#hoje eu morri por dentro
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wanuy · 2 years ago
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eu acredito que não foi por mal
mas que fez muito mal pra mim, fez mesmo
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macsoul · 3 months ago
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the distance
desde criança eu era diferente, não conseguia me encaixar, por mais que eu tentasse e muito cedo parei de tentar, passei a me refugiar dentro da minha cabeça porque era o único lugar em que eu era completamente vista e aceita, mas isso gradativamente criou uma distância entre mim e o mundo ou melhor, as pessoas, quando tudo deu errado, me fechei em mim, morri para todos que um dia conheci, nunca precisei de companhias vazias e de afeto forçado, era tudo que eu não queria e assim segui em isolamento, aquele velho fantasma de mim e hoje quando tento voltar a vida, ninguém me enxerga como pessoa, só como um estigma e isso já machucou mais, agora só sinto uma total falta de sentido em seguir assim, a cada aproximação sinto a distância infinita entre mim e qualquer um, estou isolada, pode ser apenas um sentimento, mas ele preenche tudo com vazio que não se extingue, tudo me lembra que embora meu corpo ainda esteja aqui, eu já fui embora há muito tempo e não faço idéia do que ainda faço aqui, apenas um senso vago de importância sistemática me mantém e esse vem e vai, ilusório, vão, sem sentido, sigo
o porquê, eu não sei.
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meuemvoce · 2 months ago
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Quando não tenho o que pensar, uma lembrança ou outra sobre nós passa pela minha cabeça, mas existe algo de diferente, não fico mais tentando entender o que de fato existiu entre nós. não abraço elas e fico remoendo pra saudade aparecer. não existe mais esperança ou o medo de você aparecer. em algum momento o meu coração entendeu que tudo acabou. que encerrou nossa história definitivamente. não existe mais saudade. não existe mais vontade de te procurar ou querer saber se você está bem, porque no momento que entendi que a minha presença não faz diferença na sua vida, resolvi bater o martelo e me retirar, mas ainda existe a parte onde me importo com as pessoas e desejo o bem delas, então desejo isso há você de uma forma silenciosa, porque você não precisa ouvir isso de mim.
Existem momentos que simplesmente temos que parar e colocar na balança se vale a pena ou não permanecer na vida de alguém. pensar se vale a pena se esforçar pra ficar na vida de alguém. existem o momento do ponto final onde você reconhece que fez de tudo e um pouco mais e que não foi o suficiente e são nessas horas que colocamos o sorriso no rosto, cabeça erguida, consciência tranquila de que fizemos o máximo possível, demos o nosso melhor, movemos fundos e mundos pra fazer esse alguém ficar, então seguimos com o coração em paz onde reconhecemos que somos diferentes em tentar o máximo em não desistir e que chegou a hora de deixar partir aquilo que nunca quis ficar. as nossas lembranças serão apagadas dia após dia, não haverá mais incomodo, não existira a vontade de querer ligar, não existira a vontade de querer saber sobre você ou sobre sua vida, simplesmente tudo irá sumir.
Chegar à conclusão que cheguei exigiu muito de mim. exigiu das minhas forças. exigiu do meu corpo. exigiu da minha alma. exigiu do meu coração. exigiu tanto que no final não sobrou nada do que um espírito sem paz, sem descanso e sem salvação. hoje não me reconheço mais. a menina que um dia existiu dentro de mim sumiu, desapareceu e por isso ficou. no início acabou comigo, fiquei desolada, desamparada e perdida. mas sabe o que mais me surpreendeu? É que eu faria tudo novamente só pra não ter que pensar em você ou te amar em outra vida, porque eu não quero ama-lo. esperei tempo demais pra chegar esse dia, chegar o dia de dizer ‘’eu te superei. Não amo mais você’’ e chegou, assim como um sol depois de uma tempestade que ficou por meses, choveu tanto dentro de mim que transbordei, me afoguei e morri centenas de vezes em um só dia. hoje me sinto em paz e com o sol no meu rosto e um sorriso de quem sobreviveu a alguém que nunca valeu a pena amar e lutar. hoje finalmente posso dizer que estou livre de você e que encontrei o meu caminho, caminho onde não existe mais nada sobre você ou sobre nós, apenas um caminho onde seguirei sozinha e com a liberdade cantando sem olhar para atrás.
Elle Alber
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asali27 · 1 year ago
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Eu já morri várias vezes nesta vida
Mas ainda sigo com os olhos abertos e o coração pulsando
Eu já morri várias vezes
Mas ainda sinto dor
Ainda sinto o frio do vazio
Já morri, e provavelmente, ainda morrerei mais vezes
Eu morri, mas a alma sangra, grita desesperada por SOCORRO
A vida é uma só, mas e a morte?
Eu posso morrer hoje, morrer amanhã e ainda assim você poderá me encontrar vagando por ruas solitárias
Eu morri. E você? Você percebeu?
Não, não se preocupe, eu não morri, mas algo morreu aqui dentro há mais de uma semana
O sorriso morreu, a felicidade também, o amor, a vivacidade, o azul morreu
Morri, mas ainda posso ouvir, ouço palavras vazias, palavras que ferem, magoam
Estou morta, mas ainda posso ver, vejo pessoas gritando silenciosamente por SOCORRO. Vejo a juventude morrendo.
Ainda sinto o cheiro das almas doentes, o cheiro dos corpos sem vida andando vagarosamente, perdidas, buscando uma direção
Eu morri, e me pergunto se fui a única
Não, não fui, soube que o brilho nos olhos também morreu
Não se pode mais sentir o bater de asas das borboletas no estômago, pois elas também se foram
Eu já morri várias vezes
Morri ontem
Morri hoje
Morrerei um pouco amanhã
Morri em casa, na rua, no trabalho, na faculdade
Morri sozinha. Acompanhada com meus pais, com alguns amigos, com o cara que eu amava
Morri gritando
Morri chorando
Morri sorrindo
Morri por dentro
Por fora
Morri pra vida
Morri.
— Por Mara Reis
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fekodream · 2 months ago
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MAR
Aviso: O afogamento nessas poesias representam suicídio, depressão e ansiedade. Se você está passando por isso busque ajuda.
Me afoguei naquela noite,
mas poucos estavam lá para me ajudar, talvez por não estar me afogando... Não na visão deles
As algas me agarravam e me puxavam, e eu tentava lutar...
Ninguém estava lá para me salvar.
O ar acabava, a água fazia do meu pulmão sua nova morada...
Ninguém estava lá.
Estava escuro, minha visão estava embaçada...
Eu gritava por ajuda, mas ninguém me ouvia.
Na visão deles eu estava sentada, naquela sala de aula barulhenta, eu não estava me afogando...
Na visão deles...
Eu gritei tanto, mas, não saía nada, eles não escutavam nada.
Eu desisto!
As algas me puxaram para mais fundo, não tinha mais luz, não tinha mais ar, não tinha mais nada...
Eu gritei, eu juro!
Mas só perceberam isso quando meu corpo gelado e pálido não voltou para margem e ficou perdido em águas escuras...
Dizem que foi minha culpa, que eu escolhi aquilo e que era uma fase. Que eu devia procurar outra coisa ali do mar, que me afundei...
Para eles era uma bobeira, pois eu nunca estive na água e sim naquela sala...
Que eu conversava e dizia estar bem
Não tentaram me entender, e no fim foi minha culpa.
Hoje meu alma vaga pela praia, mas eles insistem em dizer que estou viva.
Dizem que eu não morri, que eu não gritei.
...Eu sempre estive naquela sala, cheia de barulho, conversando e rindo, que eu parecia bem...
O mar que me consumiu estava dentro de mim, o desespero crescia, uma tempestade de pensamentos e emoções que me afogavam lentamente.
Com uma ventania de palavras me jogando contra a água, as ondas ansiosas me empurravam contra as rochas e de forma tentadora eu pensava em me entregar. 
As algas que me puxaram era maus pensamentos, eles gritavam:
''VOCÊ NÃO É NADA!'' ''DESISTA, VOCÊ É SO UM CORPO GORDO''
'' NÃO TEM SENTIDO VIVER'' ''NINGUÉM TE AMA''
Nunca esteve escuro, nunca estive gritando so estive muito cansada.
Mas meus pedidos de socorro nunca foram ouvidos...
Mas para eles eu ainda viva...
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liantrix · 5 months ago
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Em circunstâncias normais, diria eu o quanto o amor é belo... Mas hoje ele me machucou tanto... Me deu porradas nas costas ao invés de tapinhas de incentivo. E eu morri por dentro. Não pelos desgostos sofridos, e sim pelo que isso significou. Significou que não posso mais deixar que o amor me toque... Significou que as dores são lembranças do erro que cometi e por isso aceito as consequências. Significou que meu fim está próximo e que a morte já se acomodou ao meu lado. esperando somente que eu diga que estou pronta pra ir. Na verdade eu nunca estive pronta, mas hoje agradeci por ela já estar a minha espera. Talvez eu vire amiga dela. Talvez ela e minha alma andem por aí de mãos dadas. Talvez ela cure a dor no meu peito e o alugue, já que inevitavelmente o amor não fará mais morada nele.
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clubeliterario · 1 year ago
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A espada do verão (Magnus Chase)
Hoje eu trago a indicação de uma coleção de livros de um autor muitíssimo famoso, mas sinto que essa em específico não teve tanto destaque, Magnus Chase e os Deuses de Asgard, escrito por  Rick Riordan, autor famoso por explorar as mitologias dentro de seus livros, Percy Jackson, sua coleção mais famosa está sendo transformada em série e tem previsão para lançar esse ano ainda;
Essa trilogia fala sobre a mitologia nórdica, nosso protagonista é Magnus Chase, que nunca teve uma vida fácil, pelo contrário, ele se envolve em várias situações estranhas e misteriosas. Em um desses acidentes misteriosos sua mãe faleceu e agora Magnus vive pelas ruas de Boston, sempre fora da vista de assistentes sociais e policiais. Tudo isso é contado no primeiro livro, “A Espada do verão”
Sua mãe sempre o alertou sobre seu tio ser uma pessoa perigosa e o disse para não confiar nele, mas em meio às ruas de Boston ele encontra seu tio e então o conta a verdade, Magnus é filho de um deus nórdico e deve ir em uma missão para impedir o Ragnarok, em sua jornada deve encontrar a espada do verão, que foi perdida a muito tempo mas se encontra em uma situação que decidirá seu futuro, salvar a si próprio ou a vários inocentes? Às vezes a morte é só o começo para alguns heróis. 
“Meu nome é Magnus Chase. Tenho dezesseis anos. Esta é a história de como minha vida seguiu ladeira abaixo depois que eu morri.”
A história me surpreendeu muito, e mesmo não conhecendo nada sobre a mitologia nórdica os livros me proporcionaram uma experiência maravilhosa, a leitura é fluida e a escrita é muito boa até mesmo para os leigos sobre assuntos mitológicos. Admito que no começo foi difícil me desapegar na mitologia grega e do Percy Jackson, pensei muito na saga porque a histórias se passam no mesmo mundo e o Magnus tem o sobrenome Chase, igual a famosa Annabeth (e sim, eles são primos mesmo);
Dentro do livro, Rick Riordan traz representatividades importantes, eu sempre adoro como o autor faz isso de forma sutil e leve, por exemplo, uma das personagens de mais destaque dentro do livro é muçulmana e tanto sua religião quanto sua cultura são retratadas dentro do livro,  e um dos protetores de Magnus é o Elfo Hearth, que é surdo e usa linguagem de sinais o tempo todo. Eu adoro indicar os livros dele porque em minha opinião ele é um autor completissimo, suas histórias são maravilhosas, a inclusão e representatividade dentro de suas obras é muito importante.
Mas me contem, qual a mitologia favorita de vocês?
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firstdiario · 2 years ago
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Uma carta para você, eu sei que quando ler, vai saber.
Sobre um relacionamento extremamente tóxico, instável e sem nenhum nível de maturidade, pronto para ser consumido. Eu nunca tive dúvida do quanto amei você. Foi um amor com urgência e desespero. Por uns anos, culpei você por nosso naufrago, pelo raso das esperanças de um dia voltarmos. De nós, no fim, eu nunca esperei nada. Sufoquei e quase morri por dentro para lhe deixar. Lembro com precisão, fui ao seu encontro naquela cidade, predestinada a buscar um motivo para ficar ou ter o ultimo final de semana depois de uns 7 anos ou mais. E quando cheguei lá, você me recebeu bem, nunca pude reclamar de não ter sido tratada como princesa por você, mas seus olhos já não estavam impressionante como antes, e até seu beijo tinha sabor de despedida. Lembro de estarmos sentados e você me questionando sobre os planos para o futuro, quando tínhamos estragado praticamente tudo, até o presente estava arruinado, você havia conhecido pessoas demais, e eu, também. Enfim. E quanto mais você avaliava meu valor, menos valor você tinha. Eu queria que você tivesse segurando meu rosto contra o seu e jurado amor eterno. Estávamos falidos, destruídos e nada poderia recuperar, mas talvez eu tivesse ficado mais um pouco.
Bom, na segunda no dia 14 de janeiro de anos atrás, naquela despedida na rodoviária você sorriu desconcertado e perguntou se eu estava me despedido de você para sempre. Eu sei que estava nervoso, eu sabia que você era a minha fraqueza como eu era a sua naquele momento. E eu, disse com total sinceridade "Talvez seja um adeus", você me tomou pelos braços e disse que você iria atrás de mim onde eu estivesse, que desbravaria o mundo por mim e que aquilo não era uma despedida. " Nunca fui capaz de esquecer aquela frase, por meses repetia para mim, por anos pensei sobre isso. Questionei até se um dia alguém seria tão devoto a mim como você. Houve um tempo que achei que era uma maldição sua. Por anos você repetiu que ninguém nunca me amaria como você ou lutaria por mim de tal maneira. Por tempos acreditei que aquelas palavras eram promessas e uma verdade absoluta, por loucura, achava você o ultimo romântico. E por muito tempo, senti a necessidade de viver algo assim. Você me fez questionar o meu primeiro amor por anos, me convenceu de quem ama não desiste nunca. E eu pensei " se ele desistiu e se consolou tão rápido, não era amor". Você me manipulava de uma forma doentia e absurda. Mas não julgo, eu levei você na curva, na cintura e te convenci que meu amor era real. Nossas mães estragaram a gente, você foi deixado pela sua e eu pela minha, então as nossas necessidades combinavam, você tinha necessidade de ser absurdamente amado e tinha medo de perder o meu amor absoluto, assim como eu, buscava um amor incondicional.
E naquela despedida na rodoviária, dei um sorriso feliz, queria me lembrar daquele momento sem mágoa. Quando entrei no ônibus para Salvador, chorei por aproximadamente uns 40 minutos, o que significava o trajeto inteiro. Você me ligou para saber se eu tinha chegado bem, você sempre foi um cavalheiro e cuidava dos mínimos detalhes, eu era loucamente apaixonada por isso. E chorando, sem ser percebida, eu disse que sim. Eu era apaixonada por você, eu fui embora apaixonada. E eu chorei por dias, me agarrei a outra pessoa como um bote salva vidas e fiz de tudo para manter você longe. A cada tentativa, a quase viagem, a tudo. Eu precisava nunca mais voltar para você. Destruí seu emocional e hoje percebo que fiz você duvidar que merecia ser amado. Estava ferida, com muitas mágoas, e pronta para odiar o mundo. Você sempre vai ser a pessoa mais doce que conheço, seu coração é puro e você é capaz de amar até um desconhecido. Enquanto eu, era incapaz de acreditar em sentimentos tão genuínos. As minhas mágoas eram eternas, assim como a minha vingança. Era feita de pó e rancor. O meu primeiro amor, tinha sido alguém extremamente importante, ele apareceu na minha vida no momento que eu mais precisava, foi quando eu desistir de acreditar na humanidade. Ele me deu centelha, e depois de tudo, quando baixei a guardar e me permitir sentir qualquer emoção além de raiva, ele havia me esquecido, me deixado. E eu na época, não pude lidar com isso, sem me fechar outra vez, não pude perdoar por muito tempo. E você apareceu me mostrando a mais pura forma de compaixão, não havia nada que eu fizesse que fazia você partir, eu gritei, briguei, ameacei, envolvi outras pessoas, deixei você, maltratei cada lágrima. Eu era a própria viúva negra. Mas, por uma maldita sorte, você queria me consertar, mostrar a beleza do mundo. Travou todas as lutas como nenhum outro ser humano. Você nunca desistiu. Ai, incondicionalmente amei você. Na minha cabeça, seu amor com devoção, era um amor real. Fui tóxica tentando evitar e você me domou e dilacerou de dentro para fora. Transformei a pessoa mais pura, em uma versão bonita do demônio. Tornei você um homem inseguro, dispensável e completamente carente. Odiei a sua família por tanto tempo, e hoje, percebo que eles só estavam tentando salvar você de mim. Por outro lado, você passou a me destruir de outras formas, a me magoar de outras maneiras, eu fui matando a gente e você me ajudando a enterrar. E em determinado tempo, éramos tão ruins que acreditávamos que nos merecíamos. Se eu tivesse ficado teríamos nos matado em algum momento e nunca seriamos felizes com tamanha bagagem. Sempre culpei você, sempre odiei. Mas ai, fui amadurecendo, vivendo e passei a perceber que tinha uma linda rosa que transformamos em cinzas. Você me procurou tantas vezes, e tantas vezes eu fugi e chorei por tempos, sofri igual. Mas foi necessário, você merecia ser amado sem tanta desconfiança e rancor. Você merecia um recomeço, assim como eu. Fui dependente de você, como você foi de mim. Dois emocionados.
Espero que esteja bem, que alguém tenha lhe feito bem. Que tenha tido o seu recomeço, como eu.
Quase 06 anos depois, peço desculpas assim como você um dia fez. Tivemos nosso encerramento. E hoje, eu perdoei você e a mim.
J
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omnia-mecum-porto · 1 year ago
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Sentada em frente a minha janela neste sábado de sol, eu me coloco em meio de duas realidades, eu lembro da garota que fui e em muitos momentos da vida nunca acreditou que chegaria aqui. Sentada na minha cadeira em uma sacada de frente ao mar, uma de suas paixões "o Mar". Sendo realmente amada, sendo realmente viva. Olhando naquele túnel do tempo, escondida dentro daquele velho guarda roupa esperando que aquela dor passa-se esperando que aquele pesadelo acabasse, olhando neste túnel do tempo, este momento não parece real. Essa vida não parecia possível. No aqui agora eu me sinto mais feliz e mais viva que eu já me senti em uma vida toda e olha que são 37 anos de vida. Nas particularidades deste túnel do tempo, em um momento exato lá atrás eu construí esse sonho, eu lembro quando me disseram que seria impossível morar na praia, que pessoas pobres só podem sonhar conforme a sua realidade, eu lembro escondida dentro daquele guarda roupa que escondido dentro de mim esse seria meu sonho. E viveria com ele ali na minha caixinha secreta, a caixinha que eu visitava quando eu era abusada, quando eu apanhava, a caixinha que me fazia não desistir, ali eu arrumei um amor, um mar, um gato e cachorro, o sol, o vento, minhas pegadas na areia, ali eu era feliz. Quando eu vivia aquilo que acontecia ali naquele agora naquela fração de tempo que eram horas e as vezes dias eu não tinha forças pra entrar na minha caixinha, e por alguns momentos eu acreditava que minha vida todinha seriam aqueles dias, aqueles anos, aquelas pessoas, aqueles pais, aquela solidão. Era um buraco fundo no meu peito. E era do meu tamanho. Apesar de todos os pesares, e de alguns momentos de luz, calor e amor, de alguns momentos de família perfeita, de férias na v��, na vida real eu era apenas um peão na vida dessas pessoas. E mesmo assim sempre acreditei que eu merecia ser amada, eu sempre fui boa, e Deus prometeu o paraíso a seus filhos, e meu paraíso estava ali na minha caixinha. Hoje eu vivo, de verdade, é tudo real, a minha caixinha, infinita diante dos meus olhos, embaixo dos meus pés, ao alcance das minhas mãos. Apesar de toda dor E solidão, eu que já morri tantas vezes dentro daquele guarda-roupa velho, hoje vivo a minha caixinha da felicidade, muitos falam que eu sonho demais, mas foi isso que me trouxe ate aqui, foi o sonho. É difícil acreditar que a mulher que eu sou, sobreviveu ao inferno da criança que eu era, ou que era ser EU, se não fosse a realidade e as historias que eu criava pra MIM mesma, teria me jogado naquele rio, naquele dia de chuva onde ninguém se preocupava com a menina princesa que era educada e não incomodava, QUE NUNCA INCOMODAVA NINGUÉM...
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mochilapretadelirou · 1 year ago
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Ao meu tio, meu cachorro e Rita.
Acho que minha escrita me dá uma perspectiva acerca do meu futuro. Neste momento, me encontro sem destino algum. Tenho uns 10 textos incompletos e um blog -este blog-  parado. Mas hoje eu decidi tentar me dar mais uma chance e quem sabe escrever as linhas da minha vida (Cora Coralina - Meu Destino), mesmo com uma grande dificuldade, um leve déficit de atenção não laudado e uma tendência à falha constante. Bom, algumas atualizações sobre a minha vida: eu não tenho mais a minha mochila preta, agora tenho uma bolsa marrom; faço faculdade; aprendi a beber; e entendi que a vida é triste, mas tem momentos felizes. 
Visto isso, posso dizer que muitas coisas aconteceram, coisas boas e ruins. Mesmo assim não tenho expectativa sequer de terminar as linhas de meus textos. Como se abrisse parênteses intermináveis, vírgulas demais e tentasse dar o fim apenas com reticências… mas tudo precisa de um ponto final. 
Por que tanta ansiedade, né? A pressa, a síndrome da folha em branco, o desejo de ser algo que muitas vezes não é alcançável se minha única ação é ficar parado. Essas coisas definitivamente me fazem ter um baque e não terminar nada (como este texto, que eu larguei por 2 meses depois de apenas dois parágrafos e meio), a gente (eu) quer(o) tanto, mas fica preso a ideia da falha e da frase que mais tem percorrido a minha cabeça nos últimos tempos: “de que adianta?” 
Não sei se você, querida pessoa que está lendo, sente isso também, mas eu estou tão acabada pelo capitalismo, que às vezes sinto que não mereço nenhum tipo de hobby, diversão e/ou alegria. É meio triste pensar isso, mas a concepção de “diversão” ficou um pouco complexa há um tempinho pra mim, pois eu acabei. Vejamos: diversão no dicionário significa: “Passatempo; o que distrai, diverte…”, e eu me perdi na parte do distrai… várias coisas me distraem, mas não acredito que elas me divirtam. Vídeos no Tik Tok, com subway surfer e uma pessoa narrando alguma coisa (que pode muito  bem ser mentira) me distraem mais do que eu me orgulho de dizer, mas não me divertem. A questão é que as atividades que me distraem deveriam ser prazerosas. E o prazer também é algo confuso. 
Sabe aquela pessoa que sempre bebe quando sai? Acho que me tornei algo assim. Bom, a bebida me deu confiança, eu fico mais engraçado e não tenho medo de dizer algumas coisas que eu teria quando sóbrio além de ter aquela sensação de leveza como se tudo no ambiente fizesse sentido naquele momento. O problema é precisar beber sempre antes de sair, ou beber sem precisar sair, só a procura da leveza que a realidade não consegue proporcionar tão facilmente. Isso virou minha distração e prazer, logo, a minha “diversão”. Mas em momento algum eu escrevo estas palavras com orgulho… 
Meu tio favorito também era engraçado quando bebia. Ele me falava sobre os sonhos que tinha quando era jovem, sobre o que ele gostava de estudar e ainda fazia uma piada entre isso. Ele era uma pessoa doce e muito boa pro mundo, mas ele não tinha prazer em mais nada na vida, tanto que ele deixou a bebida decidir qual seria o futuro dele, o que me faz não poder mais ver o meu tio e ficar triste ao lembrar que ele tinha sonhos e perdeu prazer pela vida o suficiente para não realizá-los. Vou mentir se disser que parei de beber quando ele morreu, na verdade eu bebi bem mais. Queria de alguma forma me livrar dessa sensação horrorosa de que eu não mereço diversão alguma. 
Gosto de pensar na relação da Rita Lee com a bebida, porque a mesma era alcoólatra, foi internada algumas vezes e já disse sobre ele ser a pior das drogas. Não posso discordar dela. Mas o texto não é sobre o álcool em si, e sim sobre a diversão. 
Nós vimos 3 casos de pessoas que achavam que através da bebida elas poderiam se distrair e ter uma versão melhor delas mesmas, onde três morreram: meu tio morreu alcoólatra, Rita por causa de um câncer no pulmão (já sóbria há anos) e eu… morri por dentro. Todos queremos sentir algo que não seja a violência do mundo, do capitalismo, da depressão, da solidão e etc. mas, como? 
Bom, acho que pra mim este texto tem sido uma forma de eu encontrar uma distração que me causasse prazer. Mas não está sendo tão divertido quanto eu imaginava. Porém, acho que eu preciso me desintoxicar de tudo que estava me afastando de mim mesma para chegar ao que me causa diversão, já que tem sido difícil alcançar essa sensação ultimamente. Desintoxicação é o terceiro e último ato deste texto. 
Bom, no final do ano passado (2022) eu perdi o meu cachorro, o que me abalou emocionalmente. A ideia de perder uma coisinha pequena que latia para tudo que passava na rua me deixou mal, mesmo que eu não fosse o ser humano favorito dela. Mas enfim, minha cachorrinha estava doente e algo havia intoxicado seu corpo. Não vou deixar detalhes aqui, porque é meio chato e ninguém gosta de ficar lendo muito sobre animais que morreram, mas eu lembro um dos últimos momentos dela. Ela estava na grama olhando pro nada, mas dava pra ver que ela sabia que deveria ter entendido que não viveria muito tempo mais, e ela tinha aceitado isso. Bom, ela foi fazer o que gostava de fazer diariamente: tomar um sol em um ponto específico de casa. Lá ela ficou até o fim. 
Acho que quando superamos o que nos faz mal, a gente consegue ter a paz para fazer o que nos diverte, mesmo se isso for nos últimos momentos de vida. Talvez. 
Bom, para encerrar queria dizer que o futuro é incerto, como tudo sobre a nossa existência na terra, mas que a cada dia, apesar das dificuldades e correrias, possamos escolher algo que nos divirta da forma certa, ou então que possamos colocar para fora o que nos traz angústia no meio da noite, seja em forma de música, dança, desenho ou até em um texto (sem pé ou cabeça, mas que foi uma experiência que me tirou da inércia). Apesar de parecer que tudo não tem jeito mais, talvez não estejamos nos distraindo da forma “certa”. 
mochila preta
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domquixotedospobresblog · 1 year ago
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Agora estou doente, não sei até quando ainda vou conseguir escrever,me lembro que já pensava o que faria quando essa hora chegasse,e meu corpo teria falhas como um carro ou uma boneca velha,que arrumamos uma perna e cai o braço,ajeito o braço e a cabeça vai para o espaço,pensava qual doença me afligiria,se morreria rápido com um infarto fulminante ou seria um tumor cerebral,um derrame e a sua longa recuperação,uma doença nos nervos ou ossos e dores intermináveis até o desfecho letal,meningite, pneumonia, ou alguma febre animal,tive tantas dores que pareciam a encarnação do mal,dor de ouvido e de dente,aquela pulsação parecia aquelas baterias do samba que assolam os nobres no carnaval, aliás quando eu me for essa é uma coisa que espero não encontrar do outro lado,morri pra descansar e não pra sambar,dor de barriga tive muitas,a maioria por culpa minha,sou muito guloso e comia até chocolate misturado com ovo,e hoje tá bem fácil é quarenta por dez reais, quando comecei a pensar tinham menos doenças,a cura pra maioria nem foi encontrada ainda,mas já encontraram muitas doenças mais,quem sabe os cientistas procuram as doenças e não as curas,precisam vender remédios e se as doenças não existirem mais já imaginou que loucura,o fato que estou temeroso e também ansioso pra saber como vai ser,será que minhas mãos daqui uns dias irão começar a tremer, minhas pernas não mais obedecerão,meus olhos,ainda terei visão ou começará por dentro a deterioração,tenho medo de não conseguir dizer eu te amo para meu grande amor,estou velho mais pode ser que ainda aconteça,e se eu tiver que ver todos tristes e não conseguir movimentar nem a cabeça, não sei qual será o me último texto,será um bem alegre,um de amor ou um sobre questões sociais,qual será o último comentário ou de quem será,da poetisa Nilsa sempre sábia e preocupada ou da poetisa Mara com seu jeito doce de elogiar, só sei que a doença veio,ela eu não esperava,pois na minha lista ela nunca estava,mas dizem que Deus não dá uma cruz pesada demais a quem não possa carregar.
Jonas R Cezar
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macsoul · 10 months ago
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the return to life
Lembro-me como se fosse ontem
quando me senti livre pela primeira vez depois de anos encarcerada dentro de mim mesma
eu pedalava sob o céu azul à tarde, o vento soprava em meus cabelos e eu sentia a vida retornar a meus pulmões
as rodas sobre a terra, os pés descalços sobre os pedais, o riso silencioso em meu peito, me julgava morta e de repente já não estava mais, percebi que enquanto o coração bate sobre essa terra, ainda que letárgico, há vida e assim a tal esperança e o retorno a ela é só questão de tempo.
Já faz um tempo, mas lembro disso de vez em quando, da sensação forte de vida após a morte, quero dizer que já morri algumas vezes em minha curta vida, passei a desejar a morte simbólica como diz Clarice, porque entendi quão poderoso é o renascer e o quão essencial é aprender a morrer, pois não nasci sabendo viver e nessa pele quantas vezes morri a mercê de minha própria mente.
Com depressão desde que me entendo por gente, um dia julguei que era isso, não havia muita vida em mim para viver, cansada, fragilizada, dormente, tanto que não ouvia meu próprio coração pulsar, no entanto, ainda me encontro viva, ainda longe do que desejo, mas mais eu do que jamais fui, hoje já ouço claramente minha voz, verdadeira e essencial e por isso mesmo ainda acredito na vida que se estende eternamente através de toda e qualquer morte.
Aqui, novamente, espero meu próximo renascimento apesar de qualquer coisa, ainda espero viver.
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cariokay · 2 years ago
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não existe nenhum lugar que eu me sinta verdadeiramente querida. onde eu nasci, foram as primeiras pessoas que viraram as costas pra mim.
Até hoje pulo de galho em galho na esperança de encontrar abrigo, mas na primeira oportunidade a primeira coisa que eu escuto é "vai embora daqui".
e eu não tenho pra onde ir. vou a todo canto e não pertenço a lugar algum. sempre existirá a parte que vou incomodar alguém, por isso me retiro sempre e faço questão de me manter ausente para que não sintam minha presença.
talvez se eu ficar aqui no cantinho, muda, sem vida, tenha chances de sobreviver. Toda essa situação só me faz mostrar realmente o que eu sempre digo: estou sozinha.
e quem diz estar comigo prefere ter seu tempo individual do que acolher a minha urgência de viver. o problema não seria resolvido, eu sei, mas seria menos intenso.
talvez aquele meu amigo estivesse certo quando me disse que faltava eu sofrer mais um pouco pra poder ter paz. todos que me rejeitam seriam os primeiros a chorarem por mim e a se perguntarem o porque e o que faltou pra que eu não desistisse.
tento me manter positiva enquanto só há uma corda pendurada que eu posso me segurar sem descanso. tento alternar minhas forças mas as vezes sinto vontade de largar.
sempre eu por eu e fico me perguntando qual o sentido de eu ter sido gerada pra ser rejeitada a troco de nada por pessoas que não estão nem ai por eles.
sufoco tentando buscar ar e me sinto cada vez mais próxima de pessoas órfãs e que foram abandonadas. meu sentimento é esse.
nasci, cresci e morri por dentro para continuar como um zumbi agressivo por fora. não há nada de bom em mim que consigo apreciar.
e também o que poderia restar, já que ninguém também vê nada de bom? queria ter a coragem de sair sem rumo, de mim, na rua, de todos, mas sou fraca até nisso.
a cada dia me identifico mais com uma frase que li na parede de um museu e que virou minha verdadeira moradia: "não pertenço a lugar nenhum. em toda parte sou estrangeiro, ou, na melhor das hipóteses, hóspede."
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strawmariee · 2 years ago
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Um Novo Começo
Jotaro Kujo (6) x Leitora
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Tudo ficou escuro de repente.
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Onde que eu estou?
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Eu não consigo mais ver minha filha, o Jotaro e o resto... Onde diabos eles estão?!
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Aquele padre... Eu....
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- Maldito!!!
Abri os meus olhos com uma raiva florescente dentro de mim, que se dissipou rapidamente ao ver onde eu estava.
Que quarto era aquele? Eu nunca tinha pisado aqui!
Olhei para baixo e vi que eu usava um babydoll que parecia ser de cetim na cor rosa. Mas que diabos?
Ouvi um barulho e imediatamente fiquei alerta, eu estava em um ataque de stand? Mas não acho que seja o do Pucci...
Levantei-me e comecei a caminhar na ponta dos pés e abri a porta cuidadosamente, me surpreendendo ao ver um pequeno corredor que dava acesso a cozinha no final dele, onde vinha aquele barulho.
Andei devagar até lá e olhei para a minha esquerda, vendo uma sala que nem vendendo minha casa eu teria. Gente, que isso? Eu morri e fui ao céu?
Me encostei na borda da porta e coloquei apenas o meu rosto na cozinha, não vendo ninguém ali, apenas uma panela fervendo.
Me aproximei para ver o conteúdo e vi que ali estava sendo feito um arroz, que parecia estar quase queimando.
- Querida, você já acordou?- Dei um grito e me virei rapidamente, vendo ninguém menos que Jotaro ali.
- Jotaro?! Você também foi pego pelo stand?- Ele franziu as sobrancelhas enquanto inclinava levemente a cabeça para o lado.
- "Stand"? Do que você está falando?
- Como assim do que eu estou falando?! Nós estávamos enfrentando o Pucci, esqueceu?!- Ele franziu mais as sobrancelhas enquanto se aproximava devagar de mim.
- Querida, quem é Pucci?- Eu arregalei os olhos enquanto o olhava impaciente.
- Para de brincadeira Jotaro, não temos tempo!
Antes dele responder, eu agarrei o pulso dele e o arrastei até a sala, me dando conta de um pequeno detalhe.
- Cadê a nossa filha?
- Você esqueceu? Ela vem nos fazer uma visita com o namorado dela, disse que o motivo era uma surpresa.
- Namorado?
- Sim, o Anakiss.- Fiquei muda. É, com certeza eu estava em algum tipo de ataque.- (S/n), você está muito estranha hoje.
- Jotaro, como assim? N-Nós estávamos há alguns instantes enfrentando aquele padre... Você, eu, Jolyne...
- Que mania é essa de por "Jo" nos nossos nomes?
- Ué, é o nome de vocês.- Ele me olhou como se eu fosse louca.
- Eu não sei oque está acontecendo com você, mas já estou ficando realmente preocupado.
Ele colocou sua mão em minha bochecha. Estranhei ao sentir algo familiar e gelado em contato comigo. Retirei sua mão de meu rosto e a olhei, vendo ali uma aliança com meu nome. Que?!
Olhei para minha própria mão, vendo ali uma aliança, mas com um outro nome.
Qtaro Kujo.
- (S/n)!- Eu caí em seus braços, totalmente em choque. Não... não pode ser!
Vi uma foto ali de nós três e, bem em cima em um quadro, um certificado. Andei até lá fracamente e senti meu coração se quebrar ao ver o nome...
Irene Kujo.
꧁☆꧂
Jotaro, ou melhor, Qtaro estava ao meu lado no sofá acariciando minhas costas enquanto eu tomava um chá para me acalmar.
Eu estava trêmula, eu não queria estar ali, aqui não é meu lugar...
Aquela não era minha família.
A campainha de repente tocou, e meu "marido" me deu um beijo na cabeça antes de abrir a porta, e em segundos fui capaz de reconhecer a voz da Jolyne.
- Mamãe, oque aconteceu?
Ela se sentou ao meu outro lado enquanto segurava firmemente minha outra mão que estava desocupada. Ver ela ali me fez ter um aperto, era uma cópia quase idêntica da minha filha, mas não era ela...
Esse meu pensamento me fez voltar a chorar, o que fez ela me abraçar e acariciar os meus cabelos suavemente.
- Calma mãe... Eu estou aqui.
Não... Você não está...
꧁☆꧂
- Nós viremos aqui um outro dia, quando as coisas se acalmarem.- Irene dizia enquanto se apoiava no braço do namorado.
- Certo, nós vamos ver isso direito depois.- Qtaro fechou a porta e me olhou com preocupação.- Vamos, você deve estar cansada.
- Na verdade...- Eu me levantei.- Eu... Quero dar uma volta.
- Não acho que você esteja num bom estado, e você pode pegar um resfriado.
- Jo... Qtaro, estou bem.- Falei firmemente, oque fez ele se render.
- Está bem, mas pelo menos venha trocar de roupa, você nem tirou seu pijama.
Concordei e o segui até "nosso" quarto. Ele foi ao armário e pegou algumas roupas que pareciam muito confortáveis e ótimas para usarem naquele frio de noite.
Corri até o banheiro e tomei um banho rápido, eu tinha que sair dali de algum jeito!
Me arrumei e vi Qtaro já pronto me esperando em pé ao lado da porta da frente.
Ele sorriu minimamente e abriu a porta para mim, no qual passei rapidamente.
No elevador, senti seus dedos se encaixarem aos meus e me fazerem ter um frio na barriga.
Jotaro não costumava fazer isso em lugares públicos enquanto éramos casados, deixando para mostrar seus carinhos em casa. Reprimi os lábios mas me obriguei a retribuir seu afeto, não era justo eu tratá-lo friamente.
Nós saímos do apartamento e começamos a dar uma volta na cidade, olhando tudo em volta. Nada parecia diferente e isso era estranho.
Em todo o caminho eu não tinha sentido sequer uma presença de um usuário de stand, oque me fazia xingar baixinho durante nosso passeio. Voltamos para casa e eu fui em direção ao meu quarto, tirando brutalmente as minhas roupas (quase as rasgando) e botei novamente aquele pijama de antes.
Senti um beijo no meu ombro e quase me virei para dar um soco, mas lembrei que agora estava novamente casada e que esse meu parceiro era muito mais carinhoso do que eu costumava lembrar.
- Vamos descansar um pouco, tá bom?- Concordei e nós nos deitamos naquela enorme cama. Ele me puxou para e deu um beijo no meu nariz.- Eu te amo.
Senti lágrimas pinicarem os meus olhos, só me lembrando daquele que eu realmente amava...
꧁☆꧂
Ei...
.
.
.
Ei!!
.
.
.
Consegue me ouvir?
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.
.
Abri os olhos mas agora ao invés de estar naquele quarto, eu estava em um lugar totalmente escuro, apenas com algumas neblinas em volta.
- Ei! Aqui!
Olhei na direção da voz e vi um tipo de vulto que me dava uma sensação familiar, mas não conseguia reconhecê-lo.
- Onde estou? Cadê minha família?!
- Calma. Eu vou te explicar no caminho, preciso que você me siga.
- Por que eu seguiria você?! Eu nem sequer te conheço.- Tentei invocar meu stand ali, mas sem sucesso.
- Não achei que nosso reencontro seria assim (S/n).- Antes que eu pudesse responder, o vulto chegou mais para frente e eu pude ver ele...
- K...KAKYOIN?!- Eu perguntei assustada, com meu grito ecoando ali. Senti minha pressão baixar e eu iria desmaiar se não fosse por ele me segurando.- Eu já entendi tudo, eu morri não é?
- Não, na verdade você está em coma.
- Oi??
- Vem, me siga. Eu vou te explicar tudo.
Enquanto eu o seguia, ele me contou oque havia acontecido. Em algum momento da luta, Pucci havia me acertado na cabeça com uma das facas enquanto eu tentava proteger Jolyne e o golpe foi tão forte que eu acabei desmaiando e ainda estava desacordada.
- Nossa...
- Foi realmente muita sorte você não ter morrido, você realmente é uma cabeça dura.
- Ei!- Tentei dar um soquinho em seu braço mas minha mão o atravessou.- Droga!
Demos uma risadinha enquanto caminhávamos mais um pouco, até pararmos próximo a um buraco totalmente branco e brilhante.
- Não entendi, eu estou ou não viva?
- Você está entre a vida e a morte, quando você pular nesse buraco você irá voltar para o seu corpo. Não se preocupe, não há nenhum perigo no caminho.
- Eu... Obrigada Nori.- Eu olhei para ele com lágrimas nos olhos, eu queria tanto abraçá-lo.
- Vá, e por favor cuide-se.
Sorri enquanto o prometia aquilo e logo pulei naquele buraco. Tudo ao meu redor era totalmente branco, sentia um frio na minha barriga enquanto era puxada com força para baixo, fechei os meus olhos esperando oque viria em seguida.
꧁☆꧂
Abri os meus olhos rapidamente e me sentei naquela cama que, para minha felicidade, não era a mesma de antes. Eu reconheci o quarto de hospital onde eu estava.
Eu estava na enfermaria da Fundação Speedwagon.
- Mãe?!- Olhei rapidamente para frente e Jolyne estava ali, me olhando chocada e com lágrimas nos olhos.
- Jolyne?!- Eu tentei me levantar mas vi que eu estava ligada a um soro. Ela veio correndo até a mim e me abraçou com força.
- Mãe... Fiquei tão preocupada! Achamos que tínhamos lhe perdido!- Desfiz nosso abraço e segurei seu rosto que já estava vermelho, com certeza como o meu.
- Você não vai se livrar de mim tão cedo, eu ainda tenho que ver os meus futuros netos!
Rimos e nos abraçamos de novo, agora sim eu estava em meu lugar...
꧁☆꧂
Jolyne me explicou que foi graças ao stand do Weather que Pucci havia sido derrotado. Ela depois saiu e voltou dentro de alguns minutos com uma enfermeira, que me explicou que eu havia ficado em coma por quase uma semana e depois me analisou, dizendo que eu estava melhor e que minha ferida já estava quase cicatrizando, mas que ainda precisava de alguns cuidados.
Depois recebi a visita de Hermes, Anasui e Emporio que também me abraçaram e pareciam aliviados ao me verem bem.
Mas... Eu sentia falta de mais alguém...
Enquanto os outros me ajudavam a arrumar algumas das minhas coisas, Jolyne voltou para o quarto com ele...
Jotaro... O meu Jotaro...
Corei com o pensamento e resolvi desviar meu olhar. Naquele mundo eu estava casada com ele, mas neste nós estávamos separados... Eu não sabia como ele reagiria se eu fizesse ou comentasse algo.
- Pessoal, eu preciso da ajudinha de vocês em uma coisinha.- Jolyne disse enquanto olhava para o trio, me fazendo imediatamente entender o seu plano.
- É pra já Jolyne.- Hermes ficou ao lado dela rapidamente e Anasui e Empório também entenderam imediatamente a situação.
- É claro~.
Todos saíram dali, deixando apenas Jotaro e eu. Droga, meu coração estava batendo rápido e forte, eu tinha vontade de chorar mas eu tinha que ter controle.
- Fico feliz que você não tenha se ferido.
- Eu... fui ferido, mas Josuke veio ao nosso socorro por pedido da Fundação Speedwagon.
- Oh, i-isso é bom.
Seu olhar fixo em mim ainda tinha o mesmo efeito de me deixar nervosa. Engoli em seco enquanto me sentia pequena sob seu olhar, que sequer me deixava por um segundo.
- Bem, você veio me ajudar? Eu tenho algumas coisas ainda e...
Gritei ao sentir o meu corpo de repente ser esmagado e senti seus braços ao meu redor. Ouvi um soluço seu e senti algo molhado em meu pescoço.
- Eu nunca me perdoaria se... Se você tivesse morrido...- Meu corpo ficou tenso enquanto ele ainda me abraçava com força, como se eu fosse sumir a qualquer momento.- Eu sei que eu sempre fui um imbecil com você e que eu não mereço isso que vou pedir, mas por favor me perdoe...
Coloquei minhas mãos em suas costas e comecei a acariciá-las enquanto tentava acalmá-lo. Nosso abraço durou alguns segundos antes dele se afastar e se sentar na cama antes de apoiar sua testa na palma de sua mão.
- Me desculpe, eu sequer sei se você estava querendo me ver.- Me sentei ao seu lado e o fiz me olhar ao segurar seu rosto.
- Primeiro: É claro que eu quero ver você, se eu não quisesse você saberia muito bem.- Minha fala o fez sorrir, sabendo que eu não tinha muita paciência.- Segundo: Eu te perdoo Jotaro... Eu entendi os seus motivos. Desculpe, eu acabei sendo curiosa e vi as suas memórias em seu disco.- Ele arregalou um pouco os olhos.- Eu sei que você só queria nos proteger, eu entendo isso... Mas ainda acho que esta não foi a melhor solução.
Ele pareceu concordar comigo e me deu um beijo rápido na testa, sussurrando um pedido de desculpas.
- Não brinque com a sorte, vou te perdoar só dessa vez.- Falei brincalhona antes de dar um beijo em sua bochecha como um sinal de que eu realmente havia aceitado.
- Eu... Realmente sinto muito. Eu apenas queria o seu bem e o da Jolyne. Nunca conseguiria me perdoar se algo acontecesse com vocês duas.- Eu peguei sua mão e a acariciei enquanto o olhava.
- Olha... Depois de tudo que vivemos esses últimos meses essa realmente não foi a melhor decisão.
Ele encostou as nossas testas e continuamos a nos encarar, eu me sinto novamente como uma adolescente! Seu olhar foi para minha boca antes de se inclinar em minha direção e me beijar.
Coloquei minha mão em seus cabelos e senti a sua em minha cintura e a outra em minha nuca, aprofundando nosso beijo. Parei de beijá-lo por falta de ar mas ele começou a beijar meu pescoço me fazendo arrepiar, já não acostumada com aquele contato.
- (S/n), senhor Jotaro, nós já temos que ir...- Anasui ficou paralisado da cabeça aos pés quando Jotaro lançou um olhar puto para ele.- Desculpa!
Ele fechou a porta rapidamente, e Jotaro e eu nos separamos e eu soltei umas risadinhas ao ver sua cara.
- Yare yare daze... Eu ainda mato esse garoto.
- Coitado, deixa ele.- Jotaro me olhou de forma estranha, como se não acreditasse que eu falei isso.
- Ele quer a minha bênção para ele se casar com nossa filha.
- Bom, a minha ele já tem.- Ele arregalou os olhos.- Que foi?
- Você sabe que ele é um assassino, né?
- Bom, ele ajudou nossa filha Jojo.- Antes dele me rebater, eu dei mais um beijo em seus lábios e me levantei.- De qualquer forma, isso é decisão da Jolyne. Agora, temos que ir.
Dei alguns passos antes de sentir seus dedos se entrelaçarem com os meus. O olhei e ele virou seu rosto, escondendo seu rosto com o boné.
É, algumas coisas nunca mudariam. Não que eu esteja reclamando, já que são essas pequenas coisas que me fazem amá-lo ainda mais...
The End.
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safe-place-tb · 1 year ago
Text
Eu esqueci o seu rosto, e me dei conta disso essa noite quando sonhei com você e não consegui ver seu rosto. Mas eu não esqueci do formato da sua boca, nem dos seus olhos se fechando quando sorri, nem das marcas de expressões em volta dos olhos e da boca, não esqueci de como seu cabelo caia no rosto e nem de como ficava com ele preso e o óculos na cabeça, não esqueci do formato do seu nariz pequeno e delicado, nem de como ficava linda de brinco grande ou pequeno. Mas esqueci o seu rosto, não dos detalhes dele ou do formato dele, mais esqueci seu rosto. O som da sua voz passa longe no fundo da minha memória como se fosse os últimos ecos gritados em uma sequência de outros mais altos, sua risada tá por último, alta e escandalosa, mais não me lembro mais do tom ou do jeito.
Me lembro dos detalhes, os mesmo que minha mente repassa todos os dias como se fosse um mantra. E acabou que se tornou um. Ou isso.. ou nada.
Me pergunto.. se eu que repasso tudo na minha cabeça todos os dias em cada segundo do dia para não esquecer nada ou pelo menos atrasar o esquecimento.. imagina você que desde aquele dia que foi embora não pensa em nada e não lembra de nada.. já deve ter esquecido tudo.
Da voz ao cheiro, do toque aos detalhes, hoje eu sou um mero alguém que passou pela sua vida e te fez tanto mal destruindo tudo que você tinha de bom. Enquanto eu fico aqui .. mantendo você viva em mim como alguém é mantido vivo num hospital, com aparelhos..
Até quando? Eu já morri pra você.. mas até quando vou conseguir te manter dentro de mim ?
Tb 11-08-23
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androyde1977 · 1 year ago
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Quando a vida não faz mais sentido...
O que é viver sem a parte sentimental preenchida? Uma merda, sentimos nos sozinhos, nada é agradável, nada é bonito, tentamos procurar forças em tudo mas o coração está destruído, sem previsão de ser recomposto. Sinto me mal, sozinho, em baixo, sem amor, sem carinho, sem uma alma gêmea que me ajude a sair do poço. E é tão fundo que quase nem se vê a Lu. Tentamos nos apoiar boas amizades mas não é suficiente para preencher o vazio que nos corrói por dentro. Nunca pensei sentir me assim. Não estava nos meus planos de vida, não aprendi a lidar com isso numa vida já tão extensa. Sinto me como no primeiro dia de escola, tudo é novo, não sei lidar com as coisas que desconheço mas com a agravante de não ter um professor para me levar no caminho certo.
É uma dor imensa, corrói, magoa imenso e pior é quando nos sentimos num misto de emoções que são novidade, é fúria misturada com carinho, ódio com amor, mas sem uma solução.
Não sei como vai ser o dia de amanhã, não estou preparado para esta nova etapa, é um vazio de conhecimento que deita abaixo até a pessoa mais forte.
Preciso de ajuda mas ela demora a aparecer. Sinto me sozinho num processo que vejo a avança para o outro lado mas o meu está num semáforo vermelho que não quer mudar para verde, ou então está a demorar uma eternidade. Sinto me injustiçado por não ver as coisas a andar para o meu lado, só para o outro.
O outro lado está resolvido sentimentalmente, eu estou aqui, sozinho, nesta penumbra que não tem qualquer luz, nem ao fundo do túnel.
As lágrimas caem sem eu querer , os pensamentos não desaparecem e só me atormentam, o sono de descanso não existe, nem com as bombas para dormir faz efeito.
Receio estar a ficar Maluco, deprimido, só me apetece encolher me num quarto escuro e curtir a solidão que tanto magoa.
Espero mudar este estado rapidamente, mas não vejo jeito. Não vejo alternativas, não encontro o amor, até da minha filha, a coisa mais preciosa do mundo para mim parece a leste do estado em que estou. Ela não tem culpa, ainda é muito nova e ainda não sabe lidar nem analisar estes estados de tristeza. Só me resta o trabalho, um ambiente em que me vou rindo, em que as pessoas a minha volta me vão dando alguma atenção, me tentam puxar para cima, mas também escondo este estado pois não é responsabilidade deles aturarem me com os meus dilemas.
Por vezes apetece me desaparecer, deixar tudo, deixar a vida, morrer.... Por dentro sinto que já morri um pouco... Mas essa falta de vida parece estar a galopar cada vez mais. Não me quero prejudicar mas sinto que é para aí que caminho.
A vida mostrou se extremamente injusta comigo, os planos feitos, os objetivos sonhados, as metas por cumprir.... Nada parece fazer sentido neste momento. Sinto me frágil, estou farto de ser espezinhado, rebaixado, insultado, categorizado como mau pai, sinto me inútil.... Ao sirvo para pagar contas. Sou um banco ambulante, parece que para isso sou perfeito. Mas se calhar nem para isso!!!
A vida tornou se negra para mim. é o fundo do poço na sua mais sombria expressão. E é terrível. As lágrimas continuam a cair, causadas pela tristeza permanente. Só quero ser feliz... Mas não sei se já sei o que é isso, como se faz. Desaprendi tudo de um dia para o outro, tornei me numa pessoa armagurada, um pouco vingativa, contra a pessoa que mais amava na vida.
Mas tudo acaba. Pensava que a morte era o fim.... Tudo morre a seu tempo.
Hoje o meu coração está escuro, da dor, da solidão, do sofrimento.
Terá novamente cor??? Quem sabe.... Eu certamente não sei.... Tento procurar mas o fundo do poço é muito fundo.
Atirem me uma corda por favor.., acho que é isso que mais grito.... Sim, estou sempre a gritar em silêncio, mas ninguém consegue ouvir.... Um dia quem sabe ouçam.... Até lá fico no escuro...
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