma história poderosa e emocionante com a qual é impossível não se envolver.
2. Alice No País Das Maravilhas Lewis Carroll
Conta a história de Alice, menina que cai numa toca de coelho e vai parar num lugar fantástico, povoado por criaturas estranhas que lembram seres humanos. Um universo nonsense, com uma lógica do absurdo, que remete ao mundo dos sonhos, numa narrativa pontuada por paródias de poemas populares infantis ingleses daquela época. Nesse lugar, Alice enfrenta estranhas e absurdas aventuras, passa por situações incomuns, conhece seres extravagantes, é submetida a perguntas e situações enigmáticas ou desprovidas de sentido lógico, aumenta e diminui de tamanho... e vive tudo com naturalidade e muita, muita curiosidade.
3. Antígona Sófocles
Na lendária Tebas, Creonte, um novo tirano, ordena que sejam dados tratamentos desiguais aos dois irmãos de Antígona. Sua imposição é didática. Se aquele que lutou ao lado da cidade deve receber as honras do sepultamento, o outro, que atacou as muralhas, deve ser jogado no ermo para que sirva de exemplo aos opositores. A ordem, no entanto, não é aceita por Antígona. Ela se insurge contra o édito, honrando seu irmão, defendendo os ritos sacros devidos aos deuses, pondo em risco sua própria vida, trazendo à tona a herança e a verve da antiga estirpe dos Labdácidas. Composta por volta de 442 a. C., Antígona é ainda hoje uma peça conturbada e polêmica. É uma tragédia que pontua os limites do poder, o seu lugar e as suas instâncias, e que oferece o espetáculo grandioso da vontade, do sentimento de estirpe, da piedade e da justiça.
4. A Divina Comédia Dante Alighieri
Escrito no século XIV, A divina comédia , o poema épico de Dante Alighieri é considerado também um dos textos fundadores da língua italiana. Nele, o escritor apresenta uma jornada inesquecível pelo tormento infinito do Inferno e a árdua subida da montanha do Purgatório até o glorioso reino do Paraíso. Dante conseguiu fundir sátira, inteligência e paixão em uma alegoria cristã imortal sobre a busca da humanidade pelo autoconhecimento e pela transformação espiritual.
5. O Mundo de Sofia Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.
6. Eu Sei Por Que O Pássaro Canta Na Gaiola Maya Angelou
RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.
7. Hamlet William Shakespeare
Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos - para culpados e inocentes.
8. Amor Nos Tempos Do Cólera Gabriel García Márquez
Ainda muito jovem, o telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garcia se apaixonou por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da moça, coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento enviando a filha ao interior numa viagem de um ano. Para manter seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse.
#charlie: extras#mil coisas pra fazer e eu postando os livros favoritos da charlie#mas em minha defesa já estava pronto#divirtam-se
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ❛ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐈 : 𝕿𝖍𝖊 𝕮𝖍𝖔𝖎𝖈𝖊.
ㅤㅤㅤㅤEu me sento na beirada da cama, observando as sombras dançarem pelas paredes do meu pequeno quarto no Instituto. O ar está pesado, carregado com o cheiro de pergaminho velho e couro. Meus dedos acariciam distraidamente a concha que Amaya me deu há tantos anos - uma lembrança de um tempo em que eu ainda acreditava que poderia ser livre. Quando foi a última vez que me senti verdadeiramente viva? Não consigo me lembrar. Os dias se arrastam, um após o outro, numa rotina sufocante de treinamentos e obrigações. Cada respiração dentro destes muros de pedra parece sugar um pouco mais da minha vitalidade. O Instituto, tornou-se minha prisão. Seus corredores intermináveis são as grades que me mantêm aprisionada, seus instrutores os carcereiros que vigiam cada passo meu. Até mesmo Ember, meu dragão, parece mais uma corrente do que um companheiro. Olho para a pequena trouxa aos meus pés, contendo tudo o que preciso para minha fuga. Meu coração acelera ao pensar na liberdade que me aguarda além dos muros de Aldanrae. Esta noite, finalmente, vou partir.
ㅤㅤㅤㅤA Lua cheia banha o quarto com sua luz prateada, criando sombras alongadas nos cantos. O silêncio da noite é quebrado apenas pelo ocasional farfalhar das folhas lá fora e pelo som distante de passos nos corredores. Aguardo pacientemente, contando os minutos até que todos estejam dormindo. Meus olhos percorrem o quarto uma última vez, detendo-se por um momento no retrato de Frim na mesa de cabeceira. Sinto uma pontada de culpa, mas afasto o pensamento. Ele ficará bem sem mim. Tem seu lugar aqui, seus sonhos de glória e honra. Eu preciso encontrar meu próprio caminho. As horas passam lentamente. Minha mente divaga, imaginando as terras distantes que em breve conhecerei. Desertos ondulantes, florestas misteriosas, cidades escondidas nas nuvens… A aventura me aguarda, promete… De repente, um grito rasga o silêncio da noite. Levanto-me num sobressalto, o coração disparado. Mais gritos se seguem, acompanhados pelo som de passos apressados e… É fumaça isso que sinto?
ㅤㅤㅤㅤEu saí correndo do meu quarto, o coração batendo forte no peito. Os corredores estavam um caos total - cadetes corriam em todas as direções, alguns gritando ordens, outros em pânico. O cheiro de fumaça ficava mais forte a cada passo. Virei uma esquina e passei por um grupo de soldados. Eles carregavam baldes d'água, os rostos preocupados, mas determinados. Um dragão jovem passou voando baixo sobre nossas cabeças, as asas agitando o ar quente e enfumaçado. Por um breve momento, pensei em aproveitar a confusão para fugir. Era a chance perfeita - todos estavam distraídos com o incêndio. Eu poderia simplesmente me esgueirar para fora, desaparecer na noite. Finalmente livre. Mas então ouvi a voz de Frim gritando ordens mais adiante. Meu irmão estava no meio daquele inferno, arriscando a própria vida para salvar os outros. Como eu poderia abandoná-lo? Com um suspiro pesado, desisti da ideia de fuga. Frim precisava de mim. Eu não podia deixá-lo para trás, não importava o quanto ansiasse por liberdade.
ㅤㅤㅤㅤRespirei fundo, ignorando a fumaça que pinicava meus olhos e garganta. Então corri em direção aos gritos, decidida a encontrar Frim e fazer o que fosse preciso para mantê-lo em segurança. As chamas lambiam as paredes, avançando rapidamente. O calor era intenso, quase insuportável. Cadetes mais jovens choravam, agarrados uns aos outros. Vi um instrutor carregando nos braços uma garota desmaiada. Meus olhos vasculhavam freneticamente o corredor, procurando por Frim. O pânico crescia em meu peito a cada segundo que passava sem vê-lo. Onde ele estava? Será que…? Não. Eu não podia pensar assim. Frim era forte, ele ficaria bem. Tinha que ficar. De repente, ouvi um estrondo ensurdecedor. Parte do teto desabou a poucos metros de mim, bloqueando o corredor com escombros em chamas. O calor era insuportável. Foi então que o vi. Do outro lado dos escombros, Frim ajudava um grupo de cadetes a escapar por uma janela. Nossos olhares se cruzaram por um instante.
ㅤㅤㅤㅤMeu coração gelou ao ver o rosto de Frim coberto de sangue, um corte profundo marcando sua testa. Uma lança de agonia atravessou meu peito, e por um momento fiquei paralisada de terror. O fogo se aproximava rapidamente, as chamas alcançando os escombros que nos separavam. O calor era sufocante, fazendo minha pele arder e meus pulmões queimarem a cada respiração. Desesperada, comecei a remover os pedaços de madeira e pedra que bloqueavam meu caminho. Minhas mãos logo ficaram em carne viva, mas eu mal sentia a dor. Tudo o que importava era chegar até Frim.
───────── Vá embora, Avery! ╾╾ Gritou Frim, sua voz rouca pela fumaça. Saia daqui agora! Ignorei seus apelos, continuando a cavar freneticamente entre os escombros. As chamas se aproximavam cada vez mais, o fogo consumindo tudo em seu caminho. O ar estava tão denso de fumaça que eu mal conseguia enxergar. Foi então que ouvi um grito agudo. Uma jovem cadete estava presa sob uma viga de madeira, suas pernas esmagadas pelo peso. Sem hesitar, corri até ela. Com toda a força que pude reunir, ergui a viga o suficiente para que ela pudesse se arrastar para fora.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Vamos! ╾╾ Gritei, puxando-a pelos braços. Suas pernas estavam machucadas demais para andar, então a apoiei em meus ombros.
Cambaleando sob o peso da garota, voltei minha atenção para Frim. Ele ainda estava do outro lado dos escombros em chamas, ajudando os últimos cadetes a escaparem pela janela. Nossos olhares se cruzaram mais uma vez, e pude ver o medo em seus olhos.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Frim! ╾╾ Gritei, minha voz quase inaudível em meio ao rugido das chamas. ──── Por favor, venha!
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Leve-a para fora! Eu vou logo atrás! ╾╾ Ele balançou a cabeça, indicando a janela.
ㅤㅤㅤㅤLágrimas escorriam pelo meu rosto, evaporando quase instantaneamente devido ao calor intenso. Eu sabia que ele estava mentindo. Sabia que ele ficaria até o último momento, garantindo que todos os outros estivessem seguros. Eu sabia que não conseguiria convencer Frim a deixar os cadetes para trás. Com o coração pesado, arrastei a cadete ferida apoiada em mim até um grupo de professores que organizavam a evacuação. Entreguei-a aos cuidados deles e, sem hesitar, virei-me para correr de volta ao meu irmão. Mal dei dois passos quando senti uma mão agarrar meu braço com força. Era o Professor Harbinger, seu rosto contorcido numa máscara de preocupação e fuligem.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Avery, não! É perigoso demais voltar lá. Você não pode... ╾╾ Puxei meu braço violentamente, libertando-me de seu aperto. Meus olhos faiscaram de raiva quando encarei seu rosto chocado.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Vá se foder, Professor! ╾╾ As palavras escaparam de minha boca antes que eu pudesse contê-las, carregadas de toda a frustração e rebeldia que eu havia reprimido por tanto tempo. Não esperei para ver sua reação. Girei nos calcanhares e corri de volta para o inferno em chamas, deixando para trás os gritos horrorizados.
ㅤㅤㅤㅤO calor era ainda mais intenso agora, as chamas devorando vorazmente tudo em seu caminho. A fumaça era tão densa que eu mal conseguia enxergar um palmo à minha frente. Tossi violentamente, meus pulmões protestando contra o ar tóxico. Mas não importava. Só uma coisa importava agora: chegar até Frim. Tropecei sobre escombros e corpos caídos, rezando para que fossem apenas pessoas desmaiadas e não… Não. Eu não podia pensar nisso agora. Tinha que me concentrar. Encontrar Frim. Salvá-lo, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. O rugido das chamas era ensurdecedor, mas ainda assim eu podia ouvir os gritos. Gritos de dor, de medo, de desespero. E em algum lugar no meio daquele caos, a voz de Frim. Meu irmão ainda estava vivo, ainda lutando. Eu não o abandonaria. Enquanto corria, lembrei-me da trouxa que havia deixado em meu quarto. Meus planos de fuga pareciam tão distantes agora, tão insignificantes... Como eu pude sequer pensar em abandonar tudo isso? Em abandonar Frim?
ㅤㅤㅤㅤDe repente, uma dor lancinante atravessou minha nuca, tão intensa que quase me fez cair de joelhos. Era Ember. Eu podia sentir a presença do meu dragão, sua fúria e desespero ecoando em minha mente. Ele rugia, ordenando para que eu deixasse o Instituto em chamas, para que eu salvasse a mim mesma. As emoções dele eram tão intensas que por um momento ofuscaram tudo ao meu redor - o calor, a fumaça, os gritos. Tudo que eu conseguia sentir era o desespero de Ember. Cerrei os dentes, forçando-me a bloquear nossa conexão. Não podia me dar ao luxo de hesitar agora, não quando estava tão perto de Frim. Com um esforço monumental, ergui barreiras mentais, empurrando Ember para o fundo de minha consciência. A dor diminuiu, tornando-se um latejar surdo. Ainda podia sentir a presença dele, mas agora era como um eco distante.
Ignorando o protesto silencioso de Ember, forcei minhas pernas a continuarem em movimento. Cada passo era uma batalha contra a exaustão e o calor opressivo. Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, avistei Frim. Meu coração saltou no peito ao vê-lo vivo, ainda que coberto de fuligem e sangue. Ele estava de costas para mim, debruçado sobre uma pilha de escombros. Conforme me aproximei, percebi que ele não estava sozinho. Do outro lado dos destroços, um homem de cabelos ruivos lutava para se libertar. Seu rosto estava contorcido de dor e esforço, os olhos verdes arregalados de pânico. Frim estendia a mão para ele, gritando palavras de encorajamento que eram engolidas pelo rugido das chamas.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Frim! ╾╾ Gritei.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Avery? O que você está fazendo aqui? Eu mandei você sair! ╾╾ Meu irmão se virou, seus olhos se arregalando ao me ver. Ignorei sua reprimenda, correndo para ajudá-lo. Juntos, começamos a remover os escombros que prendiam o homem ruivo.
ㅤㅤㅤㅤNossos dedos sangravam e nossas unhas se quebravam enquanto arrancávamos madeira e pedra. O homem ruivo gemia de dor, suas pernas ainda presas sob os escombros. Com um último esforço desesperado, Frim e eu conseguimos erguer uma viga pesada o suficiente para que ele se arrastasse para fora. Assim que o homem se afastou cambaleando, lancei-me nos braços de Frim. Por um breve momento, esqueci-me da dor lancinante em meus músculos, da fumaça ardente em meus pulmões. Tudo que importava era que meu irmão estava vivo, que eu podia sentir seu coração batendo contra o meu peito. Foi um abraço rápido, não mais que um segundo, mas carregado de alívio e amor fraternal.
ㅤㅤㅤㅤNão havia tempo para mais. As chamas rugiam à nossa volta, consumindo tudo em seu caminho com uma fome insaciável. O calor era tão intenso que eu sentia como se minha pele estivesse derretendo. Agarrei a mão de Frim e comecei a correr, puxando-o comigo. Nossos pés tropeçavam sobre os escombros enquanto nos dirigíamos para a saída mais próxima, o homem ruivo nos seguindo de perto. Foi então que ouvi um som aterrorizante - um estalo agudo, seguido de um rugido ensurdecedor. Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, uma explosão sacudiu o prédio inteiro. A força do impacto nos jogou no ar como se fôssemos bonecas de pano. Por um momento surreal, senti-me flutuando. O mundo girava ao meu redor em câmera lenta. Vislumbrei o rosto de Frim, seus olhos arregalados de terror. Então a realidade se chocou contra nós com uma força brutal. Atingimos o chão com um baque que expulsou todo o ar de meus pulmões. Dor explodiu por todo meu corpo. Pedaços de madeira e pedra choviam sobre nós. Através da névoa, percebi que Frim e eu estávamos no epicentro da explosão.
ㅤㅤㅤㅤAs chamas nos cercavam por todos os lados, o ar estava tão quente que respirar era como inalar lava. Tossi violentamente, meus olhos lacrimejando. O cheiro de carne queimada invadiu minhas narinas, fazendo meu estômago revirar. Era um odor nauseante, uma mistura grotesca de gordura derretida e tecido carbonizado que se misturava à fumaça. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, deixando trilhas limpas na fuligem que cobria minha pele. Mas não era apenas a fumaça que me fazia chorar. Meus olhos se fixaram no rosto de Frim, e meu coração se partiu ao ver sua expressão contorcida de agonia. Seus olhos, outrora tão cheios de vida e determinação, agora estavam semicerrados, nublados pela dor. Sua boca se abria e fechava silenciosamente, como se tentasse falar, mas nenhum som saía. O uniforme, antes imaculado e motivo de tanto orgulho para ele, agora estava em frangalhos, revelando a pele por baixo - vermelha, inchada e coberta de bolhas. Em alguns lugares, o tecido havia se fundido à carne, criando uma visão grotesca que fez meu estômago se contorcer.
ㅤㅤㅤㅤCom um grito angustiado que mais parecia o uivo de um animal ferido, agarrei os braços de Frim. Ignorando a dor lancinante em meus próprios músculos, comecei a arrastá-lo para longe das chamas que se aproximavam vorazmente. Cada centímetro era uma batalha. Meus braços tremiam com o esforço, e meus pulmões queimavam a cada respiração ofegante. O peso de Frim parecia aumentar a cada segundo, como se as próprias sombras do Instituto estivessem tentando puxá-lo de volta para as chamas. Foi então que ouvi um gemido fraco. Virando a cabeça, vi o homem ruivo. Ele estava caído a poucos metros de nós, seus olhos verdes implorando por ajuda. Pude ver o momento exato em que a realização de seu destino cruzou seu rosto. Por um instante agonizante, nossos olhares se encontraram. Vi o medo, a súplica silenciosa em seus olhos. Mas também vi a compreensão. Com o coração pesado como chumbo, forcei-me a desviar o olhar. Não havia tempo. Não havia forças. Não havia escolha. Com um soluço estrangulado, continuei a arrastar Frim, deixando o homem ruivo para trás.
ㅤㅤㅤㅤEnquanto arrastava o corpo inconsciente de Frim, os rostos de nossos pais surgiram em minha mente com uma clareza dolorosa. O sorriso de mamãe, os olhos de papai - lembranças que eu havia guardado no fundo do coração, temendo que se as trouxesse à tona com muita frequência, elas se desgastariam como fotografias manuseadas demais. Eu sentia tanta falta deles. A dor da perda, que eu havia lutado para enterrar sob camadas, agora ressurgia com força total, misturando-se ao terror do momento presente. O Instituto havia tirado tudo de mim - minha infância, minha liberdade, meus sonhos. E agora ameaçava levar Frim também. Lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto. Meus músculos gritavam em protesto a cada movimento, mas eu não ousava parar. Não podia. A possibilidade de perder Frim me aterrorizava mais do que qualquer chama ou escombro desabando.
ㅤㅤㅤㅤEnquanto lutava para arrastar meu irmão para longe do inferno em chamas, uma parte sombria de mim desejava que tudo queimasse. Que o Instituto ruísse, que suas paredes de pedra desmoronassem e seus segredos fossem reduzidos a cinzas. Queria ver as expressões arrogantes dos instrutores se contorcerem em pânico, ouvir os gritos daqueles que haviam nos aprisionado aqui por tanto tempo. O ódio borbulhava em meu peito, tão quente e voraz quanto as chamas que nos cercavam. Por um momento, visualizei o Instituto em ruínas, seus corredores intermináveis finalmente silenciosos, o símbolo de nossa opressão transformado em escombros fumegantes.
ㅤㅤㅤㅤFrim precisava sobreviver. Ele era tudo que me restava, o único elo que ainda me ligava a um passado mais feliz, a uma versão de mim mesma que eu temia ter perdido para sempre. Com um grito gutural de determinação, redobrei meus esforços. O mundo ao meu redor se reduziu a um borrão de fumaça e chamas, minha mente focada apenas em seguir em frente, em salvar Frim. Não sei por quanto tempo caminhei, arrastando o corpo inerte do meu irmão. Poderiam ter sido segundos ou minutos. O tempo perdera todo o significado naquele inferno. De repente, o ar mudou. A fumaça densa deu lugar a uma brisa fresca que acariciou meu rosto como um beijo gentil. Piscando confusa, ergui os olhos. O céu noturno se estendia acima de mim, pontilhado de estrelas que pareciam distantes demais para serem reais. Havia rostos à minha volta, dezenas deles, emoldurados pela luz tremeluzente de tochas. Expressões de choque, preocupação e alívio se misturavam.
ㅤㅤㅤㅤFoi só então que percebi: eu havia conseguido. De alguma forma, guiada pelo instinto, eu atravessara o labirinto do Instituto e emergira do outro lado. O ar fresco da noite invadiu meus pulmões, trazendo uma onda de tontura. Cambaleei, minhas pernas tremendo sob o peso de Frim. Mãos gentis tocaram meus ombros, vozes urgentes falavam palavras que eu não conseguia compreender. Vi o rosto preocupado de uma Professora, seus olhos normalmente severos agora marejados de lágrimas. O Professor Harbinger estava lá também, a boca se movendo rapidamente enquanto ele gritava ordens para alguém que eu não podia ver. Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Vi quando se aproximaram de Frim, quando mãos cuidadosas o ergueram de meus braços. Uma parte de mim queria protestar, gritar para que não o levassem, mas meu corpo não respondia mais aos meus comandos. Era como se toda a adrenalina, todo o medo e toda a determinação que me mantiveram de pé até aquele momento tivessem simplesmente evaporado. Senti meus joelhos cederem, meu corpo desabando como uma marionete cujas cordas foram cortadas. O chão se aproximou rapidamente e eu não pude fazer nada. Foi como cair em um sono profundo.
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Estou pensando seriamente em convidá-la para um date sábado! Tenho pensado e calculado tudo certinho para não dar erro.
Tenho pensado em te buscar as 20:00,e te levar para minha casa ,fazer um jantar e abrir um vinho.
Colocar uma série LGBT para atiçar os gatilhos,sei bem que provavelmente a gente não vá chegar a assistir nem o primeiro episódio,mais quero te deixar mais a vontade logo porque será sua primeira vez com uma mulher.
Na minha mente pretendo começar na sala, acariciando sua perna ,dando algumas apertadas mais forte dando a entender que eu quero iniciar algo.
Sei bem que você vai corresponder,então pretendo te beijar bem de vagar,dar pequenas mordidas em seus lábios,e com isso deixando minhas mãos percorrer sobre seu corpo.
Quero te deixar tão exitada que eu não vou precisar nem tirar sua roupa,pois você mesma vai fazer isso de tanta vontade que vai estar de se entregar.
Seu corpo vai se estremecer todo,sua bucetinha vai palpitar de tanta vontade dar,querendo que eu penetre meus dedos nela o mais rápido possível.
Mais eu como experiente e maldosa que sou vou te deixar com mais desejo e vontade dando a entender que farei isso logo te deixando mais louca ainda.
Quero muito te enlouquecer e te deixar louca de prazer ,quero que você suplique em meu ouvido para eu fuder você,quero escutar você gemer alto,quero sentir você me arranhando ,me apertando de tanto tesão.
Aí então eu vou te acariciar no momento que você tiver mais em êxtase.
Vou colocar meu dedo em você bem lentamente,estimulando seu ponto G e fazendo você gozar mais doque você já vai estar.
Quero te levar do céu para o inferno em questão de segundos.
Quero sentir você segurando minha mãos de tanto prazer ,quero ouvir você falar não para que eu vou gozar.
Quero que você peça para eu te fuder com força,quero que me peça para eu usar todos acessórios nescessário para de fuder com prazer .
Quero que seja submissa a mim por uma noite .
Quero fazer com carinho,quero fazer com força .
Quero te sugar até a alma.
Quero fazer você gozar na minha boca e me beijar depois.
Quero fazer da sua primeira vez,uma inesquecível lembrança .
Na qual você nunca irá esquecer e que só de pensar sentirá tesão.
Quero te satisfazer perante qualquer coisa.
Meu bem 🔥👅💦
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Acabou.
Sentados frente a frente enxergamos em nossos olhos o fim da nossa história. Não estava nos planos seguir caminhos diferentes, mas aconteceu. Não conseguimos fugir a tempo do furacão que iria destruir as nossas vidas. Tinhas planos de seguir uma estrada juntos de mãos dadas, conhecer o mundo, desfrutar das nossas conquistas, pensar em filhos no futuro próximo, viajar e conhecer o mundo, aproveitar a nossa vida como casal, mas infelizmente a destruição entrou no nosso mundo sem pedir licença. O furação encontrou a gente cedo demais. A primeira conversa era como colocar duas cruzes em nossas costas, expondo os nossos erros, falhas, mentiras e decisões de como daríamos continuidade fora da vida um do outro. O primeiro dia sem aproximação doeu feito o inferno, dormimos de costas um para o outro, sem conversa, sem olho no olho e vivendo dentro de uma casa como se tudo estivesse normal, mas sabíamos que os nossos pensamentos estavam gritando pedindo por socorro mais ninguém teve a coragem de ajudar. Viramos inimigos na hora de dormir juntos, dois estranhos, sem toques, sem abraços, sem beijos e sem boa noite, acabar com uma vida é difícil, quebrar um coração de alguém que você tanto amou é um castigo. Não somos mais os mesmos, não sentimos mais a mesma coisa e a admiração caiu por terra e mesmo assim sentados em uma mesa de jantar de frente paro o outro não nos reconhecemos mais, mudamos em silêncio, não sabemos mais conversar, oferecer carinho, afeto, acolhimento e principalmente manter uma amizade entre nós, tudo é faixada quando perguntam como estamos e a nossa troca de olhares entrega o quanto estamos perdidos em nossas dores e nos perguntamos intimamente ‘’a onde foi que errei? Onde erramos?’’ Não erramos, não falhamos, acabou e teve que ser dessa forma, as coisas acontecem sem avisar e amor acaba como um simples piscar de olhos, não há nada que se possa fazer quando o destino resolve nos separar de alguém que tanto amamos e acredite ele põe a mão e arranca do nosso peito o amor que regamos para mantê-lo vivo sem dó e sem piedade. Seremos felizes quando viramos as costas definitivamente, cada um do seu jeito, com alguém ou sozinho, mas daremos um jeito de sermos além do que uma pessoa que está sofrendo por um rompimento de uma vida inteira, mas levaremos conosco as lembranças de um amor bonito, simples, ingênuo e puro, mas também levaremos as cicatrizes e as memórias de duas pessoas que se amaram um dia.
Elle Alber
#lardepoetas#espalhepoesias#clube da esquina#usem a tag espalhepoesias em suas autorias 🌈#escritos#versoefrente#pequenosescritores#pequenospoetas#pequenos textos#pequenosautores#autorias#pequenosversos#lardospoetas#pequenasescritoras
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ㅤ ㅤ ㅤ— lista de conexões/idéias de plot do Abaddon!
ㅤ ㅤ ㅤ Tendo em vista a personalidade e o tipo de personagem (que não é um morango), criei uma lista de possíveis conexões e plots que ele pode facilmente desenvolver ao decorrer da história. A lista está separada por espécie para facilitar a leitura, mas também pode ser adaptada dentro das possibilidades para qualquer char. ㅤ ㅤ ㅤ Ressalto que todas as conexões estão abertas a todos os gêneros e que nada é definitivo! São apenas ideias para facilitar quem tiver interesse de plotar com ele. Se acha que o Abby pode acrescentar no seu desenvolvimento, vou amar plotar com você!
— Lúcifer; seu relacionamento com o diabo é complexo. Abaddon é ferozmente leal a ele, alguns demônios sussurram que parece até apaixonado; outros, que, na verdade quer usurpar o trono e ser como ele. Em todo o caso, Abaddon não pensa muito sobre essas trivialidades. Ele, independentemente de qualquer coisa que sinta, sabe que seu mestre sempre estará no centro de seu universo.
— Realeza infernal; Abaddon considera que são todos irmãos – uma ideia absurdamente celestial – e como toda família tem seus problemas... Com eles não seria diferente.
@ofdelusionals , VALAK e ele são aliados. Tramam, julgam e aniquilam juntos. O relacionamento pessoal deles pode aflorar ou morrer, a constante é que lutam pela mesma causa e partilham dos mesmos ideais.
muse e ele se odeiam. Governantes e nações podem nascer e desaparecer como pó, o céu pode escurecer e cair sobre a terra, ainda assim... Não moveriam um dedo para ajudar o outro.
@popdiaries , ASMODEUS e ele competem pelo favor do velho Luci. Talvez tenham objetivos diferentes, talvez compartilhem destes; não importa. O que ambos sabem é que não importa a idade que tenham, acabam agindo como crianças competindo por tudo - inclusive pelo favor de seu pai.
muse e ele são irmãos. Muito embora considere todos como sua família imediata, ela, ele aprecia sem qualquer motivo aparente. Não existem palavras ditas nem grandes gestos amorosos, mas há entre eles uma cumplicidade sincera – carregada de sangue e lágrimas, talvez – mas certamente insubstituível.
— Burocratas não tem paz; que o Abaddon é um advogado todo mundo sabe, ele até hoje se apresenta e já entrega um cartão de visitas que diz em letras escarlates “A justiça do inferno nunca falha. Nem perdoa”.
muse e ele são colegas de profissão. Talvez tenham trabalhado juntos em algum caso, ou tenham lutado em lados opostos; o que importa é que se respeitam e tentam agir conforme manda a lei.
@tymotheos e ele estão ligados contratualmente. Abaddon já não aparece em encruzilhadas para selar contratos, mas ainda existem aqueles que um dia foram vítimas corajosas o suficiente para invocar o demônio e pedir por um acordo. Sabe-se lá para quem este contrato é vantajoso... O certo é que os termos continuam para ser cumpridos.
muse e ele estão em negociação. Qual dos dois vai sair com vantagem? Quem sabe negociar melhor? Quanto tempo conseguem esperar até ter o que querem? Quem mente mais?
muse quer contratar seus serviços. Que o Abaddon entende do inferno não é novidade, por isso foi mesmo abordado para tratar de um assunto sobre o reino. Quer ajuda para se livrar de um contrato malfeito? Precisa processar alguém por qualquer coisa? Ele é o demônio certo para isso. Só precisa ter cuidado para não entrar num acordo ainda pior.
@blackorbs , RIVER quer contratar seus serviços. E tudo perfeitamente legal! Nada mágico, inclusive, mas o Abaddon é um adovogado ótimo independente do assunto. O que importa é o caso ser interessante!
— Antes angelical, agora diabólico; as memórias do céu são turvas... Abaddon algumas vezes até esquece que nasceu lá, mas... Ocasionalmente, algumas pessoas o fazem lembrar de seus dias por lá.
@metatrcn ; ESTHER/METATRON e ele eram uma família. Nenhum demônio sabe, mas Abaddon tem algumas poucas boas lembranças do céu. Ele tenta, é claro, manter a antiga vida o mais longe de si - o coral, os irmãos a vida angelical. Que pena que ela lembra tão bem de tal fato e parece não querer deixá-lo esquecer.
@archbriel e ele sentem nostalgia. É curioso que ainda exista alguém que lembre de seus dias no céu com bons olhos. Você tem pena do que ele se tornou? Vê arrependimento e salvação para sua trépida alma? Ainda intercede por ele?
@monnstrous ; AZRAEL/SOFINA São imagens opostas, ideal perfeito e sombra grotesca. Ela certamente se arrepende de tê-lo deixado fugir. Será que agora procura uma nova oportunidade para terminar o serviço?
@ofdelusionals , OPHELIA e ele são vistos conspirando com frequência. Abaddon não vai te prometer fama, dinheiro ou poder... Sequer pensa em falar de Lúcifer para você. Mas... Certamente você parou para pensar sobre o que há do outro lado, não é? Não sobre o céu de seu pai, mas do que ele nunca contará a você. E o que é a curiosidade se não um monstro faminto, não é mesmo?
muse está ativamente tentando anular seu trabalho. Talvez você seja um advogado celestial, alguém que trabalha incansavelmente para anular seus planos e salvar almas.
— A imortalidade nunca foi tão menosprezada; convivendo com tantas criaturas você pode até se achar sortudo por poder morrer... Mas certamente a possibilidade já passou pela sua cabeça. O que faria se tivesse todo o tempo do mundo?
@thcbakerboy tem medo dele. Tudo bem que o Abaddon não é lá a criatura mais bonita de seu reino, mas vamos... Tudo bem, eu entendo que ele parece que está planejando maldades o tempo inteiro... Não que ele não esteja! Tenho certeza de que se desse uma chance... Não? Que tal só um oi? Ele não morde o tempo todo, eu juro!
@blackorbs , MALLORY está intrigada. Viu nele um absurdo em forma de demônio? Ficou curiosa para saber de onde vem o seu poder e quais são suas intenções? Ou quer descobrir mais sobre o que ele faz ou sobre o inferno? Basta agendar um horário! Abaddon adora almas curiosas!
@lonerwitc-h o vê como um meio para o fim. Abaddon tem algo que você, em sua curta vida mortal, nunca teve. Dinheiro? Poder? Conexões? Imortalidade? O que você precisa que acha que ele pode te dar? O que está disposto a oferecer em troca?
— Em terra de cego, quem tem um olho é rei, e quem tem dois olhos é muito malvisto; alguns podem invejar ou desejar seu título, mas poucos sabem do compromisso que exige. A coroa exige sangue, e talvez seja por isso que Abaddon exija o mesmo dos outros.
muse o despreza. É de conhecimento geral que Abaddon já foi um zé ninguém entre os rankings infernais, talvez você não o considere digno do título que adquiriu. Seria insubordinação se você é melhor que ele? Como alguém que já foi menor que você consegue chegar tão longe? Será que pretende se livrar dele e provar seu valor?
muse deseja vingança. Deveria ter sido você. Se não tivesse sido enganado, talvez pudesse ter recebido o mesmo treinamento, as mesmas oportunidades. Ele mentiu para você? Furou a fila? Te torturou até que desistisse para tomar o seu lugar? Você acha que depois de todos esses anos, pode corrigir os erros do passado ou está conformado e prefere apenas vê-lo falhar.
muse odeia no que se tornaram. Eram amigos, não? Talvez não os melhores amigos, mas mantinham uma cumplicidade divertida quando se encontravam ou tinham trabalhos juntos. Apostavam para ver quem conseguia mais almas. Quem tinha melhor pontaria ou quem era mais criativo. Hoje... Mal se falam. Você deseja reacender a chama?
@blackorbs , BA'AL o tem como um mentor. Abaddon te colocou debaixo das asas. Figurativamente, claro. Mas está disposto a te ensinar tudo o que sabe, quer que seja o melhor! Não apenas mais um na multidão. Você está animado? Está pronto para ser atormentado até que atinja o que ele acredita ser a perfeição?
muse já foi seu mentor. Olha só quem ele se tornou! Ninguém esperava, mas você sabia desde o começo. É o responsável por tudo o que ele é hoje... Pelo menos por uma parte. Mas ninguém se preocupa com pequenos detalhes.
— Nem tudo é sobre o inferno; Abaddon tem seu dedo podre em mais que guerras cósmicas. Se apertar bem, ele até revela que alguns assuntos não mágicos lhe chamam a atenção. Ele só não fica divulgando por aí.
muse vai mudar o futuro da cidade; talvez até da guerra! Seu projeto vai beneficiar toda a população! Bem, talvez nem toda a população, mas certamente o Abaddon, e por isso está mais que feliz em o ajudar com o que quer que seja!
@dvrkbody ; NERISSA é uma artista; e Abaddon, seu fã. Bem... Talvez fã seja uma palavra muito forte, mas é certo que ele aprecia o que ela faz. Pode ser desconfortável que ele exija ver suas obras com frequência, mas não importa! O fato é que ser o centro de sua atenção, pode não ser sempre lá a melhor das coisas, mas também não é de todo ruim.
@bloodymaryland é funcionária de sua empresa; o que muita gente não sabe é que Abaddon tem uma firma perfeitamente normal com advogados associados. Ela sim, sabe que ele recebe pessoas importantes, humanos, os comuns, aqueles que o procuram sem saber com quem estão lidando. O que torna tudo mais divertido, é que ele não parece ser o monstro que lhe dizem que ele é.
muse é o peão em seu jogo. Você acha que são próximos, que estão do mesmo lado. Talvez imagine que compartilham algo único! Mas Abaddon só está interessado do seu talento, em se divertir enquanto assiste o que você pode fazer! Você entendeu tudo errado...
— Sangue de meu sangue, carne da minha carne. Nem todos são iguais; demônios, anjos, bruxas, feéricos, vampiros, lobisomens. Cada um vê o mundo à sua maneira, mas fora da proteção da cidade, poderiam ter tanta liberdade? Se fossem expostos no mundo mortal, não seriam todos considerados monstros?
@ofdelusionals , LYTHIA é sua parceira de negócios, sua aliada de longa data. Quando precisam, sabem que podem contar um com o outro e mantém uma amizade velada. Se importam um com o outro à sua forma, e ninguém tem que se meter.
all tem um débito com ele. Precisou de ajuda e Abaddon ofereceu uma ‘mãozinha’? Sinta-se abençoado! Poderia ter sido muito pior! Agora ele está atrás de você esperando o pagamento... Boa sorte.
all acredita que Abaddon matou uma de suas crias. Pode ser coisa de sua cabeça, afinal de contas, não há provas. Mas há algo na maneira que ele olha para você, como se soubesse de uma piada que você não sabe. E você o viu na área dias antes daquela pessoa desaparecer. É, no mínimo, suspeito.
muse e Abaddon tem um relacionamento secreto. Romance? Claro que não! O que ninguém fala por aí é que sangue demoníaco tem suas vantagens. Não no sabor, talvez, mas certamente no volume de escuridão e poder. Ela nunca revelou a ninguém, Abaddon muito menos. A situação pode não ser bem-vista ou ideal, mas se ambos saem ganhando, que mal há?
muse e ele têm um trato. Você quer o sangue, Abaddon as almas. No final, todo mundo pode sair ganhando!
@dvrkbody , BEATRICE sente que Abaddon ultrapassou seu território. O que faria no coração de sua alcateia? Por qual motivo seu aroma pútrido estaria tão forte por ali? Por qual motivo a menção do nome dele traz a fera dentro de você à tona?
muse e Abaddon tem um acordo de paz. Ele não toca nos seus membros, você faz vista grossa para o que os subordinados dele fazem na região. O tratado está em vigor há décadas e você não será aquele a quebrar as regras. Não é?
fae e ele tem uma dinâmica ótima! É de conhecimento geral que feéricos têm fama de serem astutos e inteligentes, Abaddon repudia e admira a qualidade em mesma medida. Juntos, competem para saber quem tem a melhor lábia, quem conta a melhor mentira. Quem tem o pior senso de humor!
muse e ele são aliados diplomáticos. Estão do mesmo lado, tratam-se com respeito e diplomacia e trabalham juntos em alguns objetivos em comum.
@youcantsayn0 e ele têm um contrato; um pacto de longa data, feito num lugar que nenhum deles lembra. O que deveria ser uma troca de favores, tornou-se algo sem controle. Estão tão interligados que pouco sabem onde um começa e outro termina. E pior, não tem certeza qual deles possui a chave que os separaria.
muse é seu protegido. E não seria diferente! Você é um bruxo particularmente talentoso, e ele tem prazer em lhe guiar nas artes das trevas e até de lhe proteger.
all foge dele. Desonestos e aqueles que quebram seus tratos. Essas são as pessoas que ele odeia e que se tornam seus inimigos.
@dvrkbody , LUCELIA; como uma figura associada ao Inferno e aos mortos, Abaddon gosta de manter fortes conexões com necromantes. Ela é a candidata perfeita! Quem sabe um dia ele consegue seu exército de mortos-vivos? Até os demônios podem sonhar...
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𝐏𝐑𝐎𝐂𝐔𝐑𝐀-𝐒𝐄 ! ⌕
Sob o read more você encontrará 14 opções de conexões disponíveis entre família, amigos, inimigos e casinhos ! Caso nada na lista encaixe, eu estou sempre disposta a pensar coisas diferentes sob medida, é só vir trocar uma ideia.
𝐅𝐀𝐌𝐈𝐋𝐘.
𝐼. the hope and the anchor (fem, khajol) A única que o tratava como gente na casa em que cresceu e com quem manteve contato após a conscrição; o ensinou a escrever, tocar piano e cuidar de plantas.
𝐼𝐼. blood ain't thicker than water (male, khajol) Muse fez da vida de Tadhg um inferno na infância e, com a chegada dos changelings a Hexwood, tem a oportunidade de repetir os padrões ou tentar reparar a relação.
𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒𝐇𝐈𝐏.
𝐼. i found peace in your violence (@itzaeolian)Aeolian luta com a mesma brutalidade que Tadhg, o que os tornou parceiros de treino e amigos com naturalidade casual.
𝐼𝐼. poison was the cure (@hansakasalong) Tadhg é um entusiasta de venenos, e conheceu Hansa ao explorar a Estufa de Hexwood, reconhecendo nelu interesses semelhantes.
𝐼𝐼𝐼. the memories are stained with blood now (@aylaras) Muse era u melhor amigue de Alya e presença frequente na vida de Tadhg; desde a morte da montadora, não sabem mais como conviver sem a lembrança do luto.
𝐼𝑉. two pints of ale (@ovard) Se conheceram em uma taverna enquanto Tadhg afogava as mágoas, e o fato de que frequentavam o mesmo lugar acabou os tornando amigos de copo.
𝑉. without pretense (@princekiercn) Em uma ocasião oficial qualquer, Kieran tratou Tadhg como um igual, e o respeito mútuo com o tempo desabrochou em uma amizade à distância.
𝐄𝐍𝐄𝐌𝐈𝐄𝐒.
𝐼. took my very worst fear and proved it (qualquer gênero, changeling) Tadhg e Muse foram muito próximos durante os primeiros anos do Instituto, até Muse cometer uma traição imperdoável que os tornou rivais e inimigos.
𝐼𝐼. can't stand the sight of you (fem, changeling) Muse é irmã de Alya, e a semelhança é tão perturbadora aos olhos de Tadhg que não consegue suportar sua presença, sendo rude e a castigando em resposta.
𝐼𝐼𝐼. a recipe for hate (qualquer gênero, changeling) Depois de um membro do esquadrão de Muse matar uma amiga de Tadhg, ambos estão presos em um ciclo de vingança que já levou a inúmeras mortes.
𝐼𝑉. curse you and your bloodline (@miraycolmain) Como parte do conselho, foi a família de Miray que ordenou a execução do pai feérico de Tadhg antes mesmo que ele houvesse nascido.
𝑉. we all bleed the same (@princetwo) Vincent acha changelings criaturas brutas e pouco evoluídas, e Tadhg não é exceção; o ódio que dele recebe é gratuito, e é uma maneira de disfarçar o desejo reprimido.
𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐓𝐈𝐂.
𝐼. meet me in the space between (@lionesslyra) Viveram um romance clandestino e superficial após se conhecer em Zelaria quando adolescentes, e o reencontro em Hexwood anos depois não estava nos planos.
𝐼𝐼. i just need enough of you to dull the pain (@aylaras) A primeira pessoa com quem Tadhg se relacionou depois da perda de sua amada, com quem firmou um acordo claro: aquilo não significava nada.
#─── ı wıll burn every brıdge. › wanted connectıons | tadhg barakat.#o gif mostrando que ele é pai de pet...
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Enimes To Lovers - Imagine Aemond Targaryen
Avisos: Esse imagine é escrito e postado por mim. Postado originalmente na conta “sra_kwonji” no Wattpad. Não aceito que repostem e nem que traduzam minha obra.
Resumo: Você e Aemond possuíam uma rivalidade entre si desde a infância, mais sua para com ele, do que ele em relação a você. Após 4 anos morando em pedra do dragão, você retorna à King’s Landing, e descobre da pior forma que está prometida a Aemond como sua esposa.
Alertas: Contém xingamentos, insinuação de Sexo. Palavras de baixo calão, e menção à violência .
Você
Após longos 4 anos, eu estava de volta a Porto Real, a última vez em que estive aqui mal havia completado 14 anos, mas lembro-me bem que foi um completo caos.
Eu não estava feliz ao voltar ao meu "lar", mas infelizmente eu estava aqui. Minha família foi convidada pelo rei para passar um tempo no palácio, este que implorou a minha mãe, Rhaenyra, que viesse o quanto antes.
Me admira que dada as circunstâncias, meu avô ainda conseguisse estar vivo.
Não era segredo para ninguém que minha mãe e a rainha se odiavam, e nem que por conta desta magoa entre as duas, os filhos criassem o mesmo sentimento.
Mas nada se comparava a relação de gato e rato que eu possuía com meu querido tio, Aemond.
As melhores lembranças que tenho da minha infância, era as vezes em que eu pude desfrutar do prazer de bater em meu tio, este que sempre me desafiou, e em quase todas as ocasiões, acabou ensanguentado, chorando para sua mãe.
Não me entenda mal, eu fazia isso apenas porque ele me provocava. E eu simplesmente não poderia aguentar suas brincadeiras caladas, não quando eu tinha toda garra para partir para cima.
“Aqui continua tão deplorável quanto eu me lembro” Falei enquanto caminhava ao lado dos meus irmãos, Luke e Jace.
Observamos um tumulto no centro do pátio e nos aproximamos, Aemond e Cole lutavam um contra o outro. Os cabelos do platinado batiam em suas costas conforme ele atacava, se esquivando, avançando e interrompendo os ataques de Sor Criston.
Devo dizer, estou surpresa com o que eu vi.
Aemond parecia mais maduro e sério, estava mais alto, e seu corpo um pouco mais definido do que eu me lembrava na infância. Era horrível para mim ter que admitir isso, mas o tapa olho o deixava atraente.
“Quero ver você lutar com ele agora” Debochou Jace.
“Acredito que eu ainda venceria” Comentei ainda concentrada em cada passo da luta.
“Ele está assustador com esse tapa olho, mas eu dou um voto de confiança em nossa irmã. Afinal, ela foi treinada pelo Daemon. Além de possuir a mesma personalidade que a dele” Disse Luke e eu sorri.
Papai e eu sempre treinávamos juntos por horas, incansáveis vezes. E eu nunca estava pronta o suficiente para ele, em partes, isso me foi bom, aprendi a melhorar a cada dia. Em outras, aquilo foi o verdadeiro inferno.
“Sobrinhos, vieram treinar?”Questionou Aemond. O príncipe nos olhou pelo canto do seu único olho, ainda segurando a espada em suas mãos. Seu rosto estava banhado em uma expressão de seriedade, e o olhar que ele possuía não era nada agradável. Acho que alguém não ficou feliz com nossa presença.
“Olá, Tio!” Respondi sorrindo. Infelizmente não será hoje que te darei uma revanche pelos velhos tempos.
“Querida sobrinha, muita coisa mudou enquanto você esteve fora” Ele se aproximou de nós enquanto guardava a espada.
“Eu duvido muito” Consigo ver o ódio passando pelo seu olho, e o desejo intermitente de fincar sua espada em meu pescoço.
“Mal posso esperar para te provar o contrário” Percebi seu olhar me analisar de cima a baixo, percorrendo sua atenção por cada mínimo detalhe de meu corpo, isso me irritou.
“Devo confessar que eu não esperava que você ficaria tão...”
“Bonita?” O interrompi.
“Ajeitada” Ele riu. “Talvez agora você consiga, após muita procura. Um pretendente, caso contrário. Poderá acabar em um convento.
“Contanto que eu não me case com você, eu posso parar até no inferno”.
“Se eu fosse você não contava com isso...” Disse ele comprimindo os lábios.
“Por que?” Questionei ainda incerta sobre as verdadeiras intenções de suas palavras.
“Crianças, vejo que já estão se enturmando novamente. S/N, Nada de voar no pescoço do seu tio” Meu pai apareceu nos assustando.
“Daemon” O príncipe de um só olho o cumprimentou antes de nós deixar a sós.
“Há alguns anos eu disse que essa raiva dos dois era amor reprimido. Volto a dizer que continuo com o mesmo pensamento.” Jace provocou me fazendo revirar os olhos.
“Eu não sabia se vocês dois iam se beijar ou acabar trocando socos” Disse Luke rindo.
“Eu? Cultivando um amor reprimido por esse caolho idiota?”Questionei ofendida.
“Chega vocês três. O rei pediu para que nos reuníssemos para o jantar” Daemon disse nos empurrando para a porta de entrada de volta ao castelo.
Após me limpar e trocar as roupas que eu usava, fui levada até a sala de jantar, todos estavam reunidos na mesa à minha espera. De certa forma isso me irritou, porque esse jantar era tão importante assim que precisava da presença de toda a família para ser iniciado?
Me sentei em uma cadeira vazia no meio dos meus irmãos.
“O que está achando de voltar para casa, minha querida, S/n?” O rei se direcionou para mim, sorrindo e esperando em grande expectativa minha resposta.
“É ótimo poder estar em casa novamente, ser agraciada pela adorável companhia de toda a minha família, inclusive os meus tios, os quais não os vejo há tanto tempo” Sorri falsamente, recebendo um olhar caloroso de meu avô.
“Isso é ótimo. Estou feliz de poder reunir toda a minha família novamente, e antes que eu me esqueça...” Ele se levantou de sua cadeira com muita dificuldade. “Após conversar com minha querida esposa, eu decidi noivar minha linda neta, com meu adorável filho, Aemond.”
Puta que pariu...
“Vovô...”Tentei dizer mas minha mãe segurou em minha mão e negou, me aconselhando a apenas aceitar.
O olhar de Aemond era indecifrável para mim.
“Um brinde aos noivos” Propôs a rainha, revirei os olhos e me neguei a brindar a este terrível acontecimento.
“Meus pêsames, irmã” Lucerys sussurrou para mim enquanto olhava nosso tio, Aemond.
Eu apenas ri, trazendo a atenção do platinado que me encarou arqueando sua sobrancelha.
“Céus, eu preferia me tornar freira do que me casar com o tio, Aemond” Você suspirou irritada, sussurrando em resposta ao seu irmão.
“Eu até tentei convencer a mamãe a nos casar. Mas ela disse que tinha outros planos para mim. Antes que eu pudesse me pronunciar, uma mão foi oferecida em meu campo de visão, levantei meu olhar e observei meu agora então noivo sorrir levemente para mim.
“Gostaria de dançar comigo, querida sobrinha?” Aemond continuou com a mão estendida esperando minha resposta.
“Cruz credo” Lucerys sussurrou apenas para que eu ouvisse antes de nos deixar sozinhos.
“Acho que eu não tenho escolha a não ser aceitar” Bufei me levantando da cadeira e pegando em sua mão.
“Você sabia, não sabia?” Meu tom de voz era mais acusatório do que apenas questionador.
“Do que você está falando?”Aemond respondeu sem muito interesse.
“Não se faça de idiota, nosso noivado.”
“Oh, sim. Eu sabia, na verdade estou ciente sobre isso há muito tempo.” O olhei incrédula, ele só poderia estar brincando comigo. “Tudo isso na verdade foi uma desculpa para te trazerem, seus pais sabiam que se comentassem que você está prometida a mim desde o seu nascimento, você seria capaz de fugir, e aqui está você. Prestes a se casar comigo” Ele abriu um sorriso escancarado, se divertindo com toda a situação.
“Por que você não se opôs contra isso?” Questionei confusa.
“E de que adiantaria? Casamentos são acordos políticos, você e eu não temos escolha” Ele deu de ombros. “Contudo, devo salientar que estou feliz, ao menos não será tão ruim assim me deitar com você. Você se tornou uma mulher atraente, querida sobrinha.”
“Você só pode ter ficado maluco ao cogitar que eu me deitarei com você...”
“Uma hora ou outra você vai...E até lá, aguardarei ansiosamente para descontar tudo que passei em suas mãos durante a nossa infância” Ele sussurrou em meu ouvido.
No mesmo instante lembrei-me dos tapas em que eu deferi em seu rosto, diversas vezes em meio a nossas brigas, engoli em seco.
“Fique tranquila, não irei bater em seu rosto.” Disse ele ao perceber a expressão de medo presente em mim. “Mas não posso dizer o mesmo para a sua bunda” Aemond apertou meu quadril e sorriu antes de deixar um longo beijo em minha testa.
O jantar terminou e eu não esperei um segundo sequer para invadir o quarto dos meus pais irritada.
As palavras de Aemond ainda rodavam minha cabeça, e eu não sei se suportaria o fato de que agora eu seria sua esposa.
“Mas que porra foi essa?” Questionei absorta em tanto ódio. “Quando é que vocês pretendiam me contar que eu estou prometida à aquele maluco desde que eu nasci?”
“Querida...” Minha mãe tentou dizer. Mas eu a encarei com raiva.
“Eu não quero me casar com ele” Suspirei tentando me controlar. “Me case com o Luke ou qualquer outra pessoa, menos ele”
“Acalme-se, S/n. - Disse meu pai e eu ri, como ele poderia me pedir calma em uma situação como essa?”
“Calma? Calma? Como me pede para ter calma? Não se esqueça que você conseguiu casar com minha mãe porque quis.”
“Quem está se esquecendo é você. Sua mãe e eu tivemos que casar com pessoas que não escolhemos, entendemos sua revolta. Mas não há nada que possamos fazer”
“Mãe... Por favor...”
“Querida, não vai ser tão ruim assim. Vocês só precisam conversar e se acertarem, precisam parar com essa implicância entre vocês dois” Ela tentou me tocar mas eu me afastei.
“Estou profundamente magoada, me sentindo traída. Vocês deixaram eu pensar que poderia escolher meu marido, quando na verdade eu já estava prometida. E pior, eu soube pela boca dele, sabe o quão humilhante foi para mim?”
“Nós sabíamos que você não iria aceitar, não é de nosso agrado esse casamento. Mas essa união foi uma proposta de paz entre as nossas desavenças, e os filhos de vocês dois serão a prova disso”.
“Eu não gerarei filhos daquele idiota” Eu gritei arremessando um objeto na parede. “Vocês são os meus pais, façam algo” eu Implorei.
“Se eu pudesse fazer algo, eu já teria feito. Minha menina” Minha mãe me abraçou com carinho e eu repousei minha cabeça em seu ombro.
“S/n...Escute o que eu vou dizer, mesmo com a união de vocês dois, isso não nos garante que uma guerra não se iniciará com a morte do seu avô. Você precisa trazer Aemond para o nosso lado, faça-o se apaixonar por você, mas em hipótese alguma, se apaixone por ele” Meu pai segurou em meu rosto e fez um carinho em minha bochecha. “Nós confiamos em você para conseguir isso, estaremos aqui para você, apesar de tudo.”
Respirei fundo e assenti, de fato Aemond estava certo.
Nós só somos peças em um tabuleiro montado por outras pessoas, não temos escolha.
Voltei para o meu quarto e troquei minha roupa, vesti uma camisola preta e deitei em minha cama, peguei um livro aleatório e comecei a folhear.
A quem eu queria enganar? Não estava conseguindo me concentrar, pois a ideia de imaginar eu me casando com Aemond me fazia querer vomitar.
Ouvi um barulho no canto da parede e logo esta se abriu, revelando a passagem secreta, uma figura de capuz preto entrou em meu quarto e caminhou em minha direção.
Antes que eu pudesse pegar a adaga ao meu lado, a pessoa abaixou o capuz, me revelando sua identidade.
“Calma. Sou eu” Disse Aemond.
“O que está fazendo aqui?”Questionei e ele deu de ombros.
“Vi que ainda estava acordada e quis vir até aqui” Assenti, voltando a ler, ele se sentou ao meu lado. “Não tem nenhuma pergunta? Sei que está chateada”.
“Desde quando você sabia?”Larguei o livro ao meu lado e me sentei na cama.
“Desde a nossa infância, um pouco antes de eu reivindicar Vhagar para mim” Respondeu.
“Por que nunca disse nada antes?”
“Eu achei que você sabia e por isso tinha tanta raiva de mim. Na verdade, me irritava e me entristecia a forma que você me tratava quando éramos crianças. Principalmente ao saber que você seria minha futura esposa”.
“Você sabe que podemos dar um jeito nisso...” Me aproximei dele. “Se me ajudar a fugir, eu nunca mais apareço na sua frente novamente”.
“Eu não posso. A cerimônia foi marcada para amanhã, seus pais ficaram com medo que você fugisse, tanto que te trancaram em seu quarto” Ele apontou para a porta, rapidamente me levantei e corri até a mesma, constatando o óbvio, ele estava certo.
“Eu faço o que você quiser…”Toquei em suas mãos.
“Vejo que está desesperada”Zombou. Esse era o momento de triunfo para ele.
“Aemond, por favor...”Agarrei em seu rosto. “Eu deixo você descontar tudo que te fiz passar, vamos!”
“S/n...”
“Você queria bater na minha bunda, não queria? Tudo bem, contanto que me ajude a fugir.”
“Eu aceito um beijo” Ele propôs me puxando em sua direção.
“Um beijo?” Estou confusa com seu pedido, Aemond apenas assentiu. “Tudo bem...” Suspirei antes de grudar nossos lábios.
Sentei em seu colo e agarrei em seus cabelos os puxando para trás, Aemond gemeu em minha boca e buscou minha língua com a sua, ele agarrava fortemente em meu quadril enquanto nossos lábios se moviam deliciosamente, explorando cada mínimo contato, o choque percorrendo pelo meu corpo, o sentimento de prazer a cada pequeno movimento de sua língua sobre a minha me fazia arfar.
Mordi seu lábio inferior antes de finalizar nosso beijo com um longo selinho. Me afastei dele e sai de seu colo.
Aemond sorriu vitorioso e se levantou indo atrás da passagem pela qual ele entrou.
“Foi mais fácil do que eu imaginava” Ele riu. A confusão estampada em meu rosto era evidente.
“Aonde você vai?”
“Princesa, você foi muito ingênua de pensar que eu a ajudaria. Vejo você no altar amanhã. Não fuja, não quero ter de ir atrás de você” Ele acenou para mim. De confusa passei a ter raiva, ódio por ter acreditado em um mentiroso. Maldito.
“Seu filho da puta” Ele gargalhou antes de ir embora.
Agora mais do que nunca eu colocaria o pedido de meu pai em prática.
Eu teria Aemond Targaryen aos meus pés.
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