#lancei a bomba
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Família Peralta
Avô - Sebastian Peralta Mãe - Joelly Peralta Pai - Rajow Gallea Peralta
JOELLY PERALTA
Joelly é linda e controladora. Ela sabe o que faz e sempre faz o que precisa ser feito, isso não significa que é o que deve ser feito. Administrar os cassinos do vô fez ela entender o real valor das coisas, e que tudo poderia ser comprado, nem sempre com dinheiro, mas que nada era exclusivamente de ninguém. Inclusive o amor familiar. E não falo exclusivamente de mim, tem 10 anos que aprendi a ignorar ser ignorado, falo de todas as traições que ela fez contra meu pai, não só as sexuais, mas as burocráticas também. Eles se divorciaram quando eu ainda tinha 15 anos, mas eu era uma espécie de contrato que acabaria com a faculdade. Enrolei uns 2 anos pra me formar até ela colocar uma faca bem literal na minha garganta, e depois uma faca figurativa no meu bolso. E mais uma bem enferrujada na minha barriga. Eu não conheço essa mulher e temo dizer que nunca conheci, e por mais que eu esteja absurdamente errado nisso, eu ainda tenho esperança de não ser esfaqueado novamente
RAJOW GALLEA
É difícil falar de quem não se conhece, mas que o conhece diz que somos muito parecidos. Mesmo olhar, mesmo sorriso, mesmo jeito sedutor. Não posso confirmar nada disso, mas fico lisonjeado com os elogios. Assim como minha mãe, meu pai também é herdeiro e eles se conheceram quando ele decidiu expandir os negócios dos pais de Malta para a América. Aí eles transaram na suíte presidencial onde eu moro hoje, minha mãe engravidou e eles decidiram se casar pra poder monopolizar em mim os negócios. Se separaram apenas no boca a boca porque tinham uma expectativa de que eu seria capaz de lidar com ambos os negócios. E eu sou! Eu sei que eu sou. Ah, sei lá. Não tenho o que dizer deles além das palavras dos outros. Meu pai nunca esfaquearia alguém, ele mandaria alguém esfaquear outra pessoa por achar que tinha se livrado dela há 10 anos.
O pouco que eu lembro dos dois... eles tão bem joviais. Não parecem ter seus 40 anos. São carismáticos, bonitos, sexys, manipuladores e muito ambiciosos. O que se espera de quem nasceu tendo tudo o que podiam e muito mais, que nunca precisaram mover um dedo pra conquistar nada. Ou pelo menos o único esforço que faziam era levantar a caneta e assinar um cheque. Dinheiro sempre foi prioridade pros dois.
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Algumas pessoas me perguntam como eu consegui dizer não para os meus vícios e se manter focada eu sempre digo :
- É simples , mas não tão simples assim, depois de todo o caos que um depende quimico causa na vida de quem está ao redor , depois de lançar uma bomba e estourar com todas as pessoas que te amam, alguns ainda não cai na real no meu caso quando eu consegui pensar com serenidade eu já tinha perdido pessoas , coisas e deixei traumas em pessoas que me ama incondicionalmente.
É quando então você está sereno e sente aquele peso como se o mundo desabasse na suas costas , como se o fardo do mundo estivesse nas suas costas.
Então você decide se vai continuar atando bomba e prejudicando quem você ama, ou você aprende a viver sempre contrariando suas vontades que não te trazem benefícios, ou você continua a destruir tudo a sua volta e no final se destruir e fazer com que você nunca mais consiga se consertar.
Eu escolhi viver ! Mesmo com a dor da perca, mesmo vendo os estilhaços que a bomba que eu lancei causou, eu escolhi levar a vida a sério e a minha saúde.
Escolhi andar em cima dos pregos sabendo que lá no final isso se caleja , tem que ser forte todos os dias , não tem escolha. Só por hoje funciona , viva o hoje.
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Uma conversa com Lauren Jauregui sobre Pabllo Vittar, álbum solo, política, e claro, memes brasileiros!
Silêncio!!! É a patroa!!! Acessível e muito bem humorada, batemos um papo com a Lauren Jauregui que não se limitou a conversar somente sobre o lançamento do remix de “Lento”, que conta com a colaboração de ninguém menos que Pabllo Vittar – a quem Lauren não poupou elogios: “A Pabllo é icônica demais e poder fazer parte de seu legado é algo incrível!”.
A versão original do single, lançado há quase um ano, foi o quarto projeto de lançamento da cantora-compostora desde a sua saída da girlband Fifth Harmony, na qual Lauren participou por 6 anos e, de acordo com a cantora, a faixa dá uma boa ideia de como o seu primeiro álbum será: com rítmos latinos low tempo, um pouco de R&B, pop e composições muito honestas e pessoais. A data de lançamento? Ainda não sabemos, mas Lauren confirmou que o remix de “Lento” com Pabllo, foi o último antes do novo disco! Então enquanto o disco não chega, vamos de stream no single?
Entre risadas sobre memes brasileiros, Lauren também contou sobre o seu amor pelos seus fãs (e fancams), a possibilidade de muito choro quando voltar para se apresentar no Brasil, vontade de ser atriz e até desabafou sobre política no final da nossa conversa. A entrevista na íntegra você confere abaixo:
PAPELPOP: Temos tanto pra conversar! Sinto que quando você aparece para conversar sobre algum projeto, todo mundo surta porque você não lançou muita coisa ainda, né?
Lauren J: Eu sei!!! Eu literalmente só lancei quatro músicas até agora e mesmo assim as pessoas parecem continuar gostando de mim [risos]!
É meio improvável que as pessoas não se lembrem ou se importem com você depois de quatro lançamentos tão bons, Lauren! Fala sério!
Ah, eu te amo! Obrigada por dizer isso!
Agora conta um pouco pra gente sobre o remix de “Lento” com a Pabllo…
Quando a versão original de “Lento” foi lançada, ela veio falar comigo sobre o tanto que ela amou e perguntou se ela podia fazer parte, de alguma forma, da faixa! E eu fiquei “Oi?? Minha filha, você pode fazer o que quiser!”. Então ela e o Brabo [produtor do remix] se juntaram e deram um sabor brasileiro pra música, a levando pra um lugar novo e lindo! Eu sou extremamente grata pelo o que eles fizeram com a música, porque ficou boa demais!
Ficou demais! E como é a sua relação com a Pabllo?
Eu a conheci há alguns anos atrás em São Paulo quando fui fazer um show e é uma relação bem orgânica que continua a se desenvolver com o tempo, sabe? Queremos fazer mais músicas juntas e ela é fantástica! Eu a amo! Existe um amor e respeito mútuo entre nós duas que é muito especial. Qualquer relação que se baseia nisso é uma vibe muito boa pra mim. Amo pessoas autênticas e genuínas!
O que a Pabllo representa pra você?
A Pabllo é icônica demais e poder fazer parte de seu legado é algo incrível! Eu mal posso esperar para ter mais momentos assim e para nos apresentarmos juntas no Brasil!
Eu amo que no Twitter você comentou que esse remix de “Lento” é um presente para os seus fãs brasileiros, mas eu honestamente acho que quem ganhou um dos maiores presentes foi você, porque a quantidade de memes maravilhoso que os fãs respondem os seus tweets sobre a música… Eu espero que você entenda todos eles porque juro, eu passei mal quando vi, porque a qualidade do conteúdo ali, menina…
[Risos] A QUALIDADE DO CONTEÚDO!!!!!!!!! Os meus fãs fazem tudo!!!! Eu genuinamente não aguento os memes que eles respondem os meus tweets. Tem uma arroba – acho que é @laursaturnx – que fez o compilado de vídeos mais engraçado que eu já vi! É um monte de gente dançando “Lento” e do nada tem uma briga?! Eu preciso postar esse vídeo no meu Instagram! Hoje eu postei um monte de foto sexy, mas amanhã eu posto a fancam [risos].
Você é versátil! Nos fornece o melhor dos dois mundos, né? [Risos]
Você me entende! Num dia eu sou uma bad bitch e no outro eu tô rindo com a galera! Essa vadia tem um alcance [risos].
E o que os fãs brasileiros significam pra você? A gente sabe que têm os memes e tal [risos], mas o que eles significam pra você?
Eles têm um lugar especial no meu coração e sabem disso! Os fãs brasileiros estiveram comigo nos altos e baixos, durante todos as eras da minha carreira e da minha vida! O meu primeiro show solo foi em São Paulo e eu tive que até tatuar a data do show porque foi uma noite tão poderosa e tão emocionante pra mim! Eu lembro de sair do palco e chorar feito uma criança! Foi tão legal porque o meu gerente de palco, David, virou pra mim e disse “Lauren, você é uma estrela” depois desse dia e nossa, eu não consegui parar de chorar porque as pessoas sabiam as letras de músicas que eu nem tinha lançado oficialmente [risos]! As pessoas cantando em inglês [risos]! Foi muita emoção, te juro!
É a nossa especialidade–
Vocês são os melhores. O Brasil é o melhor, com toda certeza. Foi um dos melhores show da minha vida e tipo, mesmo que às vezes é difícil porque é tanta gente gritando que eu não consigo me ouvir cantando [risos], a energia, o amor que os fãs brasileiros transmitem é surreal. Eles dão tudo o que têm. Não tem energia meia-boca, não… É amor no seu potencial puro! É impossível não se emocionar, de verdade…
Se você passou mal de chorar no primeiro show, imagina quando você voltar com o álbum completo? Lauren, você vai morrer [risos]!
[Risos] OMG! OMG! OMG! Eu não consigo nem– Escuta, eu literalmente não consigo nem imaginar o que vai ser. A coisa pra mim é o seguinte: naquele show em São Paulo os fãs sabiam as músicas depois de ouvi-las pela primeira vez, então eu penso que quando eu lançar o meu álbum, elas vão ter mais tempo pra processar, entender e absorver as letras tão pessoais que escrevi, sabe? Eu vou ficar acabada quando eles cantarem essas letras de volta pra mim no show, na boa. Eu tenho signo duplo de água, cara! Eu provavelmente não vou nem conseguir cantar alguma dessas músicas de tanto que eu vou chorar [risos]! Os primeiros shows vão ser uma doideira, com certeza!
Acho que a merch da sua tour deveria ter lencinhos de papel para os fãs guardarem esse show de recordação!
[Risos] Ai meu Deus, sim! E com uma ilustração dos meus olhos com lágrimas!
Pronto! Já temos o design decidido [risos]!
Perfeito [risos]!
Lauren, você é uma daquelas artistas que tem tudo para fazer arte além da música, explorar isso é algo que você considera pro futuro?
Com certeza! Eu definitivamente me vejo fazendo mais do que música! Eu amo a arte de atuar, sempre amei cinema e a ideia de poder viver vários personagens é algo que definitivamente me atrai. É algo meio natural pra mim, eu costumo me adaptar em várias personalidades quando converso com alguém [risos]. Então, acho que atuar é algo que eu vejo no meu futuro – aliás, se souber de algum papel legal, me liga [risos]. Antes de tudo, eu sou uma escritora! Quero muito publicar algum dos meus poemas também e quem sabe um livro? Eu tenho um monte de coisa que venho escrevendo há um tempo, então… Veremos!
Uma das coisas que eu mais admiro e respeito em você como pessoa e profissional, é que você nunca ficou quieta sobre assuntos que são importantes pra você – independente da circunstância e dos riscos, principalmente sobre política! Como você equilibra essa politização com a indústria que você atua?
Eu era muito agressiva em relação aos meus pensamentos e convicções antigamente. Quando eu era mais nova era tudo muito angustiante pra mim e eu tinha uma energia de “foda-se todo mundo”, entende? Hoje em dia, sinto que existe uma calma dentro de mim para atingir o meu objetivo final que é fazer com que as pessoas amem a si próprias. Quero que as pessoas sejam apaixonadas pelos seus verdadeiros eus – que é uma jornada que eu estou vivendo, particularmente. Eu acho que hoje a minha política é compartilhar com o mundo essa minha jornada, principalmente numa realidade em que as pessoas mais novas estão navegando num universo cada vez mais superficial – coisa que muitas celebridades contribuem para acontecer. E eu tenho muito orgulho de ser eu mesma, mesmo que eu não seja perfeita e maravilhosa o tempo todo, eu acho que o importante é: honre o processo de crescimento e amadurecimento. É sobre mostrar para os outros que está tudo bem em não ser perfeito o tempo todo e sempre manter o pensamento e o coração aberto para novas possibilidades e ideias.
Claro! E eu preciso perguntar de como você está em relação à mudança da presidência americana na última semana [risos]!
[Risos] Eu devo dizer que estou muito grata que o Trump não está mais no poder porque ele era uma pessoa muito imprudente, divisiva e um idiota patético. Entretanto, não sou cega! O Biden e a Kamala Harris têm um histórico bem obscuro e cheio de merda… Considero muito da política americana como ótica, então estamos acostumados em lidar com políticos que sempre falam o que os outros querem ouvir – e nesse ponto, por mais que o Trump é um idiota, fez e falou coisas atrociosas e foi uma aberração, ele falava o que pensava e isso foi um choque, porque, presidentes antes dele eram e faziam coisas tão horríveis quanto ele, sabe? Eles só se escondiam por trás de discursos que os outros queriam ouvir e estavam acostumados a ouvir. Tipo, o Bush – muita gente não lembra, mas ele destruiu o Oriente Médio e a administração do Obama ajudou nisso também. Eu acho que o Obama fez muito para mudanças sociais, mas mais bombas foram soltas durante a sua administração do que no governo Bush. Então eu acho que uma das coisas mais importantes que eu preciso lembrar dos meus fãs além de eu mesma, é para não ficarmos complacentes que acabamos nos distraindo de novo na política de óticas. Não podemos esquecer da jornada de progresso pela qual estamos passando de responsabilizar as pessoas pelos seus atos, e não só num nível supérfluo, mas também num nível político e internacional – porque eu honestamente acho que as pessoas não têm noção do prejuízo que causamos fora da América do Norte. É o que eu te disse: não sou cega. Eu tenho esperanças de que o Joe e a Kamala irão fazer um bom trabalho pelo fato de que as pessoas estão mais vigilantes hoje em dia, depois da desgraça que o Trump foi. Vi que o Joe Biden já fez umas mudanças sociais, então acho que ele começou bem, mas não podemos cair na comodidade novamente.
As pessoas precisam responsabilizar figuras de autoridade. E tipo, na história do mundo, os políticos não se importam com o povo! Vivemos numa sociedade que é controlada por corporações e temos que ser muito reais sobre isso, o que não vai mudar porque a figura no poder mudou, sabe? Principalmente levando o fato de que [o Biden] é uma pessoa que mantém uma aparência decente. Não quero me perder numa América que acha que o pior acabou, que podemos descansar e que as coisas estão de volta ao normal. As coisas nunca foram normais! Pessoas negras são mortas, vítimas do gencídio desde à escravidão e isso nunca parou. Ainda temos centro de detenção para imigrantes funcionando e que removem o útero de mulheres sem o consentimento delas. Crianças separadas dos seus pais e perdidas num sistema sem fundamento. Enfim, tudo isso existe e eu não quero e não posso esquecer disso ao ponto de parar de incentivar progresso! Acho que essa é a coisa mais importante…
Com certeza! A minha última pergunta–
Eu exagerei naquela resposta, desculpa!
Que isso! A sua resposta foi incrível [risos]! Minha última pergunta é uma batalha de memes, qual é o melhor: o Bernie Sanders sentado na festa de inauguração do Biden ou os de “Lento” que os seus fãs fizeram?
[Risos] Eu estou genuinamente surpresa que ainda não fizeram uma mistura dos dois! De verdade!
Eu vou fazer pra você e te mando, pode ser?
[Risos] Muito obrigada! Sim! Um meme dele sentado e segurando a capa do single, algo assim…
Deixa comigo!
***
Se a Lauren pediu, tá feito:
https://www.papelpop.com/2021/01/uma-conversa-com-lauren-jauregui-sobre-pabllo-vittar-album-solo-politica-fas-e-claro-memes-brasileiros/
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BLADE RUNNER
Elaine Pereira
O que eu faria se eu pudesse (?)
Assisti um documentário sobre os "desastres espaciais". Antes de mais nada, observo que foi por pura curiosidade mórbida, igual àquela que dá origem aos congestionamentos de trânsito. Mas para que mais seria feito um programa desses senão para o nosso voyer macabro? Isso posto, e várias faces de horror e de enfado por mostrarem senhores de cãs com camisas floridas horrorosas e quepes (é esse o nome?) militares dando seus depoimentos de como foi horrível ver o fellow astronaut pifar ao seu lado ou ter que abortar a missão porque pifou um fio no número 6 da contagem regressiva, comecei a tecer algumas considerações. Se não fosse suscitar olhares de pena, eu ainda mencionaria que não tenho certeza absoluta que o homem chegou à Lua. Mas o que é uma certeza absoluta, não é mesmo? É, por exemplo, que pouquíssimas pessoas chegarão ao espaço. Ou serão astronautas. Ou orbitarão sei lá onde, enfim, poucos farão coisas de astronauta fora da Terra. Então lancei a pergunta - se você pudesse, tivesse todas as condições e preenchesse todos os requisitos, faria isso? A única resposta externa foi um lacônico não,não gosto nem de avião quanto mais essas bombas voadoras. As minhas foram mais ou menos iguais, não iria não, considerando-se as estatísticas do que já deu errado e que não tem museu pra visitar em órbita, eu declinaria. Resposta fácil. Mas então pensei - que interessante fazer coisas que poucas pessoas no mundo podem fazer - entrar ou sair de órbita, governar um país, descobrir alguma coisa nova e relevante, ou seja, para poucos. Mas ainda dentro do "poucos". A todas essas minha resposta seria não, obrigada, governar dá trabalho e de gênio passei longe. Porém para poucos é possível - muito trabalho (não vamos falar de governantes e trabalho), dedicação, abdicar de tantas coisas... mas, ainda assim, possível. A pergunta, porém, criou pernas. Ou asas. O que eu faria se eu pudesse? E como o reino do difícil mas possível não é bom o suficiente... Você voltaria no tempo? Você aceitaria a vida eterna? Agora ficou difícil. Sabemos (ou achamos que sabemos) que ninguém voltou no tempo fora da ficção e ao que consta ninguém está vivo desde sempre. Eu adoraria voltar no tempo. Mas e o paradoxo se mudar alguma coisa? Imaginem todo mundo voltando e mudando alguma coisa ao mesmo tempo! Um looping eterno de confusão. Mas eu queria mesmo era ver de perto coisas surreais que a humanidade cada vez mais louca já fez. A vida eterna também dispenso. Ainda mais se fosse para poucos, no estilo Highlander. Ver todo mundo ir embora século após século e ficar sentada sozinha na eternidade, esgotando a boa leitura e com tédio milenar? Não, obrigada. Mas permanece a pergunta, o que eu faria se pudesse?
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"Nunca mais vou receber um beijo desses, pelo resto da minha vida.
– Eu queria que pudéssemos ser amigos – digo acidentalmente em voz alta.
Guardei essas palavras dentro de mim por tanto tempo que agora tenho a sensação de que lancei uma bomba atômica. Joshua fica em um silêncio tão profundo que talvez não tenha me ouvido. Mas ele não demora a lançar um olhar tão presunçoso a ponto de fazer meu interior se contorcer.
– Jamais, nunca mesmo, seremos amigos.
Ele diz “amigos” como se estivesse pronunciando a palavra “patético”.
Em frente ao bar, diminui a velocidade e eu saio correndo antes de ele sequer parar completamente o carro. Ouço-o gritar com irritação meu nome. Percebo que me chama de Lucy.
O jogo do amor/ódio
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a história de uma relação
Tomando como referência o Seminário 20, Irigaray (1977/1985) problematiza a caracterização lacaniana do gozo feminino como inefável, suplementar à gerência fálica ou além da linguagem - ela interpreta tais descrições como uma sentença de exclusão do oração. A senhora é não toda; todo é o varão. Porque razão associar o todo, já de largada, a este? Como deve ser proferido sobre o seu gozo, mas uma vez a senhora se sustenta como alguém que não possui a pronunciar sobre o que seria o mas próprio de si. Ela é sócia à falta ao objeto, isto é, a termos que nossa cultura tende a ver como pejorativos.
“Não há A senhora ”, como afirma Lacan (2010, p. 150), cabendo a elas serem tomadas “uma a uma”. Irigaray vê nesse aforismo uma manobra política: tratá-las uma a uma possui como alvo oculta impedir que as mulheres, em conjunto, possam invadir uma representação discursiva ontológica, o que ameaçaria o predomínio masculino. Se a senhora não existe, ela parecido só entrar na relação sexual como mãe. “Se há um oração que demonstra isso, é o oração analítico, por pôr em jogo, cá, que a senhora só deve ser tomada como quoad matrem” (Irigaray, 1977/1985, p. 102).
Além de propor que se reajuste a relação mãe-filha - a mãe transmitindo às filhas uma representação dissemelhante do que seja uma mãe -, Irigaray (1984/1993) questiona se a psicanálise poderia lançar mão de outros recursos teóricos que revogassem o obumbração da senhora ao reduzi-la ao espaço da mãe - daí propor que a diferença sexual seja fraude a lascar da topologia do cross-cap ou da garrafa, de Klein. Todo esse dedicação buscava fugir do binarismo, que, segundo a autora, participa da engrenagem simbólica masculina condicente com os princípios dos sólidos - inalterabilidade retidão, assim, com o “Um” monolítico -, transportando-se aos estudos das propriedades dos fluidos a uma topologia não planificada em duas superfícies acopláveis que, em tese, acolheria a multiplicidade a imprevisibilidade. Daí elucubrar a “simbolização dos 2 lábios”. Seu caráter de brecha, movimento perenidade destoa da relação opositiva entre um item outro. Aliás, não estaríamos nos orientando pelo olhar, sentido preferencial da trama especular do varão, porém pelo toque: 2 lábios, constantemente se tocando, formando um círculo, permitiriam, por ex, a teoria de ser senhora mãe (Irigaray, 1984/1993, p. 167). Não existiria mestria nem relação binária supressiva cá.
Enorme projeto de Irigaray é efetuar uma mutação na ordem simbólica, ao expor seu viés patriarcal. A plano não é simplesmente forjar patrimônio de ter o feminino na linguagem, porém mudar seu trabalho. Há de se examinar as operações gramaticais, leis sintáticas, configurações imaginárias, redes metafóricas; a mecânica da linguagem que fortalece certas representações em dano de outras, gera certos significados impossibilita outros. Novas palavras devem ser inventadas usos inéditos imaginados para as remanescentes. A estrutura sintática morfológica da língua deve mudar. Participa desse esquema o processo de mimesis.
Trata-se de reaplicar às mulheres os estereótipos femininos, incitar repetição das visões degradantes atribuídas a elas. A imitação infinito alicerça o ideal de uma suposta origem, porém alguma coisa constantemente escapa questiona justamente se há origem. No final das contas, só há cópias sem um quesito de partida. Tais repetições nunca são muito-sucedidas - a senhora nunca é aquilo que deve ser dito ou expresso daquela forma, ou é alguma coisa a mas. “Da especularização para o espelho côncavo, quando as imagens refletidas do sujeito, suas articulações sejam embrenhadas de transformações paródicas” (Irigaray, 1974/1985, p. 144). Isto é, a mimesis é a iteração irônica de um atributo talhado à senhora com a pretensão de revelar que ela não deve ser reduzida a este, até o momento que tal interdependência seja descartada. Com a indução da mimesis, alguma coisa não é introvertido, Irigaray localiza cá o gozo feminino.
Enfim, Irigaray (1977/1985) comenta a representação do gozo feminino a gretar da estátua Enleio de Santa Teresa, de Bernini, que ilustra a capote do Seminário 20, de Lacan (2010): “Em Roma, tão longe, uma estátua, feita por um varão? Feita para ser olhada? Para descobrir do gozo de Teresa, talvez seja melhor recorrer a seus escritos. Porém como lê-la se é varão?” (p. 91). Da análise do gozo da senhora surge a proposta de um gênero de de escrita que abarcaria a singularidade da experiência do corpo feminino, categoricamente anunciado por Hélène Cixous em 1975. De forma, nasce o Movimento da escrita feminina: escrita experimental que possui objetivo política.
É simplesmente pela escrita, da na direção da senhora, assumido desunir o oração que possui sido administrado pelo falo, que as mulheres se confirmarão mulheres em outro espaço que o reservado a ela no pelo simbólico, isto é, um lugar outro que o silêncio. (Cixous, 1975/1981, p. 251)
Cixous (1937-) é filósofa, mestra universitária, poeta, dramaturga sátira literária. Sua escrita, um multíplice de teoria ficção, é dedicada à desmontagem de poderosas narrativas, mitos lendas presentes na literatura ocidental, que acabam por balizar nosso imaginário. Le rire de la méduse (1975/1981), insigne trabalho quando polêmica com a psicanálise, possui um clima de chamada a que as mulheres invoquem seus corpos como forma de sentença. “Cixous recorre a Clarice Lispector para ilustrar a conexão entre escritura do feminino transformação social” (Brennan, 1997, p. 32).
Em 1975, ao lado de Catherine Clément, Cixous publica outra obra de extensa repercussão, La jeune née, propondo que seria por meio da escrita que a senhora se colocaria por si mesma dentro da história - seja pela identificação com a heroína ficcional, na proposta de Cixous, seja com a histérica a feiticeira, para Clèment (Wright citado por Brennan, 1997, p. 199) - Dora, paciente histérica de Freud, teria assumido a representação da senhora que ousou ir todo o ser capaz do varão carmesim no rabino de Viena: a pretensão de lhe imputar seu descobrir levou a jovem a abandoná-lo.
Cixous expande seu programa ao teatro, que serviria como uma forma de “espacializar” esse classe de escrita revolucionária (Schiach citado por Brennan, 1997, p. 218). Deste modo, cria as peças Le nom d’Oedipe Portrait de Dora. Por sintoma, no Seminário 23, Lacan se cita a esta última:
Adoraria de apresentá-los, ou de recordar, para aqueles que já a conhecem, a alguém das quais palato bastante que se Hélène Cixous. Ela já tinha conformado, parecido, uma notinha sobre Dora em um número esgotado de Littérature, quando eu mesmo lancei “Lituraterra”, depois fez uma bocado, O retrato de Dora, que está sendo encenada no Petit Orsay. Achei que não está problema. Diz o que pensava a esse reverência àquela a quem chamo de Hélène a partir de a conheci, lhe diz que falaria disso. (Lacan, 2007, pp. 101-12)
Intervir nos códigos linguísticos, providenciar novas palavras, derrubar paquete gramaticais, “redigir , desta forma, forjar para ela uma arma anti-logos” (Cixous, 1975/1981, p. 250). Isto é, há de se ir proposta de fundamentação identitária.
Em projecto teórico, esta flanco feminista prega o retorno ao modo de andamento do temporada pré-edípico, a diferença sexual ainda não se implantou - um temporada ainda não submetido à lei à formatação regulatória fálica que exige a perda do caráter subversivo disruptivo da pulsão à proporção que se dirige à sua objetivo genital. A teoria é levar essa vulcânica parcialidade pulsional à atuação.
“Simbólico” “falo”, elementos cruciais para psicanálise, foram elaborados, segundo a autora, sob o cânone masculino com fins de guardar o controlar na mão dos homens.
Cá encontramos o incontrolável varão das pedras, sustentando-se ereto em seu macróbio reino freudiano, na forma quando, para restaurar a velha figura do quesito quando a linguística é conceitualizada como “revigorante”, Lacan a preserva no santuário do phallus (ø), “protegido” da falta concernente à castração. O “simbólico” deles existe, este detém ser capaz. (Cixous, 1975/1981, p. 255)
Agora, francamente em confronto com a letra lacaniana, ela afrima:
Não li “A significação do falo”? sobre a separação, sobre aquela uma parte do eu que, para nascer, deve-se subordinar a uma corte - uma amputação, eles dizem, constantemente a ser celebrada pelo seu libido? . . . O que é o libido originado desde uma falta? Um libido muito escasso. (Cixous, 1975/1981, p. 262)
Grátis a versão de que a psicanálise relegaria um lugar menor à senhora, enfim, Cixous (1975/1981) aconselha: “Zelo, minha amiga, ao significante que remeteria a poder de um significado . . . . Quebre o ciclo: não permaneça no fecho psicanalítico. Dê uma olhada, depois rompa (p. 263). Tal fúria encontra seu contraponto em Michèle Montrelay (1994), que “sustenta com Lacan uma autêntica relação de paixão respeitador”, conforme Roudinesco (p. 562).
Nesse contexto, essa “figura magnífica da extensa proeza lacaniana” (Roudinesco, 1994, p. 562) introduz a este “O ímpeto de Lol Choça. Stein”, de Marguerite Duras, para seu encantamento. No discussão fechado de 23 de junho de 1965, a constar no Seminário 12, de Lacan (2006), Montrelay é convocada a discorrer longamente sobre a obra de Duras. Por presságio, o exalo de Lacan é tamanho que o leva a lavrar neste mesmo ano o artigo “Homenagem a Marguerite Duras pelo impulso de Lol Canguçu. Stein”.
Em 1977, Montrelay publica L’ombre et le nom, que toma tal obra de Duras como estandarte do feminismo literário. Os personagens ganham ressalto justamente por serem atormentados, viverem no ociosidade, horrorizados capturados pelo - é com essa feminilidade remetida ao imprevisível, bomba que leva ao encanto mudo que os homens se defrontam.
No romance, ao presenciar a longa cena da dança de seu nubente com outra senhora, Lol permanece indiferente, presa em um impulso que a despossui de seu corpo, trancafiando-a em uma adorável experiência de gozo - este seria o lugar da sombra que Montrelay destaca no gozo feminino. Se, com Beauvoir, tratava-se de uma senhora que buscava se libertar, exigia direitos, questionava a ordem científico; com Duras, o feminino se desvela numa idiossincrasia até logo não descrita, ao flertar com o vago - porém sem mencionado ao excessivo.
Montrelay (1977) se esforça para entregar uma sustentação teórica rigorosa aos esquemas da escrita feminina, cujos pressupostos poderiam ser estendidos à clínica dos sujeitos femininos ainda promover o aproximação a um cosmos que o simbólico não atingiria. Montrelay questiona se a técnica psicanalítica não deveria levar em conta a particularidade do modus operandi da senhora, particularizando as modalidades da transferência da tradução. O que, para além dos enunciados, deve ser escutado na fala feminina que revelaria com mas concisão sua aspecto? O ritmo a musicalidade resultantes da “acumulação periódica da fala significante” (Montrelay, 1977, p. 28), cuja materialidade resiste ao conhecimento não é suscetível à tradução clínica mas geral.
Estaríamos cá em outra dimensão, não aquela do significante nem do significado: dimensão real. Transpõem-se essas “zonas de sombras”, pontos cegos do simbólico, indo do campina de pronunciação ao “caimento do nonsense que se abre em todo exposição, o real do oração” (Montrelay, 1977, p. 29).
Quanto à castração feminina, Montrelay (1977) afirma: “a senhora não é mutilada do pênis que nunca teve, porém privada das sensações da lascívia primária. Ela a esquece, ou mesmo recalca a feminilidade, tal esquecimento constitui a castração simbólica da senhora” (p. 74). A castração simbólica da senhora é correlata da privação de sua lascívia primordial. Se uma secção é suscetível à representação, entra no exposição deve ser recalcada, há outra faceta da lascívia feminina não representável - sua experiência de gozo que extrapola a diagramação fálica. De forma, a escrita feminina não deveria ser acolhida como uma método mas eficiente para ligar-se o inconsciente clarear o que até logo insistia em ficar na obscuridade, porém conceder vazão à vertente real do feminino.
Júlia Kristeva (1941-) é filóloga, psicanalista, sátira literária, romancista mestra emérita da Universidade Paris 7. Seu vasto trabalho, coligado ao pós-estruturalismo, percorre os campos da linguagem da arte, tangenciados pela estudo científico política, da mesma maneira que estabelece uma área de interação entre semiótica psicanálise.
Lacan (1976-1977), demonstra excitação pela sua obra. Em 17 de maio de 1977, com a própria autora na plateia de seu seminário, este diga: “Logo, por ser de extensa relevância, eu prosseguirei anunciar a vocês o lançamento pela Seuil de um artigo chamado Polylogue, que é de Julia Kristeva. Eu palato bastante desse artigo”. Lacan (1976-1977) chega a propor uma mixagem entre polylogue seu modernismo “linguisteria”: “polilinguisteria” (p. 73).
Um curioso incidente histórico entre Kristeva Lacan é a viagem que fariam em conjunto à Cabocla. Em 1974, ao lado de Roland Barthes, Jean Wahl Marcelin Pleynet, os 2 comporiam a delegação da periódico Tel Quel, organizada por Philippe Sollers, para visitar o território chinês. Lacan estaria entusiasmado em explorar o inconsciente dos chineses, dado que, segundo Kristeva, seria uma instância não estruturada como uma linguagem, porém como uma escrita. Todavia, Lacan declinou do invitação (Calvet, 2012, pp. 247-248).
Longe disso do que se passou com Irigaray Cixous, o lacanismo não foi tratado por Kristeva como um inimigo a ser combatido em seu possível ranço patriarcal heterossexista - ela (Kristeva, 1974/1984) se aplicou a adicionar o movimento do temporada pré-edípico do corpo pulsional na sua proposta de revolução na linguagem.
As práticas de significação, o conjunto sociopolítico a constituição do sujeito falante são disposições que, na visão de Kristeva, andam juntos - textualidade subjetividade são tratadas a lascar dos termos “semiótico” “simbólico”.
O temporada semiótico, para Kristeva, é regido por relações imaginárias os corpos de mãe rebento ainda são indiferenciados; seu trabalho se dá fora da fronteira fálica; as pulsões são parciais, em estado de dissipação. O semiótico é um instante quando não se adquiriram as mínimas unidades linguísticas, prevalecendo sensações, movimentos vocalizações - força regida pelo processo primitivo; não “normatizável”. “O semiótico precede todas e cada uma das unidades, estruturas de oposição binária formas hierárquicas de organização” (Grosz, 1989, p. 43). Se o corpo ainda não é uma unidade, a eminência sujeito-objeto ainda não pôde ser feita com perspicuidade; a diferença sexual não se implantou.
Essa tendência disruptiva do semiótico precisaria ser reprimida com finalidade de o sujeito se tornasse um ser falante entrasse na cultura sob a égide do simbólico das leis da linguagem. Todavia, a ingresso no simbólico não elimina o semiótico. Seu retorno se evidencia nas obras literárias de vanguarda - daí Kristeva se retornar para textos que sinalizem a instabilidade do sujeito apontem para a deformidade do sentido; nos afazeres experimentais de Mallarmé, Artaud Joyce, singularmente. Kristeva considera que a capacidade de choque dessas publicações teria efeitos políticos, fazendo fluir representações não assimiláveis à ordem social. Se Irigaray perseguia a diferença entre um sexo outro, Kristeva vai detrás da diferença interna de qualquer sujeito. Neste sentido, seria uma forma de introduzir o gozo excessivo sem limites do semiótico em contextura social via produção de textos, para desintegrar quaisquer representações estáveis, impedir enquadramentos identitários, como o decreto d’A senhora.
É nesse sentido que nós vamos poder escutar as advertências a fresco invasão da paranoia nos movimentos das mulheres, como a escandalosa sentença de Lacan “A senhora não existe”. De verdade, ela não existe com a letra maiúscula A, possuidora de uma unidade mítica - um controlar supremo, onde se baseia o terror do conseguir o terrorismo como o libido de controlar. (Kristeva, 1979/1986, p. 205)
No temporada pós-Maio de 68, os debates na França se inflamam no próprio interno do feminismo; ao lado da riqueza das atualidades literárias, várias facções aparecem, umas vibrantemente opostas às outras, em muitos pontos teóricos relativamente das meios que devem ser acatadas como forma de instigar reformas sociais. Se o movimento da escrita feminina - culpado, por diversos, de essencialista em sua abordagem do feminino - ganha terreno, surge também em solo gálico o “Movimento de liberação das mulheres”, manteúdo por Antoinette Fouque, Monique Wittig Josiane Chanel, que rechaçava método ontologizante da senhora. O conjunto Psicanálise Política, fundado governado por Fouque, figura mediano da profusão dos princípios desse retalho do feminismo, aquisição espaço, promove locais de discussão onde as mulheres poderiam falar ser escutadas, tanto sobre à vida política quanto à sua luxúria. Prega-se a reparação a valorização da relação mãe-filha, uma libertinagem entre mulheres a ser explorada, alguma coisa além do falicismo para o feminino. Além das reivindicações de ordem social, esse conjunto propõe “redigir, transcrever, interpretar a história da lascívia das mulheres desde uma escrita marcada, ela própria, pelo selo da diferença sexual” (Roudinesco, 1994, p. 562). Nesta toada, em 1974, Antoniette Fouque seu conjunto criam as Éditions des Femmes. Lacan estava por perto.
Durante essa idade, Lacan é apanhado pelo calor feminino . . . . No projecto teórico, Lacan não renuncia a nenhum tema de sua teoria anterior [a esse período dos anos 1970]. Porém o tom de seu oração é dissemelhante. Este entendeu a mensagem de Antoniette , se não adota nenhuma de suas afirmações, mostra-se sensível à novidade retórica da escrita feminina. (Roudinesco, 1994, p. 566)
Tal conjunto mantinha uma relação ambígua com a psicanálise: se, por um lado, prezavam a recobro lacaniana que se deu via instrumentos da linguagem, varias dessas feministas eram vinculadas a escolas, como psicanalistas ou “psicanalisandas”; por outro, contestavam a implicação no projecto social de pequeno número de de seus pilares conceituais que contribuiriam para o cenário de desfavorecimento da senhora, do mesmo modo que o andamento das próprias instituições psicanalíticas elementos da técnica em jogo na prática clínica, a serem problematizados por Wittig.
O nome de Monique Wittig (1935-2003) é associado ao que se convencionou invocar de feminismo radical feminismo lésbico. Seu trabalho se dá tanto na forma da teoria política, tal e como se apresenta na coletânea de textos The straight mind (1992), quanto na da literatura de L’opoponax (1964). Adepta do marxismo, é sátira ferrenha da psicanálise - da teoria ao andamento do enquadre médico das próprias instituições psicanalíticas: tanto o psicanalista quanto os “ensinantes” de local de ensino são encarados como mestres a sujeitar os pacientes discípulos a um descobrir hegemônico a uma conduta “apropriada”.
Wittig considera que a luta das mulheres deve se sustentar em um ótica dissemelhante daquele inicial do movimento feminista: no caso, retirando a senhora de cena - não se deve falar mas em vexação da senhora ou de senhora como dissemelhante. Wittig propõe que se vá estrategicamente da senhora à lésbica, visto que não seria prevista pelos preceitos da heterossexualidade.
Para a autora, a diferença sexual só existe mandamento social submetida à mesma dialética presente na luta de classes. O pensamento dominante determina que há duas categorias de sexos com diferenças biológicas a serem refletidas em contexto sociológico, legitimando, por ex, a repartição do trabalho. Se a senhora ocupa um lugar de espoliação nesse contexto, com intenção de haja alteração, a diferença sexual deve ser banida. Neste sentido, “é a vexação que cria o sexo, não o contrário” (Wittig, 1992, p. 2).
O que deve ser posto em xeque é a instituição das categorias “varão” “senhora”, que só acontece no sistema heterossexual. Para minar este sistema, entendido por Wittig como um regime político que se apoia na submissão das mulheres, aquelas categorias devem ser abolidas política, filosófica simbolicamente. Como as categorias “gênero”, “sexo” “diferença sexual”, por fazerem secção da straight mind, que não só estatuiu nosso espaço de conhecimento, como regulamentou nossas instituições toda cultura ocidental. A proposta de Wittig é a de que o humano seja abordado para além de toda categoria que envolva o sexual, rejeitando a ciência, também a psicanálise, que se fundamenta nele ao se regressar ao sujeito.
Vamos poder dize que para Wittig (1992), nada disso de Beauvoir, não se nasce senhora se deve fazer de tudo com finalidade de nunca se consinta em se tornar uma - tornar-se senhora se escora em mitos: ser a senhora de um varão, ser mãe ou outras qualidades combinadas ao feminino. A não correspondência a estes princípios justificação sofrimento. Wittig recomenda dissociar “senhora” mito, treinamento imaginária, de “mulheres” nível - o movimento feminista deveria levar qualquer senhora a ter a consciência de que os desvantagens que enfrenta são essencialmente desvantagens das mulheres nível.
Na nossa cultura, há uma percepção de invariância da verdade social, tal e como se não fosse mutável a lascar dos conflitos de nível. Para Wittig, o espiritualismo padeceria exatamente a mesma delírio - a fixidez dos dignidade em psicanálise seria forjada por um artifício de ser capaz com fins de extinguir as condições históricas subjacentes, o que, assim sendo, perpetuaria a situação de filtração tal e como se fosse naturalmente infundida.
Logo se fala em troca de mulheres, diferença entre os sexos, ordem simbólica, Inconsciente, Libido, Gozo, Cultura, promovendo um significado integral a esses dignidade, efetivamente são somente categorias fundadas a gretar da heterossexualidade, que gera a diferença entre os sexos como um mistério político filosófico. (Wittig, 1992, pp. 27-28)
Neste sentido, no que se refere à simbólico:
. . . eles objetam que há uma ordem simbólica, tal e como se estivessem falando de uma dimensão que não tivesse a ver com domínio. Pobre de nós, a ordem simbólica participa exatamente a mesma veras que a ordem política econômica. Há um continuum entre suas realidades, um continuum quando a abstração se impõe à materialidade deve formatar o corpo como a mente daqueles que oprime. (Wittig, 1992, p. 58)
O simbólico, nessa perspectiva, precisa ter alguma relação com a verdade - se não fosse deste modo, não haveria como vislumbrar renovações sociais a lascar dele. A negativização deste registro, como a mitificação fixação dos dignidade, seria no profundeza uma manobra política com a pretensão de ofuscar as condições históricas subjacentes, levando o sujeito a crer que a estado de submissão é um oferecido organico inabalável, barrando levantes de transformação.
Neste envolvente de ebulição do feminismo galicismo do canhoneio sofrido, Lacan não -ataca explicitamente em seus ditos escritos. Porém aclara o lugar da psicanálise ao se devotar à máxima paradigmática da não relação sexual.
Nos anos 70, ao formalizar a tese da carência da relação sexual, para dissabor da plateia feminista francesa que na era buscava as bases teóricas para sustentar não mas a paridade, como em um primeiro instante do feminismo, porém a peculiaridade da senhora em comparação com varão, Lacan diz que “A senhora não existe”. (Fuentes, 2009, p. 22)
Os aforismos “Não há relação sexual” “A senhora não existe” estão no cerne do desenvolvimento de sua teoria da sexuação, que teve início no Seminário 18 a ser definitivamente apresentada em suas proposições lógicas na tábua do Seminário 20. A forma que Lacan escolhe para cuidar da diferença dos sexos passa por avanços ao contemplar o falo função dentro da lógica as díspares modalidades de gozo.
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É muita responsabilidade jogada para seres tão jovens Não temos consciência de nossos atos e do que trarão Como vamos saber o que vai nos machucar, ou machucar o outro coração? Eu me sinto inerte Vejo na árvore um pássaro que se encoruja Depois de me contarem tudo o que fiz, minhas ações no calor do momento Eu só quero olhar o céu, esquecer tudo e fugir É muita imaturidade? Quem disse que eu tinha maturidade? Eu me importo com seus sentimentos, mas não aguento meus próprios Meu escapismo devia me atingir e não a você, não prejudicar terceiros Como me sinto quando descubro que lancei uma bomba Em diversos corações alheios? Que há raiva de diversas partes por minhas atitudes Enquanto eu virava Smirnoff, energético e breja? Tenho pouca idade, pra tantas pedradas Tantas lições erradas e não ter tido ninguém pra me ensinar desde pequena Isso é certo, isso é errado, nunca magoe os outros Magoe a si mesmo, eu aprendi Porém, do jeito mais difícil
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Rap God
Olha, eu ia pegar leve com você e não ferir seus sentimentos Mas eu só vou ter essa única chance Algo está errado, posso sentir (Por seis minutos, Slim Shady, é com você) É só um sentimento que eu tenho, como se algo estivesse para acontecer Mas eu não sei o quê Se isso significa o que eu acho que significa Nós estamos com problemas, grandes problemas E se ele é maluco como você diz Eu não vou arriscar Você é exatamente o que doutor receitou
Eu estou começando a me sentir como um Deus do Rap, Deus do Rap Todo o meu pessoal, da frente até o fundo, balança a cabeça, balança a cabeça Agora, quem acha que tem os braços longos o suficiente para uma luta de tapas, luta de tapas Dizem que eu faço raps como um robô, então me chame de rapbô
Mas pra eu fazer rap como um computador deve estar em meus genes Eu tenho um laptop no meu bolso de trás Minha caneta vai disparar quando eu engatilhar ela Tenho uma grana gorda graças aos lucros do rap Fiz disso um viver e um matar Desde quando Bill Clinton ainda estava no escritório Com a Monica Lewinsky sentindo o saco dele Eu sou um MC ainda tão honesto Mas tão rude e indecente quanto todo o inferno Sílabas, viciado na habilidade (mato todos com elas) Este hip-hop inconstante, com reviravoltas Você não quer realmente entrar numa briga boba Com este rapper incrível Portando uma MAC no banco de trás de um Acura Rap de rua porcaria, é, é, só blá-blá-blá E ao mesmo tempo Eu tento essas acrobacias líricas enquanto eu estou praticando isso Eu ainda serei capaz de quebrar a porra de uma mesa Nas costas de um par de viados e rachá-la ao meio Somente notei que era irônico Que eu tinha assinado com a Aftermath, depois do fato Como eu poderia não estourar? Tudo o que eu faço é soltar bombas de "foda-se" Sinta minha ira de ataque Rappers estão passando por uma fase difícil de menstruação Aqui está o absorvente É realmente desastrosamente ruim para o doido Enquanto eu estou majestosamente construindo esta obra de arte
Eu estou começando a me sentir como um Deus do Rap, Deus do Rap Todo o meu pessoal, da frente até o fundo, balança a cabeça, balança a cabeça Agora, quem acha que tem os braços longos o suficiente para uma luta de tapas, luta de tapas Me permitam mostrar a vocês que manter essa merda não é tão difícil, tão difícil
Todo mundo quer a chave e o segredo Para fazer raps imortalmente como eu tenho feito Bem, para ser honesto o esquema é Simplesmente raiva e exuberância juvenil Todo mundo adora torcer para um transtorno Atinge a terra como um asteroide Não fiz nada além de mirar a lua desde que MCs são levados para escola com essa música Porque eu uso ela como um veículo para transportar a rima Agora eu lidero uma nova escola cheia de estudantes Eu? Eu sou um produto de Rakim, Lakim Shabazz, 2Pac N.W.A., Cube, oi Doc, Ren, Yella, Eazy, obrigado, eles criaram o Slim Inspirado o suficiente para um dia crescer Estourar e estar em posição De encontrar o Run DMC e introduzi-los À porra do Hall da Fama do Rock n' Roll Mesmo que eu entre na igreja E queime em uma bola de chamas Único Hall da Fama que eu serei introduzido É o Álcool da Fama, no muro da vergonha Vocês, viadinhos, pensam que é tudo um jogo Até eu fazer um bando de bichas caminhar pra fora da prancha E me diga, em que diabos você está pensando? Rapazinho gay Tão gay que eu quase não consigo dizer isso com um rosto hétero, rapaz Você está testemunhando um massacre Como se estivesse assistindo uma reunião de igreja acontecer, rapaz Oy vey, esse garoto é gay, é tudo o que dizem, rapaz Você consegue um joinha, tapa nas costas E um parabéns da sua gravadora todo dia, rapaz Hey, rapaz, o que você diz, rapaz Eu recebo um "Isso aí" do Dre, rapaz Eu vou trabalhar por tudo o que eu tenho, nunca peço merda nenhuma a ninguém Saia da minha frente, rapaz Basicamente, garoto, você nunca vai ser capaz De acompanhar o meu ritmo, rapaz
Porque eu estou começando a me sentir como um Deus do Rap, Deus do Rap Todo o meu pessoal, da frente até o fundo, balança a cabeça, balança a cabeça O jeito que eu estou correndo pela faixa, me chame de Nascar, Nascar Dale Earnhardt do estacionamento de trailers, o Deus do Lixo Branco Ajoelhe-se diante do General Zod, este planeta é Krypton, não Asgard, Asgard
Então, você será o Thor e eu serei o Odin Seu roedor, eu sou onipotente Descarrego e depois estou recarregando imediatamente Com essas bombas que eu estou em punho E eu não deveria ser acordado, eu sou o morto ambulante Mas eu sou só uma cabeça falante, um zumbi flutuante Mas eu estou com a sua mãe fazendo garganta profunda Estou sem o meu miojo Noodle Nós não temos nada em comum, poodle Eu sou um doberman, se belisque no braço E preste homenagem, pupilo Esse sou eu, minha honestidade é brutal Mas é honestamente inútil Se eu não utilizar o que eu faço Para o bem pelo menos de vez em quando Então, eu quero garantir Que em algum lugar desses garranchos Eu escreva e rabisque rimas suficientes Para talvez tentar ajudar algumas pessoas a passar por momentos difíceis Mas eu tenho que manter alguns versos pesados Só para garantir, porque até vocês rappers desempregados Estão famintos olhando pra mim como se fosse hora do almoço Eu sei que houve uma época Em que eu era o rei do underground Mas eu ainda faço raps como se eu estivesse no meu jeito de Pharoahe Monch Então eu trituro rimas, mas às vezes quando você combina O apelo com a cor da minha pele Você se torna muito grande e lá vem eles tentando censurar você Como naquele verso que eu disse em I'm Back, do Mathers LP Aquele em que eu tentei dizer que eu vou pegar sete crianças de Columbine Colocar elas todas em linha, adicionar uma Ak-47, um revolver e uma nove milímetros Veja, se eu ficar livre dessa agora quer dizer eu não sou tão grande quanto eu era Mas eu estou me transformando em um imortal Que vem através do portal Mas você está preso no túnel do tempo de 2004 E eu não sei pra que porra você rima Você é tão inútil quanto a Rapunzel de trancinhas Você escreve normal? Foda-se ser normal E eu acabei de comprar uma arma de raio do futuro Só pra vir aqui e atirar em você Como quando o Fabolous deixou o Ray J furioso Porque o Fab disse que ele parecia um viado na almofada do Maywheather Cantando para um homem enquanto eles tocavam piano Cara, oh, cara, isso foi um especial de 24 horas no canal a cabo Então o Ray J foi direto à estação de rádio No dia seguinte: Hey, Fab, eu vou te matar Letras vindo até você em velocidade supersônica (J.J. Fad) Uh, summa-lumma, dooma-lumma, você está supondo que eu sou um humano O que eu tenho que fazer pra você entender? Eu sou super-humano Inovador e eu sou feito de borracha Então qualquer coisa que você diz está ricocheteando em mim E vai grudar em você E eu estou devastando, mais do que nunca demonstrando Como dar à porra do público um sentimento de estar levitando Nunca desaparecendo, e eu sei que os invejosos estão eternamente esperando Pelo dia em que eles podem dizer que eu decaí, eles estarão celebrando Porque eu sei o jeito de deixá-los motivados Eu faço música que eleva, você faz música de elevador Oh, ele é muito mainstream Bem, isso é o que eles fazem quando eles ficam com inveja Eles confundem Isso não é hip-hop, é pop Porque eu descobri uma maneira foda de fundir isso com rock Shock rap com o Doc Lancei Lose Yourself e fiz eles enlouquecerem Eu não sei como fazer músicas assim Eu não sei quais palavras usar Me avisem quando acontecer com você Enquanto eu estou rasgando qualquer um desses versos Que contra você, eles são cortinas Eu estou te machucando inadvertidamente Quantos versos eu terei de matar para provar Que se você fosse metade tão bom em suas músicas Você poderia sacrificar virgens também Repetente na escola, viciado em pílulas Mas veja as honras que essas habilidades me trouxeram Cheio de mim mesmo, mas ainda faminto Eu intimido a mim mesmo porque eu me obrigo a fazer o que eu coloco na minha cabeça E eu estou a um milhão de léguas acima de você Doente quando eu falo em línguas Mas ainda é com ironia, vai se foder Eu estou bêbado, então Satã, assuma o volante Eu estou dormindo no banco da frente Bombando Heavy D and the Boyz Ainda robusto, mas badalado Mas na minha cabeça há algo Que eu posso sentir se revirando e brigando Anjos lutam com os demônios E aqui está o que eles querem de mim Eles estão me pedindo para eliminar um pouco do ódio pelas mulheres Mas se você levar em consideração o ódio amargo que eu tive Então você pode ser um pouco paciente E mais simpático com a situação E entender a discriminação Mas, foda-se, a vida está te dando limões Faça limonadas então Mas se eu não posso bater nas mulheres Como é que eu vou assar um bolo pra elas então? Não confunda ele com o Satã É um erro fatal Se você acha que eu preciso estar em outro continente E tirar férias para viajar ao exterior E fazer ela cair de cara E não seja um retardado Ser um rei? Acho que não Por que ser um rei quando você pode ser um Deus?
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Oii faz um texto de Desculpa para minha melhor amiga. Motivo fui na cabeça dos outros e fiz merda perde a minha melhor amiga giih 😿😿
Eu sei que palavras não servirão, eu sei que te machuquei, e te peço perdão. Errei sim, como um humano pode errar quando está machucado pelas circunstâncias da vida. Eu entendi as coisas do meu modo, do meu jeito e era td ao contrário né? Muitas vezes dizemos coisas, ou até mesmo fazemos algo que dói nas pessoas. E sei que fiz algo que te magoou muito. Eu sei que sem querer, lancei uma bomba sobre nossa amizade. Eu sei que ela está em pedaços.Mas eu quero que entenda que a gente erra. Eu como qualquer uma, tenho defeitos e qualidades. Por mais que eu queira, eu não posso voltar no tempo e evitar ter feito o que fiz. Meu coração queria um tempo no meu canto, e foi isso que eu fiz. Mas eu não sabia que esse tempo, iria criar uma enorme cicatriz no meu peito. Eu estou sentindo lá no fundo, como é ser rejeitada, como eu rejeitei. Como é ser abandonada, como eu abandonei.Talvez as coisas nunca mais voltem a ser como eram, e isso me dói. Mas agora, com o meu erro, eu tenho que aceitar. Afinal, eu estou pagando pelo erro que eu mesma cometi. A sua frieza é minha culpa. A sua dor é minha culpa. A sua mágoa é minha culpa. Minha vida não tem sentido sem você, me perdoa e esqueça o que aconteceu. Me dê essa chance de recomeçar e consertar o meu erro, por favor! Este não é um texto qualquer, este é meu grito de desespero e de dor, em busca do seu perdão!
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A Secretária da Secretária do Pasquim
Dorothy Coutinho PARA REAÇÃO IRRITADA, DIGITE 5 Dou “bom dia, vida”! – todos os dias. Isso porque sou otimista. Mas, ando pensando em escrever sobre as pessoas adultas vulneráveis, ou a chamada Quarta Idade, porque apesar de todos os brilhantes conselhos dados por especialistas na mídia em geral, a Terceira Idade é uma Merda gigantesca. Imaginem a Quarta. Mas seria queimar etapas e até lá, quem sabe pode ser que nem tenha mais nada para queimar. As garrafas que lancei ao mar com mensagens não voltaram e as que voltaram chegaram sem respostas. As perguntas que fiz aos meus gurus sobre o Kama Sutra ou O Capital, ou uma combinação dos dois, ficaram sem eco e nenhum deles tinha a resposta certa. Para não fazer parte da turma que espera resignada a sua vez de sentar-se num sofá com o controle remoto na mão esperando a morte chegar, fiz uma visita no endereço virtual que uma pessoa havia me passado recentemente, segundo ela, de entretenimento. Tentei, tentei.... Acho que ela me deu o endereço errado. Fui bater num site que ensina a fazer bombas caseiras para distribuir nos 3 Poderes em Brasília. Meia hora após tentei novamente e dei de cara com um bigodão (penteado à moda rastafári) que propõe a troca de fotos de seus bigodes ridículos com as fotos de outros bigodes tão ridículos quanto os seus em todo o mundo. Dei um tempo... Voltei a procurar o endereço virtual, e... Eis que encontro num site alguém que compra órgãos humanos para comer;;;;;;;;;;;;;; Nada tão espantoso, afinal na minha cidade andam exterminando os gatos de rua, provavelmente com a mesma intenção do sujeito dos órgãos humanos, Sou muito apegada a todos os meus órgãos, mas só por curiosidade perguntei como ele prepara a iguaria. Depois da ilustração macabra, atônita e sem assunto sugeri para encerrar, que meu fígado fosse servido acompanhado de um vinho de boa safra. É gente. Tem sido o meu desencanto encontrar nesse fascinante mundo doente da internet, seres humanos reduzidos às suas esquisitices livres de qualquer controle. Terroristas, fetichistas, tarados, canibais – só espero que sejam minorias neste universo. Há algo de assustador nessa variedade, nessas buscas por afinidades estranhas, à espera do toque na sua casa, na sua vida, sei não. Se essa é a cara mais terrível da liberdade – cara nenhuma, ou apenas a cara que se quer mostrar, eu desisto. E a primeira condição para ser mesmo da turma do meu tempo é não freqüentar a internet. Prefiro continuar tentando o contato humano, através das nossas hesitações, dos nossos erros de concordância, do nosso resfriado, ou após minha reação irritada ao telefone ouvir da atendente: “para reação irritada, digite 5”!
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me demoro.
ei,
já percebeu há quanto tempo eu não te escrevo?
sim, parece que estou te esquecendo. parece que a cada dia que passa estou te esquecendo mais e mais e mais. ontem, dia dos namorados. há 8 anos eu não sabia o que era não forjar nenhum tipo de celebração para este dia. ei, você não está aqui. mas eu estou aqui. sim. eu estou no Rio, onde passamos a maior parte dos nossos dias dos namorados juntos. desde o primeiro dia dos namorados. aquele dia que te dei um girassol lindo, e fui vestida de branco - como noiva - dizer que te amava. e você..e você? você cagou em cima das rosas e daquele romantismo piegas. você fez que não. você fez que não era com você ou não era com a gente. você se fez para seu amigo que estava te visitando. aquilo que não tem nome de amor. foi isso que você me fez naquele dia. você me fez aquilo que não tem nome de amor, nem de outra coisa qualquer.
e eu? eu entristeci,
eu jurei que não era comigo, ou era com você ou era sobre nós. eu jurei que aquilo que não tem nome de amor era o próprio dia dos namorados. mas precisei jurar com força porque dentro de mim, eu me derretia pelo dia dos namorados. sempre levei muito a sério essa data imbecil que não tem nome de amor. eu sei. não tem.
mas ontem, ontem todos os casais estavam na rua. lindo belos. mulheres de tops curtos e calças ou saias, com seus homens belos. homens com seus outros homens belos, mulheres com suas mulheres belas. jurei que aquilo tinha nome de amor. fiquei feliz por ver amor estampado nas ruas pelo centro do rio. amores mascarados e exaltando amor pelas vienas abiertas de la America, latina.
amores latinos. o rio é sempre sobre isso, amores latinos. cores, tecidos leves, corpos movediços. eu só pensava em duas coisas: uma garrafa de vinho e uma barra de chocolate. sabe que eu nunca experimentei a mistura de vinho e de chocolate?? mas ontem, justamente ontem me pareceu fazer muito sentido. vinho e chocolate. uma garrafa inteira de vinho para mim senhor, por favor. e um chocolate amargo, puro, sem nada além de manteiga de cacau e cacau.
substituí o vinho por café. vivi meu momento, agora, em pleno horário de almoço de domingo. quando tenho certeza de que aqui não permanecerei. sim, eu sei, você também já sabia - provavelmente. o que eu estou fazendo aqui na cidade louca? o que eu estou fazendo aqui na cidade louca?
me cansei. tá na hora de ir. e você sabe né? quando dá minha hora, eu já fui. estou indo, vou construir um caminho de ida até o próximo fim de semana. de segunda a quarta vou fingir que levo uma vida normal e de quinta em diante vou começar a partir, fechar os ciclos, fazer minhas despedidas e arrumar as malas.
estou empolgada. sinto que é hora de ir. parece que a cada dia que passa eu volto a estar mais perto da minha casa, ao mesmo tempo que me parece que eu estou me libertando de qualquer noção de cada que possa existir.
não ter lar, tem pouso
me acomodo na construção de um novo espaço com a mesma agilidade que me desfaço dele. sabe mesmo o que eu queria: chamar um novo grande amor para seguir comigo pela estrada. ele já tem até nome. inventei um nome para ele: Ulisses. o que você acha desse nome? te parece que esse nome tem nome de amor?
essa coisa que tem nome de amor me lembra de Hilda. há algum poeta de Hilda sobre isso isso em mim que anseia despedida não tem nome de amor é aquele poema que escrevi para você quando resolvi me mudar de Curitiba. Foi quando te dei aquela caixinha linda de madeira, coloquei a poesia dentro, com algum cheirinho especial, e um livro sobre corpo e Ayurveda.
nessa semana comecei a pensar que os melhores presentes que resolvemos dar um para o outro foram no final do nosso relacionamento. você me deu o Tarot e eu te dei a panela de ferro. Foi como uma despedida né? Através daqueles objetos deixamos marcar tão fundas cravadas no corpo um-do-outro. eu deixei em você uma marca a qual você nunca vai se separar. e você deixou em mim uma marca eterna. O tarot tem sido meu guia. Eu não me lembro de você através dele, mas você está nele. Está nele de um jeito completamente mágico, silencioso e humilde. Não há você em todo o momento que eu contemplo o tarot, mas há o seu silêncio. O silêncio de quem dá algo não para exaltar a si mesmo, mas para convocar a força que há em mim. você me presenteou com um ritual de reconexão com a minha própria intuição. assim como a panela te reconecta com sua própria intuição nos feitios mágicos de seus pÃes. que presente em? que presente fomos na vida um do outro.
pausa.
não sabia que esse texto ia dar nisso. não sabia que iríamos cair de novo nessa exaltação do nosso amor que nunca nos ajudou a sermos humildes.
vou falar um pouco de dor novamente. para sairmos na humildade.
e eu vou te dizer que essa dor hoje que dói em mim é até uma dor boa. (confesso que não sei de onde veio essa frase. mas ela veio justamente assim, logo ali quando eu lavava as vasilhas "confesso que essa dor que dói agora em mim é uma dor boa")
te fiz levar todos os nossos albuns de foto consigo. eu lancei os albuns em cima de você como se fossem bombas relógios. eu queria que os albuns explodissem sob as paredes. você encurvou e protegeu o seu corpo. você estava com medo de mim. sabe que foi bom perceber que você achou - por algum instante - que eu poderia te ferir? confesso que no horror imenso daquela situação à qual eu - e nós - nos colocávamos, eu gostei de ver aquilo. gostei de ver você tendo medo de ser ferido por mim. não ferida de palavras, mas ferida de corpo mesmo. você ficou com medo que eu te machucasse, que eu quebrasse um objeto em você ou lançasse aquele álbum de fotos sob o seu corpo. no ridículo daquela situaCão eu confesso que enxergo qualquer coisa de beleza. sim, me desculpa, beleza.
os albuns ficaram com você, assim como tudo o que te pertencia e assim como as coisas que nos pertenciam mas que vieram através de você, das suas histórias, da sua família. com sua despedida tive que me despedir de coisas que era muito especiais para mim. eu criei um amor com aquele jogo de pratos de cerâmica que era da sua mÃe. não sei porque, mas até hoje eles são parte de mim. assim com as chaleiras antigas. você ficou com as fotos, com os pratos, e alguns talheres.
e eu, eu fiquei com sua japamala, que você esqueceu, por acaso, naquele dia que faríamos um ritual de re-conexão que não aconteceu. por que você foi atrás de mim mesmo? aquela cena de você falando que estava com medo ainda me soa como algo completamente ridículo. até hoje.
com uma dor imensa, lancei os álbuns em você. não fiquei com nossas fotos. não fiquei com nossas memórias. mas, tchanam, um filme para ser revelado da câmera analógica ficou em minhas mÃos.
sempre o universo os pregando suas peças né. levei o filme para revelar como quem visita uma cartomante e tem a possibilidade de descobrir sobre uma vida passada qualquer. eu sabia que o filme revelaria nosso passado não tão distante, início da pandemia em Curitiba. mas não tinha ideia do que mais aquela câmera poderia revelar.
quando fui buscar a revelação, fui firme, sabendo que estava prestes a lidar com conteúdos intensos. já imaginava onde eu iria sentar, que tipo de apoio ou sustento eu precisaria ter para me deparar com aquilo. e eis que pego o envelope da revelação e só encontro o negativo das fotos. sim. eu disse que só queria a revelação das fotos. e após uma discussão acalorada com as atendentes da loja, descubro que só se revela o negativo, e que se imprime o filme, as fotos no papel. bem, não vou saber de explicar direito o dilema, mas sei que minha voz estava acalorada. mas porque vocÊ está brigando tanto por isso que você nem queria receber, minha filha?
sim, justamente. eu brigava com o universo através da discussão sobre revelação, impressÃo, scanneamento com aquelas mulheres. eu brigava comigo mesmo. eu brigava com os sentimentos que eu acessava já vendo o negativo daquelas fotos. eu via uma travessia que foi feita entre 3 cidades através daquelas fotos. eu tinha raiva das fotos, de nós dois e de o universo ter me deixado de brinde aqueles registros. os registros que eu não quis guardar mas que estava li, escrachados na minha cara e que agora, se eu quisesse vê-los em tamanho 10x15 em cores vivas e bordas brancas, eu deveria lutar mais um pouco. eu deveria pedir, agora com clareza e precisão para que eu pudesse ver.
bizarro né?
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MC Kabeça - Acordei Sorrindo (kondzilla.com)
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A bomba voltou! Confira “Acordei Sorrindo” um projeto do Caldeirão do Huck com o MC Kabeça e o Canal KondZilla!
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LETRA: Hoje eu lancei uma garrafa de gin Pra comemorar aonde nois chegou Zé povin comenta que eu tô bonitin Faço brinde pra quem desacreditou Quem…
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Eu sei que palavras não servirão, eu sei que te machuquei, e te peço perdão. Errei sim, como um humano pode errar quando está machucado pelas circunstâncias da vida. Eu entendi as coisas do meu modo, do meu jeito e era td ao contrário né? Muitas vezes dizemos coisas, ou até mesmo fazemos algo que dói nas pessoas. E sei que fiz algo que te magoou muito. Eu sei que sem querer, lancei uma bomba sobre nosso amor. Eu sei que ele está em pedaços.
Mas eu quero que entenda que a gente erra. Eu como qualquer uma, tenho defeitos e qualidades. Por mais que eu queira, eu não posso voltar no tempo e evitar ter feito o que fiz. Meu coração queria um tempo no meu canto, e foi isso que eu fiz. Mas eu não sabia que esse tempo, iria criar uma enorme cicatriz no meu peito. Eu estou sentindo lá no fundo, como é ser rejeitada, como eu rejeitei. Como é ser abandonada, como eu abandonei.
Talvez as coisas nunca mais voltem a ser como eram, e isso me dói. Mas agora, com o meu erro, eu tenho que aceitar. Afinal, eu estou pagando pelo erro que eu mesma cometi. A sua frieza é minha culpa. A sua dor é minha culpa. A sua mágoa é minha culpa. Minha vida não tem sentido sem você, me perdoa e esqueça o que aconteceu. Me dê essa chance de recomeçar e consertar o meu erro, por favor! Este não é um texto qualquer, este é meu grito de desespero e de dor, em busca do seu perdão!
Desculpa H...
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DEU A LOUCA NO PEITO?
Hoje, 1° de ABRIL, dia da mentira, quase meio mundo “endoidou” com notícia de que a FINA apresenta novas mudanças para o nado de peito, publicadas no site Swimswam em inglês e em italiano!
Entre as principais mudanças, virada sem tocar com as mãos e número ilimitado de golfinhadas até os 15 metros!
Lancei nas redes como UMA BOMBA! E as reações foram as mais diversas e às centenas!…
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Eu sei que palavras não servirão, eu sei que te machuquei, e te peço perdão. Errei sim, como um humano pode errar quando está machucado pelas circunstâncias da vida. Eu entendi as coisas do meu modo, do meu jeito e era td ao contrário né? Muitas vezes dizemos coisas, ou até mesmo fazemos algo que dói nas pessoas. E sei que fiz algo que te magoou muito. Eu sei que sem querer, lancei uma bomba sobre nossa amizade. Eu sei que ela está em pedaços.
Mas eu quero que entenda que a gente erra. Eu como qualquer uma, tenho defeitos e qualidades. Por mais que eu queira, eu não posso voltar no tempo e evitar ter feito o que fiz. Meu coração queria um tempo no meu canto, e foi isso que eu fiz. Mas eu não sabia que esse tempo, iria criar uma enorme cicatriz no meu peito. Eu estou sentindo lá no fundo, como é ser rejeitada, como eu rejeitei. Como é ser abandonada, como eu abandonei.
Talvez as coisas nunca mais voltem a ser como eram, e isso me dói. Mas agora, com o meu erro, eu tenho que aceitar. Afinal, eu estou pagando pelo erro que eu mesma cometi. A sua frieza é minha culpa. A sua dor é minha culpa. A sua mágoa é minha culpa. Minha vida não tem sentido sem você, me perdoa e esqueça o que aconteceu. Me dê essa chance de recomeçar e consertar o meu erro, por favor! Este não é um texto qualquer, este é meu grito de desespero e de dor, em busca do seu perdão!
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