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reflexoescerebrais · 4 years ago
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AS NINAS SÃO AS CULPADAS
O ano é 2022, estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Apesar das crises sanitária, econômica e social, o país ainda se mantém polarizado.
A criatividade do candidato à reeleição continua intacta e cada vez mais aguçada. Com o intuito de amedrontar os seus compatriotas desinformados ou mal intencionados, ele justificou e conseguiu convencer o povo atribuindo as altas taxas de desemprego, a inflação e a desvalorização da moeda nacional frente ao dólar americano ao “kit gay”, à pandemia, ao comunismo, aos governos anteriores, ao clima brasileiro, aos profissionais de saúde que promoveram o que ele chamou de “histeria” acerca das crises nos hospitais, ao mundial que o Palmeiras não tem(além de não ter também Copinha, Supercopa e Recopa), enfim a tudo e a todos foi atribuída a culpa pelo seu péssimo governo exceto ao “Excelentíssimo Senhor” incompetente.
A oposição, após muitas acusações, muitas discussões, conseguiram se despir, temporariamente, dos seus egos e se uniram quando perceberam que nas pesquisas o candidato da situação se mantinha muito forte com seu público fiel. Então, um conglomerado formado massivamente por partidos ditos de esquerda apoiou um candidato único que tinha plenas condições de vencer no segundo turno das eleições.
Assim, todos os finais de semana desde a definição do primeiro turno, o clima nas ruas está quente, de fazer inveja a qualquer final de campeonato de futebol. Enquanto de um lado estão os ávidos apoiadores do candidato à reeleição com seus uniformes da CBF, defendo os direitos que eles têm de não dividirem o mesmo avião com uma empregada doméstica em uma viagem à Disney e de não terem o desprazer de ver os seus filhos estudando em uma universidade pública com a filha do porteiro. Do outro lado, encontram-se pessoas que querem o fim de um governo genocida, o retorno de políticas econômicas e sociais sendo conduzidas por especialistas e não por um guru, ou seja, pessoas que pensam no bem coletivo.
Em meio a toda essa ebulição política, estão os indecisos. Eles ainda não sabem se realmente o país piorou após a entrada do atual governo, por isso, muitos pensam em anular o voto ou votar em branco. Eles acreditam que agindo assim se eximirão da responsabilidade por qualquer resultado danoso. Além de estarem extremamente estressados com as pessoas que só ficam falando sobre política. Afinal, eles odeiam política.
                                                           *
Eis que chegou o grande dia! A população saindo às ruas para exercer a sua cidadania em um verdadeiro festival da democracia. As pesquisas de boca de urna informam que o placar, quer dizer, que os números estão bem acirrados, a diferença entre os dois candidatos será muito pequena.
Quando começa a apuração, as torcidas, ou melhor, os eleitores se agitam em frente à telinha do computador para acompanharem as parciais do TSE. São Paulo larga na frente, alguns gritos ecoam na janela: Mitooo! – alguns dizem. Porém, agora é a vez dos estados do nordeste ultrapassarem São Paulo, desta vez ouve-se o seguinte grito: Fora, genocida! Rio de Janeiro avança e consegue-se ouvir o grito de ambos os lados. O tempo vai passando e os candidatos vão se revezando na posição de primeiro lugar. Muitos quase infartando com a possibilidade de não verem o seu candidato campeão, digo, eleito, começam a fazer reza, mandinga, promessa, oração, fazem de tudo e mais um pouco para não perderem o campeonato, quer dizer... as eleições.
Com o resultado final, barulhos de fogos de artifícios são ouvidos em todo o Brasil. Um grito que estava entalado há quatro anos ecoou. Sim, a esquerda venceu. E agora?
                                                          ***
Em 2023, um novo governo assumiu o poder. Ele tinha a árdua missão de consertar os estragos causados pela pandemia, tornar o país economicamente estável e sair da recessão e atender aos programas sociais tão negligenciados com o último Presidente da República. Enfim, precisava urgentemente “arrumar a casa”.
Assim, o novo Presidente da República convocou os seus ministros para juntos buscarem soluções para tanto caos, incluíram também nestas reuniões alguns membros da sociedade de variados setores. Uma das pautas abordadas foi a educação sexual a qual muitos defendiam como uma nova disciplina obrigatória nas escolas.
Enquanto a cúpula estava aguardando para iniciar o debate, passeatas ocupavam as ruas em todas as capitais do Brasil polarizando mais uma vez o assunto. De um lado estavam os defensores da família tradicional brasileira que advogavam que a educação sexual deveria ser ensinada pelos pais aos filhos no momento em que eles achassem ser conveniente. Do outro lado, os defensores liberais que eram a favor da educação sexual ser ensinada na escola por profissionais competentes.
Quando iniciou a sessão, representantes de grupos contra e a favor da educação sexual na escola tiveram cerca de uma hora para expor suas considerações a respeito do assunto.
O primeiro grupo a falar, composto por membros de associações religiosas e de pais, explanou sobre a importância de se manter a tradição, os costumes da sociedade brasileira e alegaram, sem qualquer dado científico que comprovasse suas afirmações, que crianças ao entrarem em contato com questões sexuais tinham uma tendência maior a começar a vida sexual mais cedo, ficavam erotizadas e que este era o tipo de assunto que os pais poderiam decidir melhor o momento certo para falar com elas, pois, nada como o núcleo familiar para lidar com estes fatos íntimos. A alternativa que eles deram, seria deixar a cargo dos sacerdotes das Igrejas por estes conhecerem melhor as famílias e saberem orientar os jovens conforme os desígnios da religião e, portanto, de Deus.
O segundo grupo que continha cientistas sociais, educadores, agentes de saúde e sexólogos alegou que a educação sexual nas escolas é de suma importância para que crianças e adolescentes possam conhecer seus próprios corpos e se defenderem de possíveis abusadores. Eles expuseram dados estatísticos do Ministério da Saúde do ano de 2018 os quais mostravam que dois terços dos episódios de abuso sexual haviam sido cometidos dentro de casa, onde 23% destes casos foram cometidos pelos pais/padrastos e 25% por amigos ou conhecidos das vítimas*, deixando claro que o lar das crianças e adolescentes nem sempre é um local seguro.
Além disso, expuseram a tese da doutora em ciências sociais – uma das personagens da história “Cheiro de Preto” – na qual ela defendeu, através de dados sólidos e com base no formato holandês de orientação sexual, que a disciplina sobre educação sexual nas escolas diminuiriam as taxas de DSTs e de gravidez na adolescência e, com isso, decresceriam também os índices de mortalidade materna de mulheres negras e de mortalidade infantil de negros, visto que a população negra é a mais atingida pela falta de informação.
A tese também explicava que ao desmistificar o sexo, tornando algo natural sem tabus, a tendência é que a primeira relação sexual entre estes jovens começaria de forma mais tardia, pois foi este o efeito notado nos Países Baixos**.
Após ouvir todos os argumentos, o Presidente da República eleito fez nova reunião apenas com os seus ministros e vice para saber sobre as impressões que tiveram, chegaram à conclusão que o melhor a fazer era criar uma medida provisória incluindo um artigo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional regulamentando e tornando a educação sexual uma das disciplinas obrigatórias no currículo de crianças a partir dos cinco anos de idade.
Alguns comemoraram a MP e outros a condenaram criando grupos para pressionarem o Congresso Nacional para que esta Medida Provisória não se tornasse uma lei.
Como desta vez o Presidente contava com a maioria parlamentar favorável a ele, a MP acabou se tornando lei após sofrer alguns ajustes, principalmente relacionados à idade, a forma como seriam feitas a abordagem nas instituições de ensino e quanto aos profissionais envolvidos com esta nova disciplina. Estas alterações foram feitas especialmente para agradar a ala mais conservadora do Congresso que considerou ser mais apropriado somente aplicar a nova matéria para crianças a partir dos doze anos de idade.
Com a regulamentação da lei, os políticos de esquerda oriundos da classe média que apoiaram esta causa se sentiram vitoriosos e certos de que haviam achado a solução para os problemas de gravidez e DSTs entre adolescentes. Entretanto, um modelo baseado no formato dos Países Baixos merecia ter sido melhor adaptado à realidade brasileira como mostrarei a seguir contando as histórias de três meninas que se chamam Nina.
                                                           ***
 Nina Pereira da Silva é uma jovem negra moradora do subúrbio que estuda em uma escola pública. Ela tem 13 anos e recentemente teve a menarca. Como em seu colégio a educação sexual já estava na grade curricular, Nina agiu naturalmente quando notou o sangramento naquele chuvoso dia, mas ainda assim, aquela situação a pegou desprevenida e ela teve que faltar a aula. Quando sua mãe chegou do trabalho, Nina contou a novidade para a sua mãe e acreditava que no dia seguinte ela poderia ir para a escola para fazer a prova de matemática. Entretanto, sua mãe disse que ela teria que faltar a semana inteira, pois não tinha absorvente em casa e era final do mês, então, faltavam recursos para providenciar a compra deste produto. Desolada, Nina aceitou a ideia de cabular as aulas.
Na semana seguinte, Nina compareceu ao colégio e tentou justificar sua ausência, porém o professor de matemática foi irredutível e não aceitou aplicar uma segunda chamada para que a Nina pudesse fazer a prova. Ele achou que aquilo era apenas uma desculpa, pois para ele, menstruação não era motivo para faltar a aula, especialmente em dia de aplicação de prova.
Nina ficou muito triste com a situação, tanto pela reação incrédula do seu professor quanto por não ter podido fazer a prova. Nina era uma ótima aluna, se não fosse o tal imprevisto, ela não teria faltado.
No mês seguinte, Nina passou pelo mesmo problema. Ela não tinha condições de ir para o colégio sangrando daquele jeito e sem recursos para poder usar um produto próprio para a ocasião. Assim, Nina teve uma ideia, ela resolveu utilizar como “absorvente” o miolo do pão que seu pai havia comprado naquela manhã. Para reforçar a proteção, Nina também colocou uma boa quantidade de papel higiênico acabando com o rolo que estava em uso em sua casa. Nina se sentiu confortável e confiante e seguiu para escola.
Algum tempo depois, Nina sentiu um desconforto, levantou-se para ir ao banheiro e a turma toda notou que sua calça estava suja de sangue, automaticamente, todos começaram a zombar. Nina, extremamente envergonhada, retornou para a sua carteira apenas para pegar rapidamente a sua mochila e ir embora. Ela só queria se esconder e não voltar nunca mais para aquele lugar.
Neste triste dia, Nina Pereira da Silva entrou para a estatística sobre a evasão escolar no país e meses depois não soube como reagir quando o seu vizinho a abusou sexualmente, tornando-se mais uma vítima de abuso sexual na infância.
                                                               *
Em uma cidade do interior do Brasil, Nina dos Santos Santana mora com os seus pais e dois irmãos em uma região bem afastada da cidade, em uma zona rural. Ela e seus irmãos acordam todos os dias às 4 horas da manhã, fazem uma parca alimentação e iniciam uma longa caminhada de onze quilômetros até a escola.
No colégio de Nina, apesar da lei nacional obrigando a implementação da educação sexual na grade curricular, esta disciplina ainda não está disponível para todos os alunos por falta de profissionais especializados na região. A única professora apta para ensinar tal matéria atende apenas aos alunos do ensino médio na aula de biologia. Ainda assim, devido à precariedade da instituição de ensino, suas aulas não conseguem explicar todas as questões que deveriam ser abordadas para instruir os seus alunos de forma adequada.
Nina seria uma das poucas alunas a estudar esta nova disciplina, todavia, devido ao período de pandemia no qual suas aulas presenciais foram suspensas e o acesso à internet era inviável, ela acabou ficando dois anos atrasada na escola.
Com isso, Nina não pôde aprender que fazer sexo sem camisinha podia acarretar em uma doença sexualmente transmissível e em uma gravidez precoce.
Agora, Nina dos Santos Santana faz parte das estatísticas sobre gravidez na adolescência e de mulheres soropositivas.
                                                             *
A Nina - a que não possui sobrenome, apenas um nome informal, pois não foi registrada em lugar algum - vive, ou melhor, sobrevive nas ruas ao lado de sua mãe e três irmãos.
À época das eleições em 2022, com os debates acerca de educação sexual, as várias passeatas marcadas por populares defensores e contrários à disciplina em questão, Nina questionou sua mãe se o que estava acontecendo eram aqueles dias em que a seleção brasileira de futebol jogava e o país parava em frente ao televisor para assistir, pois tinham tantas pessoas com blusas da CBF, muitos gritavam de alegria, outros de decepção, enfim, o pouco repertório de conhecimento da vida que ela tinha, associou aquela agitação toda a uma Copa do Mundo.
Sua mãe também não soube orientá-la direito e grande parte das vezes estava ou embriagada com a cachaça que ela comprava com as poucas esmolas que ganhava ou se prostituindo por uns trocados para conseguir algum alimento para todos.
Nestes seus doze anos de vida, Nina conheceu uma instituição de ensino porque sua mãe, uma vez, decidiu que eles ficariam encostados no muro de uma escola particular para tentar conseguir arrecadar mais dinheiro com esmolas. Eles ficaram uma semana no local, porém por estarem enfeiando o lugar, os pais dos alunos se reuniram na escola exigindo que o colégio tomasse alguma providência para a retirada de sua família. Assim, Nina, sua mãe e seus irmãos foram expulsos da região com ameaças para que não retornassem mais àquela localidade.
Este, portanto, foi o único contato que Nina teve com uma escola. Nunca soube ou saberá sobre conhecimentos básicos de português e matemática, por exemplo, quem dirá sobre educação sexual.
Devido à falta de oportunidade, Nina repetirá o comportamento da mãe. Provavelmente, não entrará em estatísticas nenhuma por ser invisível aos olhos do Governo e da sociedade, porém, se visível fosse, suas experiências de vida virariam dados sobre gravidez na adolescência, jovens soropositivas, prostituição infantil, vítimas de abuso sexual e de violência, jovens viciados em drogas e finalizaria sua história entrando para a estatística sobre mortalidade materna de mulheres negras.
                                                         *
Em 2025, quando o Governo fizer um levantamento estatístico sobre a eficácia da implementação da educação sexual na grade curricular das escolas, chegará à brilhante conclusão de que a expectativa não foi atendida. Analisarão os números frios, sem rosto, sem explicações, sem nomes e entenderão que foi um erro acreditar que a educação sexual poderia evitar gravidez precoce, DSTs, abuso ou até salvar vidas. Atenderá ao apelo popular de uma parcela da sociedade revogando a lei que obriga a educação sexual nas escolas.
Este retrocesso ocorrerá por culpa das várias Ninas espalhadas pelo Brasil.
                                                       FIM
Autora: Karine de O.
História fictícia e futurística que resume bem a realidade do Brasil.
 Podemos nos dar ao luxo de não falar sobre política só porque não gostamos do assunto? Anular ou votar em branco ainda é uma opção?
Por que as políticas públicas quase sempre não alcançam a quem mais precisa delas?
Como seria uma implementação ideal e eficaz da educação sexual atendendo a todos os jovens do país?
Fontes:
* https://oglobo.globo.com/sociedade/tres-criancas-ou-adolescentes-sao-abusadas-sexualmente-no-brasil-cada-hora-24280326
** https://www.greenme.com.br/viver/especial-criancas/59127-na-holanda-sexo-se-aprende-no-jardim-de-infancia/
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asborboletascoloridas · 4 years ago
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INCLUSÃO SOCIAL DA DOENÇA MENTAL O atual grande desafio dos profissionais da saúde é a conscientização da sociedade de que diferentes olhares podem também ser somados de modo muito rico. E cada profissional possui um papel importante nesta proposta de inclusão social da doença mental. Aos demais cidadãos, fica a tarefa de entender que o sofrimento psicológico é algo que existe em todos nós e se manifesta de diferentes maneiras e intensidades. Isto nos permite compreender que a pessoa com esquizofrenia precisará de ajuda e cuidado, apoio e tratamento adequado. Excluí-la da sociedade é destruir seus últimos recursos de sobrevivência emocional. Aceitá-la, respeitá-la e compreendê-la como um ser em sofrimento constante, que deverá ser tratado pelo profissional da saúde, talvez seja o primeiro dos muitos passos para um caminho mais acolhedor e terapêutico. O olhar esquizofrênico da vida é diferente, mas pode sim enriquecer olhares já cansados da nossa civilização, ao se depararem com uma realidade carente de compreensão, afeto e de solidariedade, como se este fosse um caminho para não ser louco e sim civilizado. . . . #amor #caridade #solidariedade #ong #doe #associação #projetosocial #ongs #terceirosetor #negociosocial #filantropia #captacaoderecursos #voluntariado #projetossociais #porumbrasilmelhor #negociossociais #organizaçãosemfinslucrativos #fazerobemsemolharaaquem #ABC #especialidades #saudemental #invisibilidadesocial https://www.instagram.com/p/CDmlbaupiF6/?igshid=1q7zravzyn156
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olheosmuros · 8 years ago
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Vila Madalena, São Paulo, SP. Foto de @marinasegre #olheosmuros #artederua #tipografiaurbana #InvisibilidadeSocial #streetart #urbanwalls http://ift.tt/2s580C3
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antimanicomioap · 5 years ago
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#Repost @rascunhos.de.revolucao • • • • • • ALMA DAS RUAS O primeiro a acordar clamou ajuda Ainda que a aparência o exclua E a maioria ali nem lhe escute E o olho que lhe vê seja o da rua . . . O segundo a levantar pediu refúgio Nessa arapuca algum esconderijo Vai tomar da polícia um esculacho Porque o medo lhe molhou de mijo . . O terceiro rezou: que o fraco reaja Que surja alguma doação da igreja Sagrado o alimento vem da graça Que haja alguma coisa na bandeja . . Futuro nenhum que lhe inclua Mas sempre há uma luz Que ilumina as cortinas Que o sol lhe pudesse Amanhecer os olhos E não acordar pra fugir da chacina . . . Menino deita, que seja desse jeito Nas camas de jornais do teu estreito Há de ler que um dia algo foi feito Que a alma das ruas quiçá flutua O primeiro a sonhar a vida cura O último a dormir apaga a lua . . . @rascunhos.de.revolucao @salgueiro_alan . . . #aruafala #oqueasruasfalam #txturbano #poesiamarginal #intervencaourbana #olheosmuros #culturaderua #literaturamarginal #poesiaperiferica #pixo #xarpi #pelasruas #vandalismo #ruas #ninguemsoltaamãodeninguem #moradorderua #poesiaderua #populacaoderua #rapbrasil #seremosresistência #pobreza #direitoshumanos #aruaensina #moradoresderua #projetoruas #desigualdadesocial #açãosocial #acidadequeninguemve #invisibilidadesocial #rascunhosderevolucao https://www.instagram.com/p/B08dSW8J1P4/?igshid=1ix9i1tccydq1
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asborboletascoloridas · 4 years ago
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Pessoas com doenças raras no Brasil sofrem de um mal tão grande quanto as próprias enfermidades que enfrentam: a invisibilidade política. A definição de "raros" (que talvez gere desinteresse político), a solidão de, às vezes, ser a única pessoa da cidade com aquela doença e a dificuldade de se articular politicamente diante de uma realidade que, muitas vezes, os impede até de trabalhar, são fatores determinantes para essa invisibilidade. Ao longo dos últimos anos, esse quadro vem se modificando. Por todos os lados surgem associações e federações envolvidas com o tema. Isso tem resultado em iniciativas de toda ordem para dar visibilidade aos pacientes raros e encontrar soluções para que tenhamos um sistema de saúde capaz de tratá-los de forma efetiva e de melhorar a vida dessas pessoas e de suas famílias. . . . #amor #caridade #solidariedade #ong #doe #associação #projetosocial #ongs #terceirosetor #negociosocial #filantropia #captacaoderecursos #voluntariado #projetossociais #porumbrasilmelhor #negociossociais #organizaçãosemfinslucrativos #fazerobemsemolharaaquem #ABC #especialidades #doençasraras #invisibilidadesocial https://www.instagram.com/p/CDmk85pJD68/?igshid=5nfoth0gjc7q
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asborboletascoloridas · 4 years ago
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A EXCLUSÃO DOS IDOSOS NO ÂMBITO FAMILIAR E SOCIAL. A velhice é uma fase de grande riqueza e vitalidade do ser humano, é o momento em que o indivíduo olha para traz e ver o quanto aprendeu, acertou, errou e acima de tudo viveu, porém, a exclusão dos idosos pela sociedade é visível em nosso cotidiano, a população idosa aumenta significativamente e o contraponto desta realidade aponta que o suporte para essa nova condição não evolui com a mesma velocidade. Diante disto, a preocupação com esse novo perfil populacional vem gerando, nos últimos anos, inúmeras discussões e a realização de diversos estudos com o objetivo de fornecerem dados que subsidiem o desenvolvimento de políticas e programas adequados para essa parcela da população. Isto devido ao fato que a referida população requer cuidados específicos e direcionados às peculiaridades advindas com o processo do envelhecimento sem segregá-los da sociedade. . . . #amor #caridade #solidariedade #ong #doe #associação #projetosocial #ongs #terceirosetor #negociosocial #filantropia #captacaoderecursos #voluntariado #projetossociais #porumbrasilmelhor #negociossociais #organizaçãosemfinslucrativos #fazerobemsemolharaaquem #ABC #idosos #invisibilidadedoidoso #invisibilidadesocial #idosonãoévelho https://www.instagram.com/p/CDfJtz8pzTy/?igshid=13n6i753fzten
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asborboletascoloridas · 4 years ago
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A INVISIBILIDADE DESPERCEBIDA: Idoso é frágil, mas não é bibelô para ser esquecido na estante da vida Existe uma invisibilidade praticada pelas famílias que passa despercebida. É acometida inconscientemente, retirando aos poucos o idoso do palco de suas próprias vidas, deixando-os nos bastidores, intensificando a sua dependência. Deve-se observar e evidenciar as atividades de vidas diárias – AVD que os idosos conseguem desenvolver sozinhos e as que precisam de auxílio, providenciar ambientes favoráveis e adaptados que contemplem todas as suas necessidades para que tenham cada vez mais autonomia e liberdade. . . . #amor #caridade #solidariedade #ong #doe #associação #projetosocial #ongs #terceirosetor #negociosocial #filantropia #captacaoderecursos #voluntariado #projetossociais #porumbrasilmelhor #negociossociais #organizaçãosemfinslucrativos #fazerobemsemolharaaquem #ABC #idosos #idosonãoévelho #invisibilidadesocial #invisibilidadedoidoso https://www.instagram.com/p/CDfJTqeJ9lV/?igshid=hx95e1fgbn4g
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asborboletascoloridas · 4 years ago
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A INVISIBILIDADE SOCIAL é um fator muito marcante na sociedade contemporânea, apresentando raízes em aspectos sociais e econômicos. Sua persistência, porém, não pode ser vista como algo "normal", sendo necessário o desenvolvimento de uma reeducação social, garantindo que certas profissões e indivíduos sejam tratados de modo digno e respeitoso. Além do aspecto socioeconômico, é necessário que as pessoas atentem-se para a problemática moral inserida no contexto da invisibilidade social. A partir do momento em que certos indivíduos não são mais notados pela sociedade, ocorre o processo de "coisificação" humana, em que estes nada mais são do que uma "peça" que faz parte da composição do cenário urbano. Deste modo, conclui-se que este mecanismo psicossocial, além de excluir a importância econômica e ambiental de um ser, como a de uma pessoa em situação de rua por exemplo, destitui deste toda sua dignidade humana. Portanto, visando uma sociedade na qual todos sejam respeitados, independente de questões produtivas e sociais, mudanças são necessárias. #amor #caridade #solidariedade #ong #doe #associação #projetosocial #ongs #terceirosetor #negociosocial #filantropia #captacaoderecursos #voluntariado #projetossociais #porumbrasilmelhor #negociossociais #organizaçãosemfinslucrativos #fazerobemsemolharaaquem #ABC #invisibilidade #invisibilidadesocial https://www.instagram.com/p/CDXj620pRBo/?igshid=kl4jjkr8nclp
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olheosmuros · 8 years ago
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Cracolândia, São Paulo, SP. Foto e tipografia de @iaco_art #olheosmuros #tipografiaurbana #marketing #humano #streetart #Cracolandia #SP #CidadeLinda #arteurbana #muro #InvisibilidadeSocial http://ift.tt/2qldlcc
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