#interacionismo
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catatando · 3 years ago
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As "falácias" do sociointeracionismo em educação
As “falácias” do sociointeracionismo em educação
Photo by Julia M Cameron on Pexels.com Tenho encontrado livros que tentam “desconstruir” as abordagens interacionistas em educação. Estas não seriam válidas e, mais do que isso, seriam responsáveis pelos males nos quais vivemos. Afinal, não é raro ver gente entrando na universidade com sérias dificuldades de leitura ou cálculo. Há, obviamente, inúmeros fatores envolvidos nisso. Que a educação…
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bercoteorico · 4 years ago
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A teoria inatista-maturacionista envelheceu mal, porque concebe o ser humano estagnado, como se ele nascesse no vácuo e jamais se transformasse em algo além do que é determinado, sem espaço para desenvolvimento, para construção.
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wonderland-knowledge-blog · 7 years ago
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Inatismo, ambientalismo e interacionismo.
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A psicologia da aprendizagem desenvolve métodos que irão auxiliar o professor durante seu trabalho em sala de aula. Os seguintes métodos são importantes e não existe o certo ou errado, mas cabe ao professor decidir qual acredita ser o melhor para se trabalhar dentro do âmbito escolar. Inatismo. O inatismo prioriza os fatores endógenos, ou seja, os fatores internos: A genética; a maturação biológica. Pressupõe que o ser já nasce com todas as suas características e, portanto, sofrem pouca influência em relação ao meio quanto à sua personalidade, suas emoções, etc… Nessa corrente teórica o ser é passivo, pois ele irá apenas “esperar” o amadurecimento de suas capacidades já herdadas desde o nascimento e a educação pouco pode fazer, o professor apenas ira acompanhar esse processo de amadurecimento do aluno. Daí surge a ideia do QI e do dom para algo, passa a surgir também uma ideia de essencialismo, ou seja, da natureza do sujeito. Portanto, não se considera a experiência individual ou o contexto social e histórico em que o sujeito está inserido. Ambientalismo. O ambientalismo prioriza os fatores exógenos, ou seja, os fatores externos: As experiências que o indivíduo tem ao longo da vida. Assim, o ser humano será resultado dos estímulos que ele recebeu do ambiente. Nessa concepção o ser também é passivo, pois sua educação irá depender dos estímulos que irá receber. O professor, portanto, passa a ser o responsável pelo conhecimento do aluno. Se o aluno não aprender a culpa é totalmente do professor que não passou os estímulos certos aos alunos. Nessa corrente teórica não se fala de essência, visto que o aluno nasce uma tábua rasa, um ser passivo e moldável. 1. Skinner e o Behaviorismo. As teorias ambientalistas tem como principal defensor Skinner, que se propõe à estudar os comportamentos, desprezando os aspectos subjetivos, como, desejos, fantasias, sentimentos… Assim surge o behaviorismo, que vem do inglês behavior, comportamento. 2. Condicionamento operante. O condicionamento operante considera que as consequências de um comportamento podem influenciar a probabilidade de este ocorrer novamente. Existe o estímulo antecedente -> resposta -> estímulo consequente. Daí, surge as mudanças no comportamento, que podem ser o reforço, punição e extinção. a) Se uma consequência for positiva, a frequência ira aumentar (reforço). b) Se uma consequência for negativa, a frequência ira diminuir (punição, que pode vir a levar a extinção). Exemplos: a) A mãe pede para o filho arrumar seus brinquedos (estímulo antecedente), portanto, o filho arruma (resposta), a mãe elogia e da um bombom pro filho, assim o filho volta a arrumar o brinquedos com mais frequência (estímulo consequente positivo: reforço). b) A mãe manda o filho não jogar bola dentro de casa (estímulo antecedente), mas o mesmo continua a brincar e quebra o vaso de vidro da mãe, (resposta), a mãe briga e deixa o menino de castigo, (estímulo consequente negativo: punição) logo, o filho para de jogar bola dentro de casa (extinção). Há também o que é chamado de imitação. Quando a criança vê que aquela atitude tem uma consequência positiva e imita. Exemplo: A professora da uma estrelinha para um aluno por ele ter feito o dever. Logo, o amiguinho que viu aquilo, fez o dever para poder também ganhar a estrelinha. Interacionismo. O interacionismo é a mistura dos fatores endógenos (internos) e exógenos (externos). Nessa concepção o indivíduo deixa de ser passivo e passa a ser ativo. Portanto, o aluno passa a ser co-responsável e construtor do seu conhecimento e professor deixa de ser o único responsável pela educação do aluno, já que o mesmo deve buscar receber os estímulos para sua aprendizagem. No interacionismo há dois nomes de fundamental importância para entender essa corrente teórica. São eles: Jean Piaget e Lev Vygotsky.
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comunicacao-comunicart · 4 years ago
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Escola de Chicago
Item 1 - Vera França (2015) faz uma contextualização da Escola de Chicago. Nessa contextualização ela evidencia o olhar interacionista, como essa escola se voltava para os acontecimentos da cidade de Chicago e como isso se desenvolveu.
"Os estudos de Chicago foram marcados pela temática do urbano, da presença do imigrante, da desorganização/reorganização social e dos processos de aculturação. Um traço fundamental dessa sociologia é o tratamento da questão dos valores, a ênfase no significado da ação para os indivíduos."
Item 2 - Um grande contribuinte, para os estudos da escola de Chicago, é Robert Park. Ele tinha uma visão da cidade - visto que a escola observava o campo das interações dentro da cidade de Chicago - dentro de um grande contexto, como uma grande civilização. Observava o meio ambiente da cidade.
Dentro da perspectiva de Parker os meios de comunicação são mediadores. Os meios de comunicação deixam de ser apenas transmissores e passam a ser mediadores. Dentro desse pensamento os meios ajudam a construir a sociedade como ela é. São fios que completam a grande teia que é a sociedade.
Item 3 - Outro autor influente na escola de Chicago foi George Herbert Mead. Dentro de seus estudos ele aponta três conceitos que formam a sociedade em que vivemos. Esses três conceitos são: sociedade, self e mente.
- Sociedade: uma vida em conjunto humano, onde respondemos a ação de outros indivíduos. Dessa maneira a sociedade é uma grande interação humana. Não apenas simples respostas ao comportamento do outro, mas uma relação com o outro. E essa relação se dá quando partilhamos da mesma linguagem, conhecemos os mesmos símbolos. - Self: relação com o si. Dentro dessa perspectiva é conseguir se relacionar com você mesmo. Nesse âmbito existem dois tipos de self : “eu mesmo” e “mim”. O “eu mesmo” se refere ao espontâneo. Já o “mim” se refere a contextualização das expectativas exteriores a minha pessoa. - Mente: a ação de falar com o interior, a mistura do espontâneo com a expectativa exterior formulam a mente.
Itens 4 e 5 - Herbert Blumer, também da escola de Chicago, deu continuidade aos estudos do seu mestre Mead. Segundo Blumer, o interacionismo simbólico está sustentado em três pilares - os seres humanos agem no mundo fundamentando-se nos significados que estes lhe oferecem; os significados de tais elementos são provenientes ou provocados pela interação social que mantém com as demais pessoas; tais significados são manipulados por um processo interpretativo.
- Os seres humanos agem no mundo fundamentando-se nos significados que estes lhe oferecem: “os significados dos elementos que nos cercam e nos afetem são fundamentais. São eles, os significados, que provocam os comportamentos. Nossa ação é pautada pelo sentido que atribuímos às coisas ou indivíduos com os quais atuamos.” ( França, Vera. p.97)
- Os significados de tais elementos são provenientes ou provocados pela interação social que mantém com as demais pessoas: “Nem os significados estão nas coisas, nem são produto de uma cabeça; eles são resultados das interações. São construídos no âmbito das relações estabelecidas entre os sujeitos - pelo embate das diferentes intervenções dos indivíduos, pelo choque e pelo entrelaçamento das múltiplas subjetividades.”(França, Vera. p.98)
- Tais significados são manipulados por um processo interpretativo: “Os indivíduos que agem no mundo baseados em significados não apenas constroem juntos, no âmbito das interações que se estabelecem, esse significados, como os submetem à interpretação. O processo nem está centrado nos indivíduos, nem no social - mas nos sujeitos em interação.”(França, Vera. p.98)
Além desses três pilares, para Blumer, o interacionismo simbólico está sistematizado em seis aspectos. Esses aspectos são especificidades dentro do quadro apresentados acima. A partir da percepção de Blumer o interacionismo simbólico é muito parecido com o paradigma praxiológico.
Item 6 - Outro pensador da escola de Chicago foi Goffman. Ele desenvolve uma percepção diferente. Onde os sujeitos se comportam como os padrões da sociedade determinam e  formam a sociedade a partir de interações. Porém essas interações não são totalmente livres e isentas.
- “ Nesse sentido, sua análise tem um cunho mais conservador(imobilista) das interações( elas são o lugar de reprodução, e não da produção da vida social), e os indivíduos-atores são menos “sujeitos” de sua ação. A concepção de construção mútua indivíduo-sociedade se perde na sua análise, e o que vem é o grande peso do social.” (França, Vera. p.106)
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blogdojuanesteves · 5 years ago
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ABRIGO > Marcelo Greco
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As imagens do fotógrafo paulistano Marcelo Greco provocam uma fluidez em sua natural descrição cotidiana e nos levam a um certo ficcionar da existência, expresso habilmente em atraentes e acima de tudo elegantes registros fotográficos, de uma história sendo vivida a parecer-nos uma vida contada. Uma analogia - já citada por mim anteriormente no review de seu livro Helena (Edição do Autor, 2019) - ao pensamento da escritora e jornalista mineira Mariana Lage. Seu novo livro, Abrigo (Rios.Greco-Origem, 2020) desenvolve-se pela mesma vereda, o que nos leva diretamente a duas proposições: constância e persistência, elementos fundamentais em um bom autor.
 O substantivo autor, originário do inglês medievo, significa alguém que inventa ou causa alguma coisa. Por derivação, no latim, estabelece-se sob a influência do autêntico. Neste movimento Marcelo Greco não inventou a roda - felizmente, pois já temos inventores dela em demasia - mas afirma-se como alguém que causa algo: estese, contemplação e certa melancolia em determinada autenticidade, o que já é mais profundo e certamente distante dos que germinam em nosso universo a expor conceitos como se surgissem em pencas.
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Igualmente já por mim escrito, penso na sua frutuosa inspiração com o fotógrafo francês Bernard Plossu e acrescento agora os holandeses Leo Divendal e Machiel Botman (dos quais sou admirador confesso e acredito que ele também) pela posição ontológica nas suas referências, pelo grafismo a evocar outra temporalidade estruturado pelo processo analógico e pela qualidade romântica oriunda de suas composições no modesto uso de uma objetiva normal e na opção pela sombra, como importância em seu espectro, a lembrar das ideias do genial arquiteto americano Philip Johnson (1906-2015) para quem os fotógrafos deviam se preocupar mais com a penumbra do que com a luminescência.
 Abrigo já mostra um título que enseja um duplo caminho. É sinalizador de uma situação e ao mesmo tempo um bramido, o que nos faz voltar às duas questões prévias, a autenticidade e a possibilidade de expor-se como ser humano e (necessariamente) como autor. Em seu texto que começa " O sentimento de desamparo é devastador capaz de perfurar as profundas estruturas da existência humana muitas vezes velado, manifesta-se das mais diversas maneiras", paradoxalmente, ilumina essa "sombra" imagética e nos direciona à divagação semiótica sob certo interacionismo simbólico, signos que funcionam como mediadores de um processo de conhecimento  tácito através de imagens poéticas, densas e - como já escrevi, melancólicas no sentido da beleza do trágico, este no âmbito da modernidade, como parte da cultura ocidental contemporânea.
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Boa parte do livro é centrada na paulista Helena Rios, mulher do autor , coeditora da publicação e do projeto gráfico, sua gravidez e nascimento do seu primogênito. De fato não só como sua protagonista, mas como seu leitmotiv (algo recorrente no corolário fotográfico) em uma espécie de "ressurreição" do fotógrafo expressa em sua narrativa gráfica e conceitual "Quando o desamparo pareceu definitivo, uma onda transformadora arrastou para dentro de mim um universo novo. Pude compreender que uma vida de acolhimento, é, sobretudo oferecer para si  e para o outro um abrigo...". Um nítido diferencial, no afastamento da abordagem convencional, mas a manutenção do ideal romântico na vida urbana contemporânea. Não foi à toa que o Romantismo referiu-se tanto ao artístico, quanto ao político e ao filosófico.
 Entretanto em seu Abrigo o autor subverte o drama pelo poético e coloca a cidade como coadjuvante em sua estrutura narrativa. Mas, ao prismar as imagens sobre a penumbra permanente não só resgata a intimidade interior mas também aquela exterior como metáfora de uma abertura para além de si mesmo, para o prazer outrora negado. "Encontrar esse abrigo no sentido mais amplo, é redescobrir a vida e permitir que os percursos possam ser menos dolorosos."
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Se Helena é uma publicação que traz uma acomodação endógena de seu autor com um discurso que se opõe a imprecisão das emoções, a fornecer uma empatia para adentrarmos em seus territórios, Abrigo também reflete percurso assemelhado e antagoniza as complexidades e as pseudoproblematizações tão recorrentes em fotolivros atuais, para se encaminhar simplesmente em direção mais prazerosa constituída de belas imagens que trafegam por uma muito bem amarrada edição. [ leia aqui sobre o livro Helena em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/185869790736/helena-marcelo-greco-helena-edição-de-autor ].
  Faço a sugestão da leitura do posfácio como um prefácio, embora ao leitor caiba qualquer direção. Mas, tal qual o processo machadiano, é melhor seguir o narrador onisciente. Neste caso, o fotógrafo Marcelo Greco. Portanto, retornamos aos primórdios, ao sentimento devastador do desamparo descrito por ele: "Estar cercado de pessoas não é reconfortante, pois quando o sentimento está instalado em nossas almas, coloca-nos no deserto existencial e no abandono. Eu o conheci muito cedo ainda no período de uma infância turbulenta. Tornou-se meu companheiro e, em muitos momentos, assim permanece, marcado na alma e reafirmado como forma  de ser e estar no mundo. "
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Esta espécie de exegese formulada pelo fotógrafo ou o esforço para tocar na ferida com a fotografia, como ele mesmo descreve. Uma "cicatriz" permanente, a alegoria para a possibilidade da permanência através da fotografia, o que nos impulsiona às ideias do francês François Soulages em seu Esthétique de la Photographie -La perte et le reste (Ed.Nathan,1998) [publicado em português no mesmo ano pela editora Senac] quando pensamos nos vestígios perceptivos ou seus traços que se conservam na interação entre presente e passado, articulações entre a perda e permanência, um tempo na verdade psicanalítico e filosófico. Como Marcelo Greco escreve: "a fotografia permite viver essa relação."
 Interessante notar que a temporalidade do amadurecimento emocional se une ao profissional no arcabouço de Abrigo. A captura fotográfica, essencialmente noturna, se mostra como um desafio, tanto técnico quanto metafórico. Uma busca, contrariando uma espécie de medo do afeto humano relacionado à ideia do desamparo. Importante também o contraponto pela permanência da protagonista, uma vivência que está intimamente ligada ao autor e é através dela que podemos mensurar o grau do impacto tanto no psiquismo quanto no cotidiano em que é formulada a produção de imagens, uma superação que podemos associar a relação familiar discutida nas teses do psicanalista inglês John Frederick Winnicott (1896-1971), quando o fotógrafo expressa seus dilemas ainda em sua infância.
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Independentemente das relações metafísicas embutidas, Abrigo traz um empático ensaio sobre o ser humano e a vivência em comum, seu espaço tanto íntimo quanto exterior,  cercanias geográficas e afetivas compartilhadas. São precisas dicotomias entre o nítido e o desfocado; entre o claro e o escuro, aludindo aos percalços sistemáticos que passamos, dor e amor e o reconhecimento de que não estamos sós. "Distante de qualquer efeito espetacular que possa se extrair daí, este trabalho é fundamental para minha existência hoje" finaliza seu texto Marcelo Greco, a nos lembrar que nada é definitivo, muito menos a possibilidade da feliz permanência de uma fotografia.
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Abrigo tem 88 páginas em um formato médio, digitalização de imagens e tratamento gráfico do Estudio 321,  impresso em offset pela gráfica Ipsis no seu exclusivo processo Full Black, com uma tiragem de apenas 600 exemplares em papel Eurobulk, Edição bilíngue inglês-português, disponíveis em https://www.editoraorigem.com.br/product-page/abrigo-marcelo-greco .
Também está disponível diretamente com o autor através do email [email protected] uma edição especial de apenas 10 exemplares, em uma caixa artesanal com uma imagem impressa em gelatin silver print assinada e numerada.
Imagens © Marcelo Greco  Texto © Juan Esteves
* nestes tempos bicudos de pandemia e irresponsabilidade política vamos apoiar artistas, pesquisadores, editoras, gráficas e toda nossa cultura. A contribuição deles é essencial para além da nossa existência e conforto doméstico nesta quarentena *
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peripatetico · 6 years ago
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Quadros, técnicas e performances
Uma crítica de corpos em assembleia
Colóquio Butler XXI: Performatividade, Guerra, Vidas Precárias 14 de maio de 2018, Escola de Humanidades, PUCRS
Ítalo Alves, PPG Filosofia PUCRS [email protected]
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, quero tentar fazer duas coisas. A primeira delas envolve explicar com que tipo de questão Butler está discutindo em seu livro Corpos em Aliança e a Política das Ruas, originalmente de 2015 e publicado em 2018 no Brasil. Quero tentar oferecer uma espécie de genealogia da categoria “performance” que considere especialmente seu desenvolvimento no campo das ciências sociais. COm isso, quero tentar mostrar que Butler se alinha a uma tradição que busca desnaturalizar as práticas humanas, e trazê-las ao campo da experimentação e da transformação. Para fazer isso, passo um pouco pela história da metáfora teatral até chegar na sociologia do século XX, onde discuto os conceitos de “quadro” e de “técnica”, atribuídos, respectivamente, aos sociólogos Erving Goffman e Marcel Mauss. Buscando situar o trabalho da Butler dentro dessa história da metáfora cênica. Por último, questiono as possibilidades críticas que o trabalho da autora nos fornece.
HISTÓRIA DA METÁFORA TEATRAL
A ideia de que “o mundo é um palco” no qual “todos somos atores”, que talvez remonte mais obviamente a Como gostais, de Shakespeare, é uma metáfora conhecida para a vida humana em sociedade – talvez até um clichê. A história da analogia teatral aplicada à vida social não é nova, e pode ser traçada pelo menos até Platão, que fazia uso constante de metáforas cênicas. Sócrates fala, por exemplo, em Filebo, que os prazeres e as dores andam sempre associados “nas tragédias e nas comédias, e não apenas no teatro como também na comédia e na tragédia da vida humana” (Platão, 2018, p. 56).
A identificação da ação cênica com o agir no mundo ficaria ainda mais clara em escritores gregos e latinos posteriores. É do Satíricon, de Petrônio, a conhecida frase “totus mundus agit histrionem” (“o mundo todo age performativamente”, numa tradução própria e bastante livre. Histrionem vem de histrio, um ator, geralmente cômico, do teatro romano – de onde o nosso histrião) – essa é a frase que teria inspirado Shakespeare em seu teatro, o Globe Theatre, que, reza a lenda, tinha essa frase escrita na parede.
Até o século XV, a metáfora do Theatrum Mundi, o teatro do mundo como símbolo da vida humana, já teria se tornado lugar-comum, presente tanto no próprio teatro em sua forma renascente quanto na literatura e nas artes. E é com Shakespeare que a metáfora adquire prioridade. Shakespeare está ciente da natureza artificial do comportamento, dentro e fora do palco. O discurso do cavaleiro Jacques em Como gostais talvez seja o representante mais conhecido dessa ideia. No monólogo da cena sete do segundo ato, Jacques discorre sobre as sete idades do homem – criança, garoto, apaixonado, soldado, justo, velho e moribundo – e inicia com o bordão:
O mundo inteiro é um palco, E todos os homens e mulheres são meros atores: Eles têm suas saídas e suas entradas; E um homem cumpre em seu tempo muitos papéis. (Shakespeare, 2009)
Essa é uma ideia que vai se repetir em muitas das peças de Shakespeare, como em Macbeth, e ainda em O mercador de Veneza. Shakespeare é capaz de apresentar dramaturgicamente a teatralidade da vida. E isso porque estava envolto por uma sociedade teatralizada. Uma mesma sociedade que tornaria possível que Hume, por exemplo, falasse da mente, no Tratado sobre a natureza humana, como “um tipo de teatro, onde várias percepções aparecem sucessivamente” (Hume, 1896, livro I, parte IV, seção VI, grifo nosso). O período barroco é comumente definido como teatral – isso não só no teatro, mas na literatura, na poesia e também na pintura. A linguagem da atuação, de cenários, de públicos, de enredos, aplicava-se a todos os domínios da vida – da metafísica à moralidade, à pintura e à escultura.
Embora o uso da analogia teatral não seja particularmente novo, o interesse sociológico sobre a relação entre sociedade e teatralidade, ou performance, pode ser apontado como próprio ao século XX. A retomada do tema, agora em nível teórico-reflexivo, se deu principalmente com o léxico não da teatralidade, mas da performance, ou da performatividade. Parte disso porque boa parte dos estudos se concentrou nos Estados Unidos, e na língua inglesa o vocábulo performance tem um escopo semântico mais amplo do que theater, e portanto dá conta de uma gama maior de fenômenos comportamentais.
GOFFMAN
No campo das Ciências Sociais, é de importância o trabalho sobre interacionismo simbólico, corrente teórica estadunidense cuja origem é normalmente identificada nos trabalhos de George Herbert Mead e John Dewey. Desse grupo, destaca-se o sociólogo Erving Goffman, sobretudo com seu A Representação do Eu na Vida Quotidiana (1959). Nesta obra, Goffman analisa a forma como indivíduos buscam, num contexto de interação interindividual, controlar as variáveis da percepção de suas ações de forma a causarem em seus interlocutores uma impressão desejada. Segundo Goffman, “quando um indivíduo aparece perante outros indivíduos, ele possui vários motivos para tentar controlar a impressão que estes recebem da situação” (1956, p. 8).
Essa “atividade de um dado participante em uma dada ocasião que busca influenciar de qualquer forma os outros participantes” é como Goffman define a performance. (1959, p. 9) No decorrer de A Representação do Eu..., Goffman detalha o funcionamento da performance em interações cara-a-cara, do tipo que ocorrem normalmente em escolas, escritórios, prédios públicos etc. Os termos usados são os mesmos das artes cênicas: ator, performance, público, papel, cenário. O que subjaz à análise é a ideia de que agentes, num contexto de interação interindividual, reconhecem a existência de expectativas de comportamento, por parte de seu “público”, e buscam controlar as variáveis de seu próprio comportamento de forma a causar nele (o público) uma impressão esperada. Na vida quotidiana, a performance individual, a forma como um “ator” interpreta um “papel”, possui a capacidade de alterar o conteúdo discursivo que esse papel venha a ter.
Goffman era um profundo observador da vida social em seu aspecto mais micrológico, em todos os processos de aprendizado, negociação e luta que envolvem atividades tão banais quanto caminhar, sentar, amarrar o cadarço do sapato, levar a colher à boca, e aí por diante.
A obra de Goffman é sintetizada em seu livro mais sistemático, Frame Analysis, publicado em 1974 e traduzido em português como Os Quadros da Experiência Social. É daí que vem o primeiro termo do título da minha apresentação,  o de “quadro”. Para Goffman, um quadro é uma metáfora para explicar o “contexto”, ou “pano de fundo”, que sustenta todas as regras e princípios – explícitos ou implícitos – que governam a interação social. Por exemplo, neste contexto que nós estamos agora há alguns quadros – poderíamos dizer, quadros normativos – que criam algumas expectativas de comportamento, que podem ou não ser cumpridas. E que podem também ser negociadas, discutidas, enfim. Por exemplo: espera-se que enquanto eu fale ninguém mais esteja falando ao mesmo tempo. Espera-se que meu telefone esteja desligado – tanto que, se ele tocar agora, vai criar algum tipo de incômodo. E coisas mais banais até: há uma expectativa sobre que tipo de roupa que eu devo estar vestindo aqui. Se eu estivesse vestindo apenas uma sunga, por exemplo, ou mesmo uma bermuda, eu estaria no mínimo provocando esse quadro, ou mesmo entrando em confronto com ele.
Apesar de ter se desenvolvido na Universidade de Chicago, influenciado pela sociologia de Simmel e de Mead, Goffman foi também pesadamente influenciado pela macrossociologia de Durkheim, que ele acabou absorvendo através do funcionalismo da antropologia social inglesa. Apesar de não estar tão interessado em maiores instituições sociais, Goffman era bastante ciente de que havia instituições fortes e operantes no longo prazo que regulavam de forma desigual os recursos da interação – poder, prestígio, habilidade social, por exemplo (Frame Analysis, Foreword, p. xv).
MAUSS
Durkheim, falando nele, parece ser a conexão que liga Goffman a um outro sociólogo que estava, na mesma época, pensando coisas muito parecidas. Falamos de Marcel Mauss, sociólogo e antropólogo francês sobrinho de Durkheim. Em um ensaio publicado em 1935, Mauss desenvolve o conceito de técnicas do corpo, responsável pelo segundo termo do título desta apresentação. Com essa expressão, Mauss introduz uma discussão sobre “as formas em que as pessoas aprendem a usar os seus corpos através da história das sociedades”. Segundo Mauss, há elementos culturais que moldam as formas mais básicas da vida, como andar, nadar, comer etc. Os franceses caminham com uma marcha diferente dos americanos, que caminham com uma marcha dos brasileiros, por exemplo.
Mauss está preocupado menos com as negociações possivelmente problemáticas de sujeitos em interação social, e mais com os próprios processos de aprendizado dessas técnicas. Esse foco está na própria definição de técnica – e aqui eu o cito: “Eu chamo de técnica uma ação que é efetiva e tradicional (e você verá que com isso não há nenhuma diferença para entre uma ação mágica, religiosa ou simbólica). Ela tem que ser efetiva e tradicional. Não há técnica e não há transmissão na ausência da tradição” (Mauss, 1973, p. 75). Pro Mauss, nós humanos imitamos ações que aconteceram e que nós vimos ser desempenhadas com sucesso por pessoas em quem confiamos e que têm alguma autoridade sobre nós. Esse tipo de processo de aprendizado consiste na imposição externa de determinados roteiros de ação, e isso inclui até mesmo, segundo ele, funções biológicas que nós poderíamos achar tão básicas e “naturais”, como a de andar, seu primeiro e mais fundamental exemplo.
Segundo Mauss, não há uma “forma natural” de andar. O fato de que usamos calçados, por exemplo, já nos faz caminhar de uma forma diferente daquela sem calçados; ou o uso de um tipo de calçado faz com que caminhemos de forma diferente daquela com que caminharíamos com outro calçado. Mas não é porque tem um calçado envolvido que falamos de técnica. Homens, em geral, por exemplo, aprendem a caminhar de um jeito, enquanto mulheres aprendem a caminhar de outro. Quer dizer: aqui não há nenhuma ferramenta envolvida, que é um elemento que normalmente esperamos quando falamos de técnica, mas mesmo assim há um processo de aprendizado tradicional e efetivo.
Um argumento semelhante é levantado, mais recentemente, por Iris Young, num ensaio de 1980 chamado Arremessando Como Uma Garota [Throwing Like a Girl], em que desenvolve o argumento de que as diferenças corporais entre homens e mulheres estão menos ligadas a qualquer tipo de “natureza” feminina ou masculina e muito mais à forma como homens e mulheres são ensinados a usar seus corpos. Diz Young: “Muitas das diferenças observadas entre homens e mulheres ao desempenharem tarefas que exijam força e coordenação são devidas não tanto à força muscular bruta, mas à forma como cada sexo usa o corpo nas tarefas apropriadas” (1980, p. 142).
(Voltando) Mauss, tratando desse aprendizado de técnicas, fala em técnicas obstétricas; técnicas da infância, como a da alimentação do bebê; técnicas da adolescência; técnicas da vida adulta, que incluem técnicas do sono, do descanso, do movimento, do sexo… E conclui que, em todo lugar, a cada momento, nos deparamos com conjuntos fisio-psico-sociais de séries de ações, e que essas ações são mais ou menos habituais e mais ou menos ancestrais tanto na vida do indivíduo quanto na história da sociedade.
* * *
O que está em jogo, tanto em Goffman quando em Mauss, é a ideia de que as práticas humanas em sociedade não são de nenhuma forma “dadas”, de maneira naturalista, e que, além disso, possuem uma história mais ou menos traçável, com características próximas à da investigação semiológica. Em suma, o campo das práticas sociais humanas é “desnaturalizado”. E ao fazerem isso, me parece, essas duas tradições de pesquisa sociológica estão abrindo flancos para que seja possível, além de estudarmos genealogicamente as práticas humanas, intervirmos criticamente nelas – ou seja, não só entendermos as práticas que estão em operação com a nossa ação no mundo, mas também moldá-las. Veremos como parece aparecer em seguida, com os usos políticos da performance, alguma reminiscência da 11ª tese de Marx sobre Feuerbach: os filósofos até agora têm apenas interpretado as performances; a questão seria é transformá-las.
PERFORMANCE STUDIES
A breve genealogia que estou apresentando aqui não informa diretamente o trabalho de Butler, e inclusive não é reconhecida expressamente por ela. A performance tem muitas histórias, e estou procurando salientar especificamente aquela em que a categoria é usada como ferramenta das ciências sociais. Há uma outra genealogia possível da performance, essa mencionada explicitamente por Butler, mais vinculada à filosofia da linguagem. Ela começaria nos anos 1960 com o trabalho de J.L. Austin, filósofo da linguagem que cunhou o termo “enunciações performativas” para descrever um tipo de oração que não é descritiva (“esta cadeira é preta”, ou “eu estou com fome”), mas, na terminologia dele, performativa. É um tipo de frase que não descreve, não relata e nem afirma nada, mas que, de fato, faz alguma coisa [exemplos casamento e batizado de navio]. Essa história passa depois por Derrida, Bourdieu e mais recentemente por Eve Sedgwick, para citar alguns.
Apesar do uso da categoria “performance” e “performatividade” em diversos campos, é nos anos 1980 que os estudos sobre performance se consolidarão enquanto área, principalmente com os trabalhos de Richard Schechner, nos Estados Unidos, que tinha como preocupação ou objeto a performance-arte, esse novo meio artístico que surgia com a arte contemporânea americana nos anos 1960. Schechner é possivelmente o responsável pela popularização do termo “performance” nas ciências humanas para além dos departamentos de teatro. Teve como influências iniciais a sociologia de Goffman a história cultural de Huizinga, e foi se aproximando progressivamente da antropologia, sobretudo de Victor Turner e Clifford Geertz (Carlson, 1996, p. 21-22).
BUTLER
Nos anos 1990 acontece uma certa aproximação entre a literatura sobre performance e aquela sobre o pós-moderno. A performance passa a ser vista como o meio próprio de uma arte do pós-moderno e ao mesmo tempo como campo de resistência a uma colonização total da mente e dos discursos pela fase tardia do capitalismo. A investigação teórica sobre a performance enquanto instrumento de resistência ou transformação, isto é, a função propriamente política da performance, num sentido mais estrito, começa também a se manifestar nos anos 1990, articulada principalmente por grupos culturais marginais – mulheres, gays, negros, latinos etc., e amparada pelas teorias feministas, queer e decoloniais. Butler talvez seja a autora que mais tenha popularizado o conceito de performance na filosofia desde os anos 1990. Ela se vale do conceito, bastante vinculado à ideia de performance linguística, pelo menos no começo, para demonstrar como os discursos são capazes de construir identidades – no caso de suas preocupações particulares, de construir o gênero (Gender Trouble, 1990) e grupos políticos (Notes, 2015).
Quando aplica teorias da performatividade à atividade política, Butler parece nos fornecer ferramentas interessantes para começar a avaliar os aspectos não discursivos da ação política e como eles afetam e interferem na moldagem e fundamentação de diferentes ordens políticas. Em Notas para uma teoria performativa de assembleia (2015), Butler chama a atenção para o retorno do interesse no aspecto formal de assembleias públicas – novas formas de organização política em que coletivos questionam a legitimidade de configurações democráticas dadas, reivindicando para si uma legitimidade que está distante das formas deliberativas de uma democracia liberal com a qual a gente está acostumado. Em casos como o Movimento Occupy ou os protestos da Praça Tahrir, está em jogo, para Butler, uma disputa performativa sobre o estabelecimento de novas formas de poder. Os significados políticos em jogo não estão mais, ou apenas, no discurso, mas também na própria concertação de corpos:
Ações incorporadas [embodied actions] de vários tipos possuem significado de formas que não são, estritamente falando, nem discursivas nem pré-discursivas. Em outras palavras, formas de assembleia já possuem significado antes e independentemente das demandas que fazem. Encontros silenciosos, incluindo vigílias ou funerais, frequentemente possuem significados que excedem qualquer explicação particular escrita ou vocalizada do que eles dizem respeito (Butler, 2015, p. 8).
A tarefa de Butler passa a ser a de identificar, na assembleia pública de corpos, o exercício performativo de uma atividade propriamente política, de apresentação do que nós poderíamos chamar de reivindicações normativas: explicitações de demandas de grupos políticos no espaço público.
O conceito de “assembleia” servirá a Butler para se contrapor tanto a modelos identitários (em termos ontológicos e políticos) quanto a modelos liberais. Assembleia, para ela, é um conceito totalizante. Nós formamos assembleias com nós mesmos, por exemplo. Em assembleias públicas, diz Butler, corpos se congregam, andam e falam juntos. E reivindicam um certo espaço como espaço público. A gente se enganaria se achasse que esses corpos se encontram “automaticamente” num espaço que já é público. Pelo contrário, a própria concertação de corpos produz o caráter público dos espaços, põe eles em disputa. Butler se baseia em Hannah Arendt para defender que a política é um espaço das aparências, no sentido de mostrar, aparecer. Ainda, ou melhor, que o próprio espaço do político é criado através desse aparecimento. O suporte material da ação, nas palavras de Butler, não é apenas parte da ação, mas também aquilo pelo que se luta, aquilo que se reivindica. E esse é especialmente o caso quando as lutas são por comida, emprego, transporte público – suportes humanos dos mais básicos.
Uma das categorias centrais de Arendt é a do direito a ter direitos. Esse direito a ter direitos, um elemento fundamental da vida política, quase que por definição não pode estar dentro das instituições democráticas, porque é ele mesmo que garante a existência dessas instituições. O direito a ter direitos precede qualquer organização política já dada. A conclusão de Butler é que esse direito, portanto, é fundamentalmente performativo – não existe se não for ativamente exercido, encenado, performado.
Assa ação não é só discursiva – não tem só a ver com o que se grita nas palavras de ordem, por exemplo, mas como se grita. Isto é, há demandas trazidas pela própria ação corporal, pelos gestos e movimentos, pela congregação de corpos, pela exposição à violência policial, por exemplo. Essa valorização que Butler faz dos aspectos corporais, performativos, da ação política, se insere numa história de críticas à preferência e à importância dadas pela democracia liberal ao discurso, à deliberação, ao diálogo, à resolução pacífica dos conflitos, que muitas vezes encobrem uma série de exclusões sistêmicas. O foco no discurso e na deliberação deixariam de fora, segundo essa visão, aquelas pessoas e grupos que não se adequam às exigências dos espaços deliberativos.
Esse tipo de visão, que enxerga política apenas nessa racionalidade discursiva, desconhece ou desvaloriza aquelas formas de agência política que aparecem justamente em âmbitos considerados pré-políticos, ou extra-políticos, e que quando chegam nessa esfera de aparências são tidos por completamente estranhos, alienígenas.
Quando o corpo “fala” politicamente, não é apenas na linguagem vocal ou escrita. A persistência do corpo na sua exposição coloca essa legitimidade em questão, e o faz precisamente por meio de uma performatividade específica do corpo. Tanto a ação quanto o gesto significam e falam, tanto como ação quanto como reivindicação; um não pode ser finalmente separado do outro. [... A]s reivindicações políticas são feitas pelos corpos quando eles aparecem e agem, quando recusam e persistem (Butler, 2018, p. 92–93).
Mais do que o resultado de um procedimento argumentativo justo, está em questão, para Butler, a capacidade que os corpos possuem, quando em assembleia, de reivindicar plataformas, levantar demandas, e reconfigurar o espaço político em si.
CRÍTICAS
Dito tudo isso, gostaria de me voltar brevemente a uma questão sobre o trabalho da Butler que diz respeito à possibilidade de usarmos criticamente esse aparato conceitual. Isto é – olhar para a performatividade do agir político nos instruiria de alguma forma a dizer que certas práticas são melhores do que outras? Ou que certas práticas devem ser preferidas a outras?
Eu fiz um exercício de consultar o livro buscando especificamente ocasiões em que Butler levanta hipóteses contrárias à sua, ou se questiona como se daria uma tal atenção aos aspectos performativos de assembleias públicas quando essas assembleias públicas não necessariamente avançam motivos ou reivindicações de cunho progressista, emancipatório etc. Durante o livro inteiro ela dá exemplos de grupos, de assembleias públicas reais, que de fato aconteceram. Os exemplos que ela usa incluem as manifestações de Seattle, em 1999, contra a Organização Mundial do Comércio, os sit-ins, ou ocupações, no Parque Zucotti, em Nova York, do movimento Occupy Wall Street, e as manifestações na Praça Tahrir, na cidade do Cairo, que dispararam o que se chamou de Revolução Egípcia em 2011. Esses exemplos – de forma geral ou mencionando episódios específicos de cada um deles – aparecem de forma recorrente na argumentação de Butler. Butler tem uma visão muito positiva desses episódios de agrupamento de corpos em sua capacidade transformadora. Butler aqui parece partilhar de uma crença que foi forte pelo menos até o início dos anos 2000 – e que aparece, num exemplo muito próximo, em eventos como o Fórum Social Mundial – que é a de que os movimentos sociais seriam veículos, ou, mais do que isso, os veículos, da emancipação social, da libertação dos povos .Butler fala sobre a “persistência” de grupos que se juntam nas ruas; de sua capacidade de mostrar que uma dada situação é compartilhada. Vê nesses agrupamentos chamados por justiça, por uma “vida vivível”, denúncias à precariedade. Um movimento que talvez não antevia que os movimentos sociais também poderiam ter um caráter regressivo, não-popular, ou mesmo reacionário.
O exercício que eu me propus, então, foi de ler o livro pensando: e será que nós não poderíamos dizer o mesmo – isto é, que são assembleias onde grupos sentem o compartilhamento de sua demanda por superação de um sofrimento ou de uma situação de precariedade – de manifestações como as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, que ocorreram no Brasil em 1964 contra a assim chamada ameaça comunista que justificaria o golpe de estado daquele ano? Será que não poderíamos dizer o mesmo dos protestos de 2015 e 2016, que pediam o impeachment da então Presidenta Dilma Rousseff? Ainda, será que não poderíamos dizer o mesmo da manifestação “Unir a Direita” [em inglês, Unite the Right], que aconteceu em 2017 na cidade de Charlottesville, nos Estados Unidos, reunindo supremacistas brancos, nacionalistas brancos, neo-confederados, neonazistas, milícias e membros da alt-right carregando rifles, suásticas, bandeiras confederadas e bandeiras antissemitas? Será que eles não seriam também bons exemplos de assembleias públicas com demandas por justiça performativamente enunciadas?
Pra ser honesto, essa pergunta não é inteiramente minha. Naquele exercício que eu fiz de identificar instâncias em que Butler trataria de exemplos que não estivessem tão obviamente dentro de um campo progressista, consegui identificar duas passagens em que ela trata de, digamos, contra-exemplos. Peço licença para citar um deles:
Considerando, por exemplo, as gangues racistas e os ataques violentos, não posso dizer que toda reunião de corpos nas ruas seja uma boa coisa, ou que devamos celebrar as manifestações de massa ou que corpos reunidos em assembleia formam certo ideal de comunidade ou mesmo uma nova política digna de louvor. Embora algumas vezes os corpos reunidos nas ruas sejam claramente motivo de alegria e até esperança – e a reunião de multidões às vezes de fato se torna ocasião para esperança revolucionária –, precisamos lembrar que a frase ‘corpos nas ruas’ pode se referir, do mesmo modo, a manifestações da direita, a soldados militares armados para reprimir manifestações ou tomar o poder, a grupos de linchamento ou a movimentos populistas anti-imigração que ocupam o espaço público. Sendo assim, as assembleias não são intrinsecamente boas nem intrinsecamente ruins, mas assumem valores diferentes, dependendo do motivo pelo qual se reúnem e de como essa reunião funciona. Ainda assim, a ideia de corpos juntos nas ruas deixa as pessoas de esquerda entusiasmadas, pois é como se o poder estivesse sendo tomado, retomado, assumido e incorporado de uma maneira que prenuncia a democracia” (2018, p. 138).
Um argumento desse tipo, que joga todo o ônus argumentativo para o contexto, não correria o risco de soar muito vago? Ou de, na melhor das hipóteses, não nos ajudar a resolver nada? São questões não respondidas, que estão abertas à interpretação, análise e disputa. E são questões, aliás, que exemplificam alguns dos motivos pelos quais a pesquisa em filosofia deve poder continuar existindo.
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aloucadosgatosblog · 3 years ago
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Interacionismo
(primeiro contato com alguns pensadores)
        Maria Montessori
 ·         Importância de sua obra:
Rompe com a ideia de que a criança é um adulto em miniatura;
Entende a criança como um sujeito que deve ser olhado sob a sua própria perspectiva;
Ao “enxergar” a criança ela desenvolve uma teoria do desenvolvimento psicológico da criança;
·         Sua metodologia:
Utilizava materiais sensoriais
O professor não tem a função de corrigir, mas sim de observar, ele apenas ajuda a criança quando ela pede
·         Influencias que ela teve
Pereira, segan, Rousseaul, Itard, Pestalozzi, Piagett Froid
Autores que entendem a criança como um ser que traz consigo aspectos inatos e depende do ambiente favorável para o seu desenvolvimento (interacionismo)
·         Seu método
Individualizado e preparado especificamente para cada criança
Atividades disponíveis para a escolha da criança de acordo com seus interesses e habilidades
·         Algumas obras
“A pedagogia científica”, “A mente da criança”, “A criança” Da “criança que não aprende” a “toda criança é capaz de aprender”: lições históricas de Pereira, Itard, Séguin e Montessori. Citação: Rosa, Kaciana
(texto para revisões/alterações futuras)
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777entelequia · 3 years ago
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`` esquizofrenia-interpretativa-variante-do-interacionismo-simbólico ``
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unmundoahi · 4 years ago
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Consciência política na perspectiva do interacionismo simbólico
#PsicologiaPolitica
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jornalodias · 5 years ago
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Além de ser um pioneiro na área do desenvolvimento cognitivo, Lev Vygotsky foi também um grande escritor.
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alfaletrei · 5 years ago
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Tumblr media
Conclusões: 
Entende-se que o processo de alfabetização de um indivíduo inicia-se a partir do seu primeiro contato visual com tudo aquilo que está a sua volta, já que as letras e palavras nos cercam constantemente, além é claro, do desenvolvimento da escuta para iniciar outro processo, que antecede a escrita, a fala. Marlene de Carvalho, em sua produção “Revisitando métodos de alfabetização” o diálogo inicial proposto é uma conversa sobre como algumas figuras importantes da literatura foram introduzidos a escrita e leitura, e, percebe-se que aqueles citam que foram obrigados a realizar a leitura são sempre tristes e guardados com raiva, já os relatos de leitura que partiram do interesse da criança ou com uma professora que não obrigasse, eram mais suaves, sutis, e até muito boas. Talvez, o grande “X” da questão, que até hoje não foi bem compreendido por muitos atuantes dentro dos processos educativos,  é que a criança não é uma tábula rasa, ela possui sua bagagem, mesmo muito nova, carrega seus signos e seu próprio entendimento de mundo. Quando este fator for bem compreendido, a alfabetização não será um processo traumático para nenhuma criança (ou jovens, adultos e idosos), como vem sido em muitas escolas conservadoras de um método tradicional ultrapassado. 
Marlene de Carvalho conversa sobre métodos e a forma possivelmente errônea com o qual nós estamos lidando com eles. Em seu texto cita teorias de aprendizagem como:  Associação- estímulo resposta, Construtivismo e Interacionismo, a autora critica estes, pois dentro da formação de professores, as outras teorias de aprendizagem foram deixados de lado, fazendo com que os profissionais se formem inferindo que o mesmo método funciona desta maneira com todas as crianças, o que não é verdade. 
Nos parágrafos acima observam-se traços básicos de uma educação que a Comunidade de Aprendizagem do Paranoá, fez questão de afastar da proposta inovadora apresentada na escola, pois, foi entendido e percebido que nossas crianças, desta geração, possuem necessidades, conhecimentos e desejos totalmente diferentes dos quais o ensino tradicional ainda tenta encaixá-las de forma negativa. 
A proposta autônoma nos apresentou uma nova esperança na educação, conhecer a CAP foi encantador, e ao mesmo tempo inspirador para entender que o importante, principalmente no processo de alfabetização e letramento é justamente o foco nos Direitos da criança, de aprendizagem, brincar, conviver, participar, explorar e conhecer-se e de expressar-se. A partir do momento em que a criança é o foco e ocorre o deslocamento do interesse de: Como o professor ensina para como o aluno aprende, o aprendizado se transforma em uma situação prazerosa e divertida, que é o que  a nova geração de educadores deverá buscar diariamente.
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ninjadasaguas · 5 years ago
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A Batalha Na Oração
O Curso De Inglês Carol Me Ensina É Bom Mesmo?
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Com isso as crenças, tantos dos pais como dos professores brotam: sendo que as crenças dos pais, são de que ir para a escola, nessa filete etária, por serem tão pequenos, não seja algo de extensa importância e se faltarem não terão extraviado nada, porque têm a visão de que seus filhos vão apenas para folgar e não para aprender novos conhecimentos, assim sendo desgraçadamente essa visão errônea faz com que as guris não tenham tirocínio que verdadeiramente teriam a oportunidade de obterem.
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Um dos nossos objetivos foi evidenciar que nos pareceu mas relevante para auxiliar os pais e todos e cada um dos envolvidos no cotidiano da garoto autista, na procura da compreensão, aceitação, desenvolvimento, integração e reverência da gaiato como um ser TOTAL.
No Brasil, ASSUMPÇÃO Jr. (1995), pesquisador e membro do Grupo de Estudo e Pesquisas do Autismo e outras Psicoses Infantis (GEPAPI) estabelece as seguintes condições para autismo: a) que Autismo Infantil Precoce é uma síndrome muito definida, passível de ser observada com pequenas dificuldades no curso dos primeiros anos para toda a vida da garoto; b) que sua natureza básica está intimamente relacionada com a Incoerência mental Infantil e, c) que Autismo Infantil poderia ser uma manifestação da Delírios Infantil.
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Por conseguinte, frisam CAMARGOS et al., (2005) a operacionalização do Inventário Portage permite que ele seja usado como um instrumento para: a) realizar avaliação sistemática do repertório de guris vulneráveis a muitos riscos ou consideradas especiais; b) orientar pais ou familiares para oferecerem uma estimulação harmonizável com as necessidades da menino; c) capacitar profissional que executará a avaliação das guris e orientação dos pais e, d) indicar ao profissional se suas intervenções junto à gaiato ou família estão surtindo os efeitos esperados.
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the-biggest-frankiest · 5 years ago
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→Curso Carol Me Ensina
Cédula De Desconto Carol Me Ensina
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ALMEIDA (outrossim) frisa que é significativo papel de todos na tentativa de fazer com que os pais aceitem a menino porque, de outro modo, a criança tornar-se-á mais problemática e a vida social da família será parcial ou totalmente destruída.
Ensinar formas alternativas de comunicação, ou seja, formas mais admissível de se conseguir se bem se vinha obtendo via maneiras desapropriado é, sem questionamento, mais uma das responsabilidades do analista. Curso VIP Inglês Winner Aprenderá expressões e formas de comunicação realmente utilizadas nos Estados Unidos.
Por DUTRA 2005) relata práticas de violação dos direitos das crianças e dos jovens com deficiência, identificando que: a) escolas e professores não se sentem prontos para receber alunos com deficiência nas classes comuns do ensino regular; b) famílias que não desistem da escolarização para seus filhos, tendem a buscar escolas especiais ou particulares; c) nas escolas privadas também há uma tendência para não concordar pequenos com deficiência alegando não estarem preparadas e varias, quando recebem, cobram taxas extras; d) infantes de escolas singulares integradas em escolas regulares tendem a retornar alegando discriminação; e) famílias consideram que as escolas regulares não são ambientes seguros para seus filhos; f) crianças aceitas nas escolas regulares tendem a abandonar porque as mesmas não respondem às suas necessidades e, g) a instrução ofertada a estes alunos é no geral, de pequena qualidade, conservando-se no contexto de atividades da ensino infantil.
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São estas que as guris ouvem: Se eu não aprender um pouco depressa, quer dizer que não sou inteligente. MACHADO (2000) destaca que os pais precisam achar uma boa interação com os brinquedos para engajar suas pequenos carol me ensina na folgança. In: Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-falador.
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Além disso, curso foca em momento importante e cruciais para se aprender inglês, entre eles, como fazer uma redação, como iniciar uma interlúdio, além de assuntos como hobbies e afins. Pensando em outros Brasileiros que tiveram as mesmas dificuldades que ela, decidiu criar seu próprio curso de inglês Carol me ensina.
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DUTRA (2005) ressalta que a transformação dos sistemas educacionais para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, significa uma alteração na administração da educação que possibilite acesso às classes comuns do ensino regular e a aumento da oferta de respeito didático especializado que propicie a exclusão de barreiras.
carol me ensina
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hey-it-me-here · 5 years ago
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As Crenças Dos Pais E Professores Sobre O Papel Da Instrução Infantil
Marina Ruy Barbosa Aparece Sem Maquiagem Em Vídeo Postado Pelo Marido
A interdisciplinaridade nas aulas de educação física: audiovisual como utensílio de ensino e aprendizagem. Essa autora ressalta que os pais precisam saber os passos que as crianças devem seguir no tirocínio de divertir com os outros: no começo são indiferentes aos outros, depois passam a observá-los, começam a divertir em paralelo e, finalmente, brincam em participação conjunta.
Muito que eu irei livramento revelar cá neste item é toda a verdade sobre fazer curso de inglês a intervalo, se você cobija interesse em adquirir fluência no linguagem por qualquer que seja motivo, recomendo que leia até final porque com probabilidade será de muita importância todas e qualquer uma das informações listadas cá.
Se você tem alguma incerteza no que se cita à texto do curso e também almeja saná-la pedimos que você entre em contato por e-mail em: caroline.capel@, colocando no título do correio eletrônico: Indefinição Carol Me Ensina. E para aprender a falar inglês conforme as regras caminho mas limitado e mais eficaz é exatamente fazer um curso de inglês, ou seja, continuar um método.
Que nós, coadjuvantes de sua história de vida, temos a expor é que hoje, devido a Carol, é possível revisitarmos nossas concepções, repensarmos maneira como estabelecemos iterações e, particularmente, reconhecermos nossa responsabilidade no processo de formação das pessoas com necessidades singulares.
Sei que nenhum método de tratamento é auto-suficiente, entretanto, vejo na investigação comportamental uma tentativa de imposto para uma maior reflexão a respeito das questões implicadas na educação carol me ensina, aprendizagem e interação da menino autista na comunidade onde está inserida.
Curso de inglês Carol Me Ensina tem sete módulos soma: Basic I, Basic II, Intermediate, Advanced, Expert, Vocabulary & Prévio para IELTS. Normalista de inglês formada pela Associação Cultura Inglesa de São Paulo, atuando há 10 anos como mestra de inglês nas horas vagas.
São estas que as pequenos ouvem: Se eu não aprender um pouco depressa, significa que não sou inteligente. MACHADO (2000) destaca que os pais precisam encontrar uma boa interação com os brinquedos para engajar suas infantes na galhofa. In: Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo.
E 7 motivo são as preparações para as certificações internacionais TOEFL e IELTS:Toda gente que desejam aprender inglês fluentemente ora ter possibilidade de conseguir empregos no exterior,ou entrar nas primordiais universidades americanas e inglesas, Curso De inglês Carol Me Ensina ira ensina toda gente e cada um dos passos para você tenha como chegar La.
Por unicamente R$ 99,00(noventa e nove reais) mensais você e TODOS de sua família com a senha de aproximação à extensão de alunos, podem desfrutar desse maravilhoso teor sem ter que pegar trânsito para se transferir, enfrentar possíveis faltas de professores ou ainda esperar que se abram novas vagas para aquela turma, naquela conceituada e cara local de ensino de inglês, que você já a qualquer tempo estava pensando em se matricular.
Acrescenta que programa psico-educacional TEACCH ressalta-se por tutelar envolvimento dos pais, num processo de desenvolvimento tripartido entre a moradia, a escola e a comunidade, e pela aposta na manutenção da prioridade do serviço nas áreas de pesquisa, classificação de profissionais e descortino da comunidade.
Neste trabalho desenvolve-se estudo de crenças que os pais e professores têm diante da instrução infantil e que é papel de um e outro na presença de a fase de desenvolvimento da garoto. Curso de inglês Carol Me Ensina cobija sete módulos em conjunto: Basic I, Basic II, Intermediate, Advanced, Expert, Vocabulary & Preparatório para IELTS.
Benefícios deste curso de inglês é que a mestra Carol tem um jeito bastante jovial e trata simplesmente de assuntos que realmente serão utilizados no cotidiano das quais tem testes no exterior. Guia COMVIDA explica que guris com necessidades singulares precisam de suporte constante e incentivo de toda a família, mãe, pai, irmãos, irmãs.
Na questão 1., obteve-se 100% de respostas afirmativas, enfatizando que as ferramentas audiovisuais são utilizadas no processo ensino-aprendizagem. Estados e prefeituras tiveram como prazo até ano de 2016 para adequar suas redes de ensino à formalidade de que é obrigatório matricular pequenos de 4 a 5 anos na pré-local de ensino.
Para os pais de infantes com NE, os cuidados com a garoto, resultam num aumento de responsabilidades financeiras, sobrepeso para prestador de cuidados, de restrições no estilo de vida familiar e nas possibilidades de carreira, que por sua vez, são condições que podem levar a um aumento de estresse e do funcionamento psíquico.
Se você está procurando por um curso bom de inglês, e quer aprender falar inglês pela net rápido, fica comigo até final desse post que iremos apresentar treinamento para que você perceba se atende sua premência. Por isso se torna essencial à inserção das crianças na educação infantil.
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O mundo inteiro Os Motivos Que Fazem Valer a Pena Curso De Inglês Carol Me Ensina Para Os Iniciantes, Intermediários e Avançados no Idioma Inglês. As crianças com mutismo seletivo possuem competência comunicativa considerada adequada em determinados contextos, que não ocorre em pequenos com autismo.
Depois fomos à creche conversamos com a assistente social L. e a professora D. À garoto falamos para ela que é hora dela crescer deixar pequeno número de comportamentos e confiar que ela é capaz, tem potencial. Então, as intervenções sobre as dificuldades da criança autista são primordiais para se atingir melhor qualidade para toda a vida não só para a própria garoto, como também, para os seus familiares.
No curso você vai aprender tudo que precisa para se discursar perfeitamente em inglês. aprendiz matriculado no Curso além de ter aproximação a uma comunidade para fazer comentários e tirar as dúvidas com a própria Carol participa de um conjunto de alunos no Facebook onde deve intercambiar com pessoas de diversas nacionalidades.
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carol me ensina
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becomingbroccoli · 5 years ago
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MC Carol
Um Elo Necessário Na Luta Contra As Opressões”
Carol me Ensina Inglês, Curso ministrado pela Professora Carol Capel, conheça agora mas sobre curso. Porque esse curso Carol me ensina é nos mesmos moldes do curso de Inglês do Mairo, não sei como esse turma 4. A metodologia desse curso é garantida, acreditamos tanto no nosso produto que temos possibilidade que você irá aprender bastante ou prosperar bastante seu inglês, porém tudo na vida possui possuir um pouco de dedicação de carol me ensina ambas as partes.
De uma forma normalmente tudo que você vai aprender no curso irá livramento ajudar a ter suficiente do linguagem em inglês para aprender restante com autonomia e facilidade, além de conseguir se conversar com qualquer pessoa no linguagem sem dificuldades.
Para ela se é impraticável fazer de conta que autismo não existe, certamente "vamos poder, enquanto educadores, nos dispormos à procura de jeitos inovadoras, facilitadoras, diferenciadas e produtivas para a construção de uma melhor qualidade para toda a vida para a persona com autismo".
A metodologia desse curso é garantida, acreditamos tanto no nosso produto que temos certeza que você irá aprender bastante ou progredir bastante seu inglês, porém tudo na vida tem possuir algo de dedicação de carol me ensina ingles as duas partes.
Pressionados de tal forma pela dificuldade de informação que é peculiar à gaiato autista, não é de admirar que a mesma fique confusa e em muitos casos descarregue sua impaciência e frustrações nos pais e professores, que, por sua vez, ficam confusos e desorientados diante do desregramento comportamental apresentado pela gaiato.
PEREIRA (1996) explica que por força da influência de algumas teorias sobre conduta humano, durante diversos anos, vários profissionais supunham que os problemas das guris autistas, emocionalmente perturbadas, eram causados pelos pais.
Após término do diagnóstico aprendiz compromete-se a informar aos pais todos e cada um dos dados levantados explicando-lhes as implicações destes aspectos no processo de aprendizagem do menor igualmente fornecer as orientações para a instituição Vivenda Maternal Amélia Leite que encaminhou menor.
Colocamos que precisa ter algumas mudanças de comportamento dela e de toda a família, para que as coisas possam mudar como: possuir uma reeducação alimentar visto que este só como lanches, tirá-lo da cama do par, pedir ajuda ao pai, porque não será simples, estimulá-lo, pois ele é capaz, não deixar que os irmãos chame C. de estúpido, pai ser mais presente nas atividades e lazer com C. e colocar limites nele Ela aceitou que falamos, concordou e demonstrou que entendeu, se mostrou disposta a mudar de conduta.
curso da Carol Capuz vem fazendo sucesso entre os fãs do ducto e pessoas que não possui tempo para aprender inglês numa escola convencional, sua metodologia inovadora, e a forma atencioso que a Carolina ensina é tão simples de aprender, que quando você assiste suas aulas, asemelhava a que você está assistindo seus vídeos do seu ducto, você meio que aprende se divertindo.
A instrução infantil é de suma relevância para as crianças, de acordo com as leis que a embasam e amparam: Orientações Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), Lei de Indicações e Bases da Ensino (LDB), Estatuto da Garoto e do Adolescente (ECA), Plano Nacional de Educação (PNE).
ROTTER (1966) considera que um antecedente importante para a externalidade é a inépcia da garoto de antecipar a disciplina dos pais devido a: inconsistências no comportamento dos pais; inconsistências entre os pais; e inabilidade para perceber alguma consistência que tenha como de verdade subsistir.
MACHADO (outrossim) explica que devido as pequenos autistas adquirem as funções da linguagem uma de qualquer vez e numa ordem de urgência previsível, os pais devem ser orientados a enfocar primeiro, encorajamento de suas infantes a fazerem requisições tanto para obter fins ambientais (como pedir comida ou pedir aos pais para assoprar bolas) quanto para conseguir fins sociais (como completar parte de uma rotina social).
Um profissional preparado é designado para cada garoto e família, visitando-as, uma vez por semana, durante mais ou menos uma hora e meia, trabalhando em atividades que desenvolvam a cognição, a motricidade, autocuidados, a linguagem, a socialização e a estimulação da gaiato.
Enfatiza, também, que PECS tem sido muito aceito em diversos lugares do planeta, porque não demanda materiais complexos ou caros, é relativamente simples de aprender, pode ser aplicado em qualquer lugar e quando aplicado apresenta resultados inquestionáveis na informação por intermédio carol me ensina de cartões em infantes que não comunicam, e na organização da linguagem nuncupativo em pequenos que falam, mas que precisam organizar esta linguagem.
São estas que as crianças ouvem: Se eu não aprender alguma coisa depressa, quer dizer que não sou inteligente. MACHADO (2000) destaca que os pais precisam localizar uma boa interação com os brinquedos para engajar suas pequenos na farra. In: Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-loquaz.
CRUZ (2000), para complementar a argumentação do Guia de Mediação (2002) chama a atenção para a relevância de considerarmos as competências e os estilos próprios de cada menino, também de os respeitamos durante processo de aprendizagem. curso conta com uma professora que possui uma linguagem jovial e objetiva de modo que potencialize seu aprendizagem, sem bastante blá blá, ela vai passar conteúdo que verdadeiramente são utilizados no cotidiano.
carol me ensina
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ultraisabarrosmartins1978 · 5 years ago
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Percurso formativo: entre o tradicional e o disruptivo
Ainda hoje se me pedirem para desenhar uma casa, vejo-me tentada a desenhá-la com chaminé e ao lado colocar uma macieira. Esta é a verdadeira prova que preciso estar o tempo todo atenta e não permitir reproduzir velhos condicionamentos e sim, ressignificá-los.
Fui educada na didática tradicional, na qual o professor era detentor de todo o conhecimento, as cabeças deveriam estar “bem cheias”, a verdade era absoluta, as respostas eram únicas e o erro era punido. Era uma estudante que não se arriscava por medo de errar, insegura, porém muito competitiva. Queria sempre tirar excelentes notas.
Na faculdade, me encantei por diversos teóricos e práticas educativas, tais como: Bernardo Toro e as Sete Competências da escola contemporânea, David Ausubel com a  aprendizagem significativa, Edgar Morin e a teoria do pensamento complexo, Emília Ferreiro e a psicogênese da língua escrita, Howard Gardner e a teoria das inteligências múltiplas, Jacques Delors e os pilares para a educação do século 21, Lev Vygostky e o sócio-interacionismo e, claro, Paulo Freire.
Há professores que me marcaram e ainda estão vivos na lembrança, o que confirma que “a emoção é a cola da memória”.
Apesar de grandes sonhos e ideais, a minha vivência foi bem distante do que li e sonhei. Não só estudei como trabalhei por 20 anos em instituições de paradigma dominante. Porém, sempre estive atenta e curiosa aos avanços dos estudos da neurociência.
Lembro-me quando li Michael Merzenich explicar que o  cérebro muda em dois sentidos. Ele muda suas conexões, que são direcionadas e redirecionadas para criar e desenvolver habilidades específicas. Todas as habilidades e talentos que definem você como um ser humano foram adquiridas ao longo do tempo, graças à capacidade de alteração do cérebro. Mas existe um outro sentido em que o cérebro se adapta: ele altera toda a sua forma. Assim como seu corpo, o cérebro pode estar em boa forma, ou em má forma. Ou seja, o modo como você vive, o quanto você exercita seu cérebro, define sua saúde cognitiva e mental.
Apesar da formação educacional ser determinante na nossa forma de pensar, sentir  e agir, a neurociência comprova cientificamente tanto por neuroimagem como por exames comportamentais a neuroplasticidade mental, ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar ao longo da vida, com habilidade para modificar a organização estrutural e funcional em respostas às experiências.
Consegui sair do mindset fixo que fui formada porque acompanho as transformações nos novos tempos, reflito sobre minha prática, faço conexões do que assimilei e da necessidade de ressignificar condicionamentos passados, sempre atenta ao “porquê”, “o que”, e “como” do meu fazer pedagógico.
Felizmente, tenho o privilégio de trabalhar em uma instituição que forma seus estudantes no paradigma emergente, que erro e dúvida fazem parte do processo de aprendizagem, que trabalha com metodologias ativas e que promove a cultura do pensar.
Para isso, nós educadores, precisamos gostar de desafios, precisamos ser persistentes, aceitarmos e aprendermos com as críticas e entendermos que o esforço é o caminho para se chegar a excelência.  Meu maior desafio hoje é, como líder, fazer com que os meus educadores abracem os novos tempos e sigam comigo nesta caminhada, entendendo que precisamos ser HOJE, o indivíduo que desejamos formar para o FUTURO.
*Nadja Valente é diretora da Escola Concept de Salvador (BA)
Percurso formativo: entre o tradicional e o disruptivopublicado primeiro em como se vestir bem
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