#invocando os brasileiros
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aro-pancake · 9 days ago
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QUANDO DIGO QUE DEIXEI DE TE AMAR!
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chrystinaamanda · 6 months ago
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jason brasileiro e automaticamente invocando fas brasileiros, viva o brasil e o povo brasileiro que sabe ler hc ali no final e nao ser igual os bestao que ta questionando a porra do trem quando ja fala que é um hc OU SEJA TIRAMOS A IDEIA DO CU BANDO DE BURRO
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my batfam face ref sheet i made for myself + my ethnicity hc's for them :]
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escritordecontos · 3 years ago
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Bohemian Rhapsody
ONTEM assiti o filme sobre o Freddie Mercury. Primeira coisa que descobri é que ele era paquistanês e não inglês, como pensava que fosse. E que quando o Queen se juntou foi em 1970, um ano antes do meu nascimento. Freddie morreu em 1991 com 45 anos decorrente da Aids. O filme me lembrou Cazuza, que também morreu por causa da Aids em 1990 aos 32 anos. O brasileiro e o paquistanês naturalizado inglês viveram pouco, mas viveram intensamente. Tanto Cazuza, o filme, que assisti no cinema quando lançado, quanto Bohemian Rhapsody que vi só ontem, já queria ter assistido, me deixaram mexido. Pessoas que vivem intensamente me fascinam, acho que gostaria de ser assim, de viver assim, de ser como eles, loucos e com os cabelos nas ventas. Mas eu não sou, sou gelado como uma iceberg, do meu coração de gelo sai água gelada, acho que é Gore Vidal que diz algo parecido, que também foi gay e morreu em 2012 aos 86 anos em Hollywood Hills, Los Angeles, o romancista teve uma vida mais longa que a vida de Cazuza e Freddie somadas. Sinceramente não sei se viver muito é uma vantagem, a velhice não é agradável, a longevidade não é um privilégio. Ainda assim ninguém quer viver pouco, Jeff Bezos, de 57 anos, que está entre os mais ricos do mundo, investe em pesquisas sobre como estender a vida, ter saúde, manter a "juventude", não apenas ele, mas outros bilionários também querem viver o máximo possível para bem aproveitar a boa vida dos muitos ricos. Alguns pobres também aproveitam a vida loucamente e morrem jovens. No mundo das artes alguns morreram aos 27 anos, esses foram embora geralmente vítimas de overdose, outros viveram mais um pouquinho e morreram de Aids, como é o caso dos dois mencionados neste post, mas se você viu Pose, viu que na década de 80 e começo dos 90 morreram pencas de viados por causa da Aids, que não distinguia famosos de não famosos.
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LONDRINA rejeitou o projeto que instituiria o Conselho LGBTQI+ que foi votado hoje pela Câmara de Vereadores daquela cidade e vencido pelos contras, do lado de fora favoráveis e contrários manifestavam com bandeiras arco-íris e do lado oposto pessoas ajoelhadas rezavam o pai-nosso invocando os bons costumes e a preservação da família bíblica, macho e fêmea deus os criou. O projeto da criação do Conselho era do prefeito, tinha o aval de dois ex-prefeitos, do Ministério Público e (pasme) do arcebispo. O atual arcebispo daquela cidade é alinhado com o papa Francisco e portanto tem ideias progressistas. E Londrina ficou sem um Conselho LGBTQI+.
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roundaboutmidnight · 6 years ago
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09 de maio
Bom dia a todos!...
Neste dia:
Nasceu, em 1895, o importante poeta brasileiro Ascenso Ferreira.
Nasceu, em 1946, a ótima e linda atriz norte-americana Candice Bergen.
Nasceu, em 1949, o grande músico, cantor e compositor norte-americano Billy Joel.
Billy Joel, (William Joseph Martin Joel) nasceu no Bronx no dia 9 de maio de 1949. É um cantor, compositor e pianista norte-americano. Em 1973, lançou sua primeira música de sucesso, "Piano Man". De acordo com o RIAA, Joel é o sexto artista que mais vendeu nos Estados Unidos, com 78,5 milhões de discos. Joel tem músicas de sucesso entre os anos 1970, 80, e 90; alcançando por 33 vezes o Top 40 nos Estados Unidos, todos os quais ele próprio escreveu. Ganhou o Grammy 6 vezes e teve 23 nomeações. Já vendeu mais de 150 milhões de álbuns pelo mundo a fora. Foi incluído no Songwriters Hall of Fame em 1992, no Rock and Roll Hall of Fame em 1999 e no Long Island Music Hall of Fame em 2006. Em 2001, Joel recebeu o prêmio Johnny Mercer do Songwriters Hall of Fame. Em 2013, Joel recebeu o Prêmio Kennedy, a maior honraria estadunidense por influenciar a Cultura Americana através da arte. Com a exceção da canção de 2007 "All my Life" e "Christmas in Fallujah", Joel parou de escrever e lançar material pop/rock após o álbum de 1993 River of Dreams. No entanto, ele continua a fazer turnês, e toca canções de todas as eras da sua carreira solo em seus shows. A coletânea "Greatest Hits Volume I & Volume II" é o disco duplo mais vendido de todos os tempos, segundo lista da RIAA. Billy Joel é um dos artistas mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada de 475–510 milhões de dólares.
Candice Patricia Bergen nasceu em Beverly Hills no dia 9 de maio de 1946. É uma atriz norte-americana. Após a carreira de modelo, começou no cinema nos anos 60 e, apesar de críticas nos primeiros filmes, foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante em cinema e para o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme Starting Over. Em 1982, depois do sucesso de Gandhi, filme vencedor de oito oscares em que ela faz o papel da renomada fotógrafa Margaret Bourke-White, uma das poucas ocidentais a compartilharem da intimidade do líder indiano em seus últimos tempos de vida, Candice passou a trabalhar na televisão. Ela namorou Henry Kissinger, o jornalista brasileiro Tarso de Castro e foi casada com o cineasta francês Louis Malle até a morte dele em 1995, com quem teve uma filha. Candice e seu então namorado Terry Melcher, filho da atriz Doris Day, moraram em 1050 Cielo Drive, em Beverly Hills, uma grande mansão na área mais nobre da cidade, que depois alugaram para o cineasta e amigo Roman Polanski e a mulher, a atriz Sharon Tate. Em agosto de 1969, Tate e mais quatro pessoas foram assassinados dentro da casa, num dos mais bárbaros crimes da história americana, por integrantes da Família Manson. Charles Manson, o mandante do crime, acreditava que Melcher, um produtor musical, ainda morava na casa e queria se vingar dele por promessas de uma carreira artística não cumprida. Entre seus filmes está o lindo Viver por Viver de Claude Lelouche.
Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895 – Recife, 5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro, conhecido por integrar o movimento modernista de 1922 com uma poesia que destacava a temática regional de sua terra. Usava sempre um grande chapéu de palha, que o caracterizava.
É seu o poema:
“Minha escola”
“A escola que eu frequentava era cheia de grades como as prisões. E o meu Mestre, carrancudo como um dicionário; Complicado como as Matemáticas; Inacessível como Os Lusíadas de Camões!
 À sua porta eu estava sempre hesitante... De um lado a vida... — A minha adorável vida de criança: Pinhões... Papagaios... Carreiras ao sol... Vôos de trapézio à sombra da mangueira! Saltos da ingazeira pra dentro do rio... Jogos de castanhas... — O meu engenho de barro de fazer mel!
Do outro lado, aquela tortura: "As armas e os barões assinalados!" — Quantas orações? — Qual é o maior rio da China? — A 2 + 2 A B = quanto? — Que é curvilíneo, convexo? — Menino, venha dar sua lição de retórica! — "Eu começo, atenienses, invocando a proteção dos deuses do Olimpo para os destinos da Grécia!" — Muito bem! Isto é do grande Demóstenes! — Agora, a de francês: — "Quand le christianisme avait apparu sur la terre..." — Basta — Hoje temos sabatina... — O argumento é a bolo! — Qual é a distância da Terra ao Sol? — ?!! — Não sabe? Passe a mão à palmatória! — Bem, amanhã quero isso de cor...
Felizmente, à boca da noite, eu tinha uma velha que me contava histórias... Lindas histórias do reino da Mãe-d'Água... E me ensinava a tomar a bênção à lua nova.”
Publicado no livro Catimbó (1927).
Posto hoje:
Billy Joel em Just The Way You Are no show Billy Joel "In Concert" no Tokyo Dome, Japão em 30 de novembro de 2006.
Billy Joel em My Life from no mesmo show, Billy Joel "In Concert" no Tokyo Dome, Japão em 30 de novembro de 2006.
Trecho do lindo filme Vivre pour Vivre (Viver Por Viver), de 1967, dirigido por Claude Lelouche, com Candice Bergen, Yves Montand, Annie Girardot. A música é Vivre pour vivre, Francis Lai.
Um tributo a Candice Bergen.
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headlinerportugal · 4 years ago
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Na enigmática sala de estar das Pinehouse Concerts, com: Luís Severo | Reportagem
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“Era início de dezembro quando, misteriosamente, surgiu um vídeo de uma performance do artista brasileiro Tim Bernardes num canal de YouTube até então desconhecido, intitulado de Pinehouse Concerts.” Escrevemos estas palavras após sermos convidados à casa deste projeto. Enigmático e sempre sem revelar muito a sua “identidade”, despoletou muitas questões: Onde se situa este cenário? Será que é possível assistir a estas íntimas performances? Quem será o próximo nome?
No dia 17 de Junho, após o fecho da 1ª temporada das Pinehouse Concerts, o ciclo de concertos abriu as suas portas e revelou um pouco do seu bonito trabalho. Luís Severo foi o nome convidado para dar forma e corpo, logo com dois concertos, ambos esgotados.
21h e lá estávamos nós a entrar pelo CCOP adentro, bonito, antigo e intemporal edifício perto das Fontainhas, no Porto. À porta estavam as duas caras simpáticas que fizeram este projeto possível. Victor Butuc e a Catarina Soares, iam recebendo todos os convidados que entravam no auditório, fazendo cada um sentir-se em casa, como qualquer bom anfitrião. À nossa frente estendia-se a tal sala de estar que íamos vendo episodio após episodio.
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O cenário montado remeteu-nos ao bonito estúdio, como se realmente lá estivéssemos. A poltrona imponente de pele servia de suporte a um dos muitos dos quadros renascentistas (talvez?) tão característico do habitat natural da casa das Pinehouse Concerts. Do seu lado direito encontrava-se um pequeno baú com um candeeiro de mesa e um metrónomo, pronto a ditar o ritmo da festa. Entre eles subia uma pequena árvore que nos fazia envolver ainda mais naquele ambiente. Do outro lado do palco encontrava-se uma bonita cómoda à anos 60s, dando suporte a uma pequena planta que se debruçava sobre o mesmo e com mais um quadro, dando ainda mais ênfase a uma das imagens fortes do estúdio portuense.
Pouco passava da hora marcada, quando Luís Severo subia à tal sala de estar. O artista serviu-se de um teclado, enquanto suportava um Manejo Neko dourado, e um par de guitarras. Sob uma enorme chuva de aplausos, o artista lisboeta ia agradecendo, acenando com um envergonhado abanar de cabeça. Após uma entrada em falso soltando alguns sorrisos, lá veio ele numa segunda tentativa , recebida pela segunda vaga de aplausos, ainda mais intensificados.. “Amor e Verdade” foi o tema com que iniciou este agradável serão, numa noite que viajou por toda a sua discografia.
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É à segunda música que o artista começa a dissecar cada tema que vai tocando, envolvendo-nos ainda mais na sua lírica. “Joãozinho” foi uma das canções que compôs quando soube que ia ser tio, escrevendo essa bonita música para que o seu sobrinho pudesse ser o que bem quisesse ser, sem preconceitos nem influencias que pudesse vir a ter. Segue-se, à terceira música, um dos momentos mais tocantes e íntimos. Voltando a tocar do seu disco mais recente, ‘O Sol Voltou’, Luís Severo começa a dedilhar “Acácia”, uma canção pesada e que escreveu após a perda de uma pessoa próxima, e como nós sentimos cada nota…
Sem querer “tornar o concerto muito pesado”, e em tom de brincadeira, o artista lisboeta, vai alternando os momentos festivos com os momentos mais introspetivos. Recua assim a 2017 para tocar “Cabeça de Vento”, pedindo desculpa à sua mãe por:
Oh! Mãe Desculpa ser cabeça de vento Um dia hei-de ser alguém Hei-de arranjar sustento
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De uma forma descontraída e descomprometida, Luís Severo abandona o palco por breves momentos, voltando pouco tempo depois para se sentar ao piano. “Raramente toco esta música ao vivo”, deixando todos que assistiam num pequeno borbulhar de emoção. “Vida de Escorpião”, faixa do seu disco de estreia de 2015, saiu das teclas pisadas pelos seus dedos, tendo sido respondido por muitos aplausos vindos da plateia esgotada. Numa transição suave e sem parar, começa a tocar os irreconhecíveis acordes de “Cara D’Anjo”. As máscaras usadas por todos em nosso redor, não foram o suficiente para impedir as letras debitadas por todos os presentes, e nesta, isso foi bem audível.
“Quem me Espera” (2019)
“Planície (Tudo Igual)” (2017)
“Última Canção” (2019)
“Domingo” (2019)
Deixando os teclados e guitarras e até o microfone para trás, Luís Severo chega-se à frente do público e, como se tivesse numa interpretação cinematográfica, começa a cantar à capella, “Rapaz”. Foi apenas um dos primeiros momentos especiais que este concerto nos trouxe. O seguinte veio logo a seguir, largando o seu egocentrismo, como ele lhe chamou, e invocando o nome de Filipe Sambado, começa a tocar uma das faixas do aclamado disco, ‘Vida Salgado’.
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Um dos pontos mais cantados em uníssono, veio com o regresso da guitarra elétrica e com o dedilhar de “Primavera”, o single do seu mais recente disco de 2019.
Já se começava a prever o final deste bonito concerto. Na setlist ainda tivemos direito a “Coelho”, música de 2014 escrita e tocada com Coelho Radioativo e “Maio”, tocando assim, praticamente na integra, ‘O Sol Voltou’. Antes de terminar, Luís Severo passa o poder de decisão para nós, público, e pergunta qual será a próxima faixa a tocar. Os pedidos saíram imediatamente disparados, sendo que “Meu Amor” foi o mais audível, e assim o pedido foi aceite.
Este serão agradável na sala de estar das Pinehouse Concerts e com banda sonora a cargo de Luís Severo, acabou em “Boa Companhia”. Apenas com a guitarra sobre os seus braços, já sem ligação aos amplificadores e entregando-se apenas à sua projeção vocal, chegou-se para bem mais perto de nós, e num último ato, encanta-nos com o seu timbre, as suas cordas e a sua poesia.
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Texto: Luís Silva Fotografia: Cláudia Bandeira
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petfilho · 4 years ago
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Servidores do Ibama denunciam que fiscalização ambiental está paralisada após decisão de Salles
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Servidores criticam instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente, que obriga que a multa dada por um fiscal passe antes pela autorização de um superior. Fiscal do Ibama durante fiscalização de Madeira Florestal Vinícius Mendonça – Ibama Mais de 400 servidores de carreira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram um ofício, publicado na segunda-feira (19), no qual afirmam que todas as atividades de fiscalização de infrações ambientais desenvolvidas pelo órgão estão paralisadas. Ex-superintendente da PF no Amazonas diz que ministro Ricardo Salles ‘defende infratores ambientais’ Funai edita medida que permite ocupação e venda de terras indígenas sem homologação Endereçado ao presidente do Ibama, Eduardo Bim, o documento afirma que a interrupção dos serviços se deve a uma instrução normativa conjunta do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), publicada em 12 de abril de 2021. A TV Globo entrou em contato com o ministério e o Ibama, mas não obteve retorno até a mais recente atualização desta reportagem. Burocracia para registrar infrações De acordo com a nova instrução normativa, as infrações ambientais feitas agora terão que ser autorizadas por um superior do agente que aplicar a multa. Na prática, os servidores dizem que a nova regra cria a figura de “uma espécie de censor, com ampla e irrestrita discricionariedade”, que deverá validar e comprovar toda sanção ambiental feita pelos fiscais. Ainda de acordo com o ofício, as constatações do fiscal em campo, a partir de agora, serão um mero “relatório”, que deverá ser analisado pelo superior do servidor, mas sem prazo para emitir qualquer conclusão. “(…) Mesmo que o agente constate a infração em flagrante, este não deverá lavrar a multa ou qualquer outro termo e sim emitir um relatório, sendo que não há prazo para emissão da análise deste relatório pela autoridade hierarquicamente superior, concluindo-se que não há incômodo normativo para a conclusão da fase de persecução”, denunciam os servidores. Insegurança e falta de sistema A medida, segundo os servidores, criou um ambiente de “insegurança jurídica e administrativa para todos os servidores envolvidos neste rito, fiscais, técnicos, analistas ambientais e administrativos”. Os servidores afirmam ainda que as medidas necessárias para implementação das mudanças não foi aplicada internamente pelos órgãos, e por isso, “sistemas corporativos” não estão preparados para o processamento da nova burocracia estatal. “Em face disso, todos os servidores que assinam o presente carta declaram que estão com suas atividades paralisadas pelas próprias autarquias, IBAMA e ICMBio, que não providenciaram os meios necessários junto aos sistemas e equipamentos de trabalho disponíveis para o exercício da atividade de fiscalização ambiental federal, análise e preparação para julgamento de processos de apuração de infrações ambientais”, diz trecho do ofício. Perplexidade Ainda na carta, os servidores afirmam que “viram com perplexidade a paralisação de todo o processo sancionador ambiental ocasionado pela publicação” da norma. O documento também alerta que os crimes ambientais cresceram “de forma exponencial” nos últimos dois anos e que a paralisação dos serviços de fiscalização representa “prejuízos sem precedentes” ao meio ambiente do país. Eles ainda ressaltam o aumento do desmatamento da Amazônia e o aumento das queimadas no período. Cargos loteados Em nota sobre a nova instrução normativa, o Observatório do Clima explica que um dos problemas da criação desta espécie de censor e validador das ações do fiscal é que os cargos de chefia tanto no Ibama como no ICMBio foram loteados com pessoas indicadas pela atual gestão, que não são servidores concursados, como os policiais militares de São Paulo escolhidos por Salles para comandar a fiscalização. Multas por desmatamento ilegal na Amazônia estão praticamente paralisadas, alerta Human Rights Watch Apenas 3 de quase mil autuações aplicadas pelo Ibama por desmate na Amazônia em 2020 foram quitadas 7 polêmicas sobre o ministro Ricardo Salles Responsabilização do servidor O ofício explica que, diante da impossibilidade de trabalharem sem as adequações exigidas na nova instrução normativa, gestores do Ibama Sede orientaram, de maneira formal, que os servidores continuassem utilizando os sistemas da forma em que se encontram disponíveis, seguindo o rito processual da Instrução Normativa Conjunta anterior, revogada na semana passada. Contudo, por medo de serem responsabilizados, os servidores informam no documento que não retornarão ao trabalho de fiscalização enquanto as administrações do Ibama e ICMBio se adequem à normativa. “Tais orientações (…) na verdade soam como tentativa de dividir com os servidores a responsabilidade pelas sérias consequências causadas pela publicação dessa INC pela atual gestão do MMA, IBAMA e ICMBio (…). Por isso, invocando o princípio da precaução, seguiremos aguardando as administrações do IBAMA e ICMBio evoluírem para a disponibilização dos meios para que o trabalho seja realizado conforme a norma válida”. Alertas anteriores Em julho do ano passado, 600 servidores do Ibama publicaram carta aberta dirigida ao vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, pedindo que medidas fossem tomadas para se frear o aumento do desmatamento na Amazônia. Em 2019, os servidores já tinham feito um alerta ao governo federal sobre a disparada do desmatamento na região em outra carta aberta. Em ambos os documentos, eles afirmaram que as medidas sugeridas foram ignoradas pelas autoridades.
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franco-ikari · 4 years ago
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Kyoryu Sentai Zyuranger: a real importância que esta série tem pro Super Sentai
Muitos devem ter visto Zyuranger por curiosidade já que ele serviu de base pra Mighty Morphin Power Rangers e muitos podem ter achado que esta série não é nada demais. No Brasil é bastante subestimada principalmente por aqueles que odeiam qualquer coisa que soe como infantil ou cômico e por aqueles qie apenas enxergam a série pelos olhos da época atual onde os elementos que compoem Zyuranger são bem comuns ou por puro gosto pessoal. Porém essa talvez seja a série mais importante da franquia Super Sentai pois as mudanças radicais a mudaram pra sempre e abriram portas pras possibilidades. Existem 3 outras séries que eu coloco nesse mesmo ponto: Battle Fever,Bioman e Megaranger. Pra entendermos bem vamos nos situar em como estava a franquia até o momento de antes desta série ganhar vida. Nos anos 80 com Denziman a franquia Super Sentai ficou estabelecida.
Com um apelo infantil bem maior que as séries que viemos a conhecer no Brasil o Super Sentai nos presenteava com diversão descompromissada,humor,golpes absurdamente loucos e vilões cômicos. Porém com Choudenshi Bioman as coisas mudaram graças a busca pela expansão de público que ela teve. Com mais seriedade e drama momentos épicos como as lutas contra vilões finais e as reviravoltas no enredo ditaram as séries da metade da década de 80. Séries excelentes é verdade,mas conforme a história prova o uso repetido de fórmulas acaba cansando o público. Kamen Rider e Ultraman já sofreram bastante com audiência devido a repetição de elementos. Pra você manter uma franquia por muito tempo é preciso inovar e o desafio é fazer isso sem fazer a franquia perderca identidade. Com o passar das décadas é narural conceitos mudarem de acordo com as gerações que passam. Algo que o fandom brasileiro custa a entender e percebemos isdo quando assistimos as séries em sequência pra entender o ponto de vista do público japonês que consome Tokusatsu desde sua concepção na década de 50.No caso do Super Sentai a Toei tentou mudar um pouco a fórmula colocando adolescentes colegiais como protagonistas. Elementos presentes desde o início os mechas sempre tiveram formato militar e por isso os carros de Turboranger quebraram um pouco os padrões. Porém as mudanças foram bem superficiais. No fundo Turboranger não havia mudado pra valer. Os heróis embora adolescentes ainda eram maduros demais fazendo eles praticamente iguais aos heróis que estávamos acostumados. Temos mechas em forma de carros mas ainda tem a base e as típicas fusões de robô.
Os vilões tinham o mesmo arquétipo de sempre. A temática escolar é pouco explorada pra oferecer diferencial narrativo. No fim o público cansou e a audiência foi pra baixo. As mudanças nos vilões da série não ajudaram. O que provavelmente ocorreu é que a Toei achou que as mudanças da série em relação as anteriores que citei acima é que foram as responsáveis. Isso poderia explicar o porque de Fiveman simplesmente ter retornado com os elementos anteriores como padrão de mechas e elementos de Flashman,Liveman e outros. Fiveman também não agradou. Eles até criaram marionetes dos personagens apresentando os episódios pra atrair as crianças mas falharam. Daí a Toei decidiu se despedir com aquela que seria a última série,Jetman. Sem dúvida a liberdade por estar encerrando a franquia foi decisiva pra série ser tão diferencial. Aliado as convenções presentes de heróis e vilões Jetman subverteu a franquia agradando crianças e adultos e permitiu uma sobrevida. Porém algo teria de ser feito pro Super Sentai continuar vivo. E aí nasceu ZyurangerEu acredito que a entrada de Shinichirou Shirakura como produtor assistente contribuiu muito pras mudanças da franquia em Zyuranger. Já foi creditado a ele a idéia de homenagear os conris de Kamen Rider com os Dino Bucklers,os transformadores dos heróis. Shirakura também foi responsável pela ocidentalização da franquia com Power Rangers. Vendo suas idéias ambiciosas em prática anos mais tarde na franquia Kamen Rider me levam a acreditar que ele deu muitas das ideias que vimos. Zyuranger de fato foi uma grande reinvenção da franquia. A primeira coisa que ele fez foi se libertar das amarras do passado,os mechas em padrão militar e assim ampliar o leque de possibilidade de temáticas mais variadas. E pra época Zyuranger foi muito ambicioso. Primeiro em sua temática. Eles decidiram misturar fantasia,com mitologias e folclores de vários países e do imaginário popular,dinossauros e tribos pra compor essa série que trata do tema de lendas e coisas sagradas e mitológicas. Você percebendo isso já tem noção de que isso nunca foi feito antes. A história ocorre 65 bilhões de anos onde Bandora quase extermina os dinossauros mas é presa por Barza no planeta Nemesis. Na época duendes e fadas,humanos e dinossauros existiam e até mesmo tribos que os cultuavam como deuses. E de faro os dinossauros eram deuses. Ele era o Kyokyoku Daizyujin que se dividiu em 7 grandes dinossauros e cada tribo cultuava um deles. Até reinos com princesas e castelos existiam nesse universo criado em Zyuranger. Daizyujin é o robô gigante da série e pela primeira vez ele tem um papel importante na trama não sendo apenas a tradicional ferramenta pros heróis lutarem contra monstros gigantes. E tinha consciência e falava. Os Zyuranger eram lordes de cada tribo e ficam em animação suspensa até Bandora despertar em 1992. Logo de cara vemos muita magia e fantasia. Bandora e seus asseclas enfim quenram os padrões dos vilões tradicionais. Eles tem pegada cômica até entre generais. Griffozer foi o primeiro vilão não humanóide (tirando os robôs de antes como o Gray de Jetman). Os monstros eram criaturas mitológicas como grifos,duendes e até mesmo gênio da lâmpada. Todos tem uma base e uma razão de ser graças ao livro de Barza. O clima de lendas é aumentado quando os Rangers embarcam na expedição por outro mundo pra conseguir suas armas lendárias ou até mesmo conseguir algum ítem pra combater a habilidade de cada criatura. Pra completar sem dúvida as crianças da época ficaram de boca aberta com os novos e impressionantes mechas da série em forma de dinossauros dando adeus ao padrão de tanques e jatos de outrora. Ver aquele tiranossauro vermelho com uma movimentação perfeita de um dinossauro sem dúvidas contribuiu pras vendas absurdas dos brinquedos. O robô gigante que tem forma de tanque e um formato humanóide de design primoroso o torna um dos mais icônicos já vistos na franquia. O tom da série resgata algo que sempre foi presente na franquia em seus primórdios que é o tom infantil que ela teve até Dynaman. Apesar de que Fiveman teve muito humor também mas aqui os elementos mais infantis do início da franquia se faz mais presentes inclusive ficando em histórias de muitas crianças. Porém eles mantiveram a parte dramática. Até a equipe de Power Rangers ficou surpresa com a dramaticidade da série e ela é considerada infantil por fãs brasileiros. E tem ainda quem dúvida das diferenças culturais e na firma como se faz programas infantis nos EUA e Japão quando denfendemos Power Rangers. Voltando aqui os elementos de drama presentes desde Bioman estão aqui ainda. Principalmente na história do elemento que mais surpreenderia o público futuramenteA adição do Ranger Extra sem dúvida foi a cereja no bolo de Zyuranger. A surpresa de se ter um novo Ranger com um visual mais imponente com acessórios e um escudo dourado foi imensa. Mais aonda em saber que era um Ranger que lutava contra os heróis.
A história de Burai e seu ressentimento com o rei de Yamato que matou seu pai que tinha lealdade duvidosa e tentou dar um golpe no Reino e a adoção de Geki pelo rei, este sendo seu irmão, e que passou a ser alvo de seu ódio foram marcantes. Sua redenção também foi pois Burai não podia lutar por muito tempo. Ele havia morrido desde que hibernou e foi revivido pelo deus Crono pra cumprir a missão de ajudar os Zyuranger a eliminar Dai Satan invocando o Kyoukouku Daizyujin e proteger os ovos de dinossauros sobreviventes. Com a vela verde seu tempo ja Terra diminuia cada vez que saia da sala onde o tempo para de Crono. Sem escolha Burai é forçado a sair diversas vezes. E sua última atitude foi ajudar a salvar a vida de um menino fadado a morrer sacrificando a sua própria vida em um episódio emocionante dirigido por Keita Amemiya e escrito por Toshiki Inoue. O Dragon Caesar que é inspirado no Godzzila e funciona por meio da flauta de Burai também se tornou icônico. Os dramas aumentam quando vemos a truste história de Bandora e seu filho que a levaram a se tornar uma Bruxa e o fato dos vilões serem presos e terem até um final feliz.E graças a Zyuranger o Super Sentai foi muito msis além trazendo tramas e temáticas inovadoras e que expliravam com mais liberdadece flexibilidade os diferentes temas como a mitologia chinesa em Dairanger,os ninjas em Kakuranger e o Ranger Extra sempre presente até hoje. Por isso que quando analisei essa obra eu tive uma grande admiração e respeito por ela por tudo que ela fez pra franquia e agora eu compartilho esse conhecimento neste artigo pra fazer até quem viu a série e não viu nada de mais talvez entender porque Zyuranger e tão incrível e marcante. Porque ele salvou a franquia e deu também a possibilidade do Tokusatsu se popularizar no ocidente e com o advento da internet fez o público ocidental correr atras do material fonte criando fansubs e legendando a série dando a chance de pessoas cono eu assistir e depois escrever sobre ela. E isso não tem preço.
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martisa · 4 years ago
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A Princesa que nos pedirá para mudar o seu destino. Pt 2
Parte 1 aqui
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((Ouvir o Martin cantando Sitting at Home é outra coisa, mas tenho que advertir que essa história foi escrita no estilo Lewis Carroll de escrever romances ambiciosos, isto é, não é uma história linear, fatos foram criados (contos) e entrelaçado de modo que ela pudesse fluir, esse método faz muito sucesso em Alcantâra (o quinto e sexto livro dos Bastidores de Wonderland foram meio escritos assim) e dali Martin.))
Atenção: a história a seguir contem referências e spoilers de um livro físico real chamado “Em Busca do Final Feliz” escrito pelo brasileiro J. J. Coelho, recomendo que leia essa maravilhosa saga antes de ler o texto a seguir (até mesmo para entender melhor), mas caso você não se importe com spoilers, então ta de boa 
Capítulo 1 - Chessevil /primeira questão: nunca confie em coadjuvantes argentinos (e eu vou postar a primeira parte da história inteira porque eu omiti nomes e ela é incrível)
Hoje eu vou contar a vocês o conto do “Cuidado com os Coadjvantes” não tenho foto do Sandoval para provar. Eis que se passa em Campo Grande, esse senhor (da foto- tinha uma foto, mas não vou postá-la aqui por motivos de não assustar as criancinhas e os jovenzinhos) está em um universo em que mora em Campo Grande (ainda é argentino) e Magabil é uma moça beatnic que anda com ele, certa vez no meio da noite, a senhora que precisa de glamourys para fazer surpresinhas ou meter o senhor gardnet em um Simca Chamboard em Whitechapel com dois lobisomens e um feiticeiro, mandou um cara qualquer (tipo o tal do Dave) -Preciso que diga a ele sobre a lenda do terceiro volume- disse o homem -Por que? -Precisamos nos livrar dele de forma que ele ainda seja a útil ao imperador -Como assim se livrar? -Ele tem o mapa do País das Maravilhas no meio daquele imenso acervo, além dos selos reais e passagens para o trem do Espelho, você só tem que fazer ele querer ir para a Inglaterra o mais rápido possível -Tudo bem...- eu sabia que ele iria ser morto, quase senti pena, na verdade eu senti, mas pelo o que aconteceu depois- ele vai ser sacrificado -Ele é negligente, extremamente negligente -Mas... -Pare de discutir, faça o que estamos mandando e não queira saber por experiência própria!- e saiu, eu não queria que Chessevil fosse morto desse jeito, infelizmente não sabia o que me esperava, passou uma semana até que ele achasse essa carta no meio das minhas coisas e perguntasse -E essa carta?É alguma relíquia?- ele tinha algo de Grifo -Eu ia falar com você sobre isso, o pessoal da Sociedade da Inglaterra me mandou essa carta e perguntou se eu não queria embarcar em uma aventura para achar o terceiro volume, o possível terceiro volume que Lewis Carroll escrevera sobre as aventuras da Alice, é quem essa lenda é muito forte por lá.... você já ouviu falar? -Não, mas se o pessoal da Inglaterra te chamou, por que você não vai? -É que eu estou muito envolvida nessa questão do Andre aqui em Campo Grande e você tem mais... tem mais recursos para ir para a Inglaterra investigar essa lenda, eu acho que você tem chances de achar -Acha? -Tenho certezas! -Eu vou achar esse volume e adicionar a minha coleção, pode escrever o que eu estou falando... e o que essa carta tem a ver?- eu peguei a carta e mostrei o que ela realmente -Facilita para achar as pistas -E porque ninguém achou esse volume ainda -Por que a medida que se aproxima do volume, as pistas vão ficando cada vez mais difíceis, ninguém tão apaixonado por Lewis Carroll participou dessa caçada, é que também é perigosa, sabe -Eu irei, está decidido- nesse momento fomos interrompidos por alguma coisa do caso do José, três dias depois eu estava na casa dele (para procurar o precioso mapa do terceiro volume) e ele me mostrando uns vídeos de uma câmera de segurança com o Sandoval invocando alguma coisa, mas por causas de uns remédios que eu tomei, porque uma vidente disse que eu teria de tomar, eu fiquei com muito sono e acabei dormindo lá mesmo, peguei no sono e sonhei que estava andando na prancha de um navio pirata e que na minha frente havia um mar prateado, o sol estava alto em meio a uma faixa de nuvem branco cercando por duas faixas de azul do céu, a própria bandeira da Argentina, mas o sol não era o sol, era o rosto de Cheshire, por Tenniel, o símbolo da Sociedade da Argentina, senti os raios do mesmo sol tocando meu rosto,  e me vi caindo no mar prateado, e ouvi choros, muitos choros, gritos e tudo mais. Tudo ao som de Seru Giran, Cancion de Alicia em el pais. Acordei em meio as chamas, elas havia tomado todos os cantos, antes de me desesperar,  vi que poderia sair pela janela, havia muito fogo vindo da sala, e também muita fumaça, aonde quer que estivesse Chessevil, ele já tinha morrido, ou saído da casa, mas ele não iria sair e me deixar lá dentro, pulei da cama e corri em direção a janela, ela estava trancada mas a destranquei rapidamente e me segurei no parapeito para jogar o peso do meu corpo para fora, quase caí de cara e quebrei o pescoço, mas pelo menos não morri queimada pois as chamas haviam tomado conta de todo o quarto, quando levantei do chão, dei de cara com José -O que aconteceu? -Não faço idéia, estava dormindo!- eu não deveria, mas caí no choro desesperada, o acervo que ele tinha era imenso, não demorou muito até algumas autoridades virem até mim e me perguntarem e eu apenas disse que estava dormindo. Narrador José amparou Magabil e a levou para a casa, lá ela tomou um banho, uma sopa, respirou fundo e assistiu ao noticiário, lá a jornalista dizia que Magabil era o responsável por alguns abusos sexuais de suas alunas de inglês, o incêndio seria uma retaliação de uns dos pais, entre as vítimas -Mouslyn, elem abusou da Mouslyn- disse José -Como você soube? -Em encontrei com a mãe dela e ela estava muito transtornada e querendo matar Chessevil, não tenho certeza, mas eu acho que foi isso, a filha dela estava com uma cara... -Ele tinha um acervo riquíssimo Ele era um monstro, você sabia disso? -Você sabia que houve mortes por conta das coisas que foram queimadas hoje?- José não respondeu, houve um silêncio então ele suspirou e disse -Não precisa pensar que eu sou um idiota ou coisa assim, eu estou tempo suficiente nessa aventura para entender algumas coisas.... ele tinha o mapa- dessa vez foi Magabil que não disse nada, mas foi porque a mãe de José entrou no quarto, perguntou se Magabil precisava de alguma coisa e disse que tinha um cara querendo falar com ela, , ela foi sozinha se encontraram lá fora, era o superintendente Law -O Mapa estava com ele, não?- perguntou ele á Magabil, que respirou fundo e não disse nenhuma mentira -Estava -Puta que pariu.... ela vai pagar muito caro por esse mapa, pessoas inocentes morreram por causa desse mapa... -Eu sinto muito... já soube quem o fez? -Arkyna... ela incinerou um mapa valiosíssimo e um acervo enorme...- Magabil não disse nada, Law se despediu e foi embora, alguns telefones depois, e Arkina recebeu uma mensagem que dizia “É chato quando alguém incinera algo tão importante para a gente não, não?”, ela tentou ligar, mandar mensagens de volta, achava que tinha feito, se não a coisa certa, pelo menos algo justificável, pelo ódio que sentira quando descobrira a verdade, quando chegou em casa, onde tinha deixado a filha com uma amiga, que apoiara e inclusive ajudara na ação, a casa estava pegando fogo, muito fogo. Foi anunciado no noticiário, outro grande incêndio na capital morena, dessa vez, tudo indicava que fora uma explosão acidental, deixando duas vítimas fatais, entre elas, uma criança. Law não era um cara confiável, e Magabil teve certeza por conta dessa ação e se despediu de José dizendo que tinha parentes em Campo Grande em que podia ficar na casa até as ordens superiores lhe arrumarem outro lugar, disse que tinha feito um desenho bobo deles e queria que ele visse só depois que ela estivesse longe, então ele insistiu para pagar pelo taxi e ela foi embora, José voltou ao seu quarto e viu uns papeis em cima da cama e pensou se tratar do tal desenho bobo, quando abriu ficou branco e seu coração parou, era o Mapa do País das Maravilhas com um bilhete escrito por Magabil “Não confie em exatamente ninguém, não entregue e nem mencione esse mapa, apenas o guarde como a sua vida” José sentiu no fundo da alma que ela devia saber do que estava falando e guardou esse mapa como o cu.
Então, esse trecho é bem polêmico (mentira, é a primeira vez que estou compartilhando ele, então nunca houve polêmica ANTES) e ele foi escrito quando eu ainda estava sendo feito de trouxa (o ano era 2017), apesar de tudo o desfecho dele é muito plot twist, mas por motivos de Chessevil ser Chessevil, ele joga na cara de Charles (porque sim, eles se encontram) coisas desagradáveis que não podem ser postadas aqui no Tumblr nem se eu bloquear todo mundo. Como eu disse no início, algumas coisas são spoilers de uma saga de livros escrita por J. J. Coelho, e como eu havia acabado de ler o terceiro volume, tem muuuuitas referências de cenas do livro (no post anterior eu citei uma delas).  No próximo tem mais. 
e este não teve tantas fotos porque as fotos que eu tinha eram daquela pessoa (Chessevil)
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alvaromatias1000 · 4 years ago
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Eixo da Ordem Militar sem Eixo do Progresso Político, Social e Econômico
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Bryan Harris e Andres Schipani (Financial Times, 12/08/2020) informam as Forças Armadas do Brasil terem adotado uma nova tática para melhorar a imagem: esta��o desenvolvendo um jogo eletrônico para crianças, no qual soldados virtuais podem vestir o verde-oliva dos militares brasileiros e sair atirando em bandidos.
O objetivo é melhorar a forma como são vistas pela juventude da nação. Por receio de acabar sendo retratados como mercenários descontrolados, no entanto, a liderança militar ordenou que o videogame “não mostrasse sangue demais”. Cenas que possam gerar uma “crise institucional” também foram vetadas, o que significa que não há combates em Brasília nem, definitivamente, golpes de Estado. A incursão no mundo dos videogames fala muito sobre o papel cada vez mais ambíguo que os militares vêm desempenhando na vida pública brasileira.
Nos mais de 30 anos desde o fim de uma violenta ditadura militar, as Forças Armadas mantiveram, em grande medida, a cabeça baixa e deram forte apoio às instituições democráticas do país. Isso, porém, foi antes de Jair Bolsonaro, um ex- capitão do Exército, de tendência direitista, ser eleito presidente em 2018. Bolsonaro nomeou um grande número de ex-militares para altos cargos em seu governo.
Agora, seu próprio cargo está em risco. Então, ele levantou abertamente a ideia de alguma forma de intervenção militar na política brasileira, tendo dito em junho que as Forças Armadas não aceitariam “decisões absurdas” do Supremo Tribunal Federal (STF) ou do Congresso.
Os comentários foram vistos como uma reação do presidente às diversas investigações penais sobre ele e sua família no tribunal de mais alta instância do país, um caso que têm potencial para levar a seu impeachment ou à anulação de sua eleição em 2018. Não foi a primeira vez em que ele invocou os militares para tentar intimidar seus oponentes. Quando a pandemia da covid-19 começou a assolar o Brasil em abril e maio, o presidente participou de comícios do lado de fora de bases militares, onde seus seguidores mais radicais defendiam uma intervenção armada para depor governadores, juízes e congressistas que estavam adotando medidas de confinamento.
“O Brasil acorda assustado com as crises diárias, com agressões gratuitas. Agressões às instituições, à Constituição, agressão ao Congresso Nacional, agressão ao Supremo Tribunal Federal”, disse na época o governador de São Paulo, João Doria. “Presidente Bolsonaro […] pare com as agressões.”
Por enquanto, Bolsonaro parece estar tentando amainar a temperatura política. Ele procurou aproximar-se ao STF e conseguiu formar uma aliança política com o controverso grupo de partidos no Congresso brasileiro conhecido como Centrão, algo que, segundo analistas, deve ser suficiente evitar sua deposição da Presidência – pelo menos por agora.
Mesmo assim, diante da continuidade das investigações sobre a família Bolsonaro, de uma economia provavelmente entrando em nova recessão depois de já estar sofrendo dez anos de estagnação e da ideia predominante de que o governo lidou mal com pandemia, o Brasil poderia estar por entrar em um novo período de turbulência política.
No fim de semana, a pandemia passou da marca de 100 mil pessoas mortas pela covid-19. Tal cenário levantou questionamentos prementes sobre o papel dos militares na sociedade brasileira de hoje e sobre como seria de fato seu relacionamento com Bolsonaro.
Se o líder brasileiro decidir ignorar alguma determinação do STF, o que as Forças Armadas fariam?
Será que os ex-militares em torno ao presidente são um acelerador ou um freio para os instintos autoritários do presidente?
Oficiais e soldados, na ativa e na reserva, assim como altos nomes militares, são categóricos em afirmar que as Forças Armadas nunca executariam de novo o mesmo tipo de intervenções militares que pipocaram no Brasil no século XX. Eles argumentam que os militares permaneceriam comprometidos em proteger a ordem democrática do país caso Bolsonaro exagere.
“O Exército está quieto há 35 anos, não irá se meter em políticas partidárias agora”, diz Santos Cruz
“O Exército está quieto há 35 anos”, diz Carlos Alberto dos Santos Cruz, general da reserva do Exército e ministro no governo Bolsonaro até ser demitido por confrontar-se com os poderosos filhos do presidente. “Não irá se meter em políticas partidárias agora.”
Bolsonaro – incluindo um número maior no Poder Executivo do que havia durante a ditadura de 1964-1985 – trazendo com eles uma mentalidade militar à governança civil. O atual ministro da Saúde é um general da ativa que seguiu ordens de Bolsonaro para que a desacreditada cloroquina fosse ministrada a pacientes com covid-19. Para analistas independentes e alguns políticos, a presença de tais figuras já representa por si só um risco à democracia.
“O que o presidente está dizendo agora é: ‘Tenho a espada a meu lado e essa espada são os militares’. Ele está sempre invocando os militares, sempre falando dos militares”, diz Raul Jungmann, político veterano de centro-esquerda que foi ministro da Defesa no governo anterior, de Michel Temer. “É assim que o presidente decidiu limitar o Congresso e o supremo tribunal e seguir adiante com sua agenda.”
As Forças Armadas têm raízes profundas e amplas na sociedade brasileira. Quando o Brasil declarou a independência de Portugal em 1822, recorreu às nascentes forças militares para reprimir, primeiro, forças portuguesas e, depois, rebeliões locais nas mais distantes partes de seu jovem império.
Posteriormente, outras operações mapearam as profundezas da floresta amazônica, criando as atuais fronteiras do Brasil e infundindo em seus militares um sentimento de primazia na criação da nação. “Todos esses eventos trouxeram um senso de identidade às Forças Armadas, porque elas cumpriram seu papel para com a nação. Em todos os momentos de agitação política, as Forças Armadas de alguma forma participaram do governo”, diz um alto general da reserva.
Essa inclinação intervencionista continuou ao longo do século XX, culminando com o golpe de 1964, que trouxe uma violenta ditadura de 20 anos. A democracia foi restaurada em 1985. Diferentemente da vizinha Argentina, porém, onde a ditadura foi mais brutal e os generais passaram por julgamentos parecidos aos de Nuremberg, os generais de saída do poder no Brasil negociaram uma anistia geral, de forma que os militares nunca foram julgados por seus crimes, entre os quais assassinatos e torturas.
Nos últimos anos, sem ameaças claras à defesa nacional, os militares brasileiros se encarregaram de diversas iniciativas, como missões de ajuda humanitária, projetos de infraestrutura, combate a incêndios na Amazônia e até nos esforços contra a pandemia da covid-19. Segundo dados do Banco Mundial, o país tem as maiores Forças Armadas da América Latina, seguido pela Colômbia, que por décadas precisou enfrentar uma feroz insurgência marxista.
“Nosso papel é contribuir para o desenvolvimento do país”, diz um coronel brasileiro, que serviu por 30 anos no Exército, cujos comentários encontram eco entre vários oficiais de menor patente. É uma atitude que ajudou os militares a reabilitar sua imagem desde a ditadura. Em grande parte dos últimos dez anos, o instituto de pesquisas Ibope coloca os militares, ao lado dos bombeiros e da Polícia Federal como as instituições mais confiáveis no Brasil.
Em 2018, as Forças Armadas tinham uma aprovação de 62% em comparação aos 13% da Presidência e 18% do Congresso. Essa reputação, no entanto, agora corre o risco de ficar manchada pelos muitos oficiais da ativa e da reserva que estão ao lado de Bolsonaro no governo – especialmente à medida que a crise da covid-19 se aprofunda.
“Eles estão fazendo política pelo medo”, diz Eduardo Costa Pinto, especialista em estudos militares na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Este é o problema de se ter um governo repleto de pessoal militar durante uma crise institucional. Os militares lutarão com unhas e dentes para ficar no poder. E eles têm armas, o que torna a mediação política difícil.”
A própria carreira militar de Bolsonaro se caracterizou pela controvérsia. Ele passou 15 dias em uma prisão militar por insubordinação, após criticar seus oficiais superiores em entrevista à revista “Veja” em 1986. Um ano depois, a mesma revista o acusou de planejar um atentado a bomba contra unidades militares – uma acusação que o Superior Tribunal Militar acabou considerando infundada.
O general Ernesto Geisel, que presidiu o país de 1974 a 1979 durante a ditadura militar, certa vez descreveu Bolsonaro como um “mau militar”. Ele deixou o Exército como capitão em 1988 e em 1991 iniciou a carreira política como deputado pelo Rio de Janeiro, onde seu foco praticamente único foi proteger os interesses das Forças Armadas e da Polícia Militar estadual.
Quando se candidatou à presidência em 2018, ele foi apoiado por centenas de milhares de soldados e policiais, que compartilhavam de seus valores conservadores e aplaudiam sua atitude de falar sem rodeios sobre quase todos os assuntos, desde questões de raça até de sexualidade.
“Vemos ele como um salvador. Ele é um ícone. Ele é o cara”, diz um soldado de 20 anos, que falou sob condição de não ter o nome revelado. “Praticamente todos nós o apoiamos. Eu diria que 95% de nós”, diz um oficial.
Quando foi eleito, o presidente recompensou sua base de apoio e recheou o governo federal de nomes militares, mais notavelmente generais da reserva – o que, de imediato, desencadeou temores quanto a uma ressurgência dos militares na vida política e civil.
“Com Bolsonaro, os esforços para reafirmar a proeminência civil sobre a militar ficaram paralisados”, diz Carlos Fico, professor de estudos militares na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Isso mostra a grande fragilidade da democracia brasileira.”
Os comentários são similares aos de Alcides da Costa Vaz, diretor da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, para quem os militares se tornaram um pilar de apoio ao presidente, embora isso tenha jogado uma “nuvem de incerteza sobre as intenções políticas deles”.
Para alguns observadores, a situação lembra à da Venezuela socialista. Desde a tentativa de golpe de Estado em 2002, que tirou brevemente o falecido Hugo Chávez do poder, ele próprio um paraquedista militar, o governo do país foi recheado de generais leais, em uma tentativa de criar o que o atual presidente Nicolás Maduro, um civil, chama de “união cívico-militar”. Analistas dizem que os militares garantem que o obscuro governo de Maduro mantenha o controle social, em troca de conseguir acesso a preferencial a mercadorias e a moedas fortes.
A escalada das preocupações no Brasil motivaram uma investigação judicial, de forma que o Tribunal de Contas da União (TCU) agora investiga uma “militarização excessiva do serviço público civil”. “Considero importante que a sociedade saiba exatamente quantos militares, ativos e inativos, ocupam atualmente cargos civis, dados os riscos de desvirtuamento das Forças Armadas que isso pode representar, considerando seu papel institucional e as diferenças entre os regimes militar e civil”, disse Bruno Dantas, ministro do TCU que preside o caso, em junho.
Os temores em torno à influência dos militares têm sido exacerbados pelo silêncio de seus atuais líderes. Acredita-se que muitos militares de alta patente na ativa não compartilham do mesmo entusiasmo por Bolsonaro que os oficiais mais jovens, mas eles têm pouco se manifestado diante dos excessos do presidente. “Nas fileiras mais altas, há oficiais que veem os militares como uma força de defesa e não gostam dessa incursão na política. Mas são esses líderes militares que agora precisam dissipar os temores”, diz Costa Vaz.
Como a liderança militar atual não se pronuncia muito, a atenção acaba ficando voltada às atitudes dos generais da reserva que agora fazem parte do gabinete ministerial de Bolsonaro, como Augusto Heleno, o assessor de segurança nacional, que em maio aparentemente ameaçou as autoridades judiciais ao alertar para “consequências imprevisíveis” para a estabilidade da nação como resultado dos esforços para investigar o presidente brasileiro por corrupção.
Jungmann, ex-ministro da Defesa, comentou essa falta de comunicação. “O problema é que há muitos ministros que também são generais da reserva, então a tendência é interpretar o que eles dizem como sendo o discurso da instituição militar”, diz. “Mas esse não é o caso. As Forças Armadas estão sendo usadas para propósitos políticos.”
O professor Costa Pinto destaca que alguns dos generais se juntaram ao governo Bolsonaro por pensar que poderiam moderar as atitudes de seu antigo subalterno e unir o país, que estava profundamente dividido entre as bases da esquerda e da direita. “Bolsonaro era apelidado de ‘o cavalo’ porque todos achavam que poderiam cavalgá-lo sempre que quisessem – eles pensavam que poderiam controlá-lo”, disse. “Agora, ficou óbvio que esses generais são subservientes ao presidente.”
Ao longo de sua carreira, Bolsonaro nunca escondeu sua admiração pela ditadura brasileira. Durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, ele dedicou seu voto a um dos mais conhecidos torturadores do governo militar. “Quem decide se um país vai viver numa democracia ou ditadura são as Forças Armadas”, disse ele certa vez ao “Financial Times”.
Sua retórica, no entanto, começou a se transformar em ações nos últimos meses, quando se juntou a comícios que defendiam a intervenção militar para fechar o Congresso e o STF. Alguns de seus seguidores adotaram uniformes paramilitares. O próprio Bolsonaro chegou a um comício a cavalo, uma clara alusão ao “caudilho” – o líder forte – que é tradição na história latino-americana.
As tensões chegaram tal ponto, que Celso de Mello, ministro do STF, disse que a situação do Brasil era similar à da Alemanha da República de Weimar e que o presidente estava tornando o país uma “abjeta ditadura”.
No Brasil, alguns mais próximos às Forças Armadas defendem com veemência que os militares devem ter imparcialidade política. “Estou absolutamente convencido de que hoje não há possibilidade de intervenção militar”, diz Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa nos governos esquerdistas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Rousseff. “O comprometimento dos militares hoje é com o processo democrático.” Três militares da ativa fizeram comentários na mesma linha.
Analistas civis destacam que os militares deveriam ter respondido com firmeza quando Bolsonaro disse que a Forças Armadas não aceitariam “ordens absurdas” do STF. Ainda assim, em última análise, muitos acreditam que os militares não apoiariam tal descumprimento de ordens.
“Se Bolsonaro ignorasse uma decisão do supremo tribunal, seu governo perderia legitimidade e isso significaria o fim do Estado de Direito. O impacto nas instituições brasileiras seria devastador”, diz Hussein Kalout, secretário de Assuntos Estratégicos no governo Temer. “Alguns militares podem gostar disso, mas sua posição é irrelevante. As Forças Armadas, como instituição, não apoiariam isso.”
Os comentários são endossados por um general do Exército, para quem o presidente constantemente testa os limites, mas ainda não os ultrapassou. “A história política do presidente Bolsonaro tem sido de tensão permanente”, diz. “Mas as Forças Armadas seguirão a lei, como têm feito há muito tempo.”
Eixo da Ordem Militar sem Eixo do Progresso Político, Social e Econômico publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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ateubudistabr · 5 years ago
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Sequestro de uma Abstração Nefasta
A biosfera, que compreende todos os animais, plantas, fungos, bactérias e  vírus que nascem, vivem, se reproduzem e morrem neste planeta, não conhece fronteiras da forma como nós, humanos, conhecemos. As fronteiras que os seres vivos não humanos conhecem são unicamente climáticas e ecológicas. Humanos, como membros da biosfera, estão sujeitos às mesmas fronteiras, que até podem ser delimitadas por rios, oceanos, cordilheiras de montanhas, fronteiras que operam da mesma forma com outros seres vivos. Além dessas, temos fronteiras de idioma, cultura e religião, e outras tantas exclusivas de nossa espécie. Durante um tempo também tivemos fronteiras raciais, que também eram determinadas pelas leis naturais da biosfera. Fronteiras invisíveis criadas quando nosso deslocamento era limitado e cada grupo humano em seus sucessivos deslocamentos a partir de seu berço natural, o continente africano, foi gradativamente adquirindo características físicas diferentes depois de passar gerações suficientes para que a evolução alterasse seu aspecto físico. Assim, o Homo sapiens ocorre com diferentes tons de pele, textura de cabelo, formato e cor dos olhos, compleição corporal, predisposição a certos tipos de doença e resistência a outros e muitas outras características. Com a revolução agrícola há cerca de 10.000 anos atrás e as grandes navegações que tiveram lugar principalmente a partir do século XV da era cristã, quase todas as diferentes raças, que a partir deste ponto prefiro chamar de etnias, entraram em contato umas com as outras. Desafortunadamente, as etnias tecnologicamente menos avançadas sempre sofreram enormemente ao entrar em contato com civilizações em estágios “avançados” de “desenvolvimento” tecnológico. Assim os europeus escravizaram e exterminaram povos indefesos com os quais entraram em contato em tempos ainda muito recentes, considerando o tempo que nossa espécie habita nosso planeta. As características culturais, idiomáticas, monetárias e humanas no seu conjunto formaram um arcabouço que formou fronteiras, que delimitam espaços geográficos que chamamos país, nação, estado e, no seu modo mais nefasto, pátria. Essas abstrações que delimitam o espaço de convivência  entre diferentes humanos hoje estão ficando cada vez menos nítidas. Nesse avanço em direção a uma civilização global, as diferenças estão diminuindo e com isso muito de nossa riqueza cultural está gradativamente sendo perdido.  Essa abstração que chamamos de nação funciona dentro de uma estrutura recheada de símbolos, dentre eles, um dos mais emblemáticos é a bandeira. Costumamos ver, em diferentes momentos da história, a bandeira, símbolo ao redor do qual os povos se unem em torno do mito da “unicidade” cultural que os identifica, sendo utilizada como justificativa para os mais variados tipos de crimes contra a humanidade. Pessoas unidas em torno da suprema verdade do “nós, o povo do bem”, contra o “outro, o diferente de nós, o povo do mal”, sendo que a recíproca é verdadeira pois, do outro lado da fronteira, o “outro, o diferente de nós, o povo do mal”, se vê e se percebe como “nós, o povo do bem”. Às vezes, dentro da mesma fronteira, pessoas com diferentes compreensões sobre o que é melhor para o país que compartilham, sequestram a bandeira para seus próprios fins. Invocando amor à pátria, unem-se cobertos por esse símbolo em luta contra seus compatriotas, simplesmente porque esses não compartilham da mesma opinião sobre o que é melhor para o seu país. Não é raro que a bandeira se torne símbolo de opressão e violência, ao ponto de se tornar motivo de vergonha para aqueles que um dia a identificavam com os símbolos característicos da nação, algo que se agitava ou vestia em jogos de futebol, olimpíadas, algo que todos os nascidos sob aquela pátria um dia ostentavam com orgulho. Não, ao ser sequestrada para outros fins opressores e violentos, torna-se motivo de embaraço, vergonha.
Nasci em 1964. Só fui tomar consciência da bandeira brasileira na copa do mundo, em 1970. Fui saber depois que a bandeira havia se tornado um símbolo ligado à opressão da ditadura. Ao entrar na escola, em 1971, cresci e me cansei de ficar em posição de sentido e cantar o hino nacional voltado para bandeira que tremulava no pátio de todas as escolas que estudei.
Pouco antes do final da ditadura, ali por 1984, a bandeira adquiriu um significado mais elevado. Todos os brasileiros, naquele período pré abertura, saíram às ruas vestindo suas cores e agitando sua bandeira, reivindicando o fim daquele regime opressor que a tantos matou e destituiu muitos outros de sua dignidade. O tempo passou e, 19 anos depois, ela novamente foi usada como símbolo de patriotismo por grupos que, novamente, se auto intitularam “nós, as pessoas de bem” contra um grupo muito maior e majoritário (ainda o é) que a única coisa que quer é viver com dignidade e, de preferência, ser deixado em paz. Esse grupo maior e majoritário, e do qual hoje muitos tem vergonha da bandeira brasileira, é constituido por pobres, favelados, pretos, LGBTQ+, mulheres, e, tudo bem, também uma ala ideologicamente oposta à dos patriotas que agora agitam a bandeira brasileira.
Esses adoradores da cor verde e amarela hoje vão às lágrimas com a mão no peito, cantando hinos ufanistas diante de sua bandeira tremulante. Ao mesmo tempo agredindo a tudo e a todos que não fazem parte de seu grupo “do bem”.
Prefiro os caminhos às fronteiras. Abomino símbolos nacionais, seja de onde forem. Nossa biosfera segue indiferente a essa forma bizarra de relacionamento entre grupos de Homo sapiens espalhados ao redor do globo e limitados por fronteiras imaginárias, as quais só podem transpor na condição de privilegiados ou sorrateiramente e ilegalmente na condição de imigrantes e refugiados.
Nossa aldeia, que se auto denomina global, de global não tem nada. A única coisa transnacional é o dinheiro. Esse não conhece fronteiras. Já não conhecia antes e muito menos conhece agora. O dinheiro, outra abstração abjeta, ignora a existência de 99% de todos os seres humanos. Dá atenção apenas a 1% deles. Essa minoria, manipula o simbolismo pelo qual os seres humanos operam, em maior ou menor grau, gerando uma neurose coletiva, onde tomamos conceitos abstratos por coisas palpáveis. Palavras sem sentido como mercado, economia, comércio, dinheiro, se materializam pela vontade de poucos e escravizam praticamente todos os seres humanos. O resto da biosfera também sofre, mas provavelmente sem ter consciência do motivo.
As bandeiras de todas as nações do mundo são abstrações, em sua maioria, nefastas. Estados, nações, economias, mercados, comércio, não são nada diante da marcha inexorável da evolução do planeta Terra. Incontáveis impérios se elevaram e desmoronaram, muitos deles sem deixar absolutamente nenhum vestígio de sua efêmera passagem. Os motivos foram muitos, incluindo o colapso por forças invisíveis e microscópicas ceifadoras de vidas em incontáveis eventos biológicos. Indiferentes à jornada do exuberante Homo sapiens, fizeram dele seu veículo para prosperar, deixando para trás apenas uma pilha gigantesca de cadáveres e sofrimento indizível por parte dos sobreviventes que, além de suas perdas humanas, tiveram ainda que lidar com fome e miséria inimagináveis. Nas guerras nos matamos por dinheiro, por poder, e pela pior das abstrações, nos matamos pela pátria.
Há mais de 250 anos atrás o escritor e pensador inglês Samuel Johnson (1709-1784) escreveu: “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”. Observando os patriotas ao longo da história e os do dia de hoje, aqui neste cantinho da América do Sul de onde escrevo e também na América do Norte, Europa, África, Ásia e Oceania (sim, temos canalhas patriotas em todos os continentes atualmente), só posso dar total razão a Samuel Johnson. Mussolini foi um canalha seguido por canalhas, Hitler foi um canalha seguido por canalhas. Espalhando medo e destruição contra tudo e contra todos os “não-patriotas” e também contra os 99% de descamisados. Mais recentemente, Trump, Johnson, Orban, Maduro, Modi, Duterte e aquele cujo nome recuso pronunciar. Todos, sem exceção, canalhas. Canalhas enrolados em bandeiras, canalhas patriotas cantando hinos com o rosto banhado em lágrimas. Com sorte, seres indiferentes e microscópicos os encontrarão. Com mais sorte ainda, não haverá leitos de UTI disponíveis para eles. Prefiro estar ao lado dos “não-patriotas”, dos desvalidos, dos descamisados. Infelizmente, estes estão muito mais vulneráveis ao nosso educador microscópico. A lição deste educador microscópico é simples. Chega de construir as fundações de nossos castelos em um substrato de abstrações. Mercado, economia, dinheiro, nada disso terá vez quando o último de nós deixar de respirar neste planeta finito. A biosfera seguirá totalmente indiferente ao nosso destino, muito possivelmente respirando mais livremente sem ao menos saber o porquê.
Nossa bandeira foi sequestrada. Tomara que não sobreviva ao sequestro. Tomara que morra logo de uma vez. Prefiro os caminhos às fronteiras.
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blogdojuanesteves · 7 years ago
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BOB WOLFENSON
O paulistano Bob Wolfenson sem dúvida tem um dos mais cobiçados arquivos fotográficos do país . Para escolher as 58 imagens que integram o volume Bob Wolfenson (Terra Virgem, 2017), da coleção Fotógrafos Viajantes, o editor paulista Roberto Linsker  mergulhou nas quase 5 décadas de sua produção. É o sétimo volume da série onde já estão consagrados autores como os brasileiros Cássio Vasconcellos e Pedro Martinelli; a inglesa Maureen Bisilliat; o americano Loren McIntyre (1917-2003) e o francês  Pierre Verger (1902-1996) além de um volume dedicado ao acervo de fotopinturas do pesquisador e sociólogo  alemão Titus Riedl que vive no Crato, Ceará. ( veja aqui neste blog review sobre este último livro http://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/142796362371/estes-outros-fotopinturas-da-cole%C3%A7%C3%A3o-titus-riedl )
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Autor de centenas de retratos de celebridades, dono de uma carreira também na imagem contemporânea mais autoral, Wolfenson talvez seja mais conhecido por suas antológicas imagens das mais belas modelos e atrizes vestidas e nuas, publicadas em diversas revistas brasileiras. É este o fio condutor escolhido pelo editor para celebrar seus 47 anos de carreira, uma constelação que inclui Gisele Bündchen, Tais Araujo, Luiza Brunet, Fernanda Torres, Juliana Paes, Rita Lee e Alessandra Negrini que, segundo o editor, pertencem ao seu círculo íntimo.
Não pense o leitor, entretanto, que irá entrar em mundo onde prevalece sensualidade e sexualidade. As “mulheres de Bob Wolfenson” vão além disso. Pai de 3 filhas, o fotógrafo explica que tem uma convivência intensa com o gênero e que elas o amaciaram quando, diante destas “musas”, se estabeleceu uma confiança mútua sobre o set fotográfico. Ele recorre ao compositor baiano Gilberto Gil, invocando a sua “porção mulher”. Citando o genial Richard Avedon (1923-2004) para quem a fotografia é apenas superfície,  ele argumenta que “não pretende se incensar como alguém de sensibilidade extra, capaz de desvendar o o que não é desvendável.“
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“Este é um livro de mulheres, misturando imagens provocativas com outras mais contidas.” conta Roberto Linsker. Para ele, apesar dessa distinção não haverá uma imagem que não seja notada. “Todas são lindíssimas, seja pela beleza dos corpos nus, pelos olhares, pela atitude, mas principalmente pela forte presença.” O editor ainda nota que a edição do livro trouxe uma espécie de “conversa abstrata” entre as personagens, que passa pela questão cromática e também estética.
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Wolfenson foi  um dos principais nomes da revista Playboy nas décadas de 1990 e 2000 e um dos profissionais mais requisitados por celebridades, entre elas atrizes, cantores e claro,  modelos. Entretando já nos anos 1980 se firmava pelos seus elegantes nus femininos mais autorais como aqueles da sua mostra Amigas do Peito, de 1989 na Galeria Fotoptica e a exposição produzida pela Galeria Collector’s, que se tornou seu primeiro livro Portifolium (Sver & Boccato Editores, 1990), ambos espaços pioneiros na mostra fotográfica no Brasil e infelizmente extintos. Na sequência o fotógrafo publicou mais 6 livros onde se destacam Jardim da Luz (Companhia das Letras / DBA, 1996) uma coletânea de seu trabalho na época, e Antifachada e Encadernação dourada (Cosac & Naify, 2004); Apreensões ( Cosac e Naify, 2010) e Belvedere (Cosac Naify 2013) edições de lavra mais autoral.
O formato pocket da coleção (12X16 cm)  abriga nus como o de Sonia Braga, Nanda Costa, Laura Neiva e Maitê Proença e cenas de atrizes globais como Malu Mader amamentando o filho João ou da própria mulher Mariza Guimarães Couto, entrando num carro num dia de chuva. O livro, segundo seu editor, trilha uma narrativa guiada essencialmente pela beleza. O escritor Reinaldo Moraes, amigo do fotógrafo desde os anos 1970, onde conviveram no inacabado curso de Ciências Sociais da USP,  traduz o trabalho de Wolfenson: “Fugindo à noção muito disseminada de que o bom retrato é aquele que capta a ‘alma’ de uma pessoa, Bob pensa que não é necessário ir a fundo na biografia e na mente da pessoa que será retratada, pois ‘fotografia não é psicanálise’, diz.
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Moraes ainda escreve que para o fotógrafo, um bom retrato é um ‘milagre’, mas não no sentido místico do termo. O milagre se dá, na verdade, quando ocorre um encontro das expectativas do veículo que encomendou o retrato, do próprio retratado e do fotógrafo com sua câmera, que se interpõe entre ele e o objeto de suas lentes. “Vou me abrindo para o imponderável”,  diz o Bob, “e ao que pode ocorrer acidentalmente, ao que não estava no script original, como é da natureza dos encontros.”
Na seleta listagem estão Gisele Bundchen, Salma Buzzar, Margaret Baroni, Bárbara Paz, Fernanda Young, Patricia Pillar, Sonia Braga, Caroline Carlson, Thairine Garcia, Gisele Zelauy, Mariana Weickert, Alessandra Negrini, Nanda Costa, Anitta, Mariza Guimarães, Iza, Janne Fitzgerald, Bruna Lombardi, Malu Mader, Carolina Ferraz, Juliana Paes, Rita Lee, Cassia Avila, Mart’nália, Natállia Rodrigues, Regiane Alves, Mylla Christie, Rosana Prado, Maitê Proença, Renata Martins, Lovani Pinnow, Mariana Marcki, Renata Kupi, Vanessa Peele, Ana Beatriz Barros, Bettina Meinköhn, Melanie, Debie Mairèsse, Claudia Liz, Reca Remencius, Carla Monfort, Tais Araujo, Suyane Moreira e imagens inéditas de Luiza Brunet, Luciana Vendramini, Fernanda Torres, Ana Hickmann, Betty Prado, Vera Zimmermann e Laura Neiva.
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As imagens inéditas no livro, ficam por conta dos retratos de Luiza Brunet, Luciana Vendramini, Fernanda Torres, Ana Hickmann, Betty Prado, Vera Zimmermann e Laura Neiva.  Bob Wolfenson  iniciou sua trajetória profissional em 1970  com 16 anos no estúdio da Editora Abril em São Paulo. Em 1978, mudou-se para Nova Iorque, onde trabalhou como assistente do consagrado fotógrafo americano  Bill King (1930-1987)  morto em decorrência de complicações das infecções geradas pela AIDS.
A coleção Fotógrafos Viajantes, conta o editor Roberto Linsker,  busca o universo do fotógrafo, suas imagens ou viagens, geográficas ou não, editadas de forma a contar um pouco sobre a visão peculiar de cada um deles. “O que me interessa é a diversidade de olhares e de desejos”. Como outras compilações do gênero, pelo seu tamanho pocket é a porta de entrada no trabalho de grandes autores. Não tem um preço muito popular custando R$ 70,00, mas afinal, tem quase 100 páginas e  traz a qualidade de um papel couché fosco, impressão exemplar e formato hard cover produzidos pela gráfica e editora Ipsis, que dá apoio institucional ao projeto.
Imagens © Bob Wolfenson  Texto © Juan Esteves
Lançamento: Dia 6 de novembro, segunda-feira, das 19h às 22h
Anexo Millan (Rua Fradique Coutinho, 1.516, Pinheiros) Tel: 3031.6007
Leia aqui review do livro Amazônia ( Terra Virgem, 2012) do fotógrafo paulista Edu Simões  http://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/146356003506/amaz%C3%B4nia-edu-sim%C3%B5es
Leia aqui review do livro Ilusões Posteriores ( Terra Virgem, 2015) de Roberto Linsker  http://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/135870293736/ilus%C3%B5es-posteriores-roberto-linsker
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batuquers · 6 years ago
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Batuque RS -
Umbanda, a religião brasileira que chegou à Alemanha
O coração segue caminhos misteriosos e foi por um desses mistérios que a terapeuta alemã Gabriele Hilgers se casou com o Brasil. O casamento foi selado através da umbanda, a religião brasileira que ela conheceu há dez anos e pela qual se apaixonou de tal forma que a levou para a sua terra natal. Gabriele se tornou a primeira mãe no santo alemã, status das sacerdotisas desta prática religiosa, depois de ser coroada em 2006 por um pai no santo brasileiro. Dois anos depois inaugurou o primeiro terreiro de umbanda da Alemanha. A dança alegre, o som dos atabaques e a linguagem simples para aflorar o amor ao próximo “têm quebrado paradigmas dos alemães que frequentam esta casa”, comenta mãe Gabrielle.
A religião brasileira, que acaba de completar 107 anos no último dia 15, nasceu sob influência dos negros trazidos da África para cá na época da escravidão. Ela trabalha a espiritualidade sob a inspiração de espíritos antigos e um panteão de orixás, as divindades cantadas em verso e prosa no Brasil. De Vinícius de Moraes(era adepto da religião), a Gilberto Gil, de Chico Buarque a Gal Costa, todos já renderam homenagem às figuras de Iemanjá, a rainha do mar, Oxum, que mora nas cachoeiras, ou pai Xangô, que vive na pedreira… Hoje os alemães também ‘batem cabeça’ – expressão usada para discriminar a saudação aos guias espirituais na umbanda – a todo o panteão de divindades desta religião, que lembra, em alguns aspectos, a mitologia grega.
Dezenas de alemães vestidos de branco se reúnem semanalmente na Casa de Irradiações Espirituais de São Miguel, o centro de umbanda de Gabriele, que funciona atualmente em Viehl, mas está de mudança para Colônia, a quarta maior cidade alemã, onde será reinaugurada em janeiro.
Pele branquinha, olhos azuis e cabelos negros, Gabrielle é natural de Düsseldorf. Chegou à umbanda quando pesquisava novas religiões pelo mundo. Era uma etapa em que se encontrava inquieta, disposta a aprofundar sua capacidade de cura, que até então estava restrita aos conhecimentos da psicologia pela física quântica, uma divisão da física tradicional que enfatiza o poder da energia do pensamento, positivo ou negativo, sobre as pessoas.
Ironicamente, foi durante uma imersão de meditações na Índia que ela sentiu o impulso de aprender português e vir ao Brasil, onde nunca havia pisado antes. “Foi assim. Tive vontade de aprender a língua portuguesa. Não sei por que tive essa vontade se nunca havia tido contato com o país”, lembra. Seguiu a intuição e pediu indicações de espaços que desenvolvessem a espiritualidade. Chegou a um centro que lhe foi recomendado, na zona sul de São Paulo. Ao ouvir o som do atabaque que acompanha os ritos de umbanda, e a atmosfera de dança e de entrega à incorporação, disse a si mesma: “Isto é pra mim!”. “Eu dancei o tempo todo, algo que nunca havia feito antes, e pensava internamente: ‘É uma loucura’. E me senti feliz, como sempre me sinto quando estou com a umbanda.”
Sair do controle para uma representante da cultura germânica foi, ao mesmo tempo, inesperado e libertador. “É uma chance para nós, alemães, de viver a nossa verdade pelo coração, numa religião que não tem dogmas, como é a umbanda”, afirma. Ao contrário do catolicismo, por exemplo, onde os referenciais de transcendência são santos tão bondosos que beiram à perfeição, os filhos da umbanda conhecem a luz e a sombra dos orixás que regem a sua vida. Na luz, as qualidades afloram. Na sombra, os defeitos. Oxum, por exemplo, tem infinita amorosidade pelo outro. Mas é ciumenta, e não gosta de ser contrariada. Ogum é guerreiro, forte e determinado. Mas também instável e impulsivo e por vezes arrogante.
A simplicidade com que são apresentados os torna mais próximos das pessoas, que se enxergam nesse espelho ao ver seu potencial, ao mesmo tempo em que se sentem mais à vontade ao reconhecer suas falhas quando percalços da vida coloca o equilíbrio em risco. Um bálsamo para seu seguidores no Brasil e para a rigidez alemã, assegura Gabriele. “Os alemães se sentem confortáveis com a umbanda porque podem ter um contato com Deus sem ter o peso de serem 100% corretos e perfeitos o tempo todo. Traz leveza para a sua realidade”, afirma. O erro se transforma numa fonte de aprendizado e não mais de penitência, compara.
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Gabriele em cerimônia no centro de umbanda na Alemanha | Foto: Arquivo El País
Sair do controle para uma representante da cultura germânica foi, ao mesmo tempo, inesperado e libertador. “É uma chance para nós, alemães, de viver a nossa verdade pelo coração, numa religião que não tem dogmas, como é a umbanda”, afirma. Ao contrário do catolicismo, por exemplo, onde os referenciais de transcendência são santos tão bondosos que beiram à perfeição, os filhos da umbanda conhecem a luz e a sombra dos orixás que regem a sua vida. Na luz, as qualidades afloram. Na sombra, os defeitos. Oxum, por exemplo, tem infinita amorosidade pelo outro. Mas é ciumenta, e não gosta de ser contrariada. Ogum é guerreiro, forte e determinado. Mas também instável e impulsivo e por vezes arrogante.
A simplicidade com que são apresentados os torna mais próximos das pessoas, que se enxergam nesse espelho ao ver seu potencial, ao mesmo tempo em que se sentem mais à vontade ao reconhecer suas falhas quando percalços da vida coloca o equilíbrio em risco. Um bálsamo para seu seguidores no Brasil e para a rigidez alemã, assegura Gabriele. “Os alemães se sentem confortáveis com a umbanda porque podem ter um contato com Deus sem ter o peso de serem 100% corretos e perfeitos o tempo todo. Traz leveza para a sua realidade”, afirma. O erro se transforma numa fonte de aprendizado e não mais de penitência, compara.
A religião brasileira vive a crença de que os médiuns incorporam espíritos antigos de uma dezena de entidades, como o preto velho – espíritos de negros idosos, quase sempre escravos que morreram e guardam sabedoria para lidar com os problemas terrestres –, ou o caboclo (índios guerreiros), e com a inspiração desses ancestrais se comunicam com as pessoas que procuram o centro de umbanda para dividir suas preocupações ou tristezas, em busca de uma orientação ou apenas um ombro amigo. “Temos recebido gente da Alemanha inteira e também de outros países vizinhos”, contou Gabriele ao EL PAÍS em sua passagem por São Paulo. Como no Brasil, as pessoas que buscam um ‘atendimento’ na umbanda vão atrás da cura de todo tipo de dor. Mágoa, raiva, ansiedade, depressão, dívidas… aquele momento confuso em que não se vê nenhuma saída. Quase sempre a porta de entrada para as religiões. A umbanda, porém, parece mais descomplicada a seus fieis e trabalha com elementos muito familiares ao Brasil.
Os médiuns alemães atendem os seus invocando a energia das entidades conhecidas dos brasileiros, mas também trabalham com arquétipos da cultura local, como druidas e wikas, da mitologia celta. Hoje, centenas de alemães frequentam a Casa de Gabriele, que já vislumbra a coroação de três novos sacerdotes: duas mães no santo e um pai no santo, todos nascidos na terra da chanceler Angela Merkel. Quando questionada se os alemães não deveriam se sentir menos à vontade diante de um credo vindo de um país tão diferente, Gabriele responde certeira: “Os brasileiros são muito mais evoluídos espiritualmente que os alemães”, garante.
Fonte: El País
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jornal-do-reboucas · 6 years ago
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A selva nos une
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A região amazônica inclui o Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Rica em fauna, flora e extensas reservas minerais, como o estratégico nióbio, vem há muito tempo despertando a cobiça estrangeira. Posso afirmar que há uma grande farsa a respeito de tribos como Yanomami, que nunca existiu. Muitas destas tribos estão situadas em regiões ricas em minerais. Não é do interesse nacional continuar distribuindo grandes extensões de terras aos índios brasileiros. O Brasil, nos últimos governos, tem cedido à pressão internacional no sentido destas demarcações, por países que sequer respeitaram a cultura dos aborígenes. Portanto, não são exemplo para exigir o que nunca fizeram. Não há outra razão do que manter reservas para um momento futuro ou mesmo traficarem estas riquezas, sem que retornem em divisas em benefício do país. Os políticos brasileiros, até agora, não têm demonstrado a menor preocupação com os reais interesses e aspirações nacionais, no sentido de transformar a riqueza potencial em progresso, capaz de gerar emprego e renda para o povo. Em relação ao Projeto Calha Norte, visando, num primeiro momento, a integração nacional, o que se observou foi somente a presença das Forças Armadas e muito poucos órgãos do governo federal na região. Muitas vezes o Exército está fazendo o papel de governo nas regiões mais remotas, longe do centro dinâmico do poder. Recebemos no Alto Solimões muitas visitas de autoridades e da Comissão de Defesa Nacional que nada fizeram de relevante para a região. Aliás, relevante sempre foi o hercúleo trabalho dos militares em face da população local. Em Tabatinga, AM, além das minhas atividades do quartel, fui voluntário da Cruz Vermelha Brasileira por três anos, abri gratuitamente um Curso Preparatório para o Concurso da Escola de Sargento das Armas, com 100% de aproveitamento, um Curso Preparatório para o Vestibular, tudo na garagem de casa. A minha esposa chegou a dar aulas para as crianças num colégio batista de ensino fundamental. Visitava comunidades ribeirinhas e a tribo Ticuna. A necessidade de dependermos um dos outros, redunda na união de esforços para o cumprimento da missão, lembrando-se das palavras constantes da Oração do Guerreiro de Selva, invocando o merecimento da vitória. Selva!
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fabioferreiraroc · 4 years ago
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Os 10 melhores começos de livros de autores brasileiros
A Revista Bula realizou uma enquete com o objetivo de descobrir quais são, segundo os leitores, os melhores começos de livros da história da literatura brasileira. A consulta foi feita a colaboradores, assinantes — a partir da newsletter —, e seguidores da página da revista no Facebook e no Twitter. Mais de 100 livros foram citados por 1,4 mil participantes. A seleção percorre um século de literatura nacional, de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, publicado em 1899, a “O Jardim do Diabo”, de Luis Fernando Verissimo, publicado em 1988.
A Revista Bula realizou uma enquete com o objetivo de descobrir quais são, segundo os leitores, os melhores começos de livros da história da literatura brasileira. A consulta foi feita a colaboradores, assinantes — a partir da newsletter —, e seguidores da página da revista no Facebook e no Twitter. Mais de 100 livros foram citados por 1,4 mil participantes. A seleção percorre um século de literatura nacional, de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, publicado em 1899, a “O Jardim do Diabo”, de Luis Fernando Verissimo, publicado em 1988. Além de Verissimo e Machado, integram a lista: “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa; “O Ventre”, de Carlos Heitor Cony; “O Amanuense Belmiro”, de Cyro dos Anjos; “Macunaíma”, de Mário de Andrade; “Depois que Acabou”, de Daniela Abade; ; “O Tempo e o Vento”, de Erico Verissimo; “e “A Lua Vem da Ásia”, de Campos de Carvalho. A lista está publicada em ordem classificatória.
A Lua Vem da Ásia, de Campos de Carvalho
Aos 16 anos matei meu professor de lógica. Invocando a legítima defesa — e qual defesa seria mais legítima? — logrei ser absolvido por cinco votos a dois, e fui morar sob uma ponte do Sena, embora nunca tenha estado em Paris. Deixei crescer a barba em pensamento, comprei um par de óculos para míope, e passava as noites espiando o céu estrelado, um cigarro entre os dedos. Chamava-me então Adilson, mas logo mudei para Heitor, depois Ruy Barbo, depois finalmente Astrogildo, que é como me chamo ainda hoje, quando me chamo.
Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do cór­rego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser — se viu —; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram — era o demo.
O Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos
Ali pelo oitavo chope, chegamos à conclusão de que todos os problemas eram insolúveis. Florêncio propôs, então, um nono, argumentando que outro copo talvez trouxesse a solução geral. Éramos quatro ou cinco, em torno de pequena mesa de ferro, no bar do Parque. Alegre véspera de Natal! As mulatas iam e vinham, com requebros, sorrindo dengosamente para os soldados do Regimento de Cavalaria. No caramanchão, outras dançavam maxixe com pretos reforçados, enquanto um cabra gordo, de melenas, fazia a vitrola funcionar.
O Jardim do Diabo, de Luis Fernando Verissimo
Me chame de Ismael e eu não atenderei. Meu nome é Estevão, ou coisa parecida. Como todos os homens, sou oitenta por cento água salgada, mas já desisti de puxar destas profundezas qualquer grande besta simbólica. Como a própria baleia, vivo de pequenos peixes da superfície, que pouco significam mas alimentam. Você talvez tenha visto alguns dos meus livros nas bancas. Todo homem, depois dos quarenta, abdica das suas fomes, salvo a que o mantém vivo. São aqueles livros mal impressos em papel jornal, com capas coloridas em que uma mulher com grandes peitos de fora está sempre prestes a sofrer uma desgraça.
O Ventre, de Carlos Heitor Cony
Positivamente, meu irmão foi acima de tudo um torturado. Sua tor­tura seria interessante se eu a explorasse com critério — mas jamais me preocupei com problemas do espírito. Belo para mim é um bife com batatas fritas ou um par de coxas macias. Não sou lido tampouco. A única atração que tive por livro limitou-se à ilustração de um tratado de educação sexual que o vigário do Lins fez o pai comprar para nosso espiritual proveito. Só creio naquilo que possa ser atingido pelo meu cuspe. O resto é cristianismo e pobreza de espírito.
Depois que Acabou, de Daniela Abade
Foram os óculos de sol. Os meus começaram a se desmantelar depois que saí do carro e atravessei a rua para visitar um cliente — um pino se soltou e me vi obrigada a ficar de quatro no asfalto, juntando pedaços de armação. Os dele não existiam e foi exatamente a ausência dessa proteção que o cegou momentaneamente quando contornava a esquina com seu caminhão. Outras teorias, algumas mais científicas, outras mais supersticiosas, surgiram durante semanas, mas de forma alguma elas mudam ou mudarão o fato principal desta história: eu, Carla de Souza Almeida, morri. Aos 30 anos, solteira, com uma carreira promissora pela frente e o péssimo hábito de comprar óculos de sol em liquidação.
Dom Casmurro, de Machado de Assis
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar
Os olhos no teto, a nudez dentro do quarto; róseo, azul ou violáceo, o quarto é inviolável; o quarto é individual, é um mundo, quarto catedral, onde, nos intervalos da angústia, se colhe, de um áspero caule, na palma da mão, a rosa branca do desespero, pois entre os objetos que o quarto consagra estão primeiro os objetos do corpo; eu estava deitado no assoalho do meu quarto, numa velha pensão interiorana, quando meu irmão chegou para me levar de volta; minha mão, pouco antes dinâmica e em dura disciplina, percorria vagarosa a pele molhada do meu corpo.
Macunaíma, de Mário de Andrade
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Sio incitavam a falar exclamava: If — Ai! que preguiça!… e não dizia mais nada.
O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo
Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé, que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno na solidão. Agachada atrás dum muro, José Lírio preparava-se para a última corrida. Quantos passos dali até a igreja? Talvez uns dez ou doze, bem puxados. Recebera ordens para revezar o companheiro que estava de vigia no alto duma das torres da Matriz.
Os 10 melhores começos de livros de autores brasileiros Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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antoniodatsch · 5 years ago
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Ivan Pavlov descobriu o reflexo condicionado: apenas o som de uma sineta fazia o cão salivar de fome, mesmo sem ter na sua frente um prato de comida. Diante da repetição de estímulos diários através de bravatas, provocações escatológicas, chulas e autoritárias do Governo, a guerra semiótica criptografada tem jogado a esquerda e oposições num labirinto de informações desconexas, transformando-as em um cão de Pavlov pós-moderno que reage de forma reflexa aos estímulos. Saliva de ódio e reage com o fígado, ficando apenas nas trincheiras da “guerra cultural”. Enquanto o patrimônio nacional é rapidamente vendido na xepa do mercado. Em sua guerra particular, esqueceu das massas silenciosas, supostamente anestesiadas. Anestesiadas porque não conseguem ver as relações causa-efeito entre a xepa e a sobrevivência cotidiana uberizada. Sem nenhuma iniciativa de comunicação didática para esclarecer ao brasileiro comum essa relação causal e conquistar corações e mentes, prefere assumir o confortável papel de cão de Pavlov. Há 100 anos o célebre médico russo Ivan Pavlov realizou um experimento que iria mudar para sempre a natureza da propaganda política, além de criar o motor psicológico da sociedade de consumo e transformar a forma como o seu humano vê a si mesmo. Pavlov descobriu o condicionamento das funções fisiológicas: treinou cachorros a ficarem com água na boca mesmo sem ter um prato de comida por perto. Reflexo fisiológico diante da presença do alimento, Pavlov conseguiu que os animais salivassem mesmo sem a presença da comida com o simples som de uma sineta – toda vez que Pavlov os alimentava, tocava a sineta. Até o momento em que percebeu que mesmo com o prato vazio, a sineta fazia os cães babarem famintos. Pavlov descobria o reflexo condicionado. Dos estímulos de propaganda (medo, provocação etc.) aos estímulos publicitários fazendo o papel da sineta de Pavlov que nos faz desejar coisas mesmo sem necessidade fisiológicas (fome, sede etc.), certamente foi o experimento mais influente do século XX. A partir daquela descoberta do médico russo, estava disponível mais uma ferramenta do imenso kit semiótico de manipulação das massas – sobre esse kit semiótico clique aqui. Aqui no Brasil, como era esperado, a proximidade da simbólica data do sete de setembro fez as estratégias criptográficas para embaralhamento e confusão da opinião pública se intensificarem. Leia também:  Quem Gosta de Crescimento é o Trabalhador, diz Franklin Serrano                       Principalmente quando a sineta pavloviana soa para produzir reflexos condicionados – no caso, não a saliva, mas a reação com o fígado, bem ao gosto da extrema-direita que precisa do ambiente de contínua conflagração e tensão. Como observou em cheio Romulus Maya do blog “Duplo Expresso” – clique aqui. Presos num labirinto Uma conflagração estratégica: deixar a esquerda perdida dentro de uma espécie de labirinto de informações, cheia de raiva e indignação. Enquanto lá fora do labirinto, o Estado, patrimônio e soberania nacional vão sendo fatiados, queimados, pulverizados ou simplesmente vendidos na xepa do mercado. Confusa e sempre reagindo de forma reflexa ao som das sinetas (as provocações diárias de Bolsonaro elogiando torturadores, falando mal dos dotes estéticos de esposas de presidentes; ou a censura do prefeito Crivella mandando apreender livros LGBT na Bienal do Rio etc.), a esquerda está paralisada e sonhando com algum tipo de intervenção, um “Deus ex-machina” – velho truque em roteiros malconduzidos para designar soluções arbitrárias ou sem nexo na narrativa para solucionar becos sem saída. A possibilidade de um impeachment… seja através da CPMI da fake news funcionando no Congresso… ou pelas atitudes chulas de Bolsonaro… ou pela fúria dos caminhoneiros que se sentem traídos … ou, quem sabe, pelo Tribunal Internacional de Haia que puna Bolsonaro por “ecocídio… ou que, de repente, o STF caia em si e reconstitua o Estado de Direito libertando Lula. Um laudo médico, pelo amor de Deus!  Um exemplo flagrante dessa ausência total de foco como cães de Pavlov que salivam sem ver o prato de comida é o artigo do veterano jornalista Ricardo Kotscho “Um ano após facada, quem está na UTI é o Brasil”. De início, acertadamente, Kotscho faz o diagnóstico do sucesso da guerra criptografa de Bolsonaro: JÁ PENSEI MIL VEZES EM MUDAR DE ASSUNTO E DEIXAR DE FALAR NO INOMINÁVEL, MAS É IMPOSSÍVEL. BASTA ABRIR O COMPUTADOR OU O JORNAL, LIGAR A TELEVISÃO OU O CELULAR, LÁ ESTÁ ELE FALANDO MERDA, ANUNCIANDO DECISÕES MALUCAS, CONTRARIANDO A LÓGICA E A CIÊNCIA, DESAFIANDO REPÓRTERES E ADVERSÁRIOS, OFENDENDO E AGREDINDO PESSOAS COM SEU VOCABULÁRIO ESCATOLÓGICO, DEFENDENDO TORTURADORES – CLIQUE AQUI. O linguista e ativista Noam Chomsky também observa essa mesma estratégia alt-rigth de Donald Trump na qual a grande mídia, supostamente de oposição, cai feito patinho nas provocações diárias do presidente: OLHE A TELEVISÃO E AS PRIMEIRAS PÁGINAS DOS JORNAIS. NÃO HÁ NADA MAIS QUE TRUMP, TRUMP, TRUMP. A MÍDIA CAIU NA ESTRATÉGIA TRAÇADA POR TRUMP. TODO DIA ELE LHES DÁ UM ESTÍMULO OU UMA MENTIRA PARA SE MANTER SOB OS HOLOFOTES E SER O CENTRO DA ATENÇÃO. ENQUANTO ISSO, O FLANCO SELVAGEM DOS REPUBLICANOS VAI DESENVOLVENDO SUA POLÍTICA DE EXTREMA DIREITA, CORTANDO DIREITOS DOS TRABALHADORES E ABANDONANDO A LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA, QUE É PRECISAMENTE AQUILO QUE PODE ACABAR COM TODOS NÓS” – CLIQUE AQUI. “O que fazer?”, indaga Kotscho. Logo apresenta a solução, indicada pelo médico Vitor Buaiz, ex-prefeito de Vitória e ex-governador do Espírito Santo: sugerir à Sociedade Brasileira um laudo médico sobre o estado de saúde mental do presidente como fundamento para sua interdição. Kotscho acaba invocando o mesmo modus operandi “Deus ex-machina”: suplicando algum tipo de intervenção externa à atual narrativa de um governo que, intencional e provocativamente, repercute tosquices, autoritarismo, escatologias e intolerância. Soma-se a esse suposto laudo psiquiátrico que interditaria Bolsonaro, vídeo postado em perfis progressista de Macron confessando para um interlocutor na reunião do G7 sua vergonha alheia de Bolsonaro. Graças a reações como essas do presidente francês, a esquerda nutre a esperança que, de algum lugar do planeta, surja uma corrente de juristas, advogados ou pensadores “do Bem” que façam algum tipo de abaixo assinado que ajude a barrar Bolsonaro. Ou que a vergonha alheia do mundo, por si, enfraqueça o autoritarismo do mandatário. Leia também:  Livro analisa decisões do STF e revela “indiferença” com a questão indígena Se nos EUA é a grande mídia liberal que cai na estratégia traçada por Trump, aqui é a esquerda e oposição que salivam como o cão de Pavlov a cada provocação. Qual a consequência? Reage com o fígado, se enche de ódio e indignação e tenta, de qualquer forma, revidar à altura “lacrando” com vídeos ou “textões” em redes sociais. Guerras culturais, o “libelo da Folha” e Bárbara Paz O episódio da tentativa de censura do prefeito do Rio Marcelo Crivella de querer recolher na Bienal do Livro do Rio o gibi da Marvel “Os Vingadores: A Cruzada das Crianças”, na qual aparecia um beijo gay, é emblemático. Rendeu protestos, “beijaços” entre casais LGBT, além de impulsionar a própria venda do livro. E mais: a esquerda saudou como “edição histórica” a primeira página do Jornal Folha de São Paulo na qual a imagem do beijo da HQ ocupa grande parte do espaço. Um “libelo da luta contra a censura e autoritarismo que tomam conta do País”, exultaram. Por participar das apurações da “Vaza Jato de Glen Greeenwald, de repente a Folha parece que tornou-se uma aliada, supostamente “arrependida” em ter feito parte, no passado, da câmara de eco da Lava Jato e da guerra híbrida. Mas diligentemente a Folha participa da guerra criptografada do governo atual publicando essa primeira página. Estrategicamente reforça a cegueira da esquerda e a bipolaridade da qual vive o clã Bolsonaro. Ajudando a estender o véu que esconde do brasileiro médio a bomba-relógio da agenda neoliberal. Pior ainda: blogs progressistas destacaram vídeo com discurso da atriz Bárbara Paz ao ser premiada no Festival de Veneza pelo documentário sobre a vida de Héctor Babenco. “Esse prêmio é importante para o meu país. Precisamos dizer não à censura: vida longa à liberdade de expressão”, exaltou emocionada. Leia também:  Reinaldo Guimarães: ‘Está em curso uma destruição institucional sem precedentes’ “Um coro pela liberdade de expressão!”, sauda entusiasmada a esquerda.                       Certamente um gesto tão heroico quanto o protesto da atriz Maitê Proença em manifestação no Rio em defesa da Amazônia ao lado de artistas progressista e de esquerda – logo ela que apoiava Bolsonaro afirmando que ele era “autêntico”. Em 2013 Bárbara Paz ajudou a glamourizar a Guerra Híbrida brasileira Com Bárbara Paz não é para menos: no auge da “revolução colorida” das manifestações de rua patrocinadas pela guerra híbrida (2013-16), estratégicas para a derrubada do governo Dilma, a atriz deu uma força ao protagonismo dos black blocs ao participar de ensaios fotográficos de moda que glamourizavam o ativismo dos “mascarados” que supostamente lutavam contra a “bandalheira nacional” e um governo “autoritário e policial” –
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pipocacompequi · 6 years ago
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[FAVERA 2018] "Alô, maman", de Michely Ascary
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O curta-metragem da universitária Michely Ascari aborda a vida de Manuel, um imigrante haitiano que reafirma todos os dias seu lugar na cidade de Goiânia, Centro-Oeste brasileiro, trabalhando pela construção do sonho de trazer do Haiti sua filha Léonie.
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“Alô, maman” conta uma ficção com ares documentais, demonstrando firme competência e domínio satisfatório da linguagem cinematográfica. Aguçado pela condescendência da situação migratória entre México e EUA atual, que tem sido destaque nas grandes mídias, o filme de Michely Ascari, com argumento de Wendell Thieres e roteiro de Amanda Ramos, assimila sutilmente o que há de mais contemporâneo no contexto social em escala global em um afável drama familiar e cotidiano. Portanto, “Alô, maman” não poderia ser mais necessário em todos os lugares em que estiver disposto a ocupar e se exibir, em especial aqueles alheios à situação e detentores do discurso xenofóbico.
Cinematograficamente - “Alô, maman” - se constrói com grande valor, mesmo atrelado às dificuldades técnicas de um filme de baixo orçamento e universitário. A fotografia capta belos quadros, mantendo o equilíbrio de luzes mesmo para as tomadas noturnas, como nessa cena da sequência de abertura, cuja a qual a incidência de sombra e luz conseguiu algumas linhas de cor arroxeada, entre outros quadros que lembram ligeiramente os tons presentes em “Moonlight”, de Berry Jenkins.
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De todas as características técnicas, os parâmetros sonoros são os mais complicados de se analisar. Devido às intensas tomadas no centro da cidade, a paisagem sonora torna-se um elemento primordial, mesmo que por algumas vezes seja um pouco incômodo, o que não chega a se erguer como um problema, uma vez que os diálogos são polidos e concisos, aliando uma boa mixagem aos méritos do roteiro. O desenho de som de Nara Sodré é bom, e incorpora bem o espírito da capital goiana.
Por fim, a consciência social do filme é seu melhor adjetivo. O que está descrito nas entrelinhas da mise-en-scène traduz para o espectador uma compreensão sensível da causa do imigrante: trabalho árduo na missão de chegar a um objetivo familiar, pontuado por breves pausas de merecido lazer. A construção da curva dramática está no esforço recompensado das cédulas altas de suas economias, que de repente é usurpado pela iniquidade que vem justamente do semblante do homem branco representado em cena. Este vilão do filme não tem rosto e é retratado de forma impessoal, de maneira que o crime de furto pode simbolizar tantas outras maneiras de se lesar um homem negro e imigrante, direta ou indiretamente.
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Manoel, interpretado por Samuel François, carrega uma inocência curiosa em sua existência, mesmo nos momentos de peleja e traumas. E isso é muito bem vindo, pois esse carisma ingênuo está diretamente ligado ao primeiro clímax do filme em sua ação que causa o adiamento de seu sonho e na forma como ele encara toda consequência.
No momento em que Manoel se descuida de seu dinheiro, cria-se um suspense que cala o espectador e infla o senso de justiça, que infelizmente não é recompensado. Na sequência, observamos sua reação invocando nossa condolência pela forma como ele encara o infortúnio, e vemos que tudo se transforma em angústia. Posteriormente, em seu momento de desabafo em um bar, ele diz “Alô, maman” ao celular e resiste com coragem ao entregar o recado do sonho adiado para sua família em sua terra natal, tão exaltada por ele em outros pontos do filme.
O final, bem orquestrado, instiga a continuação do drama de Manoel em nosso consciente imaginário. Percebemos isso no olhar do ator, que transmite o otimismo de sua ingenuidade com a cidade que o cerca. Assim, compreendemos que, apesar de ser uma vítima, seu sonho não foi interrompido, foi apenas “adiado”.
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José Alfredo é bacharel em Comunicação Social: Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás. Produtor, gamer, grande apreciador de músicas e filmes barulhentos.
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