Tumgik
#jonnyjeepéshow
Text
King Arthur - The Legend of The Sword
Se houvesse eleição, a plebe elegeria o Vortigem
Guy Ritchie é um cara que não mente pra você. Se você não gosta das coisas que ele faz tudo bem. É só não ir ver os filmes do cara. Se você foi e ficou surpreso com o resultado, a culpa é sua. E esse é o problema com Rei Arthur. Isso mesmo. O problema é você, não o filme.
Então. O filme abre com uma cena grandiosa com pontes, elefantes gigantes, musica grandiloquente, traições e sacrificios. Corta para uma cesta e um prostibulo. A música acelera arfante. O moleque que vei na cesta igual Moises leva umas porradas. Corta, mais porradas, esconde dinheiro, olha o mestre kung fu, defende as prima. Repeat. Corta para o Hunnam dando piti por causa dos pesadelos recorrentes com o Death Dealer. Bam. Toda a infância do protagonista em um video clipe de uns dois minutos. Isso é Guy Ritchie. E você estava esperando um épico glorioso com musicas em crescendo igual Senhor dos Aneis e Game of Thrones. Lamento. Aqui o bonde é frenético. Você esta errado.
Feito isso, a história começa de fato. E como sempre é sobre mafia e sobre Londres. O cara só tem um truque. E é um bom truque. Segue a história contando as desventuras de Artie, a espada que dá choquinho, Jude Law com suas entradas de boladão acendendo vela com a força do pensamento, a gloriosa Astrid Berges-Frisben fazendo uma Morgana cujo nome não é citado. O resto do elenco tá lá, fortalecendo. Tem os cavaleiro da pré-tavola, o Djimon Houson com sua voz empostada, o Mindinho bancando o arqueiro e por aí vai. Entre efeitos especias, cenários deslumbrantes e bate bocas malandrinhos até o final. Nada de novo no reino de Camelot. Ou do Ritchie.
Não diria que é um belíssimo espécime de cinematografia, mas merecia mais. É um universo interessante, com atores honestos, uma identidade visual forte e uma trilha absurdamente boa. O brinquedo dos Piratas do Caribe gerou cinco filmes na base do carisma febríl de um homem. Eram para ser seis filmes! Me dá três! Eu não estou pedindo muito!
Mas vivemos na terra onde o pão e o circo tem que ter sempre o mesmo sabor se não a turba se rebela. Dane-se. Vou escutar a OST outra vez e você que fiquem com sua comida requentada.
0 notes